terça-feira, setembro 10, 2013

34° Como eu te Amo

Agora ela conseguia ver o que ele queria, o peitoril dele, estava com uma enorme queimadura.
J: Sabe o que é isso?
L:...
J: SABE O QUE É ISSO?!!(a fazendo olhar para aquela cicatriz horrível).
L: Não... (com a voz tremula)
J: Isso é o resultado da brincadeirinha que você fez, eu fui preso... E torturado de todas as formas possíveis naquela cadeia.
L: Torturado?
J: É, amigos do velho Paulo souberam o que tinha acontecido e resolveram me mandar um “Boas Vindas”.
Laura não conseguia dizer nada, não se arrependia, faria tudo de novo se fosse preciso.
J: Ai ai, tantos anos depois e você ainda continua teimosa... Olha... Eu vou te matar, porque você acabou com a minha vida, mas só te matar não teria a mínima graça. Você tinha que sofrer, sofrer como eu sofri. Passar pelo medo, pela angustia, pelo horror que eu passei, que eu senti.
Mas como sempre você tem que estragar tudo.
Laura estava entendendo o que ele queria dizer.
J: Tentou se matar... Isso não foi legal da sua parte, que graça teria? Então agora eu vou te contar uma coisa para você sofrer mais tá?
Agora Laura estava com medo, será que ele havia feito alguma coisa com alguém? Ah meu Deus, Luiza? Murilo? Lucas!
J: Primeiro, seu maridinho e sua ranhentinha estão fazendo companhia para uns amigos meus em outra fazenda, não é bom? Ar do campo para criança é uma maravilha.
L: Não, por favor, o seu assunto é comigo, só comigo, deixa a minha filha e o Murilo em paz.
J: O que? E tirar a graça do jogo?
L: Por favor... Eu te imploro (chorando)
J: Ah agora você implora? Agora não adianta mais, fica tranquila, bebês não tem medo de bicho papão, ou será que daquele tamanho tem?
Desgraçado, a ameaça aquele dia foi ele...
L: Poupe os, por favor...
J: NÃO! NÃO POUPAREI NINGUÉM, NEM MESMO ESSA CRIANÇA QUE ESTÁ EM VOCÊ!
Aquilo foi como um choque dado ao máximo no peito de Laura.
L: O que?
J: Mais tarde eu volto...
L: JORGE!
J: Vou adorar saber se depois desses anos todos você continua gostosa.
L: ...
J: Porque nisso eu não posso negar, você era uma delícia. (saindo do quarto)

Laura estava em choque... Será que era verdade? Não sabia se acreditava ou não, não... Não podia ser verdade, ela teria perdido o bebê depois da quantidade de remédios que ingeriu horas antes naquela banheira.
Não era verdade, disse aquilo tudo para deixa-la naquele estado, mas e Luiza e Murilo? Nisso ela pensava com calma, isso poderia sim ser verdade.
E agora? Estava perdida.
E meu Deus! Tinha que dar um jeito de sair dali, ele ia abusar dela. Não! Preferia morrer.
Morrer... Agora não seria tão simples assim, e se realmente tivesse com uma vida dentro dela?
Não... Tinha que sair dali.
As janelas do quarto dela se encontravam abertas, mas a parte de vidro delas apenas uma estava totalmente aberta.
A casa onde Jorge havia levado Laura era enorme, tinha cinco quartos, duas enormes salas, escritório, a cozinha, tinha gente que trabalhava para ele, mas que ele dispensou para que pudesse fazer o que quisesse sem testemunhas por algumas semanas, a única que se encontrava com ele era... Bárbara.
Na sala da tal casa de campo.
B: Não posso voltar para lá.
J: Então pegue na cidade vizinha.
B: OK, eu vou... Precisa de mais alguma coisa?
J: Não, por enquanto é só, já que dispensei a cozinheira... Precisamos nos virar. Estou contando com você, e vê se presta atenção se ninguém tá te seguindo.
