terça-feira, setembro 10, 2013

20° Como eu te Amo

Lu: Ai que saco, eu já cansei dessa ladainha, acontece que ela está saindo daqui hoje, então abre logo, ou eu falo com o seu superior.
Enfº: Tudo bem. (meio perdido)
Assim que a porta se abriu, Laura se jogou nos braços de Lucas.
L: Meu anjo da guarda, meu anjo, meu anjo (pendurada nos braços dele)
Lu: Ow minha amiga, assim que eu soube eu vim para cá, cheguei no Brasil hoje.
L: Eu não pude fazer nada, você acredita nisso?
Lu: Vem, vamos para casa. Você vai para minha casa com a Maria Luiza.
L: Tá. Para alguma coisa serviu o tempo que eu fiquei aqui, eu pensei muito Lucas....
Lu: Ai ai ai... Tenho medo quando você vem com essas conversas.
L: Pensei que eu estou muito frágil, muito mulherzinha, essa Laura eu matei a trinta anos atrás.
Lucas olhou para ela ainda meio chocado.
L: E eu não vou deixar ela voltar.
Lu: Ok, mas vamos com calma, vem... Agora vamos sair daqui.
L: Eu vou colocar uma roupa.
Laura vestia uma camisola branca, horrível, realmente a deixava com cara de louca.
De nada adiantou as roupas que Murilo havia deixado ali para ela. Ela não podia usar, segundo os enfermeiros ela podia esconder algum objeto cortante nelas. Realmente era um absurdo. Assim que Laura vestiu-se, Lucas pode notá-la melhor. Estava pálida, magra, olhos fundos. Estava horrível.
Lu: Vem minha linda, vamos sair daqui.
Lucas passou com Laura pela recepção, e lá estava... Murilo e o Doutor Cristhian conversando, pareciam até discutir.
Cr: Ei, esperem, ela não pode sair assim, preciso dar alta, preciso ainda assinar uns papeis.
Lu: O que? Não entendi... Presta atenção, eu estou levando a Laura para casa, o marido dela vai ficar aí para qualquer coisa, afinal para internar ela, não precisou ela assinar nada, ela dizer nada, então para “desinternar” deve ser a mesma coisa não é? (Irônico)
Ou se preferir, doutor... Doutor...
Cr: Doutor Cristhian.
Lu :Então, se preferir Doutor Cristhian, eu posso chamar a polícia, e resolvemos isso rapidinho. (e sorriu)
O médico ficou em silêncio.
M: O senhor me desculpe por isso senhor Cristhian, eu realmente não esperava que as coisas fossem tomar esse rumo.
Cr: Não, tudo bem, eu só lamento que o tratamento da sua mulher tenha sido interrompido dessa maneira.
Lu: Nós já estamos indo Murilo, você vai de taxi depois ok? Vou com o seu carro.
Murilo nem tinha cara de pedir ou reclamar de nada. Sabia que o que estava por vir seria mais doloroso.
M: Er... Tá.
Lucas colocou Laura no carro e a levou para casa, assim que chegaram, pegaram algumas coisas e foram para casa de Lucas, inclusive Luiza foi tirada do berço em meio a um sono e foi levada, Laura não queria se separar da filha nem por um segundo. Agora já instalada no quarto de hospedes, ela estava sentada na cama, apenas com os olhos vidrados para o nada. Lucas a olhou pela porta, Luiza agora dormia novamente depois de muito ser chacoalhada.
Lu: Laura? (entrando devagar no quarto)
L: Oi (sorrindo)
Lu: Não consegue dormir? (sentando-se na poltrona ao lado)
L: Estava pensando.
Lu: No que?
L: Em tudo! Nessa atitude estúpida do Murilo, dessa pessoa que ficava me assustando, na minha reação, nessa internação.
Lu: ...
L: Isso está errado, tem alguma coisa errada.
Lu: Mas errada exatamente no que Laura?
L: Em tudo, principalmente em mim, eu não sou assim, frágil, dependente e principalmente medrosa.
Lu: Isso é. Mas... (Lucas pensou em dizer sobre essas visões que ela tinha, mas preferiu deixar para outra hora)
L: Eu já sei o que eu vou fazer.
Lu: Espera aí Laura.
L: Isso ficou na minha cabeça Lucas.
Lu: Eu ainda não estou entendendo Laura.
L: Lucas! Eu estava grávida, praticamente sozinha, e me enfiei em um ninho de cobras praticamente só, com a cara e a coragem. E eu os peguei. E eu vou pegar esse infeliz também!
LU: Uhum! Laurinha meu anjo, é muito legal tudo isso que você disse, mas na prática, as coisas são um pouco mais difíceis do que na teoria.
L: Eu já me decidi Lucas. Eu vou descobrir quem está fazendo isso, e o por que.
