terça-feira, setembro 10, 2013

10° Como eu te Amo

E assim Murilo deu seu primeiro passo para o abismo... Contou tudo, tudo o que sentia tudo o que sabia e tudo estava acontecendo. E depois de longos minutos...
M: Câmeras?
G: Sim, câmeras
M: ...
G: Se realmente for coisa da cabeça dela você vai saber, e se não for também, você toma alguma providência.
M: Me dói ficar imaginando que Laura, sei lá... Possa não ser a mesma Laura por quem eu me apaixonei.
G: Mas o que exatamente você acha que ela tem?
M: Acho que foi muita coisa que aconteceu com ela de uma vez, talvez o psicológico dela esteja surtando, e ela não esteja sabendo lidar com isso, ai que saco.
G: Bom, mas faz isso, essa história das câmeras é muito boa, fora também que é por uma questão de segurança.
Para alegria de Murilo, tiveram um resto de semana muito bom, Laura não havia dito mais nada sobre o tal homem que aparecia ao lado da piscina, e também Lucas não abriu a boca, Murilo fez chantagens de tudo quanto é tipo e nada adiantou. Ele não disse nada. De qualquer forma as câmeras foram instaladas, na verdade por ser um condomínio fechado já existiam câmeras ao redor da cada toda, e saberiam se alguém tivesse invadido. Mas ali dentro da casa não tinha. E talvez isso fizesse certo sentido.
Era quinta-feira, e novamente Laura estava cabisbaixa. Ela não sabia exatamente o porque, mas queria deitar, sentia seu corpo pesado, não conseguia sequer ler um relatório descente. A cabeça logo doía. Pegou o telefone.
L: Carla? Pede para me trazerem um café, por favor.
C: Claro
...
Nem assim... O primeiro gole que tomou, voltou... Voltou junto com tudo o que havia comido até àquela hora.
C: Drª Laura o que foi?
L: Não sei, foi enjoo...
C: Vou buscar um copo de água.
L: Por favor, ai que nojeira que ficou isso aqui. Pede para virem limpar o mais rápido isso aqui também... Ah meu Deus (saindo rapidamente em direção ao banheiro de sua sala)
Escovou os dentes, fez um gargarejo, assim que saiu de sua sala, as faxineiras já estavam limpando sua sala. Laura deu um sorriso envergonhado.
L: Me desculpe meninas. (e saiu)
Foi até a sala de Murilo. Mas assim que chegou lá encontrou quem menos esperava.
B: Oi Dona Laura!
L: O que você está fazendo aqui?
B: Vim trazer uns papeis da contabilidade que o Senhor Gustavo estava analisando para o Murilo.
L: Sabe que não pode ficar na sala do vice diretor dessa empresa sem ele estar presente não é?
B: Mas...
Nesse instante Murilo sai do banheiro de seu escritório vestindo a sua camisa. Aquilo fez Laura ter um ataque de histeria interiormente. Baixou os olhos e respirou fundo.
M: Oi Amor! (indo até ela de dando um selinho)
Voltou até a mesa dele, sentou-se e entregou uma folha para Bárbara que a essa altura estava debruçada em cima da mesa. Laura nem se mexeu, estava intacta. Nisso Bárbara deu um sorriso periguete para Murilo, outro cínico para Laura e saiu. Murilo nem percebeu nada, estava normal fechando uns arquivos do computador. Olhou para Laura que continuava parada.
M: O que foi amor? Está tudo bem?
Laura olha para ele com a boca e os pés inquietos.Ele saiu de trás da sua mesa e foi até ela.
M: Amor?
L: Cachorro! (batendo no peito dele) Como você pode ser tão cínico, como? Ahhh que ódio de você Murilo!
M: O que foi que eu fiz? (Se defendendo em meio aos tapas)
L: O que você fez? Ahhhh, que ódio Murilo! Como você me sai do banheiro vestindo a camisa?
M: Eu derrubei café na outra!
L: E porque não esperou essa messalina sair?
M: Porque ela tava esperando uns papéis para levar para o Gustavo!
L: Será que você não vê que ela só quer uma oportunidade para avançar em você?
M: Ei ei minha bravinha, eu sei que eu sou irresistível (sorrindo e se aproximando dela)
L: Não me provoque Senhor Murilo (com a voz já irritada)
M: Mas eu só tenho olhos, beijos, corpo, tudo é só para você. Para com isso vai (a abraçando).
L: Você sabe que eu não sou assim não é?
