terça-feira, setembro 10, 2013

24° Como eu te Amo

Lu: Laura...
L: Humm. (se deliciando com o almoço)
Lu: Meu amorzinho, porque não me chamou para ir a essa consulta? (a encarando)
L: Porque eu não tinha consulta nenhuma.
Lu: Como assim?(surpreso)
L: Quem me marcou essa consulta foi o Gustavo!
Lu: Esse Gustavo vive querendo te enfiar numa clínica, impressionante viu!
L: Como?
Lu: Nada não, prossiga.
L: E só.
Lu: Calma aí, então um colega seu de trabalho marca uma consulta no hospital sem você ter nada e ah tudo bem, é normal! Anda, conta tudo.
L: Ah ele estava preocupado comigo porque eu desmaiei outro dia na sala dele.
Lu: Desmaiou? Quando? Como?(nervoso)
Laura entendia o nervosismo de Lucas, afinal de contas ele nunca escondeu dela que foi realmente um milagre o acidente dela não ter deixado sequelas, então cada dor de cabeça que Laura tinha o mesmo entrava em pânico.
L: Calma Lucas, não foi nada demais.
Lu: Como nada demais, então realmente você tinha que ir ao médico. Como você me ignora isso? Sabe que é bom ficar em alerta meu anjo.
L: Lucas, eu não ignorei, eu ia pedir para Carla marcar uma consulta comigo com o Doutor Rodrigo, mas o Gustavo se adiantou e marcou antes, disse que queria ter certeza que eu estava bem.
Lu: Mas você contou que tinha desmaiado?
L: No dia que isso aconteceu, na mesma hora a Carla chamou o Doutor Rodrigo que me atendeu na sala do Gustavo.
Lu: Hum...e?
L: E aí ele mediu minha pressão, e disse que tinha sido uma queda de pressão, provavelmente por eu não ter comido nada.
Lu: Hum, nesse caso nem vou poder xingar o outro lá, o que ele fez é bem o que eu faria mesmo.
Lu: E o Murilo?
L: O que tem ele?
Lu: Como assim o que tem ele? Ele soube desse desmaio?
L: Soube, inclusive quando eu acordei depois do desmaio ele estava pendurando no sofá ao lado da onde eu estava deitada (Sorrindo).
Lu: Coitado Laura!
L: Coitado? Você está do lado dele agora?
Lu: Não é do lado dele, eu sempre vou te apoiar Laura, mas... Sei lá, eu com a cabeça fria percebi que o coitado estava desesperado, não concordo com o que ele fez. Como eu mesmo já disse para ele, só que eu entendo.
L: ...
Lu: Ein? Que tal tentar superar isso? Vocês já sofreram tanto, já perderam tanto, vocês tem uma bebê linda para cuidar, quem sabe mais para frente não vem mais um, retoma o tratamento de gravidez, e retoma a sua felicidade minha amiga.
L: Eu não sei Lucas, eu realmente não sei o que eu estou sentindo agora, eu não tenho duvidas que o amo, não tenho duvidas de que ele é o homem da minha vida, mas a sensação que eu sinto é que se abriu um precipício entre a gente sabe?
Lu: ...
L: Ao mesmo tempo em que eu tenho vontade de me jogar nos braços dele e dizer que eu o entendo, que o amo, eu também tenho vontade de gritar que NÃO, que eu não entendo o que ele fez, que eu não consigo entender, mas que eu queria... E a sensação que eu sinto é que esse precipício abre cada vez mais entre a gente.
Lu: Tá, eu também entendo o que você está me dizendo, mas faça o favor de começar a jogar terra nesse precipício para ele fechar, ou arrumar umas madeirinhas e fazer uma ponte aí minha filha, porque enquanto o seu precipício está se abrindo, tem gente querendo abrir outras coisas para o seu maridinho.
L: Você está sabendo de alguma coisa? Você viu alguma coisa Lucas?
Lu: Eu? Eu não, mas fica esperta, pensa, reflita e tenta entender o que o Murilo fez, eu conversei muito com ele hoje, e acredite minha amiga, ele está sofrendo tanto quanto você, mas a carne é fraca, ele é homem, e a pessoa está ali praticamente... Ai Laura você me entendeu não é?
L: Acho que já até sei quem é. Mas poxa é uma crise. Todo casal tem uma crise.
