terça-feira, setembro 10, 2013

26° Como eu te Amo

M: Volta logo para mim Laura, eu estou enlouquecendo sem você.
Os olhinhos verdes dela dançavam nos olhos dele de um para o outro.
M: Hein?(aproximando a boca da boca dela)
L: Eu... Eu...
M: Será que vale a pena esquecer tudo que a gente já passou?
L: Murilo, eu...
M: Quando me encontrar, não vai se lembrar? Hein... Das nossas noites de amor...
L: ...
M: Não vou acreditar que você não me ama como um dia me amou, Laura... Seus olhos não me enganam (acariciando o seu rosto) Volta... Por favor. (baixinho ao pé do ouvido dela)
Ela queria dizer, queria dizer sim “Eu te amo meu amor”, mas não conseguiu.
Ele a beijou, a fazendo despertar dessa luta interior. Como desejava seu marido naquele momento, mas não podia, estava doente, tinha um tumor, não sabe como deve se comportar sobre isso, mas o médico disse repouso, precisa de mais exames para saber os detalhes, então, não, não podia faze amor com ele nessa situação.
Mas queria tanto, e aquele beijo que ele estava dando era tão... Tão... Delicioso, ela parecia sentir seus pés saírem do chão, há quantas semanas não era beijada assim.
Nem o dia da banheira teve um beijo tão bom como àquele que ela estava recebendo, quase... Mas quase começou a se entregar, mas o amor que sente por ele é tão grande que não pode arriscar que se quer um fio de cabelo dele seja danificado por culpa dela.
Claro que talvez um tumor provavelmente não seja passado assim, entre relações, mas Laura não é médica, não sabe disso, e nem iria perguntar ao Doutor Marcelo, a prioridade agora é se curar e não fazer sexo.
M: Eu te quero tanto (entre os lábios dela)
Laura estava ofegante, como se tivesse acabado de correr quilômetros.
L: Não Murilo, para... (o afastando com os olhos tristes)
M: Por quê? Eu sei que ainda nos amamos como antes. Laura (segurando o rosto dela com as duas mãos) porque você está fazendo isso?
L: Não é justo com você. (tirando as mãos dele do rosto dela)
Ela estava saindo da cozinha, quando ele ainda de costas para ela disse:
M: Eu estou te perdendo não é? E a culpa é minha, eu sei que é minha...
Enquanto ele dizia isso, ela chorava de costas também para ele.
M: Mas eu tive medo Laura... Isso não é justo, eu te encontrei primeiro, eu sofri para ter você ao meu lado, não é possível que você vá me trocar assim, por alguém que... Mal te conhece.
L: ... Tanto tempo... E você ainda não me conhece.
M: Não... Realmente eu não te conheço mais.
Laura chorava quieta, respirou fundo e saiu da cozinha sem olhar para trás. No quarto ela se entregou ao choro, ficou assim por horas, que quando percebeu já era de manhã. Não tinha fome, não queria nada, só queria fazer aquele bendito exame logo. Por isso naquela manhã se arrumou rapidamente e ficou um pouco com Luiza que já queria mamar. Assim que Dona Naná chegou, ela saiu, antes de sair com o carro ela ligou para Carla e pediu para transferir as reuniões para Murilo, e que assim que pudesse iria à empresa. Murilo ainda nem havia levantado da cama quando Laura saiu de casa para se encontrar com Gustavo e irem para a Clínica de Marcelo. Assim que chegaram, Gustavo deu um apertado abraço em Laura que já começava a chorar.
G: Calma Laura. Vai ficar tudo bem.
L: Esses resultados... Eu acho que eu não vou suportar (chorando nos braços dele)
G: Calma minha querida, eu vou estar do seu lado.
L: Obrigada. Eu, eu... Tenho que criar coragem para falar com o Murilo.
G: Mas espera. Esses resultados vão ser os melhores possíveis, você vai ver.
L: ... Não sei.
Gustavo direcionou Laura para dentro da Clínica. Depois de ter tirado as amostras de sangue Laura e Gustavo se encontravam agora na sala de Marcelo. Já tinha feito o exame
L: E quando ficam prontos?
Mar: Hoje à tarde.
L: E... Corro algum risco de sei lá, de... De morrer?
Mar: ...
G: Não vamos pensar nisso, para que sofrer antecipadamente? Vamos esperar os exames.
Mar: Isso! O melhor é esperar.
G: Viu? Vem, agora vamos tomar um café da manhã, você estava em jejum até agora.
Mar: É... Você precisa se alimentar, ou isso só vai piorar ainda mais os enjoos.
G: Voltamos a tarde pegar os resultados Marcelo.
Mar: Ficarei aqui na clínica só para isso. (sorrindo simpaticamente)
L: Obrigada doutor Marcelo, o senhor está sendo um anjo. (apertando a mão dele)
Gustavo levou Laura em uma padaria. Tomaram o café da manhã praticamente no silêncio, Laura estava com os olhos inchados de tanto chorar, e Gustavo já não sabia mais o que fazer. Resolveram não voltar para empresa até esperar os resultados, isso quem decidiu foi Laura, pelo Gustavo os dois já teriam voltado assim que saiu da clínica, ele estava cheio de coisas para fazer.

