terça-feira, setembro 10, 2013

5° Como eu te Amo

L: Hum, eu sou A DONA das empresas Drummond. (sorriu cinicamente para ela)
Bárbara ficou sem palavras. Quase ignorou a chefe do seu chefe. Pensou consigo que era melhor não cutucar a onça com vara curta.
B: Bom, eu só vim deixar os relatórios e já estou indo... er tchau para “vocês”.
M: Er tchau!
Murilo ficou em silencio o tempo todo, não ia correr o risco de arrumar briga com Laura, justo no dia em que fizeram as pazes, seria sacanagem demais. Assim que a jovem secretária de Gustavo saiu da sala da Laura, ela virou-se para Murilo e com um olhar fuzilador disse:
L: Murilo!
M: Eu não fiz nada amor!
L: Não é isso, (Sorrindo, sem acreditar)... Ela vai trabalhar aqui com a gente! Ahhhhh que ódio, não posso demiti-la, ela é particular dele. Que droga.
Murilo se levantou e foi até a sua mulher, colocou as mãos nos ombros dela e começou a massagea-la.
M: Amor.... Xiiiiiiii, calma... Respira... Para que essa tensão toda? (enquanto a massageava)
L: Eu não sei, eu tenho um mau pressentimento em relação a essa garota.
Ela virou-se de frente para ele.
L: Amor... Meu santo não bate com o dela. Não dá para explicar, não tenho como te dar um motivo específico, mas não gosto, e isso já basta para você não chegar perto dela! Entendeu?
M: Ok ok ok, se você diz, está dito. (abraçando a sua cintura)
L: Ai... Que vida viu. (o abraçando)
M:Psiu! (dando beijinhos no pescoço dela) Por falar em vida. Vamos logo para casa, quero pegar a nossa no colo!
Laura sorriu, e deu um beijo nele.
L: É... Vamos logo (Sorrindo).
E assim foram a caminho de casa. Resolveram ir direto à casa de Lucas e Leonardo pegar a pequena Maria Luiza. Léo estava conversando com Murilo na sala, enquanto o pequeno Pedro fazia caretas para a bebê.
Já na cozinha...
Lu: Caramba Laurinha, vai se benzer meu anjo.
L: Se acha?
Lu: Acho.
L: O pior é que ela não faz nem questão de disfarçar.
Lu: Ah não exagera também Laura.
L: Eu não estou exagerando não, você vai ver do que eu estou falando.
Lu: E o Murilo?
L: Está do jeito que eu quero que ele esteja. Mudo.
Lu: (Rindo)... Como assim?
L: Ele não tá dando continuidade aos assuntos sabe. Ele e essa periguete disfarçada de babá é só Bom dia e olhe lá.
Lu: Ai (Rindo)...
L: (Sorrindo)... Coitadinho dele, ele fica perdido parece que ele pensa umas mil vezes antes de falar.
Lu: Jura que você acha isso?
L: Acho.
Lu: Eu tenho certeza Laurinha.
L: Ué, porque?
Lu: Porque será? Para evitar brigas com você. Dona Laura ultimamente está com o pavio curtíssimo.
L: Nossa Lucas até você?
Lu: Ah Laurinha, você sabe que eu sou sincero.
L: (Rindo) Está bem, vou prestar mais atenção nessa Dona Laura pavio curto.
Lu: Faça isso! (Rindo).
L: Bom, agora vamos porque eu preciso ler uns relatório que a periguete trouxe.
Lu: (Rindo) Está bem.
Levantaram-se da mesa e foram até a sala.
L: Vamos meus amores?
P: Tia, espera, quero mostrar uma coisa.
L: Claro meu anjo. (passando a mão pelo rosto do pequeno)
Pedro saiu correndo, subiu até seu quarto e voltou com uma foto.
P: Olha tia, meu papai Léo vai fazer meu aniversário dele.
L: Olha só, que lindo meu amor... Você gosta desse desenho?
P: Gosto.
Lu: Nem me fale, assiste esse filme umas 4 vezes seguidas.
P: Você vai vir no meu aniversário não é tia?
L: Vou, claro que vou.
P: Você também não é tio?
M: Ah, eu não sei, vai ter brigadeiro?
P: Vai (sorrindo)
M:Muitão muitão?
P: Muitão!
M: Ah então eu vou ter que vir.
L: (Sorrindo).
Laura abaixou sob o tapete e pegou sua filha, que estava deitada em meio a cobertores e brinquedos em volta.
L: Vamos minha princesa? (dando um beijo na bochecha da bebê)
M: Valeu gente!
L: É mesmo... Ajudou muito essa uma semana que a babá do Pedro ficou com a Maria Luiza.
Lu: Que isso, quando precisar de novo é só mandar.
E assim foram para casa. Já estavam prontos para dormir, Laura terminava de amamentar a bebe, e Murilo as olhava embasbacado.
L: Ei... O que foi? (sussurrando)
M: Eu nunca pensei que pudesse ver uma cena tão linda nessa minha vida. Olha (apontando para os próprios olhos) eu fico até emocionado.
