sábado, setembro 14, 2013

20° Delírios



Ela tinha acabado de retocar a maquiagem.
D: Você está linda Ana, parece um anjo.
A: (Ela sorriu para ele) Obrigada você também está um ga...lã, um galã.
As poucas pessoas que estavam no camarim saíram.
D: (sorrindo) Tinha que estar a sua altura.
A: (sorrindo) Bom eu preciso beber uma água, estou um pouquinho nervosa e logo iremos nos apresentar. (e foi saindo)
D: Espera. (a segurando pelo braço)
A: Derik, por favor, agora não.
D: Agora sim, Ana... O que tá acontecendo? Não dá para negar tudo isso. Vai negar os nossos beijos, vai negar as nossas transas?
A: Derik, realmente agora não é a hora.
D: Vai negar isso?
Ele se aproximou dela e pegou sua mão a colocou em seu peito e colocou a dele no peito dela, os dois se olharam intensamente, sim ela podia sentir o coração dele como se o estivesse tocando com os dedos e ele podia sentir o mesmo, seus corações acelerando conforme iam aproximando as bocas, a respiração mudando drasticamente.
Ela fechou os olhos, e ele também, o beijo estava preparado.
Mas alguém bateu na porta. Saíram daquele momento mágico. Ela foi ver o que era.

Um homem veio informar que o patrocinador já estava acomodado na plateia.
Pronto, foi o que bastou para voltarem à estaca zero, Ana mudou radicalmente da expressão leve e relaxada para nervosa e ansiosa.
D: Ei, vem cá.
A: Derik...
Ele a puxou em seu peito, aquilo foi inesperado.
D: Xiiiii vai dar tudo certo, estamos lindos dançando aquele tango. (sorrindo)
Ela sentiu uma calma que não sabe de onde veio, no fundo sabia sim, era daquele abraço doce e tranquilizador.
A: Talvez você tenha razão. (ainda afundada nos braços dele)
Ele a soltou...
D: Olha, nem baguncei teu cabelo. (sorrindo) (tentando relaxa-la)
A: Eu te matava se fizesse isso. (sorrindo)
D: Vem... Vamos. (estendendo a mão para ela)
Ela sorriu e foi com ele até atrás do palco.
Estavam de mãos dadas atrás do palco, ele ainda sentia a mão dela gélida.
D: Calma Amor...
Ela realmente não estava em condições de brigar com ele.
A: Eu nunca fiquei tão nervosa numa apresentação como eu estou nessa.
D: É só fingir que estamos no seu Ateliê.
A: Claro. (sorrindo) Como se isso fosse possível.
D: Vai ser.