Na casa de Laura e Murilo, aproximadamente hora do almoço...
N: Aqui está o seu Shake seu Erick.
E: (Sorrindo) É suplemento dona Naná (rindo com a voz grossa)
N: (Rindo).
E: Dona Naná, o jardineiro não apareceu de novo?
N: Não.
E: Engraçado, ele parou de vir desde o meu primeiro dia de trabalho, isso é estranho.
N: Não, ele não parou, ele vem aos fins de semana.
E: Aos fins de semana?
N: Sim, disse que conseguiu um emprego muito bom, e que agora só pode vir aos fins de semana.
E: Engraçado, fins de semana eu não estou aqui. (falando para ele mesmo)
N: O que?
E: Nada não, se ver ele, não comente nada sobre isso. Mas eu queria conversar com ele mais uma vez.
N: Claro. (Sorrindo)

Na empresa Drummond.
M: Laura ainda não chegou Carla? (irritado parado em frente à mesa da Carla)
C: Eu já disse que aviso o senhor quando ela chegar.
M: Mas ela nem ligou?
C: Não ligou Drº Murilo.
M: Você realmente não sabe o que ela está fazendo, com quem?
C: Não... Não sei. (já ficando irritada também)
M: E o Gustavo também não está não é? (andando deito um doido em frente à mesa dela)
C: Não.
M: E também não disse aonde ia?
C: Não... Não e não.
M: Ai Carla, me desculpa, mas é que eu estou nervoso.
C: Eu sei, mas assim o Drº me deixa nervosa também.
M: Calma aí, já sei.
Murilo pegou o celular.
M: Lucas!
Lu: Oi Murilo, o que foi?
M: Lucas, a Laura tá com você, você falou com ela hoje?
Lu: Não, até ia ligar para você agora, porque já passou da hora do almoço, e ela não me ligou nem para marcar nem para desmarcar, achei que sei lá, vocês tinham se entendido e estavam juntos...
M: Não, não... Ela nem apareceu aqui na empresa hoje, pediu para eu cobrir todas as reuniões.
Lu: Que estranho, porque ela também não atende o celular.
M: Eu... Não gosto nem de repetir isso, mas o Gustavo também não apareceu aqui hoje.
Lu: O que você tá tentando insinuar Murilo?
M: Que eles podem estar juntos!
Lu: Você jamais repita uma coisa dessas, mesmo você fazendo o que você fez ela jamais te trairia. Ela te ama!
M: Eu já não sei se acredito nisso. Ela mesma não me diz mais isso.
Lu: A biscatinha que dá em cima de você não está aí?
M: Bárbara?
Lu: Tem outra biscatinha dando em cima de você?
M: ...
Lu: Pergunta para ela sobre o chefe dela, acho que para você ela conta, mas presta atenção por que...
(TU TU TU TU TU)
Murilo já desligou o celular e correu para mesa da Carla de novo.
M: Carla a Bárbara tá lá na sala do Gustavo?
C: Tá, mas eu acho melhor que...
Nem adiantou ela começar a frase, Murilo já saiu em disparada.
Chegou abrindo a porta da sala de Gustavo com tudo.
B: Murilo!
M: Bárbara, não minta para mim, me diz... O Gustavo? O Gustavo saiu com a Laura?
B: Saiu! Por quê?
M: Você sabe onde ele foi?
Bárbara sabia que ele tinha saído com Laura, e é claro que iria dizer para ele. Mas ia incrementar várias coisas.
B: Espera, você parece nervoso, senta aqui. (segurando oferecidamente os braços dele)
M: Não quero sentar, quero que você me diga onde o Gustavo está!
B: Onde exatamente ele está eu não sei, até porque o seu Gustavo nunca me diz aonde vai quando ele sai com a dona Laura.
M: Laura? Então ele tá com a Laura?
B: Ai me desculpa Murilo, eu não quero que você ache que eu estou... Ah você sabe que eu gosto de você, mas eu respeito a...
M: Você já viu alguma coisa? Algo que... Que desse a entender algo?
B: Olha, eu nunca vi nada, mas já ouvi ele chamando a de “amor”. Ele dizendo que vai sempre estar ao lado dela. E ela não...
M: Para... Para... Eu acho que eu estou entendendo o que tá acontecendo aqui.
B: Mas Murilo, eu quero que saiba que eu não estou inventando nada disso, se você quiser ver com os seus próprios olhos, fique a vontade e.
M: Eu já entendi Bárbara, eu... Eu vou ter uma conversa séria com eles assim que eles chegarem, obrigada.
Murilo virou para sair da sala de Gustavo, mas Bárbara o segurou pelo braço.
B: Quero que saiba, que eu vou te esperar... Sempre. (o olhando bem nos fundos dos olhos)
M: Eu amo a minha mulher!(Firme)
B: E ela? Ainda te ama?
Aquela frase fez com que Murilo sentisse um arder na garganta.
B: Eu não tenho pressa Murilo, você pode viver um novo amor. E eu... Estarei aqui, esperando por você.
Murilo se soltou dela e foi para sua sala, ficou ali rezando para que Gustavo e Laura chegassem o mais rápido possível.