Laura puxou o rosto dele de encontro ao dela e deu um selinho.
L: Bobo (sorriu para ele)
M: Lindas... (sorrindo)
Laura meio que despertou da hipnose.
L: Bom, vou aproveitar que ela dormiu, e colocá-la no berço, porque depois é uma guerra.
Assim que Laura levantou a bebê começou a ficar inquieta e chorou.
L: Ahhh não meu amor, o que foi? Você já estava dormindo.
M: Me dá ela aqui, eu faço ela dormir de novo.
L: Ahh ta.
M: E sem um peito! (Sorrindo).
L: (Rindo), ui vai lá então. Estou confiando em você.
Murilo mudou a voz para falar com a filha.
M: Ei bolachinha, olha a hora! Vem, vamo lá para o seu quarto que o super papai vai te fazer dormir. OK? Hum?
A bebê a essa altura não chorava mais, apenas estava com os olhinhos vidrados na figura do pai. Laura deixou seu corpo cair na cama, e soltou um suspiro de alivio.
L: Vai que é tua papai! Uhul (levantando um dos braços com a expressão de exausta)
Murilo foi com a bebê para o outro quarto. Laura ficou esperando Murilo, que quase meia hora havia se passado. Então ela pegou e ligou a babá eletrônica e ouviu...
M: Então, aí a mamãe não lembrava do papai, mas o papai ama muito a mamãe, aí o papai pensou “Ela vai ter que lembrar de mim” E você tava dentro da barriga da mamãe ainda, aí o papai ia roubar a mamãe e ia fugir (Nisso Murilo soltou um riso baixo, mas que Laura pode perceber que estava triste, que ele estava chorando). Viu? O papai é doidão não é filha, mas eu te amo, mais que a minha própria vida viu? Minha bolachinha...
Ele ficou em silencio.
Quase 10 minutos se passaram em silencio, então Laura levantou-se da cama e foi até o quarto da pequena. Murilo já havia a colocado para dormir, e estava agora somente a olhando, velando o sono da filha. Laura chegou em silencio ao quarto e o abraçou por traz. Deu um beijo carinhoso em suas costas e encostou sua cabeça nelas.
L: Não vai voltar para cama super papai (Sorrindo)?
Ele continuava em silencio. Virou de frente para Laura e segurou sua cabeça com as duas mãos. Começaram um dialogo de sussurros.
M: Obrigada viu?
Laura o olhava confusa.
M: Você me deu o mais lindo e maravilhoso presente que eu podia ter ganhado nessa minha vida. Acho que eu nunca vou poder retribuir isso.
L: Só nos ame, incondicionalmente e infinitamente (sorrindo)
M: Isso está muito barato... (sorrindo)
L: Mas é só o que eu preciso.
M: Amor, o que tá acontecendo?
L: Nada, porque?
M: Ultimamente você fica falando coisas, como se, sei lá... Fossemos nos separar. Para com isso, eu não gosto.
Ela o abraçou carinhosamente.
L: Vem, vamos deitar que eu preciso descansar o meu psicológico para acostumar com a senhora Bárbara zanzando dentro da minha empresa.
Saíram no máximo silêncio em meio a abraços do quarto de Maria Luiza.
No dia seguinte, na Concessionária Drummond...
Laura estava em sua sala, conversando pelo telefone com um fornecedor. Assim que colocou o telefone no gancho, ele tocou novamente.
L: Laura Drummond.
C: Srº Gustavo pediu para que a senhora fosse até a sala dele.
L: Agora?
C: Se possível sim.
L: ...
C: Quer que eu fale que a senhora esta ocupada?
L: Não... Diga a ele que eu vou lá daqui a 5 minutos.
C: Está bem.
Nisso Laura respirou fundo, pois sabia que ia ver a “moçinha” lá. Levantou-se de sua mesa e quando estava a caminho da porta, Murilo entrou.
M: Oi Amor! (a puxou pela cintura e deu um selinho)
L: Oi (sorrindo)
M: Estava de saída?
L: Sim, estou indo na sala do Srº Gustavo, ele pediu para que eu fosse até lá.
M: Hum, eu vim te trazer os balanços que você pediu dos últimos meses, para que possamos ver a diferença depois.
L: Ótimo meu amor. (olhando meio por cima os documentos) Depois eu leio calmamente.
M: Está bem, então vamos, eu saio com você até o corredor (Sorrindo e segurando –a pela cintura)
L: (Sorrindo) Vou adorar a sua companhia nesses 20 segundos Srº Cavalheiro.
M: Obrigado. (Sorrindo)
Chegaram até o corredor, Murilo foi para sua sala e ela foi em direção a do novo funcionário. Laura bateu levemente na porta. Não ouvia nada, antes que pudesse bater novamente, ele abriu a porta.
L: Er... Bom dia Srº Gustavo, eu... O senhor pediu para me chamar?
G: Pedi, por favor entre, e não me chame de senhor (Sorrindo), isso realmente não é necessário. (fechando a porta assim que ela entrou)
L: (Sorrindo) Claro, me desculpe.
G: Então Laura Drummond (respirou fundo) lindo nome (sorriu).
