terça-feira, setembro 10, 2013

7° Como eu te Amo

Lu: O meu maior medo, é que depois de todos esses anos ela volte a ser a mesma Laura frágil e medrosa de antes.
M: ...
Lu: Você não tem noção do quanto ela sofreu Murilo, o medo dela faz todo o sentido, se realmente fosse verdade.
Murilo ficou pensativo. Mas que droga estaria acontecendo agora?
Enquanto isso na Empresa Drummond na sala de Gustavo. Laura entrou com tudo.
L: Meu Deus, me desculpe Gustavo, eu vim deixar esses papéis na sua mesa, Carla e Bárbara estão em almoço, achei... Que você também... Não? (estranhando)
G: Não... Hoje eu fiz um belo desjejum que estou sem fome até agora.
L: Mas... Murilo disse que ia almoçar com você.
G: Comigo? Não.
L: Ele... Mentiu...
G: Meu Deus, me desculpe, talvez ele tenha me dito algo e eu não prestei atenção...
L: Não! Ele disse muito bem.
G: Por favor Laura, não foi minha intenção...
L :Imagina senhor Gustavo, o senhor apenas foi usado como bucha de canhão. Com sua licença (e saiu da sala dele perturbada)
Passaram-se mil coisas em sua cabeça, porque Murilo tinha mentido? Aonde ele tinha ido? Por quê? Bom, voltou para sua sala, sentou-se junto a sua mesa quando o seu celular tocou... Restrito. Atendeu.
L: Alô?
_: Será que todo o bebe desse tamanho já tem medo de bicho papão? HA HA HA HA.
E DESLIGOU... O desespero tomou conta de Laura no mesmo instante, onde estava Carla mesmo? Saiu correndo, droga não tinha ninguém para ela avisar que ia para casa. No andar da diretoria era somente as salas de Murilo, Laura e Gustavo e Carla que intermediava a todos. Bom, correu para a sala de Gustavo. Abriu a porta correndo..
L: Me desculpa Gustavo, eu preciso ir para casa agora, mas ninguém ainda voltou do almoço. Você pode avisar a Carla para mim? Diz para ela me ligar e deixar o Murilo para me cobrir nas reuniões de hoje.
G: Meu Deus Laura, você esta pálida, o que você tem?
L: Nada, eu preciso ir para casa.
G: De jeito nenhum eu vou te deixar dirigir nesse estado. Eu te levo.
L: Não, não precisa.
G: Precisa sim.
L: Por favor... Eu preciso que alguém fique aqui no setor da diretoria.
Nesse instante os dois se olharam, tinham ouvido a voz de Carla. Saíram num instante da sala.
L: Carla, avisa o Murilo que eu fui para casa, e coloca ele para me cobrir nas reuniões, diz que qualquer coisa é para ele me ligar.
C: Ta, eu aviso... Mas... Está tudo bem Drª Laura?
L: Está sim (muito nervosa e já indo em direção ao elevador)
G: Eu vou levá-la Carla, diz para a Bárbara segurar aqui para mim que eu já volto.
C: Tá, ok... (meio perdida)
Laura já estava entrando no elevador.
G: Espera Laura! (correndo atrás)
L: Eu disse que não precisa Gustavo.
G :Tudo bem, mas eu vou te levar mesmo assim.
Chegaram ao estacionamento. Laura o olhou e do jeito mais cavalo respondeu.
L: Me desculpa Gustavo, mas eu não costumo deixarem que dirijam o meu carro.
G: Eu sei... Vamos com o meu depois alguém leva o seu.
L: Não eu.. Ai quer saber, vamos logo eu preciso chegar à minha casa o mais rápido possível.
G: Ok
Gustavo rapidamente a conduziu até seu carro de último ano. Abriu a porta para ela e arrancou dali em direção ao condomínio da Senhora Drummond
Alguns minutos depois...
L: Muito obrigada Gustavo, agora eu preciso ir.
A única coisa que importava naquele momento era ver a sua filha. Então saiu como um foguete do carro e entrou feito um furacão dentro de casa. Assim que entrou pela porta da sala, na mesma hora seus olhos procuravam a pequena Luiza. A Dona Naná, a nova baba, pegava os poucos brinquedos que estavam espalhados pelo tapete da sala. A senhora se assustou com o desespero que Laura entrou em casa.