B: Pode ficar tranquilo seu Gustavo, não é a primeira vez que eu faço isso. (sorrindo saiu)

Murilo dirigia apressado, mas foi diminuindo a velocidade quando percebeu que se aproximava do lugar, foram quase três horas para chegar lá.
Parou o carro numa outra entrada e seguiu andando. Não sabia o que encontraria por lá. Depois de andar por quase uma hora ele viu o carro de Bárbara passando, só rezou para que Laura não estivesse nele.
Em fim chegou
Era ali, o carro dele estava ali... O que faria primeiro? Será que ele estaria com ela? Será que tinha gente vigiando? Bom, eram muitas perguntas sem respostas imediatas, a solução era ariscar mesmo, e fosse o que Deus quiser.
Não tinha muros, só uma cerca improvisava com arames... Talvez por ser tão no meio do mato. Ele entrou e correu logo para o canto da casa, observou...
Viu Gustavo andando ali pela varanda enquanto fumava um charuto, como se nada demais estivesse acontecendo.
Os quartos! Isso, ele deu a volta na casa eram muitas janelas... A sorte é que mesmo sendo uma casa enorme, ela não era de dois andares.
Havia janelas que estavam fechadas, mas mesmo assim ele decidiu olhar todas, quando viu a quarta janela, seu coração acelerou, lá estava Laura, amarrada a uma cama.
A cama onde ela estava ficava de costas para janela, então ela não viu Murilo, o mesmo colocou o braço pela parte aberta de vidro e soltou a outra parte, o barulho do trinco na janela chamou a atenção de Laura, e assim que ela virou um pouco a cabeça para ver o que era, mal pode acreditar.
Murilo fez sinal de silêncio para ela.
Com certa dificuldade Murilo passou pela janela, ele se aproximou da cama onde ela estava.
M: Me desculpa amor, me desculpa por tudo, eu sou... (já com a voz embargada)
L: Xiii, não tem nada que se desculpar, agora me tira daqui. (nervosa)
Murilo foi primeiro nos pés, droga o pulso dela estava sangrando um pouco, provavelmente alguns pontos abriram, ela estava forçando para se soltar.
Os nós eram mais um bolo de corda, ainda bem que o infeliz nem um nó sabia fazer, Murilo conseguiu afrouxar as cordas dos pés.
Quando ele ia para as mãos, ouviu o barulho do trinco da porta.
M: Droga.
L: E agora?(sussurrando para Murilo)
Murilo rapidamente se enfiou debaixo da cama, e rezou para que Gustavo não o percebesse e nem fizesse nada.
J: Oi Amor, trouxe alguma coisa para você comer.
L: Precisa soltar as minhas mãos.
J: Claro que não(se aproximando dela) aqui, eu vou deixar a bandeja aqui no seu colo, facinho não acha?
Laura nada respondia.
Ele pegou o rosto dela e aproximou do dele, a beijou, a língua forçando a entrada da boca dela que insistia em ficar fechada.
Estava com nojo.
Mais tarde eu volto para brincarmos um pouquinho tá? Agora eu quero que você coma, porque como eu disse, se você morrer agora não vai ter a menor graça.
Murilo ouvia isso e queria gruda-lo ali mesmo pela perna, mas se conteve, por enquanto dava para se conter. Não sabia se estava sozinho, não iria arriscar, chegou tão longe.
J: COMA! (gritando na cara dela)
Laura mesmo com certa dificuldade devido às mãos amarradas uma na outra, pegou o copo de suco e fingiu tomar um gole.
J: Muito bem... Assim que você comer eu volto. (passando a mão pelo rosto dela)
Ele estava indo para a porta quando percebeu a janela aberta.
J: Essa Janela... (indo em direção a mesma) estava aberta assim?
Laura ficou nervosa...
J: RESPONDA!
L: Eu não sei, eu estou de costas, nem percebi nada.
J: Bom, por via das duvidas eu vou bater o cadeado nisso.
Jorge chegou perto da janela, fechou e bateu o cadeado, se Murilo tivesse adivinhado teria jogado o cadeado que estava na janela longe.
