terça-feira, setembro 10, 2013

31° Como eu te Amo

N: Meu Deus do céu.
M: Naná, liga pro Lucas, por favor, e avisa ele, eu já chamei a ambulância. Avisa também a Carla na empresa. Eu... Eu não vou para lá amanhã.
N: Ok, eu... Aviso sim.
Dona Naná foi fazer o que Murilo havia pedido, não demorou muito, afinal de contas ela colocou Luiza no cercadinho, e como num passe de mágica, a pequena ficou ali, entretida com os brinquedos, paralela ao horror que acontecia ao seu redor.

A ambulância chegou.
Foram rápidos, Laura estava só com as peças íntimas então logo colocaram por cima aquela camisola de hospital, a posicionaram na maca e pediram para que Murilo pegasse uma muda de roupa.
M: É grave?(indo junto com os médicos)
Médico: Não sabemos dizer...
M: Também acho que ela ingeriu muitos calmantes de uma vez. Tinha uns frascos no chão do banheiro (ainda chorando)
Médico: Veremos isso também, por enquanto preciso leva-la e verificar esse corte, olhando por cima ela não conseguiu cortar nada de importante.
Murilo suspirou aliviado.
Médico: Você vai acompanhar?
M: Sim, sim.
Já na frente da casa...
Enquanto colocavam Laura na ambulância.
M: Avisa o Lucas que estamos indo pro Hospital Santa Terezinha.
N: Pode deixar seu Murilo, e, por favor, nos de noticias.
M: Tudo bem.
Dona Naná entrou na casa com Luiza no colo, a pequena nem fazia noção de nada... Graças a Deus.
Pegou o telefone e ligou para Lucas avisando sobre o hospital, assim que colocou o telefone no gancho o mesmo tocou novamente.
N: Casa dos Drummond.
C: Oi dona Naná, aqui é a Carla, eu quero saber da dona Laura, está tudo bem com ela? Ela já esta no hospital?
Nisso Bárbara que estava passando pelo corredor ouviu a conversa de Carla.
C: Hospital Santa Terezinha? Nossa Dona Naná, o que será que deu na dona Laura... Tentar acabar com a própria vida. Assim que eu fechar a empresa eu vou visita-la.

Nisso começou a acontecer muitas coisas ao mesmo tempo.

Num armazém localizado num beco em São Paulo.
E: Ainda está sentindo as suas mãos? Oh que pena, talvez eu não tenha afundado o suficiente esse canivete debaixo das suas unhas...
(indo em direção a Marcio que estava agora sentado em uma cadeira e completamente amarrado)
Erick sabia que era ele, teve a confirmação quando pegou o mesmo “limpando” as câmeras que por coincidência estavam todas com a mesma data, podia passar quantas horas fosse, a câmera sempre mostrava um único dia, e Murilo nem percebeu.
O Jardineiro Marcio também percebeu que a sua batata estava assando, e por isso praticamente não ia mais a casa de Laura e Murilo, mas ainda ia aos condomínios ao redor, em sua inocência pensou que Erick não estaria de olho nele.
Jar: Tá! Tá! Para por favor, eu confesso... Fui eu!
E: Você que o que? Vamos! Não tenho o dia inteiro, já me fez perder horas aqui!
Jar: Fui eu que ameaçava a dona Laura, com os telefonemas, com a mascara branca à noite.
E: Isso eu já soube a um bom tempo, eu quero saber o por quê?
Jar: ...
Erick deu um murro na cara dele.
Jar: Fui muito bem pago para isso.
E: Como ninguém te via? Você não pulava o muro da casa, eu mesmo chequei as câmeras do condomínio.
Jar: Eu tinha a chave do portão.
E: A senhora babá é a única que tem a chave, e mesmo assim... A Laura disse que via essas “aparições” antes da entrada dessa babá.
Jar: Foi uma garota. Que também é bem paga trabalhou um dia na casa deles e tirou a copia da chave e passou um relatório de como era a casa... Cada canto.
E: E porque tudo isso?
Jar: Isso eu já não sei...
E: Mas quem pagou você, você sabe não é?
Jar: Eu só conversei por um telefone que a moça me deu.
E: Como é o nome dessa moça?
Jar: ...
E: AGORA!
Jar: É Bárbara... Bárbara. (ele agora tremia quando Erick se aproximou com o canivete nas mãos dele)
E: Ótimo, agora o nome do cara que armou essa palhaçada toda.
Jar: Eu nunca falei com ele e...
E: Mas você já ouviu falar, não é possível. Eu não caio nessa, e por mim... Não tenho pressa nenhuma.
Já pegando alguns pregos que havia em cima da mesa.
Jar: Não! Não! Para, eu sei... O nome dele é Gustavo!
E: Gustavo? Gustavo o que?
Jar: Isso eu não sei... Não sei mesmo eu juro. (tremendo)
E: (rindo) Ok, por enquanto é o suficiente, você vai comigo para delegacia!
Jar: Delegacia? EU vou ser preso?
E: Preso, por enquanto não, mas vai ficar lá... Pensando no que você fez.
Jar: Mas eu posso dar um telefonema não é?
E: Advogado?
Jar: Sim, advogado.
E: Pode sim, você vai precisar.
Jar: Obrigado...

