terça-feira, setembro 10, 2013

38° Como eu te Amo


A: Eu nem fui, foi àquela vez que eu levei o amigo de vocês para inauguração na Grécia também. (abrindo a porta)
L: Lucas!
A: Isso. (gritando lá de dentro)
M: Nossa...
A: Bom, mas o que nos leva a Grécia novamente com essa urgência, e com a Dona Laura nesse estado!(voltando em direção a eles)
M: Os Russos... (entregando as malas da Laura a ele)
L: Benditos Russos. (subindo no pequeno avião com a ajuda de Murilo)
A: Peraí daquela vez também não foi... (fechando a porta do lado do piloto)
M: Foi.
A: (sorrindo) Mas porque não esperaram a bebê nascer? (checando alguns botões no painel)
M: Laura é muito teimosa. (ajudando ela com o cinto)
L: É muito importante, não dá para esperar.
M: Bom, mas vai dar tudo certo, você é um ótimo piloto e Lílian só vai nascer daqui a dois meses. (se acomodando também )
E assim pegaram o caminho da Grécia.
Quase doze horas de viagem eles chegar, Laura dormia num improvisado travesseiro ao colo de Murilo.
M: Amor... (mexendo nos cabelos dela)
L: Hummm. (se mexendo meio sonolenta)
M: Já chegamos...
L...
Ela foi se ajeitando aos poucos. Sua costa doía muito.
M: Tá tudo bem amor?
L: Está sim...
M: Ok, então vamos, Carla disse que reservou o mesmo hotel daquela vez.
L: Ótimo, vou adorar as lembranças.
Murilo sorria para ela.
Arthur também havia ficado no mesmo hotel.
Eram quase 20hrs daquela quinta-feira, quando Laura e Murilo se acomodavam no quarto.
M: Como assim não vai jantar amor, você não comeu praticamente nada a viagem toda.
L: Não estou com fome, queria muito um vinho.
M: Vinho? Tá maluca amor?
L: Eu sei que eu não posso, não estou dizendo que vou beber, mas eu estou com vontade.
M: (se aproximando sorrindo) Não quer nem um sanduiche?
L: Quero um suco.
M: Vou fazer pra gente.
O Hotel que ficaram foi reservado com a melhor das suítes o que mais pareia um apartamento.
Murilo se aventurou por alguns minutos na cozinha.
Assim que terminou correu para o quarto, encontrou Laura aninhada em meio ao edredom.
M: Mor?
Laura não respondia nada, estava cansada, pegou no sono.
Murilo não gostou muito disso, afinal de contas ela mal se alimentou o dia todo, aproveitou que ela dormia e foi tomar um drink com Arthur no bar do hotel.
Era pouco mais de meia noite quando Murilo voltou pro quarto.
L: Onde você foi?
Laura estava de camisola e estava sentada a mesa da cozinha comendo biscoitos de maisena com leite.
M: Estava com Arthur no bar do hotel.
L: Humm.
M: Está bem? Está sentindo alguma coisa?
L: Está tudo bem, só estava com fome, mas já vou me deitar, ainda estou cansada.
M: É claro que esta, foi uma viagem de praticamente doze horas.
L: Vai comigo? (levantando-se)
M: Claro!
Laura sorriu para ele.
Enquanto Laura se acomodava na cama e Murilo arrumava a roupa para dormir, Laura perguntou.
L: Está tudo certo com o carro amanhã?
M: Está sim, amanhã de manhã ele estará aqui.
L: Ok, quero ter essa reunião o quanto antes.
M: Ainda não conseguimos falar com os russos.
L: Eles vão estar na empresa.
M: Mas se não tiverem a gente dá um jeito, o mais difícil você já fez, que foi vir do Brasil até aqui. (agora indo em direção a cama também)
L: (sorrindo) É, isso é.
M: Vem, fica agarradinha aqui comigo. (se aninhando também no edredom)
L: Tomara que dê tudo certo.
M: Vai dar tudo certo.
L:...
Já era de manhã, Laura ainda não conseguiu falar com os Russos, mas mesmo assim, após tomar o café da manhã ela e Murilo pegaram o caminho da Flexsystens, mas a Flexsystens agora ficava na cidade vizinha, aonde Laura ia naquela vez quando seu carro atolou naquela rua deserta, era impressionante, mas o tempo estava mudando. Como naquele dia...
