terça-feira, setembro 10, 2013

17° Como eu te Amo

M: Ah !
Lu: Essa daí também é outra que acho bom você abrir o olho.
M: (Sorrindo) Até a Laura parou de implicar com ela.
Lu: Está avisado não é? Eu espero que não esteja tudo virado de pernas para o ar quando eu voltar.
M: Sim senhor! (brincando) Boa viajem para você.
Lu: Obrigado!

E assim Lucas e Pedro foram para Londres. Agora começaria o suplicio de Laura.
Já era fim de tarde, Laura estava apenas checando pelo Notebook as novas linhas que chegariam dos carros de pequeno porte. Alguém bate na porta.
G: Oi? Posso entrar?
L: Oi Gustavo, pode sim. Senta aqui.
G: Eu vim saber como você está! (sentando-se em frente a ela)
L: Eu?
G: É, fim da semana passada você passou mal.
L: Ah sim! (lembrando-se do que ele estava dizendo)
G: Já marcou um médico?
L: Não, não marquei nada, eu estou ótima, não tive nada durante o fim de semana todo.
G: Nossa que bom.
L: Não é?
G: É... Eu estava pensando, você não quer almoçar comigo amanha?
L: Almoçar? É que eu já combinei de almoçar com o Murilo.
G: Ah, então sem problemas.
L: Marcamos de novo
G: Claro, vou adorar, sabe que te tenho como uma irmã não é? Como se eu precisasse te proteger.
Laura ficou meio sem graça, afinal de contas o único que havia dito isso para ela foi o Lucas. Mas isso vindo de alguém que ela acabou de conhecer dava certo desconforto. Mas ao mesmo tempo ela achou muito fofo, afinal de contas isso provava que a teoria de Lucas estava errada, ele não queria tê-la como mulher, ele apenas sentia um carinho, uma admiração. Isso fez com que Laura começasse a olha-lo diferente, como um amigo, não como Lucas, Lucas era único. Mas um amigo, daquele que poderia desabafar de ver em quando. Gustavo levantou-se para sair da sala.
L: Gustavo!
Ele parou em direção a porta, ela se aproximou e deu um abraço nele.
L: Obrigada viu? Por se preocupar comigo.
G: Imagina... (sorriu para ela e saiu)

