sábado, setembro 14, 2013

28° Delírios

A: Ah!
D: Eu pego mais depois Ana, mas... Agora você vai ver.
Ele a deitou na areia, estavam embaixo da sombra improvisada das arvores na beira da praia, a puxo com força até sua altura.
Ela ria... Adorou isso.
Ele estava com a boca muito próxima a dela, mas não a beijou ainda, os olhos dela percorriam o dele como se tivesse procurando uma resposta para aquele momento mágico.
D: Eu... Te amo... Tanto Ana... Que chega a doer.
Ela nem tempo para responder teve, ele a apertou contra seu corpo e o beijo que ele deu foi para mexer com cada sentido dela, um pouco a beijava outro pouco sentia o suco da fruta que ainda tinha em torno da boca dela.
Ele desceu até o pescoço, iam ficar grudando... Porque aquela manga fez um longo caminho pelo corpo de ambos.
Os braços dela seguravam as costas dele, as pernas entrelaçavam sua cintura.
Ela gemia baixinho... O estrago que ele fazia em seu juízo quando ele se concentrava em seu pescoço era indescritível.
O momento estava forte, tudo, cada gesto, cada sensação, era tudo muito intenso... Como se fosse o ultimo.
Derik a completou...
Ana se entregou, com os olhos fechados, a respiração cortando. Ele a cada movimento soltava uma respiração diferente.
Nesse ritmo não demoraram muito a chegar ao máximo.
Era meio da tarde...
Estavam abraçados, apenas olhando o mar.
Estavam horríveis... Magros, as roupas sujas... Mas pelo menos estavam vivos.
D: Amor...
A: Humm...
D: Você vai pedir o divorcio quando sairmos daqui?
A:...
D:...
A: Claro que eu vou.
D:...
A: Derik, desculpa... (virando de frente para ele) Eu errei muito com você, mas eu quero que você entenda que esse negócio de amar, é muito delicado para mim, para começar eu nem sabia decifrar o que eu estava sentindo por você.
A culpa foi minha, fui precipitada, você ficou tentando fazer com que eu admitisse uma coisa que eu já sabia, mas não sabia como lidar, entende?
D: Acho que sim...
A: Se coloca no meu lugar, eu nunca vivi por alguém, em função de alguém, olha a minha idade, era conveniente eu não te amar. Seria tudo mais fácil, eu adoro o teu pai... Mas... Não chega aos pés do que o que eu sinto por você.
D: Ana, confesso que no começo era mais uma coisa carnal, me sentia o máximo, eu estava ficando com a minha professora de dança, eu tinha você como o meu sonho de consumo, inalcançável, mas quando fui para a Alemanha, eu... Parecia que eu... Estava...
A: Morrendo...
Ele olhou para ela surpreso.
D: ... É...
A: Eu senti a mesma coisa, e aquilo me deixou assustada Derik, muito assustada... Eu estava sofrendo... Estava doendo...
D: Ownn meu amor, mas você sempre disse que não queria casar, porque se casou com o meu pai.
A: Não sei, foi impulso, talvez uma coisa nova pudesse fazer com que eu... Te esquecesse.
Derik sorriu para ela.
A: Mas isso é impossível...
D: O Lance da Giovanna eu sei que você ficou com ciúmes e...
A: Tá, eu estava casada, te dizendo que amava o teu pai, para você me esquecer e tudo o mais, você tinha todo o direito...
D: Era de mentirinha.
A: Ann?
D: (sorrindo)
Ana já se levantou e sentou de frente a ele.
A: Como é que é? Senhor Derik Felipe Holden!!!
Ele viu que ela ficou possessa. E já foi se arrumando para correr.
D: Ana... Eu precisava apelar, e o melhor jeito era te deixar visivelmente com ciúmes.
A: Derik! (dando um tapa no braço dele)
D: Você fez o mesmo, nem vem que não tem.
A: Aiii que ódio Derik, e o que foi aquele beijo no fim da apresentação?
