terça-feira, setembro 10, 2013

19° Como eu te Amo

G: Eu fiquei sabendo hoje que você estava nessa clínica.
L: O que?
G: É, Murilo não me disse nada, achei que estava em casa descansando.
L: Ele está... Escondendo isso?
G: Laura, eu vou ser bem sincero com você, eu acho isso tudo muito exagerado.
L: ...
G: Acho que vocês deviam conversar mais, até disse para ele que isso não era necessário.
L: Eu não sei o porque ele fez isso, eu estou tão decepcionada sabe?
G: Mas você está tomando os remédios?
L: Eu tava tomando nos dois primeiros dias porque estavam aplicando na minha veia, mas depois dos dois primeiros dias eu não tomo mais, porque é eu colocar na boca e eu vomito. E também não vou tomar porcaria nenhuma, eu não estou doente!
G: Então você não está tomando?(preocupado)
L: Não... (estranhando). Mas isso é até bom, porque onde já se viu, simplesmente acham que eu estou louca e vão me socando um monte de remédios! Isso é um absurdo, o Murilo me paga.
G: Nossa, eu nem imaginei que você estivesse passando por isso, ele me pareceu tão a vontade...
L: A vontade? (indignada)
G: Ai Laura, eu não quero parecer inoportuno.
L: Não, que isso nós trabalhamos a meses juntos, eu confio em você...
G: Laura, eu não sei... Talvez seja só uma impressão. Mas ele e a minha secretária estão se dando muito bem, e...
L: Para! Não precisa falar mais nada. Pelo visto já tá explicado o porque dessa palhaçada toda, e é só por isso que eu estou na minha, porque eu vou sair daqui por bem, mas se começar de graça eu quebro toda essa merda de clínica e saio daqui do mesmo jeito.
G: Não faça isso Laura, fica aqui, faça o tratamento inteiro, se não pode piorar as coisas, e te deixarem aqui por mais tempo.
Laura estava com a cabeça revirando, não sabia o que pensar, o que fazer.
G: Quer um conselho, diz que você esta vomitando os remédios e pede para voltarem para injeção.
L: Não!
G: Mas por quê?
L: Eu estava fazendo um tratamento para engravidar, sei que com a minha idade isso é um absurdo, mas é... Ou melhor era com o homem da minha vida, e eu faria de tudo para dar mais essa alegria para ele. Isso é uma reação, até semana passada ainda estava no tratamento, é claro que isso era de se esperar.
G: Nossa... Engravidar.
L: É, mas isso agora vai ficar para uma outra vida.
G: Laura, eu preciso ir, deixei Bárbara no comando de tudo.
L: Claro...
G: Bem que eu senti que você ia precisar de mim, eu não te disse? Sabe que pode contar comigo para o que der e vier não é?
L: Obrigada mesmo, Lucas não deve nem está sabendo de nada também, porque se ele soubesse já tinha me tirado daqui.
G: É, seu eu conseguisse, também faria isso, eu realmente estou surpreso com a atitude do seu marido.
Gustavo foi até ela e deu um beijo no rosto. Mas um beijo que deixou Laura estranha, uma vontade imensa de pedir um abraço, de pedir socorro. Mas algo nele a deixava meio distante, como se ele tivesse uma capa e ela fosse impedida de ir mais adiante.
L: Obrigada por me visitar.
G: Eu vou sempre estar com você Laura (segurando as mãos dela)
Ela meio sem jeito, soltou-se das mãos dele e sorriu sem jeito.
Gustavo entrou na sala do Doutor Cristhian.
Cr: Senhor Gustavo!
G: Cristhian que palhaçada é essa?
Cr: O que foi?
G: Ela não está tomando os remédios!
Cr: Está sim.
G: Ela está passando mau e esta vomitando tudo.
Cr: ...
G: Você está sendo muito bem pago para mantê-la grogue.
Cr: Pode deixar hoje mesmo eu começo a injetar os remédios.
G: Cuidado, quero aos poucos, coloca primeiro o que provoca alucinações.
Cr: Pode deixar...
G: De preferência quando o marido dela vier visitar.
Cr: Pode deixar. Uma mão lava a outra, e eu sei que estou te devendo uma.