Ok, ok, Lucas conhecia Laura o suficiente para saber que não adiantava nada ele falar, ela já estava decidida. Já era! Agora era só torcer para que tudo isso desse certo. Lucas acreditava na amiga, ele até se sentiu mal por em algumas vezes chegou a pensar que realmente Laura estivesse tendo uma explosão de nervos, tanto que até entendia a preocupação de Murilo, conseguia entender o medo dele, mas interná-la? Não, isso foi demais. Demais mesmo.
Laura praticamente passou a noite toda em claro, estava se sentindo meio enjoada. Quando estava quase amanhecendo Laura tirou um cochilo, mas que durou apenas duas horas, Luiza acordou chorando. Queria sua mamadeira. Ainda bem que a essa altura ela já estava praticamente acostumada com leite industrial. Laura fez um telefonema antes de descer com Luiza para o café.
Lu: Bom dia minhas lindinhas, está tudo bem?
L: Melhor impossível.
Lu: Senta aqui, toma um café com a gente.
L: Eu vou querer só uma maça mesmo. (sentando se a mesa)
P: Bom dia tia!
L: Bom dia meu amor. Faz um favorzinho para a tia, pega uma colherzinha para eu dar maça a Luiza também. (sorrindo)
P: Tá. (saindo correndo da mesa)
Léo: E aí? Você vai conversar com o Murilo?
Lu: Qual é Léo, vai querer ajudar o seu amigo agora?
Léo: Não é ajudar Lucas, mas acho que essa conversa é necessária, não dá para fingir que nada aconteceu.
Lu: Eu não lembro da minha amiga dizer que ele a chamou para conversar antes de fazer o que ele fez.
Léo: Lucas você não entende, ele tava confuso, eu vi o quanto ele tava desesperado, a Laura não estava indo trabalhar, tinha medo de sair de casa.
Laura ficou em silêncio. É, fazia certo sentido.
Lu: Laura...
L: Tem uma outra coisa.
Léo: O que?
L: Murilo me disse que ele colocou câmera em volta da nossa casa, e nelas não tinham nada, ou seja nos dias que eu dizia que tinha visto alguma coisa, ele ia e via na câmera e não tinha nada.
Lu: ...
Léo: Viu! Eu também concordo que a internação foi um exagero, foi sei lá, muito radical! Mas não foi sem fundamento, ele estava desesperado. Laura, ele disse que você mencionou divórcio, não faz isso... Ele te ama, ele fez isso por amor a você, porque ele teve medo de te perder.
L: ...
Lucas ficou pensando, talvez o ódio que estava sentindo por Murilo estivesse sendo amenizado. Explicado agora com mais calma, talvez ele entendesse um pouco, só um pouquinho o lado do Murilo.
L: Não sei, ainda não consigo decifrar o que eu estou sentindo por ele em relação a isso tudo. Acho que estou... Decepcionada ou estava, por ele não acreditar em mim, mas agora com esse negócio de câmeras, eram os fatos, ali, na cara dele!
Leonardo percebeu que estava conseguindo fazê-la entender um pouco o que o amigo pensou. Ele mesmo também não concordou com a atitude dele, mas... Eram os fatos!
Lu: Ah eu já não sei mais de nada. Mas o que você decidir, eu vou estar com você.
L: Obrigada. Eu acho que já sei.
Laura terminou o café ali com eles. Mas correu para sua casa assim que terminou. Uma semana ficou fora, mas parecia um ano. Dona Naná estava na cozinha desfazendo a mesa do café, Murilo havia acabado de sair para a empresa.
N: Dona Laura! (Indo de encontro a um abraço)
L: Oh Dona Naná. Tudo bem com a senhora?
N: Comigo está tudo bem, mas e com a senhora? Senta, eu boto a mesa do café para senhora, está tão magrinha.
L: Não, não é necessário Dona Naná. Eu só estou esperando o... (foi interrompida pelo toque da campainha)
Naná olhou para ela como quem diz, nossa! Quem será?
L: Pode deixar que eu abro, segura ela aqui para mim. (entregando Luiza pro colo dela)
Laura foi abrir a porta e depois de alguns segundos apareceu ao lado de Erick, um homem forte, alto, moreno e policial. Era amigo de Laura desde a época do falso casamento com Carlos Daniel.
L: Dona Naná, esse aqui é o Erick Caesar, ele é um policial e vai ficar aqui o tempo em que eu e o Murilo não estivermos.
N: Minha nossa Dona Laura, mas porque? Estão querendo roubar a casa da Senhora? É isso?
L: Não, não se preocupe, eu só quero prevenir.
N: Ah, tudo bem então.
L: Assim eu me sinto muito melhor. (sorriu para Erick)Se precisar de alguma coisa é só pedir para Dona Naná.

