terça-feira, setembro 10, 2013

6° Como eu te Amo

Laura estava vulnerável... De novo... Como nos velhos tempos. Isso não era bom.
Murilo acordou com o choro desesperado da filha pela babá eletrônica. Olhou para o lado e percebeu que Laura já não estava, mas notou que não tinha ido ao encontro da bebê, iria ouvir sua mulher dizendo para filha que já estava ali com o leite, como ela sempre fazia.
Correu para o quarto. Foi se aproximando do berço.
M: Bom dia minha bolachinha? Posso saber por que esse desespero todo? Só porque não é a mamãe? Não é a mamãe? Não é meu amor? (a pegando no colo)
M: Meu Deus, calma aí filha, vamos procurar a mamãe, papai também não sabe.
Ele deixou a bebê em pé no seu colo e encostou a cabeça dela em seu peito e foi procurar Laura. Eram seis e pouco da manhã. Assim que começou a descer as escadas, viu Lucas sentado no sofá com a cabeça encostada no mesmo, e Laura com a cabeça em cima de uma almofada que estava sobre seu colo. Ficou curioso, o que tinha acontecido? Bom, querendo ou não tinha que acordar sua mulher. Meio desajeitado com a bebê no colo ele abaixou o máximo que conseguiu na altura de Laura.
M: Moo... Amor? (mexendo em seus cabelos)
Quem acordou primeiro foi Lucas, também o coitado nem havia dormido, ele tinha cochilado. Lucas olhou para Murilo que fazia gestos com a boca, perguntando o que havia acontecido! Ele respondeu que falaria depois.
M: Acorda ela, a Luiza tá com fome, ela não deixou a mamadeira cheia (com o ar de perdido)
Lu: Laurinha... Laura? (mexendo na almofada)
L: Hum? (meio sonolenta)
Lu: Tem uma mocinha aqui que está precisando de você.
Laura abriu os olhos e viu Murilo de pijama na sua frente, com Luiza no colo dele já esticando os braçinhos e as perninhas descontroladamente para ir em seu colo.
L: Own meu Deus, me desculpem. (pegando a bebe no colo e já ajeitando um dos seios)
M: Amor, o que aconteceu?
Lucas ia abria a boca para falar e Laura o atropelou.
L: Léo e Lucas discutiram ontem a noite e aí Lucas estava querendo um colo, não é Lucas?
Lu: É... Foi isso.
Murilo não engoliu aquilo mesmo, até porque eram os olhos da sua mulher que estavam inchados e não os de Lucas.
Lu: Bom, me desculpem família, mas eu preciso voltar para casa.
M: Ué? Mas já tá tudo bem?
Lucas e Laura se olharam, como quem diz “e agora?”.
L: O Léo ligou dizendo para conversarem.. Não é mesmo Lucas?
Lucas olhava para Murilo, sabia que ele não tinha engolido aquela história. E Murilo olhava para Laura como que dizia ”Amor, realmente você acha que eu acreditei nisso?”.
Bom o assunto morreu ali. Mas Lucas percebeu Murilo olha-lo e dizer com “gestos” que ele ia ter que explicar essa história direitinho depois.
Lu: Tchau família. (e saiu meio que correndo)
L: Tchau Lucas, e não fica triste, você vai ver que foi só um mau entendido.
Lu: Deus te ouça Laurinha! (E saiu)
Laura olhou para Murilo e antes mesmo que ele falasse algo, ela já saiu com a bebê.
L: Ainda bem que essa lindinha me acordou, quase que eu perco a hora. Hoje preciso chegar um pouquinho mais cedo, Gustavo queria me mostrar uma maquete de um novo layout do andar dos carros de pequeno porte.
M: Hum. Eu não vou te acompanhar nessa meu amor.
L: Porque?
M: Eu... Eu preciso levar o meu carro para dar uma checada.
L: Ah, então tá.
Laura nem entrou em pequenos detalhes.
Eram quase sete horas da manhã, deixaram Luiza rodeada de brinquedos enquanto os dois se arrumavam as pressas.
Laura estava sentada na cama vestindo o sapato.
L: Amor?
M: O que foi? (abotoando a camisa em frente ao espelho)
L: Não sei, você é que tem que me dizer.
M: Como?
L:Está quieto...
M: É... Fico pensando o que será que aconteceu com Lucas e Léo, para ele ter vindo dormir aqui, sem conversar... Sei lá, o Léo é tão compreensível, é sempre o primeiro a dizer que quer conversar.
L: Uma bobagem amor, tenho certeza que a essa hora já devem ter se acertado.