D: (rindo) Eu esqueci de avisar para ela que o trato tinha acabado.
A: Ahhhh, eu vou te matar Derik.
Derik levantou e saiu correndo, Ana foi atrás.
Ele foi entrando no mar, Ana entrou atrás dele...
Ele ria, e ela ia atrás.
A: Não se atreva a ir mais fundo!
D: Vai me colocar para dormir no quarto de hospedes hoje Amor? (gritando)
A: Err.
Não deu tempo de nada, a água ainda batia abaixo do peito dela, ele tinha passado por ali.
Questão de segundos e já não se via mais ela.
Derik parou de correr quando não ouvia mais Ana.
Percebeu logo, e voltou... Ana se debatia por entre as ondas.
A correnteza estava forte, e logo tirou Ana dali, e ela conseguiu colocar os pés em algo sólido novamente, ela tossia muito, os olhos vermelhos e a visão ainda embaçada.
Ela ainda estava tonta pelo susto, e as ondas ainda forte, facilmente podia a derrubar de novo, mas ali não tinha mais buracos.
Sentiu de repente os braços fortes de Derik a apertando contra ele.
D: Você está bem? Está sentindo alguma coisa? Está doendo alguma coisa?
A: Eu... Estou bem.
D: Tem certeza, vem vamos sair daqui.
A: Não... Eu estou bem. Está calor... (sorriu para ele)
D: Desculpa as circunstancias, mas...
A: O que?
D: Seus olhos estão lindos...
A: Obrigada. (sorrindo para ele)
Ele deu um selinho nela.
D: Nossa, que susto.
A: Sabe o que eu ia te dizer quando a Giovanna te beijou assim que saímos da apresentação? (o fitando)
D: Não... (sorrindo)
A: Ia dizer assim, Derik... Eu preciso que você saiba que eu também te amo, todos os dias depois da sua viagem eu rezava para que você voltasse, voltasse para o Brasil, voltasse... Para mim. Que eu vou me separar do teu pai, porque é você que eu quero ao meu lado... Para o resto da minha vida. Porque eu amo você Derik, e ficar sem você... É impossível.
D: Nossa...
Ana sorria para ele.
D: Eu estou mais apaixonado ainda.
A: (sorrindo)
Derik a tomou nos braços...
O beijo era intenso, ela segurava carinhosamente as mãos no pescoço dele.
D: Embora a gente esteja muito encrencado agora, passando frio, fome, às vezes sede... Eu tô MUITO FELIZ.
A: (sorrindo)
Ele pegou Ana nos braços e a ergueu, num beijo apaixonado e molhado.
Assim que a colocou de volta.
A: Ahhhhhh. (Ana se apoiou nele e ergueu um dos pés).
D: O que foi Amor? O que aconteceu?
A: Aiiinnn está doendo?
D: Torceu o pé? Pisou em alguma coisa?
A: Pisei num espinho.
D: Espinho aqui? Ai... Espera aí. (a pegou no colo)
A: Cuidado para não pisar também...
Ele deu a volta e a tirou da água, assim que foi saindo, ele percebeu que o pé dela escorria sangue.
D: Droga, está sangrando muito Ana...
A: Ai meu Deus.
Derik percebeu que assustou ainda mais ela.
D: Calma, a gente tem esparadrapo e gaze ainda.
A: AI, tá dando varias agulhadas.
D: Acho que não foi espinho, talvez você tenha cortado em alguma pedra, tem varias pedras afiadas aqui.
Ela se contorcia de dor.
D: Calma amor, eu vou ver isso.
Chegou à areia e a colocou sentada, ainda segurando o pé dela ele puxou uma de suas camisas e colocou embaixo.
A: Ai ai aiiii.
D: Se está sangrando eu não posso deixar entrar areia aí.
A: Ai que droga. Se machucar agora é uma piada.
D: É porque você estava correndo, tenho certeza que o corte nem é tão fundo assim.