Na sala de Murilo
G: Licença? Posso entrar?
M: Claro! E aí? Como é que está?
G: Estou bem, vim aqui para perguntar sobre aquele assunto das câmeras, comprou?
M: Comprei sim, foram instalar lá hoje, porque?
G: Ah porque eu tinha visto umas muito boas numa loja, e ia te indicar.
M: Valeu mesmo, mas já encontrei, nem contei nada para a Laura, sabe como que mulher é não é, já ia começar a falar que eu acho que ela tá ficando louca, que eu não acredito nela e blá blá blá.
G: É, (Sorrindo). É, por isso que não me casei de novo.
M: Você é divorciado?(assustado)
G: Viúvo!
M: Sinto muito.
G: É, mas mulher é tudo meio problemática.
M: (Sorrindo), mas a Laura não é!
Gustavo sentiu a indireta direta na cara dele.
G: Me desculpe, eu não quis ...
M: Por isso que estou preocupado. E se ela está tendo alucinações? E se for por causa do acidente? Mas até para levá-la ao médico não dá, porque vai dar briga.
G: Já pensou em levá-la num psicólogo?
M: Acho que primeiro eu vou ver o que as câmeras vão me mostrar.
G: Você me disse acidente, que acidente?
M: Eu não te contei sobre isso?
G: Não...
E assim Murilo contou toda história dele e Laura depois que se conheceram. Um tempo depois.
G: Nossa, você passaram por um aperto hein.
M: Não é, por isso eu acho que nem poderia achar muito estranho se realmente Laura estivesse surtando agora.
G: É, pelo que você me disse, acho que até o psicológico dela precisa botar tudo para fora.
M: Mas eu não muito preparado.
G: Sabe que pode contar comigo não é? Gosto muito de vocês.
M: Claro, você está sendo um amigão.
E assim aquela tarde de segunda feira terminou. Tinham chegado a casa fazia apenas uns 10 minutos. Murilo segurava Luiza no colo, e Naná colocava a mesa para Murilo e Laura tomarem um café, já que ambos disseram que não iam jantar. Laura havia ido ao banheiro.
M: E aí Naná?
N: Está tudo instalado, só tirar o cartão de memória da câmera e assistir no computador depois, o rapaz disse que qualquer duvida é só ligar lá.
M: Valeu Naná, e oh, você não sabe de nada ok?
N: Está bem, pode deixar, eles colocaram bem escondido nem o jardineiro conseguia achar depois.
M: Jardineiro? Ah é.
N: É, ele tava aqui quando estavam instalando.
M: Fala para ele também não comentar nada com a Laura, porque é só a gente achar que não tem porque ele comentar, que o infeliz vai lá e fala.
N: (Sorrindo), o senhor é mesmo uma figura senhor Murilo, mas pode ficar tranquilo, eu já o deixei avisado.
M: Ehhh eficiência em Dona Naná, está quase uma Carla da vida.
N: (Rindo)...
L: Amor, pede uma pizza de mussarela para gente?
M: Hummm...
N: E eu já vou indo, amanhã estou de volta pessoal.
L: Ah, não vai acompanhar a gente numa pizza de Mussarela?
N: Que isso, eu sou mais um arroz com feijão, minha nora e meu filho vão ir jantar em casa hoje.
L: Ah meu Deus, e nós aqui segurando você (pegando Luiza do colo de Murilo)
N: Imagina, pego um taxi e num segundo estou em casa.
L: Que taxi o que, amor leva a Dona Naná em casa.
N: Que isso Dona Laura, não precisa disso.
L: Num instante ele te leva.
M: Claro (pegando algumas bolachas que estavam em cima da mesa e saindo em direção ao carro)
N: Não preciso não Seu Murilo, o senhor está cansado.
M: Ah, para com isso, rapidinho eu te levo.
L: Já pega a pizza na volta amor!
M: Tá! (indo em direção a garagem)
E assim Laura e a bebê ficaram sozinhas em casa. Esta tudo bem, Laura deu a mamadeira para a Luiza e a deixou no cercadinho entretida com os brinquedos, depois ela começou a colocar a mesa para esperar Murilo. Já fazia quase uma hora que Murilo havia ido, mas já tinha ligado para Laura e avisado que estava apenas esperando a pizza e já estava voltando.
Eram oito e pouco da noite quando ela percebeu que as luzes todas do jardim se apagaram, as que ficam em volta da piscina também. Ela logo foi checar se as portas estavam trancadas. Correu para sala e trancou, a de serviço tinha certeza que estava trancada. Faltava a de vidro, estava com o coração na boca, mas estavam só ela e a bebê, tinha que engolir o medo e ir verificar. Pé ante pé ela se aproximou da porta de vidro e a trancou, estava um breu lá fora, ela não conseguia enxergar nada. Aproximou o rosto da porta, foi quando ela deu o grito mais desesperador que ela tinha guardado dentro de si.
Uma figura medonha estava todo de preto e vestia uma mascara branca, estava agora com a cara colada em sua porta de vidro. O grito que Laura deu fez com que a sua pequena Maria Luiza levasse um susto, ela começou a chorar, mas mesmo assim Laura não conseguia ouvi-la, era como se ela tivesse entrado num estado de choque. Ficou soluçando em frente à porta, mas agora a tal figura já havia sumido dali. Um barulho na porta da sala nem fez Laura mudar o olhar.
M: Mas a minha bolachinha não pode ficar nem um segundo longe do papai e já faz esse escândalo todo, é isso? (indo em direção à cozinha com a pizza na mão)
Assim que ele percebeu sua filha quase roxa de tanto chorar seus olhos procuraram Laura. Rapidamente ele deixou a pizza em cima da mesa, pegou Luiza no colo e começou a balança-la para ela parar de chorar.
M: Laura!
Não precisou andar muito até ver sua mulher a alguns metros da porta de vidro, Laura estava pálida, e com os olhos vidrados e chorava muito.
M: Amor? Amor... O que foi que aconteceu?
Murilo estava desesperado, mas não tinha como colocar Laura num abraço aconchegante agora, sua bebê ainda chorava, ele ainda estava perdido.
M: Laura?
Murilo chacoalhava Luiza e agora aos poucos ela parava de chorar, o coraçãozinho dela estava a mil.
M: Laura! (a chacoalhando pelos ombros)
Agora ela percebeu Murilo ali. Mas de nada adiantou, ela voltou a chorar. Ele a puxou num improvisado abraço.
L: Murilo... Me protege...(chorando)
M: Shiiii, calma meu amor, eu estou aqui agora... O que aconteceu?
L: Alguém... Alguém tava ali (mostrando com os dedos trêmulos para a porta de vidro)
M: Quem?
L: Não sei, está todo de preto e vestia uma mascara branca.
Murilo ficou pensando...
M: Mascara branca?
L: Você não acredita não é? Murilo eu estou falando a verdade! Você me conhece, sabe que jamais inventaria isso, olha como eu estou, eu...
M :Calma amor, eu sei... Não disse em nenhum momento que não acredito em você.
L: ...
M: Mas não consigo entender o porque alguém queria ficar te assustando desse jeito? Porque?
L: Eu não sei, não sei, e como eu vou falar para a polícia? Senhor Policial, será que o senhor pode ir na minha casa ficar de vigia? Porque tem uma mascara branca rondando o meu quintal.
M: Calma, eu vou ficar de olho.
L: Murilo! (segurando com as duas mãos o rosto dele)
M: O que foi?
L: Você confia em mim, não confia?
M: Claro que confio.
Murilo segurou com uma das mãos a mão dela deu um selinho.
L: Quero me deitar, eu não estou bem.
M: Não vai comer a pizza? (indo em direção ao pacote ainda com a bebê no colo)
L: Não... Consigo.
M: Eu vou comer. Você quer bolachinha? Hum? Você vai fazer companhia para o papai? Vai? (chacoalhando a filha)
L: Amor... Vem comer aqui no quarto, não quero ficar sozinha.
Murilo olhava para Laura com doçura, ela estava horrível, ainda pálida, uma expressão de medo que fez com que ele nem conseguisse dormir. Laura passou a noite toda do lado do berço de Luiza pedindo desculpas por tê-la assustado e dizendo que ia protegê-la. Proteger do que? De quem? Ficava se perguntando Murilo. Agora que Naná chegou Laura se preparava para dormir.
M: Amor? Você... Não tinha uma reunião importante hoje?
L: Não vou, cobre para mim, e senão puder... Transfere para próxima semana.
M: Laura o que está acontecendo amor? Está sentindo alguma coisa? (sentando-se na ponta da cama que ela acabou de deitar)
L: Preciso ficar com a minha filha, eu sei que querem fazer mal a ela Murilo, e eu não vou deixar.
M: Ninguém vai fazer mal para ela Laura, e outra a Dona Naná vai ficar cuidando dela o dia todo.
L: Não. Enquanto eu não sentir que vai ficar tudo bem com ela, eu não vou sossegar.
M: Mas...
L: Não adianta Murilo.
M: Ok Laura, se é o que você quer tudo bem.