J: Melhor assim...
Saiu sem desconfiar de nada.
Murilo saiu o mais depressa que conseguiu da cama e continuou a desamarra-la, já desamarrou os pés e agora desamarrava as mãos.
L: Murilo, não dá para sair daqui.
M: Eu tenho um canivete no chaveiro da chave de casa, posso tentar abrir a porta. (Indo em direção a mesma)
Laura levantou um pouco zonza, seu pulso doía muito.
L: Ele vai ouvir(sussurrando)
Murilo no mesmo instante olhou para Laura assustado.
L: O que foi?(nervosa, já recuando alguns passos).
M: Meu Deus!
L: AH meu Deus, o que é que foi?
M: Está aberta. (sorrindo para ela)
L: Ah. (levando as mãos ao rosto feliz)
Murilo se abaixava, tentando ver algo pelo buraco da fechadura.
M: Vamos!
L: Como assim vamos?! Ele vai ver a gente.
M: Não vai. Vem (pegando na mão dela)
Aquele toque a fez arrepiar. A fez se sentir viva de novo... Murilo queria coloca-la em seus braços e dizer que tinha tudo acabado, que nada de ruim iria acontecer, mas não. Ainda não.
Ele abriu aos poucos a porta e puxou Laura para o corredor, onde ele estava?
Laura estava com o coração na mão, e Murilo ainda estava muito nervoso. Ouviu-o falando ao telefone em seguida entrando em outro cômodo, provavelmente o escritório ou o quarto dele.
Foi a deixa, Murilo puxou depressa Laura pelo braço e saiu pela entrada da casa, a sala, livres! Não... Ainda não.
M: Laura... Vem, vamos sair pelos fundos da casa.
Fazia certo sentido, não sabiam se ele estaria armado ou não, o fato é que já tiveram muita sorte de conseguirem sair da casa sem serem notados, até chegarem à estrada, se Jorge saísse na varanda conseguiria vê-los sem dificuldade nenhuma.
L: Ah meu Deus do céu. (o seguindo)
Murilo e Laura estavam agora nos fundos, era só passar por um canteiro de flores e eles adentrariam o mato e ninguém conseguiria vê-los.
Murilo olhava pelo canto da parede com Laura atrás dele, quando os dois entraram em choque.
B: Quietinhos ou isso não vai acabar bem.
Murilo virou-se e viu Bárbara apontando uma arma para cabeça de Laura.
Ele pensava consigo, como ela voltou tão rápido? Ou será que nem chegou a ir?
M: Por favor... Calma, vamos conversar.
B: Claro que vamos, vamos conversar lá dentro.
E: Não, vamos conversar na delegacia mocinha. (com a arma apontada para cabeça de Bárbara).
Nesse mesmo instante Laura soltou um suspiro de alivio. Porque ela teve tanto medo de morrer agora? Há algumas horas atrás queria desesperadamente isso.
Erick sorriu para Laura e Murilo.
E: Tá tudo bem baixinha?(enquanto algemava Bárbara)
L: Obrigada Erick.
E: Que isso. E você Murilo... Não faça mais isso, esse é o trabalho da Polícia, poderia ter acontecido algo.
M: Desculpe aí Erick, mas ela (olhando para Laura) é a minha vida.
E: (sorrindo) Tá bom tá bom.
M: E o Gustavo?
E: Meu pessoal tá esperando ele com a casa cercada.
Erick saiu com Bárbara em direção a uma viatura que estava a certa distancia, distancia o suficiente para não ser vista.
Murilo olhou para Laura, Laura olhou para Murilo...
Murilo a puxou com tudo pela cintura e rapidamente enrolou os dedos em meio ao seu cabelo, do jeito que ela tão bem conhecia.
(sorrindo) Avançou como um leão na boca dela, desesperado, como se fosse o ultimo beijo que dariam.
Esqueceram por alguns segundos de onde estavam.