Ana estava deixando as lágrimas correrem no canto de seus olhos, nunca sentiu uma dor tão imensa como aquela.
A: Aii, parece que eu estou pisando numa cama de pregos.
Derik pegou uma peça de roupa de Ana para limpar o pé, queria deixar a gaze para o curativo, não estavam em condições de usar em abundância.
Assim que conseguia olhar melhor o pé, percebeu que não foi simples, ela tinha pisado em uma coisa cheia de espinhos, seu pé estava cheio de buraquinhos. Uns pequenos e outros quase da espessura de um prego médio.
D: Ai Amor, você não pisou em um espinho, acho que você pisou naqueles bichinhos que são vários espinhos.
A: Ai meu Deus e agora?
D: Agora eu vou tirar esses espinhos e enfaixar seu pé, tem que parar de sangrar.
A: A gaze vai dar? A gente usou quase tudo no ferimento da minha cabeça.
D: Não, eu vou colocar essa blusa sua, a gaze só depois que parar de sangrar.
Derik tirou em fim o ultimo que ele viu.
A:... Ai.
D: O que podemos colocar aqui para parar de doer Amor?
A: Ainnn não sei, acho que teria que ser alguma pomada, como aqui não tem... Amor... Não da para fazer nada, eu só tenho que aguentar, até sarar sozinho ou até o resgate chegar, se chegar.
D: Ainn meu deuso meu amor. Não faz essa carinha que me mata.
Foi indo ao lado dela e a aconchegando em seu peito.
A: Meu Deus, que aprovação.
D: Já vai parar de doer, você vai ver.
A: Ai meu Deus, será que é venenoso?
D: Será?
A:...
D: Não... Não devem existir essas coisas venenosas.
A: E se tiver?
D: Não tem amor, não se preocupe, eu já tirei os espinhos, amanhã seu pé já vai estar bom.
Ela se agarrou em Derik, como se fosse aquelas crianças agarrando seu ursinho de pelúcia em dia de tempestades.
Apertava forte Derik, que estava tentando disfarçar sua preocupação.
Escureceu logo, e Derik acordou no meio da madrugada assustado em meio à agonia de Ana, que estava com falta de ar.
D: Amor, calma... Fica calma, se você se desesperar vai respirar com mais dificuldade.
Ana estava desesperada. Falta de ar?
D: Calma amor. (ele a abraçou)
Depois de quase dez minutos ela começou a voltar...
D: Uff. (soltando um alivio)
A: O que é isso? (Ainda com a respiração um pouco curta)
D: Isso é o que? Asma? Você tem Asma?
A: Não, isso nunca me deu antes.
D: Não fala muito, sua respiração ainda está estranha.
A: Está.
D: Está sentindo mais alguma coisa?
A: Um pouco de ânsia.
D: Também, você não comeu nada desde a nossa... Er MANGA.
A: Que você jogou. (com a voz fraca)
D: Então, você deve estar com uma queda de pressão. Droga, não consigo pegar nada nesse escuro.
A: Não quero, quero que fique aqui comigo. Assim... Do jeitinho que você está.
D: Está bem amor, mas amanhã vou pegar alguma coisa para você comer.
A: Uhum... (já pegando no sono novamente)
Derik estava preocupado, passou a madrugada toda olhando Ana, que teve duas crises respiratórias Durant e a noite.
Amanheceu...
Ana estava pálida, estava sentindo enjoos.
D: Vamos sim amor.
A: Derik, eu não consigo andar, não quero que me deixe sozinha.
D: Mas você precisa comer...
A:...
D: Vem... (ajoelhado de costas para ela)
A: Você não está falando sério Derik.
D: Amor sobe logo.
A: Derik são quase 4 horas de caminhada.
D: Falou a gorda, Ana você tá que nem uma pena, e mesmo que tivesse que nem a vovózona eu ia te levar, agora sobe logo, vamos pegar água e mangas para você.
A: Mas...
D: Se não subir eu te pego do mesmo jeito.