Alguns minutos depois de pegarem a estrada para tal Cidade, começou a chover, estava forte, Murilo mal conseguia ver a estrada. Não podia arriscar, um acidente agora não. Além do mais, era só esperar um pouco, assim que a chuva amenizasse eles continuariam.
No carro...
M: Amor vou parar um pouco. E para de beber um pouco essa água, daqui a pouco você vai querer ir ao banheiro aí eu quero ver. (tirando a garrafinha da mão dela)
L: Ei! É... Tudo bem.
M: Esse temporal hein... Você está pensando no que eu estou pensando?
L: E tem como esquecer?
M: Na verdade se você não estivesse nessa situação, eu saía com você agora mesmo nessa chuva, e repetiria tudo de novo.
L: (sorrindo) Ah eu ia adorar... (segurando o rosto dele)
Se beijaram...
Depois de alguns segundos.
M: E se eles não quiserem mais mesmo? Tipo, se realmente não voltarem atrás?
L: Não Murilo, amor... Isso não é justo, é uma parceria que eles não podem simplesmente nos ignorarem. Eu vou conversar com eles e não! EU NÃO ACEITO!
M: Calma amor, você não pode ficar nervosa.
L: Eu estou com raiva, poxa, nós nunca fizemos nada que pudesse prejudica-los. EU NÃO ACEITO ESSA QUEBRA DE CONTRATO.
L: Ai!(segurando na barriga)
M: Amor? O que foi? Está doendo alguma coisa?
L: Está... (com uma expressão de dor)
M: É a Lílian?
L: Acho que foi uma contração.
M: Ah meu Deus, será que vai nascer? (desesperado sem saber o que fazer)
L: Não... Ainda não é a hora, acho que foi só um jeito ruim.
M:... Que bom... Imagina só se ela inventa de nascer agora, acho que eu desmaiaria.
L: Claro, e deixaria eu aqui sozinha? (O cobrando)
M: (sorrindo) Passou?
L: Acho que sim.
M:...
L: Amor, eu não sei... Não estou me sentindo muito... Ai! Ai...
M: O que foi? Doeu de novo?
L: Drogah, eu não sei o porquê, mas... Eu estou tento contrações, então...
M: Vou te levar para um médico.
L: Como Murilo, não dá para ver nada lá fora. Tá caindo o céu. (se contorcendo)
M: Mas nós vamos devagarzinho. (ligando o carro)
Murilo ligou o carro e acelerou, não conseguiu acelerar um metro e o carro atolou.
M: Não, não, não...
L: O que foi? (preocupada)
M: Acho que foi algum buraco. (abrindo a porta do carro)
L: O que você tá fazendo?
M: Vou ver. (saindo do carro)
Laura sentiu mais uma contração...
L: Filha... Não, agora não... (se contorcendo)
Murilo voltou depois de alguns segundos
M: Amor, vamos ter que esperar a chuva parar, eu vou te levar para um hospital e... Como você foi parar aí?
L: Eu preciso deitar... Tá doendo muito.
M: O que eu faço, ainda não era a hora, ai caramba e se...
Murilo parou assim que viu Laura olhando para sua roupa que agora já se encontrava toda molhada.
M: Amor? Diz para mim que isso é xixi... (com medo da resposta)
L: Murilo... (ofegante)... Chama uma ambulância. (com a mão na barriga)
M: Claro, eu... Chamo sim. (pegando o celular com as mãos tremulas)
M: Ah meu Deus, tá sem sinal! (já se desesperando)
M: Filha, fica aí mais um pouquinho, ainda não tá na hora. (erguendo o celular)
Laura respirava forte e se contorcia, as contrações estão ficando cada vez mais próximas.
M: Sinal!
L: Aaaaaaaaaaaah!
M: Aaaaaaaaah! Meu Deus!(aguardando ao celular)
Disk 2 para acidente, 3 para roubo, 4 se você não é desse país, ou 5 para outras opções...
M: Aguenta aí amor. (discando o numero 4)
Depois de alguns segundos...
Paramédico: João, por favor, qual é a emergência?
M: Por favor, me ajuda! Me ajuda! Eu preciso que me mandem uma ambulância no km 80 da Rodovia “Jduhtyem”, minha mulher entrou em trabalho de parto, mas estamos com o carro atolado... Rápido a bolsa dela já estourou.
Jo: Qual é a cor do carro de vocês?
M: Estamos no acostamento, próximo a placa de aviso de obras, meu carro é vermelho!(desesperado)
Jo: Um minuto!
M: Não! NÃO dá para esperar mais um minuto.
Laura continuava ofegante e se contorcendo no banco de trás do carro.
