terça-feira, setembro 10, 2013

25° Como eu te Amo

Mar: Calma, a palavra câncer acaba provocando essa reação nas pessoas.
L: Mas, mas... Tem aquele negócio de benigno e maligno não é? (já começando a chorar)
Mar: Vou explicar (a olhando penalizado)... Hepatocarcinoma acomete uma população bem definida: os portadores de cirrose hepática. Mas mesmo que raramente, elas também podem atacar pessoas sadias.
L: Tem cura?
Mar: Então, eu vou pedir mais exames para sabermos os detalhes, o tamanho principalmente, para que possamos ver imediatamente as opções de tratamento.
Laura não ouviu o “sim tem cura” da boca do Doutor Marcelo, mas não teve coragem de perguntar de novo.
L: E também para ver se é benigno ou maligno?
Mar: Dona Laura infelizmente não existe Hepatocarcinoma benigna.
Nisso Laura soltou o choro que tanto ela segurava em sua garganta.
G: Calma Laura, muita calma. Como o Marcelo disse você ainda precisa fazer mais exames.
Mar: Isso, o que você precisa saber é que temos um tratamento. E esse câncer não está avançado.
L: Como você sabe?
G: Laura minha querida, ele é médico.
L: Sim, mas não estou dizendo por isso, estou dizendo por que ele disse que eu preciso fazer mais exames para saber.
Mar: Eu sei que não está avançado...
...
Mar: Porque sua barriga vai crescer!
L: O que?(assustada)
G: Como assim crescer? (confuso)
Mar: O hepatocarcinoma é um tumor, que dobra o seu volume a cada 180 dias em média.
L: Meu Deus!
Mar: Mas fica tranquila, seja lá como estiver, é só fazer o tratamento e vai tudo ficar bem.
Laura chorava compulsivamente.
G: Own minha querida, vem vamos tomar um suco alguma coisa.
L: Não quero.
Mar: Você precisa se alimentar. Eu vou prescrever esses remédios para você tomar.
L: Eu quero calmantes!
Mar: Calmantes? (olhando para Gustavo)
G: Eu tenho certeza que você pode receitar alguns calmantes para ela não é Marcelo? (com Laura nos braços) Olha só como ela está!
L: Isso não vai atrapalhar não é?
Marcelo ficou em silencio.
L: Doutor!
Mar: Não! Mas primeiro você precisa fazer os exames, olhe (entregando uma receita) esses remédios eu quero que você comece a tomar hoje mesmo se quiser.
L: Se quiser? (estranhando)
Mar: Sim, se alimente bem. E repouse bastante, amanhã em jejum de 12 horas eu quero você aqui para novos exames e te entrego os calmantes que você quer.
L: Está bem, amanhã eu estou de volta. (com os olhos vermelhos)
Mar: Fica tranquila Dona Laura (segurando a mão dela) Vai ficar tudo bem. (olhando nos olhos verdes dela)
Laura saiu daquele consultório arrasada, perdeu a noção de tudo. Queria do fundo do coração deitar na sua cama e chorar, até aquele nó em sua garganta sair.
G: Calma Laura.
L: Um tumor! (entrando no carro)
G: Vamos comer alguma coisa, já estamos na hora do almoço e...
L: Não!
Laura parou de chorar por um momento.
L: Pare, por favor, em uma farmácia, primeiro vou comprar os remédios e depois quero ir para Drummond.
G: Para Drummond? Você não vai almoçar?
L: Não estou com fome!
G: Mas Laura...
L: Eu estou bem Gustavo, obrigada mesmo, mas eu sempre fico bem. (voltando a chorar)
Passaram na farmácia e depois seguiram para Drummond.

Na “Concessionária Drummond”
No ramal...
M: Assim que ele chegar você me avisa Carlinha!
C: Pode deixar eu aviso sim.
M: Olha lá ein, estou contando com você.
C: Pode deixar.