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sábado, setembro 14, 2013

28° Delírios

A: Ah!
D: Eu pego mais depois Ana, mas... Agora você vai ver.
Ele a deitou na areia, estavam embaixo da sombra improvisada das arvores na beira da praia, a puxo com força até sua altura.
Ela ria... Adorou isso.
Ele estava com a boca muito próxima a dela, mas não a beijou ainda, os olhos dela percorriam o dele como se tivesse procurando uma resposta para aquele momento mágico.
D: Eu... Te amo... Tanto Ana... Que chega a doer.
Ela nem tempo para responder teve, ele a apertou contra seu corpo e o beijo que ele deu foi para mexer com cada sentido dela, um pouco a beijava outro pouco sentia o suco da fruta que ainda tinha em torno da boca dela.
Ele desceu até o pescoço, iam ficar grudando... Porque aquela manga fez um longo caminho pelo corpo de ambos.
Os braços dela seguravam as costas dele, as pernas entrelaçavam sua cintura.
Ela gemia baixinho... O estrago que ele fazia em seu juízo quando ele se concentrava em seu pescoço era indescritível.
O momento estava forte, tudo, cada gesto, cada sensação, era tudo muito intenso... Como se fosse o ultimo.
Derik a completou...
Ana se entregou, com os olhos fechados, a respiração cortando. Ele a cada movimento soltava uma respiração diferente.
Nesse ritmo não demoraram muito a chegar ao máximo.
Era meio da tarde...
Estavam abraçados, apenas olhando o mar.
Estavam horríveis... Magros, as roupas sujas... Mas pelo menos estavam vivos.
D: Amor...
A: Humm...
D: Você vai pedir o divorcio quando sairmos daqui?
A:...
D:...
A: Claro que eu vou.
D:...
A: Derik, desculpa... (virando de frente para ele) Eu errei muito com você, mas eu quero que você entenda que esse negócio de amar, é muito delicado para mim, para começar eu nem sabia decifrar o que eu estava sentindo por você.
A culpa foi minha, fui precipitada, você ficou tentando fazer com que eu admitisse uma coisa que eu já sabia, mas não sabia como lidar, entende?
D: Acho que sim...
A: Se coloca no meu lugar, eu nunca vivi por alguém, em função de alguém, olha a minha idade, era conveniente eu não te amar. Seria tudo mais fácil, eu adoro o teu pai... Mas... Não chega aos pés do que o que eu sinto por você.
D: Ana, confesso que no começo era mais uma coisa carnal, me sentia o máximo, eu estava ficando com a minha professora de dança, eu tinha você como o meu sonho de consumo, inalcançável, mas quando fui para a Alemanha, eu... Parecia que eu... Estava...
A: Morrendo...
Ele olhou para ela surpreso.
D: ... É...
A: Eu senti a mesma coisa, e aquilo me deixou assustada Derik, muito assustada... Eu estava sofrendo... Estava doendo...
D: Ownn meu amor, mas você sempre disse que não queria casar, porque se casou com o meu pai.
A: Não sei, foi impulso, talvez uma coisa nova pudesse fazer com que eu... Te esquecesse.
Derik sorriu para ela.
A: Mas isso é impossível...
D: O Lance da Giovanna eu sei que você ficou com ciúmes e...
A: Tá, eu estava casada, te dizendo que amava o teu pai, para você me esquecer e tudo o mais, você tinha todo o direito...
D: Era de mentirinha.
A: Ann?
D: (sorrindo)
Ana já se levantou e sentou de frente a ele.
A: Como é que é? Senhor Derik Felipe Holden!!!
Ele viu que ela ficou possessa. E já foi se arrumando para correr.
D: Ana... Eu precisava apelar, e o melhor jeito era te deixar visivelmente com ciúmes.
A: Derik! (dando um tapa no braço dele)
D: Você fez o mesmo, nem vem que não tem.
A: Aiii que ódio Derik, e o que foi aquele beijo no fim da apresentação?