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terça-feira, setembro 10, 2013

20° Como eu te Amo

Lu: Ai que saco, eu já cansei dessa ladainha, acontece que ela está saindo daqui hoje, então abre logo, ou eu falo com o seu superior.
Enfº: Tudo bem. (meio perdido)
Assim que a porta se abriu, Laura se jogou nos braços de Lucas.
L: Meu anjo da guarda, meu anjo, meu anjo (pendurada nos braços dele)
Lu: Ow minha amiga, assim que eu soube eu vim para cá, cheguei no Brasil hoje.
L: Eu não pude fazer nada, você acredita nisso?
Lu: Vem, vamos para casa. Você vai para minha casa com a Maria Luiza.
L: Tá. Para alguma coisa serviu o tempo que eu fiquei aqui, eu pensei muito Lucas....
Lu: Ai ai ai... Tenho medo quando você vem com essas conversas.
L: Pensei que eu estou muito frágil, muito mulherzinha, essa Laura eu matei a trinta anos atrás.
Lucas olhou para ela ainda meio chocado.
L: E eu não vou deixar ela voltar.
Lu: Ok, mas vamos com calma, vem... Agora vamos sair daqui.
L: Eu vou colocar uma roupa.
Laura vestia uma camisola branca, horrível, realmente a deixava com cara de louca.
De nada adiantou as roupas que Murilo havia deixado ali para ela. Ela não podia usar, segundo os enfermeiros ela podia esconder algum objeto cortante nelas. Realmente era um absurdo. Assim que Laura vestiu-se, Lucas pode notá-la melhor. Estava pálida, magra, olhos fundos. Estava horrível.
Lu: Vem minha linda, vamos sair daqui.
Lucas passou com Laura pela recepção, e lá estava... Murilo e o Doutor Cristhian conversando, pareciam até discutir.
Cr: Ei, esperem, ela não pode sair assim, preciso dar alta, preciso ainda assinar uns papeis.
Lu: O que? Não entendi... Presta atenção, eu estou levando a Laura para casa, o marido dela vai ficar aí para qualquer coisa, afinal para internar ela, não precisou ela assinar nada, ela dizer nada, então para “desinternar” deve ser a mesma coisa não é? (Irônico)
Ou se preferir, doutor... Doutor...
Cr: Doutor Cristhian.
Lu :Então, se preferir Doutor Cristhian, eu posso chamar a polícia, e resolvemos isso rapidinho. (e sorriu)
O médico ficou em silêncio.
M: O senhor me desculpe por isso senhor Cristhian, eu realmente não esperava que as coisas fossem tomar esse rumo.
Cr: Não, tudo bem, eu só lamento que o tratamento da sua mulher tenha sido interrompido dessa maneira.
Lu: Nós já estamos indo Murilo, você vai de taxi depois ok? Vou com o seu carro.
Murilo nem tinha cara de pedir ou reclamar de nada. Sabia que o que estava por vir seria mais doloroso.
M: Er... Tá.
Lucas colocou Laura no carro e a levou para casa, assim que chegaram, pegaram algumas coisas e foram para casa de Lucas, inclusive Luiza foi tirada do berço em meio a um sono e foi levada, Laura não queria se separar da filha nem por um segundo. Agora já instalada no quarto de hospedes, ela estava sentada na cama, apenas com os olhos vidrados para o nada. Lucas a olhou pela porta, Luiza agora dormia novamente depois de muito ser chacoalhada.
Lu: Laura? (entrando devagar no quarto)
L: Oi (sorrindo)
Lu: Não consegue dormir? (sentando-se na poltrona ao lado)
L: Estava pensando.
Lu: No que?
L: Em tudo! Nessa atitude estúpida do Murilo, dessa pessoa que ficava me assustando, na minha reação, nessa internação.
Lu: ...
L: Isso está errado, tem alguma coisa errada.
Lu: Mas errada exatamente no que Laura?
L: Em tudo, principalmente em mim, eu não sou assim, frágil, dependente e principalmente medrosa.
Lu: Isso é. Mas... (Lucas pensou em dizer sobre essas visões que ela tinha, mas preferiu deixar para outra hora)
L: Eu já sei o que eu vou fazer.
Lu: Espera aí Laura.
L: Isso ficou na minha cabeça Lucas.
Lu: Eu ainda não estou entendendo Laura.
L: Lucas! Eu estava grávida, praticamente sozinha, e me enfiei em um ninho de cobras praticamente só, com a cara e a coragem. E eu os peguei. E eu vou pegar esse infeliz também!
LU: Uhum! Laurinha meu anjo, é muito legal tudo isso que você disse, mas na prática, as coisas são um pouco mais difíceis do que na teoria.
L: Eu já me decidi Lucas. Eu vou descobrir quem está fazendo isso, e o por que.