Laura e Gustavo passaram a tarde toda num parque, Laura queria respirar perto das árvores, queria sentir a natureza.
Era São Paulo, isso não foi muito possível, mas há deixou um pouco com a cabeça leve.
Estava ali sentada ao lado de Gustavo, que particularmente já estava entediado.
G: Querida, vamos?
Laura enxugava ainda as lágrimas que insistiam em não parar, ela sentia que não teria boas notícias.
L: Eu estou com tanto medo Gustavo. (com a voz embargada)
G: Calma... Vai ficar tudo bem, vamos!
Gustavo passou o braço em torno de Laura e a conduziu até o carro.

Algum tempo depois
Agora já na sala de Marcelo.
L: Não me esconda nada Doutor Marcelo.
Mar: ...
Laura já começou a chorar novamente, mas o que mais a chamou atenção, foi que o próprio médico começou a ficar com os olhos marejados, mas fazia de tudo para disfarçar.
L: Doutor... Por favor.
Mar: Olha dona Laura, eu como Hepatologista em todo esse tempo de carreira, eu nunca vi exames tão precisos. Tão... Exatos.
L: ... Por favor.
Mar: Está confirmado, você está com câncer de fígado, e...

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terça-feira, setembro 10, 2013

26° Como eu te Amo

M: Volta logo para mim Laura, eu estou enlouquecendo sem você.
Os olhinhos verdes dela dançavam nos olhos dele de um para o outro.
M: Hein?(aproximando a boca da boca dela)
L: Eu... Eu...
M: Será que vale a pena esquecer tudo que a gente já passou?
L: Murilo, eu...
M: Quando me encontrar, não vai se lembrar? Hein... Das nossas noites de amor...
L: ...
M: Não vou acreditar que você não me ama como um dia me amou, Laura... Seus olhos não me enganam (acariciando o seu rosto) Volta... Por favor. (baixinho ao pé do ouvido dela)
Ela queria dizer, queria dizer sim “Eu te amo meu amor”, mas não conseguiu.
Ele a beijou, a fazendo despertar dessa luta interior. Como desejava seu marido naquele momento, mas não podia, estava doente, tinha um tumor, não sabe como deve se comportar sobre isso, mas o médico disse repouso, precisa de mais exames para saber os detalhes, então, não, não podia faze amor com ele nessa situação.
Mas queria tanto, e aquele beijo que ele estava dando era tão... Tão... Delicioso, ela parecia sentir seus pés saírem do chão, há quantas semanas não era beijada assim.
Nem o dia da banheira teve um beijo tão bom como àquele que ela estava recebendo, quase... Mas quase começou a se entregar, mas o amor que sente por ele é tão grande que não pode arriscar que se quer um fio de cabelo dele seja danificado por culpa dela.
Claro que talvez um tumor provavelmente não seja passado assim, entre relações, mas Laura não é médica, não sabe disso, e nem iria perguntar ao Doutor Marcelo, a prioridade agora é se curar e não fazer sexo.
M: Eu te quero tanto (entre os lábios dela)
Laura estava ofegante, como se tivesse acabado de correr quilômetros.
L: Não Murilo, para... (o afastando com os olhos tristes)
M: Por quê? Eu sei que ainda nos amamos como antes. Laura (segurando o rosto dela com as duas mãos) porque você está fazendo isso?
L: Não é justo com você. (tirando as mãos dele do rosto dela)
Ela estava saindo da cozinha, quando ele ainda de costas para ela disse:
M: Eu estou te perdendo não é? E a culpa é minha, eu sei que é minha...