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terça-feira, setembro 10, 2013

17° Como eu te Amo

M: Ah !
Lu: Essa daí também é outra que acho bom você abrir o olho.
M: (Sorrindo) Até a Laura parou de implicar com ela.
Lu: Está avisado não é? Eu espero que não esteja tudo virado de pernas para o ar quando eu voltar.
M: Sim senhor! (brincando) Boa viajem para você.
Lu: Obrigado!

E assim Lucas e Pedro foram para Londres. Agora começaria o suplicio de Laura.
Já era fim de tarde, Laura estava apenas checando pelo Notebook as novas linhas que chegariam dos carros de pequeno porte. Alguém bate na porta.
G: Oi? Posso entrar?
L: Oi Gustavo, pode sim. Senta aqui.
G: Eu vim saber como você está! (sentando-se em frente a ela)
L: Eu?
G: É, fim da semana passada você passou mal.
L: Ah sim! (lembrando-se do que ele estava dizendo)
G: Já marcou um médico?
L: Não, não marquei nada, eu estou ótima, não tive nada durante o fim de semana todo.
G: Nossa que bom.
L: Não é?
G: É... Eu estava pensando, você não quer almoçar comigo amanha?
L: Almoçar? É que eu já combinei de almoçar com o Murilo.
G: Ah, então sem problemas.
L: Marcamos de novo
G: Claro, vou adorar, sabe que te tenho como uma irmã não é? Como se eu precisasse te proteger.
Laura ficou meio sem graça, afinal de contas o único que havia dito isso para ela foi o Lucas. Mas isso vindo de alguém que ela acabou de conhecer dava certo desconforto. Mas ao mesmo tempo ela achou muito fofo, afinal de contas isso provava que a teoria de Lucas estava errada, ele não queria tê-la como mulher, ele apenas sentia um carinho, uma admiração. Isso fez com que Laura começasse a olha-lo diferente, como um amigo, não como Lucas, Lucas era único. Mas um amigo, daquele que poderia desabafar de ver em quando. Gustavo levantou-se para sair da sala.
L: Gustavo!
Ele parou em direção a porta, ela se aproximou e deu um abraço nele.
L: Obrigada viu? Por se preocupar comigo.
G: Imagina... (sorriu para ela e saiu)