Na: Nossa Dona Laura, que susto (Sorrindo). Ué? Esqueceu alguma coisa?
L: Cadê minha filha Naná?
Na: Eu a coloquei no berço a quase meia hora Dona Laura, porque?
L: Meia hora?!
O coração de Laura estava bem no meio de sua garganta, que droga, o que tava acontecendo? O que era aquele medo que ela tava sentindo? Subiu as escadas engolindo o máximo de degraus que conseguia. Assim que chegou ao quartinho do bebê, seus olhos não seguraram as lágrimas, elas rolavam descontroladamente pela face. Largou a bolsa ali no chão e andou lentamente próxima ao berço.
L: Minha pequena... Meu anjinho (com a voz tremula)
Ali estava a pequena Maria Luiza, no seu mais profundo sono. Laura queria senti-la em seu colo, o corpinho macio e quente da filha... Pegou-a no colo e a apertou contra seu peito.
L: Eu vou cuidar de você a vida toda meu amor, a vida toda, não vou deixar nenhum mau acontecer com você.
Ficou assim por vários minutos. Dona Naná chegou à porta do quarto e contemplou a cena. Um bom tempo depois.
N: O que aconteceu Dona Laura? A Senhora está tremula! Bebe esse copo de água com açúcar, vai lhe fazer bem. (entregando a Laura)
L: Não foi nada, foi só um... Um pressentimento, e pressentimento de mãe não se devem ignorar não é?
N: Claro (Ainda confusa)
Laura passou o dia todo em casa, queria estar perto, mas e aquele telefonema? Quem será? A voz? A voz era mecanizada... Que droga. Murilo assim que voltou do almoço foi para sala de Laura.
Na recepção...
M: Cadê minha mulher? (meio nervoso)
C: Drª Laura foi para casa!
M: Como para casa? O carro dela esta aí!
C: O Srº Gustavo a levou!
M: O Gustavo? E faz muito tempo?
C: Faz pouco mais de uma hora.
M: E ela disse o porque?
C: Não senhor, mas estava muito nervosa e com muita pressa.
M: Será que aconteceu alguma coisa com a minha filha?
C: Não sei Drº Murilo, mas ela disse que era para o senhor cobrir ela pela tarde toda.
Murilo ficou nervoso, mas entendeu que se fosse algo sério ela teria ligado para ele, mas mesmo assim ele ia ligar para ela. Pegou o celular e ligou, mas o mesmo só caía na caixa postal. Foi até a sala de Gustavo. Bateu à porta e imediatamente foi recebido por Bárbara.
B: Murilo! Como você está?
M: Onde está o Gustavo?
B: Saiu com a sua mulher. (com um tom maldoso)
M: Ele ainda não voltou?
B: Não, também estou achando que está demorando, afinal de contas ele me ligou e disse que só ia leva-la em casa.
M: Pede por favor para assim que ele chegar e ir para minha sala. (virando-se para sair)
Rapidamente Bárbara entra na frente dele...
B: Você não quer esperar aqui Murilo?
M: ... Ann?
B: Sei lá, posso te fazer companhia até o senhor Gustavo voltar.
M: Err... Não é necessário (recuando alguns passos)
B: Que pena...
M: Com licença senhorita Bárbara.
Bárbara se afasta e deixa-o passar. Murilo esta alcançando a porta quando Gustavo entra.
M: Gustavo!
G: Ow Murilo!
M: O que aconteceu com a Laura? Ela está bem? Porque você foi levá-la em casa a essa hora?
G: Olha Murilo eu não sei exatamente, ela chegou aqui na minha sala apressada, nervosa, dizendo para eu te avisar para cobrir ela nas reuniões que ela estava indo para casa. Aí eu percebi que nas condições que ela estava era um perigo dirigir sozinha, então eu disse que ia levá-la, foi uma luta mas consegui convencê-la.
M: E o que tinha acontecido? Era alguma coisa com a minha filha? (meio desesperado)
G: Ela disse que tinha tido um pressentimento, mas que não foi nada.
M: Estranho, bom... De qualquer forma eu vou continuar tentando falar com ela.
G: Claro, sabe que se precisar é só falar...
M: Obrigado mesmo cara.
