domingo, agosto 31, 2014

6° Sonho de Amor


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Na  área da churrasqueira...
Edu: Baixinha, achei que não viesse comer a minha picanha.
H:Jamais! E perder a oportunidade de ganhar uns quilinhos?
Edu: Baixinha! Run.
H: Estou brincando, Du! Sei que você tira todo o excesso de gordura. 
Edu: Run!
P: Mãe, onde está a Raquel?(Chegando)
H: Eu não sei, deve estar na cozinha.
Alice: Ela foi pra casa!
A: Não quis aproveitar a festa?
H:Você andou perturbando a menina, Pedro? (já olhando brava para o filho)
P: Não, só a vi quando cheguei.
Alice :Ela disse que tinha ajudado a Zuleide em tudo e que queria descansar, então falei que ela podia ir.
H: Por mim tudo bem, não aproveitou nada, está cheio de molecada da idade dela aí.
P:Ah, então acho que vou lá dar um mergulho (terminando de beliscar o pão de alho que estava sobre a mesa)
Alice: Eu vou conversar ali com a mulher do Ricardo, já volto aqui.(saiu em direção a amiga)
Edu: Afonso, olha aqui pra mim (referindo-se ao churrasco) vou no banheiro.
A: Pode deixar.(já indo ver a carne)
H: Passou protetor nessas costas?(o abraçando por trás)
A: Passei, e você? (sorrindo)
H:Também.
A: Nem pediu minha ajuda. (fazendo biquinho)
H: Você estava tão entretido com o Du, que fiquei com dó de incomodar.
A: Já disse que você fica muito sexy com esse maiô?(virando-se de frente pra ela)
H: Não...(sorrindo pra ele)
A: Então, como eu estava dizendo, você fica muito sexy assim. (já apertando a contra si)
H: Para com isso, Afonso, alguém pode ver.
A: A é? E se eu fizer isso?(foi indo em direção ao pescoço dela)
H: Para, para... Isso não vai prestar, olha só (mostrando a churrasqueira) aquele espeto já está quase queimando. 
A: Vou ver... (rindo)
H: Acho que vou buscar uma saquerita, você quer?
A: Quero sim.
H: Já volto então(dando um selinho no marido)
A: Não demora!
H: EI!
A: O que foi?
H: Fica esperto (fez sinal com os dedos no olho)Estou de olho em você.
A: Só tenho olhos pra você, amor.
H: Sei...
E foi em direção à cozinha.
Na cozinha...
Helena chegou à cozinha, mas não tinha ninguém, talvez Zuleide estive servindo os convidados lá fora, como sabia que estava na geladeira, foi pegar, assim que virou-se esbarrou em alguém e simplesmente fez uma lambança.
H:Oh meu Deus, me desculpe, foi tudo minha...(parou do nada)
M: Não foi nada, Helena.
H: Miguel! Como eu sou desastrada.
M: Acontece, fui eu que fiquei em frente a geladeira
H: Não, eu que estava dormindo, agora você deve estar me odiando, te sujei todo.(nervosa)
M: (rindo)... Sujou? Nem estou com roupa e muito menos te odiando... Estou adorando... (sorrindo)
Helena ficou tão sem jeito com o que ele tinha dito que foi inevitável seu rosto não vermelhar na hora.
H: (rindo) É, que bom então... Mesmo que você esteja sem roupa, agora está todo melecado. (rindo)
M: Estou doce... (rindo)
Helena não conteve seus pensamentos e na mesma hora via como em seus sonhos, a vez em que usou o leite condensado naquele peitoril e até tentou fazer o mesmo com Afonso, mas não teve o 100% de resultado que esperava.
M: Você me desculpe,  Helena sou assim, meio palhaço mesmo.
H: Sem problemas, eu gosto (sorrindo) Eu gosto de pessoas assim divertidas (tentando concertar a resposta que dera)
M: Onde será que tem um pano? Tem fruta aqui... (apontando par o seu peito)
H:Ah (rindo)deixa eu pegar uma pano pra te limpar (rindo)
Helena começou a abrir os armários da cozinha procurando um pano.
Miguel logo achou a oportunidade de puxar assunto
M: Você é diretora?
H: É (sorrindo)
M: Pedro me contou um dia desses, pode me visitar qualquer dia...
Helena ria discretamente.
M: O Consultório de odontologia vai ser pertinho da sua escola, pode ir me ver.
H: (rindo) Como?
M: Digo, o meu consultório, afinal, Pedro vai trabalhar lá também! (tentando mais uma vez se concertar)
H: Claro, assim que estiver pronto, visito seu consultório sim.
M: Só pra visitar mesmo, porque você já tem um sorriso lindo...
Ambos estavam dizendo coisas que devia estar somente em seus pensamentos. Estavam sendo inconvenientes.
Entrando na cozinha...
A:Amor?
H: Afonso! (surpresa) Já estava indo...
A: Você estava demorando e o Edu já voltou, então vim ver o que estava acontecendo (Já olhando Miguel dos pés à cabeça)
M: (Rindo) Desculpe, Afonso, foi minha culpa.
H: Não, foi minha culpa, acabei derramando bebida no Miguel e estava procurando um pano pra ele se limpar.
A: Onde está a Zuleide?
H: Não sei, quando cheguei ela já não estava, certamente isso não teria acontecido se ela estivesse aqui.
A: (Rindo) Alice estava te procurando, vamos?(a puxando para fora da cozinha)
H:Claro, vamos sim. O pano, Miguel(entregando a ele que estava encostado na pia)
M:Obrigado.
H:E desculpa mais uma vez (sorrindo)
M:Não se preocupe.
Miguel ficou nas nuvens, pensava com ele mesmo... Que destino é esse? Não era possível, alguma coisa esses sonhos queriam dizer.
Seria Helena a mulher da sua vida? Está certo que ela era casada, mas e daí? Separa e pronto!
O que estava pensando? Estava louco? Só podia estar, estava pensando como se ela também estivesse louca por ele.
Precisa sair dali, sumir daquela festa, não dava pra ficar muito mais naquele lugar com ela tão perto, embora soubesse que ia ficar na mesma casa que ela, mas talvez precisasse de um tempo para se preparar mentalmente.
E saiu em direção a piscina.

Na churrasqueira.
Alice: Nossa, que demora, isso porque eu deixei pronta na geladeira não é, Helena?
H:Eu sou desastrada, derrubei lá na cozinha e como a Zuleide não estava, demorei um ano para achar um pano.
Edu: (rindo) Sorte sua que a Zuleide não guarda as coisas muito altas!
H:Ah ah ah(ironizando a risada) engraçadinho, falou “O ALTO”.
Alice: Bem feito Edu.
H: (rindo) Já esta tarde, vamos para casa, amor?
A: Ah não, Amor... Agora que o sol está ficando fraco pra eu poder dar uma mergulhada.
H: Então acho que vou pra casa, você pode ficar.
Alice: Antes de você ir espera, vou fazer um prato com umas coisinhas gostosas pra você levar pra Raquel, coitada nem comeu e aproveitou nada.
H: Faz, eu levo sim.
A: Prometo que não demoro, ok?(dando selinho na mulher e indo em direção à piscina)
H: Você fica de olho nele pra mim, ok?(olhando pra Alice)
A: Pode deixar...
Edu: Amor? Você também faz isso?
A: Sempre, Edu.
Edu: Vocês mulheres são uma facção.
A: Quem não deve não teme.
Edu: Medo de vocês (rindo)
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Helena foi para casa, mas Miguel não estava, tinha ido dar uma volta na represa com sua lancha, foi deixar os pensamentos fluírem.
Quando ele voltou, ela já estava em seu quarto dormindo.

No dia seguinte...
No café da manhã na casa dos Windshester
Todos estavam à mesa...
P: Mãe, você precisa ver, é linda!
H: Imagino mesmo, seu pai vive dizendo que vai me levar e nunca leva.
A: Amor, você sabe que não é fácil assim, tem que ver o lugar, quem vai levar, porque não sei pilotar uma lancha.
M: Bom, quando quiser é só dizer que levo você... Digo vocês pra um passeio, a lancha que ganhei do meu pai fica lá na represa, é um bom lugar pra navegar.
H: Você gosta?
M: Amo, amo muito, sempre ia e ficava horas naquela imensidão de água.
A: Que coragem e paciência.
Helena ao contrário de Afonso estava encantada com o que Miguel dizia sobre seus passeios de lancha.
P: Bom, eu marquei de dar um passeio com o Douglas a tarde toda, quer ir com a gente, Miguel?
M:Valeu amigo, mas vou curtir minha lancha hoje.
A: Bom passeio pra vocês.
M: Não querem ir?
Helena queria muito dizer sim, mas achou melhor não, Afonso não estava com uma cara de quem iria passear de lancha com ela e muito menos deixa-la ir sozinha com Miguel.
Já Miguel, implorava por um sim de Helena, estar fazendo o que mais gosta com ela como companhia, seria quase como um sonho.
H:Não, melhor deixar pra outro dia.
Os olhos dela quase que entregavam sem disfarçar o que ela realmente queria.
E o que era aquele desejo de ambos, parecia que seus corpos estavam conectados a um imã.
M: Que pena, então fica pra próxima.
Miguel levantou-se da mesa...
M: Estou indo, bom dia pra vocês.
E assim como no dia anterior, quase não se encontraram muito, Helena na verdade queria evita-lo o máximo possível.
Mas a noite, Helena acordou e desceu pra cozinha beber água, o calor de Sorocaba estava insuportável.
Quando...
H:Que susto ,Miguel, achei que já estava dormindo.
M: Não, acabei de chegar 
H: Você estava até agora na represa?(assustada)
M: (rindo) Estava...
H: Nossa, você gosta mesmo de lá, não é?
M: Quer ver?
H: O que?
M:Minha lancha!
E já foi pegando o celular, abriu a foto e mostrou...
H: Nossa ela é realmente linda(encantada)
M: Quando quiser é só dizer que te levo pra dar uma volta.
H: Afonso sempre diz que vai me levar, mas nunca me leva (meio querendo dar uma direta)
M: Sei(entendendo a direta)
H: Mas você quase nem devia ter tempo pra aproveitar isso, não?
M(rindo) Imagina, lancha é minha paixão, todo o fim de semana ia numa represa e ficava horas e horas no meio daquela água, sem pensar em nada, só ouvindo o barulhinho da água, mas era  alugada. Agora que estou no Brasil é melhor ainda, porque estou com a minha!
Helena estava com os olhos fechados encostada no balcão da cozinha imaginando enquanto Miguel dizia, como se ela estivesse lá, junto com ele.
H: Deve ser maravilhoso.
M: Quando quiser, estaremos a seu dispor (sorrindo e encarando-a)
H: Claro, acho que já vou subir, daqui a pouco já tenho que levantar (sorrindo)
M: É ... (retribuindo)
H:Boa noite.
M:Helena!(a segurando pelo braço e muito perto de sua boca) Obrigada por me deixar ficar aqui.
H:(sem jeito soltou-se) não se preocupe, Miguel (fixando os olhos nele)É um prazer poder te ajudar .
Helena deu um sorriso e foi em direção à escada que a levava para seu quarto. 
Miguel fez o mesmo, foi para seu quarto, deitou e rezou para que tirasse aquela mulher da sua cabeça.

sábado, agosto 30, 2014

5° Sonho de Amor

D: Aquela que acaba com você?(rindo)
Rindo pela situação.
M: Aquela que eu amo enlouquecidamente de todas as formas. (ainda sem acreditar)
D: Cara, eu achei até hoje que você mentia pra gente, sei lá, pra nos impressionar talvez?
M: Eu não acreditava em sonhos até agora.
D: Calma aí, você não está pensando em ir falar... (interrompido)
M:Não! Ainda não. (ainda olhando para ela)
D: Seria cômico se não fosse trágico.
M: Ela é linda.
D: Miguel, acorda!
M: Agora eu estou acordado. Estou mais que acordado.

Na cozinha
Alice: Raquel! Raquel! (nervosa)
Pedro ainda estava na cozinha quando Alice entrou eufórica, o mesmo preocupou-se;
P: O que foi, tia?
R: O que foi Dona Alice? (chegando à cozinha)
Alice: Água, água gelada.
P:Nossa (rindo) e pra que esse desespero?
Alice: É sua mãe tá tendo uma queda de pressão.
P: É o calor, isso sempre acontece. Ela parece flor de estufa, só tomar um sol que já começa a ficar ruim.
Alice: Bom, vou lá antes que ela desmaie!(aflita)
Assim que Alice saiu...
Pedro ficou ali, continuando sua investida...
P: Nossa, mas é impossível que uma menina linda como você esteja solteira.
Raquel ria timidamente.
P: Está mentindo pra mim, não é?
R: É claro que estou Pedro, eu tenho namorado sim.
P: Você acaba de acabar com meu sonho.
R: Você é engraçado Pedro.
P:Mas posso te fazer mudar de ideia não?(acariciando o cabelo dela)
R:Não! Não pode, eu gosto do meu namorado. (rindo)
P:Espera um mês, um mês e te faço mudar de ideia!
R:Tenta.
P:Pode esperar, eu não desisto fácil(saindo da cozinha)
R:Divirta-se
P:Ah! Esqueci a saquerita da tia Alice (voltou em direção a geladeira)
R:Deixa que pego pra você!(entrou na frente de Pedro e pegou pra ele)
P: Estou louco pra te ver de biquíni. (Dizendo ao pé do ouvido de Raquel)
R: Não mesmo!(rindo)
P:Tchau (rindo e saindo em direção a piscina)

Na piscina...
Alice: Está melhor, Helena?
H: Já sim (com a garrafa de água na mão)
Alice: Agora dá pra me contar o que aconteceu?
H:É ele, Alice, é ele.
Alice: Ele quem , mulher?!
H: O Homem daqueles sonhos malucos que eu tenho.
Alice: O cara de sunga vermelha?(incrédula)
H:Ele mesmo.
Alice: Calma aí, sonhos malucos? Não!(rindo)não acredito (rindo)
H:Para com isso, Alice.
Alice: Helena, ele existe!(rindo)
H: É, ele existe.
Alice: E é um Deus Grego, ein?
H:É.
Alice: é?(surpresa)
H: É! O pior é que é!

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P:O que você estão fazendo parados aí? Venham aqui, quero apresentar o resto da família.
M: Não, não quero incomodar, vou cair logo na piscina. (disfarçando)
P: Não vai incomodar nada não. Vem (empurrando os amigos em direção a Helena e Alice)
D:Ixxi cara, já era (falando baixinho para Miguel)

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A: Helena se controla porque Pedrinho está trazendo eles aqui.
H: Ai meu deus, será que é da faculdade do Pedro?
A: Pelo jeito sim.
H: Meu Deus, ele é só um menino.
A:Você fala como se realmente tivesse tido alguma coisa com ele. Você nem sabe qual é o nome dele, foi só um sonho.
H: Vou entrar na piscina.
Helena levantou para pular na piscina
P: Mãe! (gritou se aproximando)
A:Agora já era.
Helena paralisou no lugar.
Miguel olhou Helena e ficou encantado, era realmente linda, realmente idêntica aos seus sonhos.
Estava diante de seus olhos a mulher que roubara suas noites sem dó nem piedade, que o fazia incompleto na cama com sua namorada, que o deixava bobo sem saber às vezes as horas.
A mulher com quem com certeza seria feliz, que com certeza enlouqueceriam juntos, se não fosse o pequeno fato de ela somente existir em seus sonhos.
Até hoje quando descobriu que de seus sonhos jamais deveriam ter saído de sua cabeça, se era pra ela ser casada.
H:Oi Filho.
P:Olha só, o Douglas que você já conhece .(Douglas já cumprimentando Helena com um beijo no rosto)não sei se você já conhecia minha tia Alice, Douglas?
D: Não conhecia não, prazer Dona Alice(a cumprimentando)
Alice: Por favor dispense o “Dona” (rindo)
D: Desculpe. Alice.
Alice: Bem melhor assim.(rindo)
P:E esse aqui é o Miguel, meu amigo da Alemanha
H: Amigo da Alemanha?(meio sem reação)
A: O que vai ficar na casa de vocês por um tempo?
P: É, ele mesmo .
A: Ah! Meu Deus. (falando baixinho pra Helena)
M:Encantado, Dona Helena (A cumprimentando com um beijo no rosto)
H:Obrigada. (Tirando o óculos de Sol)Mas por favor também me tire o “Dona” (com um sorrisinho envergonhado)
M:Verdes!? Seus... Olhos (Abismado)
H:Sim. (rindo) Por quê?
M:Oh me desculpe, é que é raro ver pessoas com olhos assim... Assim (envergonhado)tão verdes.(sem graça)
H: (rindo) imagina.
Helena mal conseguia dizer as palavras.
A: É mesmo! A Helena faz sucesso com esses olhos.
P: E essa é minha tia Alice.
M: Prazer, Alice. (também a cumprimentando com um beijo)
D: Bom acho que vou dar um mergulho, o pessoal aqui só quer tomar sol(rindo)
Alice: Vai sim, Douglas, aproveita e a casa é sua viu.
D: Obrigado, Alice.
P: Mãe, você acredita que o pai já conhece o Miguel?
H: Como assim já conhece?
P: O Miguel representava o pai dele em algumas reuniões e era cliente do pai.
H: Nossa, que mundo pequeno.
M: Literalmente
A:E você faz o que na vida?
H:Alice!(reprendendo a cunhada pela indiscrição da pergunta)
M: Sou dentista
Alice: Legal, uma profissão... Calma. (olhando pra Helena)
M: É, muito calma mesmo.
Alice: Já a minha é completamente ao contrário (rindo)Professora.
M:Posso imaginar (rindo)
Alice: Mas Miguel, também divirta-se a casa é sua.
M: Então com sua licença, Helena e Alice, vou aproveitar essa piscina, está bem convidativa.
H:Tchau.(sorrindo)
M:Até logo.(A olhando fixamente)

Miguel não acreditava ainda no que seus olhos acabaram de ver.
Helena, Helena era o nome dela, até os olhos eram verdes como em seus sonhos.
Ele deu um mergulho na piscina, mas em sua cabeça Helena ocupava cada espaço. Ficou ali por alguns minutos. Em seguida saiu e deitou em uma cadeira que estava perto. Fechou os olhos e com o sol sobre seu rosto deixou que seus pensamentos  o completassem.
Alice: Helena, fecha essa boca.
H: Está maluca, Alice?
Alice: Está escrito na sua cara que você está perturbada.
H:O pior é que estou. Estou e muito.
Alice: Helena vem cá, ele é assim igualzinho? Assim igualzinho, mesmo?
H:Até o cheiro! (sem tirar os olhos dele)
Alice: Cheiro? Você sentia o cheiro no seu sonho?(já rindo da situação)
H: Sentia. (já entrando em desespero)
Alice: Falta só saber se ele é tudo aquilo na cama também.
H: Alice eu vou fingir que eu não ouvi você dizer isso.
Alice: Estou dizendo por dizer, você é casada jamais daria para você saber...
Alice: Ou daria?
Helena ficou em silêncio.
Alice: O que?(assustada com o silêncio da cunhada)
H: Mas é claro que não, Alice, eu só estou meio atordoada ainda com isso.
Alice: Ah.
H: E Ainda vai ficar lá em casa sabe Deus até quando!
...
Algum tempo depois...
Afonso veio vindo em direção a Helena e Alice.
A: Amor, sai desse sol, daqui a pouco você vai trocar de pele, você está aí desde que chegamos.
Alice: Isso mesmo querido cunhado, até esqueci da hora (rindo) onde está o Edu?
A: Churrasqueira.
Alice: Vou lá um pouco.(indo em direção a churrasqueira)
A: Está tudo bem, amor?(sentando ao lado da mulher)
H: Está, está ótimo (dando um selinho no marido)
A: Vem, vamos comer alguma coisa.
H: Não estou com fome .
A: Ou você come alguma coisa ou te jogo na piscina.
H: Estou com tanta fome que sou capaz de comer um boi inteiro.
A: (rindo)... Vem aqui vem  (nisso Afonso a pegou no colo)
H: Afonso, que vergonha!
A: Vergonha de que?
H: Todo mundo está olhando!(na verdade sem jeito por causa do Miguel)
A: Que olhem mesmo, porque a sereia que está nos meus braços, já tem dono.(e a beijou)
Helena ficou pensando com ela mesma, que Afonso não merecia seus pensamentos em outro, ele é o marido que toda mulher gostaria de ter.
Miguel, aquilo foi apenas um delírio, talvez um subconsciente, sei lá, mais não deixaria que isso atrapalhasse sua vida.
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D: Miguel, daqui a pouco o pai do Pedro vai socar a sua cara, você está secando a mulher dele.
M: Até os olhos são idênticos. Será que isso quer dizer alguma coisa?
D: Claro que quer dizer.
M: O que eu faço então?
D: Foge!
M: Fugir?... Com ela?(meio assustado com o que estava dizendo)
D: (rindo)... Miguel você está louco mesmo, deve ser o sol, não é possível. O que eu estou dizendo é que você tem que fugir mesmo se continuar comendo a mãe do Pedro com os olhos, porque isso quer dizer que você vai morrer, mais cedo ou mais tarde ou pelo Pedro ou pelo pai dele.
M: Ah Douglas.(não dando bola para o que ele estava dizendo)
D: Sério, Miguel, esquece isso, é loucura.
M: Esquecer o que, Douglas? O que você acha? Que eu vou trair a minha namorada com uma mulher casada, só porque eu sonhava com ela?
D: É, isso mesmo que eu estou pensando.
M: Até parece, olha só eles, ela ama o marido e eu amo a minha namorada.