Ok, ok, Lucas conhecia Laura o suficiente para saber que não adiantava nada ele falar, ela já estava decidida. Já era! Agora era só torcer para que tudo isso desse certo. Lucas acreditava na amiga, ele até se sentiu mal por em algumas vezes chegou a pensar que realmente Laura estivesse tendo uma explosão de nervos, tanto que até entendia a preocupação de Murilo, conseguia entender o medo dele, mas interná-la? Não, isso foi demais. Demais mesmo.
Laura praticamente passou a noite toda em claro, estava se sentindo meio enjoada. Quando estava quase amanhecendo Laura tirou um cochilo, mas que durou apenas duas horas, Luiza acordou chorando. Queria sua mamadeira. Ainda bem que a essa altura ela já estava praticamente acostumada com leite industrial. Laura fez um telefonema antes de descer com Luiza para o café.
Lu: Bom dia minhas lindinhas, está tudo bem?
L: Melhor impossível.
Lu: Senta aqui, toma um café com a gente.
L: Eu vou querer só uma maça mesmo. (sentando se a mesa)
P: Bom dia tia!
L: Bom dia meu amor. Faz um favorzinho para a tia, pega uma colherzinha para eu dar maça a Luiza também. (sorrindo)
P: Tá. (saindo correndo da mesa)
Léo: E aí? Você vai conversar com o Murilo?
Lu: Qual é Léo, vai querer ajudar o seu amigo agora?
Léo: Não é ajudar Lucas, mas acho que essa conversa é necessária, não dá para fingir que nada aconteceu.
Lu: Eu não lembro da minha amiga dizer que ele a chamou para conversar antes de fazer o que ele fez.
Léo: Lucas você não entende, ele tava confuso, eu vi o quanto ele tava desesperado, a Laura não estava indo trabalhar, tinha medo de sair de casa.
Laura ficou em silêncio. É, fazia certo sentido.
Lu: Laura...
L: Tem uma outra coisa.
Léo: O que?
L: Murilo me disse que ele colocou câmera em volta da nossa casa, e nelas não tinham nada, ou seja nos dias que eu dizia que tinha visto alguma coisa, ele ia e via na câmera e não tinha nada.
Lu: ...
Léo: Viu! Eu também concordo que a internação foi um exagero, foi sei lá, muito radical! Mas não foi sem fundamento, ele estava desesperado. Laura, ele disse que você mencionou divórcio, não faz isso... Ele te ama, ele fez isso por amor a você, porque ele teve medo de te perder.
L: ...
Lucas ficou pensando, talvez o ódio que estava sentindo por Murilo estivesse sendo amenizado. Explicado agora com mais calma, talvez ele entendesse um pouco, só um pouquinho o lado do Murilo.
L: Não sei, ainda não consigo decifrar o que eu estou sentindo por ele em relação a isso tudo. Acho que estou... Decepcionada ou estava, por ele não acreditar em mim, mas agora com esse negócio de câmeras, eram os fatos, ali, na cara dele!
Leonardo percebeu que estava conseguindo fazê-la entender um pouco o que o amigo pensou. Ele mesmo também não concordou com a atitude dele, mas... Eram os fatos!
Lu: Ah eu já não sei mais de nada. Mas o que você decidir, eu vou estar com você.
L: Obrigada. Eu acho que já sei.
Laura terminou o café ali com eles. Mas correu para sua casa assim que terminou. Uma semana ficou fora, mas parecia um ano. Dona Naná estava na cozinha desfazendo a mesa do café, Murilo havia acabado de sair para a empresa.
N: Dona Laura! (Indo de encontro a um abraço)
L: Oh Dona Naná. Tudo bem com a senhora?
N: Comigo está tudo bem, mas e com a senhora? Senta, eu boto a mesa do café para senhora, está tão magrinha.
L: Não, não é necessário Dona Naná. Eu só estou esperando o... (foi interrompida pelo toque da campainha)
Naná olhou para ela como quem diz, nossa! Quem será?
L: Pode deixar que eu abro, segura ela aqui para mim. (entregando Luiza pro colo dela)
Laura foi abrir a porta e depois de alguns segundos apareceu ao lado de Erick, um homem forte, alto, moreno e policial. Era amigo de Laura desde a época do falso casamento com Carlos Daniel.
L: Dona Naná, esse aqui é o Erick Caesar, ele é um policial e vai ficar aqui o tempo em que eu e o Murilo não estivermos.
N: Minha nossa Dona Laura, mas porque? Estão querendo roubar a casa da Senhora? É isso?
L: Não, não se preocupe, eu só quero prevenir.
N: Ah, tudo bem então.
L: Assim eu me sinto muito melhor. (sorriu para Erick)Se precisar de alguma coisa é só pedir para Dona Naná.

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