Depois de tentar inutilmente falar com Laura pelo celular, Murilo ligou na casa, estava tão nervoso que nem pensou nisso antes. Não demorou muito e Dona Naná atendeu.
M: Oi Naná! Cadê minha mulher? Ela está aí? Está tudo bem com ela? E com a minha filha? Eu estou muito preocupado e...
N: Pode ficar sossegado senhor Murilo, a dona Laura esta no quarto dela, chegou tomou um banho e alguns comprimidos para enxaqueca e foi se deitar, e sua filha está aqui comigo, nesse momento babando em um mordedor.
M: Ah... é que eu fiquei preocupado eu fiquei sabendo que ela estava muito nervosa ...
N: Mas foi só um pressentimento que ela disse que tinha tido, intuição de mãe... Essas coisas.
M: Ah sim... Bom, de qualquer forma vou ver se chego o mais cedo possível em casa.
N: Tudo bem, eu fico aqui até o senhor chegar.
M: Cuida delas para mim até lá.
N: Pode deixar Senhor Murilo.
E assim o dia se passou, passou rastejando para infelicidade de Murilo, mas assim que pôde saiu o mais de pressa possível para sua casa. Laura não havia entrado em contato com ele durante todo esse tempo, será que ela dormiu a tarde toda? Ou achou que não era necessário falar com ele, já que o mesmo já havia ligado e a essa altura já sabia o que havia acontecido. Não, Laura sabia que Murilo não se contentaria em falar com Dona Naná. Com certeza passou a tarde toda dormindo. E mesmo assim estava tudo estranho... Laura a tarde toda dormindo? Bom Murilo não conseguiu chegar a casa mais cedo, ao contrário acabou chegando mais tarde do que o normal, já que teve que fazer o próprio trabalho e ainda cobrir Laura. Assim que chegou a casa ia direto para o quarto, mas Dona Naná estava o aguardando na sala, afinal de contas havia passado a hora de ela ir para casa também.
M: Mil desculpas Dona Naná, eu acabei prendendo a senhora aqui.
N: Imagina, eu disse que ficava até o senhor vir... Não se preocupe com isso.
M: Onde ela está? Passou a tarde toda dormindo?
N: Não, ela acordou... Pegou a bebe e ficou com ela a tarde toda, e faz pouco mais de uma hora que ela subiu.
M: Tá, obrigado mais uma vez... (saindo em direção a escada)
N: Sr° Murilo!
M: Oi?
N: Ela está estranha... Não comeu nada.
M: ... Tá, eu vou ver o que faço.
E assim Dona Naná foi para casa, e Murilo foi para a cozinha, preparou uma vitamina para Laura, ia ter que tomar, nem que fosse obrigada. Assim que terminou, subiu. Foi primeiro para o quarto da filha, julgou que Laura estaria lá, mas não estava. Abriu a porta do quarto devagar. E lá estavam, as duas razões da vida dele. Laura estava deitada na cama deles olhando hipnotizada para Maria Luiza... Que dormia tranquilamente, com o corpinho relaxado. O quarto todo tinha um perfume suave de bebê.
M: Amor? (meio como um sussurro)
Laura virou no mesmo instante em direção a voz. Deu um pulo da cama e correu para os braços do seu marido.
M: O que foi meu amor? (colocando o suco em cima da cômoda)
L: Me abraça... Me abraça (as lágrimas começaram a descer pela face)
M: Amor... Shiu, fica calma... Eu estou aqui agora! (com ela aninhada em meio aos seus braços)
L: Eu tive tanto medo...
M: Meu amor, me conta... O que foi que aconteceu?
L: Eu recebi um... (e como se alguém tampasse sua boca naquele instante, Laura parou de falar)
M: Recebeu o que Laura?
L: ...
Ela não sabia explicar, mas algo dizia que não era para ela contar, mesmo confiando em Murilo. Era melhor não.
M: Laura! (Tentando trazê-la de seja lá onde ela tinha ido)
L: Recebi um... Um pressentimento, e você sabe que pressentimento de mãe não se pode ignorar.
M: Claro..
Ela se soltou dos braços dele.
M: Mas porque você está chorando? Nossa bolachinha está bem... Olha! (apontando para cama) Não tem mais porque ficar assim.
L: É... Você tem razão, é que eu fiquei nervosa... Foi isso.
M: Eu vou tomar um banho, você já comeu?
L: Já!