Lu: Tem Laurinha, tem, mas nas 89% das crises nasce uma criança, cuja mãe mora do outro lado da cerca que o marido pulou.
L: ...
Lu: Sei que Murilo não teria coragem Laura, mas esses tipos de pessoa são baixas, não lembra a vez da Pamela?
Laura contraiu os lábios.
Lu: Então, vai que tenta embriagar o Murilo, ou drogá-lo, sei lá Laura. É muita coisa que uma pessoa filha de uma boa mãe pode fazer.
L: É... Mas vou usar essa semana para pensar, só eu e minha mente, vou conseguir tirar essa mágoa de dentro de mim, o que eu sinto pelo Murilo é tão forte sabe? Tão, tão intenso. Isso não pode sobrepor esse amor.
Lu: É, eu também acho.

Assim Lucas e Laura terminaram o almoço, conversaram muito, sobre tudo. Laura ficou pensativa, a última coisa que queria era perder Murilo por orgulho dela mesma, mas era confuso demais, ou melhor, era recente demais. Sabia que iria perdoá-lo, só não estava pronta ainda. Assim se passou praticamente uma semana. Chegou o dia de pegar os exames que Laura havia feito no começo da semana. Caramba, como a semana voou, Murilo sentia Laura se aproximando, bem aos poucos, mas sentia, já não tinha mais aqueles coices, só que tinha um problema, ela estava mais perto de Gustavo, e começou também a perceber que toda a hora Bárbara estava em sua sala com a desculpa que Gustavo havia mandado um relatório ou queria algo, às vezes coisas insignificantes. Então na mesma hora ele ouvia Lucas dizendo em seu ouvido: “Presta atenção nele, ele está querendo a Laura”. Fora também que de que cada dez idas que ele ia à sala de Gustavo oito vezes Laura estava lá. Era Murilo chegar, e os dois ficavam mudos. Droga será que por culpa dele, por culpa daquela besteira que ele fez em internar a Laura, ela estava amando outro, percebendo outro, sei lá. Era quase hora do almoço quando Murilo foi até a sala de Laura entregar alguns papéis.
M: Am... Laura, aqui o balanço dos fornecedores da Itália que você pediu. (entrando com tudo)
L: Por favor, Murilo, bata antes, eu levei um susto.
M: Ah, me desculpe. Os papéis (entregando)
L: Obrigada.
M: Então esses valores aqui são baseados nesses que estão com o percentual... (foi interrompido pelo celular de Laura)
L: Lucas, esqueci de te avisar querido, hoje não vou poder almoçar com você... Não... Não... (Rindo)... Desculpa era para eu ter te avisado logo cedo... (Sorrindo). Tá... Desculpa mais uma vez... Tchau... Outro meu querido (sorrindo desligou o telefone)
M: Você não vai almoçar com o Lucas? (curioso)
L: Não, eu tenho um assunto importante para resolver.
M: Assunto importante? Eu posso saber qual é?
Nesse mesmo instante Gustavo abriu a porta sorrindo.
G: Pronta minha querida?
Laura sorriu para Gustavo, o que incomodou e muito Murilo.
L: Gustavo! Estou pronta sim querido. (levantando-se)
M: Está? (meio irritado)
L: Sim estou, você volta um pouco mais tarde na minha sala, ou eu vou à sua e você termina de me explicar. Agora você me dá licença, como você me ouviu dizer, eu tenho um assunto importante para resolver.
M: Ah claro, me desculpe se eu acabei te segurando por um assunto nada importante como os lucros da sua empresa acumulada em mais de milhões. (irônico)
Murilo estava com muita raiva de Gustavo, e depois teriam uma conversinha, não dava mais para ignorar os dois, estão muito de mi mi mi para lá e mi mi mi para cá! Passou feito um foguete por Gustavo, mas antes, ele parou na porta e disse:
M: Ah Gustavo, manda a Bárbara na minha sala, por favor, eu tenho assuntos importantes para falar com ela também, mas não esquece ok!? (o fuzilando com os olhos)
G: Pode deixar, eu aviso sim. (sorrindo irônico)
Laura entendeu o que ele queria fazer, e conseguiu, ela ficou com muita raiva, com vontade de arrancar os cabelos dele e dela também. Como ele ousa a provocá-la daquele jeito? Mal percebia que ela fazia o mesmo.