Eles são anunciados.
A: Ai meu Deus. (andando ainda meio em choque)
D: Vamos arrebentar meu amor!(chegando ao palco com um sorriso que estava arrancando suspiros da plateia).
Estavam parados um de frente ao outro, na posição do inicio do tango, bem no meio do teatro, com um circulo de luz em cima deles.
Ele sorriu para ela e disse:
D: A partir de agora Senhorita Ana Elizabete Blayder, estamos em casa, no seu Ateliê, sozinhos...
Ela sorriu para ele...
D: E por isso não tem problema conversarmos. (e sorriu como um menino fazendo uma travessura)
A: Você não vai fazer isso Derik.
D: É o único jeito de você não fugir de mim
A: Derik você... (a musica começou)
Começaram os passos.
A: Você sabe que não podemos ficar tagarelando durante um tango, temos que manter a expressão que você sabe muito bem qual é.
D: Pode deixar, vou ser discreto, ninguém vai nem perceber.
(ainda estavam dançando)
D: É só você ficar quietinha e me ouvir.
(nesse momento Ana subia uma das pernas dela pela perna dele)
D: Está com medo de amar não é? Com medo do amor... E daí Ana?
(Ele a rodopia e para de frente a ela, ela sobe entrelaça rapidamente e solta à perna na dele de novo)
D: Presta atenção, é do teu sorriso que eu mais gosto, e eu quero ele todo o dia.
(Ela deslizava uma das pernas para o lado esquerdo, enquanto ele a encarava profundamente)
D: Com você eu aprendi a ser feliz do jeito que eu queria.
Ela não conseguia olha-lo nos olhos, ia se desconcentrar.
Ele sorria.
(Foram aos giros para o lado direito do palco, ficaram mais uma vez com as bocas próxima, mas dessa vez era parte da coreografia)
D: Beijar a sua boca fez meu coração querer olhar para frente. (os olhos começaram a ficar brilhante com as lagrimas)
Droga! Lágrimas não, não, ele não podia chorar, ia acabar com tudo, porque ela também ia chorar.
D: Essa noite tá sendo mágica, que droga Ana, eu tô apaixonado, será que você não vê? Eu to sofrendo.
As lagrimas dos olhos dele estavam prontas para rolar pela face.
Dentro da sua alma ela gritava.
Não chora Derik, não chora agora não, por favor.
Eu também te amo te amo, eu não tô suportando ficar longe de você, e você chorando por mim está me matando.
D: O amor já separou o que é para gente, só temos que vive-lo.
A musica já estava chegando ao fim.
Ela queria falar, ela queria muito falar, quando abriu a boca para falar a musica acabou, Derik a colou nele e a olhando profundamente completou.
D: Eu te amo.
E a beijou, um beijo doce, como um sopro, delicado, parecia parte da coreografia.
Ela começou a sentir o beijo salgado, as lagrimas que Derik com tanto esforço tentou segurar durante a apresentação agora estavam descontroladas por sua face.
Ela começou a ficar com os olhos marejados também, mas a essa altura o beijo já havia parado, a plateia aplaudia em pé, as luzes novamente acenderam, e eles começaram a agradecer.
Derik pegou na mão dela e saiu dali. Foi eles chegarem atrás do palco e Ana ia se declarar.
A: Derik eu preciso que você também saiba que...
Nesse momento Giovanna apareceu e pulou em Derik, acompanhado com um longo beijo.
Aquilo acabou com tudo, tudo mesmo, tudo o que Derik havia dito, o que Ana tinha sentido, ou pior o que Ana ia dizer.
Ele ainda tentava tira-la dele e ver a reação de Ana, mas finalmente quando conseguiu Ana já nem estava mais.
Derik segurou Giovanna pelos ombros.
D: Porque você fez isso? Eu não disse que nosso acordo tinha acabado?
G: Você não disse não, você disse que a gente tinha dado um tempo, mas não disse do trato desfeito.
D: Que saco, bem agora que eu tinha conseguido... Ou achei que tinha conseguido.
G: Eu estraguei tudo? Desculpa Derik, a culpa foi sua que não foi mais especifico.
D: Não, desculpa vai, eu realmente devia ter te explicado melhor.
G: Tem alguma coisa que eu possa fazer, sei lá, para ajudar?
D: Não, valeu mesmo Gih, acho que agora vai ser pedreira.
Ela o abraçou carinhosamente.
G: Desculpa de novo, eu juro que não foi minha intenção.
D: Não se preocupa, eu sei.
Giovanna foi para casa, ela e Derik haviam combinado de toda a vez que ele estivesse com a Ana ela fizesse alguma coisa para deixa-la com ciúmes.
O problema foi que Derik não havia especificado que o trato deles tinha acabado. Hora e lugar errados.
Ana saiu dali arrasada, com a mão na boca esta indo ao banheiro, queria se entregar as lágrimas, chorar de gritar, porque estava doendo.
Mas assim que virou o corredor para o banheiro, foi surpreendida.
Segurança: Senhora Ana Elizabete?
A: Sim? (já enxugando as lágrimas o mais depressa possível).
Segurança: Pediram para chamar à senhora, pode me acompanhar?
A: A sim, já sei do que se trata, posso sim. (e foi atrás do homem gentil)
Ela se aproximou de uma mesa.