M: Ok, mas bebe essa vitamina porque... Fui eu quem fiz. (sorrindo)
L: Murilo não me desce nada... Eu já comi um sanduiche.
M: Laura! (a olhando de um jeito que ela já entendeu “ele não ia sossegar até ela beber”)
L: Está bem! (emburrada pegou o copo)
Murilo sabia que ela estava mentindo.
M: Ok. Bom, eu já volto.
Preparou um banho e realmente não demorou muito. Saiu com a toalha enrolada na cintura, o peitoril nu e com algumas gotículas de água... O quarto agora cheirava a desodorante masculino. Terminou de se enxugar e vestiu seu short e sua camiseta de dormir.
M: Amor?
L: Hum? (Meio sonolenta)
M: Vou levá-la para o quarto.
L: Não!
M: Amor... Ela não pode dormir aqui com a gente.
L: ...
M: Você sabe... Podemos machucá-la.
Laura ficou em silêncio... Ele tinha razão. Mas não queria deixá-la sequer um minuto sozinha.
L: Você tem razão...
Murilo sorriu para ela e pegou Luiza no colo.
M: Vamos dormir no seu quartinho bolachinha? Hum? Papai vai contar uma história para você, tá bom?
A bebê começou a chorar...
M: Ownn minha bolachinha, assim o papai fica triste, você só quer a mamãe, papai também quer um tempinho com você (E saiu com ela em direção ao quarto)
Laura se segurou ao máximo para não ir junto com Murilo. Deitou novamente em sua cama e ficou perdida em seus pensamentos... Quem poderia estar fazendo isso? Deixando-a desesperada. Talvez seja a hora de contar para Murilo. Não! Primeiro é melhor contar a Lucas. Murilo demorou o máximo que podia para fazer Luiza dormir. Já passava da meia noite. Assim que conseguiu o que queria ele voltou até seu quarto, Laura dormia tranquilamente. Provavelmente efeito do calmante que ele colocou em sua vitamina. Aproximou-se dela, com as costas dos dedos de sua mão, acariciou seu suave rosto.
M: Me desculpa amor... É para o seu bem. (deu um beijo em sua testa)

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terça-feira, setembro 10, 2013

7° Como eu te Amo

Lu: O meu maior medo, é que depois de todos esses anos ela volte a ser a mesma Laura frágil e medrosa de antes.
M: ...
Lu: Você não tem noção do quanto ela sofreu Murilo, o medo dela faz todo o sentido, se realmente fosse verdade.
Murilo ficou pensativo. Mas que droga estaria acontecendo agora?
Enquanto isso na Empresa Drummond na sala de Gustavo. Laura entrou com tudo.
L: Meu Deus, me desculpe Gustavo, eu vim deixar esses papéis na sua mesa, Carla e Bárbara estão em almoço, achei... Que você também... Não? (estranhando)
G: Não... Hoje eu fiz um belo desjejum que estou sem fome até agora.
L: Mas... Murilo disse que ia almoçar com você.
G: Comigo? Não.
L: Ele... Mentiu...
G: Meu Deus, me desculpe, talvez ele tenha me dito algo e eu não prestei atenção...
L: Não! Ele disse muito bem.
G: Por favor Laura, não foi minha intenção...
L :Imagina senhor Gustavo, o senhor apenas foi usado como bucha de canhão. Com sua licença (e saiu da sala dele perturbada)
Passaram-se mil coisas em sua cabeça, porque Murilo tinha mentido? Aonde ele tinha ido? Por quê? Bom, voltou para sua sala, sentou-se junto a sua mesa quando o seu celular tocou... Restrito. Atendeu.
L: Alô?
_: Será que todo o bebe desse tamanho já tem medo de bicho papão? HA HA HA HA.
E DESLIGOU... O desespero tomou conta de Laura no mesmo instante, onde estava Carla mesmo? Saiu correndo, droga não tinha ninguém para ela avisar que ia para casa. No andar da diretoria era somente as salas de Murilo, Laura e Gustavo e Carla que intermediava a todos. Bom, correu para a sala de Gustavo. Abriu a porta correndo..
L: Me desculpa Gustavo, eu preciso ir para casa agora, mas ninguém ainda voltou do almoço. Você pode avisar a Carla para mim? Diz para ela me ligar e deixar o Murilo para me cobrir nas reuniões de hoje.