L: Murilo eu preciso dizer, que eu... Eu... (Já começando a chorar)

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34° Como eu te Amo

Agora ela conseguia ver o que ele queria, o peitoril dele, estava com uma enorme queimadura.
J: Sabe o que é isso?
L:...
J: SABE O QUE É ISSO?!!(a fazendo olhar para aquela cicatriz horrível).
L: Não... (com a voz tremula)
J: Isso é o resultado da brincadeirinha que você fez, eu fui preso... E torturado de todas as formas possíveis naquela cadeia.
L: Torturado?
J: É, amigos do velho Paulo souberam o que tinha acontecido e resolveram me mandar um “Boas Vindas”.
Laura não conseguia dizer nada, não se arrependia, faria tudo de novo se fosse preciso.
J: Ai ai, tantos anos depois e você ainda continua teimosa... Olha... Eu vou te matar, porque você acabou com a minha vida, mas só te matar não teria a mínima graça. Você tinha que sofrer, sofrer como eu sofri. Passar pelo medo, pela angustia, pelo horror que eu passei, que eu senti.
Mas como sempre você tem que estragar tudo.
Laura estava entendendo o que ele queria dizer.
J: Tentou se matar... Isso não foi legal da sua parte, que graça teria? Então agora eu vou te contar uma coisa para você sofrer mais tá?
Agora Laura estava com medo, será que ele havia feito alguma coisa com alguém? Ah meu Deus, Luiza? Murilo? Lucas!
J: Primeiro, seu maridinho e sua ranhentinha estão fazendo companhia para uns amigos meus em outra fazenda, não é bom? Ar do campo para criança é uma maravilha.
L: Não, por favor, o seu assunto é comigo, só comigo, deixa a minha filha e o Murilo em paz.
J: O que? E tirar a graça do jogo?
L: Por favor... Eu te imploro (chorando)
J: Ah agora você implora? Agora não adianta mais, fica tranquila, bebês não tem medo de bicho papão, ou será que daquele tamanho tem?
Desgraçado, a ameaça aquele dia foi ele...
L: Poupe os, por favor...
J: NÃO! NÃO POUPAREI NINGUÉM, NEM MESMO ESSA CRIANÇA QUE ESTÁ EM VOCÊ!
Aquilo foi como um choque dado ao máximo no peito de Laura.
L: O que?
J: Mais tarde eu volto...
L: JORGE!
J: Vou adorar saber se depois desses anos todos você continua gostosa.
L: ...
J: Porque nisso eu não posso negar, você era uma delícia. (saindo do quarto)

Laura estava em choque... Será que era verdade? Não sabia se acreditava ou não, não... Não podia ser verdade, ela teria perdido o bebê depois da quantidade de remédios que ingeriu horas antes naquela banheira.
Não era verdade, disse aquilo tudo para deixa-la naquele estado, mas e Luiza e Murilo? Nisso ela pensava com calma, isso poderia sim ser verdade.
E agora? Estava perdida.
E meu Deus! Tinha que dar um jeito de sair dali, ele ia abusar dela. Não! Preferia morrer.
Morrer... Agora não seria tão simples assim, e se realmente tivesse com uma vida dentro dela?
Não... Tinha que sair dali.
As janelas do quarto dela se encontravam abertas, mas a parte de vidro delas apenas uma estava totalmente aberta.
A casa onde Jorge havia levado Laura era enorme, tinha cinco quartos, duas enormes salas, escritório, a cozinha, tinha gente que trabalhava para ele, mas que ele dispensou para que pudesse fazer o que quisesse sem testemunhas por algumas semanas, a única que se encontrava com ele era... Bárbara.
Na sala da tal casa de campo.
B: Não posso voltar para lá.
J: Então pegue na cidade vizinha.
B: OK, eu vou... Precisa de mais alguma coisa?
J: Não, por enquanto é só, já que dispensei a cozinheira... Precisamos nos virar. Estou contando com você, e vê se presta atenção se ninguém tá te seguindo.
