Ela olhou para ele e piscou, ele riu. Gustavo olhava meio perturbado para eles, estava incomodado com a cumplicidade de Murilo e Laura e nem fazia questão de disfarçar.
Sem mais provocações da parte de Murilo, Laura terminou a reunião.
L: Ok então, então ficaremos com a sétima proposta. Senhor Felipe, daqui uma meia hora Carla vai levar os detalhes para que o senhor analise e aplique o mais rápido possível. Um bom dia a todos e bom trabalho.
Todos assentiram e saíram para seus afazeres. A sala agora estava vazia e Laura organizava os papéis da reunião em uma pasta.
L: Você é um maluco Murilo! No meio de uma reunião importante como essa... (rindo descontraída)
M: Eu sou fascinado por esse seu jeito mandou, não resisto a você fazendo uma reunião, com esse seu olhar superior.
L: (Sorrindo) olhar superior? (Rindo)
M: É... Olhar tentador (a abraçando a cintura)
L: Murilo para, eu preciso entregar isso aqui para Carla.
M: Mas eu não estou fazendo nada. (dando beijinhos no pescoço dela)
L: Murilo, para...
M: Mô.. a mesa ainda está aqui...
L: Estou vendo... (tentando continuar concentrada nos papéis)
M: Então... o que você acha de..
L: Amor, amorzinho meu (pegando no rosto dele) Não viaja, tenho coisas importantes para fazer agora, e mesmo que eu não tivesse, tenho que dar o exemplo, se não imagina a bagunça que isso aqui não vai virar.
M: Nossa... Está me chamando de antiprofissional? Ein? Dona Laura (a apertando contra ele)
L: Ahhhh se a carapuça lhe serviu.
Murilo no mesmo instante a virou e roubou um beijo, era muito difícil Laura conter, ela não conseguia, ele com um dos braços entornavam a sua cabeça e massageava seus cabelos e com a outra mão apertava sua cintura, Laura ia erguer uma das pernas para entrelaçar na perna de Murilo quando foram interrompidos.
G: Laura eu preciso... (parando assim que percebeu a situação)
Laura em um pulo saiu de perto de Murilo, na verdade Gustavo não chegou a pegar nada, mas percebeu, Laura estava com os cabelos meio bagunçados, a roupa um pouco desajeitada, fora o batom na boca de Murilo.
L: Gustavo! Er.. Você... Está com duvida em alguma coisa? (rezando para que ele mostrasse para ela que não tinha visto nada demais).
G: É... Não, não era nada muito importante, eu procuro você mais tarde, está bem?
L: Ok então (Não insistiu porque iria sair)
Ele saiu muito nervoso.
L: Ah meu Deus que vergonha (virando-se para Murilo)
M: Ah, que nada meu amor. Agora... (indo em direção a ela)
L: Não, agora nada, preciso sair, segura as coisas aqui para mim, daqui a pouco eu estou de volta.
Murilo sabia que ela ia se encontrar com Lucas, mas queria apertar Laura contra a parede, e por isso começou a deixa-la nervosa.
M: Onde você vai?
L: Vou ver umas coisas aí.
M: Que coisas?
L: Umas coisas minhas.
M: Humm, está tudo bem? Você está doente?
L: Não, meu amor eu só quero comprar umas coisinhas... Para brincarmos no fim de semana.
M: Ah, agora eu gostei. Já pensou em algo?
L: É, mais ou menos.
M: Tá bom, então vai logo (deu um beijo nela e foi para sua sala)
Laura foi até a Flexsystens.
Na sala de Lucas.
Let: Senhor Lucas, a Dona Laura está aqui.
Lu: Laura? (levantando-se da cadeira meio que surpreso). Pode manda-la entrar Letícia.
Let: Ok. Se precisar de alguma coisa é só chamar.
Lu: Pode deixar.
Laura entra na sala e já corre para um abraço forte.
L: Aiii Lucas, como é bom te abraçar meu amigo, uma paz me consome.
Lu: Ui que poder (Sorrindo), Laurinha o que você está fazendo aqui? Nosso encontro é daqui a quase uma hora ainda.