M: Respira amor... Respira...
(alguns segundos depois)
Jo: Pronto, já mandamos uma ambulância para aí.
L: Ahhhhhhh! Vai nascer Murilo.
M: João, acho que minha filha não vai esperar a ambulância, o que eu faço.
Jo: Qual é o intervalo das contrações?
M: Como assim?
Jo: De quanto em quantos... (chiado)... Ela sente as... (chiado)?
M: O quê?
Jo: Contrações. (chiado)
M: Não sei, eu vou ver. (indo para o banco do carona e esticando a mão para Laura)
M: Amor... De quanto em quanto tempo você tá sentindo a dor?
L:... Acho que 4 minutos...
M: Ok
M: João, de quatro em quatro minutos.
Jo: Ótimo, quando as contrações ficarem de (chiado) aí você fica preparado...
M: De quantos?
Jo: De... (chiado)
L: Ahhhhhhhh!
M: Respira amor... Faz cachorrinho...
Jo: Não!
M: Não faz amor!(confuso)
Jo: Respirar assim só ajuda à mãe a sentir ainda mais intensa a contração, ela tem que ficar calma.
Jo: Coloque a mãe para esperar o parto deitada de lado. Assim ela evita que o peso que carrega no útero esmague as veias cavas, que passam pelas costas. Elas são muito importantes. Aperta-las provocará mal-estar.

Murilo com dificuldade foi para o banco de trás
M: Amor... Vira assim(a ajudando) Vai te ajudar a não sentir mal estar.
L: Ahhhh!(se contorcendo)
M: Calma amor, a ambulância vai chegar logo. (ainda com o celular na mão)
M: Pronto João.
Jo: Agora veja novamente o intervalo das contrações...
L: Amor... Eu... Não... Estou aguentando mais...
M: Agora está de quanto em quanto tempo amor?
L: Ahhhhhhhhhhhhhhhhh! (ofegante)
M: Ah meu Deus... (tremulo)
L: Dois... E está diminuindo... Murilo... Você... Vai ter que fazer isso.
M: A chuva tá passando, logo a ambulância esta chegando.
Jo: Alô? Alô?
M: Dois! Dois minutos!
Jo: Então se prepare, a criança vai nascer.
M: O que?
L: Ahhhhhhhhhh!
M: Eu não posso fazer isso?
Jo: Eu vou te dar o suporte até a ambulância chegar.
M: Eu...
Jo: O bebê vai fazer quase todo o trabalho sozinho...
M: Espera...
Murilo colocou o celular no viva voz e começou a tirar a calça dela.
L: Eu... Estou com medo.
M: Calma amor, eu também estou... Mas fico calma eu posso fazer isso, vai dar tudo certo.
Jo: Você tem álcool aí, ou água?
M: Água!
Jo: Então lave bem as mãos.
Murilo o fez, gastou toda a água que ainda havia na garrafinha que Laura bebia.
Jo: Agora fale para a mãe fazer força, por favor... NÃO ajude empurrando a barriga dela, quando o bebê começar a sair só espere para segurar a cabeça, NÃO puxe, a natureza fará todo o trabalho sozinha, só de suporte ao corpinho do bebê.
M: OK. OK(Gaguejando)
Laura estava agora deitada na posição que o bebê iria nascer, fazia força e nada, os gritos que ela dava chegavam a fazer eco nos ouvidos de Murilo, ele estava tão nervoso quanto ela, João o paramédico ainda estava na linha, mas Murilo agora só conseguia ver sua filha nascendo... Primeiro a cabeça, ele logo colocou as mãos embaixo, não demorou muito para o resto do corpo sair.
L: Aaaaaaaaaaaaaah!
M: Meu deus do céu, tá saindo, tá saindo, tá saindo... (gaguejando)
Jo: NÃO PUXE, só espere.
M: Ok. (tremendo)
M: Amor... Você tá bem?
Laura chorava...
L: Estou... Feliz...
M: João... e agora, ela... Está nos meus braços... Porque não está chorando?
L: O que? Como assim? (já se desesperando)
A essa altura a chuva já havia passado, a ambulância logo estaria ali.
Jo: Fiquem calmos o primeiro choro vem somente depois de 30 segundos. Agora limpe a boca e o nariz do bebê.
M: Laura... (chorando)
L: O que foi?
M: (RINDO)É um menino...
L: Um menino?
M: Um lindo menino...