B: Pode ficar tranquilo seu Gustavo, não é a primeira vez que eu faço isso. (sorrindo saiu)

Murilo dirigia apressado, mas foi diminuindo a velocidade quando percebeu que se aproximava do lugar, foram quase três horas para chegar lá.
Parou o carro numa outra entrada e seguiu andando. Não sabia o que encontraria por lá. Depois de andar por quase uma hora ele viu o carro de Bárbara passando, só rezou para que Laura não estivesse nele.
Em fim chegou
Era ali, o carro dele estava ali... O que faria primeiro? Será que ele estaria com ela? Será que tinha gente vigiando? Bom, eram muitas perguntas sem respostas imediatas, a solução era ariscar mesmo, e fosse o que Deus quiser.
Não tinha muros, só uma cerca improvisava com arames... Talvez por ser tão no meio do mato. Ele entrou e correu logo para o canto da casa, observou...
Viu Gustavo andando ali pela varanda enquanto fumava um charuto, como se nada demais estivesse acontecendo.
Os quartos! Isso, ele deu a volta na casa eram muitas janelas... A sorte é que mesmo sendo uma casa enorme, ela não era de dois andares.
Havia janelas que estavam fechadas, mas mesmo assim ele decidiu olhar todas, quando viu a quarta janela, seu coração acelerou, lá estava Laura, amarrada a uma cama.
A cama onde ela estava ficava de costas para janela, então ela não viu Murilo, o mesmo colocou o braço pela parte aberta de vidro e soltou a outra parte, o barulho do trinco na janela chamou a atenção de Laura, e assim que ela virou um pouco a cabeça para ver o que era, mal pode acreditar.
Murilo fez sinal de silêncio para ela.
Com certa dificuldade Murilo passou pela janela, ele se aproximou da cama onde ela estava.
M: Me desculpa amor, me desculpa por tudo, eu sou... (já com a voz embargada)
L: Xiii, não tem nada que se desculpar, agora me tira daqui. (nervosa)
Murilo foi primeiro nos pés, droga o pulso dela estava sangrando um pouco, provavelmente alguns pontos abriram, ela estava forçando para se soltar.
Os nós eram mais um bolo de corda, ainda bem que o infeliz nem um nó sabia fazer, Murilo conseguiu afrouxar as cordas dos pés.
Quando ele ia para as mãos, ouviu o barulho do trinco da porta.
M: Droga.
L: E agora?(sussurrando para Murilo)
Murilo rapidamente se enfiou debaixo da cama, e rezou para que Gustavo não o percebesse e nem fizesse nada.
J: Oi Amor, trouxe alguma coisa para você comer.
L: Precisa soltar as minhas mãos.
J: Claro que não(se aproximando dela) aqui, eu vou deixar a bandeja aqui no seu colo, facinho não acha?
Laura nada respondia.
Ele pegou o rosto dela e aproximou do dele, a beijou, a língua forçando a entrada da boca dela que insistia em ficar fechada.
Estava com nojo.
Mais tarde eu volto para brincarmos um pouquinho tá? Agora eu quero que você coma, porque como eu disse, se você morrer agora não vai ter a menor graça.
Murilo ouvia isso e queria gruda-lo ali mesmo pela perna, mas se conteve, por enquanto dava para se conter. Não sabia se estava sozinho, não iria arriscar, chegou tão longe.
J: COMA! (gritando na cara dela)
Laura mesmo com certa dificuldade devido às mãos amarradas uma na outra, pegou o copo de suco e fingiu tomar um gole.
J: Muito bem... Assim que você comer eu volto. (passando a mão pelo rosto dela)
Ele estava indo para a porta quando percebeu a janela aberta.
J: Essa Janela... (indo em direção a mesma) estava aberta assim?
Laura ficou nervosa...
J: RESPONDA!
L: Eu não sei, eu estou de costas, nem percebi nada.
J: Bom, por via das duvidas eu vou bater o cadeado nisso.
Jorge chegou perto da janela, fechou e bateu o cadeado, se Murilo tivesse adivinhado teria jogado o cadeado que estava na janela longe.