L: Ah eu não aguentei, preciso te contar uma coisa.
Lu: É sobre o tal pressentimento?
L: É... Como você sabe?
Lu: Murilo veio me perguntar, achou que eu sabia de alguma coisa.
L: Lucas, eu não sei o que eu faço.
Lu: Senta aqui (a conduzindo para um sofá que ficava em sua sala), agora me diz exatamente o que aconteceu.
L: Eu recebi uma ligação ameaçando a minha bebê.
Lu: Como assim? (muito nervoso)
L: Foi na minha sala, disseram que será que uma criança ainda bebê iria ter medo de bicho papão.
Lu: Laura... Agora o negócio ficou mais sério, você tem que chamar a policia.
L: E eu vou falar o que para polícia? Que eu recebi uma ligação perguntando se bebês tem medo de bicho papão?
Lu: Não não é Laura, mas diz que você recebeu uma ameaça pelo telefone, diz que falaram que era para você tomar cuidado...
L: Ai Lucas, porque tão fazendo isso? Eu ainda acho que é o Carlos!
Lu: O Carlos está preso Laura!
L: Está preso mais não está morto, ele pode muito bem estar pagando alguém para fazer isso comigo.
Lu: Ele não tem nada, está com uma mão na frente e outra atrás.
L: Ahhhh, eu acho que vou enlouquecer.
Lu: Vai, claro que vai
L: Poxa Lucas...
Lu: É essa sua bendita mania de querer resolver tudo sozinha, você tem o Murilo também Laura, o homem que você escolheu para dividir a sua vida, e isso inclui tudo!
É, não tinha como negar, como sempre Lucas estava certo, o que ela estava fazendo? Murilo estava pronto para enfrentar com ela qualquer que fosse o seu medo.
L: Vou esperar...
Lu: Ahhhhh Jesus ampara esse ser.
L: ...
Lu: Vai esperar o que jovem? (ironizando)
L: Se acontecer algo de novo eu digo.
Lu: Você sabe o que eu penso disso não é?
L: Sei, sei....
Lu: E sabe também que a probabilidade de você se ferrar com isso de não me ouvir é de 98% não é?
L: Também sei...
Lu: E sabe também que por pior que seja eu vou dizer (eu te avisei, não avisei?)
L: Lucas, me entenda... O Murilo é impulsivo, ele age sempre no calor do momento, você sabe disso.
Lu: Tá, e daí?
L: E daí que isso é um perigo.
Lu: ...
L: Imagina se naquela vez que eu perdesse a memória ele tivesse feito tudo por impulso?
No mínimo ele ia dar na cara do Carlos Daniel, iam os dois parar na delegacia e eu não ia conseguir provas para colocar ele e aquela nojenta na cadeia.
Lu: É mais você não fica atrás.
L: Agora é diferente Lucas, nós temos a Luiza... Ela depende de nós.
Lu: ...
Lu: Ai Senhor, ok ok ok ok. Então esse é o plano? Esperar?
L: É
Lu: Então tá não é.
L: Ah e tem mais uma coisa.
Lu: O que ?
L: Eu quero saber que você contou para o Murilo sobre essa conversa assim como você fez da última vez, eu te mato Lucas!
Lu: Laurinha...
L: Não tem essa de Laurinha não. Eu disse para você não dizer nada.
Lu: É que... Quer saber, a culpa foi sua!
L: Minha?
Lu: Sua sim, foi logo dizer que eu estava na sua casa porque eu tinha brigado com o Léo, seu olho que nem uma batata de tanto que chorou, fora que a primeira coisa que o Murilo foi fazer foi ligar para o Léo.
L: Porque você não avisou o Léo?
Lu: E deu tempo?
L: Tá, tá... Mas dessa vez você não vai contar nada.
Lu: Tá.
L: Promete?
Lu: Prometo.
L: Não, é melhor jurar... Jura pela nossa amizade?
Lu: ...
L: Lucas!!
Lu: Tá, ta bom eu juro.
L: Tá bom, agora eu estou mais tranquila.
Lu: Isso é golpe baixo. Ei!?