D: (rindo) Eu esqueci de avisar para ela que o trato tinha acabado.
A: Ahhhh, eu vou te matar Derik.
Derik levantou e saiu correndo, Ana foi atrás.
Ele foi entrando no mar, Ana entrou atrás dele...
Ele ria, e ela ia atrás.
A: Não se atreva a ir mais fundo!
D: Vai me colocar para dormir no quarto de hospedes hoje Amor? (gritando)
A: Err.
Não deu tempo de nada, a água ainda batia abaixo do peito dela, ele tinha passado por ali.
Questão de segundos e já não se via mais ela.
Derik parou de correr quando não ouvia mais Ana.
Percebeu logo, e voltou... Ana se debatia por entre as ondas.
A correnteza estava forte, e logo tirou Ana dali, e ela conseguiu colocar os pés em algo sólido novamente, ela tossia muito, os olhos vermelhos e a visão ainda embaçada.
Ela ainda estava tonta pelo susto, e as ondas ainda forte, facilmente podia a derrubar de novo, mas ali não tinha mais buracos.
Sentiu de repente os braços fortes de Derik a apertando contra ele.
D: Você está bem? Está sentindo alguma coisa? Está doendo alguma coisa?
A: Eu... Estou bem.
D: Tem certeza, vem vamos sair daqui.
A: Não... Eu estou bem. Está calor... (sorriu para ele)
D: Desculpa as circunstancias, mas...
A: O que?
D: Seus olhos estão lindos...
A: Obrigada. (sorrindo para ele)
Ele deu um selinho nela.
D: Nossa, que susto.
A: Sabe o que eu ia te dizer quando a Giovanna te beijou assim que saímos da apresentação? (o fitando)
D: Não... (sorrindo)
A: Ia dizer assim, Derik... Eu preciso que você saiba que eu também te amo, todos os dias depois da sua viagem eu rezava para que você voltasse, voltasse para o Brasil, voltasse... Para mim. Que eu vou me separar do teu pai, porque é você que eu quero ao meu lado... Para o resto da minha vida. Porque eu amo você Derik, e ficar sem você... É impossível.
D: Nossa...
Ana sorria para ele.
D: Eu estou mais apaixonado ainda.
A: (sorrindo)
Derik a tomou nos braços...
O beijo era intenso, ela segurava carinhosamente as mãos no pescoço dele.
D: Embora a gente esteja muito encrencado agora, passando frio, fome, às vezes sede... Eu tô MUITO FELIZ.
A: (sorrindo)
Ele pegou Ana nos braços e a ergueu, num beijo apaixonado e molhado.
Assim que a colocou de volta.
A: Ahhhhhh. (Ana se apoiou nele e ergueu um dos pés).
D: O que foi Amor? O que aconteceu?
A: Aiiinnn está doendo?
D: Torceu o pé? Pisou em alguma coisa?
A: Pisei num espinho.
D: Espinho aqui? Ai... Espera aí. (a pegou no colo)
A: Cuidado para não pisar também...
Ele deu a volta e a tirou da água, assim que foi saindo, ele percebeu que o pé dela escorria sangue.
D: Droga, está sangrando muito Ana...
A: Ai meu Deus.
Derik percebeu que assustou ainda mais ela.
D: Calma, a gente tem esparadrapo e gaze ainda.
A: AI, tá dando varias agulhadas.
D: Acho que não foi espinho, talvez você tenha cortado em alguma pedra, tem varias pedras afiadas aqui.
Ela se contorcia de dor.
D: Calma amor, eu vou ver isso.
Chegou à areia e a colocou sentada, ainda segurando o pé dela ele puxou uma de suas camisas e colocou embaixo.
A: Ai ai aiiii.
D: Se está sangrando eu não posso deixar entrar areia aí.
A: Ai que droga. Se machucar agora é uma piada.
D: É porque você estava correndo, tenho certeza que o corte nem é tão fundo assim.