Na sala de Murilo
G: Licença? Posso entrar?
M: Claro! E aí? Como é que está?
G: Estou bem, vim aqui para perguntar sobre aquele assunto das câmeras, comprou?
M: Comprei sim, foram instalar lá hoje, porque?
G: Ah porque eu tinha visto umas muito boas numa loja, e ia te indicar.
M: Valeu mesmo, mas já encontrei, nem contei nada para a Laura, sabe como que mulher é não é, já ia começar a falar que eu acho que ela tá ficando louca, que eu não acredito nela e blá blá blá.
G: É, (Sorrindo). É, por isso que não me casei de novo.
M: Você é divorciado?(assustado)
G: Viúvo!
M: Sinto muito.
G: É, mas mulher é tudo meio problemática.
M: (Sorrindo), mas a Laura não é!
Gustavo sentiu a indireta direta na cara dele.
G: Me desculpe, eu não quis ...
M: Por isso que estou preocupado. E se ela está tendo alucinações? E se for por causa do acidente? Mas até para levá-la ao médico não dá, porque vai dar briga.
G: Já pensou em levá-la num psicólogo?
M: Acho que primeiro eu vou ver o que as câmeras vão me mostrar.
G: Você me disse acidente, que acidente?
M: Eu não te contei sobre isso?
G: Não...
E assim Murilo contou toda história dele e Laura depois que se conheceram. Um tempo depois.
G: Nossa, você passaram por um aperto hein.
M: Não é, por isso eu acho que nem poderia achar muito estranho se realmente Laura estivesse surtando agora.
G: É, pelo que você me disse, acho que até o psicológico dela precisa botar tudo para fora.
M: Mas eu não muito preparado.
G: Sabe que pode contar comigo não é? Gosto muito de vocês.
M: Claro, você está sendo um amigão.
E assim aquela tarde de segunda feira terminou. Tinham chegado a casa fazia apenas uns 10 minutos. Murilo segurava Luiza no colo, e Naná colocava a mesa para Murilo e Laura tomarem um café, já que ambos disseram que não iam jantar. Laura havia ido ao banheiro.
M: E aí Naná?
N: Está tudo instalado, só tirar o cartão de memória da câmera e assistir no computador depois, o rapaz disse que qualquer duvida é só ligar lá.
M: Valeu Naná, e oh, você não sabe de nada ok?
N: Está bem, pode deixar, eles colocaram bem escondido nem o jardineiro conseguia achar depois.
M: Jardineiro? Ah é.
N: É, ele tava aqui quando estavam instalando.
M: Fala para ele também não comentar nada com a Laura, porque é só a gente achar que não tem porque ele comentar, que o infeliz vai lá e fala.
N: (Sorrindo), o senhor é mesmo uma figura senhor Murilo, mas pode ficar tranquilo, eu já o deixei avisado.
M: Ehhh eficiência em Dona Naná, está quase uma Carla da vida.
N: (Rindo)...
L: Amor, pede uma pizza de mussarela para gente?
M: Hummm...
N: E eu já vou indo, amanhã estou de volta pessoal.
L: Ah, não vai acompanhar a gente numa pizza de Mussarela?
N: Que isso, eu sou mais um arroz com feijão, minha nora e meu filho vão ir jantar em casa hoje.
L: Ah meu Deus, e nós aqui segurando você (pegando Luiza do colo de Murilo)
N: Imagina, pego um taxi e num segundo estou em casa.
L: Que taxi o que, amor leva a Dona Naná em casa.
N: Que isso Dona Laura, não precisa disso.
L: Num instante ele te leva.
M: Claro (pegando algumas bolachas que estavam em cima da mesa e saindo em direção ao carro)
N: Não preciso não Seu Murilo, o senhor está cansado.
M: Ah, para com isso, rapidinho eu te levo.
L: Já pega a pizza na volta amor!
M: Tá! (indo em direção a garagem)
E assim Laura e a bebê ficaram sozinhas em casa. Esta tudo bem, Laura deu a mamadeira para a Luiza e a deixou no cercadinho entretida com os brinquedos, depois ela começou a colocar a mesa para esperar Murilo. Já fazia quase uma hora que Murilo havia ido, mas já tinha ligado para Laura e avisado que estava apenas esperando a pizza e já estava voltando.
Eram oito e pouco da noite quando ela percebeu que as luzes todas do jardim se apagaram, as que ficam em volta da piscina também. Ela logo foi checar se as portas estavam trancadas. Correu para sala e trancou, a de serviço tinha certeza que estava trancada. Faltava a de vidro, estava com o coração na boca, mas estavam só ela e a bebê, tinha que engolir o medo e ir verificar. Pé ante pé ela se aproximou da porta de vidro e a trancou, estava um breu lá fora, ela não conseguia enxergar nada. Aproximou o rosto da porta, foi quando ela deu o grito mais desesperador que ela tinha guardado dentro de si.
