sábado, setembro 14, 2013

23° Delírios

A água que ele bebia para ele naquele momento era a melhor água de todo o mundo. Mas agora chega, havia saído de seu curso, tinha que voltar a subir, não fazia ideia de que horas eram agora, mas sabia que não tinha muito tempo para chegar até o topo antes do escurecer, o fato é que ele já sabia que nem que ele fosse ninja ele conseguiria chegar até o topo antes de escurecer.
Sua barriga também estava roncando, levantou sua cabeça e olhou com muito cuidado, mas as arvores que faziam sua sombra nenhuma era frutífera, devia ter pegado uns cocos na praia, Derik nem tinha prestado atenção se havia coqueiro lá, claro que havia, tinha que ter brigava consigo mesmo.

Enquanto isso, bem acima de Derik, Ana continuava a sua cansativa caminhada para a praia, o que ela não percebia era que estava andando e andando e não ouvia o barulho do mar mais próximo, na verdade às vezes parecia até mais longe.
Olhava em pânico a todo o instante para o céu, o medo era inevitável. À noite... Estava chegando.
Ana estava numa situação um pouco mais favorável do que Derik, estava com fome, em sua mala havia no mínimo umas cinco barrinha light, como não sabia quanto tempo iria ficar ali, comeu apenas a metade de uma, fora também que ficava pensando em Derik, como ele estava como será que estava se alimentando?
Ela havia andando cerca de 8 horas, nem percebeu, o desejo de encontrar Derik era muito maior.
Não dava mais, estava exausta, fora a sede que sentia, não queria ficar pensando muito, não iria encontrar água tão cedo, encontrou uma arvore enorme e encostou-se a ela, colocou a mala ao lado, é... Iria passar a noite ali.
Os barulhinhos da floresta agora começavam a perturbar Ana, enquanto andava o barulho de suas passadas a distraiam, os passarinhos... E agora? Estava escurecendo, ela estava encostada em uma enorme arvore quieta, e os barulhos de passadas continuavam e não era dela?
Claro que não, nem dela e nem de ninguém humano, os barulhos eram dos donos dali, sabe-se lá que bicho devia ter naquele lugar, tudo passava na cabeça dela, desde onça até ursos.


Estava noite, Ana tremia como uma vara verde estava frio, muito frio, como a temperatura podia ter caído daquele jeito?
Aquele frio a estava matando, o corte em sua cabeça doía muito, colocou a mão para ver, ainda o sentia muito inchado, mas não voltou a sangrar. Isso era bom.
Devia ser de madrugada, estava sereno, não dava para enxergar nada, nenhum palmo a frente do nariz, o que Ana fez, primeiro ela jamais conseguiria deitar e dormir sossegada no chão de uma floresta, continuou sentada naquela enorme arvore, mas lembrou de algo, uma coisa idiota que tinha em seu celular e que jamais achou que fosse precisar usar, uma lanterna, seu celular era quase totalmente inútil naquela situação, se não fosse os dois pontinhos de bateria que ainda restava e a deixaria com luz até o amanhecer. Quem sabe Derik não via aquela pequena luz? Era uma ótima ideia.
Abriu a mala e se enfiou em meio a duas camisas do Derik para se esquentar.
Passou a madrugada em meio a cochilos e sustos, uma hora com uma coruja, outra hora com galhinhos quebrando no chão, e outras por seus pesadelos, aquele vidro na garganta de Moisés, pobre homem.
A boca estava seca, Ana estava com inicio de desidratação, sem dizer que havia perdido uma bela quantidade de sangue durante o tempo que ficou inconsciente.