Erick levou o Jardineiro para delegacia de um amigo dele
Um tempo depois de Erick explicar para o amigo delegado o que tinha acontecido, eles liberaram um telefonema para Marcio, enquanto o mesmo estava na ligação Erick deu a ordem.
Grampeia... Quero a conversa toda depois.
Del: Pode deixar.

No hospital Santa Terezinha.
Murilo e Lucas conversavam agora com o Médico Rodrigo.
Méd: Ela não ingeriu nenhum tipo de remédio.
M: Não? (confuso) Mas eu vi no banheiro... Eu vi que...
Lu: Ótimo, mas eu quero saber como ela está, ela ficou desacordada por um bom tempo.
Méd: Ela desmaiou ainda não entendi o porquê, iremos fazer outros exames, mas ela nem perdeu tanto sangue a ponto de deixá-la desacordada.
M: Então o senhor faça logo esses exames.
Méd: Já recolhemos as amostras, é só esperar... Como foi uma emergência no máximo hoje à noite teremos os resultados.
Lucas ficou nervoso, mas aliviado, ele poderia contar a Murilo sobre a doença de Laura e depois diria a ela que foi o médico.
Mas nesse momento ele queria saber como ela estava.

Na empresa Drummond, na sala de Gustavo Fernandes.
No telefone...
G: Pode deixar, obrigado por me avisar, eu... Ah você quer um advogado?
Tudo bem, eu vou mandar um aí, ainda hoje, pode ficar sossegado amigão.
E Desligou o celular.
G: Tá... Pode ficar aí esperando um... Fode o meu nome e quer que ajude ele. Ha Ha, fica aí esperando. (rindo)
No mesmo momento Bárbara entrou correndo na sala.
B: Seu Gustavo a Laura tentou se matar e tá internada.
G: Como?(terminando de colocar algumas coisas em sua pasta)
B: É, mas pelo que eu sei ninguém sabe muita coisa.
G: Você sabe em que hospital ela está?
B: Santa Terezinha.
G: Ótimo, querida... (apressado) mudança de planos... Pega o máximo de coisas que você conseguir e leva para minha casa de campo.
B: Aquela lá...
G: Isso, rápido... Não tenho muito tempo.
B: E o senhor?
G: Chegarei lá pela madrugada. Vou fazer uma visitinha para Laura... Antes que descubram.
B: Ok.

Gustavo saiu correndo pela Drummond...
C: Senhor Gustavo!(estranhando)
G: Preciso sair agora Carla! Cancele as reuniões!
C: Mas o senhor...
Não adiantava mais, ele já havia saído. Bárbara não saiu junto com ele, deu um tempo e saiu por outra saída da Drummond.
Eram muitas coisas ao mesmo tempo...
A Tarde se passou agitada, Laura havia acordado sozinha no quarto, Murilo e Lucas estavam na sala do médico, os exames estavam para ficar pronto.
M: Quero ficar no quarto com ela.
Méd: Ela está sob observação, não tem nada de grave, foi mais o susto, e no pulso foi uns quatro pontos, mas nada de mais grave. (tentando acalma-lo)
Lu: Coitada da Laurinha.
M: Eu ainda não consigo entender... Na verdade acho que foi minha culpa.
Lu: Sua Culpa?
M: É...
Lu: Por quê?
M: Com licença um minutinho doutor.
Méd: Claro.
Murilo e Lucas saíram da sala e Murilo começou a contar o que aconteceu na sala de Gustavo de manhã, o beijo com a Bárbara e todos os detalhes...
Enquanto isso...