Alguns minutos depois, Gustavo chegou abraçado a Laura que não conseguia parar de chorar, isso é claro que chamou a atenção de Carla que logo pegou o telefone e ligou para Murilo que estava em sua sala.
C: Doutor Murilo, o seu Gustavo já está na sala dele, mas parece que tem...
M: Valeu Carla!
Nisso Murilo desligou o telefone sem ao menos deixar Carla dizer o que tinha visto como estava Laura quando chegou amparada por Gustavo.

Na sala de Gustavo...
G: Bárbara, por favor, vá buscar um copo de suco e um sanduiche naquela cantina para mim.
B: Mas o que... Que... (levantando rapidamente da mesa meio perdida)
G: Agora Bárbara!
A garota saiu meio assustada em direção à cantina da empresa. Gustavo ainda tinha Laura em seus braços, sentou com ela no sofá, e ela estava com a cabeça apoiada no peito dele.
G: Chora minha querida, isso vai te fazer bem.
L: Eu... Eu (soluçando) preciso falar com o Murilo (se preparando para levantar)
Gustavo a segurou.
G: Não!
Ela o olhou confuso, e ele logo deu um jeito de explicar.
G: Você vai deixá-lo aos nervos antecipadamente, e amanhã você ainda tem mais exames para fazer. Faça o seguinte, espere os resultados dos exames, comece o tratamento. Depois você conta. Afinal até você ainda está meio em choque.
Laura estava em silêncio, é... Talvez fizesse sentido o que ele dizia. Agora começou a chorar novamente.
G: Own minha querida, se tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer. (acariciando os cabelos dela que ainda estava recostada nele)
L: Só fique comigo.
Sim minha gente, como não já era de se esperar Murilo entrou bem nessa hora.
M: Laura?
L: Murilo?(saindo de perto do Gustavo rapidamente)
Sabia que Murilo era ciumento, e a última coisa que queria agora era que ele pensasse algo desnecessário. Fora que aos poucos ela estava amolecendo, aos pouquinhos ela estava começando a alcançá-lo a compreender aquela atitude.
M: ... Eu... Eu (parecia que ele tinha engolido um sapo). Só queria falar com você Gustavo, mas eu estou vendo que você está ocupado.
G: Não, que isso? Não é nada que...
Murilo o interrompeu com um sinal de “pare” com a mão.
M: Não precisa explicar, com licença! (saiu)
Laura abaixou a cabeça. Droga, ele já estava pensando bobeira. Pesou com ela: “Own meu amor, essa dor é minha, não seria justo com você, mas isso vai acabar, e eu vou te dar apenas a notícia boa de que eu estou curada”.
Murilo voltou num furacão novamente a sala de Gustavo, e com toda a dor que estava sentindo deu um belo e forte murro na cara de Gustavo, que o fez cair por cima da mesa.
L: Murilo!
M: Desculpa Laura, se quiser me demitir por isso, pode demitir, mas eu não vou ficar quieto vendo esse cara roubar a minha mulher, na minha cara! (Gritando)
L: Para com isso, você nem sabe o que esta dizendo. (amparando Gustavo em meio a lágrimas)
Depois de dizer isso Murilo saiu cuspindo fogo para a sua sala. Laura voltou a chorar, e Gustavo a abraçou novamente. O dia rastejou praticamente. Principalmente para Laura.
Na casa de Laura e Murilo, assim que ela chegou Erick foi falar com ela, mas ele logo percebeu seu estado e resolveu apenas se despedir. Havia descoberto alguma coisa referente às câmeras. Erick foi para casa, assim que Murilo chegou Naná também deixou a família “Magalhães”.
L: Me desculpe, hoje não estou bem. Vou me deitar, você... Coloca a Luiza para dormir?
Murilo nem respondeu nada, apenas pegou a menina do colo dela e subiu. Sim, ele estava visivelmente irritado com aquilo, mas Laura não conseguia se quer ficar com raiva dele por isso, o problema que havia surgido era mais grave do que qualquer coisa. E assim como o dia, a noite também rastejou para Laura.