M: Sei, sei que esse papel de ciumento é meu (sorrindo para ela)
L: Não isso, é que não é que eu fico com ciúmes , é que a impressão que ela passa é que ela só faz isso para me irritar, para me provocar.
M: Então não cai na dela.
L: Sou Dona daqui e não posso mandá-la embora, aí que saco.
M: É, acho que se você dissesse pro Gustavo substituí-la ele faria, mas seria muito chato da sua parte.
L: É. Que seja! O que é dela está guardado.
M: Ah, hoje eu aluguei um filme para gente, colocamos a bolachinha lá quarto com a gente até acabar o filme e pronto.
L: Humm, boa ideia, faz tempo que a gente não tem um tempinho calmo assim.
M: É, se será calmo só depende da baixinha lá, mas eu dou um jeito.
Laura sorriu de um jeitinho leve.
M: Estava com saudade desse teu sorriso diferente. (deu um beijo delicado nela)
L: Diferente?
M: É, despreocupado... Livre. (sorrindo)
L: (Sorrindo) Preciso voltar agora, acho que as meninas já terminaram de limpar minha sala.
M: O que aconteceu?
L: É... eu...
M: O que?
L: Nada demais, derrubei uma coisa lá no chão.
M: Hum...
L: Tchau amor, até daqui a pouco.
M: Tchau. (Sorrindo).
Laura voltou para sua sala, estava tudo muito limpo, mas agora o cheiro do desinfetante a deixou enjoada. Mas que droga, o que estava acontecendo? Pegou o papeis que precisava e foi para cantina de sua empresa. Sim, a concessionária tinha uma cantina, sua empresa no começo era apenas uma concessionária comum aonde tinham os escritórios e os pátios com os carros a venda, mas com o tempo, e depois de expandir a marca também para a Grécia, Laura conseguiu muitos sócios e propostas de patrocinadores, que de época em época associavam suas marcas a “Concessionária Drummond”. Isso meio que obrigou Laura a ampliar a loja, a Concessionária Drummond hoje era um prédio. Tinham um andar para cada tipo de carro, um prédio que foi adaptado exclusivamente para a saída dos carros até o terceiro andar, depois os mais andares ficavam os departamentos, mas uma grande empresa dessas precisaria de mais funcionários, e Laura não hesitou em contratá-los, por isso tinham varias áreas para certa facilidade para os funcionários, já que ficariam uma boa parte do dia ali.
Era muito raro Laura aparecer naquela cantina, já que ela sempre almoçava com o Lucas em algum restaurante de São Paulo. Laura estava sentada em uma das mesas, com o notebook e vários papéis em volta. Todos os funcionários que passavam por ela a cumprimentavam, mas ninguém ousava abrir a boca e puxar uma conversa. Bárbara estava na cantina de costas e não viu quando Laura chegou. E Laura também nem percebeu, estava tão preocupada em mandar o balanço revisado para Mário na Grécia.
A mulher da cantina não se segurou quando percebeu Laura sentada em uma das mesas, o nome da moça era Lurdes.
Lurdes: Meu Deus, alguém me belisca, é a poderosa chefona ali mesmo?
B: Quem? (se virando na hora)
Lurdes: Ela nunca vem aqui, só quando é para mostrar a empresa para algum novo diretor.
B: Porque? Ela é tão chata assim? Nariz empinado?
Lurdes: A chefona? Não, ela é um amor, mas é que ela tem muita coisa para fazer e nunca da tempo de descer aqui, mas não existe uma pessoa tão boa quanto ela. Trata todo mundo igualzinho.
B: Hum.
Lurdes: O que será que aconteceu? Acho que vou lá levar um cafezinho para ela.
Ma: Acho bom não levar café não, por que eu não estou afim de limpar vômito de novo!
Disse uma das faxineiras que acabou de encostar ao balcão da cantina ao lado de Bárbara que apenas ouvia.
Lurdes: Do que você está falando Maria?
Ma: A Carla levou um café para ela e ela (fazendo um gesto com a boca) botou tudo para fora, eu mais a Dona Graça que acabamos de limpar lá.
Lurdes: Jesus, acho que está fraquinha do estomago, vou levar um suco então. (ia saindo quando parou) A senhora vai querer mais alguma coisa Dona Bárbara?
B: Não Lurdes, obrigada o café estava uma delícia, eu já vou subir porque acho que o senhor Gustavo já deve estar precisando de mim.
Lurdes: Ah tá. Então até mais.
B: Tchau meninas .(e saiu sem se quer ser notada por Laura)
Foi questão de minutos...
Lurdes: É, boa tarde Dona Laura?