M: Tomara... Me ajuda aqui.
Laura terminou de arrumar os sapatos e foi em frente a ele e começou a dar um nó delicado em sua gravata.
L: Nossa, tinha até me esquecido! (apressando o nó)
M: Do que? (tentando se lembrar)
L: A babá, a nova babá chega hoje.
M: Nossa (olhando para o relógio em seu pulso) e já está quase na hora.
L: Vamos descer, não vai dar nem para falar muito com ela hoje, preciso chegar logo.
M: Teremos tempo para isso e… (a campainha toca)
M: Deve ser ela! (Sorrindo)
L: Ué? Porque esse sorriso aí?
M: (Rindo) Vamos ver se o seu santo vai bater com o dessa... (Sorrindo)
L: Palhaço, fique de gracinha para você ver (dando um selinho nele e em seguida indo pegar Luiza na cama)
Desceram até a porta. Assim que abriram a simpática senhora de cabelos meio loiro alaranjado sorriu para eles
N: Família Drummond, prazer... Dona Naná!
Depois de uma breve apresentação e instruções, deixaram a pequena Luiza aos cuidados de Nalva, mais conhecida como “Dona Naná”.
Na garagem da casa de Murilo e Laura. Laura estava na porta de seu carro e Murilo conversava com ela.
M: Eu não demoro amor, vou atrasar uma horinha no máximo.
L: Tudo bem. (o beijou e entrou no carro)
No mesmo instante Murilo que a essa altura já estava pronto para sair também, pegou o celular e ligou para Lucas.
Lu: Alô?
M: Pode começar a contar Lucas.
Lu: Eu não posso falar ainda.
M: Não vem com esse papo não Lucas.
Lu: Faz assim, almoçamos juntos ok? Eu te conto o que aconteceu.
M: Ah não sei não.
Lu: Prometo!
M: No almoço então.
Lu: Ok. Tchau.
A manhã passou voando, para alegria e alívio de Murilo que passou a manhã toda agoniado. Laura agia normalmente, como todos os dias. Murilo entrou na sala da sua mulher.
M: Amor... Eu vou almoçar com o... O Gustavo.
L: Com o Gustavo?
M: É...
L: Ta bom (estranhando)
M: Tchau! (foi até ela e deu um beijo)
Alguns minutos depois o telefone dela toca.
L: Oi Lucas...
Lu: Laurinha, não vou poder almoçar com você hoje.
L: Porque?
Lu: Fiquei preso com uma papelada aqui.
L: Ahh...
Lu: Desculpa meu anjo, fica para amanhã.
L: Ah, tudo bem então.
Gustavo estava conversando com Bárbara em sua sala, quando Murilo entrou.
M: Desculpa aí gente, preciso falar um segundinho com você Gustavo, pode ser?
G: Pode, claro.
Nisso Murilo olhou para Bárbara, meio que dizendo que era particular. Gustavo na hora entendeu.
G: É, por favor, Bárbara, pegue para mim as fotos do layout do 2° andar para mim por favor.
B: Claro, com licença... Até logo Murilo.
M: Err... Até .
Assim que ela saiu Murilo começou a falar.
M: Gustavo, pode me fazer um favor cara?
G: Claro, se estiver ao meu alcance.
M: Preciso sair agora, mas não quero que Laura saiba, ela já vai ficar imaginando coisas, sabe como é cabeça de mulher não é? (Sorrindo).
G: Entendo perfeitamente.
M: Então, eu disse que iríamos almoçar juntos. Será que você pode quebrar essa para mim?
G: Claro, sem problemas.
M: É que você não almoça aqui, então ela vai... Entendeu não é?
G: Entendi sim. Pode deixar, se ela perguntar eu falo que almoçamos juntos.
M: Valeu! (foi até o seu até então amigo e o agradeceu com um aperto de mão)
Murilo na verdade não falava para Laura com quem iria almoçar, ela sempre almoçava com Lucas, e Murilo sempre almoçava na empresa, não almoçava com eles, porque sabia que era o único momento que tinham juntos e sossegados, eram melhores amigos, assim como ele e Leonardo, queriam uma certa privacidade. Só que ele sabia que se Lucas ligasse dizendo que não podia almoçar com ela, ela iria querer almoçar com ele, por isso ele se adiantou, mas isso deixou Laura intrigada. Não demorou muito e lá estavam, Murilo e Lucas sentados à mesa de um restaurante.
Lu: E aí Murilo.
M: ...
Lu: Oxe, boa tarde para você também. (sentando-se e pegando o cardápio)
Murilo estava com um olhar fuzilador para Lucas.