L: Obrigada.
G: Sente-se aqui (puxando a cadeira)
L: É... Sua secretária, não veio hoje? (rezando para que ele tivesse dito que nunca mais aquela menina ia pisar ali)
G: Não, eu pedi para que ela levasse uma cópia do projeto, mas com valores percentuais estimados pro senhor... Senhor... Murilo! Seu marido aliás, não é? Que cabeça minha.
Laura nesse momento faltou levantar da cadeira e sair correndo para sala de seu marido.
L: É, o meu marido Murilo. Ele é responsável pela contabilidade
G: É, foi isso que eu pensei (sorrindo)
L: É, o senhor me chamou exatamente para que senh.. er Gustavo?
G: Então, eu quero fazer .... (e começou um discurso chato e detalhado)
Laura realmente estaria prestando atenção em cada palavra que ele estivesse dizendo, se ele não tivesse dito há quase dez minutos que aquela messalina secretária estava na sala do Murilo. Cada minuto dela ali era um minuto da outra lá. Ela não conseguia disfarçar o nervosismo. Batia o salto no chão discretamente, repetitivas vezes.
G: Algum problema Laura?
L: Não, absolutamente, é que eu estou esperando uma ligação importante.
G: Me desculpe, se essa não é a hora, eu posso explicar em um outro momento.
L: Não! De maneira nenhuma.
G: Ah, então tudo bem, como eu estava dizendo... (alguém bate na porta)
Ele estava falando há quase vinte minutos, e a bendita da menina não voltava.
G: Pode entrar.(falou meio alto)
C: Me desculpe interromper senhor Gustavo, mas ... Telefone para a senhora (olhando para Laura)
Ela meio que num pulo, levantou e já foi indo em direção a porta.
L: Me desculpe Senhor Gustavo, realmente é muito importante, eu... Eu... Nós terminamos essa conversa outra hora, ok?
G: Claro (meio confuso) Sem problemas.
Laura saiu quase que correndo da sala dele. Assim que fechou a porta Laura olhou para Carla com um olhar de cumplicidade.
C: Ok, ela ainda está lá Drª Laura.
L: Obrigada Carla.
Laura saiu num foguete. Abriu a porta da sala do Murilo com tudo. Murilo estava em sua mesa. E Bárbara debruçada ao lado dele, com uma das mãos no mouse. Era visível que Murilo estava constrangido.
B: Então Murilo, aí é só colocar essa senha e ele abre os documentos de porcentagem.
L: Oi, eu estou atrapalhando?
M: Oi meu amor (já levantando meio correndo e indo em direção a Laura) então, já vamos?
L: É... O seu patrão está esperando você queridinha, afinal de contas há meia hora ele te mandou entregar uns relatórios e você não volta nunca (sorriu ironicamente para ela).
B: (Sorrindo) Me desculpe Dona Laura, é que o Murilo não conseguiu abrir umas pastas aqui.
L: HA HA... Que ótimo, então mas agora já esta na hora de irmos não é amor? (indo em direção a ele)
B: Claro, antes deixa eu perguntar, e a bebê? Já nasceu o primeiro dentinho dela? (sorrindo)
M: Não ainda, mas eu estava vendo que já tem uma pontinha aparecendo....
B: Não é? Eu também vi.
L: Então, está mesmo. (disse isso com uma cara de poucos amigos)
B: Claro (abaixou a cabeça), bom então tchau Dona Laura... Murilo! (e saiu)
Assim que a porta fechou, Laura virou-se para Murilo e colocou as mãos na cintura, semi- serrou os olhos e ficou em silêncio.
M: Amor...
L: Vamos para casa, eu estou cansada de discutir...
Murilo ficou meio sem reação.
L: Vem, vamos passar o resto dessa tarde com a nossa bolachinha. (entrelaçando os braços no pescoço dele e o beijando)
M: Vai entender... (sorrindo)
Saíram da sala, e Laura parou na mesa da Carla.
M: Carlinha meu amor, cancela as reuniões se ainda tiver alguma, vamos para casa mais cedo hoje.
C: Está bem, pode deixar. Eu cuido de tudo.
L: Qualquer coisa é só ligar.
C: Pode deixar .
Foram para casa, Laura colocou na cabeça que Murilo jamais a trairia que realmente confia nele, mas não confia naquela abusada da Bárbara. Sentia que aquela menina ia dar dor de cabeça.
A semana foi passando, para a surpresa de Laura, Murilo e Gustavo estavam praticamente amigos de infância. Bárbara ainda continua dando em cima de Murilo, mas Laura já estava pensando em logo logo colocá-la em seu devido lugar.
Era madrugada de Domingo, Laura acordou perturbada, uma vontade de chorar... Como se tudo fosse acabar do nada. Conhecia esse sentimento. Olhou para Murilo que dormia profundamente, levantou meio sonolenta e fez novamente o que vinha fazendo sozinha há algum tempo, desceu as escadas e foi até a cozinha, ficou ali olhando pro relógio, o que havia acontecido? Porque ele não apareceu ainda? Está na hora! Voltou seus olhos para o jardim da casa e pronto... Lá estava ele novamente, ficou só por uns segundos e depois saiu. Ela não sabia explicar, morria de medo, sentia um calafrio só de vê-lo, mas precisava vê-lo, para ter certeza que não era coisa da sua cabeça. A dias pensava nisso, mas hoje ela teve coragem, pegou o telefone e ligou para Lucas.