L: O que?
Lu: Como foi que soube que eu tinha dito pro Murilo?
L: O que eu te disse que o Murilo ia fazer se eu contasse para ele?
Lu: Mas é um cabeção mesmo, nem para ser menos óbvio.
L: (Sorrindo) bem a cara dele. Isso tem que parar, eu estou tão feliz... Não quero que nada nem ninguém atrapalhem isso.
Na empresa Drummond. Na sala de Murilo. Alguém bate a porta.
M: Pode entrar.
B: Oi Murilo! (Já indo em direção à mesa dele)
Murilo não a olhava como mulher, a olhava como uma menina... Nada nela o atraía, embora ela fosse linda.
B: Tudo bem? (debruçada na mesa deixando a mostra um enorme decote)
M: Tudo, você está precisando de alguma coisa?
B: Na verdade muitas... Principalmente de você (com a voz toda derretida)
M: Se estiver ao meu alcance (realmente dormindo, porque nem prestou atenção no sentido que ela estava dizendo)
B: Está sim Murilo, mas ainda não é a hora, tudo tem seu tempo (sorriu para ele e se afastou da mesa) o senhor Gustavo pediu para levar o seu relatório sobre a reunião de hoje.
M: O relatório?
B: É.
M: É... diz para ele que eu mesmo levo, já vou lá.
B: Tá. Um beijo... até mais.
E saiu toda se insinuando para ele.
O dia estava passando tranquilo, Laura já havia voltado a depois Gustavo foi até a sala de Murilo.
G: Licença, Murilo eu preciso do relatório.
Murilo ainda não havia terminado, estava pensativo, Lucas havia dito que Laura não tinha dito nada demais, Léo confirmava também, não sabia o que fazer o que pensar, estava perdido, confuso. Não tinha a quem recorrer, mas sabia que tinha alguma coisa errada.
G: Murilo?
M: Me desculpe Gustavo, estou meio desatento, prometo que antes do expediente acabar eu entrego o relatório pronto para você aplicar.
G: Não tudo bem cara, o que está acontecendo? Posso ajudar?
M: ...
G: Eu não gosto de tomar conta da vida dos meus colegas de trabalho, mas não tem como não perceber que tanto você como Laura estão estranhos.
M: Estou preocupado.
G: É alguma coisa com a Laura?(Já assustado)
M: É... Mais ou menos.
G: Se eu puder ajudar.
M: Não, enquanto ela não me disser o que está acontecendo, não tem como ajuda-la.
G: ... As vezes desabafar é melhor do que imaginamos, sei que não somos melhores amigos, mas sabe que pode contar comigo, gosto muito da Laura ... e de você também.
M: É... Talvez seja melhor eu falar mesmo...
G: É... Não é bom ficar guardando para si.
terça-feira, setembro 10, 2013
9° Como eu te Amo
Ela olhou para ele e piscou, ele riu. Gustavo olhava meio perturbado para eles, estava incomodado com a cumplicidade de Murilo e Laura e nem fazia questão de disfarçar.
Sem mais provocações da parte de Murilo, Laura terminou a reunião.
L: Ok então, então ficaremos com a sétima proposta. Senhor Felipe, daqui uma meia hora Carla vai levar os detalhes para que o senhor analise e aplique o mais rápido possível. Um bom dia a todos e bom trabalho.
Todos assentiram e saíram para seus afazeres. A sala agora estava vazia e Laura organizava os papéis da reunião em uma pasta.
L: Você é um maluco Murilo! No meio de uma reunião importante como essa... (rindo descontraída)
M: Eu sou fascinado por esse seu jeito mandou, não resisto a você fazendo uma reunião, com esse seu olhar superior.
L: (Sorrindo) olhar superior? (Rindo)
M: É... Olhar tentador (a abraçando a cintura)
L: Murilo para, eu preciso entregar isso aqui para Carla.
M: Mas eu não estou fazendo nada. (dando beijinhos no pescoço dela)
L: Murilo, para...
M: Mô.. a mesa ainda está aqui...
L: Estou vendo... (tentando continuar concentrada nos papéis)
M: Então... o que você acha de..