0 comentários:

Postar um comentário

terça-feira, setembro 10, 2013

38° Como eu te Amo


A: Eu nem fui, foi àquela vez que eu levei o amigo de vocês para inauguração na Grécia também. (abrindo a porta)
L: Lucas!
A: Isso. (gritando lá de dentro)
M: Nossa...
A: Bom, mas o que nos leva a Grécia novamente com essa urgência, e com a Dona Laura nesse estado!(voltando em direção a eles)
M: Os Russos... (entregando as malas da Laura a ele)
L: Benditos Russos. (subindo no pequeno avião com a ajuda de Murilo)
A: Peraí daquela vez também não foi... (fechando a porta do lado do piloto)
M: Foi.
A: (sorrindo) Mas porque não esperaram a bebê nascer? (checando alguns botões no painel)
M: Laura é muito teimosa. (ajudando ela com o cinto)
L: É muito importante, não dá para esperar.
M: Bom, mas vai dar tudo certo, você é um ótimo piloto e Lílian só vai nascer daqui a dois meses. (se acomodando também )
E assim pegaram o caminho da Grécia.
Quase doze horas de viagem eles chegar, Laura dormia num improvisado travesseiro ao colo de Murilo.
M: Amor... (mexendo nos cabelos dela)
L: Hummm. (se mexendo meio sonolenta)
M: Já chegamos...
L...
Ela foi se ajeitando aos poucos. Sua costa doía muito.
M: Tá tudo bem amor?
L: Está sim...
M: Ok, então vamos, Carla disse que reservou o mesmo hotel daquela vez.
L: Ótimo, vou adorar as lembranças.
Murilo sorria para ela.
Arthur também havia ficado no mesmo hotel.
Eram quase 20hrs daquela quinta-feira, quando Laura e Murilo se acomodavam no quarto.
M: Como assim não vai jantar amor, você não comeu praticamente nada a viagem toda.
L: Não estou com fome, queria muito um vinho.
M: Vinho? Tá maluca amor?
L: Eu sei que eu não posso, não estou dizendo que vou beber, mas eu estou com vontade.
M: (se aproximando sorrindo) Não quer nem um sanduiche?
L: Quero um suco.
M: Vou fazer pra gente.
O Hotel que ficaram foi reservado com a melhor das suítes o que mais pareia um apartamento.
Murilo se aventurou por alguns minutos na cozinha.
Assim que terminou correu para o quarto, encontrou Laura aninhada em meio ao edredom.
M: Mor?
Laura não respondia nada, estava cansada, pegou no sono.
Murilo não gostou muito disso, afinal de contas ela mal se alimentou o dia todo, aproveitou que ela dormia e foi tomar um drink com Arthur no bar do hotel.
Era pouco mais de meia noite quando Murilo voltou pro quarto.
L: Onde você foi?
Laura estava de camisola e estava sentada a mesa da cozinha comendo biscoitos de maisena com leite.
M: Estava com Arthur no bar do hotel.
L: Humm.
M: Está bem? Está sentindo alguma coisa?
L: Está tudo bem, só estava com fome, mas já vou me deitar, ainda estou cansada.
M: É claro que esta, foi uma viagem de praticamente doze horas.
L: Vai comigo? (levantando-se)
M: Claro!
Laura sorriu para ele.
Enquanto Laura se acomodava na cama e Murilo arrumava a roupa para dormir, Laura perguntou.
L: Está tudo certo com o carro amanhã?
M: Está sim, amanhã de manhã ele estará aqui.
L: Ok, quero ter essa reunião o quanto antes.
M: Ainda não conseguimos falar com os russos.
L: Eles vão estar na empresa.
M: Mas se não tiverem a gente dá um jeito, o mais difícil você já fez, que foi vir do Brasil até aqui. (agora indo em direção a cama também)
L: (sorrindo) É, isso é.
M: Vem, fica agarradinha aqui comigo. (se aninhando também no edredom)
L: Tomara que dê tudo certo.
M: Vai dar tudo certo.
L:...
Já era de manhã, Laura ainda não conseguiu falar com os Russos, mas mesmo assim, após tomar o café da manhã ela e Murilo pegaram o caminho da Flexsystens, mas a Flexsystens agora ficava na cidade vizinha, aonde Laura ia naquela vez quando seu carro atolou naquela rua deserta, era impressionante, mas o tempo estava mudando. Como naquele dia...
Alguns minutos depois de pegarem a estrada para tal Cidade, começou a chover, estava forte, Murilo mal conseguia ver a estrada. Não podia arriscar, um acidente agora não. Além do mais, era só esperar um pouco, assim que a chuva amenizasse eles continuariam.