quinta-feira, agosto 28, 2014

4° Sonho de Amor

H: Tudo bem, melhor ainda. Já conheceu meu filho também?
R: Não.
H:Assim que ele descer para o café eu te apresento.
R:Sim, a senhora quer alguma coisa de especial para o café?
H:Não, tudo que está nessa mesa, está mais que suficiente.
R:Então vou terminar de lavar a louça.
H:Fique à vontade, o Afonso já te mostrou seu quarto?
R:Já sim.
H:Não é perfeito, mas dá para ficar?
R:Está ótimo, Senhora Helena.
H:Se quiser alguma coisa, que coloque ou tire alguma coisa é só falar.
R:Não se preocupe com isso, eu não sou de luxo não.
Pedro no mesmo instante chegou na cozinha alegre e brincalhão como sempre.
P:Bom dia mãe!
H:Bom dia meu filho
P:Oi? (com uma voz maliciosa)
R:Bom dia senhor.
P:Senhor? Senhor está no céu lindinha.
H:Pedro! Sossega garoto! Olha só, Raquel se esse menino fizer algo para você, é só dizer que o pai dele coloca ele no lugar rapidinho.
Raquel não aguentou o segurar o riso.
P: Mãe, assim você acaba com a minha moral.
H:Raquel vai trabalhar aqui em casa, você se comporte.
P:Prazer Raquel, meu nome é Pedro a seu inteiro dispor (beijando sua mão)
Era uma moça tímida, mas achou graça em Pedro, ele a lembrava um irmão que deixou a cidade em que morava para conseguir emprego.
P:Mas e aí Raquel? Há quanto tempo você está aqui em Sorocaba?
R:Pouco tempo Senhor Pedro, quase um mês.
P: Senhor? Por favor, devemos ter praticamente a mesma idade.
R:Desculpa.
H:Deixa ela, Pedro. A menina acabou de chegar e você já está sufocando ela.
P:Desculpe, Raquel.
R:Não tem problema.
H: Eu vou indo, vê se não perde a hora, seu pai não está aqui para te lembrar (beijando-a)
P:Pode deixar, Dona Helena.
H:E deixe a Raquel em paz, senão ela pede demissão daqui a pouco. (deixando a cozinha)
Ele mal prestava atenção no que a mãe dizia a essa altura, a única coisa que queria era saber mais sobre a nova empregada, assim que Helena saiu, Pedro começou.
P:Raquel prometo que é a última pergunta.
R:Pode perguntar.
P:Você tem namorado?
Ela riu
P:Tem ou não?
R:Não tenho.
P:Hum(pensando)Então está bem, eu já vou indo até mais tarde.

Na sala de Helena, a mesma desabafava com a cunhada.
H:Me senti tão mal, Alice.
A:Essas coisas acontecem, quantas vezes eu esqueci de reuniões do Edu.
H:Mas eu achei que ele estava me traindo, isso é cruel.
A:Helena, para com isso, você está dando importância para nada.
H:Ele me fez uma declaração tão linda quando estávamos tendo essa conversa.
Ambas ficaram em silêncio por um momento.
H:Já são 18hrs, vamos? (levantando-se)
A:Não vou com você hoje, o Edu vem me buscar.
H: Nossa, mas que demora. Ele está vindo te buscar montado em cima de uma tartaruga?
Edu: O que você já está dizendo de mim baixinha?
H:Tava dizendo que você estava em cima de uma tartaruga, porque já são 18hrs.
Edu: Oi amor?(Beijando Alice)
A:Oi querido, já estava quase indo com a sua irmã.
Edu: Oi minha baixinha mala.
H:Vem cá Duh, sai esse bendito churrasco sábado?
Edu: Opa! Mas é claro, pode chamar as dançarinas!(Rindo)
A:Edu!(repreendendo o marido)
H:Claro que chamei e já pedi para elas o número dos dançarinos .
Alice começou a rir;
Edu: Última palavra tem sempre que ser de vocês, não?
H:Sempre!
Edu: Vamos então porque ainda tenho que passar no Supermercado, está com promoção de saquê.
H:Oba, será que a minha linda cunhada vai fazer saquerita pra gente?
A:Confesso que até eu estou com vontade de beber a saquerita que eu faço.
H:Vamos então.
Assim que Helena chegou em casa, encontrou Raquel pronta para sair.
R: Senhora Helena, só estava esperando a senhora chegar, deixei tudo arrumado, o jantar é só servir.
H: Aonde você está indo? Desculpe a inconveniência se for esse o caso.
R: Não se preocupe com isso, eu estou indo para faculdade.
H:Faculdade? Você faz faculdade? (estranhando)
R: Sei que deve estar pensando, como eu pago uma faculdade com um salário de doméstica.
H:Não!É que... (foi interrompida)
R:Meu pai, meu pai paga a faculdade pra mim, decidi que em vez da pensão, ele me pagasse a faculdade.
H:E você faz faculdade do que?
R:Adiministração.
H:O Pedro faz faculdade lá também, mas é de Odontologia e no período da manhã.
R: É que esse horário não atrapalha o meu serviço. Tem algum problema?
H:Não!De jeito nenhum. Pode ir sossegada e bom estudo.
R:Até mais.
Pedro naquele dia havia saído com os amigos, estava somente Helena e seus pensamentos naquela imensa casa vazia.
Ela pensou em fazer uma surpresa para o marido.
Tomou um banho, colocou o perfume que Afonso mais gostava uma camisola preta, soltou os cabelos ondulados até quase as costas e esperou...
Assim que ouviu Afonso chegar, ficou ali deitada como se estivesse dormindo, quando ele saiu do banho somente de toalha enrolada na cintura, Helena já estava em pé de frente a cama com uma garrafa de champanhe em uma das mãos.
A: Acho que não vou dormir tão cedo pelo jeito.
H:Se depender de mim, não mesmo.
Afonso já a agarrou e a virou de traz para ele e assim segurava e acariciava seus seios,  beijando seu pescoço fazendo com que ela gemesse baixinho, o pescoço, sabia bem onde enlouquecia sua mulher.
H: Sou toda sua.
Ele a prensou contra a parede e a beijou com força, beijava o pescoço, a boca, o colo. Ela soltou a toalha e o acariciou com tanta delicadeza que ele estava delirando, saía de si, suas pernas estavam tremulas.
Afonso a puxou para perto de si e foi em direção à cama. Assim que ficaram ali ao pé da cama ele abriu a camisola dela deixando-a completamente nua.
Não demorou muito mais para que ele a deitasse na cama e a invadisse, ficou por longos minutos naquele ritmo de prazer, os corpos já cansados, mas Afonso esperou Helena chegar ao máximo de prazer também.
Na verdade Helena ficava em um longo delírio, depois daqueles sonhos, eram mais forte que ela, necessitava fazer o mesmo na realidade.

Tiveram uma noite agitada, tanto sequer ouviram quando Raquel ou Pedro chegaram.
O fim de sema chegou, e o churrasco que tanto ensaiaram iria sair.
Lá estavam, todos na cada de Eduardo e Alice.
H: Pra que tudo isso de cerveja, Duh?
Edu: Antes sobrar do que faltar.
Alice: Eu disse, mas ele me escuta?
Edu: E o Afonso?
H:Ficou pegando algumas coisas em casa e já vem. Ah! Ele vai trazer a Raquel, nossa empregada, ela se diverte um pouco e também ajuda se for necessário.
Alice: Ótimo! Porque o Edu acha que me multiplico em dez.
Helena riu;
Edu: Pedro chamou os amigos?
H: Ele foi buscar o tal amigo da Alemanha no aeroporto, ia passar em casa deixar as coisas dele e depois viria para cá, mas não comentou que iria trazer mais alguém fora um amigo da faculdade .
Edu: Porque só dois? Eu disse que podia trazer amigos a vontade.
H:Fique dando corda, que daqui a pouco o nosso churrasco vai virar uma festa de faculdade.
Alice: O Edu acha que o coração da gente aguenta. Depois o azar é da coitada da Zuleide pra arrumar a bagunça. (rindo)
A conversa foi interrompida pela chegada animada de Afonso, que parecia que estava indo à praia.
A:Oi, família!
Afonso cumprimentou todos e logo foi para cozinha colocar as coisas que trouxe de casa para o churrasco.
H:Duh. Essa é a Raquel, nossa empregada.
Edu: Oi Raquel. Eduardo !(a cumprimentando)
H:A Alice você já conhece, não é?
R:Já, já sim.
Alice: Como não conhecer não é, Raquel? Não saio de lá (Rindo)
H:Bom, vem com a gente que iremos te mostrar a casa.
E assim Helena e Alice foram com Raquel até a cozinha.

Na sala Afonso e Eduardo conversavam;
Edu: Como você me arruma um pitelzinho desses para trabalhar em casa?
A:Sorte! Uma secretaria me indicou.
Edu: Fala pra ela indicar mais uma de onde veio essa.
A:Sossega, Eduardo. Alice não está dando conta? (rindo)
Edu: Que isso cara, minha mulher é maluquinha, mas sabe cuidar de mim como ninguém.
A:Então o que é isso? (rindo)
Edu: Instinto meu caro. Instinto!
...
Edu: Mas a Helena aceitou assim? Sem brigar? (Estranhando)
A: Meu amigo, nem eu sei como exatamente ela aceitou. (Rindo)
Edu: Porque pelo o que conheço daquela baixinha, ela ia virar um bicho!
A: Acho que ela gostou da menina.
Edu: Mas só entre nós aqui, sei que minha irmã é linda, mas você não está desafiando o seu instinto de homem, não?
A: Claro que não! Eu amo minha mulher, poderia a Juliana Paes estar de biquíni trabalhando em casa que eu jamais trairia a Helena.
Edu: Isso mesmo que eu esperava ouvir de você.

Na cozinha.
Alice: Então é isso Raquel, pode ir fazendo a salada, mas não se esqueça de se divertir.
H:Isso aí, até porque é impossível ficar perto do churrasco do meu irmão e não comer.
Alice: E se algum dos amiguinhos do Edu ou do Pedro vierem de gracinha com você, é só dizer, que já cortamos as asas deles.
R: (rindo) pode deixar Senhora Alice, eu aviso sim.
H:Então vamos para piscina.
R:Divirtam-se.

Na piscina, Alice e Helena estavam tomando sol, já haviam chegado várias pessoas, aproximadamente umas quinze.
Alice: Nossa, aquela sua empregada é de onde mesmo?
H: Não sei ao certo, mas acho que é do interior de São Paulo mesmo, ela não tem nenhum sotaque diferente.
Alice: Hum.
H: Porquê?
Alice: Ela não é de falar muito?
H:Não, as vezes até me sinto sem jeito, parece que estou enchendo a menina de tanta conversa boba.
Alice: Imagino (rindo)
H:Mas a cada dia que passa ela se abre um pouco mais.
Alice: É, porque é muito ruim trabalhar com alguém que não abre a boca pra nada.
H:Ela tem um jeito meio triste.
Alice: Triste?
H:Uma vida sofrida sabe, ela comenta aos poucos, mas acho que assim que sentir que pode confiar em mim ela conta tudo
Alice: Ela é bonita .
H:É.
Alice: Novinha.
H:É, talvez tenha a mesma idade do Pedro.
Alice: Deve ter tudo durinho ainda.
H:O que você  quer dizer Alice?
Alice: Helena do céu, eu estaria tendo um surto com uma empregada dessa em casa.
H:Imagina, eu confio no Afonso.
Alice: Isso eu não tenho dúvidas, mas e nela? Você confia?
H: Ela é só uma menina, tem idade pra ser filha dele.
Alice: Eu não vou ficar te pilhando também.
H:Não, no seu lugar falaria o mesmo, também pensei nisso. Mas confio no Afonso.
O assunto precisava acabar por ali, afinal, Helena não queria imaginar coisas onde não existiam.
Alice: Será que vai ter uns garotos de sunga branca aqui?
Helena ria do jeito despreocupada e extrovertido da cunhada.
Alice: Eu sou casada mas não estou morta.
H:Alice!(Rindo)
Alice: O que foi? Olhar não tira pedaço.
H: Você tem razão.
Alice: Estou rezando para que o meu querido sobrinho Pedro tenha te desobedecido e convidado vários amigos para aproveitarmos a paisagem.
Helena ficava até meio sem jeito às vezes com as coisas que a Alice dizia, ficava com vergonha por ela. Mas não podia negar de que estava certa, o que era olhar? Só olhar...
Sabia que Afonso e Eduardo estavam esperando o mesmo, muitas mulheres bonitas para olhar escondido por de trás dos óculos de sol.
...
Alguns minutos depois, Raquel aproximou-se da piscina e trazia com ela o que Helena reconheceu de longe.
H:Você sabe fazer saquerita?(Surpresa e pegando a bebida)
R:Eu?(rindo). Eu não senhora. Já estava pronto na geladeira, eu apenas estou servindo.
Alice: Eu já tinha deixado pronto.(provando)
H:Está no ponto.
Alice: Pode beber também Raquel. Modéstia parte eu faço a melhor saquerita do mundo.
H:Humildade te mandou lembranças, cunhada (rindo)Mas ela está certa, é uma delícia.
R: (rindo) Obrigada Senhora Alice, mas não sou de beber. Vou ficar com um suco mesmo.
Alice: Você quem sabe.
R:Com licença.(voltando para a casa)

Na sala...
A:Nossa, a quanto tempo não aproveito assim uma bela cerveja.
Edu: (rindo) Essa nossa escravidão de empresa.
... A campainha tocou...
Eduardo foi em direção à porta.
Edu: Oi Pedro, demorou ein?!Sua mãe já estava achando que você tinha trocado a família pelos amigos da faculdade. (rindo)
P:Que isso tio, mas eu trouxe os amigos.(rindo)
Edu: Ótimo, adoro a casa cheia.
Afonso foi indo em direção à porta também.
P:Oi Pai.
A:Oi filho.
P:Esse aqui é o Douglas que vocês já conhecem
Douglas os cumprimentou alegre.
P:E esse aqui é o Miguel, ele é quem vai ficar em casa por um tempo.
M:Oi! Boa tarde (os cumprimentando)
A:Não acredito. Você é o Miguel amigo do meu filho? Que mundo pequeno.
M: Afonso, quanto tempo!.
P: Vocês já se conhecem?.
M: Meu pai fazia negócios com o seu pai e quando ele não podia por causa da saúde eu representava ele.
Edu: Estão todos em casa então (rindo)
A:Sinto muito pelo seu pai, Miguel.
M:Obrigado.(deram um abraço seguido de um aperto de mão)
P:Mas e aí? Somos os primeiros ou já chegou muita gente?
A:Já chegou umas vinte pessoas.
P:Vinte?
Miguel ria meio disfarçando
Edu: Porque?
D: (rindo) Sua mãe vai te matar.
P:É que eu trouxe muita gente .
A:Filho!
D:Eu avisei (rindo)
Edu: Não trouxe só calçudos, não né?
P: (Rindo) Não.
Edu: Então está tudo ótimo meu sobrinho.
P:Não esperaria menos de você, tio!(abraçou o tio)
Edu :Mas vão, vão lá aproveitar a piscina, sua mãe e sua tia já estão lá. Sintam-se em casa.
D:Estou louco pra conhecer a empregada da casa do Pedro (cochichando com Miguel)
M:Se eu não fosse comprometido ia adorar conhecê-la também.
D: Sua namorada está em outro país, Miguel e olhar não arranca pedaço .(batendo em suas costas.)
M:Sou fiel!
D:Desculpe-me senhor Fiel (rindo)
E foram em direção ao banheiro colocar a sunga.
P: Vou na frente, espero vocês lá.
D:Beleza.

Na piscina...
H: De onde foi que surgiu toda essa gente?
Pedro estava aproximando-se quando Alice levantou-se e foi em direção à ela;
Alice: Sobrinho lindo da tia(beijando a bochecha)
Helena também já aproximava-se do filho;
H:Sabia que tinha dedo seu nessa tropa de garotada que verteu do chão.(apertando as bochechas do filho)
P: Desculpa, mãe. É que convidei e um foi avisando o outro e quando vi, já estava cheio de gente.(Rindo)
Alice: Você sabe que seu tio adora a casa cheia, não se preocupe, só não precisava essas garotinhas de biquíni, Pedro!
P: (Rindo) Tia, preciso ter uma boa paisagem também.
Alice: Ouviu isso, Helena? Só a paisagem de nós duas não é o suficiente.
H: Estou de olho nesse garoto.
P: Que mulheres ciumentas, minha mãe é uma gata, e minha tinha é linda, mas cá entre nós, não dá (rindo)
H:Já ouvi isso (rindo)
P:Se é que me entende né tia?
Alice: Entendo sim. (rindo) Mas cadê os amigos?
H:Alice!
P:Tão colocando uma sunga pra cair na piscina.
Alice: (rindo) tudo bem então.
P:Mãe a Raquel veio?
H:Veio! Está na cozinha ajudando a Zuleide.
P:Vou lá.
H:Não vai atormentar a menina, Pedro.
P:Só vou dizer um “Oi” mãe. (piscando pra tia)
Alice: Querido, traz outra saquerita pra sua mãe e eu, essa aqui já acabou faz um tempo.
P:Tudo bem. (indo pra cozinha)

Afonso e Eduardo estão na Churrasqueira...
A:Minha nossa. O que é aquela Loirinha de biquíni preto ali na beira da piscina?
Edu: Calma aí que vou ver.(com o espeto de picanha na mão)
Ele afastou-se um pouco e pode ver do que o cunhado dizia.
Edu: Aí sim meu amigo.
A:Só olhar com o olho e lamber com a testa.(rindo)
Edu: Assim eu não aguento, olha aquela ruivinha ali!(apontando pra cadeira onde ela estava tomando sol).
A:Minha mãe.(abaixando o óculos e babando na garota)
Edu: (Rindo) Santo Pedro, se não fosse esse garoto isso ia ser uma chatice.
A: Um tremendo fato.

Chegando à Área da piscina Douglas não sabia onde olhar primeiro;
D:Meu Deus, jamais achei que ia ver a Camila da minha sala de biquíni.
M:Calma aí Douglas, respira um pouco e disfarça, porque com essa cara de louco você vai assustar a garota (rindo)
D: Só porque você se dá bem com a mulherada, não quer dizer que você é um expert  no assunto e já pode dar aula.
M:Não fica bravinho não moleque, vamos aproveitar esse sol! (esfregando a mão no cabelo de Douglas)
Miguel era um homem de fazer qualquer mulher implorar por um olhar dele, estava de sunga vermelha para delírio das garotas da faculdade de Pedro, seu tanquinho a mostra e cabelo molhado devido a ducha que tinha acabado de tomar para entrar na piscina as levaram ao delírio.