Na casa de Lucas e Léo.
Léo: Tá bom, eu falo com ele. (Desligou o telefone)
Lu: O que foi? Aconteceu alguma coisa com a Luiza ou a Laura?
Léo: Não exatamente.
Lucas e Léo estavam na cama, na verdade já tinham até apagado as luzes quando o telefone tocou, era Murilo meio nervoso, queria falar com Léo.
Lu: Como assim não exatamente?
Léo: Ele disse que pegou Laura nos braços do Gustavo na sala dele.
Lu: Epa, como assim “nos braços” dele?
Léo: Ah, eu não sei, mas você sabe como que o Murilo é, não é? Tudo ele exagera.
Lu: Que estranho, temos que saber como assim nos braços dele.
Léo: O Murilo está desnorteado, todo paranoico que nem daquela vez, agora ele vai começar a imaginar coisas.
Lu: Já até imagino que ele começou pelo afastamento deles.
Léo: Exatamente isso Lucas, ele já estava dizendo: ”Por isso que ela fica com esse negócio de que não consegue me perdoar, é porque ela está com ele, mas a culpa é minha, o Lucas me avisou, filho da mãe, se fazendo de amigo”
Lu: É, eu disse mesmo, mas o que fiquei confuso foi com a Laura.
Léo: É, você até me disse que ela já estava bem melhor, já estava começando a entender o Murilo, agora do nada ela fica aí com esse Gustavo.
Lu: Não, mas calma aí, minha amiga não é de “ficar aí” não mais. Depois do Murilo Laura mudou e cá entre nós Léo, a Laura quase morre pelo Murilo.
Léo: É, isso é.
Lu: Amanhã no almoço eu falo com ela, quero tirar essa história a limpo.
Léo: E me avisa, porque se não o Murilo vai surtar.
Lu: É.
Assim pegaram no sono.
Na casa de Laura e Murilo. No meio da madrugada praticamente os horários onde Laura via o tal homem, ela levantou da cama e foi até a cozinha. Não acendeu a luz, as pequenas luzes do jardim clareavam um pouco o interior da cozinha, estava disposta a pegar o filho da mãe com as próprias mãos se o visse. Aproximou-se da pia e teve uma visão ampla do jardim e da piscina. Viu uma sombra perto do muro.
Não sei sinceramente o que Laura tinha na cabeça, ela esta cegamente lesada como naqueles filmes de terror, onde está tudo dizendo para ela correr e a mocinha vai bem onde não é para ir.
Em passos lentos ela se aproximou da porta da lateral (a de vidro) abriu a porta e saiu em direção ao muro, em passos corridos. Mas assim que chegou ao muro, percebeu que era apenas uma pipa enroscada no mesmo. Ela respirou aliviada, foi no impulso, no calor do momento. Voltou para cozinha, assim que fechou a porta de vidro e se virou para o interior, quase teve um infarto.
L: Ahhhhhhhh!
M: AH! Calma! Eu só vim beber uma água!
L: Porque é que você não acendeu a luz? (indo pegar um copo de água).
M: Porque você não acendeu?
L: Por que... Por que... Ah porque eu esqueci! (colocando o copo de água na boca)
M: O que você estava fazendo lá fora a essa hora? (se dando conta da situação)
Laura o olhou meio apreensivo.
L: Eu... Fui só tomar um ar.
M: Hum. (sem acreditar em nada)
Ela continuava tomando a água enquanto seu coração não se aquietava. Laura estava encostada na pia, ainda vestia a camisola, camisola essa que particularmente Murilo amava.
Ele se aproximou dela, essa aproximação quase à fez se afogar com a água.
M: Laura... (perto demais)
L: Eu já vou dormir... (colocando o copo na pia e saindo)
Murilo a prensou na pia, a respiração perto demais.
L: Para Murilo.