Laura e Gustavo foram para a clínica, ela não estava nervosa, tinha certeza que os exames de sangue só iriam comprovar sua anemia. Mas Laura não era médica, e não devia se apoiar nesses pensamentos. Assim que chegaram, Gustavo disse para que Laura aguardasse na sala de espera que ele iria ver se os resultados já estavam prontos. Ela estranhou a demora e foi até onde era para Gustavo estar.
L: Moça! Licença, eu queria saber sobre os exames que fiz aqui no começo da semana, meu nome é Laura Rouse Drummond Cortez Magalhães.
Recep: Seus exames já ficaram prontos sim e já foram encaminhados ao doutor Marcelo.
L: Marcelo? Mas o médico que havia me atendido foi o Doutor Luiz.
Recep: Sim, mas o doutor Luiz transferiu para o Doutor Marcelo.
L: Er (confusa) e qual é a sala do Doutor Marcelo?
Recep: A senhora segue esse corredor, pega o elevador na segunda esquerda e vai ser a única sala numerada do setor, é a 45!
L: Obrigada! (saindo impaciente a caminho da tal sala)
Laura não entendeu o porquê Gustavo não voltou para falar com ela, mas ela era Laura Drummond, uma mulher que não consegue ficar esperando. Estava a caminho da sala quando lembrou que Gustavo havia comentado que estavam tendo uma consulta com Luiz, porque Marcelo era médico especialista no que mesmo? Ai meu Deus, ela ficava tentando lembrar. Agora começou há ficar um pouco nervosa, e se os desmaios e enjoos são sequelas do acidente, ela já havia lido sobre isso, e esses podem sim ser os sintomas. Assim que chegou a frente à porta da sala que indicava o 45 ela ouviu a voz de Gustavo ele estava alterado.
G: ENTÃO?
Mar: Eu... Preciso dizer, ela tem que fazer o tratamento.
Nesse mesmo momento Laura abriu a porta do consultório de Marcelo, o que pegou de surpresa tanto Marcelo como Gustavo que quase caiu com o susto.
L: Me dizer o que?
Marcelo e Gustavo se olharam tensos.
Mar: Dona Laura é que...
L: Eu não gosto de rodeios, me diz logo.
G: Calma Laura, ele vai te contar tudo.
Mar: Pode ficar tranquila que eu não vou te esconder nada Dona Laura (fuzilando Gustavo com os olhos) Bom, os sintomas que você apresentava são muito parecidos com o de anemia, mas com os resultados dos seus exames de sangue, nós pudermos ver que não se trata apenas de uma simples anemia. Esses sintomas que a senhora sente como mal-estar geral, perda de apetite, um pouco de perda de peso, náusea e vômitos entre outros, também são sintomas de outra coisa.
L: Mas meu Deus doutor, do que?
Mar: Levante-se, por favor, e sente-se aqui nessa maca.
Ela obedeceu.
Mar: Por gentileza pode levantar um pouco a blusa?
Laura o fez. Marcelo delicadamente começou a apertar o abdômen de Laura.
Mar: Você sente isso?
L: ...
Mar: Veja (pegou a mão dela e direcionou até onde ele segurava)
L: Está... Um pouco dura.
Mar: Sim, isso mesmo.
L: Achei que ainda fosse devido à gravidez recente.
Mar: Gravidez recente? (assustado)
L: Sim, eu tenho uma filha de quase 7 meses. (sorrindo)
Mar: Nossa, parabéns!
L: É eu sei que na minha idade isso foi um milagre, mas...
Mar: Imagina, se a mulher tem um útero em perfeito estado...
L: Meu marido e eu estávamos até pensando em ter outro, estava fazendo um tratamento e...
...
L: E o senhor não me diz logo o que eu tenho.
Mar: Por favor, pode se sentar novamente.
Laura o obedeceu novamente, mas agora sem paciência.
L: Por favor, Doutor! Diz logo.
Mar: Laura, eu sou um médico especialista.
L: ...
Mar: Os seus exames apontaram que você tem “hepatocarcinoma”
L: Hepatocarcinoma? O que é isso? É grave?
Gustavo nesse momento apoiou os braços em torno dela. Ela percebeu, era grave. O hepatocarcinoma é o câncer de fígado
L: O que? Câncer?