Ana estava deixando as lágrimas correrem no canto de seus olhos, nunca sentiu uma dor tão imensa como aquela.
A: Aii, parece que eu estou pisando numa cama de pregos.
Derik pegou uma peça de roupa de Ana para limpar o pé, queria deixar a gaze para o curativo, não estavam em condições de usar em abundância.
Assim que conseguia olhar melhor o pé, percebeu que não foi simples, ela tinha pisado em uma coisa cheia de espinhos, seu pé estava cheio de buraquinhos. Uns pequenos e outros quase da espessura de um prego médio.
D: Ai Amor, você não pisou em um espinho, acho que você pisou naqueles bichinhos que são vários espinhos.
A: Ai meu Deus e agora?
D: Agora eu vou tirar esses espinhos e enfaixar seu pé, tem que parar de sangrar.
A: A gaze vai dar? A gente usou quase tudo no ferimento da minha cabeça.
D: Não, eu vou colocar essa blusa sua, a gaze só depois que parar de sangrar.
Derik tirou em fim o ultimo que ele viu.
A:... Ai.
D: O que podemos colocar aqui para parar de doer Amor?
A: Ainnn não sei, acho que teria que ser alguma pomada, como aqui não tem... Amor... Não da para fazer nada, eu só tenho que aguentar, até sarar sozinho ou até o resgate chegar, se chegar.
D: Ainn meu deuso meu amor. Não faz essa carinha que me mata.
Foi indo ao lado dela e a aconchegando em seu peito.
A: Meu Deus, que aprovação.
D: Já vai parar de doer, você vai ver.
A: Ai meu Deus, será que é venenoso?
D: Será?
A:...
D: Não... Não devem existir essas coisas venenosas.
A: E se tiver?
D: Não tem amor, não se preocupe, eu já tirei os espinhos, amanhã seu pé já vai estar bom.
Ela se agarrou em Derik, como se fosse aquelas crianças agarrando seu ursinho de pelúcia em dia de tempestades.
Apertava forte Derik, que estava tentando disfarçar sua preocupação.
Escureceu logo, e Derik acordou no meio da madrugada assustado em meio à agonia de Ana, que estava com falta de ar.
D: Amor, calma... Fica calma, se você se desesperar vai respirar com mais dificuldade.
Ana estava desesperada. Falta de ar?
D: Calma amor. (ele a abraçou)
Depois de quase dez minutos ela começou a voltar...
D: Uff. (soltando um alivio)
A: O que é isso? (Ainda com a respiração um pouco curta)
D: Isso é o que? Asma? Você tem Asma?
A: Não, isso nunca me deu antes.
D: Não fala muito, sua respiração ainda está estranha.
A: Está.
D: Está sentindo mais alguma coisa?
A: Um pouco de ânsia.
D: Também, você não comeu nada desde a nossa... Er MANGA.
A: Que você jogou. (com a voz fraca)
D: Então, você deve estar com uma queda de pressão. Droga, não consigo pegar nada nesse escuro.
A: Não quero, quero que fique aqui comigo. Assim... Do jeitinho que você está.
D: Está bem amor, mas amanhã vou pegar alguma coisa para você comer.
A: Uhum... (já pegando no sono novamente)
Derik estava preocupado, passou a madrugada toda olhando Ana, que teve duas crises respiratórias Durant e a noite.
Amanheceu...
Ana estava pálida, estava sentindo enjoos.
D: Vamos sim amor.
A: Derik, eu não consigo andar, não quero que me deixe sozinha.
D: Mas você precisa comer...
A:...
D: Vem... (ajoelhado de costas para ela)
A: Você não está falando sério Derik.
D: Amor sobe logo.
A: Derik são quase 4 horas de caminhada.
D: Falou a gorda, Ana você tá que nem uma pena, e mesmo que tivesse que nem a vovózona eu ia te levar, agora sobe logo, vamos pegar água e mangas para você.
A: Mas...
D: Se não subir eu te pego do mesmo jeito.

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