Lu: Já pediu seu almoço?
M :Lucas! Para de enrolação!
Lu: Ai Murilo, calma, eu estou com fome, primeiro me deixa pedir alguma coisa para comer.
Lucas, calmamente chamou o garçom e fez o seu pedido. Murilo também pediu algo para comer.
M: Pronto Lucas?
Lu: Pronto... Então...
M: Vai logo Lucas!
Lu: Espera, eu preciso saber de uma coisa antes.
M: Ah meu Deus do céu Lucas! (já se irritando)
O telefone de Lucas toca.
Lu: Oi amor... E aí? Jura? Você tem certeza disso Léo? Ok! Beijo... Obrigado.
M: O que foi?
Lu: Ai Murilo, é complicado, eu jurei para a Laura que e não ia te contar, só ou contar porque eu realmente estou preocupado.
M: Conta...
Lu: Ontem ela me ligou de madrugada, estava desesperada, chorava muito e tremia.
M: Mas porque?
Lu: Ela diz que a mais ou menos duas semanas tem um homem no quintal de você vigiando ela.
M: Como assim vigiando?
Lu: Ela disse que uma noite lá, ela levantou e foi beber água e o tal homem tava lá do lado da piscina olhando para ela. Mas depois ela disse que era o Carlos Daniel, aí eu fiquei preocupado, só que ela foi se enrolando dizendo que era uma sombra e que só podia ser ele.
M: Porque ela não me disse isso?
Lu: Ela acha que você e a Luiza vão estar em perigo se ela contar, porque aí você vai querer montar guarda no quintal e tudo o mais.
M: Será que o Carlos Daniel fugiu da cadeia? Meu Deus as cercas elétricas de casa não funcionam (apavorado).
Lu: Murilo, eu estou preocupado.
M: Eu também, esse doente deve querer se vingar sei lá.
Lu: O Léo foi ver isso para mim, Carlos está preso, ele até o viu junto com os outros presos.
M: Mas...
Lu: Acho que Laura está assustada, talvez seja por tudo o que ela passou na gravidez, sei lá... Um começo de depressão pós-parto?
M: Não! Laura não... Eu vou falar com ela.
Lu: Não! Observe-a, presta atenção no que ela está fazendo, nas atitudes.
M: É...

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terça-feira, setembro 10, 2013

6° Como eu te Amo

Laura estava vulnerável... De novo... Como nos velhos tempos. Isso não era bom.
Murilo acordou com o choro desesperado da filha pela babá eletrônica. Olhou para o lado e percebeu que Laura já não estava, mas notou que não tinha ido ao encontro da bebê, iria ouvir sua mulher dizendo para filha que já estava ali com o leite, como ela sempre fazia.
Correu para o quarto. Foi se aproximando do berço.
M: Bom dia minha bolachinha? Posso saber por que esse desespero todo? Só porque não é a mamãe? Não é a mamãe? Não é meu amor? (a pegando no colo)
M: Meu Deus, calma aí filha, vamos procurar a mamãe, papai também não sabe.
Ele deixou a bebê em pé no seu colo e encostou a cabeça dela em seu peito e foi procurar Laura. Eram seis e pouco da manhã. Assim que começou a descer as escadas, viu Lucas sentado no sofá com a cabeça encostada no mesmo, e Laura com a cabeça em cima de uma almofada que estava sobre seu colo. Ficou curioso, o que tinha acontecido? Bom, querendo ou não tinha que acordar sua mulher. Meio desajeitado com a bebê no colo ele abaixou o máximo que conseguiu na altura de Laura.
M: Moo... Amor? (mexendo em seus cabelos)
Quem acordou primeiro foi Lucas, também o coitado nem havia dormido, ele tinha cochilado. Lucas olhou para Murilo que fazia gestos com a boca, perguntando o que havia acontecido! Ele respondeu que falaria depois.
M: Acorda ela, a Luiza tá com fome, ela não deixou a mamadeira cheia (com o ar de perdido)
Lu: Laurinha... Laura? (mexendo na almofada)
L: Hum? (meio sonolenta)
Lu: Tem uma mocinha aqui que está precisando de você.
Laura abriu os olhos e viu Murilo de pijama na sua frente, com Luiza no colo dele já esticando os braçinhos e as perninhas descontroladamente para ir em seu colo.
L: Own meu Deus, me desculpem. (pegando a bebe no colo e já ajeitando um dos seios)
M: Amor, o que aconteceu?
Lucas ia abria a boca para falar e Laura o atropelou.