Enquanto isso, Derik não estava numa condição melhor, ele estava roxo de tanto frio, havia encontrado um tipo de caverna, ou um buraco no barranco, sei lá, mas para ele caiu como uma luva há essa hora ele já tinha desamarrado a camisa de sua cabeça e a tinha vestido, batia o queixo descontroladamente.
Mas ele conseguiu dormir mais que Ana, ela havia sido vencida pelo cansaço, pelo seu subconsciente, Derik não, ele deitou no chão meio de barro e praticamente desmaiou.
Nem ouvia barulho de nada.
Uma luz forte apontava no rosto de Ana, finalmente o dia havia amanhecido, assim que ela levantou ela sentiu o estrago daquela noite horrível. Suas costas e suas pernas estavam dormentes, estava morrendo de sede, e o mais estranho, mesmo já estando sol, ela sentia frio.
Foi arrumar a mala que havia aberto para pegar as camisas de Derik, e levou um susto quando viu seu pesadelo.
Uma aranha, enorme, peluda e marrom.
O que fazer, estava dentro da mala.
Como se matava um negócio daquele tamanho? Nem mesmo sua sapatilha iria dar conta dela.
Depois que caiu a ficha de Ana, que perigo, ela estava dormindo do lado daquela coisa horrorosa.
Ana procurou um pedaço de galho, alguma coisa para cutucar a mala e aquela coisa monstruosa sair dali.
Achou um pedaço de galho e começou se sentiu como quando esta fritando ovo mexe no ovo e sai correndo, depois volta e faz de novo.
Precisou bater na mala umas sete vezes para em fim o bendito bicho sair dela.
Fechou rapidamente a mala e continuou andando.
Precisava chegar naquela bendita praia.
O que estava mais incomodando Ana agora era o frio e a sede. Os lábios estavam ficando secos, ela então pegou a outra metade da barrinha e comeu, aquele pedaço tinha que durar até a noite.

Derik saiu da caverna quando ainda estava nublado, já estava andando a três horas, nem acreditou quando viu um pé de manga, manga! Nem era muito chegado à fruta, mas naquele momento era a melhor do mundo, isso o deixou animado, se tinha uma arvore com frutas ali, sinal que podia ter outras no resto da ilha, comeu até não aguentar mais, ainda colocou umas quatro mangas no bolso, era o máximo que conseguia carregar.
Comeria cada uma delas com muita prudência.

Ana cansou mais depressa nesse segundo dia, estava ofegante, o frio a estava tirando toda a sua coragem, parecia que suas pernas nem a obedeciam mais.
No dia anterior ela havia andado por praticamente oito horas até realmente desistir e se entregar a um provável descanso.
Mas agora havia andando nem três horas e já estava entregando os pontos.
Sentou em um tronco ao lado caído ao chão. Não podia parar ainda, mas ia descansar.
Em fim Derik chegou à colina. O lugar alto o suficiente para ter ideia de onde estava. Era um lugar lindo, mas deserto, como que Moisés os trouxe ali se perceber antes está muito longe do percurso.
Ele agora tentou ficar calmo, precisava se concentrar, tinha que achar o helicóptero.
Derik percebe certo arrastado por entre as arvores em direção a sua esquerda, só pode ser eles, tem que ser eles, estava feliz e ao mesmo tempo com medo do que podia encontrar lá, aquele arrastado por entre as arvores era definitivamente o sinal de que eles não pousaram, eles caíram.
Mas agora sabia onde estavam, tinha depositado todas as suas esperanças naquele caminha.
D: Ana meu amor, me espera que eu estou chegando... Não fica com medo ta? (falava sozinho)

Descer seria mais fácil, ou pelo menos ele tinha isso em mente, na verdade a vontade de ver logo se aquele era mesmo o lugar estava deixando Derik quase perder a sanidade, já não bebia água há quase 24 horas, a fome agora que estava querendo apertar, graças a deus as mangas literalmente caíram do céu.
No inicio ele estava até correndo, mas só conseguiu essa façanha por quase uma hora, depois parou, percebeu que a sede estava ficando maior por conta disso.

Já Ana estava muito cansada, não bebia água há quase 48 horas.
Havia andado agora o total de quase seis horas, suava muito, mas mesmo assim não tirava as camisas de Derik, o cheiro delas a ajudava ter um pouco mais de forças.
Começava a ficar tudo embaçado... Não... Ana não podia desmaiar agora, estava completamente fora do alcance de onde tinha que estar, não fazia ideia de onde estava se já estava próxima a praia ou não.
Mas não ia desistir, pelo Derik... Tinha que encontra-lo.
Alguns minutos depois, ela já nem andava em passos de caminhada, ela andava em passos de gestantes.
Viu a sua frente um pequeno passarinho azul, dois, três, espera acho que eram cinco.
Nada, Ana apartir de agora estava vulnerável, não tinha nada para se proteger, nada em que se apoiar. Tinha perdido os sentidos, desmaiada em meio a uma floresta de uma ilha deserta, a chance de Derik se esbarrar com ela caída ali era de 0,0000000%.
Provavelmente tudo o que andara foi manhã, agora ainda devia ser inicio da tarde. Estava perto da praia, pensava consigo que só podia estar perto dela, tinha andado quase dois dias.