A:Minha Nossa Senhora das Mulheres hipnotizadas pela sunga vermelha. Helena, olha aquilo ali!
...
D:Nossa Miguel, sempre eu estou na casa do Pedro, eu fico olhando a mãe dele e ela tem um jeito tão conservador sabe? Aquelas pessoa que não fuma, não bebe, não sai, sabe? Aquelas verdadeiras mãe de família tradicional? Mas de agora em diante acho que vou é ter sonhos eróticos com ela... Que o Pedro nunca me ouça... (Rindo)
M: A mãe dele não tem uns cinquenta anos?
D: Sei lá, deve ter (sem prestar muita atenção)
M:Então?
D:Então?E ntão olha ali pra ver se você não concorda comigo.
M:Onde?
D:Ali de óculos de sol e maiô azul marinho!
M:Ta de brincadeira?
...
Alice: O que você tem Helena?
H:Não pode ser...
Alice: O que você tem mulher?
H:Não...
Helena estava desesperada, estava tremendo tanto que já tinha até quebrado o copo vazio que havia deixado ao lado.
Alice: Helena! O que você tem? Quer uma água? Vou buscar, acho que é a pressão, o calor sei lá.
H:Faz isso Alice, me traz uma água.
Alice saiu correndo e foi até a cozinha atrás de água.
...
D:O que foi, Miguel? Fecha boca, desse jeito o pai do Pedro te soca aqui mesmo.
M:É ela Douglas.
D:Ela quem?
M:A mulher dos sonhos que eu tenho.

quarta-feira, agosto 27, 2014

3º Sonho de Amor

Helena o puxou para tras e ambos saíram da cozinha pela porta dos fundos dando a volta na casa.
Assim que chegaram ao quarto, não aguentaram a situação e riram.
H:Que sufoco. (rindo)
A:Porque você quis.
H:Como assim eu quis? Você queria que o nosso filho nos pegasse naquela situação na cozinha e ainda melecados de leite condensado?
A: O que teria demais?
H:Afonso!Está maluco, o que ele iria pensar?
A:Que os pais dele possuem uma vida sexual bem diversificada e que leite condensado literalmente serve para muitas outras coisas.(rindo)
H:Eu estou falando sério!
A:Eu também, sabe o que eu acho? Que a ainda é de madrugada, podemos tomar um banho de banheira para tirar esse leite condensado! Ein? (tirando a roupa dela)
H:Bem tentador (beijando-a)
Ele  pegou no colo e a levou para o banheiro.

Era madrugada quando Afonso acordou com Helena ao seu lado inquieta.
A:Helena!Amor! Você esta bem?
H:O que? (acordando assustada)
A:Você está bem? Está suando, estava se revirando na cama e resmungando algumas coisas.
H:O que?!
A:Não dava para entender, estava tendo algum pesadelo?
H:Pesadelo?(ainda meio atordoada). É, um pesadelo!
A:Fica aqui juntinho, eu te protejo. (puxando-a junto a eu peito)

Naquela manhã Helena não conseguira contar a Alice sobre o que acontecera, afinal, a mesma havia ido para a escola com Edu, mas assim que Helena a chamou, a mesma correu para a sala da diretoria pois imaginava o que seria.
Alice: Não acredito!
H:E a noite tive um daqueles malditos sonhos.
Alice: Malditos? Benditos! Quem dera eu ter um maldito sonho desse (rindo)
H:Alice, sério, não estou bem fazendo amor com o Afonso e imaginando outro, outro que nem existe.
Alice:E como foi?
H:Como foi o que, Alice?(não acreditando)
Alice: Como foi que o Afonso reagiu?
H:Ah! (aliviada) Ele disse que eu estava diferente.
Alice: Diferente?
H: Disse que eu estava mais...
Alice: Quente?
H: Queria achar uma palavra menos forte, mas é essa mesmo, quente.
Alice: Vai ver esses sonhos são de alguma Deusa do ”tchu tcha tcha” que quer te ajudar na sua vida sexual.
H: Eu não acho que minha vida sexual estivesse tão ruim assim. (rindo)
Alice: Você acha, e o Afonso?
H:Será?
Alice: Só uma suposição
H: Não, você pode estar certa!
Alice: Vou pesquisar sobre a Deusa Tchu tch(foi interrompida)
H:Não! Falo que você pode estar certa que talvez o Afonso estivesse querendo essa apimentada na nossa vida sexual.
Alice: É?
H: Então espero que esses sonhos continuem. (sorrindo)
Alice:Espero que nesse sonho apareça um irmão gato e você mande para a sua cunhada.
H: Você está muito assanhada, não? Você é mulher do meu irmão, sossega.
Alice: É para o bem do seu irmão mesmo.
Helena ria.

Já havia pouco mais de um mês que Helena estava com uns sonhos um tanto meio que estranhos. Sonhos de um sexo inesquecível, mas ela sentia não só o prazer do momentos sentia também o coração acelerado, como não sentia nem com Afonso, somente por isso se sentia culpada.
Estaria amando uma pessoa que não existe ou seria lembranças de uma vida passada?
Seja lá o que fosse, Afonso estava amando.

O tão esperado fim de semana chegou, mas para a tristeza de todos, o churrasco não rolou.
Afonso conversava com Edu ao telefone.
A:Como assim? Mas eu disse que podia ser aqui em casa.
H:O que foi? (chegando a sala)
A:Não, não tem problema, fica para o próximo fim de semana então.
Afonso desligou o telefone e foi em direção a Helena que estava sentada no sofá.
H:O que foi amor?
A:O churrasco na casa do teu irmão, foi pro ralo.
H:Porque?
A:Porque quebrou um cano na reforma do banheiro lá, e daí tá uma lameira.
H:E porque não faz aqui?
A:Porque é seu Irmão!
H: E o que é que tem ele ser meu irmão!? (sorrindo)
A:Até parece que você não o conhece. Ele disse que sempre é na nossa casa, nada mais justo agora que seja na casa dele.
Helena ria, lembrava que é assim mesmo que o irmão diz.
H:Achei que iria comer picanha hoje.
A:Nem você coloca fé na minha picanha, Helena.
H:Amor, você faz muitas outras coisas muito bem, mas a picanha perfeita, é a do Edu. (rindo)
A: Estou realmente triste.
Helena foi até o marido e sentou em seu colo.
H: Não exagera (dando um beijo)

A: Mudando de assunto, sabe o que eu estava vendo ontem?
H:O que?
A:Nas férias, podíamos alugar um barco e viajar só nós dois por uns dias.
H: Mas e o acampamento? Minha fantasia...
A:Ah!Você está preocupada com a fantasia, sua safadinha.
H:Mas você disse que ia realiza-la para mim.
A:Farei o mesmo se você for de barco comigo.
H:Então ótimo. Mas agora me da licença que eu preciso terminar de corrigir umas provas.
A: Mas hoje é sábado, Helena!
H:Ih!Também tenho que ver logo uma empregada.
A:A Secretaria lá da empresa disse que tem uma prima doméstica que está livre.
H:Serio?(animada). Com referência assim é bem melhor não é?
A:É sim, vou ver direito com ela e qualquer coisa ela já começa essa semana mesmo.
H:Está bem. Vou para o escritório porque as provas me esperam. (saindo)
Helena estava indo em direção ao escritório quando lembrou de perguntar algo.
H:Amor, onde está o Pedro?
A:Ele foi na represa com os amigos já que não teve churrasco.
H:Que perigo! Foi com o carro com certeza.
A:Não. Ele foi com aquele amigo, Douglas.
H:Ainda por cima alguém que não conhecemos.

Na casa de Helena e Afonso sempre tiveram uma rotina simples. Mas o que aconteceu naquele dia, deixou Helena intrigada, aliás muito intrigada. Ela desceu para tomar o café da manhã, mas para a sua surpresa só encontrou o filho.
H:Onde está o seu pai? (beijando a bochecha do filho)
P:Já foi!
H: Sem nem me dar um beijo?
P: Mãe, ele deve ter dado, mas a senhora estava dormindo.
H:São seis e meia da manhã!Ele saiu de madrugada? (irritando-se)
P:Era quase seis horas quando ele saiu, mãe!
H:E você tava fazendo o que acordado a essa hora também?
P:Xixi?
H: (rindo) Desculpa filho, é que achei estranho, seu pai não é de sair tão cedo assim, na verdade ele sai sempre depois de mim.
P:Relaxa mãe, talvez ele teve que adiantar alguma papelada lá na empresa.(comendo bolacha)
H:É, talvez seja isso.(meio intrigada)

Essa rotina estranha de Afonso, continuou, para piorar quando ele chegava a Helena já estava dormindo. Queria uma explicação, mas as vezes quando o via chegar, tinha medo da resposta que ouviria ao questioná-lo.
Helena e Alice conversavam no carro a caminho de casa.
A:Mas você perguntou alguma coisa pra ele?
H:Não.
A: Não? (estranhando)
H:Não perguntei, não queria que ele achasse que eu estou desconfiando dele.
A:Helena, não seja burra, seu marido está por todos esses dias saindo cedo para o trabalho e voltando tarde do trabalho e você não vai estar desconfiada?
H:Então, você também acha que não é coisa da minha cabeça?
A:Não foi isso que eu disse.
H:Hoje mesmo vou perguntar.
A:Me mantenha informada.
H:Pode deixar, porque se ele estiver me traindo eu mato ele.(Furiosa)

Helena chegou em casa, tomou um demorado banho e depois jantou com o Pedro.
P:Mãe, será que esse churrasco sai?
H:Seu tio disse que sim.
P:É que eu avisei o Douglas de novo.
H:Tudo bem filho(nervosa)
P:O que a senhora tem, mãe?
H:Eu?
P:É mãe, a senhora.
H:Não tenho nada filho, porque?
P:Não tocou na comida, está aí olhando todo momento para o relógio, nem está prestando atenção no que eu estou dizendo.
Ela não aguentou, precisava desabafar.
H:Seu pai está me enlouquecendo!
P: Em que sentido? (rindo)
H: Pedro! Olha como está essa semana, quase nem o vejo mais, desde quando o horário dele é esse?
P:Mãe, desde quando entramos no mês. ( despreocupado)
H: Como?
P: Aonde a senhora estava?
H:Droga.
P:Garanto que já estava pensando besteira, não é?
H:Sua mãe é uma tonta, filho. Preciso me deitar. (levantando-se)

Helena, onde você estava esse tempo todo? Seu marido mudou de horário e você nem percebeu... Ela se culpava em seus pensamentos.
Eram quase 23hrs quando Afonso chegou em casa, subiu para o quarto e viu Helena, a mesma já dormindo.
Trocou de roupa no maior silêncio para não acorda-la, fez sua higiene, deu um beijo delicado em Helena e quando ia deitar-se, ouviu Helena chama-lo.

A:Perdão meu amor, não queria te acordar, é que não resisti a te dar um beijo, essa semana quase não te vejo.
H: Estava te esperando.
A:Não precisava, amor.
H:Queria conversar.
A:Amor, estou um pouco cansado agora, mas se você quer conversar, eu converso.
H:Vem, deita aqui comigo, é só um pouquinho, até pegarmos no sono.
A:Claro
Afonso deitou na cama e colocou Helena encostada em seu peito, ficou acariciando seu cabelo.
A:O que foi amor? Você está tensa.
H:Me perdoa?
A:Perdoar? Por quê?
H:Por eu não ser uma mulher presente para você.
Afonso assustado segurou o rosto de Helena e ergueu a fazendo olhar para si.
A:O que você está dizendo?
H:Não sei, talvez eu não esteja sendo uma boa esposa.
A:Para com isso, eu te amo, você faz tudo por mim, é linda, esses teus olhos me prendem de uma maneira que eu sinto que se te perder eu morro.
H:É que eu pensei besteira e descobri que sou uma idiota.
A:Pensou besteira?
H:(envergonhada)Sinto muito por isso, mas é que não ouvi você dizer que ia mudar de horário esse mês. Só vivo para a escola e acabo não te dando atenção suficiente.
A: Está  tudo bem, você também tem seu emprego, eu entendo você não estar sempre ligada.
H:Mas mesmo assim, eu não fiquei bem em pensar que você poderia estar ...
A:Para.
H:Me perdoa?
A:Não tem o que perdoar.
H:Me perdoa ou não?
A:Mas é teimosa, eu perdoo. Perdoo só se eu ganhar muitos beijos.
H:Mas é claro, muitos(beijando)e muitos (beijando).
Helena é muito conservadora, sempre ali naquele apaixonante casamento. Nunca teve outro homem em sua vida a não ser Afonso.
Agora em varias vezes se pegava pensando em seus sonhos eróticos.
Depois de namorarem um pouco já quase pegando no sono...
A:Amor?
H:Hum? (já sonolenta)
A:Encontrei uma empregada, ela começa amanhã e o nome dela é Raquel, está bem?
H:Uhum. (sonolenta)
Afonso a beijou novamente e dormiram.

No dia seguinte...
Helena desceu as escadas e se assustou ao entrar na cozinha e encontrar uma linda garota, estatura média, cabelos presos em um rabo de cavalo, olhos pequenos e castanhos, vestia uma leguing e uma regata, estava de avental e com as mãos cheias de espuma da louça que lavava.
H:Bom dia?
R:Bom dia!(E foi indo em direção a Helena)
H:Você é a?
R:Raquel, Raquel Vilela a seu dispor!(enxugando as mãos no pano de prato para cumprimenta-la)
H:Prazer Raquel, meu nome é Helena Scarlet. Vou te mostrar o que fazer.
R:Não!(meio tímida). Não precisa, o senhor Afonso explicou tudo antes de sair.
Helena não expressou, mas não gostou de Afonso tê-la conhecido antes.

terça-feira, agosto 26, 2014

2° Sonho de Amor

Helena sempre foi uma mulher muito culta, sabia conversar sobre tudo, é diretora de uma escola particular em Sorocaba, sabe muito bem identificar-se com as ideias dos jovens, só a do seu filho Pedro que não, tem um casamento feliz com Afonso, são casados há mais de vinte anos. Sua rotina é bem agitada, a escola toma todo seu tempo. Além de diretora ela também é professora, então em alguns dias ela quase fica maluca.

Pedro chegou a cozinha e seu pai já estava junto à mesa como sempre.
A:Bom dia, filho.
P:Bom dia pai, cadê a mãe?
A:Está se arrumando... Pra casar de certo, daqui a pouco sua tia está aí e ela ainda nem tomou o café.
Pedro riu, via essa cena todos os dias pela manhã, pensava o quanto ele era sortudo por estar naquela família, mas foi interrompido por seu pai, que o chamou em tom de segredo.
A:Pedro...
P: Oi... (colocando o café na xícara)
A:Parabéns, filho. Voltou cedo, não havia um vestígio de areia no carro, estava com o tanque cheio. Estou orgulhoso.
P:Valeu pai, agora só falta a Dona Helena perceber isso.
H:Eu o que?(chegando à cozinha)
A:Estava demorando demais, daqui a pouco a Alice está aí e você sem tomar café.
H:Bom dia para você também, amor.(dando um beijo no marido)
P:Coff Coff, eu estou aqui ainda, será que podem esperar eu sair?
Helena riu.
A:Muito bom dia meu amor.
Afonso era um eterno apaixonado, mesmo após tantos anos de casados, via Helena como na primeira vez. Era definitivamente a mulher da sua vida.
H: Eu demorei, minhas belezuras, porque levantei mais cedo para preparar o café da manhã, que vocês estão aí há horas se deliciando. (sentando-se ao lado do filho)
P: “Own” mas que injustos nós somos.(beijando o rosto da mãe) Viu pai? Estávamos enganados, ela só está há uma hora se arrumando por causa do café de 15 minutos que ela fez.
H:Pedro! (dando um tapa na perna do filho e rindo da indireta)
A: Precisamos logo de uma empregada.
H:Também acho! (servindo-se)
O café da manhã prosseguia com alegria.
P:Antes que eu esqueça, o Miguel chega daqui há duas semanas da Alemanha, mãe. Aquele lance dele ficar aqui ainda está de pé, não é?
H:Claro, inclusive você já o avisou, não foi?
P:Avisei, vocês disseram que podia!
H:Então está dito, aqui tem espaço, a casa é enorme.
A:Por mim tudo bem, além disso ele pode ajudar na sua profissão.
P:É , ele já é formado, aliás disse que posso trabalhar com ele assim que ele abrir o consultório.
A:Nossa, isso vai ser ótimo, Pedro.
P:Ganharei experiência.
H:Bom, só me avise novamente quando estiver próximo, podemos fazer um almoço pra ele.
A:Ele vai ficar aqui mais ou menos quanto tempo?
P:Ele disse que não quer incomodar e pretende no máximo um ou dois meses até conseguir pelo menos o consultório dele.
A conversa fora interrompida pela divertida e simpática Alice, a mulher do irmão de Helena.
Alice: Bom dia família! (Dando um beijo no rosto de todos)
Alice além de cunhada de Helena e Afonso, é também a melhor amiga de Helena, por lecionar na escola de Helena, ambas iam justas à escola.

A:Bom dia, Alice. Senta aí, toma um café com a gente.
Alice:Não, não obrigada, já tomei café .Edu fez questão de fazer o café, então já viu, tive que acordar uma hora antes para comer alguma coisa, se não ia morrer de fome. (rindo)
H:Alice, ele não tem culpa de ficar sempre ruim, o que vale é a intenção.
Alice: Helena, impossível, ninguém come aquela panqueca que ele faz e pra aguentar até o intervalo das aulas não dá não!
Todos riam de como ela dizia sobre as tentativas de Edu no café da manhã. O mesmo nunca soube e se dependesse deles, nunca saberia.
H: Já iremos, deixe-me só terminar de tomar essa vitamina.
Alice: Sem pressa .
P:Não fala isso, tia ou vocês chegarão na escola só amanhã.(rindo)
Helena já levantava-se da mesa e ajeitava a bolsa nos ombros, enquanto comentava com a cunhada:
H:Alice, se você souber de alguma domestica disponível, me avise ou acabarei enlouquecendo.
Alice: Pode deixar, vou perguntar pra Rita, empregada lá de casa se ela sabe de alguma amiga. (acompanhando-a)
H:Bom, então vamos indo.(indo em direção à Afonso e dando-lhe um leve beijo)
A:Me avise quando chegar!
H:Tchau meu amor (beijando a bochecha do filho)
Helena estava deixando a cozinha, quando Afonso a lembrou.
A:Vai deixar o carro para revisar hoje?
H: Vou sim, você pode me buscar?
A:Claro.
Alice: Se quiser Helena volta comigo, Edu vai me buscar.
A:Não, eu busco também, sem problemas (sorrindo)
H:Tudo bem então, bom trabalho amor e boa aula filho.