L: Amor, amorzinho meu (pegando no rosto dele) Não viaja, tenho coisas importantes para fazer agora, e mesmo que eu não tivesse, tenho que dar o exemplo, se não imagina a bagunça que isso aqui não vai virar.
M: Nossa... Está me chamando de antiprofissional? Ein? Dona Laura (a apertando contra ele)
L: Ahhhh se a carapuça lhe serviu.
Murilo no mesmo instante a virou e roubou um beijo, era muito difícil Laura conter, ela não conseguia, ele com um dos braços entornavam a sua cabeça e massageava seus cabelos e com a outra mão apertava sua cintura, Laura ia erguer uma das pernas para entrelaçar na perna de Murilo quando foram interrompidos.
G: Laura eu preciso... (parando assim que percebeu a situação)
Laura em um pulo saiu de perto de Murilo, na verdade Gustavo não chegou a pegar nada, mas percebeu, Laura estava com os cabelos meio bagunçados, a roupa um pouco desajeitada, fora o batom na boca de Murilo.
L: Gustavo! Er.. Você... Está com duvida em alguma coisa? (rezando para que ele mostrasse para ela que não tinha visto nada demais).
G: É... Não, não era nada muito importante, eu procuro você mais tarde, está bem?
L: Ok então (Não insistiu porque iria sair)
Ele saiu muito nervoso.
L: Ah meu Deus que vergonha (virando-se para Murilo)
M: Ah, que nada meu amor. Agora... (indo em direção a ela)
L: Não, agora nada, preciso sair, segura as coisas aqui para mim, daqui a pouco eu estou de volta.
Murilo sabia que ela ia se encontrar com Lucas, mas queria apertar Laura contra a parede, e por isso começou a deixa-la nervosa.
M: Onde você vai?
L: Vou ver umas coisas aí.
M: Que coisas?
L: Umas coisas minhas.
M: Humm, está tudo bem? Você está doente?
L: Não, meu amor eu só quero comprar umas coisinhas... Para brincarmos no fim de semana.
M: Ah, agora eu gostei. Já pensou em algo?
L: É, mais ou menos.
M: Tá bom, então vai logo (deu um beijo nela e foi para sua sala)
Laura foi até a Flexsystens.
Na sala de Lucas.
Let: Senhor Lucas, a Dona Laura está aqui.
Lu: Laura? (levantando-se da cadeira meio que surpreso). Pode manda-la entrar Letícia.
Let: Ok. Se precisar de alguma coisa é só chamar.
Lu: Pode deixar.
Laura entra na sala e já corre para um abraço forte.
L: Aiii Lucas, como é bom te abraçar meu amigo, uma paz me consome.
Lu: Ui que poder (Sorrindo), Laurinha o que você está fazendo aqui? Nosso encontro é daqui a quase uma hora ainda.
L: Ah eu não aguentei, preciso te contar uma coisa.
Lu: É sobre o tal pressentimento?
L: É... Como você sabe?
Lu: Murilo veio me perguntar, achou que eu sabia de alguma coisa.
L: Lucas, eu não sei o que eu faço.
Lu: Senta aqui (a conduzindo para um sofá que ficava em sua sala), agora me diz exatamente o que aconteceu.
L: Eu recebi uma ligação ameaçando a minha bebê.
Lu: Como assim? (muito nervoso)
L: Foi na minha sala, disseram que será que uma criança ainda bebê iria ter medo de bicho papão.
Lu: Laura... Agora o negócio ficou mais sério, você tem que chamar a policia.
L: E eu vou falar o que para polícia? Que eu recebi uma ligação perguntando se bebês tem medo de bicho papão?
Lu: Não não é Laura, mas diz que você recebeu uma ameaça pelo telefone, diz que falaram que era para você tomar cuidado...
L: Ai Lucas, porque tão fazendo isso? Eu ainda acho que é o Carlos!
Lu: O Carlos está preso Laura!
L: Está preso mais não está morto, ele pode muito bem estar pagando alguém para fazer isso comigo.