L: Léo e Lucas discutiram ontem a noite e aí Lucas estava querendo um colo, não é Lucas?
Lu: É... Foi isso.
Murilo não engoliu aquilo mesmo, até porque eram os olhos da sua mulher que estavam inchados e não os de Lucas.
Lu: Bom, me desculpem família, mas eu preciso voltar para casa.
M: Ué? Mas já tá tudo bem?
Lucas e Laura se olharam, como quem diz “e agora?”.
L: O Léo ligou dizendo para conversarem.. Não é mesmo Lucas?
Lucas olhava para Murilo, sabia que ele não tinha engolido aquela história. E Murilo olhava para Laura como que dizia ”Amor, realmente você acha que eu acreditei nisso?”.
Bom o assunto morreu ali. Mas Lucas percebeu Murilo olha-lo e dizer com “gestos” que ele ia ter que explicar essa história direitinho depois.
Lu: Tchau família. (e saiu meio que correndo)
L: Tchau Lucas, e não fica triste, você vai ver que foi só um mau entendido.
Lu: Deus te ouça Laurinha! (E saiu)
Laura olhou para Murilo e antes mesmo que ele falasse algo, ela já saiu com a bebê.
L: Ainda bem que essa lindinha me acordou, quase que eu perco a hora. Hoje preciso chegar um pouquinho mais cedo, Gustavo queria me mostrar uma maquete de um novo layout do andar dos carros de pequeno porte.
M: Hum. Eu não vou te acompanhar nessa meu amor.
L: Porque?
M: Eu... Eu preciso levar o meu carro para dar uma checada.
L: Ah, então tá.
Laura nem entrou em pequenos detalhes.
Eram quase sete horas da manhã, deixaram Luiza rodeada de brinquedos enquanto os dois se arrumavam as pressas.
Laura estava sentada na cama vestindo o sapato.
L: Amor?
M: O que foi? (abotoando a camisa em frente ao espelho)
L: Não sei, você é que tem que me dizer.
M: Como?
L:Está quieto...
M: É... Fico pensando o que será que aconteceu com Lucas e Léo, para ele ter vindo dormir aqui, sem conversar... Sei lá, o Léo é tão compreensível, é sempre o primeiro a dizer que quer conversar.
L: Uma bobagem amor, tenho certeza que a essa hora já devem ter se acertado.
M: Tomara... Me ajuda aqui.
Laura terminou de arrumar os sapatos e foi em frente a ele e começou a dar um nó delicado em sua gravata.
L: Nossa, tinha até me esquecido! (apressando o nó)
M: Do que? (tentando se lembrar)
L: A babá, a nova babá chega hoje.
M: Nossa (olhando para o relógio em seu pulso) e já está quase na hora.
L: Vamos descer, não vai dar nem para falar muito com ela hoje, preciso chegar logo.
M: Teremos tempo para isso e… (a campainha toca)
M: Deve ser ela! (Sorrindo)
L: Ué? Porque esse sorriso aí?
M: (Rindo) Vamos ver se o seu santo vai bater com o dessa... (Sorrindo)
L: Palhaço, fique de gracinha para você ver (dando um selinho nele e em seguida indo pegar Luiza na cama)
Desceram até a porta. Assim que abriram a simpática senhora de cabelos meio loiro alaranjado sorriu para eles
N: Família Drummond, prazer... Dona Naná!
Depois de uma breve apresentação e instruções, deixaram a pequena Luiza aos cuidados de Nalva, mais conhecida como “Dona Naná”.
Na garagem da casa de Murilo e Laura. Laura estava na porta de seu carro e Murilo conversava com ela.
M: Eu não demoro amor, vou atrasar uma horinha no máximo.
L: Tudo bem. (o beijou e entrou no carro)
No mesmo instante Murilo que a essa altura já estava pronto para sair também, pegou o celular e ligou para Lucas.
Lu: Alô?
M: Pode começar a contar Lucas.
Lu: Eu não posso falar ainda.
M: Não vem com esse papo não Lucas.
Lu: Faz assim, almoçamos juntos ok? Eu te conto o que aconteceu.
M: Ah não sei não.
Lu: Prometo!
M: No almoço então.
Lu: Ok. Tchau.
A manhã passou voando, para alegria e alívio de Murilo que passou a manhã toda agoniado. Laura agia normalmente, como todos os dias. Murilo entrou na sala da sua mulher.
M: Amor... Eu vou almoçar com o... O Gustavo.
L: Com o Gustavo?
M: É...
L: Ta bom (estranhando)
M: Tchau! (foi até ela e deu um beijo)
Alguns minutos depois o telefone dela toca.