A caminho da escola. Helena e Alice no carro conversavam um assunto que Eduardo e Afonso jamais imaginariam.
A:Helena! Conta, conta, conta.
H:Eu já não sei mais o que eu faço, está muito frequente, fico até sem jeito quando vou pra cama com o Afonso, porque meio fico esperando ele fazer o que o outro faz.
A:Mas é tão bom assim? (curiosa)
Helena a olhou e mordendo o lábio inferior fez um sinal de que sim.
A: Queria que acontecesse comigo também.
H: Na hora é bom, mas depois ficamos imaginando toda hora. É um tanto perturbador.
A: Mas me conta, como ele é?
H:Moreno, forte, suado, tem tatuagens... (respirando fundo)Ui. (rindo)
A:Estou com calor só de pensar.
H:Preciso ir me benzer de certo, isso só pode ser um trabalho!
A:E um trabalho muito do bem feito, para de bobeira, é só um sonho.
H:Será que é isso que chamam de sonho erótico.(curiosa)
A: Provavelmente, porque não vejo outro nome para isso. Só estava pensando, que poderia muito bem ser alguém que você conhecesse!
H:Está maluca? Imagina se eu o conhecesse? Toda vez que eu olhasse para ele ia ficar imaginando, nós... e a coisa em si.
A: Ia me matar de rir com a situação. (rindo)
H:Porque não é com você.
A: Infelizmente. (rindo)

Helena teve um dia tranquilo, os alunos pareciam até outros, pareciam bem mais calmos do que no dia anterior ou Helena é quem estava com a cabeça em outro lugar.
Era fim da tarde quando ela foi assustada pelo irmão que entrou de surpresa em sua sala.
Edu: Oi baixinha?! (entrando na sala)
H:Oi Du! Que saudade (indo em direção ao irmão)
Edu:Vim buscar a Alice, quer uma carona? (abraçando-a)
H:Não obrigada, Afonso vem me buscar.
Edu: Ok, estava pensando, o que você acha de fazermos um churrasco em casa esse fim de semana?
H:Nossa, faz tanto tempo que não fazemos isso. Acho uma ótima ideia, vou falar para o Afonso.
A:Falar o que? (Entrando na sala de Helena)
H:Oi Amor (indo em direção ao marido e beijando-o)
Edu: E aí Afonso! (cumprimentando o cunhado com um abraço)
A:Você está sumido, o que aconteceu?
Edu: A empresa está me sugando até os ossos.
A: Sei bem como é (rindo)
H: Amor, Du estava dizendo sobre fazermos um churrasco na casa dele esse fim de semana.
A:Ótima ideia, mas vocês não estão com uma reforma no banheiro?
Edu: Estamos,  mas até o fim de semana já estará pronta.
A:Se você quiser pode fazer em casa, não tem problema.
Edu: De jeito algum, da última vez já foi na casa de vocês.
A: Ok então (rindo)
Alice: Edu! Chegou faz tempo?(entrando na sala )
Edu: Não, acabei de chegar (dando um selinho na mulher)vamos?
Alice:Vamos, estou exausta, quero tomar um demorado banho e dormir.
Edu: Dormir à essa hora?
Alice: Sim...(piscando para Helena)
Helena disfarçou a risada, Alice era realmente uma figura.
H: Vamos também, amor.

E assim todos foram para casa.
Apreciavam uma comida de restaurante, afinal havia dias em que Helena chegava muito cansada e preparar o jantar chegava a ser cruel.
P: Que maravilha! Eu adoro aquela picanha que o tio Edu prepara.
A: Nossa...
P:Pai, desculpa, mas daquele jeito só o tio Edu quem consegue fazer (rindo)
Helena ria da expressão de Afonso.
P:Será que posso convidar uns amigos?
A:Acho que sim, nenhum maloqueiro e estará tudo certo.
P:Pai? Desde quando eu tenho amizade com maloqueiro?
H:Seu pai só está te irritando, filho.
P:Bom, eu vou indo me deitar.
Pedro ficou visivelmente chateado com o comentário e para que aquela conversa não acabasse se estendendo para uma briga, ele preferiu sair.
H:Já?
P:Perdi a fome. Boa noite pra vocês. (deixado a cozinha)
A:Boa noite, filho.
H:Dorme bem, meu anjo.

Assim que Pedro subiu para o quarto, Helena logo repreendeu o marido.
H:Afonso!
A:O que foi?
H:Porque fez isso?
A: Isso o que?
H: Eu realmente preciso repetir?
Afonso parou e pensou. Realmente não percebera que seu comentário despercebido fora tão infeliz assim.
A: Claro, como não me dei conta, no acidente tivemos uma briga feia e acabei dizendo que ele havia se tornado um mal..(foi interrompido)
H:Para, não fala nada. (foi em direção ao marido)
A:Que descuido meu.
H: Shiii! (fez sinal de silêncio)
A:O que foi? Ouviu alguma coisa?
H:Ouvi!
A:Meu Deus eu vou ver o que é (levantando da cadeira e indo e direção a janela)
H:Para! Para amor (falando baixinho) Venha aqui.
Helena o segurou pela mão e o levou até a outra janela.
H:Não faz barulho.
Afonso viu o que ela mostrava, Pedro, corria pelo jardim como um adolescente.
A:Mas esse menino não tem jeito, ele  já tem mais de 20 anos, não precisa disso.
H:E tem coisa mais gostosa do que pular a janela para ir namorar?
A:Realmente é muito bom, lembra uma vez que você pulou da sua janela para eu te pegar rindo)e (rindo) eu era um vara-pau e nós dois caímos e nos ralamos inteiros.(rindo)
H:Está dizendo que eu era gorda?(enrolando os braços no pescoço dele)
A:Gorda? Jamais, você sempre foi assim...
H: Assim como?(passando seu rosto no dele)
E os dois ali, abraçados em frente à janela.
A:Gostosa!
H:Que isso, amor!?(rindo)
A:É, gostosa mesmo, eu tenho a mulher mais gostosa desse mundo.(beijando-a).
Helena chegou perto de sua orelha e sussurrou...
H:Sabe o que pensei?
A:Essa sua carinha de sapeca as vezes me dá medo.
H:A casa está vazia.
A:Não, Helena...
H:Estamos sozinhos...
A:Nem pensar...
H:A cozinha está sem empregada...
A:O que?(curioso)
H:O que foi? (desconcertada)
A:Cozinha?
H:Porque? Não quer?
A: Sempre pensei que o seu alvo fosse a piscina!
H:Mudei de ideia. (beijando-o)
Ele parou o beijo.
A:Adorei a ideia.
Afonso puxou Helena em seus braços e começou a beija-la e em meio aos beijos foram em direção a cozinha;
Ao chegarem na mesma, Afonso logo abriu o zíper da saia de Helena e a abaixou, acariciou seu sexo e ela gemeu baixinho ao pé do ouvido dele.
A:Vem ser minha, Helena.(ofegante)
Ela o beijou com fervor, as mãos explorando cada parte de seu corpo, ele a ergueu e colocou em cima do balcão.
Os lábios em seu pescoço foi descendo, abriu os botões de seu casaquinho e o tirou.
Helena abaixou a cabeça para traz e fechou os olhos, enquanto ele delicadamente aproveitava cada pedaço de seu corpo.
Assim que abaixou o delicado casaco dela, ele beijou seus ombros, a entrelaçou com os braços e com a ponta dos dedos desabotoou o sutiã.
Ela envolveu as pernas em Afonso. O beijou novamente cada vez mais molhado e demorado.
A:Amor?!O que foi isso? Quase infarto.
H: Não aguenta?(o desafiando)
A:Não aguento? E quem é que sempre pede para parar no fim? (provocando-a)
H: Vai jogar na cara?(abrindo os botões da camisa dele) Dessa vez vai ser diferente.
Afonso riu por um momento, mas logo percebeu que a mesma não ria e que provavelmente falou sério.
A: Como assim? (Curioso)
Helena desceu do balcão, a essa altura só de calcinha, foi até a geladeira e voltou com uma expressão deliciosamente perturbadora.
A:Você só pode estar brincando.
H:Quero ver quem é que não vai aguentar agora.
O empurrou e o colocou literalmente ao chão (entre o balcão e a pia) amarrou os braços dele com um pano de prato e começou a desabotoar a calça
A:Meu amor. (ofegante) adorei essa sua nova versão.
H:Você ainda não viu nada. (sorrindo)
Ela começou a tortura-lo com os lábios. Em seguida abriu o leite condensado, começou pela boca e foi derrubando por todo o corpo de Afonso, até chegar a sexo.
H: Agora vem a melhor parte. (rindo)
Helena o beijou de um jeito que ele jamais havia visto antes e foi descendo com a boca pela extensão de seu corpo, o molhando com a língua até chegar onde Afonso mais queria.  Já quase não aguentando mais, começou a gemer baixo.
H:Ainda aguenta? (encarando-o)
A: Vai que é sua!(se contorcendo)
A diretora sabia que ele não iria aguentar por muito tempo, se concentrou por alguns minutos no sexo de seu marido até a hora em que ele desesperado disse:
A:Helena, você ganhou, me solta, não aguentando mais.
H: Eu não acredito... (sorrindo)
A: Me solta logo!
Assim que Helena o soltou, foi como ter soltado um leão em frente um pedaço de carne.
Ele avançou nela de certa maneira que talvez a tivesse até machucado, mas ambos estavam nem aí para isso, Helena queria era ele daquele jeito mesmo. Todo selvagem, todo incontrolável por causa dela.
Afonso estava tão eufórico que nem paciência para tirar a calcinha dela ele teve e logo a rasgou.
H:Noss... (foi interrompida por um beijo)
Beijo esse que se espalhou por todo o queixo e pescoço de Helena.
“Ah!”... Esse foi o grito que ela deu assim que Afonso a invadiu.
Movimentos pouco delicados, intensos e de uma maneira que fazia Helena fugir de si.
Depois de alguns minutos estão os dois ali na cozinha, ainda ofegantes e suados, deitados naquele piso que a essa altura já estava quente e escorregadio devido ao ato ali praticado.
A: Olha o estado em que eu estou.(ofegante)
Ela riu baixo;
H:Gostou? (debruçando-se em seu peito e o encarando)
A:Se eu gostei? Eu estou sem palavras para dizer o que eu senti em relação a isso. (Ofegante)
Helena e Afonso estavam tão entretidos com aquele sexo louco, que esqueceram-se da hora.
Pedro voltou da “fugidinha” e foi logo na cozinha procurar uma coisa para comer.
Assim que Afonso ouviu o barulho do filho descendo as escadas, entrou em desespero.
A:Amor! O Pedro! Ele tá vindo aqui. (sussurrando)
H:E agora?!

segunda-feira, agosto 25, 2014

1° Sonho de Amor

Na casa da família Winchester...
H:Bom dia amor...(dando um selinho no marido)
Afonso já encontrava-se junto a mesa, apreciando um delicioso e forte café, enquanto folheava concentrado o jornal daquela manhã.
A:Achei que não iria acordar mais. (rindo)
H:Ah ah. (Ironizando). Nem acredito que hoje é feriado e amanhã já é sábado!(sorrindo)
Ele levantou-se da mesa e aproximou de Helena de forma provocadora.
A:O que acha de viajarmos? Não seria uma ótima ideia?(beijando seu pescoço)
H:Amor, eu ia amar! Mas não posso, ainda tenho coisas da escola para resolver amanhã.
A: Vai ir para a escola amanhã? (assustado)
H: Não! De jeito algum, eu trouxe para casa.
A: Que pena. (apertando-a ainda mais entre seus braços)
Helena virou-se e ficou de frente para ele, ainda abraçados e encostados ali na pia da cozinha, ela o provocou, dizendo:
H:E posso saber, aonde é que iriamos? (sussurrando ao ouvido dele)
A:Acampar!
H:Acampar? (sem entusiasmo)
A:Sim! (sorrindo) Não gostou da ideia?
H: Achei que íamos em um passeio de Lancha? Você sabe o quanto eu gostaria de ir!
Porque acampar, não sei... Mosquitos, dor no corpo, bichos. Você sabe que eu tenho medo.
A:Helena, eu te levo para um passeio de Lancha nas tuas férias! Mas acho que sei como te fazer mudar de ideia em relação ao acampamento.
H:Como?(curiosa)
A:Você não disse que tinha uma fantasia que gostaria que eu realizasse?
H:Uhum.
A: A realizo do jeitinho que você quiser. Em troca, dormimos juntinhos, bicho nenhum vai chegar perto de você, ein?(dando mais um selinho)
H:Isso é tentador, muito tentador. (sorrindo)
A:E aí?(já animado)
H:Aceito, mas só nas férias mesmo, Afonso. Tenho trabalho para fazer. (afastando-se dele)
Antes que ela pudesse continuar arrumando o seu café, completou:
H:Mas não vejo a hora de realizarmos essa fantasia. (rindo)
Afonso no mesmo instante a puxo contra seu corpo e a encostou junto a pia.
A:Podemos fazer uma prévia aqui mesmo se você quiser.
H:Não faz assim, Afonso. (ofegante) Daqui a pouco o Pedro desce para tomar café. (fechando os olhos)
Ele conhecia a mulher, sabia como deixa-la excitada em pequenos minutos. No momento em que ela fechou os olhos, ele levou uma de suas mãos no interior de sua coxa, seguindo ali um caminho muito perigoso para a situação em que estavam.
Afonso encontrou o que queria, e ao massageá-la, presenciou o corpo de Helena entregar-se aos poucos.
A:Duvido que você resista, Helena. Eu te conheço meu amor. (sussurrando ao seu ouvido)
H:Para, Afonso(com a voz baixa)
P:Bom dia, mãe. Bom dia... Pai? Eu estou atrapalhando alguma coisa? (desconcertado)
H:Que isso filho, claro que não! (Afastando-se de Afonso) Eu só estava conversando aqui com o seu pai sobre o... O... (nervosa)
A: Sobre o feriado de hoje que não vamos desfrutar porque sua mãe trouxe trabalho pra casa. (voltando para a mesa)
P: Poxa, mãe. Que vacilo, ein! (sentando-se junto a mesa)
H:Pedro, você já sabe como é, não depende do meu querer.
P:Sei, tanto sei que já combinei de ir à praia com o pessoal da faculdade.
H:Achei que ia ficar em casa, com a sua família.
P:Achei que queriam aproveitar a casa, pai? (olhando para o pai com cumplicidade)
A: Isso aí, filho. Aproveite, outro dia marcamos algo em família.
H:Não apoia não, Afonso. Esse garoto daqui uns tempos nem vai querer ficar em casa.
P:Que exagero, mãe! (Indo em direção a ela)
Pedro aproximou-se dela e após um carinhoso abraço, deu um beijo em seu rosto.
Ambos voltaram para a mesa afim de terminarem o café, mas Helena já não gostara de saber que o filho não ficaria em casa com eles naquele feriado e a situação piorou depois que ouviu o que Afonso e Pedro concordaram.
P: Pai, você pode me emprestar o carro?
H:Claro que não!
A:Cuidado viu? Um arranhão e você fica cinco meses sem sair de casa. (entregando-lhe a chave)
P:Calma pai, relaxa que seu carro vai voltar do mesmo jeito.
H: Pelo visto, o que eu acho ou deixo de achar pouco importa nessa casa, perdi a fome. Bom dia para vocês.
Ao dizer isso, Helena levantou-se da mesa e saiu de forma intempestiva da cozinha.
A:Helena! Volta aqui, meu amor (chamando-a ainda da mesa)
H:Me deixa, Afonso. (atravessando a sala)
Ela entrou em seu escritório e tentou ali, esquecer o que acabara de ouvir.

Na cozinha Pedro e Afonso.
P:Valeu Pai!(Saindo)
A:Olha lá ein, filho, aí está a oportunidade de você mostrar pra sua mãe que eu posso deixar o carro na sua mão.
P:Fica tranquilo, pai.
Pedro pegou as chaves do carro, subiu para o quarto arrumar suas coisas e depois de um tempo, desceu.
Afonso continuava na sala, ainda folheava o jornal, mas agora sem interesse, já havia lido as notícias, e nesse momento gostaria apenas de passar o tempo.
P:Ainda está aí, pai? (descendo as escadas)
A:Porque?
P:Achei que tivesse ido amansar a fera. (rindo)
A:Estou esperando você sair.
P:Nossa, se é só por isso, fui! (rindo)
A:Juízo ein filho, não quero vestígios desse fim de semana no meu carro, entendido? (abraçando-o)
P: Está bem, pai. (já impaciente)
A:E muito cuidado nessa estrada e o mais importante, não beba antes de dirigir. (encarando-o)
Pedro assentiu com a cabeça.
A:Divirta-se. (sorrindo e acariciando os cabelos do filho)
Pedro estava saindo quando voltou a sala, dizendo:
P:Pai!
A:O que foi?
P:Espera só uns 5 minutinhos, vou me despedir da Mãe.
A: Claro.
O filho de Afonso bateu na porta do escritório, mas ninguém respondeu.
P:Mãe? (Abrindo a porta)
H:O que foi?
Ela estava séria, conhecia aquela expressão. Helena estava rodeada por vários papéis e livros. Ser diretora de uma escola com certeza lhe ocupava muito tempo.
Mas mesmo com aquele óculos de leitura deixando-a ainda mais com a expressão de brava, ele conhecia a própria mãe.
P:Vim te dar um beijo, já estou indo.
Helena não teve reação nenhuma, não disse nada. Então ele não continuou indo em direção à ela, virou-se para então seguir viajem, mas antes mesmo de alcançar a porta, ele a ouviu.
H:Espera, filho. Volte aqui!
Ela foi em direção a ele e o abraçou, forte e demorado.
P:Dona Helena, a senhora é durona ein! (sorrindo em meio aquele carinhoso abraço)
H:Pedro, você sabe que eu tenho muito medo de você com esse carro.
P:Eu aprendi a lição.(beijando-a)Fica tranquila, domingo eu já estarei de volta.
H:Quem vai com você?
P:Só o Douglas.
H:Cuidado filho, se você cansar reveza com ele.
P: Pode deixar mãe, agora tchau.
H:Tchau, amor.
Pedro saiu e Helena voltou a sua mesa, sentou e respirou fundo, disse em seus pensamentos...
“Deus proteja meu filho”

Não demorou muito tempo até que agora Afonso, fosse enfrentar a fera e sabia que com ele seria provavelmente mais difícil;
Ele bateu timidamente junto a porta, ela nada respondeu. Mas se ele fosse esperar por alguma resposta, naquela situação ficaria eternamente do lado de fora daquele escritório.
Então ele foi entrando devagar.
A:Posso entrar?
H:Já entrou, não é mesmo, Afonso.
A:Nossa, essa me machucou, Helena.
H:O que?
A:Afonso!
H:E não é o seu nome?
A:Amor, para com isso (indo em direção a mesa)
H:Foi você que começou.
A: Pedro amadureceu, você precisa superar isso.
H:Ainda é muito forte, eu sei que já se passaram três anos desde o acidente do Pedro, mas em mim a sensação de quase perde-lo não sai.
A:Vem aqui (a levantando da cadeira e a abraçando) Dessa vez ele não vai sozinho (a acariciando os cabelos)
H:Eu vou superar isso, mas só não sei quando. (abraçando-o)
Ela o abraçou por breves minutos, mas logo separou e disse em tom ríspido:
H:Mas você não devia ter ignorado minha resposta daquele jeito.
A:A Dona Helena está querendo brigar mesmo.
Helena não conseguiu segurar o riso.
H: É porque dizem que a reconciliação é sempre inesquecível.
A:Se é apenas por isso, aconselho brigarmos pelo menos quatro vezes na semana. (sorrindo)
Ela riu.
A:Acho inclusive que devíamos começar agora. Porque você estava muito brava comigo, não é?(brincando)
H:Sim, estou tão brava, mas tão brava que vou te deixar de castigo hoje e vou esquecer que isso aconteceu, então não tem reconciliação. Não é ótimo?(sorrindo e afastando-se)
A: Você está de brincadeira?
H:Eu estou com cara de quem está brincando, Afonso?(saindo)
A:Helena, isso não se faz!(rindo e seguindo-a)
Helena e Afonso quase nunca brigavam, eram apenas discussões bobas e geralmente pelo mesmo motivo, um desautorizando o outro em relação ao Pedro.
Há três anos, Pedro havia pego o carro sem autorização de Afonso e foi para uma festa com os amigos, na volta havia deixado todos em casa e ficou sozinho. Ele havia bebido um pouco, estava já com os olhos pesados quanto perdeu a direção e sofreu um grave acidente. Ficou um mês e meio em coma entre a vida e a morte, Helena se lembra desse acidente como se tivesse ocorrido um dia antes de cada dia em que Pedro sai com o carro.
Hoje Pedro amadureceu, é responsável, sabe as consequências de um ato imprudente.
Mas isso não entra na cabeça de Helena.