Lu: Alô? (ainda sonolento e estranhando o horário)
L: Lucas... Lucas por favor, você pode me encontrar agora?(sussurrando)
Lu: Laurinha? (já se sentando na cama, começou a ficar preocupado)
L: Pode? (com a voz chorosa)
Lu: Laura, são três e pouco da manhã.
L: Por favor...
Lu: Posso sim, me encontra no Playground do condomínio em dez minutos, ok?
L: Ok.
Laura no mais absoluto silêncio, pegou a primeira roupa que encontrou, vestiu uma blusa de moletom por cima e saiu... Lucas chegou primeiro, sentou-se no banco e esperou a amiga, ainda vestia a camisa e a calça do pijama, apenas havia colocado uma blusa, afinal de contas eram quase quatro horas da manhã. Laura não demorou muito a chegar.
L: Lucas!
Ele se virou, e viu a pequena Laura, como uma criança com medo de tempestades vindo em direção dele. Ele nem falou nada, ela se jogou em seus braços. Chorava descontroladamente.
Lu: Laura? Meu Deus do céu, o que foi? O que tá acontecendo?
L: Eu estou com medo Lucas, com muito medo.
Lu: Medo do que?
L: O Carlos, o Carlos Daniel quer me matar!
Lu: Laurinha o que você tá dizendo?
L: Ele está me vigiando Lucas. (soluçando)
Lu: Meu anjo, o Carlos tá preso!
L: Ele deve ter fugido, ele tá rondando a minha casa.
Lu: Laura! (Segurando as mãos dela e a afastando do abraço para poder ver o rosto da amiga). Laura, como assim? (ficando realmente preocupado)
L: É a quarta vez que eu vejo ele no meu quintal. (o olhando apavorada)
Lucas não sabia o que dizer, moravam em um condomínio, a casa deles era toda fechada, para conseguir chegar ao quintal dela ele teria que pular um gigantesco muro.
Lu: Meu anjo isso que você tá dizendo é muito grave, me conte isso direito.
L: Começou a mais ou menos umas duas semanas atrás, eu levantei a noite para tomar uma água, e quando eu olhei pela janela da cozinha a sombra dele estava lá, ao lado da piscina, me observando. Eu sei...
Lu: Laura, você viu o Carlos mesmo? (começando a ficar nervoso)
L: Só pode ser ele!
Lu: Laura, meu amor... Presta atenção, só pode ser ele não é o mesmo que ser ele.
Laura tremia e soluçava.
L:Eu não tenho certeza, mas a sombra de um homem no meu quintal está aparecendo em casa sim.
Lu: ...
L: Lucas... (o abraçando)
Lu: Laura, e se for só uma sombra qualquer? Sei lá, que pode estar te confundindo.
L: E desde quando sombras andam e escolhem dias para aparecer no seu quintal Lucas?
No mesmo instante Lucas sentiu um calafrio correr seu corpo todo. Não quis nem ficar mais naquele playground.
Lu: Vem, vamos sair daqui.
L: Eu queria que você ficasse comigo essa noite.
Lu: Está bem, eu fico meu anjo, mas vamos sair daqui (a levantando do banco e a abraçando)
Lucas saiu depressa dali, e levou Laura de volta para casa, mas até ele ficou meio perturbado, olhava por todo o lado. Qualquer barulho que ouvia parecia que seu coração ia sair pela boca. Entraram na aconchegante sala de Laura, Lucas pegou o celular e ligou para Leonardo, avisou o que tinha acontecido.
Léo: Não acha melhor leva-la em um médico?
Lu: Não, ela esta um pouco nervosa, vou dormir aqui. Volto para casa antes do horário de sair para empresa.
Léo: Está bem, boa noite.
Lucas sentou no sofá. E Laura correu para o seu colo, apoiou sua cabeça numa almofada que ele arrumou em suas pernas. Laura continuava chorando.
Lu: Laura, você contou isso para o Murilo?
L: Não...
Lu: E porque não?
L: Eu... Acho que eu não posso contar.
Lu: Laura... (ficando assustado)
L: Eu não sei ao certo Lucas, mas eu tenho a sensação, de que ... Se eu contar vai acontecer alguma coisa de ruim
Lucas estava confuso.
L: Entende, você acha que se eu contar para o Murilo ele não vai querer montar guarda do lado de fora aqui de casa?
Lu: E você prefere ficar assim?
L: ...
Lu: Você está apavorada Laura? Olha o seu estado de medo!
L: Eu... Eu vou pensar em algo.
Lu: Antes de mais nada, eu vou pedir para o Léo ver se o Carlos Daniel ainda está preso.
L: Ok.
Lu: Agora dorme um pouquinho, daqui a pouco a nossa Maria Luiza acorda e você nem vai ter dormido.