L: Oi Lucas...
Lu: Laurinha, não vou poder almoçar com você hoje.
L: Porque?
Lu: Fiquei preso com uma papelada aqui.
L: Ahh...
Lu: Desculpa meu anjo, fica para amanhã.
L: Ah, tudo bem então.
Gustavo estava conversando com Bárbara em sua sala, quando Murilo entrou.
M: Desculpa aí gente, preciso falar um segundinho com você Gustavo, pode ser?
G: Pode, claro.
Nisso Murilo olhou para Bárbara, meio que dizendo que era particular. Gustavo na hora entendeu.
G: É, por favor, Bárbara, pegue para mim as fotos do layout do 2° andar para mim por favor.
B: Claro, com licença... Até logo Murilo.
M: Err... Até .
Assim que ela saiu Murilo começou a falar.
M: Gustavo, pode me fazer um favor cara?
G: Claro, se estiver ao meu alcance.
M: Preciso sair agora, mas não quero que Laura saiba, ela já vai ficar imaginando coisas, sabe como é cabeça de mulher não é? (Sorrindo).
G: Entendo perfeitamente.
M: Então, eu disse que iríamos almoçar juntos. Será que você pode quebrar essa para mim?
G: Claro, sem problemas.
M: É que você não almoça aqui, então ela vai... Entendeu não é?
G: Entendi sim. Pode deixar, se ela perguntar eu falo que almoçamos juntos.
M: Valeu! (foi até o seu até então amigo e o agradeceu com um aperto de mão)
Murilo na verdade não falava para Laura com quem iria almoçar, ela sempre almoçava com Lucas, e Murilo sempre almoçava na empresa, não almoçava com eles, porque sabia que era o único momento que tinham juntos e sossegados, eram melhores amigos, assim como ele e Leonardo, queriam uma certa privacidade. Só que ele sabia que se Lucas ligasse dizendo que não podia almoçar com ela, ela iria querer almoçar com ele, por isso ele se adiantou, mas isso deixou Laura intrigada. Não demorou muito e lá estavam, Murilo e Lucas sentados à mesa de um restaurante.
Lu: E aí Murilo.
M: ...
Lu: Oxe, boa tarde para você também. (sentando-se e pegando o cardápio)
Murilo estava com um olhar fuzilador para Lucas.
Lu: Já pediu seu almoço?
M :Lucas! Para de enrolação!
Lu: Ai Murilo, calma, eu estou com fome, primeiro me deixa pedir alguma coisa para comer.
Lucas, calmamente chamou o garçom e fez o seu pedido. Murilo também pediu algo para comer.
M: Pronto Lucas?
Lu: Pronto... Então...
M: Vai logo Lucas!
Lu: Espera, eu preciso saber de uma coisa antes.
M: Ah meu Deus do céu Lucas! (já se irritando)
O telefone de Lucas toca.
Lu: Oi amor... E aí? Jura? Você tem certeza disso Léo? Ok! Beijo... Obrigado.
M: O que foi?
Lu: Ai Murilo, é complicado, eu jurei para a Laura que e não ia te contar, só ou contar porque eu realmente estou preocupado.
M: Conta...
Lu: Ontem ela me ligou de madrugada, estava desesperada, chorava muito e tremia.
M: Mas porque?
Lu: Ela diz que a mais ou menos duas semanas tem um homem no quintal de você vigiando ela.
M: Como assim vigiando?
Lu: Ela disse que uma noite lá, ela levantou e foi beber água e o tal homem tava lá do lado da piscina olhando para ela. Mas depois ela disse que era o Carlos Daniel, aí eu fiquei preocupado, só que ela foi se enrolando dizendo que era uma sombra e que só podia ser ele.
M: Porque ela não me disse isso?
Lu: Ela acha que você e a Luiza vão estar em perigo se ela contar, porque aí você vai querer montar guarda no quintal e tudo o mais.
M: Será que o Carlos Daniel fugiu da cadeia? Meu Deus as cercas elétricas de casa não funcionam (apavorado).
Lu: Murilo, eu estou preocupado.
M: Eu também, esse doente deve querer se vingar sei lá.
Lu: O Léo foi ver isso para mim, Carlos está preso, ele até o viu junto com os outros presos.
M: Mas...
Lu: Acho que Laura está assustada, talvez seja por tudo o que ela passou na gravidez, sei lá... Um começo de depressão pós-parto?
M: Não! Laura não... Eu vou falar com ela.
Lu: Não! Observe-a, presta atenção no que ela está fazendo, nas atitudes.
M: É...

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