Lu: Ele não tem nada, está com uma mão na frente e outra atrás.
L: Ahhhh, eu acho que vou enlouquecer.
Lu: Vai, claro que vai
L: Poxa Lucas...
Lu: É essa sua bendita mania de querer resolver tudo sozinha, você tem o Murilo também Laura, o homem que você escolheu para dividir a sua vida, e isso inclui tudo!
É, não tinha como negar, como sempre Lucas estava certo, o que ela estava fazendo? Murilo estava pronto para enfrentar com ela qualquer que fosse o seu medo.
L: Vou esperar...
Lu: Ahhhhh Jesus ampara esse ser.
L: ...
Lu: Vai esperar o que jovem? (ironizando)
L: Se acontecer algo de novo eu digo.
Lu: Você sabe o que eu penso disso não é?
L: Sei, sei....
Lu: E sabe também que a probabilidade de você se ferrar com isso de não me ouvir é de 98% não é?
L: Também sei...
Lu: E sabe também que por pior que seja eu vou dizer (eu te avisei, não avisei?)
L: Lucas, me entenda... O Murilo é impulsivo, ele age sempre no calor do momento, você sabe disso.
Lu: Tá, e daí?
L: E daí que isso é um perigo.
Lu: ...
L: Imagina se naquela vez que eu perdesse a memória ele tivesse feito tudo por impulso?
No mínimo ele ia dar na cara do Carlos Daniel, iam os dois parar na delegacia e eu não ia conseguir provas para colocar ele e aquela nojenta na cadeia.
Lu: É mais você não fica atrás.
L: Agora é diferente Lucas, nós temos a Luiza... Ela depende de nós.
Lu: ...
Lu: Ai Senhor, ok ok ok ok. Então esse é o plano? Esperar?
L: É
Lu: Então tá não é.
L: Ah e tem mais uma coisa.
Lu: O que ?
L: Eu quero saber que você contou para o Murilo sobre essa conversa assim como você fez da última vez, eu te mato Lucas!
Lu: Laurinha...
L: Não tem essa de Laurinha não. Eu disse para você não dizer nada.
Lu: É que... Quer saber, a culpa foi sua!
L: Minha?
Lu: Sua sim, foi logo dizer que eu estava na sua casa porque eu tinha brigado com o Léo, seu olho que nem uma batata de tanto que chorou, fora que a primeira coisa que o Murilo foi fazer foi ligar para o Léo.
L: Porque você não avisou o Léo?
Lu: E deu tempo?
L: Tá, tá... Mas dessa vez você não vai contar nada.
Lu: Tá.
L: Promete?
Lu: Prometo.
L: Não, é melhor jurar... Jura pela nossa amizade?
Lu: ...
L: Lucas!!
Lu: Tá, ta bom eu juro.
L: Tá bom, agora eu estou mais tranquila.
Lu: Isso é golpe baixo. Ei!?
L: O que?
Lu: Como foi que soube que eu tinha dito pro Murilo?
L: O que eu te disse que o Murilo ia fazer se eu contasse para ele?
Lu: Mas é um cabeção mesmo, nem para ser menos óbvio.
L: (Sorrindo) bem a cara dele. Isso tem que parar, eu estou tão feliz... Não quero que nada nem ninguém atrapalhem isso.
Na empresa Drummond. Na sala de Murilo. Alguém bate a porta.
M: Pode entrar.
B: Oi Murilo! (Já indo em direção à mesa dele)
Murilo não a olhava como mulher, a olhava como uma menina... Nada nela o atraía, embora ela fosse linda.
B: Tudo bem? (debruçada na mesa deixando a mostra um enorme decote)
M: Tudo, você está precisando de alguma coisa?
B: Na verdade muitas... Principalmente de você (com a voz toda derretida)
M: Se estiver ao meu alcance (realmente dormindo, porque nem prestou atenção no sentido que ela estava dizendo)
B: Está sim Murilo, mas ainda não é a hora, tudo tem seu tempo (sorriu para ele e se afastou da mesa) o senhor Gustavo pediu para levar o seu relatório sobre a reunião de hoje.
M: O relatório?