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terça-feira, setembro 10, 2013

5° Como eu te Amo

L: Hum, eu sou A DONA das empresas Drummond. (sorriu cinicamente para ela)
Bárbara ficou sem palavras. Quase ignorou a chefe do seu chefe. Pensou consigo que era melhor não cutucar a onça com vara curta.
B: Bom, eu só vim deixar os relatórios e já estou indo... er tchau para “vocês”.
M: Er tchau!
Murilo ficou em silencio o tempo todo, não ia correr o risco de arrumar briga com Laura, justo no dia em que fizeram as pazes, seria sacanagem demais. Assim que a jovem secretária de Gustavo saiu da sala da Laura, ela virou-se para Murilo e com um olhar fuzilador disse:
L: Murilo!
M: Eu não fiz nada amor!
L: Não é isso, (Sorrindo, sem acreditar)... Ela vai trabalhar aqui com a gente! Ahhhhh que ódio, não posso demiti-la, ela é particular dele. Que droga.
Murilo se levantou e foi até a sua mulher, colocou as mãos nos ombros dela e começou a massagea-la.
M: Amor.... Xiiiiiiii, calma... Respira... Para que essa tensão toda? (enquanto a massageava)
L: Eu não sei, eu tenho um mau pressentimento em relação a essa garota.
Ela virou-se de frente para ele.
L: Amor... Meu santo não bate com o dela. Não dá para explicar, não tenho como te dar um motivo específico, mas não gosto, e isso já basta para você não chegar perto dela! Entendeu?
M: Ok ok ok, se você diz, está dito. (abraçando a sua cintura)
L: Ai... Que vida viu. (o abraçando)
M:Psiu! (dando beijinhos no pescoço dela) Por falar em vida. Vamos logo para casa, quero pegar a nossa no colo!
Laura sorriu, e deu um beijo nele.
L: É... Vamos logo (Sorrindo).
E assim foram a caminho de casa. Resolveram ir direto à casa de Lucas e Leonardo pegar a pequena Maria Luiza. Léo estava conversando com Murilo na sala, enquanto o pequeno Pedro fazia caretas para a bebê.
Já na cozinha...
Lu: Caramba Laurinha, vai se benzer meu anjo.
L: Se acha?
Lu: Acho.
L: O pior é que ela não faz nem questão de disfarçar.
Lu: Ah não exagera também Laura.
L: Eu não estou exagerando não, você vai ver do que eu estou falando.
Lu: E o Murilo?
L: Está do jeito que eu quero que ele esteja. Mudo.
Lu: (Rindo)... Como assim?
L: Ele não tá dando continuidade aos assuntos sabe. Ele e essa periguete disfarçada de babá é só Bom dia e olhe lá.
Lu: Ai (Rindo)...
L: (Sorrindo)... Coitadinho dele, ele fica perdido parece que ele pensa umas mil vezes antes de falar.
Lu: Jura que você acha isso?
L: Acho.
Lu: Eu tenho certeza Laurinha.
L: Ué, porque?
Lu: Porque será? Para evitar brigas com você. Dona Laura ultimamente está com o pavio curtíssimo.
L: Nossa Lucas até você?
Lu: Ah Laurinha, você sabe que eu sou sincero.
L: (Rindo) Está bem, vou prestar mais atenção nessa Dona Laura pavio curto.
Lu: Faça isso! (Rindo).
L: Bom, agora vamos porque eu preciso ler uns relatório que a periguete trouxe.
Lu: (Rindo) Está bem.
Levantaram-se da mesa e foram até a sala.
L: Vamos meus amores?
P: Tia, espera, quero mostrar uma coisa.
L: Claro meu anjo. (passando a mão pelo rosto do pequeno)
Pedro saiu correndo, subiu até seu quarto e voltou com uma foto.
P: Olha tia, meu papai Léo vai fazer meu aniversário dele.
L: Olha só, que lindo meu amor... Você gosta desse desenho?
P: Gosto.
Lu: Nem me fale, assiste esse filme umas 4 vezes seguidas.
P: Você vai vir no meu aniversário não é tia?
L: Vou, claro que vou.
P: Você também não é tio?
M: Ah, eu não sei, vai ter brigadeiro?
P: Vai (sorrindo)
M:Muitão muitão?
P: Muitão!
M: Ah então eu vou ter que vir.
L: (Sorrindo).
Laura abaixou sob o tapete e pegou sua filha, que estava deitada em meio a cobertores e brinquedos em volta.
L: Vamos minha princesa? (dando um beijo na bochecha da bebê)
M: Valeu gente!
L: É mesmo... Ajudou muito essa uma semana que a babá do Pedro ficou com a Maria Luiza.
Lu: Que isso, quando precisar de novo é só mandar.
E assim foram para casa. Já estavam prontos para dormir, Laura terminava de amamentar a bebe, e Murilo as olhava embasbacado.
L: Ei... O que foi? (sussurrando)
M: Eu nunca pensei que pudesse ver uma cena tão linda nessa minha vida. Olha (apontando para os próprios olhos) eu fico até emocionado.