Na recepção do hospital.
Rec: Em que posso ajudar?
G: Laura Drummond, emergência.
Rec: Um minuto.
G: Por favor, estou preocupado...
Rec: A sim, paciente Laura Rouse Drummond Cortez Magalhães é isso?
G: Isso, isso mesmo. (inquieto)
Rec: Ela não pode receber visitas ainda.
G: Eu sei, eu quero conversar com meu amigo, o marido dela... Confortar a família sabe?(sorrindo)
Rec: Entendo, nesse caso eles devem estar no corredor C do 1° andar, a paciente se encontra no quarto 17 ele deve estar na sala de espera no fim do corredor de onde ela está.
G: Muito obrigado.
Rec: Por nada.
Gustavo correu para o quarto dela.

No quarto de hospital onde Laura acabou de acordar...
Não, pensava ela... Estava em um hospital, por quê? Por quê? Será que ela tinha que sofrer realmente aquela coisa crescendo aos poucos em sua barriga, ver seus cabelos caírem.
Queria pegar sua filha no colo agora. Não sabia explicar, mas queria Maria Luiza ali.
Que horas seria? Quanto tempo devia ter ficado desacordada? Que hospital será que era aquele?
Agora que estava ali deitada naquela cama de hospital onde o único barulho era o da sua respiração ela podia sentir dentro dela, aquilo... Como se tivesse vida.
Olhou ao redor do quarto e pensou em se sentar na cama, é... Ela estava bem, para sua infelicidade apenas uma ardência nos pulsos.
Ela puxou o soro que tinha em sua veia como se entendesse do que acabara de fazer, ainda um pouco zonza ela se sentou e viu em cima de uma poltrona sua micro mala de viagem, esperou um momento e se arriscou a ir até ela, para sua surpresa ela conseguiu, com certa dificuldade, mas conseguiu.
Pegou as roupas e vestiu o que estaria pensando? Nem ela sabia... Mas não queria ficar ali. Sentia que precisava sair...
Murilo terminou de contar o que havia acontecido...
Lu: Meu Deus, coitadinha da minha amiga.
M: Coitadinha da sua amiga? Como assim? Poxa Lucas, eu sei que ela é sua amiga, mas ela me traiu!
Lu: Não, agora que estamos nessa situação eu vou te falar o que aconteceu, infelizmente é algo muito triste e... (foi interrompido)
Nesse instante o médico abriu a porta do consultório e chamou Lucas e Murilo que estavam no corredor.
M: Os exames?
Méd: Sim, acabaram de chegar.
Lu: Humm.
Lucas já sabia o que os exames iriam apontar, e não estava nenhum pouco ansioso para ouvir aquela noticia monstruosa novamente. Mesmo sabendo que os exames apenas iriam apontar algo estranho.
M: Deus queira que não seja nada sério.
Lucas sorriu para Murilo tristemente.

Enquanto isso...
Gustavo se aproximou no corredor “C” de longe logo avistou a plaquinha indicando o numero do quarto dela, olhou em sua volta com o maior cuidado para ter certeza que nem Lucas e muito menos Murilo estavam ali.
Olhou meio de longe pelo pequeno vidro da porta do quarto de dela, e resolveu arriscar.
Laura agora estava pronta, e sem ao menos saber para onde iria decidiu sair, sentia que precisava sair dali, encostou a porta e no mesmo instante Gustavo a abriu aflito e a viu ali, pronta, como se tivesse o esperando.
G: Laura!(Meio assustado)
L: Gustavo? O que foi? Você me parece nervoso.
G: Você precisa sair daqui.
L: Como?(meio confusa)
G: Murilo quer te internar de novo, e dessa vez não é na mesma clínica, é uma aonde você nem vai mais poder ver a sua filha.
L: Não, eu... Eu...
G: Vem logo, eu te levo para casa daquele seu amigo...
L: O Lucas?
G: É, ele não vai deixar o Murilo fazer isso não é?
L: Não... Mas como você sabe disso?
G: Depois eu explico, vem logo, vamos sair daqui, ainda bem que você já esta com uma carinha boa, nem vão desconfiar que você não teve alta.
Laura entrou em desespero ao pensar que Murilo estivesse pensando em fazer isso novamente, mas agora ele tinha motivos, ela tentou se matar, Lucas! Isso, ela ia para casa do Lucas e como ele sabe de tudo ele ia entender.
E assim conseguiram sair do Hospital sem chamarem a atenção.

Na sala do Doutor Rodrigo
M: E aí Doutor? É alguma sequela do acidente?
Lu:...
Méd: Não, está tudo ótimo com eles. (sorrindo)
M: Eles?
Lu: Como?