Enquanto ele dizia isso, ela chorava de costas também para ele.
M: Mas eu tive medo Laura... Isso não é justo, eu te encontrei primeiro, eu sofri para ter você ao meu lado, não é possível que você vá me trocar assim, por alguém que... Mal te conhece.
L: ... Tanto tempo... E você ainda não me conhece.
M: Não... Realmente eu não te conheço mais.
Laura chorava quieta, respirou fundo e saiu da cozinha sem olhar para trás. No quarto ela se entregou ao choro, ficou assim por horas, que quando percebeu já era de manhã. Não tinha fome, não queria nada, só queria fazer aquele bendito exame logo. Por isso naquela manhã se arrumou rapidamente e ficou um pouco com Luiza que já queria mamar. Assim que Dona Naná chegou, ela saiu, antes de sair com o carro ela ligou para Carla e pediu para transferir as reuniões para Murilo, e que assim que pudesse iria à empresa. Murilo ainda nem havia levantado da cama quando Laura saiu de casa para se encontrar com Gustavo e irem para a Clínica de Marcelo. Assim que chegaram, Gustavo deu um apertado abraço em Laura que já começava a chorar.
G: Calma Laura. Vai ficar tudo bem.
L: Esses resultados... Eu acho que eu não vou suportar (chorando nos braços dele)
G: Calma minha querida, eu vou estar do seu lado.
L: Obrigada. Eu, eu... Tenho que criar coragem para falar com o Murilo.
G: Mas espera. Esses resultados vão ser os melhores possíveis, você vai ver.
L: ... Não sei.
Gustavo direcionou Laura para dentro da Clínica. Depois de ter tirado as amostras de sangue Laura e Gustavo se encontravam agora na sala de Marcelo. Já tinha feito o exame
L: E quando ficam prontos?
Mar: Hoje à tarde.
L: E... Corro algum risco de sei lá, de... De morrer?
Mar: ...
G: Não vamos pensar nisso, para que sofrer antecipadamente? Vamos esperar os exames.
Mar: Isso! O melhor é esperar.
G: Viu? Vem, agora vamos tomar um café da manhã, você estava em jejum até agora.
Mar: É... Você precisa se alimentar, ou isso só vai piorar ainda mais os enjoos.
G: Voltamos a tarde pegar os resultados Marcelo.
Mar: Ficarei aqui na clínica só para isso. (sorrindo simpaticamente)
L: Obrigada doutor Marcelo, o senhor está sendo um anjo. (apertando a mão dele)
Gustavo levou Laura em uma padaria. Tomaram o café da manhã praticamente no silêncio, Laura estava com os olhos inchados de tanto chorar, e Gustavo já não sabia mais o que fazer. Resolveram não voltar para empresa até esperar os resultados, isso quem decidiu foi Laura, pelo Gustavo os dois já teriam voltado assim que saiu da clínica, ele estava cheio de coisas para fazer.

Na casa de Laura e Murilo, aproximadamente hora do almoço...
N: Aqui está o seu Shake seu Erick.
E: (Sorrindo) É suplemento dona Naná (rindo com a voz grossa)
N: (Rindo).
E: Dona Naná, o jardineiro não apareceu de novo?
N: Não.
E: Engraçado, ele parou de vir desde o meu primeiro dia de trabalho, isso é estranho.
N: Não, ele não parou, ele vem aos fins de semana.
E: Aos fins de semana?
N: Sim, disse que conseguiu um emprego muito bom, e que agora só pode vir aos fins de semana.
E: Engraçado, fins de semana eu não estou aqui. (falando para ele mesmo)
N: O que?
E: Nada não, se ver ele, não comente nada sobre isso. Mas eu queria conversar com ele mais uma vez.
N: Claro. (Sorrindo)