G: Ótimo, vou ver se venho aqui pelo menos umas três vezes por semana, para saber como ela está, porque pelo jeito é só para mim que ela conta as coisas.
Deu um sorrisinho cínico e saiu.
Murilo estava um trapo, a barba por fazer, havia emagrecido um pouco, a sua única razão para continuar tocando o dia-a-dia era Luiza, sua bolachinha. Mas ele sentia que aquilo era o melhor a se fazer.
Assim que Gustavo chegou da clínica ele passou na sala de Murilo.
M: Vendo uma tal de Pamela?
G: Isso, ela disse que ela as vezes ia visitar ela.
M: Ela disse desse jeito mesmo ?
G: Com todas as letras. Porque essa mulher não pode ir visitá-la?
M: Essa mulher morreu a quatro meses atrás. Ficou paraplégica depois de um acidente, e começou a ter alucinações, não aguentou...
G: Laura conhecia ela?
M: Conhecia...
G: Mas o que elas eram? Ela era parente da Laura? Amiga?
M:Foi amiga na adolescência, mas ... Nossa então ela ainda está meio perturbada.
G: É, talvez seja necessário ela ficar um tempo a mais na clínica.
Ficaram em silêncio, Gustavo não contava com uma coisa, Lucas! Ele estava voltando e ele tem uma influencia que ele nem imaginava.
M: Eu estou confuso, não sei o que fazer.
G: É... Tem que pensar nela, isso tudo é para o bem dela.
M: É só nela que eu penso mesmo. Em mais nada. Bom, se você me dá licença Gustavo, eu preciso terminar um balanço do mês passado.
G: Ah claro, me desculpe... (Saindo da sala)
Murilo sentou-se e ficou perdido em seus pensamentos...
O Dia passou rápido para a felicidade de Murilo.
Eram quase 22hrs daquela sexta-feira.

Na casa de Lucas e Léo.
Lu: Como assim?!
Léo: Eu tentei falar com ele, mas ele não me ouve, disse que tinha conversado com o médico e era o melhor a se fazer..
Lu: E nada, ele vai tirar a Laurinha daquele lugar agora.
Léo: Lucas, espera, fala com ele antes, ele disse que a Laura estava tendo alucinações.
Lu: Alucinações ele vai ter se ele não tirar a minha amiga de lá agora.
Nisso Lucas já abriu a porta e saiu batendo o pé em direção à casa de Laura e Murilo.
Murilo tinha acabado de colocar a bebê para dormir, agora ele apenas se entregava as lembranças de Laura deitada a seu lado. Por ele, dormiria todos os dias naquela clínica, mas Laura não queria, e Maria Luiza precisava dele, já estava sendo muito ruim ter que levá-la na clinica para que Laura pudesse vê-la. Não era um ambiente para criança. Mas era necessário, Laura morreria se não pudesse ver sua filha. Estava com o sono perturbado, resolveu descer até a cozinha beber algo. Assim que chegou a sala ouviu o bater na porta. Quem será a essa hora? Olhou pelo olho mágico da porta e viu que era Lucas, já imaginava o que aconteceria, mas o que ele estava fazendo aqui? Era para voltar somente daqui a duas semanas praticamente. Respirou fundo, e abriu a porta.
Jamais imaginou que Lucas chegaria a tanto. Não foi forte, mas doeu mais por dentro, do que no próprio rosto, o soco que Lucas havia lhe dado. Murilo nem revidou, ainda mais quando viu que Lucas chorava feito uma criança.
Lu: Eu deixo a minha irmã para você proteger, e você a interna EM UM MANICOMIO!?
M: Lucas, me escuta, as coisas saíram de controle, Laura..
Lu: Ela tentou te matar?
M: Não mas...
Lu: Tentou alguma coisa com a Luiza?
M: Não também mas..
Lu: ENTÃO NADA DO QUE VOCÊ FALE VAI ME FAZER ENTENDER ESSA MOSNTRUOSIDADE QUE VOCÊ FEZ COM ELA!
M: Lucas... Eu estou sofrendo tanto quanto você... Eu... (chorando)
Lu: Você se tornou um monstro Murilo, você vai comigo agora mesmo tirá-la daquele lugar.