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sábado, setembro 14, 2013

20° Delírios



Ela tinha acabado de retocar a maquiagem.
D: Você está linda Ana, parece um anjo.
A: (Ela sorriu para ele) Obrigada você também está um ga...lã, um galã.
As poucas pessoas que estavam no camarim saíram.
D: (sorrindo) Tinha que estar a sua altura.
A: (sorrindo) Bom eu preciso beber uma água, estou um pouquinho nervosa e logo iremos nos apresentar. (e foi saindo)
D: Espera. (a segurando pelo braço)
A: Derik, por favor, agora não.
D: Agora sim, Ana... O que tá acontecendo? Não dá para negar tudo isso. Vai negar os nossos beijos, vai negar as nossas transas?
A: Derik, realmente agora não é a hora.
D: Vai negar isso?
Ele se aproximou dela e pegou sua mão a colocou em seu peito e colocou a dele no peito dela, os dois se olharam intensamente, sim ela podia sentir o coração dele como se o estivesse tocando com os dedos e ele podia sentir o mesmo, seus corações acelerando conforme iam aproximando as bocas, a respiração mudando drasticamente.
Ela fechou os olhos, e ele também, o beijo estava preparado.
Mas alguém bateu na porta. Saíram daquele momento mágico. Ela foi ver o que era.

Um homem veio informar que o patrocinador já estava acomodado na plateia.
Pronto, foi o que bastou para voltarem à estaca zero, Ana mudou radicalmente da expressão leve e relaxada para nervosa e ansiosa.
D: Ei, vem cá.
A: Derik...
Ele a puxou em seu peito, aquilo foi inesperado.
D: Xiiiii vai dar tudo certo, estamos lindos dançando aquele tango. (sorrindo)
Ela sentiu uma calma que não sabe de onde veio, no fundo sabia sim, era daquele abraço doce e tranquilizador.
A: Talvez você tenha razão. (ainda afundada nos braços dele)
Ele a soltou...
D: Olha, nem baguncei teu cabelo. (sorrindo) (tentando relaxa-la)
A: Eu te matava se fizesse isso. (sorrindo)
D: Vem... Vamos. (estendendo a mão para ela)
Ela sorriu e foi com ele até atrás do palco.
Estavam de mãos dadas atrás do palco, ele ainda sentia a mão dela gélida.
D: Calma Amor...
Ela realmente não estava em condições de brigar com ele.
A: Eu nunca fiquei tão nervosa numa apresentação como eu estou nessa.
D: É só fingir que estamos no seu Ateliê.
A: Claro. (sorrindo) Como se isso fosse possível.
D: Vai ser.