G: Meu Deus Laura, você esta pálida, o que você tem?
L: Nada, eu preciso ir para casa.
G: De jeito nenhum eu vou te deixar dirigir nesse estado. Eu te levo.
L: Não, não precisa.
G: Precisa sim.
L: Por favor... Eu preciso que alguém fique aqui no setor da diretoria.
Nesse instante os dois se olharam, tinham ouvido a voz de Carla. Saíram num instante da sala.
L: Carla, avisa o Murilo que eu fui para casa, e coloca ele para me cobrir nas reuniões, diz que qualquer coisa é para ele me ligar.
C: Ta, eu aviso... Mas... Está tudo bem Drª Laura?
L: Está sim (muito nervosa e já indo em direção ao elevador)
G: Eu vou levá-la Carla, diz para a Bárbara segurar aqui para mim que eu já volto.
C: Tá, ok... (meio perdida)
Laura já estava entrando no elevador.
G: Espera Laura! (correndo atrás)
L: Eu disse que não precisa Gustavo.
G :Tudo bem, mas eu vou te levar mesmo assim.
Chegaram ao estacionamento. Laura o olhou e do jeito mais cavalo respondeu.
L: Me desculpa Gustavo, mas eu não costumo deixarem que dirijam o meu carro.
G: Eu sei... Vamos com o meu depois alguém leva o seu.
L: Não eu.. Ai quer saber, vamos logo eu preciso chegar à minha casa o mais rápido possível.
G: Ok
Gustavo rapidamente a conduziu até seu carro de último ano. Abriu a porta para ela e arrancou dali em direção ao condomínio da Senhora Drummond
Alguns minutos depois...
L: Muito obrigada Gustavo, agora eu preciso ir.
A única coisa que importava naquele momento era ver a sua filha. Então saiu como um foguete do carro e entrou feito um furacão dentro de casa. Assim que entrou pela porta da sala, na mesma hora seus olhos procuravam a pequena Luiza. A Dona Naná, a nova baba, pegava os poucos brinquedos que estavam espalhados pelo tapete da sala. A senhora se assustou com o desespero que Laura entrou em casa.
Na: Nossa Dona Laura, que susto (Sorrindo). Ué? Esqueceu alguma coisa?
L: Cadê minha filha Naná?
Na: Eu a coloquei no berço a quase meia hora Dona Laura, porque?
L: Meia hora?!
O coração de Laura estava bem no meio de sua garganta, que droga, o que tava acontecendo? O que era aquele medo que ela tava sentindo? Subiu as escadas engolindo o máximo de degraus que conseguia. Assim que chegou ao quartinho do bebê, seus olhos não seguraram as lágrimas, elas rolavam descontroladamente pela face. Largou a bolsa ali no chão e andou lentamente próxima ao berço.
L: Minha pequena... Meu anjinho (com a voz tremula)
Ali estava a pequena Maria Luiza, no seu mais profundo sono. Laura queria senti-la em seu colo, o corpinho macio e quente da filha... Pegou-a no colo e a apertou contra seu peito.
L: Eu vou cuidar de você a vida toda meu amor, a vida toda, não vou deixar nenhum mau acontecer com você.
Ficou assim por vários minutos. Dona Naná chegou à porta do quarto e contemplou a cena. Um bom tempo depois.
N: O que aconteceu Dona Laura? A Senhora está tremula! Bebe esse copo de água com açúcar, vai lhe fazer bem. (entregando a Laura)
L: Não foi nada, foi só um... Um pressentimento, e pressentimento de mãe não se devem ignorar não é?
N: Claro (Ainda confusa)
Laura passou o dia todo em casa, queria estar perto, mas e aquele telefonema? Quem será? A voz? A voz era mecanizada... Que droga. Murilo assim que voltou do almoço foi para sala de Laura.
Na recepção...
M: Cadê minha mulher? (meio nervoso)
C: Drª Laura foi para casa!
M: Como para casa? O carro dela esta aí!
C: O Srº Gustavo a levou!
M: O Gustavo? E faz muito tempo?
C: Faz pouco mais de uma hora.
M: E ela disse o porque?
C: Não senhor, mas estava muito nervosa e com muita pressa.
M: Será que aconteceu alguma coisa com a minha filha?