O fim de semana se passou, rápido, para a tristeza de todos. Era manhã daquela segunda-feira e todos tomavam café junto à mesa.

domingo, agosto 31, 2014

6° Sonho de Amor


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Na  área da churrasqueira...
Edu: Baixinha, achei que não viesse comer a minha picanha.
H:Jamais! E perder a oportunidade de ganhar uns quilinhos?
Edu: Baixinha! Run.
H: Estou brincando, Du! Sei que você tira todo o excesso de gordura. 
Edu: Run!
P: Mãe, onde está a Raquel?(Chegando)
H: Eu não sei, deve estar na cozinha.
Alice: Ela foi pra casa!
A: Não quis aproveitar a festa?
H:Você andou perturbando a menina, Pedro? (já olhando brava para o filho)
P: Não, só a vi quando cheguei.
Alice :Ela disse que tinha ajudado a Zuleide em tudo e que queria descansar, então falei que ela podia ir.
H: Por mim tudo bem, não aproveitou nada, está cheio de molecada da idade dela aí.
P:Ah, então acho que vou lá dar um mergulho (terminando de beliscar o pão de alho que estava sobre a mesa)
Alice: Eu vou conversar ali com a mulher do Ricardo, já volto aqui.(saiu em direção a amiga)
Edu: Afonso, olha aqui pra mim (referindo-se ao churrasco) vou no banheiro.
A: Pode deixar.(já indo ver a carne)
H: Passou protetor nessas costas?(o abraçando por trás)
A: Passei, e você? (sorrindo)
H:Também.
A: Nem pediu minha ajuda. (fazendo biquinho)
H: Você estava tão entretido com o Du, que fiquei com dó de incomodar.
A: Já disse que você fica muito sexy com esse maiô?(virando-se de frente pra ela)
H: Não...(sorrindo pra ele)
A: Então, como eu estava dizendo, você fica muito sexy assim. (já apertando a contra si)
H: Para com isso, Afonso, alguém pode ver.
A: A é? E se eu fizer isso?(foi indo em direção ao pescoço dela)
H: Para, para... Isso não vai prestar, olha só (mostrando a churrasqueira) aquele espeto já está quase queimando. 
A: Vou ver... (rindo)
H: Acho que vou buscar uma saquerita, você quer?
A: Quero sim.
H: Já volto então(dando um selinho no marido)
A: Não demora!
H: EI!
A: O que foi?
H: Fica esperto (fez sinal com os dedos no olho)Estou de olho em você.
A: Só tenho olhos pra você, amor.
H: Sei...
E foi em direção à cozinha.
Na cozinha...
Helena chegou à cozinha, mas não tinha ninguém, talvez Zuleide estive servindo os convidados lá fora, como sabia que estava na geladeira, foi pegar, assim que virou-se esbarrou em alguém e simplesmente fez uma lambança.
H:Oh meu Deus, me desculpe, foi tudo minha...(parou do nada)
M: Não foi nada, Helena.
H: Miguel! Como eu sou desastrada.
M: Acontece, fui eu que fiquei em frente a geladeira
H: Não, eu que estava dormindo, agora você deve estar me odiando, te sujei todo.(nervosa)
M: (rindo)... Sujou? Nem estou com roupa e muito menos te odiando... Estou adorando... (sorrindo)
Helena ficou tão sem jeito com o que ele tinha dito que foi inevitável seu rosto não vermelhar na hora.
H: (rindo) É, que bom então... Mesmo que você esteja sem roupa, agora está todo melecado. (rindo)
M: Estou doce... (rindo)
Helena não conteve seus pensamentos e na mesma hora via como em seus sonhos, a vez em que usou o leite condensado naquele peitoril e até tentou fazer o mesmo com Afonso, mas não teve o 100% de resultado que esperava.
M: Você me desculpe,  Helena sou assim, meio palhaço mesmo.
H: Sem problemas, eu gosto (sorrindo) Eu gosto de pessoas assim divertidas (tentando concertar a resposta que dera)
M: Onde será que tem um pano? Tem fruta aqui... (apontando par o seu peito)
H:Ah (rindo)deixa eu pegar uma pano pra te limpar (rindo)
Helena começou a abrir os armários da cozinha procurando um pano.
Miguel logo achou a oportunidade de puxar assunto
M: Você é diretora?
H: É (sorrindo)
M: Pedro me contou um dia desses, pode me visitar qualquer dia...
Helena ria discretamente.
M: O Consultório de odontologia vai ser pertinho da sua escola, pode ir me ver.
H: (rindo) Como?
M: Digo, o meu consultório, afinal, Pedro vai trabalhar lá também! (tentando mais uma vez se concertar)
H: Claro, assim que estiver pronto, visito seu consultório sim.
M: Só pra visitar mesmo, porque você já tem um sorriso lindo...
Ambos estavam dizendo coisas que devia estar somente em seus pensamentos. Estavam sendo inconvenientes.
Entrando na cozinha...
A:Amor?
H: Afonso! (surpresa) Já estava indo...
A: Você estava demorando e o Edu já voltou, então vim ver o que estava acontecendo (Já olhando Miguel dos pés à cabeça)
M: (Rindo) Desculpe, Afonso, foi minha culpa.
H: Não, foi minha culpa, acabei derramando bebida no Miguel e estava procurando um pano pra ele se limpar.
A: Onde está a Zuleide?
H: Não sei, quando cheguei ela já não estava, certamente isso não teria acontecido se ela estivesse aqui.
A: (Rindo) Alice estava te procurando, vamos?(a puxando para fora da cozinha)
H:Claro, vamos sim. O pano, Miguel(entregando a ele que estava encostado na pia)
M:Obrigado.
H:E desculpa mais uma vez (sorrindo)
M:Não se preocupe.
Miguel ficou nas nuvens, pensava com ele mesmo... Que destino é esse? Não era possível, alguma coisa esses sonhos queriam dizer.
Seria Helena a mulher da sua vida? Está certo que ela era casada, mas e daí? Separa e pronto!
O que estava pensando? Estava louco? Só podia estar, estava pensando como se ela também estivesse louca por ele.
Precisa sair dali, sumir daquela festa, não dava pra ficar muito mais naquele lugar com ela tão perto, embora soubesse que ia ficar na mesma casa que ela, mas talvez precisasse de um tempo para se preparar mentalmente.
E saiu em direção a piscina.

Na churrasqueira.
Alice: Nossa, que demora, isso porque eu deixei pronta na geladeira não é, Helena?
H:Eu sou desastrada, derrubei lá na cozinha e como a Zuleide não estava, demorei um ano para achar um pano.
Edu: (rindo) Sorte sua que a Zuleide não guarda as coisas muito altas!
H:Ah ah ah(ironizando a risada) engraçadinho, falou “O ALTO”.
Alice: Bem feito Edu.
H: (rindo) Já esta tarde, vamos para casa, amor?
A: Ah não, Amor... Agora que o sol está ficando fraco pra eu poder dar uma mergulhada.
H: Então acho que vou pra casa, você pode ficar.
Alice: Antes de você ir espera, vou fazer um prato com umas coisinhas gostosas pra você levar pra Raquel, coitada nem comeu e aproveitou nada.
H: Faz, eu levo sim.
A: Prometo que não demoro, ok?(dando selinho na mulher e indo em direção à piscina)
H: Você fica de olho nele pra mim, ok?(olhando pra Alice)
A: Pode deixar...
Edu: Amor? Você também faz isso?
A: Sempre, Edu.
Edu: Vocês mulheres são uma facção.
A: Quem não deve não teme.
Edu: Medo de vocês (rindo)
---
Helena foi para casa, mas Miguel não estava, tinha ido dar uma volta na represa com sua lancha, foi deixar os pensamentos fluírem.
Quando ele voltou, ela já estava em seu quarto dormindo.

No dia seguinte...
No café da manhã na casa dos Windshester
Todos estavam à mesa...
P: Mãe, você precisa ver, é linda!
H: Imagino mesmo, seu pai vive dizendo que vai me levar e nunca leva.
A: Amor, você sabe que não é fácil assim, tem que ver o lugar, quem vai levar, porque não sei pilotar uma lancha.
M: Bom, quando quiser é só dizer que levo você... Digo vocês pra um passeio, a lancha que ganhei do meu pai fica lá na represa, é um bom lugar pra navegar.
H: Você gosta?
M: Amo, amo muito, sempre ia e ficava horas naquela imensidão de água.
A: Que coragem e paciência.
Helena ao contrário de Afonso estava encantada com o que Miguel dizia sobre seus passeios de lancha.
P: Bom, eu marquei de dar um passeio com o Douglas a tarde toda, quer ir com a gente, Miguel?
M:Valeu amigo, mas vou curtir minha lancha hoje.
A: Bom passeio pra vocês.
M: Não querem ir?
Helena queria muito dizer sim, mas achou melhor não, Afonso não estava com uma cara de quem iria passear de lancha com ela e muito menos deixa-la ir sozinha com Miguel.
Já Miguel, implorava por um sim de Helena, estar fazendo o que mais gosta com ela como companhia, seria quase como um sonho.
H:Não, melhor deixar pra outro dia.
Os olhos dela quase que entregavam sem disfarçar o que ela realmente queria.
E o que era aquele desejo de ambos, parecia que seus corpos estavam conectados a um imã.
M: Que pena, então fica pra próxima.
Miguel levantou-se da mesa...
M: Estou indo, bom dia pra vocês.
E assim como no dia anterior, quase não se encontraram muito, Helena na verdade queria evita-lo o máximo possível.
Mas a noite, Helena acordou e desceu pra cozinha beber água, o calor de Sorocaba estava insuportável.
Quando...
H:Que susto ,Miguel, achei que já estava dormindo.
M: Não, acabei de chegar 
H: Você estava até agora na represa?(assustada)
M: (rindo) Estava...
H: Nossa, você gosta mesmo de lá, não é?
M: Quer ver?
H: O que?
M:Minha lancha!
E já foi pegando o celular, abriu a foto e mostrou...
H: Nossa ela é realmente linda(encantada)
M: Quando quiser é só dizer que te levo pra dar uma volta.
H: Afonso sempre diz que vai me levar, mas nunca me leva (meio querendo dar uma direta)
M: Sei(entendendo a direta)
H: Mas você quase nem devia ter tempo pra aproveitar isso, não?
M(rindo) Imagina, lancha é minha paixão, todo o fim de semana ia numa represa e ficava horas e horas no meio daquela água, sem pensar em nada, só ouvindo o barulhinho da água, mas era  alugada. Agora que estou no Brasil é melhor ainda, porque estou com a minha!
Helena estava com os olhos fechados encostada no balcão da cozinha imaginando enquanto Miguel dizia, como se ela estivesse lá, junto com ele.
H: Deve ser maravilhoso.
M: Quando quiser, estaremos a seu dispor (sorrindo e encarando-a)
H: Claro, acho que já vou subir, daqui a pouco já tenho que levantar (sorrindo)
M: É ... (retribuindo)
H:Boa noite.
M:Helena!(a segurando pelo braço e muito perto de sua boca) Obrigada por me deixar ficar aqui.
H:(sem jeito soltou-se) não se preocupe, Miguel (fixando os olhos nele)É um prazer poder te ajudar .
Helena deu um sorriso e foi em direção à escada que a levava para seu quarto. 
Miguel fez o mesmo, foi para seu quarto, deitou e rezou para que tirasse aquela mulher da sua cabeça.

sábado, agosto 30, 2014

5° Sonho de Amor

D: Aquela que acaba com você?(rindo)
Rindo pela situação.
M: Aquela que eu amo enlouquecidamente de todas as formas. (ainda sem acreditar)
D: Cara, eu achei até hoje que você mentia pra gente, sei lá, pra nos impressionar talvez?
M: Eu não acreditava em sonhos até agora.
D: Calma aí, você não está pensando em ir falar... (interrompido)
M:Não! Ainda não. (ainda olhando para ela)
D: Seria cômico se não fosse trágico.
M: Ela é linda.
D: Miguel, acorda!
M: Agora eu estou acordado. Estou mais que acordado.

Na cozinha
Alice: Raquel! Raquel! (nervosa)
Pedro ainda estava na cozinha quando Alice entrou eufórica, o mesmo preocupou-se;
P: O que foi, tia?
R: O que foi Dona Alice? (chegando à cozinha)
Alice: Água, água gelada.
P:Nossa (rindo) e pra que esse desespero?
Alice: É sua mãe tá tendo uma queda de pressão.
P: É o calor, isso sempre acontece. Ela parece flor de estufa, só tomar um sol que já começa a ficar ruim.
Alice: Bom, vou lá antes que ela desmaie!(aflita)
Assim que Alice saiu...
Pedro ficou ali, continuando sua investida...
P: Nossa, mas é impossível que uma menina linda como você esteja solteira.
Raquel ria timidamente.
P: Está mentindo pra mim, não é?
R: É claro que estou Pedro, eu tenho namorado sim.
P: Você acaba de acabar com meu sonho.
R: Você é engraçado Pedro.
P:Mas posso te fazer mudar de ideia não?(acariciando o cabelo dela)
R:Não! Não pode, eu gosto do meu namorado. (rindo)
P:Espera um mês, um mês e te faço mudar de ideia!
R:Tenta.
P:Pode esperar, eu não desisto fácil(saindo da cozinha)
R:Divirta-se
P:Ah! Esqueci a saquerita da tia Alice (voltou em direção a geladeira)
R:Deixa que pego pra você!(entrou na frente de Pedro e pegou pra ele)
P: Estou louco pra te ver de biquíni. (Dizendo ao pé do ouvido de Raquel)
R: Não mesmo!(rindo)
P:Tchau (rindo e saindo em direção a piscina)

Na piscina...
Alice: Está melhor, Helena?
H: Já sim (com a garrafa de água na mão)
Alice: Agora dá pra me contar o que aconteceu?
H:É ele, Alice, é ele.
Alice: Ele quem , mulher?!
H: O Homem daqueles sonhos malucos que eu tenho.
Alice: O cara de sunga vermelha?(incrédula)
H:Ele mesmo.
Alice: Calma aí, sonhos malucos? Não!(rindo)não acredito (rindo)
H:Para com isso, Alice.
Alice: Helena, ele existe!(rindo)
H: É, ele existe.
Alice: E é um Deus Grego, ein?
H:É.
Alice: é?(surpresa)
H: É! O pior é que é!

---
P:O que você estão fazendo parados aí? Venham aqui, quero apresentar o resto da família.
M: Não, não quero incomodar, vou cair logo na piscina. (disfarçando)
P: Não vai incomodar nada não. Vem (empurrando os amigos em direção a Helena e Alice)
D:Ixxi cara, já era (falando baixinho para Miguel)

---
A: Helena se controla porque Pedrinho está trazendo eles aqui.
H: Ai meu deus, será que é da faculdade do Pedro?
A: Pelo jeito sim.
H: Meu Deus, ele é só um menino.
A:Você fala como se realmente tivesse tido alguma coisa com ele. Você nem sabe qual é o nome dele, foi só um sonho.
H: Vou entrar na piscina.
Helena levantou para pular na piscina
P: Mãe! (gritou se aproximando)
A:Agora já era.
Helena paralisou no lugar.
Miguel olhou Helena e ficou encantado, era realmente linda, realmente idêntica aos seus sonhos.
Estava diante de seus olhos a mulher que roubara suas noites sem dó nem piedade, que o fazia incompleto na cama com sua namorada, que o deixava bobo sem saber às vezes as horas.
A mulher com quem com certeza seria feliz, que com certeza enlouqueceriam juntos, se não fosse o pequeno fato de ela somente existir em seus sonhos.
Até hoje quando descobriu que de seus sonhos jamais deveriam ter saído de sua cabeça, se era pra ela ser casada.
H:Oi Filho.
P:Olha só, o Douglas que você já conhece .(Douglas já cumprimentando Helena com um beijo no rosto)não sei se você já conhecia minha tia Alice, Douglas?
D: Não conhecia não, prazer Dona Alice(a cumprimentando)
Alice: Por favor dispense o “Dona” (rindo)
D: Desculpe. Alice.
Alice: Bem melhor assim.(rindo)
P:E esse aqui é o Miguel, meu amigo da Alemanha
H: Amigo da Alemanha?(meio sem reação)
A: O que vai ficar na casa de vocês por um tempo?
P: É, ele mesmo .
A: Ah! Meu Deus. (falando baixinho pra Helena)
M:Encantado, Dona Helena (A cumprimentando com um beijo no rosto)
H:Obrigada. (Tirando o óculos de Sol)Mas por favor também me tire o “Dona” (com um sorrisinho envergonhado)
M:Verdes!? Seus... Olhos (Abismado)
H:Sim. (rindo) Por quê?
M:Oh me desculpe, é que é raro ver pessoas com olhos assim... Assim (envergonhado)tão verdes.(sem graça)
H: (rindo) imagina.
Helena mal conseguia dizer as palavras.
A: É mesmo! A Helena faz sucesso com esses olhos.
P: E essa é minha tia Alice.
M: Prazer, Alice. (também a cumprimentando com um beijo)
D: Bom acho que vou dar um mergulho, o pessoal aqui só quer tomar sol(rindo)
Alice: Vai sim, Douglas, aproveita e a casa é sua viu.
D: Obrigado, Alice.
P: Mãe, você acredita que o pai já conhece o Miguel?
H: Como assim já conhece?
P: O Miguel representava o pai dele em algumas reuniões e era cliente do pai.
H: Nossa, que mundo pequeno.
M: Literalmente
A:E você faz o que na vida?
H:Alice!(reprendendo a cunhada pela indiscrição da pergunta)
M: Sou dentista
Alice: Legal, uma profissão... Calma. (olhando pra Helena)
M: É, muito calma mesmo.
Alice: Já a minha é completamente ao contrário (rindo)Professora.
M:Posso imaginar (rindo)
Alice: Mas Miguel, também divirta-se a casa é sua.
M: Então com sua licença, Helena e Alice, vou aproveitar essa piscina, está bem convidativa.
H:Tchau.(sorrindo)
M:Até logo.(A olhando fixamente)

Miguel não acreditava ainda no que seus olhos acabaram de ver.
Helena, Helena era o nome dela, até os olhos eram verdes como em seus sonhos.
Ele deu um mergulho na piscina, mas em sua cabeça Helena ocupava cada espaço. Ficou ali por alguns minutos. Em seguida saiu e deitou em uma cadeira que estava perto. Fechou os olhos e com o sol sobre seu rosto deixou que seus pensamentos  o completassem.
Alice: Helena, fecha essa boca.
H: Está maluca, Alice?
Alice: Está escrito na sua cara que você está perturbada.
H:O pior é que estou. Estou e muito.
Alice: Helena vem cá, ele é assim igualzinho? Assim igualzinho, mesmo?
H:Até o cheiro! (sem tirar os olhos dele)
Alice: Cheiro? Você sentia o cheiro no seu sonho?(já rindo da situação)
H: Sentia. (já entrando em desespero)
Alice: Falta só saber se ele é tudo aquilo na cama também.
H: Alice eu vou fingir que eu não ouvi você dizer isso.
Alice: Estou dizendo por dizer, você é casada jamais daria para você saber...
Alice: Ou daria?
Helena ficou em silêncio.
Alice: O que?(assustada com o silêncio da cunhada)
H: Mas é claro que não, Alice, eu só estou meio atordoada ainda com isso.
Alice: Ah.
H: E Ainda vai ficar lá em casa sabe Deus até quando!
...
Algum tempo depois...
Afonso veio vindo em direção a Helena e Alice.
A: Amor, sai desse sol, daqui a pouco você vai trocar de pele, você está aí desde que chegamos.
Alice: Isso mesmo querido cunhado, até esqueci da hora (rindo) onde está o Edu?
A: Churrasqueira.
Alice: Vou lá um pouco.(indo em direção a churrasqueira)
A: Está tudo bem, amor?(sentando ao lado da mulher)
H: Está, está ótimo (dando um selinho no marido)
A: Vem, vamos comer alguma coisa.
H: Não estou com fome .
A: Ou você come alguma coisa ou te jogo na piscina.
H: Estou com tanta fome que sou capaz de comer um boi inteiro.
A: (rindo)... Vem aqui vem  (nisso Afonso a pegou no colo)
H: Afonso, que vergonha!
A: Vergonha de que?
H: Todo mundo está olhando!(na verdade sem jeito por causa do Miguel)
A: Que olhem mesmo, porque a sereia que está nos meus braços, já tem dono.(e a beijou)
Helena ficou pensando com ela mesma, que Afonso não merecia seus pensamentos em outro, ele é o marido que toda mulher gostaria de ter.
Miguel, aquilo foi apenas um delírio, talvez um subconsciente, sei lá, mais não deixaria que isso atrapalhasse sua vida.
----
D: Miguel, daqui a pouco o pai do Pedro vai socar a sua cara, você está secando a mulher dele.
M: Até os olhos são idênticos. Será que isso quer dizer alguma coisa?
D: Claro que quer dizer.
M: O que eu faço então?
D: Foge!
M: Fugir?... Com ela?(meio assustado com o que estava dizendo)
D: (rindo)... Miguel você está louco mesmo, deve ser o sol, não é possível. O que eu estou dizendo é que você tem que fugir mesmo se continuar comendo a mãe do Pedro com os olhos, porque isso quer dizer que você vai morrer, mais cedo ou mais tarde ou pelo Pedro ou pelo pai dele.
M: Ah Douglas.(não dando bola para o que ele estava dizendo)
D: Sério, Miguel, esquece isso, é loucura.
M: Esquecer o que, Douglas? O que você acha? Que eu vou trair a minha namorada com uma mulher casada, só porque eu sonhava com ela?
D: É, isso mesmo que eu estou pensando.
M: Até parece, olha só eles, ela ama o marido e eu amo a minha namorada.