Na empresa Drummond.
M: Laura ainda não chegou Carla? (irritado parado em frente à mesa da Carla)
C: Eu já disse que aviso o senhor quando ela chegar.
M: Mas ela nem ligou?
C: Não ligou Drº Murilo.
M: Você realmente não sabe o que ela está fazendo, com quem?
C: Não... Não sei. (já ficando irritada também)
M: E o Gustavo também não está não é? (andando deito um doido em frente à mesa dela)
C: Não.
M: E também não disse aonde ia?
C: Não... Não e não.
M: Ai Carla, me desculpa, mas é que eu estou nervoso.
C: Eu sei, mas assim o Drº me deixa nervosa também.
M: Calma aí, já sei.
Murilo pegou o celular.
M: Lucas!
Lu: Oi Murilo, o que foi?
M: Lucas, a Laura tá com você, você falou com ela hoje?
Lu: Não, até ia ligar para você agora, porque já passou da hora do almoço, e ela não me ligou nem para marcar nem para desmarcar, achei que sei lá, vocês tinham se entendido e estavam juntos...
M: Não, não... Ela nem apareceu aqui na empresa hoje, pediu para eu cobrir todas as reuniões.
Lu: Que estranho, porque ela também não atende o celular.
M: Eu... Não gosto nem de repetir isso, mas o Gustavo também não apareceu aqui hoje.
Lu: O que você tá tentando insinuar Murilo?
M: Que eles podem estar juntos!
Lu: Você jamais repita uma coisa dessas, mesmo você fazendo o que você fez ela jamais te trairia. Ela te ama!
M: Eu já não sei se acredito nisso. Ela mesma não me diz mais isso.
Lu: A biscatinha que dá em cima de você não está aí?
M: Bárbara?
Lu: Tem outra biscatinha dando em cima de você?
M: ...
Lu: Pergunta para ela sobre o chefe dela, acho que para você ela conta, mas presta atenção por que...
(TU TU TU TU TU)
Murilo já desligou o celular e correu para mesa da Carla de novo.
M: Carla a Bárbara tá lá na sala do Gustavo?
C: Tá, mas eu acho melhor que...
Nem adiantou ela começar a frase, Murilo já saiu em disparada.
Chegou abrindo a porta da sala de Gustavo com tudo.
B: Murilo!
M: Bárbara, não minta para mim, me diz... O Gustavo? O Gustavo saiu com a Laura?
B: Saiu! Por quê?
M: Você sabe onde ele foi?
Bárbara sabia que ele tinha saído com Laura, e é claro que iria dizer para ele. Mas ia incrementar várias coisas.
B: Espera, você parece nervoso, senta aqui. (segurando oferecidamente os braços dele)
M: Não quero sentar, quero que você me diga onde o Gustavo está!
B: Onde exatamente ele está eu não sei, até porque o seu Gustavo nunca me diz aonde vai quando ele sai com a dona Laura.
M: Laura? Então ele tá com a Laura?
B: Ai me desculpa Murilo, eu não quero que você ache que eu estou... Ah você sabe que eu gosto de você, mas eu respeito a...
M: Você já viu alguma coisa? Algo que... Que desse a entender algo?
B: Olha, eu nunca vi nada, mas já ouvi ele chamando a de “amor”. Ele dizendo que vai sempre estar ao lado dela. E ela não...
M: Para... Para... Eu acho que eu estou entendendo o que tá acontecendo aqui.
B: Mas Murilo, eu quero que saiba que eu não estou inventando nada disso, se você quiser ver com os seus próprios olhos, fique a vontade e.
M: Eu já entendi Bárbara, eu... Eu vou ter uma conversa séria com eles assim que eles chegarem, obrigada.
Murilo virou para sair da sala de Gustavo, mas Bárbara o segurou pelo braço.
B: Quero que saiba, que eu vou te esperar... Sempre. (o olhando bem nos fundos dos olhos)
M: Eu amo a minha mulher!(Firme)
B: E ela? Ainda te ama?
Aquela frase fez com que Murilo sentisse um arder na garganta.
B: Eu não tenho pressa Murilo, você pode viver um novo amor. E eu... Estarei aqui, esperando por você.
Murilo se soltou dela e foi para sua sala, ficou ali rezando para que Gustavo e Laura chegassem o mais rápido possível.

Laura e Gustavo passaram a tarde toda num parque, Laura queria respirar perto das árvores, queria sentir a natureza.
Era São Paulo, isso não foi muito possível, mas há deixou um pouco com a cabeça leve.
Estava ali sentada ao lado de Gustavo, que particularmente já estava entediado.
G: Querida, vamos?
Laura enxugava ainda as lágrimas que insistiam em não parar, ela sentia que não teria boas notícias.
L: Eu estou com tanto medo Gustavo. (com a voz embargada)
G: Calma... Vai ficar tudo bem, vamos!
Gustavo passou o braço em torno de Laura e a conduziu até o carro.

Algum tempo depois
Agora já na sala de Marcelo.
L: Não me esconda nada Doutor Marcelo.
Mar: ...
Laura já começou a chorar novamente, mas o que mais a chamou atenção, foi que o próprio médico começou a ficar com os olhos marejados, mas fazia de tudo para disfarçar.
L: Doutor... Por favor.
Mar: Olha dona Laura, eu como Hepatologista em todo esse tempo de carreira, eu nunca vi exames tão precisos. Tão... Exatos.
L: ... Por favor.
Mar: Está confirmado, você está com câncer de fígado, e...

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