Laura puxou o rosto dele de encontro ao dela e deu um selinho.
L: Bobo (sorriu para ele)
M: Lindas... (sorrindo)
Laura meio que despertou da hipnose.
L: Bom, vou aproveitar que ela dormiu, e colocá-la no berço, porque depois é uma guerra.
Assim que Laura levantou a bebê começou a ficar inquieta e chorou.
L: Ahhh não meu amor, o que foi? Você já estava dormindo.
M: Me dá ela aqui, eu faço ela dormir de novo.
L: Ahh ta.
M: E sem um peito! (Sorrindo).
L: (Rindo), ui vai lá então. Estou confiando em você.
Murilo mudou a voz para falar com a filha.
M: Ei bolachinha, olha a hora! Vem, vamo lá para o seu quarto que o super papai vai te fazer dormir. OK? Hum?
A bebê a essa altura não chorava mais, apenas estava com os olhinhos vidrados na figura do pai. Laura deixou seu corpo cair na cama, e soltou um suspiro de alivio.
L: Vai que é tua papai! Uhul (levantando um dos braços com a expressão de exausta)
Murilo foi com a bebê para o outro quarto. Laura ficou esperando Murilo, que quase meia hora havia se passado. Então ela pegou e ligou a babá eletrônica e ouviu...
M: Então, aí a mamãe não lembrava do papai, mas o papai ama muito a mamãe, aí o papai pensou “Ela vai ter que lembrar de mim” E você tava dentro da barriga da mamãe ainda, aí o papai ia roubar a mamãe e ia fugir (Nisso Murilo soltou um riso baixo, mas que Laura pode perceber que estava triste, que ele estava chorando). Viu? O papai é doidão não é filha, mas eu te amo, mais que a minha própria vida viu? Minha bolachinha...
Ele ficou em silencio.
Quase 10 minutos se passaram em silencio, então Laura levantou-se da cama e foi até o quarto da pequena. Murilo já havia a colocado para dormir, e estava agora somente a olhando, velando o sono da filha. Laura chegou em silencio ao quarto e o abraçou por traz. Deu um beijo carinhoso em suas costas e encostou sua cabeça nelas.
L: Não vai voltar para cama super papai (Sorrindo)?
Ele continuava em silencio. Virou de frente para Laura e segurou sua cabeça com as duas mãos. Começaram um dialogo de sussurros.
M: Obrigada viu?
Laura o olhava confusa.
M: Você me deu o mais lindo e maravilhoso presente que eu podia ter ganhado nessa minha vida. Acho que eu nunca vou poder retribuir isso.
L: Só nos ame, incondicionalmente e infinitamente (sorrindo)
M: Isso está muito barato... (sorrindo)
L: Mas é só o que eu preciso.
M: Amor, o que tá acontecendo?
L: Nada, porque?
M: Ultimamente você fica falando coisas, como se, sei lá... Fossemos nos separar. Para com isso, eu não gosto.
Ela o abraçou carinhosamente.
L: Vem, vamos deitar que eu preciso descansar o meu psicológico para acostumar com a senhora Bárbara zanzando dentro da minha empresa.
Saíram no máximo silêncio em meio a abraços do quarto de Maria Luiza.
No dia seguinte, na Concessionária Drummond...
Laura estava em sua sala, conversando pelo telefone com um fornecedor. Assim que colocou o telefone no gancho, ele tocou novamente.
L: Laura Drummond.
C: Srº Gustavo pediu para que a senhora fosse até a sala dele.
L: Agora?
C: Se possível sim.
L: ...
C: Quer que eu fale que a senhora esta ocupada?
L: Não... Diga a ele que eu vou lá daqui a 5 minutos.
C: Está bem.
Nisso Laura respirou fundo, pois sabia que ia ver a “moçinha” lá. Levantou-se de sua mesa e quando estava a caminho da porta, Murilo entrou.
M: Oi Amor! (a puxou pela cintura e deu um selinho)
L: Oi (sorrindo)
M: Estava de saída?
L: Sim, estou indo na sala do Srº Gustavo, ele pediu para que eu fosse até lá.
M: Hum, eu vim te trazer os balanços que você pediu dos últimos meses, para que possamos ver a diferença depois.
L: Ótimo meu amor. (olhando meio por cima os documentos) Depois eu leio calmamente.
M: Está bem, então vamos, eu saio com você até o corredor (Sorrindo e segurando –a pela cintura)
L: (Sorrindo) Vou adorar a sua companhia nesses 20 segundos Srº Cavalheiro.
M: Obrigado. (Sorrindo)
Chegaram até o corredor, Murilo foi para sua sala e ela foi em direção a do novo funcionário. Laura bateu levemente na porta. Não ouvia nada, antes que pudesse bater novamente, ele abriu a porta.
L: Er... Bom dia Srº Gustavo, eu... O senhor pediu para me chamar?
G: Pedi, por favor entre, e não me chame de senhor (Sorrindo), isso realmente não é necessário. (fechando a porta assim que ela entrou)
L: (Sorrindo) Claro, me desculpe.
G: Então Laura Drummond (respirou fundo) lindo nome (sorriu).