quinta-feira, agosto 28, 2014

4° Sonho de Amor

H: Tudo bem, melhor ainda. Já conheceu meu filho também?
R: Não.
H:Assim que ele descer para o café eu te apresento.
R:Sim, a senhora quer alguma coisa de especial para o café?
H:Não, tudo que está nessa mesa, está mais que suficiente.
R:Então vou terminar de lavar a louça.
H:Fique à vontade, o Afonso já te mostrou seu quarto?
R:Já sim.
H:Não é perfeito, mas dá para ficar?
R:Está ótimo, Senhora Helena.
H:Se quiser alguma coisa, que coloque ou tire alguma coisa é só falar.
R:Não se preocupe com isso, eu não sou de luxo não.
Pedro no mesmo instante chegou na cozinha alegre e brincalhão como sempre.
P:Bom dia mãe!
H:Bom dia meu filho
P:Oi? (com uma voz maliciosa)
R:Bom dia senhor.
P:Senhor? Senhor está no céu lindinha.
H:Pedro! Sossega garoto! Olha só, Raquel se esse menino fizer algo para você, é só dizer que o pai dele coloca ele no lugar rapidinho.
Raquel não aguentou o segurar o riso.
P: Mãe, assim você acaba com a minha moral.
H:Raquel vai trabalhar aqui em casa, você se comporte.
P:Prazer Raquel, meu nome é Pedro a seu inteiro dispor (beijando sua mão)
Era uma moça tímida, mas achou graça em Pedro, ele a lembrava um irmão que deixou a cidade em que morava para conseguir emprego.
P:Mas e aí Raquel? Há quanto tempo você está aqui em Sorocaba?
R:Pouco tempo Senhor Pedro, quase um mês.
P: Senhor? Por favor, devemos ter praticamente a mesma idade.
R:Desculpa.
H:Deixa ela, Pedro. A menina acabou de chegar e você já está sufocando ela.
P:Desculpe, Raquel.
R:Não tem problema.
H: Eu vou indo, vê se não perde a hora, seu pai não está aqui para te lembrar (beijando-a)
P:Pode deixar, Dona Helena.
H:E deixe a Raquel em paz, senão ela pede demissão daqui a pouco. (deixando a cozinha)
Ele mal prestava atenção no que a mãe dizia a essa altura, a única coisa que queria era saber mais sobre a nova empregada, assim que Helena saiu, Pedro começou.
P:Raquel prometo que é a última pergunta.
R:Pode perguntar.
P:Você tem namorado?
Ela riu
P:Tem ou não?
R:Não tenho.
P:Hum(pensando)Então está bem, eu já vou indo até mais tarde.

Na sala de Helena, a mesma desabafava com a cunhada.
H:Me senti tão mal, Alice.
A:Essas coisas acontecem, quantas vezes eu esqueci de reuniões do Edu.
H:Mas eu achei que ele estava me traindo, isso é cruel.
A:Helena, para com isso, você está dando importância para nada.
H:Ele me fez uma declaração tão linda quando estávamos tendo essa conversa.
Ambas ficaram em silêncio por um momento.
H:Já são 18hrs, vamos? (levantando-se)
A:Não vou com você hoje, o Edu vem me buscar.
H: Nossa, mas que demora. Ele está vindo te buscar montado em cima de uma tartaruga?
Edu: O que você já está dizendo de mim baixinha?
H:Tava dizendo que você estava em cima de uma tartaruga, porque já são 18hrs.
Edu: Oi amor?(Beijando Alice)
A:Oi querido, já estava quase indo com a sua irmã.
Edu: Oi minha baixinha mala.
H:Vem cá Duh, sai esse bendito churrasco sábado?
Edu: Opa! Mas é claro, pode chamar as dançarinas!(Rindo)
A:Edu!(repreendendo o marido)
H:Claro que chamei e já pedi para elas o número dos dançarinos .
Alice começou a rir;
Edu: Última palavra tem sempre que ser de vocês, não?
H:Sempre!
Edu: Vamos então porque ainda tenho que passar no Supermercado, está com promoção de saquê.
H:Oba, será que a minha linda cunhada vai fazer saquerita pra gente?
A:Confesso que até eu estou com vontade de beber a saquerita que eu faço.
H:Vamos então.
Assim que Helena chegou em casa, encontrou Raquel pronta para sair.
R: Senhora Helena, só estava esperando a senhora chegar, deixei tudo arrumado, o jantar é só servir.
H: Aonde você está indo? Desculpe a inconveniência se for esse o caso.
R: Não se preocupe com isso, eu estou indo para faculdade.
H:Faculdade? Você faz faculdade? (estranhando)
R: Sei que deve estar pensando, como eu pago uma faculdade com um salário de doméstica.
H:Não!É que... (foi interrompida)
R:Meu pai, meu pai paga a faculdade pra mim, decidi que em vez da pensão, ele me pagasse a faculdade.
H:E você faz faculdade do que?
R:Adiministração.
H:O Pedro faz faculdade lá também, mas é de Odontologia e no período da manhã.
R: É que esse horário não atrapalha o meu serviço. Tem algum problema?
H:Não!De jeito nenhum. Pode ir sossegada e bom estudo.
R:Até mais.
Pedro naquele dia havia saído com os amigos, estava somente Helena e seus pensamentos naquela imensa casa vazia.
Ela pensou em fazer uma surpresa para o marido.
Tomou um banho, colocou o perfume que Afonso mais gostava uma camisola preta, soltou os cabelos ondulados até quase as costas e esperou...
Assim que ouviu Afonso chegar, ficou ali deitada como se estivesse dormindo, quando ele saiu do banho somente de toalha enrolada na cintura, Helena já estava em pé de frente a cama com uma garrafa de champanhe em uma das mãos.
A: Acho que não vou dormir tão cedo pelo jeito.
H:Se depender de mim, não mesmo.
Afonso já a agarrou e a virou de traz para ele e assim segurava e acariciava seus seios,  beijando seu pescoço fazendo com que ela gemesse baixinho, o pescoço, sabia bem onde enlouquecia sua mulher.
H: Sou toda sua.
Ele a prensou contra a parede e a beijou com força, beijava o pescoço, a boca, o colo. Ela soltou a toalha e o acariciou com tanta delicadeza que ele estava delirando, saía de si, suas pernas estavam tremulas.
Afonso a puxou para perto de si e foi em direção à cama. Assim que ficaram ali ao pé da cama ele abriu a camisola dela deixando-a completamente nua.
Não demorou muito mais para que ele a deitasse na cama e a invadisse, ficou por longos minutos naquele ritmo de prazer, os corpos já cansados, mas Afonso esperou Helena chegar ao máximo de prazer também.
Na verdade Helena ficava em um longo delírio, depois daqueles sonhos, eram mais forte que ela, necessitava fazer o mesmo na realidade.

Tiveram uma noite agitada, tanto sequer ouviram quando Raquel ou Pedro chegaram.
O fim de sema chegou, e o churrasco que tanto ensaiaram iria sair.
Lá estavam, todos na cada de Eduardo e Alice.
H: Pra que tudo isso de cerveja, Duh?
Edu: Antes sobrar do que faltar.
Alice: Eu disse, mas ele me escuta?
Edu: E o Afonso?
H:Ficou pegando algumas coisas em casa e já vem. Ah! Ele vai trazer a Raquel, nossa empregada, ela se diverte um pouco e também ajuda se for necessário.
Alice: Ótimo! Porque o Edu acha que me multiplico em dez.
Helena riu;
Edu: Pedro chamou os amigos?
H: Ele foi buscar o tal amigo da Alemanha no aeroporto, ia passar em casa deixar as coisas dele e depois viria para cá, mas não comentou que iria trazer mais alguém fora um amigo da faculdade .
Edu: Porque só dois? Eu disse que podia trazer amigos a vontade.
H:Fique dando corda, que daqui a pouco o nosso churrasco vai virar uma festa de faculdade.
Alice: O Edu acha que o coração da gente aguenta. Depois o azar é da coitada da Zuleide pra arrumar a bagunça. (rindo)
A conversa foi interrompida pela chegada animada de Afonso, que parecia que estava indo à praia.
A:Oi, família!
Afonso cumprimentou todos e logo foi para cozinha colocar as coisas que trouxe de casa para o churrasco.
H:Duh. Essa é a Raquel, nossa empregada.
Edu: Oi Raquel. Eduardo !(a cumprimentando)
H:A Alice você já conhece, não é?
R:Já, já sim.
Alice: Como não conhecer não é, Raquel? Não saio de lá (Rindo)
H:Bom, vem com a gente que iremos te mostrar a casa.
E assim Helena e Alice foram com Raquel até a cozinha.

Na sala Afonso e Eduardo conversavam;
Edu: Como você me arruma um pitelzinho desses para trabalhar em casa?
A:Sorte! Uma secretaria me indicou.
Edu: Fala pra ela indicar mais uma de onde veio essa.
A:Sossega, Eduardo. Alice não está dando conta? (rindo)
Edu: Que isso cara, minha mulher é maluquinha, mas sabe cuidar de mim como ninguém.
A:Então o que é isso? (rindo)
Edu: Instinto meu caro. Instinto!
...
Edu: Mas a Helena aceitou assim? Sem brigar? (Estranhando)
A: Meu amigo, nem eu sei como exatamente ela aceitou. (Rindo)
Edu: Porque pelo o que conheço daquela baixinha, ela ia virar um bicho!
A: Acho que ela gostou da menina.
Edu: Mas só entre nós aqui, sei que minha irmã é linda, mas você não está desafiando o seu instinto de homem, não?
A: Claro que não! Eu amo minha mulher, poderia a Juliana Paes estar de biquíni trabalhando em casa que eu jamais trairia a Helena.
Edu: Isso mesmo que eu esperava ouvir de você.

Na cozinha.
Alice: Então é isso Raquel, pode ir fazendo a salada, mas não se esqueça de se divertir.
H:Isso aí, até porque é impossível ficar perto do churrasco do meu irmão e não comer.
Alice: E se algum dos amiguinhos do Edu ou do Pedro vierem de gracinha com você, é só dizer, que já cortamos as asas deles.
R: (rindo) pode deixar Senhora Alice, eu aviso sim.
H:Então vamos para piscina.
R:Divirtam-se.

Na piscina, Alice e Helena estavam tomando sol, já haviam chegado várias pessoas, aproximadamente umas quinze.
Alice: Nossa, aquela sua empregada é de onde mesmo?
H: Não sei ao certo, mas acho que é do interior de São Paulo mesmo, ela não tem nenhum sotaque diferente.
Alice: Hum.
H: Porquê?
Alice: Ela não é de falar muito?
H:Não, as vezes até me sinto sem jeito, parece que estou enchendo a menina de tanta conversa boba.
Alice: Imagino (rindo)
H:Mas a cada dia que passa ela se abre um pouco mais.
Alice: É, porque é muito ruim trabalhar com alguém que não abre a boca pra nada.
H:Ela tem um jeito meio triste.
Alice: Triste?
H:Uma vida sofrida sabe, ela comenta aos poucos, mas acho que assim que sentir que pode confiar em mim ela conta tudo
Alice: Ela é bonita .
H:É.
Alice: Novinha.
H:É, talvez tenha a mesma idade do Pedro.
Alice: Deve ter tudo durinho ainda.
H:O que você  quer dizer Alice?
Alice: Helena do céu, eu estaria tendo um surto com uma empregada dessa em casa.
H:Imagina, eu confio no Afonso.
Alice: Isso eu não tenho dúvidas, mas e nela? Você confia?
H: Ela é só uma menina, tem idade pra ser filha dele.
Alice: Eu não vou ficar te pilhando também.
H:Não, no seu lugar falaria o mesmo, também pensei nisso. Mas confio no Afonso.
O assunto precisava acabar por ali, afinal, Helena não queria imaginar coisas onde não existiam.
Alice: Será que vai ter uns garotos de sunga branca aqui?
Helena ria do jeito despreocupada e extrovertido da cunhada.
Alice: Eu sou casada mas não estou morta.
H:Alice!(Rindo)
Alice: O que foi? Olhar não tira pedaço.
H: Você tem razão.
Alice: Estou rezando para que o meu querido sobrinho Pedro tenha te desobedecido e convidado vários amigos para aproveitarmos a paisagem.
Helena ficava até meio sem jeito às vezes com as coisas que a Alice dizia, ficava com vergonha por ela. Mas não podia negar de que estava certa, o que era olhar? Só olhar...
Sabia que Afonso e Eduardo estavam esperando o mesmo, muitas mulheres bonitas para olhar escondido por de trás dos óculos de sol.
...
Alguns minutos depois, Raquel aproximou-se da piscina e trazia com ela o que Helena reconheceu de longe.
H:Você sabe fazer saquerita?(Surpresa e pegando a bebida)
R:Eu?(rindo). Eu não senhora. Já estava pronto na geladeira, eu apenas estou servindo.
Alice: Eu já tinha deixado pronto.(provando)
H:Está no ponto.
Alice: Pode beber também Raquel. Modéstia parte eu faço a melhor saquerita do mundo.
H:Humildade te mandou lembranças, cunhada (rindo)Mas ela está certa, é uma delícia.
R: (rindo) Obrigada Senhora Alice, mas não sou de beber. Vou ficar com um suco mesmo.
Alice: Você quem sabe.
R:Com licença.(voltando para a casa)

Na sala...
A:Nossa, a quanto tempo não aproveito assim uma bela cerveja.
Edu: (rindo) Essa nossa escravidão de empresa.
... A campainha tocou...
Eduardo foi em direção à porta.
Edu: Oi Pedro, demorou ein?!Sua mãe já estava achando que você tinha trocado a família pelos amigos da faculdade. (rindo)
P:Que isso tio, mas eu trouxe os amigos.(rindo)
Edu: Ótimo, adoro a casa cheia.
Afonso foi indo em direção à porta também.
P:Oi Pai.
A:Oi filho.
P:Esse aqui é o Douglas que vocês já conhecem
Douglas os cumprimentou alegre.
P:E esse aqui é o Miguel, ele é quem vai ficar em casa por um tempo.
M:Oi! Boa tarde (os cumprimentando)
A:Não acredito. Você é o Miguel amigo do meu filho? Que mundo pequeno.
M: Afonso, quanto tempo!.
P: Vocês já se conhecem?.
M: Meu pai fazia negócios com o seu pai e quando ele não podia por causa da saúde eu representava ele.
Edu: Estão todos em casa então (rindo)
A:Sinto muito pelo seu pai, Miguel.
M:Obrigado.(deram um abraço seguido de um aperto de mão)
P:Mas e aí? Somos os primeiros ou já chegou muita gente?
A:Já chegou umas vinte pessoas.
P:Vinte?
Miguel ria meio disfarçando
Edu: Porque?
D: (rindo) Sua mãe vai te matar.
P:É que eu trouxe muita gente .
A:Filho!
D:Eu avisei (rindo)
Edu: Não trouxe só calçudos, não né?
P: (Rindo) Não.
Edu: Então está tudo ótimo meu sobrinho.
P:Não esperaria menos de você, tio!(abraçou o tio)
Edu :Mas vão, vão lá aproveitar a piscina, sua mãe e sua tia já estão lá. Sintam-se em casa.
D:Estou louco pra conhecer a empregada da casa do Pedro (cochichando com Miguel)
M:Se eu não fosse comprometido ia adorar conhecê-la também.
D: Sua namorada está em outro país, Miguel e olhar não arranca pedaço .(batendo em suas costas.)
M:Sou fiel!
D:Desculpe-me senhor Fiel (rindo)
E foram em direção ao banheiro colocar a sunga.
P: Vou na frente, espero vocês lá.
D:Beleza.

Na piscina...
H: De onde foi que surgiu toda essa gente?
Pedro estava aproximando-se quando Alice levantou-se e foi em direção à ela;
Alice: Sobrinho lindo da tia(beijando a bochecha)
Helena também já aproximava-se do filho;
H:Sabia que tinha dedo seu nessa tropa de garotada que verteu do chão.(apertando as bochechas do filho)
P: Desculpa, mãe. É que convidei e um foi avisando o outro e quando vi, já estava cheio de gente.(Rindo)
Alice: Você sabe que seu tio adora a casa cheia, não se preocupe, só não precisava essas garotinhas de biquíni, Pedro!
P: (Rindo) Tia, preciso ter uma boa paisagem também.
Alice: Ouviu isso, Helena? Só a paisagem de nós duas não é o suficiente.
H: Estou de olho nesse garoto.
P: Que mulheres ciumentas, minha mãe é uma gata, e minha tinha é linda, mas cá entre nós, não dá (rindo)
H:Já ouvi isso (rindo)
P:Se é que me entende né tia?
Alice: Entendo sim. (rindo) Mas cadê os amigos?
H:Alice!
P:Tão colocando uma sunga pra cair na piscina.
Alice: (rindo) tudo bem então.
P:Mãe a Raquel veio?
H:Veio! Está na cozinha ajudando a Zuleide.
P:Vou lá.
H:Não vai atormentar a menina, Pedro.
P:Só vou dizer um “Oi” mãe. (piscando pra tia)
Alice: Querido, traz outra saquerita pra sua mãe e eu, essa aqui já acabou faz um tempo.
P:Tudo bem. (indo pra cozinha)

Afonso e Eduardo estão na Churrasqueira...
A:Minha nossa. O que é aquela Loirinha de biquíni preto ali na beira da piscina?
Edu: Calma aí que vou ver.(com o espeto de picanha na mão)
Ele afastou-se um pouco e pode ver do que o cunhado dizia.
Edu: Aí sim meu amigo.
A:Só olhar com o olho e lamber com a testa.(rindo)
Edu: Assim eu não aguento, olha aquela ruivinha ali!(apontando pra cadeira onde ela estava tomando sol).
A:Minha mãe.(abaixando o óculos e babando na garota)
Edu: (Rindo) Santo Pedro, se não fosse esse garoto isso ia ser uma chatice.
A: Um tremendo fato.

Chegando à Área da piscina Douglas não sabia onde olhar primeiro;
D:Meu Deus, jamais achei que ia ver a Camila da minha sala de biquíni.
M:Calma aí Douglas, respira um pouco e disfarça, porque com essa cara de louco você vai assustar a garota (rindo)
D: Só porque você se dá bem com a mulherada, não quer dizer que você é um expert  no assunto e já pode dar aula.
M:Não fica bravinho não moleque, vamos aproveitar esse sol! (esfregando a mão no cabelo de Douglas)
Miguel era um homem de fazer qualquer mulher implorar por um olhar dele, estava de sunga vermelha para delírio das garotas da faculdade de Pedro, seu tanquinho a mostra e cabelo molhado devido a ducha que tinha acabado de tomar para entrar na piscina as levaram ao delírio.