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terça-feira, setembro 10, 2013

31° Como eu te Amo

N: Meu Deus do céu.
M: Naná, liga pro Lucas, por favor, e avisa ele, eu já chamei a ambulância. Avisa também a Carla na empresa. Eu... Eu não vou para lá amanhã.
N: Ok, eu... Aviso sim.
Dona Naná foi fazer o que Murilo havia pedido, não demorou muito, afinal de contas ela colocou Luiza no cercadinho, e como num passe de mágica, a pequena ficou ali, entretida com os brinquedos, paralela ao horror que acontecia ao seu redor.

A ambulância chegou.
Foram rápidos, Laura estava só com as peças íntimas então logo colocaram por cima aquela camisola de hospital, a posicionaram na maca e pediram para que Murilo pegasse uma muda de roupa.
M: É grave?(indo junto com os médicos)
Médico: Não sabemos dizer...
M: Também acho que ela ingeriu muitos calmantes de uma vez. Tinha uns frascos no chão do banheiro (ainda chorando)
Médico: Veremos isso também, por enquanto preciso leva-la e verificar esse corte, olhando por cima ela não conseguiu cortar nada de importante.
Murilo suspirou aliviado.
Médico: Você vai acompanhar?
M: Sim, sim.
Já na frente da casa...
Enquanto colocavam Laura na ambulância.
M: Avisa o Lucas que estamos indo pro Hospital Santa Terezinha.
N: Pode deixar seu Murilo, e, por favor, nos de noticias.
M: Tudo bem.
Dona Naná entrou na casa com Luiza no colo, a pequena nem fazia noção de nada... Graças a Deus.
Pegou o telefone e ligou para Lucas avisando sobre o hospital, assim que colocou o telefone no gancho o mesmo tocou novamente.
N: Casa dos Drummond.
C: Oi dona Naná, aqui é a Carla, eu quero saber da dona Laura, está tudo bem com ela? Ela já esta no hospital?
Nisso Bárbara que estava passando pelo corredor ouviu a conversa de Carla.
C: Hospital Santa Terezinha? Nossa Dona Naná, o que será que deu na dona Laura... Tentar acabar com a própria vida. Assim que eu fechar a empresa eu vou visita-la.

Nisso começou a acontecer muitas coisas ao mesmo tempo.

Num armazém localizado num beco em São Paulo.
E: Ainda está sentindo as suas mãos? Oh que pena, talvez eu não tenha afundado o suficiente esse canivete debaixo das suas unhas...
(indo em direção a Marcio que estava agora sentado em uma cadeira e completamente amarrado)
Erick sabia que era ele, teve a confirmação quando pegou o mesmo “limpando” as câmeras que por coincidência estavam todas com a mesma data, podia passar quantas horas fosse, a câmera sempre mostrava um único dia, e Murilo nem percebeu.
O Jardineiro Marcio também percebeu que a sua batata estava assando, e por isso praticamente não ia mais a casa de Laura e Murilo, mas ainda ia aos condomínios ao redor, em sua inocência pensou que Erick não estaria de olho nele.
Jar: Tá! Tá! Para por favor, eu confesso... Fui eu!
E: Você que o que? Vamos! Não tenho o dia inteiro, já me fez perder horas aqui!
Jar: Fui eu que ameaçava a dona Laura, com os telefonemas, com a mascara branca à noite.
E: Isso eu já soube a um bom tempo, eu quero saber o por quê?
Jar: ...
Erick deu um murro na cara dele.
Jar: Fui muito bem pago para isso.
E: Como ninguém te via? Você não pulava o muro da casa, eu mesmo chequei as câmeras do condomínio.
Jar: Eu tinha a chave do portão.
E: A senhora babá é a única que tem a chave, e mesmo assim... A Laura disse que via essas “aparições” antes da entrada dessa babá.
Jar: Foi uma garota. Que também é bem paga trabalhou um dia na casa deles e tirou a copia da chave e passou um relatório de como era a casa... Cada canto.
E: E porque tudo isso?
Jar: Isso eu já não sei...
E: Mas quem pagou você, você sabe não é?
Jar: Eu só conversei por um telefone que a moça me deu.
E: Como é o nome dessa moça?
Jar: ...
E: AGORA!
Jar: É Bárbara... Bárbara. (ele agora tremia quando Erick se aproximou com o canivete nas mãos dele)
E: Ótimo, agora o nome do cara que armou essa palhaçada toda.
Jar: Eu nunca falei com ele e...
E: Mas você já ouviu falar, não é possível. Eu não caio nessa, e por mim... Não tenho pressa nenhuma.
Já pegando alguns pregos que havia em cima da mesa.
Jar: Não! Não! Para, eu sei... O nome dele é Gustavo!
E: Gustavo? Gustavo o que?
Jar: Isso eu não sei... Não sei mesmo eu juro. (tremendo)
E: (rindo) Ok, por enquanto é o suficiente, você vai comigo para delegacia!
Jar: Delegacia? EU vou ser preso?
E: Preso, por enquanto não, mas vai ficar lá... Pensando no que você fez.
Jar: Mas eu posso dar um telefonema não é?
E: Advogado?
Jar: Sim, advogado.
E: Pode sim, você vai precisar.
Jar: Obrigado...