No carro...
M: Amor vou parar um pouco. E para de beber um pouco essa água, daqui a pouco você vai querer ir ao banheiro aí eu quero ver. (tirando a garrafinha da mão dela)
L: Ei! É... Tudo bem.
M: Esse temporal hein... Você está pensando no que eu estou pensando?
L: E tem como esquecer?
M: Na verdade se você não estivesse nessa situação, eu saía com você agora mesmo nessa chuva, e repetiria tudo de novo.
L: (sorrindo) Ah eu ia adorar... (segurando o rosto dele)
Se beijaram...
Depois de alguns segundos.
M: E se eles não quiserem mais mesmo? Tipo, se realmente não voltarem atrás?
L: Não Murilo, amor... Isso não é justo, é uma parceria que eles não podem simplesmente nos ignorarem. Eu vou conversar com eles e não! EU NÃO ACEITO!
M: Calma amor, você não pode ficar nervosa.
L: Eu estou com raiva, poxa, nós nunca fizemos nada que pudesse prejudica-los. EU NÃO ACEITO ESSA QUEBRA DE CONTRATO.
L: Ai!(segurando na barriga)
M: Amor? O que foi? Está doendo alguma coisa?
L: Está... (com uma expressão de dor)
M: É a Lílian?
L: Acho que foi uma contração.
M: Ah meu Deus, será que vai nascer? (desesperado sem saber o que fazer)
L: Não... Ainda não é a hora, acho que foi só um jeito ruim.
M:... Que bom... Imagina só se ela inventa de nascer agora, acho que eu desmaiaria.
L: Claro, e deixaria eu aqui sozinha? (O cobrando)
M: (sorrindo) Passou?
L: Acho que sim.
M:...
L: Amor, eu não sei... Não estou me sentindo muito... Ai! Ai...
M: O que foi? Doeu de novo?
L: Drogah, eu não sei o porquê, mas... Eu estou tento contrações, então...
M: Vou te levar para um médico.
L: Como Murilo, não dá para ver nada lá fora. Tá caindo o céu. (se contorcendo)
M: Mas nós vamos devagarzinho. (ligando o carro)
Murilo ligou o carro e acelerou, não conseguiu acelerar um metro e o carro atolou.
M: Não, não, não...
L: O que foi? (preocupada)
M: Acho que foi algum buraco. (abrindo a porta do carro)
L: O que você tá fazendo?
M: Vou ver. (saindo do carro)
Laura sentiu mais uma contração...
L: Filha... Não, agora não... (se contorcendo)
Murilo voltou depois de alguns segundos
M: Amor, vamos ter que esperar a chuva parar, eu vou te levar para um hospital e... Como você foi parar aí?
L: Eu preciso deitar... Tá doendo muito.
M: O que eu faço, ainda não era a hora, ai caramba e se...
Murilo parou assim que viu Laura olhando para sua roupa que agora já se encontrava toda molhada.
M: Amor? Diz para mim que isso é xixi... (com medo da resposta)
L: Murilo... (ofegante)... Chama uma ambulância. (com a mão na barriga)
M: Claro, eu... Chamo sim. (pegando o celular com as mãos tremulas)
M: Ah meu Deus, tá sem sinal! (já se desesperando)
M: Filha, fica aí mais um pouquinho, ainda não tá na hora. (erguendo o celular)
Laura respirava forte e se contorcia, as contrações estão ficando cada vez mais próximas.
M: Sinal!
L: Aaaaaaaaaaaah!
M: Aaaaaaaaah! Meu Deus!(aguardando ao celular)
Disk 2 para acidente, 3 para roubo, 4 se você não é desse país, ou 5 para outras opções...
M: Aguenta aí amor. (discando o numero 4)
Depois de alguns segundos...
Paramédico: João, por favor, qual é a emergência?
M: Por favor, me ajuda! Me ajuda! Eu preciso que me mandem uma ambulância no km 80 da Rodovia “Jduhtyem”, minha mulher entrou em trabalho de parto, mas estamos com o carro atolado... Rápido a bolsa dela já estourou.
Jo: Qual é a cor do carro de vocês?
M: Estamos no acostamento, próximo a placa de aviso de obras, meu carro é vermelho!(desesperado)
Jo: Um minuto!
M: Não! NÃO dá para esperar mais um minuto.
Laura continuava ofegante e se contorcendo no banco de trás do carro.