B: É.
M: É... diz para ele que eu mesmo levo, já vou lá.
B: Tá. Um beijo... até mais.
E saiu toda se insinuando para ele.
O dia estava passando tranquilo, Laura já havia voltado a depois Gustavo foi até a sala de Murilo.
G: Licença, Murilo eu preciso do relatório.
Murilo ainda não havia terminado, estava pensativo, Lucas havia dito que Laura não tinha dito nada demais, Léo confirmava também, não sabia o que fazer o que pensar, estava perdido, confuso. Não tinha a quem recorrer, mas sabia que tinha alguma coisa errada.
G: Murilo?
M: Me desculpe Gustavo, estou meio desatento, prometo que antes do expediente acabar eu entrego o relatório pronto para você aplicar.
G: Não tudo bem cara, o que está acontecendo? Posso ajudar?
M: ...
G: Eu não gosto de tomar conta da vida dos meus colegas de trabalho, mas não tem como não perceber que tanto você como Laura estão estranhos.
M: Estou preocupado.
G: É alguma coisa com a Laura?(Já assustado)
M: É... Mais ou menos.
G: Se eu puder ajudar.
M: Não, enquanto ela não me disser o que está acontecendo, não tem como ajuda-la.
G: ... As vezes desabafar é melhor do que imaginamos, sei que não somos melhores amigos, mas sabe que pode contar comigo, gosto muito da Laura ... e de você também.
M: É... Talvez seja melhor eu falar mesmo...
G: É... Não é bom ficar guardando para si.
Sem mais provocações da parte de Murilo, Laura terminou a reunião.
L: Ok então, então ficaremos com a sétima proposta. Senhor Felipe, daqui uma meia hora Carla vai levar os detalhes para que o senhor analise e aplique o mais rápido possível. Um bom dia a todos e bom trabalho.
Todos assentiram e saíram para seus afazeres. A sala agora estava vazia e Laura organizava os papéis da reunião em uma pasta.
L: Você é um maluco Murilo! No meio de uma reunião importante como essa... (rindo descontraída)
M: Eu sou fascinado por esse seu jeito mandou, não resisto a você fazendo uma reunião, com esse seu olhar superior.
L: (Sorrindo) olhar superior? (Rindo)
M: É... Olhar tentador (a abraçando a cintura)
L: Murilo para, eu preciso entregar isso aqui para Carla.
M: Mas eu não estou fazendo nada. (dando beijinhos no pescoço dela)
L: Murilo, para...
M: Mô.. a mesa ainda está aqui...
L: Estou vendo... (tentando continuar concentrada nos papéis)
M: Então... o que você acha de..
L: Amor, amorzinho meu (pegando no rosto dele) Não viaja, tenho coisas importantes para fazer agora, e mesmo que eu não tivesse, tenho que dar o exemplo, se não imagina a bagunça que isso aqui não vai virar.
M: Nossa... Está me chamando de antiprofissional? Ein? Dona Laura (a apertando contra ele)
L: Ahhhh se a carapuça lhe serviu.
Murilo no mesmo instante a virou e roubou um beijo, era muito difícil Laura conter, ela não conseguia, ele com um dos braços entornavam a sua cabeça e massageava seus cabelos e com a outra mão apertava sua cintura, Laura ia erguer uma das pernas para entrelaçar na perna de Murilo quando foram interrompidos.
G: Laura eu preciso... (parando assim que percebeu a situação)
Laura em um pulo saiu de perto de Murilo, na verdade Gustavo não chegou a pegar nada, mas percebeu, Laura estava com os cabelos meio bagunçados, a roupa um pouco desajeitada, fora o batom na boca de Murilo.
L: Gustavo! Er.. Você... Está com duvida em alguma coisa? (rezando para que ele mostrasse para ela que não tinha visto nada demais).
G: É... Não, não era nada muito importante, eu procuro você mais tarde, está bem?
L: Ok então (Não insistiu porque iria sair)
Ele saiu muito nervoso.