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25° Como eu te Amo

Mar: Calma, a palavra câncer acaba provocando essa reação nas pessoas.
L: Mas, mas... Tem aquele negócio de benigno e maligno não é? (já começando a chorar)
Mar: Vou explicar (a olhando penalizado)... Hepatocarcinoma acomete uma população bem definida: os portadores de cirrose hepática. Mas mesmo que raramente, elas também podem atacar pessoas sadias.
L: Tem cura?
Mar: Então, eu vou pedir mais exames para sabermos os detalhes, o tamanho principalmente, para que possamos ver imediatamente as opções de tratamento.
Laura não ouviu o “sim tem cura” da boca do Doutor Marcelo, mas não teve coragem de perguntar de novo.
L: E também para ver se é benigno ou maligno?
Mar: Dona Laura infelizmente não existe Hepatocarcinoma benigna.
Nisso Laura soltou o choro que tanto ela segurava em sua garganta.
G: Calma Laura, muita calma. Como o Marcelo disse você ainda precisa fazer mais exames.
Mar: Isso, o que você precisa saber é que temos um tratamento. E esse câncer não está avançado.
L: Como você sabe?
G: Laura minha querida, ele é médico.
L: Sim, mas não estou dizendo por isso, estou dizendo por que ele disse que eu preciso fazer mais exames para saber.
Mar: Eu sei que não está avançado...
...
Mar: Porque sua barriga vai crescer!
L: O que?(assustada)
G: Como assim crescer? (confuso)
Mar: O hepatocarcinoma é um tumor, que dobra o seu volume a cada 180 dias em média.
L: Meu Deus!
Mar: Mas fica tranquila, seja lá como estiver, é só fazer o tratamento e vai tudo ficar bem.
Laura chorava compulsivamente.
G: Own minha querida, vem vamos tomar um suco alguma coisa.
L: Não quero.
Mar: Você precisa se alimentar. Eu vou prescrever esses remédios para você tomar.
L: Eu quero calmantes!
Mar: Calmantes? (olhando para Gustavo)
G: Eu tenho certeza que você pode receitar alguns calmantes para ela não é Marcelo? (com Laura nos braços) Olha só como ela está!
L: Isso não vai atrapalhar não é?
Marcelo ficou em silencio.
L: Doutor!
Mar: Não! Mas primeiro você precisa fazer os exames, olhe (entregando uma receita) esses remédios eu quero que você comece a tomar hoje mesmo se quiser.
L: Se quiser? (estranhando)
Mar: Sim, se alimente bem. E repouse bastante, amanhã em jejum de 12 horas eu quero você aqui para novos exames e te entrego os calmantes que você quer.
L: Está bem, amanhã eu estou de volta. (com os olhos vermelhos)
Mar: Fica tranquila Dona Laura (segurando a mão dela) Vai ficar tudo bem. (olhando nos olhos verdes dela)
Laura saiu daquele consultório arrasada, perdeu a noção de tudo. Queria do fundo do coração deitar na sua cama e chorar, até aquele nó em sua garganta sair.
G: Calma Laura.
L: Um tumor! (entrando no carro)
G: Vamos comer alguma coisa, já estamos na hora do almoço e...
L: Não!
Laura parou de chorar por um momento.
L: Pare, por favor, em uma farmácia, primeiro vou comprar os remédios e depois quero ir para Drummond.
G: Para Drummond? Você não vai almoçar?
L: Não estou com fome!
G: Mas Laura...
L: Eu estou bem Gustavo, obrigada mesmo, mas eu sempre fico bem. (voltando a chorar)
Passaram na farmácia e depois seguiram para Drummond.

Na “Concessionária Drummond”
No ramal...
M: Assim que ele chegar você me avisa Carlinha!
C: Pode deixar eu aviso sim.
M: Olha lá ein, estou contando com você.
C: Pode deixar.