A:Minha Nossa Senhora das Mulheres hipnotizadas pela sunga vermelha. Helena, olha aquilo ali!
...
D:Nossa Miguel, sempre eu estou na casa do Pedro, eu fico olhando a mãe dele e ela tem um jeito tão conservador sabe? Aquelas pessoa que não fuma, não bebe, não sai, sabe? Aquelas verdadeiras mãe de família tradicional? Mas de agora em diante acho que vou é ter sonhos eróticos com ela... Que o Pedro nunca me ouça... (Rindo)
M: A mãe dele não tem uns cinquenta anos?
D: Sei lá, deve ter (sem prestar muita atenção)
M:Então?
D:Então?E ntão olha ali pra ver se você não concorda comigo.
M:Onde?
D:Ali de óculos de sol e maiô azul marinho!
M:Ta de brincadeira?
...
Alice: O que você tem Helena?
H:Não pode ser...
Alice: O que você tem mulher?
H:Não...
Helena estava desesperada, estava tremendo tanto que já tinha até quebrado o copo vazio que havia deixado ao lado.
Alice: Helena! O que você tem? Quer uma água? Vou buscar, acho que é a pressão, o calor sei lá.
H:Faz isso Alice, me traz uma água.
Alice saiu correndo e foi até a cozinha atrás de água.
...
D:O que foi, Miguel? Fecha boca, desse jeito o pai do Pedro te soca aqui mesmo.
M:É ela Douglas.
D:Ela quem?
M:A mulher dos sonhos que eu tenho.

quarta-feira, agosto 27, 2014

3º Sonho de Amor

Helena o puxou para tras e ambos saíram da cozinha pela porta dos fundos dando a volta na casa.
Assim que chegaram ao quarto, não aguentaram a situação e riram.
H:Que sufoco. (rindo)
A:Porque você quis.
H:Como assim eu quis? Você queria que o nosso filho nos pegasse naquela situação na cozinha e ainda melecados de leite condensado?
A: O que teria demais?
H:Afonso!Está maluco, o que ele iria pensar?
A:Que os pais dele possuem uma vida sexual bem diversificada e que leite condensado literalmente serve para muitas outras coisas.(rindo)
H:Eu estou falando sério!
A:Eu também, sabe o que eu acho? Que a ainda é de madrugada, podemos tomar um banho de banheira para tirar esse leite condensado! Ein? (tirando a roupa dela)
H:Bem tentador (beijando-a)
Ele  pegou no colo e a levou para o banheiro.

Era madrugada quando Afonso acordou com Helena ao seu lado inquieta.
A:Helena!Amor! Você esta bem?
H:O que? (acordando assustada)
A:Você está bem? Está suando, estava se revirando na cama e resmungando algumas coisas.
H:O que?!
A:Não dava para entender, estava tendo algum pesadelo?
H:Pesadelo?(ainda meio atordoada). É, um pesadelo!
A:Fica aqui juntinho, eu te protejo. (puxando-a junto a eu peito)

Naquela manhã Helena não conseguira contar a Alice sobre o que acontecera, afinal, a mesma havia ido para a escola com Edu, mas assim que Helena a chamou, a mesma correu para a sala da diretoria pois imaginava o que seria.
Alice: Não acredito!
H:E a noite tive um daqueles malditos sonhos.
Alice: Malditos? Benditos! Quem dera eu ter um maldito sonho desse (rindo)
H:Alice, sério, não estou bem fazendo amor com o Afonso e imaginando outro, outro que nem existe.
Alice:E como foi?
H:Como foi o que, Alice?(não acreditando)
Alice: Como foi que o Afonso reagiu?
H:Ah! (aliviada) Ele disse que eu estava diferente.
Alice: Diferente?
H: Disse que eu estava mais...
Alice: Quente?
H: Queria achar uma palavra menos forte, mas é essa mesmo, quente.
Alice: Vai ver esses sonhos são de alguma Deusa do ”tchu tcha tcha” que quer te ajudar na sua vida sexual.
H: Eu não acho que minha vida sexual estivesse tão ruim assim. (rindo)
Alice: Você acha, e o Afonso?
H:Será?
Alice: Só uma suposição
H: Não, você pode estar certa!
Alice: Vou pesquisar sobre a Deusa Tchu tch(foi interrompida)
H:Não! Falo que você pode estar certa que talvez o Afonso estivesse querendo essa apimentada na nossa vida sexual.
Alice: É?
H: Então espero que esses sonhos continuem. (sorrindo)
Alice:Espero que nesse sonho apareça um irmão gato e você mande para a sua cunhada.
H: Você está muito assanhada, não? Você é mulher do meu irmão, sossega.
Alice: É para o bem do seu irmão mesmo.
Helena ria.

Já havia pouco mais de um mês que Helena estava com uns sonhos um tanto meio que estranhos. Sonhos de um sexo inesquecível, mas ela sentia não só o prazer do momentos sentia também o coração acelerado, como não sentia nem com Afonso, somente por isso se sentia culpada.
Estaria amando uma pessoa que não existe ou seria lembranças de uma vida passada?
Seja lá o que fosse, Afonso estava amando.

O tão esperado fim de semana chegou, mas para a tristeza de todos, o churrasco não rolou.
Afonso conversava com Edu ao telefone.
A:Como assim? Mas eu disse que podia ser aqui em casa.
H:O que foi? (chegando a sala)
A:Não, não tem problema, fica para o próximo fim de semana então.
Afonso desligou o telefone e foi em direção a Helena que estava sentada no sofá.
H:O que foi amor?
A:O churrasco na casa do teu irmão, foi pro ralo.
H:Porque?
A:Porque quebrou um cano na reforma do banheiro lá, e daí tá uma lameira.
H:E porque não faz aqui?
A:Porque é seu Irmão!
H: E o que é que tem ele ser meu irmão!? (sorrindo)
A:Até parece que você não o conhece. Ele disse que sempre é na nossa casa, nada mais justo agora que seja na casa dele.
Helena ria, lembrava que é assim mesmo que o irmão diz.
H:Achei que iria comer picanha hoje.
A:Nem você coloca fé na minha picanha, Helena.
H:Amor, você faz muitas outras coisas muito bem, mas a picanha perfeita, é a do Edu. (rindo)
A: Estou realmente triste.
Helena foi até o marido e sentou em seu colo.
H: Não exagera (dando um beijo)

A: Mudando de assunto, sabe o que eu estava vendo ontem?
H:O que?
A:Nas férias, podíamos alugar um barco e viajar só nós dois por uns dias.
H: Mas e o acampamento? Minha fantasia...
A:Ah!Você está preocupada com a fantasia, sua safadinha.
H:Mas você disse que ia realiza-la para mim.
A:Farei o mesmo se você for de barco comigo.
H:Então ótimo. Mas agora me da licença que eu preciso terminar de corrigir umas provas.
A: Mas hoje é sábado, Helena!
H:Ih!Também tenho que ver logo uma empregada.
A:A Secretaria lá da empresa disse que tem uma prima doméstica que está livre.
H:Serio?(animada). Com referência assim é bem melhor não é?
A:É sim, vou ver direito com ela e qualquer coisa ela já começa essa semana mesmo.
H:Está bem. Vou para o escritório porque as provas me esperam. (saindo)
Helena estava indo em direção ao escritório quando lembrou de perguntar algo.
H:Amor, onde está o Pedro?
A:Ele foi na represa com os amigos já que não teve churrasco.
H:Que perigo! Foi com o carro com certeza.
A:Não. Ele foi com aquele amigo, Douglas.
H:Ainda por cima alguém que não conhecemos.

Na casa de Helena e Afonso sempre tiveram uma rotina simples. Mas o que aconteceu naquele dia, deixou Helena intrigada, aliás muito intrigada. Ela desceu para tomar o café da manhã, mas para a sua surpresa só encontrou o filho.
H:Onde está o seu pai? (beijando a bochecha do filho)
P:Já foi!
H: Sem nem me dar um beijo?
P: Mãe, ele deve ter dado, mas a senhora estava dormindo.
H:São seis e meia da manhã!Ele saiu de madrugada? (irritando-se)
P:Era quase seis horas quando ele saiu, mãe!
H:E você tava fazendo o que acordado a essa hora também?
P:Xixi?
H: (rindo) Desculpa filho, é que achei estranho, seu pai não é de sair tão cedo assim, na verdade ele sai sempre depois de mim.
P:Relaxa mãe, talvez ele teve que adiantar alguma papelada lá na empresa.(comendo bolacha)
H:É, talvez seja isso.(meio intrigada)

Essa rotina estranha de Afonso, continuou, para piorar quando ele chegava a Helena já estava dormindo. Queria uma explicação, mas as vezes quando o via chegar, tinha medo da resposta que ouviria ao questioná-lo.
Helena e Alice conversavam no carro a caminho de casa.
A:Mas você perguntou alguma coisa pra ele?
H:Não.
A: Não? (estranhando)
H:Não perguntei, não queria que ele achasse que eu estou desconfiando dele.
A:Helena, não seja burra, seu marido está por todos esses dias saindo cedo para o trabalho e voltando tarde do trabalho e você não vai estar desconfiada?
H:Então, você também acha que não é coisa da minha cabeça?
A:Não foi isso que eu disse.
H:Hoje mesmo vou perguntar.
A:Me mantenha informada.
H:Pode deixar, porque se ele estiver me traindo eu mato ele.(Furiosa)

Helena chegou em casa, tomou um demorado banho e depois jantou com o Pedro.
P:Mãe, será que esse churrasco sai?
H:Seu tio disse que sim.
P:É que eu avisei o Douglas de novo.
H:Tudo bem filho(nervosa)
P:O que a senhora tem, mãe?
H:Eu?
P:É mãe, a senhora.
H:Não tenho nada filho, porque?
P:Não tocou na comida, está aí olhando todo momento para o relógio, nem está prestando atenção no que eu estou dizendo.
Ela não aguentou, precisava desabafar.
H:Seu pai está me enlouquecendo!
P: Em que sentido? (rindo)
H: Pedro! Olha como está essa semana, quase nem o vejo mais, desde quando o horário dele é esse?
P:Mãe, desde quando entramos no mês. ( despreocupado)
H: Como?
P: Aonde a senhora estava?
H:Droga.
P:Garanto que já estava pensando besteira, não é?
H:Sua mãe é uma tonta, filho. Preciso me deitar. (levantando-se)

Helena, onde você estava esse tempo todo? Seu marido mudou de horário e você nem percebeu... Ela se culpava em seus pensamentos.
Eram quase 23hrs quando Afonso chegou em casa, subiu para o quarto e viu Helena, a mesma já dormindo.
Trocou de roupa no maior silêncio para não acorda-la, fez sua higiene, deu um beijo delicado em Helena e quando ia deitar-se, ouviu Helena chama-lo.

A:Perdão meu amor, não queria te acordar, é que não resisti a te dar um beijo, essa semana quase não te vejo.
H: Estava te esperando.
A:Não precisava, amor.
H:Queria conversar.
A:Amor, estou um pouco cansado agora, mas se você quer conversar, eu converso.
H:Vem, deita aqui comigo, é só um pouquinho, até pegarmos no sono.
A:Claro
Afonso deitou na cama e colocou Helena encostada em seu peito, ficou acariciando seu cabelo.
A:O que foi amor? Você está tensa.
H:Me perdoa?
A:Perdoar? Por quê?
H:Por eu não ser uma mulher presente para você.
Afonso assustado segurou o rosto de Helena e ergueu a fazendo olhar para si.
A:O que você está dizendo?
H:Não sei, talvez eu não esteja sendo uma boa esposa.
A:Para com isso, eu te amo, você faz tudo por mim, é linda, esses teus olhos me prendem de uma maneira que eu sinto que se te perder eu morro.
H:É que eu pensei besteira e descobri que sou uma idiota.
A:Pensou besteira?
H:(envergonhada)Sinto muito por isso, mas é que não ouvi você dizer que ia mudar de horário esse mês. Só vivo para a escola e acabo não te dando atenção suficiente.
A: Está  tudo bem, você também tem seu emprego, eu entendo você não estar sempre ligada.
H:Mas mesmo assim, eu não fiquei bem em pensar que você poderia estar ...
A:Para.
H:Me perdoa?
A:Não tem o que perdoar.
H:Me perdoa ou não?
A:Mas é teimosa, eu perdoo. Perdoo só se eu ganhar muitos beijos.
H:Mas é claro, muitos(beijando)e muitos (beijando).
Helena é muito conservadora, sempre ali naquele apaixonante casamento. Nunca teve outro homem em sua vida a não ser Afonso.
Agora em varias vezes se pegava pensando em seus sonhos eróticos.
Depois de namorarem um pouco já quase pegando no sono...
A:Amor?
H:Hum? (já sonolenta)
A:Encontrei uma empregada, ela começa amanhã e o nome dela é Raquel, está bem?
H:Uhum. (sonolenta)
Afonso a beijou novamente e dormiram.

No dia seguinte...
Helena desceu as escadas e se assustou ao entrar na cozinha e encontrar uma linda garota, estatura média, cabelos presos em um rabo de cavalo, olhos pequenos e castanhos, vestia uma leguing e uma regata, estava de avental e com as mãos cheias de espuma da louça que lavava.
H:Bom dia?
R:Bom dia!(E foi indo em direção a Helena)
H:Você é a?
R:Raquel, Raquel Vilela a seu dispor!(enxugando as mãos no pano de prato para cumprimenta-la)
H:Prazer Raquel, meu nome é Helena Scarlet. Vou te mostrar o que fazer.
R:Não!(meio tímida). Não precisa, o senhor Afonso explicou tudo antes de sair.
Helena não expressou, mas não gostou de Afonso tê-la conhecido antes.

terça-feira, agosto 26, 2014

2° Sonho de Amor

Helena sempre foi uma mulher muito culta, sabia conversar sobre tudo, é diretora de uma escola particular em Sorocaba, sabe muito bem identificar-se com as ideias dos jovens, só a do seu filho Pedro que não, tem um casamento feliz com Afonso, são casados há mais de vinte anos. Sua rotina é bem agitada, a escola toma todo seu tempo. Além de diretora ela também é professora, então em alguns dias ela quase fica maluca.

Pedro chegou a cozinha e seu pai já estava junto à mesa como sempre.
A:Bom dia, filho.
P:Bom dia pai, cadê a mãe?
A:Está se arrumando... Pra casar de certo, daqui a pouco sua tia está aí e ela ainda nem tomou o café.
Pedro riu, via essa cena todos os dias pela manhã, pensava o quanto ele era sortudo por estar naquela família, mas foi interrompido por seu pai, que o chamou em tom de segredo.
A:Pedro...
P: Oi... (colocando o café na xícara)
A:Parabéns, filho. Voltou cedo, não havia um vestígio de areia no carro, estava com o tanque cheio. Estou orgulhoso.
P:Valeu pai, agora só falta a Dona Helena perceber isso.
H:Eu o que?(chegando à cozinha)
A:Estava demorando demais, daqui a pouco a Alice está aí e você sem tomar café.
H:Bom dia para você também, amor.(dando um beijo no marido)
P:Coff Coff, eu estou aqui ainda, será que podem esperar eu sair?
Helena riu.
A:Muito bom dia meu amor.
Afonso era um eterno apaixonado, mesmo após tantos anos de casados, via Helena como na primeira vez. Era definitivamente a mulher da sua vida.
H: Eu demorei, minhas belezuras, porque levantei mais cedo para preparar o café da manhã, que vocês estão aí há horas se deliciando. (sentando-se ao lado do filho)
P: “Own” mas que injustos nós somos.(beijando o rosto da mãe) Viu pai? Estávamos enganados, ela só está há uma hora se arrumando por causa do café de 15 minutos que ela fez.
H:Pedro! (dando um tapa na perna do filho e rindo da indireta)
A: Precisamos logo de uma empregada.
H:Também acho! (servindo-se)
O café da manhã prosseguia com alegria.
P:Antes que eu esqueça, o Miguel chega daqui há duas semanas da Alemanha, mãe. Aquele lance dele ficar aqui ainda está de pé, não é?
H:Claro, inclusive você já o avisou, não foi?
P:Avisei, vocês disseram que podia!
H:Então está dito, aqui tem espaço, a casa é enorme.
A:Por mim tudo bem, além disso ele pode ajudar na sua profissão.
P:É , ele já é formado, aliás disse que posso trabalhar com ele assim que ele abrir o consultório.
A:Nossa, isso vai ser ótimo, Pedro.
P:Ganharei experiência.
H:Bom, só me avise novamente quando estiver próximo, podemos fazer um almoço pra ele.
A:Ele vai ficar aqui mais ou menos quanto tempo?
P:Ele disse que não quer incomodar e pretende no máximo um ou dois meses até conseguir pelo menos o consultório dele.
A conversa fora interrompida pela divertida e simpática Alice, a mulher do irmão de Helena.
Alice: Bom dia família! (Dando um beijo no rosto de todos)
Alice além de cunhada de Helena e Afonso, é também a melhor amiga de Helena, por lecionar na escola de Helena, ambas iam justas à escola.

A:Bom dia, Alice. Senta aí, toma um café com a gente.
Alice:Não, não obrigada, já tomei café .Edu fez questão de fazer o café, então já viu, tive que acordar uma hora antes para comer alguma coisa, se não ia morrer de fome. (rindo)
H:Alice, ele não tem culpa de ficar sempre ruim, o que vale é a intenção.
Alice: Helena, impossível, ninguém come aquela panqueca que ele faz e pra aguentar até o intervalo das aulas não dá não!
Todos riam de como ela dizia sobre as tentativas de Edu no café da manhã. O mesmo nunca soube e se dependesse deles, nunca saberia.
H: Já iremos, deixe-me só terminar de tomar essa vitamina.
Alice: Sem pressa .
P:Não fala isso, tia ou vocês chegarão na escola só amanhã.(rindo)
Helena já levantava-se da mesa e ajeitava a bolsa nos ombros, enquanto comentava com a cunhada:
H:Alice, se você souber de alguma domestica disponível, me avise ou acabarei enlouquecendo.
Alice: Pode deixar, vou perguntar pra Rita, empregada lá de casa se ela sabe de alguma amiga. (acompanhando-a)
H:Bom, então vamos indo.(indo em direção à Afonso e dando-lhe um leve beijo)
A:Me avise quando chegar!
H:Tchau meu amor (beijando a bochecha do filho)
Helena estava deixando a cozinha, quando Afonso a lembrou.
A:Vai deixar o carro para revisar hoje?
H: Vou sim, você pode me buscar?
A:Claro.
Alice: Se quiser Helena volta comigo, Edu vai me buscar.
A:Não, eu busco também, sem problemas (sorrindo)
H:Tudo bem então, bom trabalho amor e boa aula filho.