M: Lucas, é melhor para ela, ela está sendo medicada...
Lu: Você e eu vamos tirá-la de lá agora... (Dizendo calmamente)
M: Ela não estava nem indo trabalhar mais, não conseguia....
Lu: Eu não quero saber... Pega o seu carro e vamos agora!
Murilo ficou em silencio.
Lu: Murilo, eu acho que nem eu mesmo sei dizer do que eu sou capaz de fazer com você se você não fizer isso agora. Por favor, não pague para ver, acho que eu não respondo por mim.

M: Ok, mas a Luiza...
Lu: Isso não precisa se preocupar, Léo vem para cá e fica olhando ela.
M: Esta bem...
Murilo ainda não conseguia assimilar muita coisa, mas sabia que Lucas estava fora de si. Não dava para contrariar, talvez depois com mais calma eles pudessem conversar e juntos resolver o que seria melhor para Laura. Lucas ligou para o Léo, ele pegou Pedrinho e foi para casa de Laura, ficou lá olhando a bebê, e esperando como essa história ia terminar.

No carro...
M: Lucas, eu não quero que pense que eu quero me livrar da Laura de alguma maneira, eu amo ela, e isso tudo é só para não perder ela.
Lu: Parabéns, fez tudo isso para acontecer justamente o que você tinha medo que acontecesse.
Murilo ficou em silêncio. Alguns minutos depois eles chegaram à clínica Santa Rosa.
Lucas já entrou eufórico e nem esperou Murilo, que ainda fechava o carro.
Lu: Moça, eu vou ver a paciente Laura Drummond.
Moça: Desculpe-me senhor, mas visitas não são permitidas nesse horário, o senhor retorna amanhã no horário de visitas.
Lu: Mocinha, você não entendeu o que eu disse, eu disse que eu VOU ver a Laura Drummond, não perguntei se é ou não horário de visitas.
Nisso Lucas já foi entrando no corredor que dava acesso aos quarto.
Moça: Senhor! O senhor não pode entrar aí. (levantando-se e indo atrás dele)
Murilo chegou e viu que Lucas já havia chegado causando.
Lu: Laura! (gritando)
Moça: Senhor, são quase 23hrs, o senhor vai acordar nossos pacientes, isso vai gerar um tumulto desnecessário! (tentando segurá-lo)
Lu :Então me mostre agora aonde esta a Laura, ou eu vou gritar que isso aqui está pegando fogo, aí sim vocês vão ver o que é tumulto!
M: Lucas, para com isso cara, olha só o escândalo.
Lucas nem dava bola para o que Murilo estava dizendo.
Moça: Ok senhor o quarto é o 307.
Lucas saiu em disparada para ele.
M: Me desculpe por isso, chame para mim o Doutor Cristhian, diga que é Murilo Magalhães quem quer falar com ele.
Lucas correu a procura do quarto numero 307. Encontrou e logo já foi empurrando, mas ela estava trancada. Laura do lado de dentro do quarto estava meio sonolenta pela injeção que havia sido aplicada a mais ou menos uma hora. Ela ouviu o barulho na maçaneta da porta e foi se aproximando da mesma.
Lu: Laura? Laurinha! Você está aí?
L: Lucas! (a voz encheu-se de energias, os olhos de lágrimas)
Ela encostou-se à porta e falou alto.
L: Lucas! Lucas! É você mesmo!? Me tira daqui Lucas!
Lu: Eu vim para te tirar daqui mesmo... Espera um pouco que essa palhaçada acaba agora.
Laura sorria, e chorava ao mesmo tempo.
Lu: Ei! Você aí! Abra aqui para mim. (se referindo a um enfermeiro que passava por ali).
Enfº: Mas agora não pode...

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19° Como eu te Amo

G: Eu fiquei sabendo hoje que você estava nessa clínica.
L: O que?
G: É, Murilo não me disse nada, achei que estava em casa descansando.
L: Ele está... Escondendo isso?
G: Laura, eu vou ser bem sincero com você, eu acho isso tudo muito exagerado.
L: ...
G: Acho que vocês deviam conversar mais, até disse para ele que isso não era necessário.