Alguns minutos depois, Gustavo chegou abraçado a Laura que não conseguia parar de chorar, isso é claro que chamou a atenção de Carla que logo pegou o telefone e ligou para Murilo que estava em sua sala.
C: Doutor Murilo, o seu Gustavo já está na sala dele, mas parece que tem...
M: Valeu Carla!
Nisso Murilo desligou o telefone sem ao menos deixar Carla dizer o que tinha visto como estava Laura quando chegou amparada por Gustavo.

Na sala de Gustavo...
G: Bárbara, por favor, vá buscar um copo de suco e um sanduiche naquela cantina para mim.
B: Mas o que... Que... (levantando rapidamente da mesa meio perdida)
G: Agora Bárbara!
A garota saiu meio assustada em direção à cantina da empresa. Gustavo ainda tinha Laura em seus braços, sentou com ela no sofá, e ela estava com a cabeça apoiada no peito dele.
G: Chora minha querida, isso vai te fazer bem.
L: Eu... Eu (soluçando) preciso falar com o Murilo (se preparando para levantar)
Gustavo a segurou.
G: Não!
Ela o olhou confuso, e ele logo deu um jeito de explicar.
G: Você vai deixá-lo aos nervos antecipadamente, e amanhã você ainda tem mais exames para fazer. Faça o seguinte, espere os resultados dos exames, comece o tratamento. Depois você conta. Afinal até você ainda está meio em choque.
Laura estava em silêncio, é... Talvez fizesse sentido o que ele dizia. Agora começou a chorar novamente.
G: Own minha querida, se tivesse alguma coisa que eu pudesse fazer. (acariciando os cabelos dela que ainda estava recostada nele)
L: Só fique comigo.
Sim minha gente, como não já era de se esperar Murilo entrou bem nessa hora.
M: Laura?
L: Murilo?(saindo de perto do Gustavo rapidamente)
Sabia que Murilo era ciumento, e a última coisa que queria agora era que ele pensasse algo desnecessário. Fora que aos poucos ela estava amolecendo, aos pouquinhos ela estava começando a alcançá-lo a compreender aquela atitude.
M: ... Eu... Eu (parecia que ele tinha engolido um sapo). Só queria falar com você Gustavo, mas eu estou vendo que você está ocupado.
G: Não, que isso? Não é nada que...
Murilo o interrompeu com um sinal de “pare” com a mão.
M: Não precisa explicar, com licença! (saiu)
Laura abaixou a cabeça. Droga, ele já estava pensando bobeira. Pesou com ela: “Own meu amor, essa dor é minha, não seria justo com você, mas isso vai acabar, e eu vou te dar apenas a notícia boa de que eu estou curada”.
Murilo voltou num furacão novamente a sala de Gustavo, e com toda a dor que estava sentindo deu um belo e forte murro na cara de Gustavo, que o fez cair por cima da mesa.
L: Murilo!
M: Desculpa Laura, se quiser me demitir por isso, pode demitir, mas eu não vou ficar quieto vendo esse cara roubar a minha mulher, na minha cara! (Gritando)
L: Para com isso, você nem sabe o que esta dizendo. (amparando Gustavo em meio a lágrimas)
Depois de dizer isso Murilo saiu cuspindo fogo para a sua sala. Laura voltou a chorar, e Gustavo a abraçou novamente. O dia rastejou praticamente. Principalmente para Laura.
Na casa de Laura e Murilo, assim que ela chegou Erick foi falar com ela, mas ele logo percebeu seu estado e resolveu apenas se despedir. Havia descoberto alguma coisa referente às câmeras. Erick foi para casa, assim que Murilo chegou Naná também deixou a família “Magalhães”.
L: Me desculpe, hoje não estou bem. Vou me deitar, você... Coloca a Luiza para dormir?
Murilo nem respondeu nada, apenas pegou a menina do colo dela e subiu. Sim, ele estava visivelmente irritado com aquilo, mas Laura não conseguia se quer ficar com raiva dele por isso, o problema que havia surgido era mais grave do que qualquer coisa. E assim como o dia, a noite também rastejou para Laura.