J: Melhor assim...
Saiu sem desconfiar de nada.
Murilo saiu o mais depressa que conseguiu da cama e continuou a desamarra-la, já desamarrou os pés e agora desamarrava as mãos.
L: Murilo, não dá para sair daqui.
M: Eu tenho um canivete no chaveiro da chave de casa, posso tentar abrir a porta. (Indo em direção a mesma)
Laura levantou um pouco zonza, seu pulso doía muito.
L: Ele vai ouvir(sussurrando)
Murilo no mesmo instante olhou para Laura assustado.
L: O que foi?(nervosa, já recuando alguns passos).
M: Meu Deus!
L: AH meu Deus, o que é que foi?
M: Está aberta. (sorrindo para ela)
L: Ah. (levando as mãos ao rosto feliz)
Murilo se abaixava, tentando ver algo pelo buraco da fechadura.
M: Vamos!
L: Como assim vamos?! Ele vai ver a gente.
M: Não vai. Vem (pegando na mão dela)
Aquele toque a fez arrepiar. A fez se sentir viva de novo... Murilo queria coloca-la em seus braços e dizer que tinha tudo acabado, que nada de ruim iria acontecer, mas não. Ainda não.
Ele abriu aos poucos a porta e puxou Laura para o corredor, onde ele estava?
Laura estava com o coração na mão, e Murilo ainda estava muito nervoso. Ouviu-o falando ao telefone em seguida entrando em outro cômodo, provavelmente o escritório ou o quarto dele.
Foi a deixa, Murilo puxou depressa Laura pelo braço e saiu pela entrada da casa, a sala, livres! Não... Ainda não.
M: Laura... Vem, vamos sair pelos fundos da casa.
Fazia certo sentido, não sabiam se ele estaria armado ou não, o fato é que já tiveram muita sorte de conseguirem sair da casa sem serem notados, até chegarem à estrada, se Jorge saísse na varanda conseguiria vê-los sem dificuldade nenhuma.
L: Ah meu Deus do céu. (o seguindo)
Murilo e Laura estavam agora nos fundos, era só passar por um canteiro de flores e eles adentrariam o mato e ninguém conseguiria vê-los.
Murilo olhava pelo canto da parede com Laura atrás dele, quando os dois entraram em choque.
B: Quietinhos ou isso não vai acabar bem.
Murilo virou-se e viu Bárbara apontando uma arma para cabeça de Laura.
Ele pensava consigo, como ela voltou tão rápido? Ou será que nem chegou a ir?
M: Por favor... Calma, vamos conversar.
B: Claro que vamos, vamos conversar lá dentro.
E: Não, vamos conversar na delegacia mocinha. (com a arma apontada para cabeça de Bárbara).
Nesse mesmo instante Laura soltou um suspiro de alivio. Porque ela teve tanto medo de morrer agora? Há algumas horas atrás queria desesperadamente isso.
Erick sorriu para Laura e Murilo.
E: Tá tudo bem baixinha?(enquanto algemava Bárbara)
L: Obrigada Erick.
E: Que isso. E você Murilo... Não faça mais isso, esse é o trabalho da Polícia, poderia ter acontecido algo.
M: Desculpe aí Erick, mas ela (olhando para Laura) é a minha vida.
E: (sorrindo) Tá bom tá bom.
M: E o Gustavo?
E: Meu pessoal tá esperando ele com a casa cercada.
Erick saiu com Bárbara em direção a uma viatura que estava a certa distancia, distancia o suficiente para não ser vista.
Murilo olhou para Laura, Laura olhou para Murilo...
Murilo a puxou com tudo pela cintura e rapidamente enrolou os dedos em meio ao seu cabelo, do jeito que ela tão bem conhecia.
(sorrindo) Avançou como um leão na boca dela, desesperado, como se fosse o ultimo beijo que dariam.
Esqueceram por alguns segundos de onde estavam.
L: Murilo eu preciso dizer, que eu... Eu... (Já começando a chorar)

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