Eles são anunciados.
A: Ai meu Deus. (andando ainda meio em choque)
D: Vamos arrebentar meu amor!(chegando ao palco com um sorriso que estava arrancando suspiros da plateia).
Estavam parados um de frente ao outro, na posição do inicio do tango, bem no meio do teatro, com um circulo de luz em cima deles.
Ele sorriu para ela e disse:
D: A partir de agora Senhorita Ana Elizabete Blayder, estamos em casa, no seu Ateliê, sozinhos...
Ela sorriu para ele...
D: E por isso não tem problema conversarmos. (e sorriu como um menino fazendo uma travessura)
A: Você não vai fazer isso Derik.
D: É o único jeito de você não fugir de mim
A: Derik você... (a musica começou)
Começaram os passos.
A: Você sabe que não podemos ficar tagarelando durante um tango, temos que manter a expressão que você sabe muito bem qual é.
D: Pode deixar, vou ser discreto, ninguém vai nem perceber.
(ainda estavam dançando)
D: É só você ficar quietinha e me ouvir.
(nesse momento Ana subia uma das pernas dela pela perna dele)
D: Está com medo de amar não é? Com medo do amor... E daí Ana?
(Ele a rodopia e para de frente a ela, ela sobe entrelaça rapidamente e solta à perna na dele de novo)
D: Presta atenção, é do teu sorriso que eu mais gosto, e eu quero ele todo o dia.
(Ela deslizava uma das pernas para o lado esquerdo, enquanto ele a encarava profundamente)
D: Com você eu aprendi a ser feliz do jeito que eu queria.
Ela não conseguia olha-lo nos olhos, ia se desconcentrar.
Ele sorria.
(Foram aos giros para o lado direito do palco, ficaram mais uma vez com as bocas próxima, mas dessa vez era parte da coreografia)
D: Beijar a sua boca fez meu coração querer olhar para frente. (os olhos começaram a ficar brilhante com as lagrimas)
Droga! Lágrimas não, não, ele não podia chorar, ia acabar com tudo, porque ela também ia chorar.
D: Essa noite tá sendo mágica, que droga Ana, eu tô apaixonado, será que você não vê? Eu to sofrendo.
As lagrimas dos olhos dele estavam prontas para rolar pela face.
Dentro da sua alma ela gritava.
Não chora Derik, não chora agora não, por favor.
Eu também te amo te amo, eu não tô suportando ficar longe de você, e você chorando por mim está me matando.
D: O amor já separou o que é para gente, só temos que vive-lo.
A musica já estava chegando ao fim.
Ela queria falar, ela queria muito falar, quando abriu a boca para falar a musica acabou, Derik a colou nele e a olhando profundamente completou.
D: Eu te amo.
E a beijou, um beijo doce, como um sopro, delicado, parecia parte da coreografia.
Ela começou a sentir o beijo salgado, as lagrimas que Derik com tanto esforço tentou segurar durante a apresentação agora estavam descontroladas por sua face.
Ela começou a ficar com os olhos marejados também, mas a essa altura o beijo já havia parado, a plateia aplaudia em pé, as luzes novamente acenderam, e eles começaram a agradecer.
Derik pegou na mão dela e saiu dali. Foi eles chegarem atrás do palco e Ana ia se declarar.
A: Derik eu preciso que você também saiba que...
Nesse momento Giovanna apareceu e pulou em Derik, acompanhado com um longo beijo.
Aquilo acabou com tudo, tudo mesmo, tudo o que Derik havia dito, o que Ana tinha sentido, ou pior o que Ana ia dizer.
Ele ainda tentava tira-la dele e ver a reação de Ana, mas finalmente quando conseguiu Ana já nem estava mais.
Derik segurou Giovanna pelos ombros.
D: Porque você fez isso? Eu não disse que nosso acordo tinha acabado?
G: Você não disse não, você disse que a gente tinha dado um tempo, mas não disse do trato desfeito.
D: Que saco, bem agora que eu tinha conseguido... Ou achei que tinha conseguido.
G: Eu estraguei tudo? Desculpa Derik, a culpa foi sua que não foi mais especifico.
D: Não, desculpa vai, eu realmente devia ter te explicado melhor.
G: Tem alguma coisa que eu possa fazer, sei lá, para ajudar?
D: Não, valeu mesmo Gih, acho que agora vai ser pedreira.
Ela o abraçou carinhosamente.
G: Desculpa de novo, eu juro que não foi minha intenção.
D: Não se preocupa, eu sei.
Giovanna foi para casa, ela e Derik haviam combinado de toda a vez que ele estivesse com a Ana ela fizesse alguma coisa para deixa-la com ciúmes.
O problema foi que Derik não havia especificado que o trato deles tinha acabado. Hora e lugar errados.
Ana saiu dali arrasada, com a mão na boca esta indo ao banheiro, queria se entregar as lágrimas, chorar de gritar, porque estava doendo.
Mas assim que virou o corredor para o banheiro, foi surpreendida.
Segurança: Senhora Ana Elizabete?
A: Sim? (já enxugando as lágrimas o mais depressa possível).
Segurança: Pediram para chamar à senhora, pode me acompanhar?
A: A sim, já sei do que se trata, posso sim. (e foi atrás do homem gentil)
Ela se aproximou de uma mesa.

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