Na casa de Lucas e Léo.
Léo: Tá bom, eu falo com ele. (Desligou o telefone)
Lu: O que foi? Aconteceu alguma coisa com a Luiza ou a Laura?
Léo: Não exatamente.
Lucas e Léo estavam na cama, na verdade já tinham até apagado as luzes quando o telefone tocou, era Murilo meio nervoso, queria falar com Léo.
Lu: Como assim não exatamente?
Léo: Ele disse que pegou Laura nos braços do Gustavo na sala dele.
Lu: Epa, como assim “nos braços” dele?
Léo: Ah, eu não sei, mas você sabe como que o Murilo é, não é? Tudo ele exagera.
Lu: Que estranho, temos que saber como assim nos braços dele.
Léo: O Murilo está desnorteado, todo paranoico que nem daquela vez, agora ele vai começar a imaginar coisas.
Lu: Já até imagino que ele começou pelo afastamento deles.
Léo: Exatamente isso Lucas, ele já estava dizendo: ”Por isso que ela fica com esse negócio de que não consegue me perdoar, é porque ela está com ele, mas a culpa é minha, o Lucas me avisou, filho da mãe, se fazendo de amigo”
Lu: É, eu disse mesmo, mas o que fiquei confuso foi com a Laura.
Léo: É, você até me disse que ela já estava bem melhor, já estava começando a entender o Murilo, agora do nada ela fica aí com esse Gustavo.
Lu: Não, mas calma aí, minha amiga não é de “ficar aí” não mais. Depois do Murilo Laura mudou e cá entre nós Léo, a Laura quase morre pelo Murilo.
Léo: É, isso é.
Lu: Amanhã no almoço eu falo com ela, quero tirar essa história a limpo.
Léo: E me avisa, porque se não o Murilo vai surtar.
Lu: É.
Assim pegaram no sono.
Na casa de Laura e Murilo. No meio da madrugada praticamente os horários onde Laura via o tal homem, ela levantou da cama e foi até a cozinha. Não acendeu a luz, as pequenas luzes do jardim clareavam um pouco o interior da cozinha, estava disposta a pegar o filho da mãe com as próprias mãos se o visse. Aproximou-se da pia e teve uma visão ampla do jardim e da piscina. Viu uma sombra perto do muro.
Não sei sinceramente o que Laura tinha na cabeça, ela esta cegamente lesada como naqueles filmes de terror, onde está tudo dizendo para ela correr e a mocinha vai bem onde não é para ir.
Em passos lentos ela se aproximou da porta da lateral (a de vidro) abriu a porta e saiu em direção ao muro, em passos corridos. Mas assim que chegou ao muro, percebeu que era apenas uma pipa enroscada no mesmo. Ela respirou aliviada, foi no impulso, no calor do momento. Voltou para cozinha, assim que fechou a porta de vidro e se virou para o interior, quase teve um infarto.
L: Ahhhhhhhh!
M: AH! Calma! Eu só vim beber uma água!
L: Porque é que você não acendeu a luz? (indo pegar um copo de água).
M: Porque você não acendeu?
L: Por que... Por que... Ah porque eu esqueci! (colocando o copo de água na boca)
M: O que você estava fazendo lá fora a essa hora? (se dando conta da situação)
Laura o olhou meio apreensivo.
L: Eu... Fui só tomar um ar.
M: Hum. (sem acreditar em nada)
Ela continuava tomando a água enquanto seu coração não se aquietava. Laura estava encostada na pia, ainda vestia a camisola, camisola essa que particularmente Murilo amava.
Ele se aproximou dela, essa aproximação quase à fez se afogar com a água.
M: Laura... (perto demais)
L: Eu já vou dormir... (colocando o copo na pia e saindo)
Murilo a prensou na pia, a respiração perto demais.
L: Para Murilo.

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