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terça-feira, setembro 10, 2013

10° Como eu te Amo

E assim Murilo deu seu primeiro passo para o abismo... Contou tudo, tudo o que sentia tudo o que sabia e tudo estava acontecendo. E depois de longos minutos...
M: Câmeras?
G: Sim, câmeras
M: ...
G: Se realmente for coisa da cabeça dela você vai saber, e se não for também, você toma alguma providência.
M: Me dói ficar imaginando que Laura, sei lá... Possa não ser a mesma Laura por quem eu me apaixonei.
G: Mas o que exatamente você acha que ela tem?
M: Acho que foi muita coisa que aconteceu com ela de uma vez, talvez o psicológico dela esteja surtando, e ela não esteja sabendo lidar com isso, ai que saco.
G: Bom, mas faz isso, essa história das câmeras é muito boa, fora também que é por uma questão de segurança.
Para alegria de Murilo, tiveram um resto de semana muito bom, Laura não havia dito mais nada sobre o tal homem que aparecia ao lado da piscina, e também Lucas não abriu a boca, Murilo fez chantagens de tudo quanto é tipo e nada adiantou. Ele não disse nada. De qualquer forma as câmeras foram instaladas, na verdade por ser um condomínio fechado já existiam câmeras ao redor da cada toda, e saberiam se alguém tivesse invadido. Mas ali dentro da casa não tinha. E talvez isso fizesse certo sentido.
Era quinta-feira, e novamente Laura estava cabisbaixa. Ela não sabia exatamente o porque, mas queria deitar, sentia seu corpo pesado, não conseguia sequer ler um relatório descente. A cabeça logo doía. Pegou o telefone.
L: Carla? Pede para me trazerem um café, por favor.
C: Claro
...
Nem assim... O primeiro gole que tomou, voltou... Voltou junto com tudo o que havia comido até àquela hora.
C: Drª Laura o que foi?
L: Não sei, foi enjoo...
C: Vou buscar um copo de água.
L: Por favor, ai que nojeira que ficou isso aqui. Pede para virem limpar o mais rápido isso aqui também... Ah meu Deus (saindo rapidamente em direção ao banheiro de sua sala)
Escovou os dentes, fez um gargarejo, assim que saiu de sua sala, as faxineiras já estavam limpando sua sala. Laura deu um sorriso envergonhado.
L: Me desculpe meninas. (e saiu)
Foi até a sala de Murilo. Mas assim que chegou lá encontrou quem menos esperava.
B: Oi Dona Laura!
L: O que você está fazendo aqui?
B: Vim trazer uns papeis da contabilidade que o Senhor Gustavo estava analisando para o Murilo.
L: Sabe que não pode ficar na sala do vice diretor dessa empresa sem ele estar presente não é?
B: Mas...
Nesse instante Murilo sai do banheiro de seu escritório vestindo a sua camisa. Aquilo fez Laura ter um ataque de histeria interiormente. Baixou os olhos e respirou fundo.
M: Oi Amor! (indo até ela de dando um selinho)
Voltou até a mesa dele, sentou-se e entregou uma folha para Bárbara que a essa altura estava debruçada em cima da mesa. Laura nem se mexeu, estava intacta. Nisso Bárbara deu um sorriso periguete para Murilo, outro cínico para Laura e saiu. Murilo nem percebeu nada, estava normal fechando uns arquivos do computador. Olhou para Laura que continuava parada.
M: O que foi amor? Está tudo bem?
Laura olha para ele com a boca e os pés inquietos.Ele saiu de trás da sua mesa e foi até ela.
M: Amor?
L: Cachorro! (batendo no peito dele) Como você pode ser tão cínico, como? Ahhh que ódio de você Murilo!
M: O que foi que eu fiz? (Se defendendo em meio aos tapas)
L: O que você fez? Ahhhh, que ódio Murilo! Como você me sai do banheiro vestindo a camisa?
M: Eu derrubei café na outra!
L: E porque não esperou essa messalina sair?
M: Porque ela tava esperando uns papéis para levar para o Gustavo!
L: Será que você não vê que ela só quer uma oportunidade para avançar em você?
M: Ei ei minha bravinha, eu sei que eu sou irresistível (sorrindo e se aproximando dela)
L: Não me provoque Senhor Murilo (com a voz já irritada)
M: Mas eu só tenho olhos, beijos, corpo, tudo é só para você. Para com isso vai (a abraçando).
L: Você sabe que eu não sou assim não é?