L: Ah meu Deus que vergonha (virando-se para Murilo)
M: Ah, que nada meu amor. Agora... (indo em direção a ela)
L: Não, agora nada, preciso sair, segura as coisas aqui para mim, daqui a pouco eu estou de volta.
Murilo sabia que ela ia se encontrar com Lucas, mas queria apertar Laura contra a parede, e por isso começou a deixa-la nervosa.
M: Onde você vai?
L: Vou ver umas coisas aí.
M: Que coisas?
L: Umas coisas minhas.
M: Humm, está tudo bem? Você está doente?
L: Não, meu amor eu só quero comprar umas coisinhas... Para brincarmos no fim de semana.
M: Ah, agora eu gostei. Já pensou em algo?
L: É, mais ou menos.
M: Tá bom, então vai logo (deu um beijo nela e foi para sua sala)
Laura foi até a Flexsystens.
Na sala de Lucas.
Let: Senhor Lucas, a Dona Laura está aqui.
Lu: Laura? (levantando-se da cadeira meio que surpreso). Pode manda-la entrar Letícia.
Let: Ok. Se precisar de alguma coisa é só chamar.
Lu: Pode deixar.
Laura entra na sala e já corre para um abraço forte.
L: Aiii Lucas, como é bom te abraçar meu amigo, uma paz me consome.
Lu: Ui que poder (Sorrindo), Laurinha o que você está fazendo aqui? Nosso encontro é daqui a quase uma hora ainda.
L: Ah eu não aguentei, preciso te contar uma coisa.
Lu: É sobre o tal pressentimento?
L: É... Como você sabe?
Lu: Murilo veio me perguntar, achou que eu sabia de alguma coisa.
L: Lucas, eu não sei o que eu faço.
Lu: Senta aqui (a conduzindo para um sofá que ficava em sua sala), agora me diz exatamente o que aconteceu.
L: Eu recebi uma ligação ameaçando a minha bebê.
Lu: Como assim? (muito nervoso)
L: Foi na minha sala, disseram que será que uma criança ainda bebê iria ter medo de bicho papão.
Lu: Laura... Agora o negócio ficou mais sério, você tem que chamar a policia.
L: E eu vou falar o que para polícia? Que eu recebi uma ligação perguntando se bebês tem medo de bicho papão?
Lu: Não não é Laura, mas diz que você recebeu uma ameaça pelo telefone, diz que falaram que era para você tomar cuidado...
L: Ai Lucas, porque tão fazendo isso? Eu ainda acho que é o Carlos!
Lu: O Carlos está preso Laura!
L: Está preso mais não está morto, ele pode muito bem estar pagando alguém para fazer isso comigo.
Lu: Ele não tem nada, está com uma mão na frente e outra atrás.
L: Ahhhh, eu acho que vou enlouquecer.
Lu: Vai, claro que vai
L: Poxa Lucas...
Lu: É essa sua bendita mania de querer resolver tudo sozinha, você tem o Murilo também Laura, o homem que você escolheu para dividir a sua vida, e isso inclui tudo!
É, não tinha como negar, como sempre Lucas estava certo, o que ela estava fazendo? Murilo estava pronto para enfrentar com ela qualquer que fosse o seu medo.
L: Vou esperar...
Lu: Ahhhhh Jesus ampara esse ser.
L: ...
Lu: Vai esperar o que jovem? (ironizando)
L: Se acontecer algo de novo eu digo.
Lu: Você sabe o que eu penso disso não é?
L: Sei, sei....
Lu: E sabe também que a probabilidade de você se ferrar com isso de não me ouvir é de 98% não é?
L: Também sei...
Lu: E sabe também que por pior que seja eu vou dizer (eu te avisei, não avisei?)
L: Lucas, me entenda... O Murilo é impulsivo, ele age sempre no calor do momento, você sabe disso.
Lu: Tá, e daí?
L: E daí que isso é um perigo.
Lu: ...
L: Imagina se naquela vez que eu perdesse a memória ele tivesse feito tudo por impulso?
No mínimo ele ia dar na cara do Carlos Daniel, iam os dois parar na delegacia e eu não ia conseguir provas para colocar ele e aquela nojenta na cadeia.