As horas passaram talvez umas seis horas, a escuridão logo tomaria conta de tudo novamente.
Derik a essa altura parecia que andava segurando o seu coração na mão, conforme ia se aproximando dos arrastados das arvores ia tremendo, não queria pensar o que iria encontrar lá.

Ana acordou, estava tudo rodando, demorou alguns segundos para colocar a cabeça em ordem e lembrar onde estava o que tinha acontecido, percebeu que havia desmaiado, e por muitas horas, o frio tomava conta dela, talvez as suas camisas de Derik por cima de sua camiseta não estivessem mais fazendo efeito.
Seu queixo agora batia, seus lábios estavam secos demais, com certeza nessa madrugada começariam a rachar.
Com muita dificuldade ela se levantou, pegou a mala, e continuou a puxar, nem percebeu que nem tinha mais rodinhas, mas continuou puxando. Algo dentro dela dizia que estava perto. Não sabia ao certo se era Derik ou a praia, mas sabia que estava perto de algum destino inevitável.

Estava escurecendo, Derik começou a correr, não ia conseguir parar no meio do nada e dormir, sabendo que a poucos metros dele provavelmente estava o helicóptero.
Corria desesperado, já nem se importava mais se a sede apertasse novamente.
Quase duas horas correndo novamente, era uma corrida contra o tempo.
Assim que viu aquela coisa cinza afundada no mato, seu coração começou a pular, e seus passos cessaram o mais depressa possível.
Seu coração da mão estava agora bem no meio da sua garganta, não tinha ninguém do lado de fora, aquilo não era bom, Derik foi avançando em passos quase paralisados.
Estava escurecendo, logo ele não iria conseguir enxergar nada, nem se quer o corpo de Ana se ela estiver ali dentro.

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sábado, setembro 14, 2013

23° Delírios

A água que ele bebia para ele naquele momento era a melhor água de todo o mundo. Mas agora chega, havia saído de seu curso, tinha que voltar a subir, não fazia ideia de que horas eram agora, mas sabia que não tinha muito tempo para chegar até o topo antes do escurecer, o fato é que ele já sabia que nem que ele fosse ninja ele conseguiria chegar até o topo antes de escurecer.
Sua barriga também estava roncando, levantou sua cabeça e olhou com muito cuidado, mas as arvores que faziam sua sombra nenhuma era frutífera, devia ter pegado uns cocos na praia, Derik nem tinha prestado atenção se havia coqueiro lá, claro que havia, tinha que ter brigava consigo mesmo.

Enquanto isso, bem acima de Derik, Ana continuava a sua cansativa caminhada para a praia, o que ela não percebia era que estava andando e andando e não ouvia o barulho do mar mais próximo, na verdade às vezes parecia até mais longe.
Olhava em pânico a todo o instante para o céu, o medo era inevitável. À noite... Estava chegando.
Ana estava numa situação um pouco mais favorável do que Derik, estava com fome, em sua mala havia no mínimo umas cinco barrinha light, como não sabia quanto tempo iria ficar ali, comeu apenas a metade de uma, fora também que ficava pensando em Derik, como ele estava como será que estava se alimentando?
Ela havia andando cerca de 8 horas, nem percebeu, o desejo de encontrar Derik era muito maior.
Não dava mais, estava exausta, fora a sede que sentia, não queria ficar pensando muito, não iria encontrar água tão cedo, encontrou uma arvore enorme e encostou-se a ela, colocou a mala ao lado, é... Iria passar a noite ali.
Os barulhinhos da floresta agora começavam a perturbar Ana, enquanto andava o barulho de suas passadas a distraiam, os passarinhos... E agora? Estava escurecendo, ela estava encostada em uma enorme arvore quieta, e os barulhos de passadas continuavam e não era dela?
Claro que não, nem dela e nem de ninguém humano, os barulhos eram dos donos dali, sabe-se lá que bicho devia ter naquele lugar, tudo passava na cabeça dela, desde onça até ursos.