Erick levou o Jardineiro para delegacia de um amigo dele
Um tempo depois de Erick explicar para o amigo delegado o que tinha acontecido, eles liberaram um telefonema para Marcio, enquanto o mesmo estava na ligação Erick deu a ordem.
Grampeia... Quero a conversa toda depois.
Del: Pode deixar.

No hospital Santa Terezinha.
Murilo e Lucas conversavam agora com o Médico Rodrigo.
Méd: Ela não ingeriu nenhum tipo de remédio.
M: Não? (confuso) Mas eu vi no banheiro... Eu vi que...
Lu: Ótimo, mas eu quero saber como ela está, ela ficou desacordada por um bom tempo.
Méd: Ela desmaiou ainda não entendi o porquê, iremos fazer outros exames, mas ela nem perdeu tanto sangue a ponto de deixá-la desacordada.
M: Então o senhor faça logo esses exames.
Méd: Já recolhemos as amostras, é só esperar... Como foi uma emergência no máximo hoje à noite teremos os resultados.
Lucas ficou nervoso, mas aliviado, ele poderia contar a Murilo sobre a doença de Laura e depois diria a ela que foi o médico.
Mas nesse momento ele queria saber como ela estava.

Na empresa Drummond, na sala de Gustavo Fernandes.
No telefone...
G: Pode deixar, obrigado por me avisar, eu... Ah você quer um advogado?
Tudo bem, eu vou mandar um aí, ainda hoje, pode ficar sossegado amigão.
E Desligou o celular.
G: Tá... Pode ficar aí esperando um... Fode o meu nome e quer que ajude ele. Ha Ha, fica aí esperando. (rindo)
No mesmo momento Bárbara entrou correndo na sala.
B: Seu Gustavo a Laura tentou se matar e tá internada.
G: Como?(terminando de colocar algumas coisas em sua pasta)
B: É, mas pelo que eu sei ninguém sabe muita coisa.
G: Você sabe em que hospital ela está?
B: Santa Terezinha.
G: Ótimo, querida... (apressado) mudança de planos... Pega o máximo de coisas que você conseguir e leva para minha casa de campo.
B: Aquela lá...
G: Isso, rápido... Não tenho muito tempo.
B: E o senhor?
G: Chegarei lá pela madrugada. Vou fazer uma visitinha para Laura... Antes que descubram.
B: Ok.

Gustavo saiu correndo pela Drummond...
C: Senhor Gustavo!(estranhando)
G: Preciso sair agora Carla! Cancele as reuniões!
C: Mas o senhor...
Não adiantava mais, ele já havia saído. Bárbara não saiu junto com ele, deu um tempo e saiu por outra saída da Drummond.
Eram muitas coisas ao mesmo tempo...
A Tarde se passou agitada, Laura havia acordado sozinha no quarto, Murilo e Lucas estavam na sala do médico, os exames estavam para ficar pronto.
M: Quero ficar no quarto com ela.
Méd: Ela está sob observação, não tem nada de grave, foi mais o susto, e no pulso foi uns quatro pontos, mas nada de mais grave. (tentando acalma-lo)
Lu: Coitada da Laurinha.
M: Eu ainda não consigo entender... Na verdade acho que foi minha culpa.
Lu: Sua Culpa?
M: É...
Lu: Por quê?
M: Com licença um minutinho doutor.
Méd: Claro.
Murilo e Lucas saíram da sala e Murilo começou a contar o que aconteceu na sala de Gustavo de manhã, o beijo com a Bárbara e todos os detalhes...
Enquanto isso...