C: Não sei Drº Murilo, mas ela disse que era para o senhor cobrir ela pela tarde toda.
Murilo ficou nervoso, mas entendeu que se fosse algo sério ela teria ligado para ele, mas mesmo assim ele ia ligar para ela. Pegou o celular e ligou, mas o mesmo só caía na caixa postal. Foi até a sala de Gustavo. Bateu à porta e imediatamente foi recebido por Bárbara.
B: Murilo! Como você está?
M: Onde está o Gustavo?
B: Saiu com a sua mulher. (com um tom maldoso)
M: Ele ainda não voltou?
B: Não, também estou achando que está demorando, afinal de contas ele me ligou e disse que só ia leva-la em casa.
M: Pede por favor para assim que ele chegar e ir para minha sala. (virando-se para sair)
Rapidamente Bárbara entra na frente dele...
B: Você não quer esperar aqui Murilo?
M: ... Ann?
B: Sei lá, posso te fazer companhia até o senhor Gustavo voltar.
M: Err... Não é necessário (recuando alguns passos)
B: Que pena...
M: Com licença senhorita Bárbara.
Bárbara se afasta e deixa-o passar. Murilo esta alcançando a porta quando Gustavo entra.
M: Gustavo!
G: Ow Murilo!
M: O que aconteceu com a Laura? Ela está bem? Porque você foi levá-la em casa a essa hora?
G: Olha Murilo eu não sei exatamente, ela chegou aqui na minha sala apressada, nervosa, dizendo para eu te avisar para cobrir ela nas reuniões que ela estava indo para casa. Aí eu percebi que nas condições que ela estava era um perigo dirigir sozinha, então eu disse que ia levá-la, foi uma luta mas consegui convencê-la.
M: E o que tinha acontecido? Era alguma coisa com a minha filha? (meio desesperado)
G: Ela disse que tinha tido um pressentimento, mas que não foi nada.
M: Estranho, bom... De qualquer forma eu vou continuar tentando falar com ela.
G: Claro, sabe que se precisar é só falar...
M: Obrigado mesmo cara.
Depois de tentar inutilmente falar com Laura pelo celular, Murilo ligou na casa, estava tão nervoso que nem pensou nisso antes. Não demorou muito e Dona Naná atendeu.
M: Oi Naná! Cadê minha mulher? Ela está aí? Está tudo bem com ela? E com a minha filha? Eu estou muito preocupado e...
N: Pode ficar sossegado senhor Murilo, a dona Laura esta no quarto dela, chegou tomou um banho e alguns comprimidos para enxaqueca e foi se deitar, e sua filha está aqui comigo, nesse momento babando em um mordedor.
M: Ah... é que eu fiquei preocupado eu fiquei sabendo que ela estava muito nervosa ...
N: Mas foi só um pressentimento que ela disse que tinha tido, intuição de mãe... Essas coisas.
M: Ah sim... Bom, de qualquer forma vou ver se chego o mais cedo possível em casa.
N: Tudo bem, eu fico aqui até o senhor chegar.
M: Cuida delas para mim até lá.
N: Pode deixar Senhor Murilo.
E assim o dia se passou, passou rastejando para infelicidade de Murilo, mas assim que pôde saiu o mais de pressa possível para sua casa. Laura não havia entrado em contato com ele durante todo esse tempo, será que ela dormiu a tarde toda? Ou achou que não era necessário falar com ele, já que o mesmo já havia ligado e a essa altura já sabia o que havia acontecido. Não, Laura sabia que Murilo não se contentaria em falar com Dona Naná. Com certeza passou a tarde toda dormindo. E mesmo assim estava tudo estranho... Laura a tarde toda dormindo? Bom Murilo não conseguiu chegar a casa mais cedo, ao contrário acabou chegando mais tarde do que o normal, já que teve que fazer o próprio trabalho e ainda cobrir Laura. Assim que chegou a casa ia direto para o quarto, mas Dona Naná estava o aguardando na sala, afinal de contas havia passado a hora de ela ir para casa também.
M: Mil desculpas Dona Naná, eu acabei prendendo a senhora aqui.
N: Imagina, eu disse que ficava até o senhor vir... Não se preocupe com isso.
M: Onde ela está? Passou a tarde toda dormindo?