Estava noite, Ana tremia como uma vara verde estava frio, muito frio, como a temperatura podia ter caído daquele jeito?
Aquele frio a estava matando, o corte em sua cabeça doía muito, colocou a mão para ver, ainda o sentia muito inchado, mas não voltou a sangrar. Isso era bom.
Devia ser de madrugada, estava sereno, não dava para enxergar nada, nenhum palmo a frente do nariz, o que Ana fez, primeiro ela jamais conseguiria deitar e dormir sossegada no chão de uma floresta, continuou sentada naquela enorme arvore, mas lembrou de algo, uma coisa idiota que tinha em seu celular e que jamais achou que fosse precisar usar, uma lanterna, seu celular era quase totalmente inútil naquela situação, se não fosse os dois pontinhos de bateria que ainda restava e a deixaria com luz até o amanhecer. Quem sabe Derik não via aquela pequena luz? Era uma ótima ideia.
Abriu a mala e se enfiou em meio a duas camisas do Derik para se esquentar.
Passou a madrugada em meio a cochilos e sustos, uma hora com uma coruja, outra hora com galhinhos quebrando no chão, e outras por seus pesadelos, aquele vidro na garganta de Moisés, pobre homem.
A boca estava seca, Ana estava com inicio de desidratação, sem dizer que havia perdido uma bela quantidade de sangue durante o tempo que ficou inconsciente.

Enquanto isso, Derik não estava numa condição melhor, ele estava roxo de tanto frio, havia encontrado um tipo de caverna, ou um buraco no barranco, sei lá, mas para ele caiu como uma luva há essa hora ele já tinha desamarrado a camisa de sua cabeça e a tinha vestido, batia o queixo descontroladamente.
Mas ele conseguiu dormir mais que Ana, ela havia sido vencida pelo cansaço, pelo seu subconsciente, Derik não, ele deitou no chão meio de barro e praticamente desmaiou.
Nem ouvia barulho de nada.
Uma luz forte apontava no rosto de Ana, finalmente o dia havia amanhecido, assim que ela levantou ela sentiu o estrago daquela noite horrível. Suas costas e suas pernas estavam dormentes, estava morrendo de sede, e o mais estranho, mesmo já estando sol, ela sentia frio.
Foi arrumar a mala que havia aberto para pegar as camisas de Derik, e levou um susto quando viu seu pesadelo.
Uma aranha, enorme, peluda e marrom.
O que fazer, estava dentro da mala.
Como se matava um negócio daquele tamanho? Nem mesmo sua sapatilha iria dar conta dela.
Depois que caiu a ficha de Ana, que perigo, ela estava dormindo do lado daquela coisa horrorosa.
Ana procurou um pedaço de galho, alguma coisa para cutucar a mala e aquela coisa monstruosa sair dali.
Achou um pedaço de galho e começou se sentiu como quando esta fritando ovo mexe no ovo e sai correndo, depois volta e faz de novo.
Precisou bater na mala umas sete vezes para em fim o bendito bicho sair dela.
Fechou rapidamente a mala e continuou andando.
Precisava chegar naquela bendita praia.
O que estava mais incomodando Ana agora era o frio e a sede. Os lábios estavam ficando secos, ela então pegou a outra metade da barrinha e comeu, aquele pedaço tinha que durar até a noite.

Derik saiu da caverna quando ainda estava nublado, já estava andando a três horas, nem acreditou quando viu um pé de manga, manga! Nem era muito chegado à fruta, mas naquele momento era a melhor do mundo, isso o deixou animado, se tinha uma arvore com frutas ali, sinal que podia ter outras no resto da ilha, comeu até não aguentar mais, ainda colocou umas quatro mangas no bolso, era o máximo que conseguia carregar.
Comeria cada uma delas com muita prudência.