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terça-feira, setembro 10, 2013

24° Como eu te Amo

Lu: Laura...
L: Humm. (se deliciando com o almoço)
Lu: Meu amorzinho, porque não me chamou para ir a essa consulta? (a encarando)
L: Porque eu não tinha consulta nenhuma.
Lu: Como assim?(surpreso)
L: Quem me marcou essa consulta foi o Gustavo!
Lu: Esse Gustavo vive querendo te enfiar numa clínica, impressionante viu!
L: Como?
Lu: Nada não, prossiga.
L: E só.
Lu: Calma aí, então um colega seu de trabalho marca uma consulta no hospital sem você ter nada e ah tudo bem, é normal! Anda, conta tudo.
L: Ah ele estava preocupado comigo porque eu desmaiei outro dia na sala dele.
Lu: Desmaiou? Quando? Como?(nervoso)
Laura entendia o nervosismo de Lucas, afinal de contas ele nunca escondeu dela que foi realmente um milagre o acidente dela não ter deixado sequelas, então cada dor de cabeça que Laura tinha o mesmo entrava em pânico.
L: Calma Lucas, não foi nada demais.
Lu: Como nada demais, então realmente você tinha que ir ao médico. Como você me ignora isso? Sabe que é bom ficar em alerta meu anjo.
L: Lucas, eu não ignorei, eu ia pedir para Carla marcar uma consulta comigo com o Doutor Rodrigo, mas o Gustavo se adiantou e marcou antes, disse que queria ter certeza que eu estava bem.
Lu: Mas você contou que tinha desmaiado?
L: No dia que isso aconteceu, na mesma hora a Carla chamou o Doutor Rodrigo que me atendeu na sala do Gustavo.
Lu: Hum...e?
L: E aí ele mediu minha pressão, e disse que tinha sido uma queda de pressão, provavelmente por eu não ter comido nada.
Lu: Hum, nesse caso nem vou poder xingar o outro lá, o que ele fez é bem o que eu faria mesmo.
Lu: E o Murilo?
L: O que tem ele?
Lu: Como assim o que tem ele? Ele soube desse desmaio?
L: Soube, inclusive quando eu acordei depois do desmaio ele estava pendurando no sofá ao lado da onde eu estava deitada (Sorrindo).
Lu: Coitado Laura!
L: Coitado? Você está do lado dele agora?
Lu: Não é do lado dele, eu sempre vou te apoiar Laura, mas... Sei lá, eu com a cabeça fria percebi que o coitado estava desesperado, não concordo com o que ele fez. Como eu mesmo já disse para ele, só que eu entendo.
L: ...
Lu: Ein? Que tal tentar superar isso? Vocês já sofreram tanto, já perderam tanto, vocês tem uma bebê linda para cuidar, quem sabe mais para frente não vem mais um, retoma o tratamento de gravidez, e retoma a sua felicidade minha amiga.
L: Eu não sei Lucas, eu realmente não sei o que eu estou sentindo agora, eu não tenho duvidas que o amo, não tenho duvidas de que ele é o homem da minha vida, mas a sensação que eu sinto é que se abriu um precipício entre a gente sabe?
Lu: ...
L: Ao mesmo tempo em que eu tenho vontade de me jogar nos braços dele e dizer que eu o entendo, que o amo, eu também tenho vontade de gritar que NÃO, que eu não entendo o que ele fez, que eu não consigo entender, mas que eu queria... E a sensação que eu sinto é que esse precipício abre cada vez mais entre a gente.
Lu: Tá, eu também entendo o que você está me dizendo, mas faça o favor de começar a jogar terra nesse precipício para ele fechar, ou arrumar umas madeirinhas e fazer uma ponte aí minha filha, porque enquanto o seu precipício está se abrindo, tem gente querendo abrir outras coisas para o seu maridinho.
L: Você está sabendo de alguma coisa? Você viu alguma coisa Lucas?
Lu: Eu? Eu não, mas fica esperta, pensa, reflita e tenta entender o que o Murilo fez, eu conversei muito com ele hoje, e acredite minha amiga, ele está sofrendo tanto quanto você, mas a carne é fraca, ele é homem, e a pessoa está ali praticamente... Ai Laura você me entendeu não é?
L: Acho que já até sei quem é. Mas poxa é uma crise. Todo casal tem uma crise.
