11° Como eu te Amo

L: Oi, boa tarde.
Lurdes: Eu trouxe um suco para a senhora, achei que a senhora pudesse querer.
L: Nossa Obrigada, pode deixar aqui na mesa, eu já bebo.
Lurdes: Se a senhora precisar de alguma de coisa, é só me avisar.
L: Eu estou bem, mas se precisar eu aviso.
Lurdes sorriu para ela, e saiu. Laura ainda concentrada nos papéis até que um homem sentou-se em sua frente.
G: Oi! (Sorrindo)
L: Ai que susto.
G: Me desculpe.
L: (Sorrindo)
G: (Sorrindo) parece que estou sempre te assustando.
L: Imagina...
G: Vim porque fiquei sabendo que você não passou bem hoje.
L: Nossa as noticias aqui correm, nem parece uma concessionária e sim um salão de beleza.
G: Desculpe, não quis ser inconveniente, é que eu fiquei preocupado mesmo.
L: Não, desculpe você, não foi isso que eu quis dizer.
G: Mas o que você esta fazendo aqui? Um lugar nem um pouco calmo para trabalhar.
L: Minha sala ainda está com um cheiro muito forte de produto de limpeza, está até me dando dor de cabeça.
G: Ah, mas o que será que foi isso? Não é melhor ir a um médico?
L: É, vou ver isso, se continuar durante o fim de semana eu vou sim, porque se for uma virose posso passar para minha bebê.
G: Ah é, vocês tem uma menina não é?
L: É Maria Luiza, vai completar seis meses.
G: Nossa, bebêzinha ainda.
L: É.
G: Se precisar eu vou com você ao médico.
L: (Sorrindo) Obrigada, mas só terei tempo na próxima semana.
G: Mesmo assim, a companhia continua de pé.
L: Claro, até porque se eu precisar ir ao médico, Murilo já é todo afobado e ia ficar histérico.
G: (Rindo).
L: Bom, agora se você me dá licença, eu preciso terminar isso aqui ainda hoje.
G: Claro, sabe que se precisar de qualquer coisa é só me falar.
L: Obrigada por se preocupar. (Sorrindo)
G: Eu não sei Laura, mas você é muito especial para mim, é como se eu tivesse uma missão de te proteger, de cuidar de você, como uma irmã.
L: Eu também, sinto como se eu já te conhecesse antes.
G: É a vida, sempre jogando com a gente, vai que já nos conhecemos de outra vida ein?
L: (Sorrindo).
G: Bom eu vou te deixar, não quero atrapalhar. Até amanhã, acho que nem te vejo mais até o fim do expediente.
L: Tchau Gustavo.
Mais tarde Laura estava em seu quarto conversando com Lucas no telefone enquanto Luiza estava sentada ao seu lado na cama entretida com os mordedores coloridos que Murilo havia comprado.
Lu: Ele está te querendo.
L: Que querendo o que Lucas! Ele disse que me vê como irmã.
Lu: E eu gosto de mulheres.
L: Lucas!
Lu: Laura! Por favor não é, o cara sabe que Murilo paga uma floresta inteira para você e ele vem com essa de que sente que precisa cuidar de você?
L: ...
Lu: Primeiro que esse discurso é meu, eu disse isso a você a duzentos anos luz atrás. E cuido, então pode falar para ele parar com essa palhaçada.
L: Pensei que esse ciúmes todo viria do Murilo.
Lu: Não é ter ciúmes, é ter visão. Por falar em ter visão, cadê o cunhadinho pamonha que não está tendo essa visão?
L: Está na cozinha tentando fazer uma pipoca parecida com a sua.
Lu: Laura!
L: O que?
Lu: Jesus ilumina, eu não estou falando onde ele está agora, estou falando aonde ele está nesses dias que ele não está vendo esse Gustavo cheio das graças para cima de você?
L: Murilo é amigo do Gustavo, os dois se deram muito bem nesses quase dois meses e...
Lu: Fura Olho ainda por cima.
L: Lucas para com isso, é que você não conhece ele, senão você ia ver que não faz sentido isso tudo que você está dizendo.
Lu: É, se eu ver ele eu logo vou saber as intenções dele.
L: (Rindo) Ai Lucas, só você mesmo.
Lu: E o enjoo, já passou?
L: Não coloca isso na boca filha. (tirando o cobertor da boca da bebê)
L: Desculpa Lucas (Sorrindo), então passou sim.
Lu: Será que você não está grávida?
L: Que grávida o que Lucas? Está achado que eu sou o poço de fertilidade é?
Lu: Mas você tinha começado o tratamento.
L: Tinha, mas a Luiza tá com 6 meses ainda.
Lu: Você sabe que as mulheres podem engravidar até mesmo quando ainda estão amamentando.
L :Isso para as jovenzinhas Lucas, engravidar sem tratamento da Luiza já foi um milagre, ainda mais com aquele aborto que eu sofri na adolescência.
Lu: Mas não é impossível.
L: Lucas não é, já passou até. Quando eu fiquei grávida da Luiza eu desmaiava, sentia ânsia toda hora.
Lu: É... Mas se continuar você vai ao médico não é?
L: Vou, vou sim mamãe.
Lu: Oh, sua engraçadinha.
M: Pronto amor. Pode começar.
L: Tchau Lucas.
M: Manda um abraço meu.
L: Murilo está te mandando um abraço.