L: Obrigada.
G: Sente-se aqui (puxando a cadeira)
L: É... Sua secretária, não veio hoje? (rezando para que ele tivesse dito que nunca mais aquela menina ia pisar ali)
G: Não, eu pedi para que ela levasse uma cópia do projeto, mas com valores percentuais estimados pro senhor... Senhor... Murilo! Seu marido aliás, não é? Que cabeça minha.
Laura nesse momento faltou levantar da cadeira e sair correndo para sala de seu marido.
L: É, o meu marido Murilo. Ele é responsável pela contabilidade
G: É, foi isso que eu pensei (sorrindo)
L: É, o senhor me chamou exatamente para que senh.. er Gustavo?
G: Então, eu quero fazer .... (e começou um discurso chato e detalhado)
Laura realmente estaria prestando atenção em cada palavra que ele estivesse dizendo, se ele não tivesse dito há quase dez minutos que aquela messalina secretária estava na sala do Murilo. Cada minuto dela ali era um minuto da outra lá. Ela não conseguia disfarçar o nervosismo. Batia o salto no chão discretamente, repetitivas vezes.
G: Algum problema Laura?
L: Não, absolutamente, é que eu estou esperando uma ligação importante.
G: Me desculpe, se essa não é a hora, eu posso explicar em um outro momento.
L: Não! De maneira nenhuma.
G: Ah, então tudo bem, como eu estava dizendo... (alguém bate na porta)
Ele estava falando há quase vinte minutos, e a bendita da menina não voltava.
G: Pode entrar.(falou meio alto)
C: Me desculpe interromper senhor Gustavo, mas ... Telefone para a senhora (olhando para Laura)
Ela meio que num pulo, levantou e já foi indo em direção a porta.
L: Me desculpe Senhor Gustavo, realmente é muito importante, eu... Eu... Nós terminamos essa conversa outra hora, ok?
G: Claro (meio confuso) Sem problemas.
Laura saiu quase que correndo da sala dele. Assim que fechou a porta Laura olhou para Carla com um olhar de cumplicidade.
C: Ok, ela ainda está lá Drª Laura.
L: Obrigada Carla.
Laura saiu num foguete. Abriu a porta da sala do Murilo com tudo. Murilo estava em sua mesa. E Bárbara debruçada ao lado dele, com uma das mãos no mouse. Era visível que Murilo estava constrangido.
B: Então Murilo, aí é só colocar essa senha e ele abre os documentos de porcentagem.
L: Oi, eu estou atrapalhando?
M: Oi meu amor (já levantando meio correndo e indo em direção a Laura) então, já vamos?
L: É... O seu patrão está esperando você queridinha, afinal de contas há meia hora ele te mandou entregar uns relatórios e você não volta nunca (sorriu ironicamente para ela).
B: (Sorrindo) Me desculpe Dona Laura, é que o Murilo não conseguiu abrir umas pastas aqui.
L: HA HA... Que ótimo, então mas agora já esta na hora de irmos não é amor? (indo em direção a ele)
B: Claro, antes deixa eu perguntar, e a bebê? Já nasceu o primeiro dentinho dela? (sorrindo)
M: Não ainda, mas eu estava vendo que já tem uma pontinha aparecendo....
B: Não é? Eu também vi.
L: Então, está mesmo. (disse isso com uma cara de poucos amigos)
B: Claro (abaixou a cabeça), bom então tchau Dona Laura... Murilo! (e saiu)
Assim que a porta fechou, Laura virou-se para Murilo e colocou as mãos na cintura, semi- serrou os olhos e ficou em silêncio.
M: Amor...
L: Vamos para casa, eu estou cansada de discutir...
Murilo ficou meio sem reação.
L: Vem, vamos passar o resto dessa tarde com a nossa bolachinha. (entrelaçando os braços no pescoço dele e o beijando)
M: Vai entender... (sorrindo)
Saíram da sala, e Laura parou na mesa da Carla.
M: Carlinha meu amor, cancela as reuniões se ainda tiver alguma, vamos para casa mais cedo hoje.
C: Está bem, pode deixar. Eu cuido de tudo.
L: Qualquer coisa é só ligar.
C: Pode deixar .
Foram para casa, Laura colocou na cabeça que Murilo jamais a trairia que realmente confia nele, mas não confia naquela abusada da Bárbara. Sentia que aquela menina ia dar dor de cabeça.
A semana foi passando, para a surpresa de Laura, Murilo e Gustavo estavam praticamente amigos de infância. Bárbara ainda continua dando em cima de Murilo, mas Laura já estava pensando em logo logo colocá-la em seu devido lugar.
Era madrugada de Domingo, Laura acordou perturbada, uma vontade de chorar... Como se tudo fosse acabar do nada. Conhecia esse sentimento. Olhou para Murilo que dormia profundamente, levantou meio sonolenta e fez novamente o que vinha fazendo sozinha há algum tempo, desceu as escadas e foi até a cozinha, ficou ali olhando pro relógio, o que havia acontecido? Porque ele não apareceu ainda? Está na hora! Voltou seus olhos para o jardim da casa e pronto... Lá estava ele novamente, ficou só por uns segundos e depois saiu. Ela não sabia explicar, morria de medo, sentia um calafrio só de vê-lo, mas precisava vê-lo, para ter certeza que não era coisa da sua cabeça. A dias pensava nisso, mas hoje ela teve coragem, pegou o telefone e ligou para Lucas.