Lu: Tem Laurinha, tem, mas nas 89% das crises nasce uma criança, cuja mãe mora do outro lado da cerca que o marido pulou.
L: ...
Lu: Sei que Murilo não teria coragem Laura, mas esses tipos de pessoa são baixas, não lembra a vez da Pamela?
Laura contraiu os lábios.
Lu: Então, vai que tenta embriagar o Murilo, ou drogá-lo, sei lá Laura. É muita coisa que uma pessoa filha de uma boa mãe pode fazer.
L: É... Mas vou usar essa semana para pensar, só eu e minha mente, vou conseguir tirar essa mágoa de dentro de mim, o que eu sinto pelo Murilo é tão forte sabe? Tão, tão intenso. Isso não pode sobrepor esse amor.
Lu: É, eu também acho.

Assim Lucas e Laura terminaram o almoço, conversaram muito, sobre tudo. Laura ficou pensativa, a última coisa que queria era perder Murilo por orgulho dela mesma, mas era confuso demais, ou melhor, era recente demais. Sabia que iria perdoá-lo, só não estava pronta ainda. Assim se passou praticamente uma semana. Chegou o dia de pegar os exames que Laura havia feito no começo da semana. Caramba, como a semana voou, Murilo sentia Laura se aproximando, bem aos poucos, mas sentia, já não tinha mais aqueles coices, só que tinha um problema, ela estava mais perto de Gustavo, e começou também a perceber que toda a hora Bárbara estava em sua sala com a desculpa que Gustavo havia mandado um relatório ou queria algo, às vezes coisas insignificantes. Então na mesma hora ele ouvia Lucas dizendo em seu ouvido: “Presta atenção nele, ele está querendo a Laura”. Fora também que de que cada dez idas que ele ia à sala de Gustavo oito vezes Laura estava lá. Era Murilo chegar, e os dois ficavam mudos. Droga será que por culpa dele, por culpa daquela besteira que ele fez em internar a Laura, ela estava amando outro, percebendo outro, sei lá. Era quase hora do almoço quando Murilo foi até a sala de Laura entregar alguns papéis.
M: Am... Laura, aqui o balanço dos fornecedores da Itália que você pediu. (entrando com tudo)
L: Por favor, Murilo, bata antes, eu levei um susto.
M: Ah, me desculpe. Os papéis (entregando)
L: Obrigada.
M: Então esses valores aqui são baseados nesses que estão com o percentual... (foi interrompido pelo celular de Laura)
L: Lucas, esqueci de te avisar querido, hoje não vou poder almoçar com você... Não... Não... (Rindo)... Desculpa era para eu ter te avisado logo cedo... (Sorrindo). Tá... Desculpa mais uma vez... Tchau... Outro meu querido (sorrindo desligou o telefone)
M: Você não vai almoçar com o Lucas? (curioso)
L: Não, eu tenho um assunto importante para resolver.
M: Assunto importante? Eu posso saber qual é?
Nesse mesmo instante Gustavo abriu a porta sorrindo.
G: Pronta minha querida?
Laura sorriu para Gustavo, o que incomodou e muito Murilo.
L: Gustavo! Estou pronta sim querido. (levantando-se)
M: Está? (meio irritado)
L: Sim estou, você volta um pouco mais tarde na minha sala, ou eu vou à sua e você termina de me explicar. Agora você me dá licença, como você me ouviu dizer, eu tenho um assunto importante para resolver.
M: Ah claro, me desculpe se eu acabei te segurando por um assunto nada importante como os lucros da sua empresa acumulada em mais de milhões. (irônico)
Murilo estava com muita raiva de Gustavo, e depois teriam uma conversinha, não dava mais para ignorar os dois, estão muito de mi mi mi para lá e mi mi mi para cá! Passou feito um foguete por Gustavo, mas antes, ele parou na porta e disse:
M: Ah Gustavo, manda a Bárbara na minha sala, por favor, eu tenho assuntos importantes para falar com ela também, mas não esquece ok!? (o fuzilando com os olhos)
G: Pode deixar, eu aviso sim. (sorrindo irônico)
Laura entendeu o que ele queria fazer, e conseguiu, ela ficou com muita raiva, com vontade de arrancar os cabelos dele e dela também. Como ele ousa a provocá-la daquele jeito? Mal percebia que ela fazia o mesmo.