L: Eu não sei o porque ele fez isso, eu estou tão decepcionada sabe?
G: Mas você está tomando os remédios?
L: Eu tava tomando nos dois primeiros dias porque estavam aplicando na minha veia, mas depois dos dois primeiros dias eu não tomo mais, porque é eu colocar na boca e eu vomito. E também não vou tomar porcaria nenhuma, eu não estou doente!
G: Então você não está tomando?(preocupado)
L: Não... (estranhando). Mas isso é até bom, porque onde já se viu, simplesmente acham que eu estou louca e vão me socando um monte de remédios! Isso é um absurdo, o Murilo me paga.
G: Nossa, eu nem imaginei que você estivesse passando por isso, ele me pareceu tão a vontade...
L: A vontade? (indignada)
G: Ai Laura, eu não quero parecer inoportuno.
L: Não, que isso nós trabalhamos a meses juntos, eu confio em você...
G: Laura, eu não sei... Talvez seja só uma impressão. Mas ele e a minha secretária estão se dando muito bem, e...
L: Para! Não precisa falar mais nada. Pelo visto já tá explicado o porque dessa palhaçada toda, e é só por isso que eu estou na minha, porque eu vou sair daqui por bem, mas se começar de graça eu quebro toda essa merda de clínica e saio daqui do mesmo jeito.
G: Não faça isso Laura, fica aqui, faça o tratamento inteiro, se não pode piorar as coisas, e te deixarem aqui por mais tempo.
Laura estava com a cabeça revirando, não sabia o que pensar, o que fazer.
G: Quer um conselho, diz que você esta vomitando os remédios e pede para voltarem para injeção.
L: Não!
G: Mas por quê?
L: Eu estava fazendo um tratamento para engravidar, sei que com a minha idade isso é um absurdo, mas é... Ou melhor era com o homem da minha vida, e eu faria de tudo para dar mais essa alegria para ele. Isso é uma reação, até semana passada ainda estava no tratamento, é claro que isso era de se esperar.
G: Nossa... Engravidar.
L: É, mas isso agora vai ficar para uma outra vida.
G: Laura, eu preciso ir, deixei Bárbara no comando de tudo.
L: Claro...
G: Bem que eu senti que você ia precisar de mim, eu não te disse? Sabe que pode contar comigo para o que der e vier não é?
L: Obrigada mesmo, Lucas não deve nem está sabendo de nada também, porque se ele soubesse já tinha me tirado daqui.
G: É, seu eu conseguisse, também faria isso, eu realmente estou surpreso com a atitude do seu marido.
Gustavo foi até ela e deu um beijo no rosto. Mas um beijo que deixou Laura estranha, uma vontade imensa de pedir um abraço, de pedir socorro. Mas algo nele a deixava meio distante, como se ele tivesse uma capa e ela fosse impedida de ir mais adiante.
L: Obrigada por me visitar.
G: Eu vou sempre estar com você Laura (segurando as mãos dela)
Ela meio sem jeito, soltou-se das mãos dele e sorriu sem jeito.
Gustavo entrou na sala do Doutor Cristhian.
Cr: Senhor Gustavo!
G: Cristhian que palhaçada é essa?
Cr: O que foi?
G: Ela não está tomando os remédios!
Cr: Está sim.
G: Ela está passando mau e esta vomitando tudo.
Cr: ...
G: Você está sendo muito bem pago para mantê-la grogue.
Cr: Pode deixar hoje mesmo eu começo a injetar os remédios.
G: Cuidado, quero aos poucos, coloca primeiro o que provoca alucinações.
Cr: Pode deixar...
G: De preferência quando o marido dela vier visitar.
Cr: Pode deixar. Uma mão lava a outra, e eu sei que estou te devendo uma.
G: Ótimo, vou ver se venho aqui pelo menos umas três vezes por semana, para saber como ela está, porque pelo jeito é só para mim que ela conta as coisas.
Deu um sorrisinho cínico e saiu.
Murilo estava um trapo, a barba por fazer, havia emagrecido um pouco, a sua única razão para continuar tocando o dia-a-dia era Luiza, sua bolachinha. Mas ele sentia que aquilo era o melhor a se fazer.