Na recepção do hospital.
Rec: Em que posso ajudar?
G: Laura Drummond, emergência.
Rec: Um minuto.
G: Por favor, estou preocupado...
Rec: A sim, paciente Laura Rouse Drummond Cortez Magalhães é isso?
G: Isso, isso mesmo. (inquieto)
Rec: Ela não pode receber visitas ainda.
G: Eu sei, eu quero conversar com meu amigo, o marido dela... Confortar a família sabe?(sorrindo)
Rec: Entendo, nesse caso eles devem estar no corredor C do 1° andar, a paciente se encontra no quarto 17 ele deve estar na sala de espera no fim do corredor de onde ela está.
G: Muito obrigado.
Rec: Por nada.
Gustavo correu para o quarto dela.

No quarto de hospital onde Laura acabou de acordar...
Não, pensava ela... Estava em um hospital, por quê? Por quê? Será que ela tinha que sofrer realmente aquela coisa crescendo aos poucos em sua barriga, ver seus cabelos caírem.
Queria pegar sua filha no colo agora. Não sabia explicar, mas queria Maria Luiza ali.
Que horas seria? Quanto tempo devia ter ficado desacordada? Que hospital será que era aquele?
Agora que estava ali deitada naquela cama de hospital onde o único barulho era o da sua respiração ela podia sentir dentro dela, aquilo... Como se tivesse vida.
Olhou ao redor do quarto e pensou em se sentar na cama, é... Ela estava bem, para sua infelicidade apenas uma ardência nos pulsos.
Ela puxou o soro que tinha em sua veia como se entendesse do que acabara de fazer, ainda um pouco zonza ela se sentou e viu em cima de uma poltrona sua micro mala de viagem, esperou um momento e se arriscou a ir até ela, para sua surpresa ela conseguiu, com certa dificuldade, mas conseguiu.
Pegou as roupas e vestiu o que estaria pensando? Nem ela sabia... Mas não queria ficar ali. Sentia que precisava sair...
Murilo terminou de contar o que havia acontecido...
Lu: Meu Deus, coitadinha da minha amiga.
M: Coitadinha da sua amiga? Como assim? Poxa Lucas, eu sei que ela é sua amiga, mas ela me traiu!
Lu: Não, agora que estamos nessa situação eu vou te falar o que aconteceu, infelizmente é algo muito triste e... (foi interrompido)
Nesse instante o médico abriu a porta do consultório e chamou Lucas e Murilo que estavam no corredor.
M: Os exames?
Méd: Sim, acabaram de chegar.
Lu: Humm.
Lucas já sabia o que os exames iriam apontar, e não estava nenhum pouco ansioso para ouvir aquela noticia monstruosa novamente. Mesmo sabendo que os exames apenas iriam apontar algo estranho.
M: Deus queira que não seja nada sério.
Lucas sorriu para Murilo tristemente.

Enquanto isso...
Gustavo se aproximou no corredor “C” de longe logo avistou a plaquinha indicando o numero do quarto dela, olhou em sua volta com o maior cuidado para ter certeza que nem Lucas e muito menos Murilo estavam ali.
Olhou meio de longe pelo pequeno vidro da porta do quarto de dela, e resolveu arriscar.
Laura agora estava pronta, e sem ao menos saber para onde iria decidiu sair, sentia que precisava sair dali, encostou a porta e no mesmo instante Gustavo a abriu aflito e a viu ali, pronta, como se tivesse o esperando.
G: Laura!(Meio assustado)
L: Gustavo? O que foi? Você me parece nervoso.
G: Você precisa sair daqui.
L: Como?(meio confusa)
G: Murilo quer te internar de novo, e dessa vez não é na mesma clínica, é uma aonde você nem vai mais poder ver a sua filha.
L: Não, eu... Eu...
G: Vem logo, eu te levo para casa daquele seu amigo...
L: O Lucas?
G: É, ele não vai deixar o Murilo fazer isso não é?
L: Não... Mas como você sabe disso?
G: Depois eu explico, vem logo, vamos sair daqui, ainda bem que você já esta com uma carinha boa, nem vão desconfiar que você não teve alta.
Laura entrou em desespero ao pensar que Murilo estivesse pensando em fazer isso novamente, mas agora ele tinha motivos, ela tentou se matar, Lucas! Isso, ela ia para casa do Lucas e como ele sabe de tudo ele ia entender.
E assim conseguiram sair do Hospital sem chamarem a atenção.

Na sala do Doutor Rodrigo
M: E aí Doutor? É alguma sequela do acidente?
Lu:...
Méd: Não, está tudo ótimo com eles. (sorrindo)
M: Eles?
Lu: Como?

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