Uma figura medonha estava todo de preto e vestia uma mascara branca, estava agora com a cara colada em sua porta de vidro. O grito que Laura deu fez com que a sua pequena Maria Luiza levasse um susto, ela começou a chorar, mas mesmo assim Laura não conseguia ouvi-la, era como se ela tivesse entrado num estado de choque. Ficou soluçando em frente à porta, mas agora a tal figura já havia sumido dali. Um barulho na porta da sala nem fez Laura mudar o olhar.
M: Mas a minha bolachinha não pode ficar nem um segundo longe do papai e já faz esse escândalo todo, é isso? (indo em direção à cozinha com a pizza na mão)
Assim que ele percebeu sua filha quase roxa de tanto chorar seus olhos procuraram Laura. Rapidamente ele deixou a pizza em cima da mesa, pegou Luiza no colo e começou a balança-la para ela parar de chorar.
M: Laura!
Não precisou andar muito até ver sua mulher a alguns metros da porta de vidro, Laura estava pálida, e com os olhos vidrados e chorava muito.
M: Amor? Amor... O que foi que aconteceu?
Murilo estava desesperado, mas não tinha como colocar Laura num abraço aconchegante agora, sua bebê ainda chorava, ele ainda estava perdido.
M: Laura?
Murilo chacoalhava Luiza e agora aos poucos ela parava de chorar, o coraçãozinho dela estava a mil.
M: Laura! (a chacoalhando pelos ombros)
Agora ela percebeu Murilo ali. Mas de nada adiantou, ela voltou a chorar. Ele a puxou num improvisado abraço.
L: Murilo... Me protege...(chorando)
M: Shiiii, calma meu amor, eu estou aqui agora... O que aconteceu?
L: Alguém... Alguém tava ali (mostrando com os dedos trêmulos para a porta de vidro)
M: Quem?
L: Não sei, está todo de preto e vestia uma mascara branca.
Murilo ficou pensando...
M: Mascara branca?
L: Você não acredita não é? Murilo eu estou falando a verdade! Você me conhece, sabe que jamais inventaria isso, olha como eu estou, eu...
M :Calma amor, eu sei... Não disse em nenhum momento que não acredito em você.
L: ...
M: Mas não consigo entender o porque alguém queria ficar te assustando desse jeito? Porque?
L: Eu não sei, não sei, e como eu vou falar para a polícia? Senhor Policial, será que o senhor pode ir na minha casa ficar de vigia? Porque tem uma mascara branca rondando o meu quintal.
M: Calma, eu vou ficar de olho.
L: Murilo! (segurando com as duas mãos o rosto dele)
M: O que foi?
L: Você confia em mim, não confia?
M: Claro que confio.
Murilo segurou com uma das mãos a mão dela deu um selinho.
L: Quero me deitar, eu não estou bem.
M: Não vai comer a pizza? (indo em direção ao pacote ainda com a bebê no colo)
L: Não... Consigo.
M: Eu vou comer. Você quer bolachinha? Hum? Você vai fazer companhia para o papai? Vai? (chacoalhando a filha)
L: Amor... Vem comer aqui no quarto, não quero ficar sozinha.
Murilo olhava para Laura com doçura, ela estava horrível, ainda pálida, uma expressão de medo que fez com que ele nem conseguisse dormir. Laura passou a noite toda do lado do berço de Luiza pedindo desculpas por tê-la assustado e dizendo que ia protegê-la. Proteger do que? De quem? Ficava se perguntando Murilo. Agora que Naná chegou Laura se preparava para dormir.
M: Amor? Você... Não tinha uma reunião importante hoje?
L: Não vou, cobre para mim, e senão puder... Transfere para próxima semana.
M: Laura o que está acontecendo amor? Está sentindo alguma coisa? (sentando-se na ponta da cama que ela acabou de deitar)
L: Preciso ficar com a minha filha, eu sei que querem fazer mal a ela Murilo, e eu não vou deixar.
M: Ninguém vai fazer mal para ela Laura, e outra a Dona Naná vai ficar cuidando dela o dia todo.
L: Não. Enquanto eu não sentir que vai ficar tudo bem com ela, eu não vou sossegar.
M: Mas...
L: Não adianta Murilo.
M: Ok Laura, se é o que você quer tudo bem.

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