N: Não, ela acordou... Pegou a bebe e ficou com ela a tarde toda, e faz pouco mais de uma hora que ela subiu.
M: Tá, obrigado mais uma vez... (saindo em direção a escada)
N: Sr° Murilo!
M: Oi?
N: Ela está estranha... Não comeu nada.
M: ... Tá, eu vou ver o que faço.
E assim Dona Naná foi para casa, e Murilo foi para a cozinha, preparou uma vitamina para Laura, ia ter que tomar, nem que fosse obrigada. Assim que terminou, subiu. Foi primeiro para o quarto da filha, julgou que Laura estaria lá, mas não estava. Abriu a porta do quarto devagar. E lá estavam, as duas razões da vida dele. Laura estava deitada na cama deles olhando hipnotizada para Maria Luiza... Que dormia tranquilamente, com o corpinho relaxado. O quarto todo tinha um perfume suave de bebê.
M: Amor? (meio como um sussurro)
Laura virou no mesmo instante em direção a voz. Deu um pulo da cama e correu para os braços do seu marido.
M: O que foi meu amor? (colocando o suco em cima da cômoda)
L: Me abraça... Me abraça (as lágrimas começaram a descer pela face)
M: Amor... Shiu, fica calma... Eu estou aqui agora! (com ela aninhada em meio aos seus braços)
L: Eu tive tanto medo...
M: Meu amor, me conta... O que foi que aconteceu?
L: Eu recebi um... (e como se alguém tampasse sua boca naquele instante, Laura parou de falar)
M: Recebeu o que Laura?
L: ...
Ela não sabia explicar, mas algo dizia que não era para ela contar, mesmo confiando em Murilo. Era melhor não.
M: Laura! (Tentando trazê-la de seja lá onde ela tinha ido)
L: Recebi um... Um pressentimento, e você sabe que pressentimento de mãe não se pode ignorar.
M: Claro..
Ela se soltou dos braços dele.
M: Mas porque você está chorando? Nossa bolachinha está bem... Olha! (apontando para cama) Não tem mais porque ficar assim.
L: É... Você tem razão, é que eu fiquei nervosa... Foi isso.
M: Eu vou tomar um banho, você já comeu?
L: Já!
M: Ok, mas bebe essa vitamina porque... Fui eu quem fiz. (sorrindo)
L: Murilo não me desce nada... Eu já comi um sanduiche.
M: Laura! (a olhando de um jeito que ela já entendeu “ele não ia sossegar até ela beber”)
L: Está bem! (emburrada pegou o copo)
Murilo sabia que ela estava mentindo.
M: Ok. Bom, eu já volto.
Preparou um banho e realmente não demorou muito. Saiu com a toalha enrolada na cintura, o peitoril nu e com algumas gotículas de água... O quarto agora cheirava a desodorante masculino. Terminou de se enxugar e vestiu seu short e sua camiseta de dormir.
M: Amor?
L: Hum? (Meio sonolenta)
M: Vou levá-la para o quarto.
L: Não!
M: Amor... Ela não pode dormir aqui com a gente.
L: ...
M: Você sabe... Podemos machucá-la.
Laura ficou em silêncio... Ele tinha razão. Mas não queria deixá-la sequer um minuto sozinha.
L: Você tem razão...
Murilo sorriu para ela e pegou Luiza no colo.
M: Vamos dormir no seu quartinho bolachinha? Hum? Papai vai contar uma história para você, tá bom?
A bebê começou a chorar...
M: Ownn minha bolachinha, assim o papai fica triste, você só quer a mamãe, papai também quer um tempinho com você (E saiu com ela em direção ao quarto)
Laura se segurou ao máximo para não ir junto com Murilo. Deitou novamente em sua cama e ficou perdida em seus pensamentos... Quem poderia estar fazendo isso? Deixando-a desesperada. Talvez seja a hora de contar para Murilo. Não! Primeiro é melhor contar a Lucas. Murilo demorou o máximo que podia para fazer Luiza dormir. Já passava da meia noite. Assim que conseguiu o que queria ele voltou até seu quarto, Laura dormia tranquilamente. Provavelmente efeito do calmante que ele colocou em sua vitamina. Aproximou-se dela, com as costas dos dedos de sua mão, acariciou seu suave rosto.
M: Me desculpa amor... É para o seu bem. (deu um beijo em sua testa)

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