Laura e Gustavo foram para a clínica, ela não estava nervosa, tinha certeza que os exames de sangue só iriam comprovar sua anemia. Mas Laura não era médica, e não devia se apoiar nesses pensamentos. Assim que chegaram, Gustavo disse para que Laura aguardasse na sala de espera que ele iria ver se os resultados já estavam prontos. Ela estranhou a demora e foi até onde era para Gustavo estar.
L: Moça! Licença, eu queria saber sobre os exames que fiz aqui no começo da semana, meu nome é Laura Rouse Drummond Cortez Magalhães.
Recep: Seus exames já ficaram prontos sim e já foram encaminhados ao doutor Marcelo.
L: Marcelo? Mas o médico que havia me atendido foi o Doutor Luiz.
Recep: Sim, mas o doutor Luiz transferiu para o Doutor Marcelo.
L: Er (confusa) e qual é a sala do Doutor Marcelo?
Recep: A senhora segue esse corredor, pega o elevador na segunda esquerda e vai ser a única sala numerada do setor, é a 45!
L: Obrigada! (saindo impaciente a caminho da tal sala)
Laura não entendeu o porquê Gustavo não voltou para falar com ela, mas ela era Laura Drummond, uma mulher que não consegue ficar esperando. Estava a caminho da sala quando lembrou que Gustavo havia comentado que estavam tendo uma consulta com Luiz, porque Marcelo era médico especialista no que mesmo? Ai meu Deus, ela ficava tentando lembrar. Agora começou há ficar um pouco nervosa, e se os desmaios e enjoos são sequelas do acidente, ela já havia lido sobre isso, e esses podem sim ser os sintomas. Assim que chegou a frente à porta da sala que indicava o 45 ela ouviu a voz de Gustavo ele estava alterado.
G: ENTÃO?
Mar: Eu... Preciso dizer, ela tem que fazer o tratamento.
Nesse mesmo momento Laura abriu a porta do consultório de Marcelo, o que pegou de surpresa tanto Marcelo como Gustavo que quase caiu com o susto.
L: Me dizer o que?
Marcelo e Gustavo se olharam tensos.
Mar: Dona Laura é que...
L: Eu não gosto de rodeios, me diz logo.
G: Calma Laura, ele vai te contar tudo.
Mar: Pode ficar tranquila que eu não vou te esconder nada Dona Laura (fuzilando Gustavo com os olhos) Bom, os sintomas que você apresentava são muito parecidos com o de anemia, mas com os resultados dos seus exames de sangue, nós pudermos ver que não se trata apenas de uma simples anemia. Esses sintomas que a senhora sente como mal-estar geral, perda de apetite, um pouco de perda de peso, náusea e vômitos entre outros, também são sintomas de outra coisa.
L: Mas meu Deus doutor, do que?
Mar: Levante-se, por favor, e sente-se aqui nessa maca.
Ela obedeceu.
Mar: Por gentileza pode levantar um pouco a blusa?
Laura o fez. Marcelo delicadamente começou a apertar o abdômen de Laura.
Mar: Você sente isso?
L: ...
Mar: Veja (pegou a mão dela e direcionou até onde ele segurava)
L: Está... Um pouco dura.
Mar: Sim, isso mesmo.
L: Achei que ainda fosse devido à gravidez recente.
Mar: Gravidez recente? (assustado)
L: Sim, eu tenho uma filha de quase 7 meses. (sorrindo)
Mar: Nossa, parabéns!
L: É eu sei que na minha idade isso foi um milagre, mas...
Mar: Imagina, se a mulher tem um útero em perfeito estado...
L: Meu marido e eu estávamos até pensando em ter outro, estava fazendo um tratamento e...
...
L: E o senhor não me diz logo o que eu tenho.
Mar: Por favor, pode se sentar novamente.
Laura o obedeceu novamente, mas agora sem paciência.
L: Por favor, Doutor! Diz logo.
Mar: Laura, eu sou um médico especialista.
L: ...
Mar: Os seus exames apontaram que você tem “hepatocarcinoma”
L: Hepatocarcinoma? O que é isso? É grave?
Gustavo nesse momento apoiou os braços em torno dela. Ela percebeu, era grave. O hepatocarcinoma é o câncer de fígado
L: O que? Câncer?

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