Lu: É mais você não fica atrás.
L: Agora é diferente Lucas, nós temos a Luiza... Ela depende de nós.
Lu: ...
Lu: Ai Senhor, ok ok ok ok. Então esse é o plano? Esperar?
L: É
Lu: Então tá não é.
L: Ah e tem mais uma coisa.
Lu: O que ?
L: Eu quero saber que você contou para o Murilo sobre essa conversa assim como você fez da última vez, eu te mato Lucas!
Lu: Laurinha...
L: Não tem essa de Laurinha não. Eu disse para você não dizer nada.
Lu: É que... Quer saber, a culpa foi sua!
L: Minha?
Lu: Sua sim, foi logo dizer que eu estava na sua casa porque eu tinha brigado com o Léo, seu olho que nem uma batata de tanto que chorou, fora que a primeira coisa que o Murilo foi fazer foi ligar para o Léo.
L: Porque você não avisou o Léo?
Lu: E deu tempo?
L: Tá, tá... Mas dessa vez você não vai contar nada.
Lu: Tá.
L: Promete?
Lu: Prometo.
L: Não, é melhor jurar... Jura pela nossa amizade?
Lu: ...
L: Lucas!!
Lu: Tá, ta bom eu juro.
L: Tá bom, agora eu estou mais tranquila.
Lu: Isso é golpe baixo. Ei!?
L: O que?
Lu: Como foi que soube que eu tinha dito pro Murilo?
L: O que eu te disse que o Murilo ia fazer se eu contasse para ele?
Lu: Mas é um cabeção mesmo, nem para ser menos óbvio.
L: (Sorrindo) bem a cara dele. Isso tem que parar, eu estou tão feliz... Não quero que nada nem ninguém atrapalhem isso.
Na empresa Drummond. Na sala de Murilo. Alguém bate a porta.
M: Pode entrar.
B: Oi Murilo! (Já indo em direção à mesa dele)
Murilo não a olhava como mulher, a olhava como uma menina... Nada nela o atraía, embora ela fosse linda.
B: Tudo bem? (debruçada na mesa deixando a mostra um enorme decote)
M: Tudo, você está precisando de alguma coisa?
B: Na verdade muitas... Principalmente de você (com a voz toda derretida)
M: Se estiver ao meu alcance (realmente dormindo, porque nem prestou atenção no sentido que ela estava dizendo)
B: Está sim Murilo, mas ainda não é a hora, tudo tem seu tempo (sorriu para ele e se afastou da mesa) o senhor Gustavo pediu para levar o seu relatório sobre a reunião de hoje.
M: O relatório?
B: É.
M: É... diz para ele que eu mesmo levo, já vou lá.
B: Tá. Um beijo... até mais.
E saiu toda se insinuando para ele.
O dia estava passando tranquilo, Laura já havia voltado a depois Gustavo foi até a sala de Murilo.
G: Licença, Murilo eu preciso do relatório.
Murilo ainda não havia terminado, estava pensativo, Lucas havia dito que Laura não tinha dito nada demais, Léo confirmava também, não sabia o que fazer o que pensar, estava perdido, confuso. Não tinha a quem recorrer, mas sabia que tinha alguma coisa errada.
G: Murilo?
M: Me desculpe Gustavo, estou meio desatento, prometo que antes do expediente acabar eu entrego o relatório pronto para você aplicar.
G: Não tudo bem cara, o que está acontecendo? Posso ajudar?
M: ...
G: Eu não gosto de tomar conta da vida dos meus colegas de trabalho, mas não tem como não perceber que tanto você como Laura estão estranhos.
M: Estou preocupado.
G: É alguma coisa com a Laura?(Já assustado)
M: É... Mais ou menos.
G: Se eu puder ajudar.
M: Não, enquanto ela não me disser o que está acontecendo, não tem como ajuda-la.
G: ... As vezes desabafar é melhor do que imaginamos, sei que não somos melhores amigos, mas sabe que pode contar comigo, gosto muito da Laura ... e de você também.
M: É... Talvez seja melhor eu falar mesmo...
G: É... Não é bom ficar guardando para si.
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