M: Respira amor... Respira...
(alguns segundos depois)
Jo: Pronto, já mandamos uma ambulância para aí.
L: Ahhhhhhh! Vai nascer Murilo.
M: João, acho que minha filha não vai esperar a ambulância, o que eu faço.
Jo: Qual é o intervalo das contrações?
M: Como assim?
Jo: De quanto em quantos... (chiado)... Ela sente as... (chiado)?
M: O quê?
Jo: Contrações. (chiado)
M: Não sei, eu vou ver. (indo para o banco do carona e esticando a mão para Laura)
M: Amor... De quanto em quanto tempo você tá sentindo a dor?
L:... Acho que 4 minutos...
M: Ok
M: João, de quatro em quatro minutos.
Jo: Ótimo, quando as contrações ficarem de (chiado) aí você fica preparado...
M: De quantos?
Jo: De... (chiado)
L: Ahhhhhhhh!
M: Respira amor... Faz cachorrinho...
Jo: Não!
M: Não faz amor!(confuso)
Jo: Respirar assim só ajuda à mãe a sentir ainda mais intensa a contração, ela tem que ficar calma.
Jo: Coloque a mãe para esperar o parto deitada de lado. Assim ela evita que o peso que carrega no útero esmague as veias cavas, que passam pelas costas. Elas são muito importantes. Aperta-las provocará mal-estar.

Murilo com dificuldade foi para o banco de trás
M: Amor... Vira assim(a ajudando) Vai te ajudar a não sentir mal estar.
L: Ahhhh!(se contorcendo)
M: Calma amor, a ambulância vai chegar logo. (ainda com o celular na mão)
M: Pronto João.
Jo: Agora veja novamente o intervalo das contrações...
L: Amor... Eu... Não... Estou aguentando mais...
M: Agora está de quanto em quanto tempo amor?
L: Ahhhhhhhhhhhhhhhhh! (ofegante)
M: Ah meu Deus... (tremulo)
L: Dois... E está diminuindo... Murilo... Você... Vai ter que fazer isso.
M: A chuva tá passando, logo a ambulância esta chegando.
Jo: Alô? Alô?
M: Dois! Dois minutos!
Jo: Então se prepare, a criança vai nascer.
M: O que?
L: Ahhhhhhhhhh!
M: Eu não posso fazer isso?
Jo: Eu vou te dar o suporte até a ambulância chegar.
M: Eu...
Jo: O bebê vai fazer quase todo o trabalho sozinho...
M: Espera...
Murilo colocou o celular no viva voz e começou a tirar a calça dela.
L: Eu... Estou com medo.
M: Calma amor, eu também estou... Mas fico calma eu posso fazer isso, vai dar tudo certo.
Jo: Você tem álcool aí, ou água?
M: Água!
Jo: Então lave bem as mãos.
Murilo o fez, gastou toda a água que ainda havia na garrafinha que Laura bebia.
Jo: Agora fale para a mãe fazer força, por favor... NÃO ajude empurrando a barriga dela, quando o bebê começar a sair só espere para segurar a cabeça, NÃO puxe, a natureza fará todo o trabalho sozinha, só de suporte ao corpinho do bebê.
M: OK. OK(Gaguejando)
Laura estava agora deitada na posição que o bebê iria nascer, fazia força e nada, os gritos que ela dava chegavam a fazer eco nos ouvidos de Murilo, ele estava tão nervoso quanto ela, João o paramédico ainda estava na linha, mas Murilo agora só conseguia ver sua filha nascendo... Primeiro a cabeça, ele logo colocou as mãos embaixo, não demorou muito para o resto do corpo sair.
L: Aaaaaaaaaaaaaah!
M: Meu deus do céu, tá saindo, tá saindo, tá saindo... (gaguejando)
Jo: NÃO PUXE, só espere.
M: Ok. (tremendo)
M: Amor... Você tá bem?
Laura chorava...
L: Estou... Feliz...
M: João... e agora, ela... Está nos meus braços... Porque não está chorando?
L: O que? Como assim? (já se desesperando)
A essa altura a chuva já havia passado, a ambulância logo estaria ali.
Jo: Fiquem calmos o primeiro choro vem somente depois de 30 segundos. Agora limpe a boca e o nariz do bebê.
M: Laura... (chorando)
L: O que foi?
M: (RINDO)É um menino...
L: Um menino?
M: Um lindo menino...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Romances da Laura Template by Ipietoon Cute Blog Design and Bukit Gambang