A caminho da escola. Helena e Alice no carro conversavam um assunto que Eduardo e Afonso jamais imaginariam.
A:Helena! Conta, conta, conta.
H:Eu já não sei mais o que eu faço, está muito frequente, fico até sem jeito quando vou pra cama com o Afonso, porque meio fico esperando ele fazer o que o outro faz.
A:Mas é tão bom assim? (curiosa)
Helena a olhou e mordendo o lábio inferior fez um sinal de que sim.
A: Queria que acontecesse comigo também.
H: Na hora é bom, mas depois ficamos imaginando toda hora. É um tanto perturbador.
A: Mas me conta, como ele é?
H:Moreno, forte, suado, tem tatuagens... (respirando fundo)Ui. (rindo)
A:Estou com calor só de pensar.
H:Preciso ir me benzer de certo, isso só pode ser um trabalho!
A:E um trabalho muito do bem feito, para de bobeira, é só um sonho.
H:Será que é isso que chamam de sonho erótico.(curiosa)
A: Provavelmente, porque não vejo outro nome para isso. Só estava pensando, que poderia muito bem ser alguém que você conhecesse!
H:Está maluca? Imagina se eu o conhecesse? Toda vez que eu olhasse para ele ia ficar imaginando, nós... e a coisa em si.
A: Ia me matar de rir com a situação. (rindo)
H:Porque não é com você.
A: Infelizmente. (rindo)

Helena teve um dia tranquilo, os alunos pareciam até outros, pareciam bem mais calmos do que no dia anterior ou Helena é quem estava com a cabeça em outro lugar.
Era fim da tarde quando ela foi assustada pelo irmão que entrou de surpresa em sua sala.
Edu: Oi baixinha?! (entrando na sala)
H:Oi Du! Que saudade (indo em direção ao irmão)
Edu:Vim buscar a Alice, quer uma carona? (abraçando-a)
H:Não obrigada, Afonso vem me buscar.
Edu: Ok, estava pensando, o que você acha de fazermos um churrasco em casa esse fim de semana?
H:Nossa, faz tanto tempo que não fazemos isso. Acho uma ótima ideia, vou falar para o Afonso.
A:Falar o que? (Entrando na sala de Helena)
H:Oi Amor (indo em direção ao marido e beijando-o)
Edu: E aí Afonso! (cumprimentando o cunhado com um abraço)
A:Você está sumido, o que aconteceu?
Edu: A empresa está me sugando até os ossos.
A: Sei bem como é (rindo)
H: Amor, Du estava dizendo sobre fazermos um churrasco na casa dele esse fim de semana.
A:Ótima ideia, mas vocês não estão com uma reforma no banheiro?
Edu: Estamos,  mas até o fim de semana já estará pronta.
A:Se você quiser pode fazer em casa, não tem problema.
Edu: De jeito algum, da última vez já foi na casa de vocês.
A: Ok então (rindo)
Alice: Edu! Chegou faz tempo?(entrando na sala )
Edu: Não, acabei de chegar (dando um selinho na mulher)vamos?
Alice:Vamos, estou exausta, quero tomar um demorado banho e dormir.
Edu: Dormir à essa hora?
Alice: Sim...(piscando para Helena)
Helena disfarçou a risada, Alice era realmente uma figura.
H: Vamos também, amor.

E assim todos foram para casa.
Apreciavam uma comida de restaurante, afinal havia dias em que Helena chegava muito cansada e preparar o jantar chegava a ser cruel.
P: Que maravilha! Eu adoro aquela picanha que o tio Edu prepara.
A: Nossa...
P:Pai, desculpa, mas daquele jeito só o tio Edu quem consegue fazer (rindo)
Helena ria da expressão de Afonso.
P:Será que posso convidar uns amigos?
A:Acho que sim, nenhum maloqueiro e estará tudo certo.
P:Pai? Desde quando eu tenho amizade com maloqueiro?
H:Seu pai só está te irritando, filho.
P:Bom, eu vou indo me deitar.
Pedro ficou visivelmente chateado com o comentário e para que aquela conversa não acabasse se estendendo para uma briga, ele preferiu sair.
H:Já?
P:Perdi a fome. Boa noite pra vocês. (deixado a cozinha)
A:Boa noite, filho.
H:Dorme bem, meu anjo.

Assim que Pedro subiu para o quarto, Helena logo repreendeu o marido.
H:Afonso!
A:O que foi?
H:Porque fez isso?
A: Isso o que?
H: Eu realmente preciso repetir?
Afonso parou e pensou. Realmente não percebera que seu comentário despercebido fora tão infeliz assim.
A: Claro, como não me dei conta, no acidente tivemos uma briga feia e acabei dizendo que ele havia se tornado um mal..(foi interrompido)
H:Para, não fala nada. (foi em direção ao marido)
A:Que descuido meu.
H: Shiii! (fez sinal de silêncio)
A:O que foi? Ouviu alguma coisa?
H:Ouvi!
A:Meu Deus eu vou ver o que é (levantando da cadeira e indo e direção a janela)
H:Para! Para amor (falando baixinho) Venha aqui.
Helena o segurou pela mão e o levou até a outra janela.
H:Não faz barulho.
Afonso viu o que ela mostrava, Pedro, corria pelo jardim como um adolescente.
A:Mas esse menino não tem jeito, ele  já tem mais de 20 anos, não precisa disso.
H:E tem coisa mais gostosa do que pular a janela para ir namorar?
A:Realmente é muito bom, lembra uma vez que você pulou da sua janela para eu te pegar rindo)e (rindo) eu era um vara-pau e nós dois caímos e nos ralamos inteiros.(rindo)
H:Está dizendo que eu era gorda?(enrolando os braços no pescoço dele)
A:Gorda? Jamais, você sempre foi assim...
H: Assim como?(passando seu rosto no dele)
E os dois ali, abraçados em frente à janela.
A:Gostosa!
H:Que isso, amor!?(rindo)
A:É, gostosa mesmo, eu tenho a mulher mais gostosa desse mundo.(beijando-a).
Helena chegou perto de sua orelha e sussurrou...
H:Sabe o que pensei?
A:Essa sua carinha de sapeca as vezes me dá medo.
H:A casa está vazia.
A:Não, Helena...
H:Estamos sozinhos...
A:Nem pensar...
H:A cozinha está sem empregada...
A:O que?(curioso)
H:O que foi? (desconcertada)
A:Cozinha?
H:Porque? Não quer?
A: Sempre pensei que o seu alvo fosse a piscina!
H:Mudei de ideia. (beijando-o)
Ele parou o beijo.
A:Adorei a ideia.
Afonso puxou Helena em seus braços e começou a beija-la e em meio aos beijos foram em direção a cozinha;
Ao chegarem na mesma, Afonso logo abriu o zíper da saia de Helena e a abaixou, acariciou seu sexo e ela gemeu baixinho ao pé do ouvido dele.
A:Vem ser minha, Helena.(ofegante)
Ela o beijou com fervor, as mãos explorando cada parte de seu corpo, ele a ergueu e colocou em cima do balcão.
Os lábios em seu pescoço foi descendo, abriu os botões de seu casaquinho e o tirou.
Helena abaixou a cabeça para traz e fechou os olhos, enquanto ele delicadamente aproveitava cada pedaço de seu corpo.
Assim que abaixou o delicado casaco dela, ele beijou seus ombros, a entrelaçou com os braços e com a ponta dos dedos desabotoou o sutiã.
Ela envolveu as pernas em Afonso. O beijou novamente cada vez mais molhado e demorado.
A:Amor?!O que foi isso? Quase infarto.
H: Não aguenta?(o desafiando)
A:Não aguento? E quem é que sempre pede para parar no fim? (provocando-a)
H: Vai jogar na cara?(abrindo os botões da camisa dele) Dessa vez vai ser diferente.
Afonso riu por um momento, mas logo percebeu que a mesma não ria e que provavelmente falou sério.
A: Como assim? (Curioso)
Helena desceu do balcão, a essa altura só de calcinha, foi até a geladeira e voltou com uma expressão deliciosamente perturbadora.
A:Você só pode estar brincando.
H:Quero ver quem é que não vai aguentar agora.
O empurrou e o colocou literalmente ao chão (entre o balcão e a pia) amarrou os braços dele com um pano de prato e começou a desabotoar a calça
A:Meu amor. (ofegante) adorei essa sua nova versão.
H:Você ainda não viu nada. (sorrindo)
Ela começou a tortura-lo com os lábios. Em seguida abriu o leite condensado, começou pela boca e foi derrubando por todo o corpo de Afonso, até chegar a sexo.
H: Agora vem a melhor parte. (rindo)
Helena o beijou de um jeito que ele jamais havia visto antes e foi descendo com a boca pela extensão de seu corpo, o molhando com a língua até chegar onde Afonso mais queria.  Já quase não aguentando mais, começou a gemer baixo.
H:Ainda aguenta? (encarando-o)
A: Vai que é sua!(se contorcendo)
A diretora sabia que ele não iria aguentar por muito tempo, se concentrou por alguns minutos no sexo de seu marido até a hora em que ele desesperado disse:
A:Helena, você ganhou, me solta, não aguentando mais.
H: Eu não acredito... (sorrindo)
A: Me solta logo!
Assim que Helena o soltou, foi como ter soltado um leão em frente um pedaço de carne.
Ele avançou nela de certa maneira que talvez a tivesse até machucado, mas ambos estavam nem aí para isso, Helena queria era ele daquele jeito mesmo. Todo selvagem, todo incontrolável por causa dela.
Afonso estava tão eufórico que nem paciência para tirar a calcinha dela ele teve e logo a rasgou.
H:Noss... (foi interrompida por um beijo)
Beijo esse que se espalhou por todo o queixo e pescoço de Helena.
“Ah!”... Esse foi o grito que ela deu assim que Afonso a invadiu.
Movimentos pouco delicados, intensos e de uma maneira que fazia Helena fugir de si.
Depois de alguns minutos estão os dois ali na cozinha, ainda ofegantes e suados, deitados naquele piso que a essa altura já estava quente e escorregadio devido ao ato ali praticado.
A: Olha o estado em que eu estou.(ofegante)
Ela riu baixo;
H:Gostou? (debruçando-se em seu peito e o encarando)
A:Se eu gostei? Eu estou sem palavras para dizer o que eu senti em relação a isso. (Ofegante)
Helena e Afonso estavam tão entretidos com aquele sexo louco, que esqueceram-se da hora.
Pedro voltou da “fugidinha” e foi logo na cozinha procurar uma coisa para comer.
Assim que Afonso ouviu o barulho do filho descendo as escadas, entrou em desespero.
A:Amor! O Pedro! Ele tá vindo aqui. (sussurrando)
H:E agora?!

segunda-feira, agosto 25, 2014

1° Sonho de Amor

Na casa da família Winchester...
H:Bom dia amor...(dando um selinho no marido)
Afonso já encontrava-se junto a mesa, apreciando um delicioso e forte café, enquanto folheava concentrado o jornal daquela manhã.
A:Achei que não iria acordar mais. (rindo)
H:Ah ah. (Ironizando). Nem acredito que hoje é feriado e amanhã já é sábado!(sorrindo)
Ele levantou-se da mesa e aproximou de Helena de forma provocadora.
A:O que acha de viajarmos? Não seria uma ótima ideia?(beijando seu pescoço)
H:Amor, eu ia amar! Mas não posso, ainda tenho coisas da escola para resolver amanhã.
A: Vai ir para a escola amanhã? (assustado)
H: Não! De jeito algum, eu trouxe para casa.
A: Que pena. (apertando-a ainda mais entre seus braços)
Helena virou-se e ficou de frente para ele, ainda abraçados e encostados ali na pia da cozinha, ela o provocou, dizendo:
H:E posso saber, aonde é que iriamos? (sussurrando ao ouvido dele)
A:Acampar!
H:Acampar? (sem entusiasmo)
A:Sim! (sorrindo) Não gostou da ideia?
H: Achei que íamos em um passeio de Lancha? Você sabe o quanto eu gostaria de ir!
Porque acampar, não sei... Mosquitos, dor no corpo, bichos. Você sabe que eu tenho medo.
A:Helena, eu te levo para um passeio de Lancha nas tuas férias! Mas acho que sei como te fazer mudar de ideia em relação ao acampamento.
H:Como?(curiosa)
A:Você não disse que tinha uma fantasia que gostaria que eu realizasse?
H:Uhum.
A: A realizo do jeitinho que você quiser. Em troca, dormimos juntinhos, bicho nenhum vai chegar perto de você, ein?(dando mais um selinho)
H:Isso é tentador, muito tentador. (sorrindo)
A:E aí?(já animado)
H:Aceito, mas só nas férias mesmo, Afonso. Tenho trabalho para fazer. (afastando-se dele)
Antes que ela pudesse continuar arrumando o seu café, completou:
H:Mas não vejo a hora de realizarmos essa fantasia. (rindo)
Afonso no mesmo instante a puxo contra seu corpo e a encostou junto a pia.
A:Podemos fazer uma prévia aqui mesmo se você quiser.
H:Não faz assim, Afonso. (ofegante) Daqui a pouco o Pedro desce para tomar café. (fechando os olhos)
Ele conhecia a mulher, sabia como deixa-la excitada em pequenos minutos. No momento em que ela fechou os olhos, ele levou uma de suas mãos no interior de sua coxa, seguindo ali um caminho muito perigoso para a situação em que estavam.
Afonso encontrou o que queria, e ao massageá-la, presenciou o corpo de Helena entregar-se aos poucos.
A:Duvido que você resista, Helena. Eu te conheço meu amor. (sussurrando ao seu ouvido)
H:Para, Afonso(com a voz baixa)
P:Bom dia, mãe. Bom dia... Pai? Eu estou atrapalhando alguma coisa? (desconcertado)
H:Que isso filho, claro que não! (Afastando-se de Afonso) Eu só estava conversando aqui com o seu pai sobre o... O... (nervosa)
A: Sobre o feriado de hoje que não vamos desfrutar porque sua mãe trouxe trabalho pra casa. (voltando para a mesa)
P: Poxa, mãe. Que vacilo, ein! (sentando-se junto a mesa)
H:Pedro, você já sabe como é, não depende do meu querer.
P:Sei, tanto sei que já combinei de ir à praia com o pessoal da faculdade.
H:Achei que ia ficar em casa, com a sua família.
P:Achei que queriam aproveitar a casa, pai? (olhando para o pai com cumplicidade)
A: Isso aí, filho. Aproveite, outro dia marcamos algo em família.
H:Não apoia não, Afonso. Esse garoto daqui uns tempos nem vai querer ficar em casa.
P:Que exagero, mãe! (Indo em direção a ela)
Pedro aproximou-se dela e após um carinhoso abraço, deu um beijo em seu rosto.
Ambos voltaram para a mesa afim de terminarem o café, mas Helena já não gostara de saber que o filho não ficaria em casa com eles naquele feriado e a situação piorou depois que ouviu o que Afonso e Pedro concordaram.
P: Pai, você pode me emprestar o carro?
H:Claro que não!
A:Cuidado viu? Um arranhão e você fica cinco meses sem sair de casa. (entregando-lhe a chave)
P:Calma pai, relaxa que seu carro vai voltar do mesmo jeito.
H: Pelo visto, o que eu acho ou deixo de achar pouco importa nessa casa, perdi a fome. Bom dia para vocês.
Ao dizer isso, Helena levantou-se da mesa e saiu de forma intempestiva da cozinha.
A:Helena! Volta aqui, meu amor (chamando-a ainda da mesa)
H:Me deixa, Afonso. (atravessando a sala)
Ela entrou em seu escritório e tentou ali, esquecer o que acabara de ouvir.

Na cozinha Pedro e Afonso.
P:Valeu Pai!(Saindo)
A:Olha lá ein, filho, aí está a oportunidade de você mostrar pra sua mãe que eu posso deixar o carro na sua mão.
P:Fica tranquilo, pai.
Pedro pegou as chaves do carro, subiu para o quarto arrumar suas coisas e depois de um tempo, desceu.
Afonso continuava na sala, ainda folheava o jornal, mas agora sem interesse, já havia lido as notícias, e nesse momento gostaria apenas de passar o tempo.
P:Ainda está aí, pai? (descendo as escadas)
A:Porque?
P:Achei que tivesse ido amansar a fera. (rindo)
A:Estou esperando você sair.
P:Nossa, se é só por isso, fui! (rindo)
A:Juízo ein filho, não quero vestígios desse fim de semana no meu carro, entendido? (abraçando-o)
P: Está bem, pai. (já impaciente)
A:E muito cuidado nessa estrada e o mais importante, não beba antes de dirigir. (encarando-o)
Pedro assentiu com a cabeça.
A:Divirta-se. (sorrindo e acariciando os cabelos do filho)
Pedro estava saindo quando voltou a sala, dizendo:
P:Pai!
A:O que foi?
P:Espera só uns 5 minutinhos, vou me despedir da Mãe.
A: Claro.
O filho de Afonso bateu na porta do escritório, mas ninguém respondeu.
P:Mãe? (Abrindo a porta)
H:O que foi?
Ela estava séria, conhecia aquela expressão. Helena estava rodeada por vários papéis e livros. Ser diretora de uma escola com certeza lhe ocupava muito tempo.
Mas mesmo com aquele óculos de leitura deixando-a ainda mais com a expressão de brava, ele conhecia a própria mãe.
P:Vim te dar um beijo, já estou indo.
Helena não teve reação nenhuma, não disse nada. Então ele não continuou indo em direção à ela, virou-se para então seguir viajem, mas antes mesmo de alcançar a porta, ele a ouviu.
H:Espera, filho. Volte aqui!
Ela foi em direção a ele e o abraçou, forte e demorado.
P:Dona Helena, a senhora é durona ein! (sorrindo em meio aquele carinhoso abraço)
H:Pedro, você sabe que eu tenho muito medo de você com esse carro.
P:Eu aprendi a lição.(beijando-a)Fica tranquila, domingo eu já estarei de volta.
H:Quem vai com você?
P:Só o Douglas.
H:Cuidado filho, se você cansar reveza com ele.
P: Pode deixar mãe, agora tchau.
H:Tchau, amor.
Pedro saiu e Helena voltou a sua mesa, sentou e respirou fundo, disse em seus pensamentos...
“Deus proteja meu filho”

Não demorou muito tempo até que agora Afonso, fosse enfrentar a fera e sabia que com ele seria provavelmente mais difícil;
Ele bateu timidamente junto a porta, ela nada respondeu. Mas se ele fosse esperar por alguma resposta, naquela situação ficaria eternamente do lado de fora daquele escritório.
Então ele foi entrando devagar.
A:Posso entrar?
H:Já entrou, não é mesmo, Afonso.
A:Nossa, essa me machucou, Helena.
H:O que?
A:Afonso!
H:E não é o seu nome?
A:Amor, para com isso (indo em direção a mesa)
H:Foi você que começou.
A: Pedro amadureceu, você precisa superar isso.
H:Ainda é muito forte, eu sei que já se passaram três anos desde o acidente do Pedro, mas em mim a sensação de quase perde-lo não sai.
A:Vem aqui (a levantando da cadeira e a abraçando) Dessa vez ele não vai sozinho (a acariciando os cabelos)
H:Eu vou superar isso, mas só não sei quando. (abraçando-o)
Ela o abraçou por breves minutos, mas logo separou e disse em tom ríspido:
H:Mas você não devia ter ignorado minha resposta daquele jeito.
A:A Dona Helena está querendo brigar mesmo.
Helena não conseguiu segurar o riso.
H: É porque dizem que a reconciliação é sempre inesquecível.
A:Se é apenas por isso, aconselho brigarmos pelo menos quatro vezes na semana. (sorrindo)
Ela riu.
A:Acho inclusive que devíamos começar agora. Porque você estava muito brava comigo, não é?(brincando)
H:Sim, estou tão brava, mas tão brava que vou te deixar de castigo hoje e vou esquecer que isso aconteceu, então não tem reconciliação. Não é ótimo?(sorrindo e afastando-se)
A: Você está de brincadeira?
H:Eu estou com cara de quem está brincando, Afonso?(saindo)
A:Helena, isso não se faz!(rindo e seguindo-a)
Helena e Afonso quase nunca brigavam, eram apenas discussões bobas e geralmente pelo mesmo motivo, um desautorizando o outro em relação ao Pedro.
Há três anos, Pedro havia pego o carro sem autorização de Afonso e foi para uma festa com os amigos, na volta havia deixado todos em casa e ficou sozinho. Ele havia bebido um pouco, estava já com os olhos pesados quanto perdeu a direção e sofreu um grave acidente. Ficou um mês e meio em coma entre a vida e a morte, Helena se lembra desse acidente como se tivesse ocorrido um dia antes de cada dia em que Pedro sai com o carro.
Hoje Pedro amadureceu, é responsável, sabe as consequências de um ato imprudente.
Mas isso não entra na cabeça de Helena.

O fim de semana se passou, rápido, para a tristeza de todos. Era manhã daquela segunda-feira e todos tomavam café junto à mesa.

 

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