M: Sei, sei que esse papel de ciumento é meu (sorrindo para ela)
L: Não isso, é que não é que eu fico com ciúmes , é que a impressão que ela passa é que ela só faz isso para me irritar, para me provocar.
M: Então não cai na dela.
L: Sou Dona daqui e não posso mandá-la embora, aí que saco.
M: É, acho que se você dissesse pro Gustavo substituí-la ele faria, mas seria muito chato da sua parte.
L: É. Que seja! O que é dela está guardado.
M: Ah, hoje eu aluguei um filme para gente, colocamos a bolachinha lá quarto com a gente até acabar o filme e pronto.
L: Humm, boa ideia, faz tempo que a gente não tem um tempinho calmo assim.
M: É, se será calmo só depende da baixinha lá, mas eu dou um jeito.
Laura sorriu de um jeitinho leve.
M: Estava com saudade desse teu sorriso diferente. (deu um beijo delicado nela)
L: Diferente?
M: É, despreocupado... Livre. (sorrindo)
L: (Sorrindo) Preciso voltar agora, acho que as meninas já terminaram de limpar minha sala.
M: O que aconteceu?
L: É... eu...
M: O que?
L: Nada demais, derrubei uma coisa lá no chão.
M: Hum...
L: Tchau amor, até daqui a pouco.
M: Tchau. (Sorrindo).
Laura voltou para sua sala, estava tudo muito limpo, mas agora o cheiro do desinfetante a deixou enjoada. Mas que droga, o que estava acontecendo? Pegou o papeis que precisava e foi para cantina de sua empresa. Sim, a concessionária tinha uma cantina, sua empresa no começo era apenas uma concessionária comum aonde tinham os escritórios e os pátios com os carros a venda, mas com o tempo, e depois de expandir a marca também para a Grécia, Laura conseguiu muitos sócios e propostas de patrocinadores, que de época em época associavam suas marcas a “Concessionária Drummond”. Isso meio que obrigou Laura a ampliar a loja, a Concessionária Drummond hoje era um prédio. Tinham um andar para cada tipo de carro, um prédio que foi adaptado exclusivamente para a saída dos carros até o terceiro andar, depois os mais andares ficavam os departamentos, mas uma grande empresa dessas precisaria de mais funcionários, e Laura não hesitou em contratá-los, por isso tinham varias áreas para certa facilidade para os funcionários, já que ficariam uma boa parte do dia ali.
Era muito raro Laura aparecer naquela cantina, já que ela sempre almoçava com o Lucas em algum restaurante de São Paulo. Laura estava sentada em uma das mesas, com o notebook e vários papéis em volta. Todos os funcionários que passavam por ela a cumprimentavam, mas ninguém ousava abrir a boca e puxar uma conversa. Bárbara estava na cantina de costas e não viu quando Laura chegou. E Laura também nem percebeu, estava tão preocupada em mandar o balanço revisado para Mário na Grécia.
A mulher da cantina não se segurou quando percebeu Laura sentada em uma das mesas, o nome da moça era Lurdes.
Lurdes: Meu Deus, alguém me belisca, é a poderosa chefona ali mesmo?
B: Quem? (se virando na hora)
Lurdes: Ela nunca vem aqui, só quando é para mostrar a empresa para algum novo diretor.
B: Porque? Ela é tão chata assim? Nariz empinado?
Lurdes: A chefona? Não, ela é um amor, mas é que ela tem muita coisa para fazer e nunca da tempo de descer aqui, mas não existe uma pessoa tão boa quanto ela. Trata todo mundo igualzinho.
B: Hum.
Lurdes: O que será que aconteceu? Acho que vou lá levar um cafezinho para ela.
Ma: Acho bom não levar café não, por que eu não estou afim de limpar vômito de novo!
Disse uma das faxineiras que acabou de encostar ao balcão da cantina ao lado de Bárbara que apenas ouvia.
Lurdes: Do que você está falando Maria?
Ma: A Carla levou um café para ela e ela (fazendo um gesto com a boca) botou tudo para fora, eu mais a Dona Graça que acabamos de limpar lá.
Lurdes: Jesus, acho que está fraquinha do estomago, vou levar um suco então. (ia saindo quando parou) A senhora vai querer mais alguma coisa Dona Bárbara?
B: Não Lurdes, obrigada o café estava uma delícia, eu já vou subir porque acho que o senhor Gustavo já deve estar precisando de mim.
Lurdes: Ah tá. Então até mais.
B: Tchau meninas .(e saiu sem se quer ser notada por Laura)
Foi questão de minutos...
Lurdes: É, boa tarde Dona Laura?

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