Ana cansou mais depressa nesse segundo dia, estava ofegante, o frio a estava tirando toda a sua coragem, parecia que suas pernas nem a obedeciam mais.
No dia anterior ela havia andado por praticamente oito horas até realmente desistir e se entregar a um provável descanso.
Mas agora havia andando nem três horas e já estava entregando os pontos.
Sentou em um tronco ao lado caído ao chão. Não podia parar ainda, mas ia descansar.
Em fim Derik chegou à colina. O lugar alto o suficiente para ter ideia de onde estava. Era um lugar lindo, mas deserto, como que Moisés os trouxe ali se perceber antes está muito longe do percurso.
Ele agora tentou ficar calmo, precisava se concentrar, tinha que achar o helicóptero.
Derik percebe certo arrastado por entre as arvores em direção a sua esquerda, só pode ser eles, tem que ser eles, estava feliz e ao mesmo tempo com medo do que podia encontrar lá, aquele arrastado por entre as arvores era definitivamente o sinal de que eles não pousaram, eles caíram.
Mas agora sabia onde estavam, tinha depositado todas as suas esperanças naquele caminha.
D: Ana meu amor, me espera que eu estou chegando... Não fica com medo ta? (falava sozinho)

Descer seria mais fácil, ou pelo menos ele tinha isso em mente, na verdade a vontade de ver logo se aquele era mesmo o lugar estava deixando Derik quase perder a sanidade, já não bebia água há quase 24 horas, a fome agora que estava querendo apertar, graças a deus as mangas literalmente caíram do céu.
No inicio ele estava até correndo, mas só conseguiu essa façanha por quase uma hora, depois parou, percebeu que a sede estava ficando maior por conta disso.

Já Ana estava muito cansada, não bebia água há quase 48 horas.
Havia andado agora o total de quase seis horas, suava muito, mas mesmo assim não tirava as camisas de Derik, o cheiro delas a ajudava ter um pouco mais de forças.
Começava a ficar tudo embaçado... Não... Ana não podia desmaiar agora, estava completamente fora do alcance de onde tinha que estar, não fazia ideia de onde estava se já estava próxima a praia ou não.
Mas não ia desistir, pelo Derik... Tinha que encontra-lo.
Alguns minutos depois, ela já nem andava em passos de caminhada, ela andava em passos de gestantes.
Viu a sua frente um pequeno passarinho azul, dois, três, espera acho que eram cinco.
Nada, Ana apartir de agora estava vulnerável, não tinha nada para se proteger, nada em que se apoiar. Tinha perdido os sentidos, desmaiada em meio a uma floresta de uma ilha deserta, a chance de Derik se esbarrar com ela caída ali era de 0,0000000%.
Provavelmente tudo o que andara foi manhã, agora ainda devia ser inicio da tarde. Estava perto da praia, pensava consigo que só podia estar perto dela, tinha andado quase dois dias.

As horas passaram talvez umas seis horas, a escuridão logo tomaria conta de tudo novamente.
Derik a essa altura parecia que andava segurando o seu coração na mão, conforme ia se aproximando dos arrastados das arvores ia tremendo, não queria pensar o que iria encontrar lá.

Ana acordou, estava tudo rodando, demorou alguns segundos para colocar a cabeça em ordem e lembrar onde estava o que tinha acontecido, percebeu que havia desmaiado, e por muitas horas, o frio tomava conta dela, talvez as suas camisas de Derik por cima de sua camiseta não estivessem mais fazendo efeito.
Seu queixo agora batia, seus lábios estavam secos demais, com certeza nessa madrugada começariam a rachar.
Com muita dificuldade ela se levantou, pegou a mala, e continuou a puxar, nem percebeu que nem tinha mais rodinhas, mas continuou puxando. Algo dentro dela dizia que estava perto. Não sabia ao certo se era Derik ou a praia, mas sabia que estava perto de algum destino inevitável.

Estava escurecendo, Derik começou a correr, não ia conseguir parar no meio do nada e dormir, sabendo que a poucos metros dele provavelmente estava o helicóptero.
Corria desesperado, já nem se importava mais se a sede apertasse novamente.
Quase duas horas correndo novamente, era uma corrida contra o tempo.
Assim que viu aquela coisa cinza afundada no mato, seu coração começou a pular, e seus passos cessaram o mais depressa possível.
Seu coração da mão estava agora bem no meio da sua garganta, não tinha ninguém do lado de fora, aquilo não era bom, Derik foi avançando em passos quase paralisados.
Estava escurecendo, logo ele não iria conseguir enxergar nada, nem se quer o corpo de Ana se ela estiver ali dentro.

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