Lu: Alô? (ainda sonolento e estranhando o horário)
L: Lucas... Lucas por favor, você pode me encontrar agora?(sussurrando)
Lu: Laurinha? (já se sentando na cama, começou a ficar preocupado)
L: Pode? (com a voz chorosa)
Lu: Laura, são três e pouco da manhã.
L: Por favor...
Lu: Posso sim, me encontra no Playground do condomínio em dez minutos, ok?
L: Ok.
Laura no mais absoluto silêncio, pegou a primeira roupa que encontrou, vestiu uma blusa de moletom por cima e saiu... Lucas chegou primeiro, sentou-se no banco e esperou a amiga, ainda vestia a camisa e a calça do pijama, apenas havia colocado uma blusa, afinal de contas eram quase quatro horas da manhã. Laura não demorou muito a chegar.
L: Lucas!
Ele se virou, e viu a pequena Laura, como uma criança com medo de tempestades vindo em direção dele. Ele nem falou nada, ela se jogou em seus braços. Chorava descontroladamente.
Lu: Laura? Meu Deus do céu, o que foi? O que tá acontecendo?
L: Eu estou com medo Lucas, com muito medo.
Lu: Medo do que?
L: O Carlos, o Carlos Daniel quer me matar!
Lu: Laurinha o que você tá dizendo?
L: Ele está me vigiando Lucas. (soluçando)
Lu: Meu anjo, o Carlos tá preso!
L: Ele deve ter fugido, ele tá rondando a minha casa.
Lu: Laura! (Segurando as mãos dela e a afastando do abraço para poder ver o rosto da amiga). Laura, como assim? (ficando realmente preocupado)
L: É a quarta vez que eu vejo ele no meu quintal. (o olhando apavorada)
Lucas não sabia o que dizer, moravam em um condomínio, a casa deles era toda fechada, para conseguir chegar ao quintal dela ele teria que pular um gigantesco muro.
Lu: Meu anjo isso que você tá dizendo é muito grave, me conte isso direito.
L: Começou a mais ou menos umas duas semanas atrás, eu levantei a noite para tomar uma água, e quando eu olhei pela janela da cozinha a sombra dele estava lá, ao lado da piscina, me observando. Eu sei...
Lu: Laura, você viu o Carlos mesmo? (começando a ficar nervoso)
L: Só pode ser ele!
Lu: Laura, meu amor... Presta atenção, só pode ser ele não é o mesmo que ser ele.
Laura tremia e soluçava.
L:Eu não tenho certeza, mas a sombra de um homem no meu quintal está aparecendo em casa sim.
Lu: ...
L: Lucas... (o abraçando)
Lu: Laura, e se for só uma sombra qualquer? Sei lá, que pode estar te confundindo.
L: E desde quando sombras andam e escolhem dias para aparecer no seu quintal Lucas?
No mesmo instante Lucas sentiu um calafrio correr seu corpo todo. Não quis nem ficar mais naquele playground.
Lu: Vem, vamos sair daqui.
L: Eu queria que você ficasse comigo essa noite.
Lu: Está bem, eu fico meu anjo, mas vamos sair daqui (a levantando do banco e a abraçando)
Lucas saiu depressa dali, e levou Laura de volta para casa, mas até ele ficou meio perturbado, olhava por todo o lado. Qualquer barulho que ouvia parecia que seu coração ia sair pela boca. Entraram na aconchegante sala de Laura, Lucas pegou o celular e ligou para Leonardo, avisou o que tinha acontecido.
Léo: Não acha melhor leva-la em um médico?
Lu: Não, ela esta um pouco nervosa, vou dormir aqui. Volto para casa antes do horário de sair para empresa.
Léo: Está bem, boa noite.
Lucas sentou no sofá. E Laura correu para o seu colo, apoiou sua cabeça numa almofada que ele arrumou em suas pernas. Laura continuava chorando.
Lu: Laura, você contou isso para o Murilo?
L: Não...
Lu: E porque não?
L: Eu... Acho que eu não posso contar.
Lu: Laura... (ficando assustado)
L: Eu não sei ao certo Lucas, mas eu tenho a sensação, de que ... Se eu contar vai acontecer alguma coisa de ruim
Lucas estava confuso.
L: Entende, você acha que se eu contar para o Murilo ele não vai querer montar guarda do lado de fora aqui de casa?
Lu: E você prefere ficar assim?
L: ...
Lu: Você está apavorada Laura? Olha o seu estado de medo!
L: Eu... Eu vou pensar em algo.
Lu: Antes de mais nada, eu vou pedir para o Léo ver se o Carlos Daniel ainda está preso.
L: Ok.
Lu: Agora dorme um pouquinho, daqui a pouco a nossa Maria Luiza acorda e você nem vai ter dormido.

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