Assim que Gustavo chegou da clínica ele passou na sala de Murilo.
M: Vendo uma tal de Pamela?
G: Isso, ela disse que ela as vezes ia visitar ela.
M: Ela disse desse jeito mesmo ?
G: Com todas as letras. Porque essa mulher não pode ir visitá-la?
M: Essa mulher morreu a quatro meses atrás. Ficou paraplégica depois de um acidente, e começou a ter alucinações, não aguentou...
G: Laura conhecia ela?
M: Conhecia...
G: Mas o que elas eram? Ela era parente da Laura? Amiga?
M:Foi amiga na adolescência, mas ... Nossa então ela ainda está meio perturbada.
G: É, talvez seja necessário ela ficar um tempo a mais na clínica.
Ficaram em silêncio, Gustavo não contava com uma coisa, Lucas! Ele estava voltando e ele tem uma influencia que ele nem imaginava.
M: Eu estou confuso, não sei o que fazer.
G: É... Tem que pensar nela, isso tudo é para o bem dela.
M: É só nela que eu penso mesmo. Em mais nada. Bom, se você me dá licença Gustavo, eu preciso terminar um balanço do mês passado.
G: Ah claro, me desculpe... (Saindo da sala)
Murilo sentou-se e ficou perdido em seus pensamentos...
O Dia passou rápido para a felicidade de Murilo.
Eram quase 22hrs daquela sexta-feira.

Na casa de Lucas e Léo.
Lu: Como assim?!
Léo: Eu tentei falar com ele, mas ele não me ouve, disse que tinha conversado com o médico e era o melhor a se fazer..
Lu: E nada, ele vai tirar a Laurinha daquele lugar agora.
Léo: Lucas, espera, fala com ele antes, ele disse que a Laura estava tendo alucinações.
Lu: Alucinações ele vai ter se ele não tirar a minha amiga de lá agora.
Nisso Lucas já abriu a porta e saiu batendo o pé em direção à casa de Laura e Murilo.
Murilo tinha acabado de colocar a bebê para dormir, agora ele apenas se entregava as lembranças de Laura deitada a seu lado. Por ele, dormiria todos os dias naquela clínica, mas Laura não queria, e Maria Luiza precisava dele, já estava sendo muito ruim ter que levá-la na clinica para que Laura pudesse vê-la. Não era um ambiente para criança. Mas era necessário, Laura morreria se não pudesse ver sua filha. Estava com o sono perturbado, resolveu descer até a cozinha beber algo. Assim que chegou a sala ouviu o bater na porta. Quem será a essa hora? Olhou pelo olho mágico da porta e viu que era Lucas, já imaginava o que aconteceria, mas o que ele estava fazendo aqui? Era para voltar somente daqui a duas semanas praticamente. Respirou fundo, e abriu a porta.
Jamais imaginou que Lucas chegaria a tanto. Não foi forte, mas doeu mais por dentro, do que no próprio rosto, o soco que Lucas havia lhe dado. Murilo nem revidou, ainda mais quando viu que Lucas chorava feito uma criança.
Lu: Eu deixo a minha irmã para você proteger, e você a interna EM UM MANICOMIO!?
M: Lucas, me escuta, as coisas saíram de controle, Laura..
Lu: Ela tentou te matar?
M: Não mas...
Lu: Tentou alguma coisa com a Luiza?
M: Não também mas..
Lu: ENTÃO NADA DO QUE VOCÊ FALE VAI ME FAZER ENTENDER ESSA MOSNTRUOSIDADE QUE VOCÊ FEZ COM ELA!
M: Lucas... Eu estou sofrendo tanto quanto você... Eu... (chorando)
Lu: Você se tornou um monstro Murilo, você vai comigo agora mesmo tirá-la daquele lugar.
M: Lucas, é melhor para ela, ela está sendo medicada...
Lu: Você e eu vamos tirá-la de lá agora... (Dizendo calmamente)
M: Ela não estava nem indo trabalhar mais, não conseguia....
Lu: Eu não quero saber... Pega o seu carro e vamos agora!
Murilo ficou em silencio.
Lu: Murilo, eu acho que nem eu mesmo sei dizer do que eu sou capaz de fazer com você se você não fizer isso agora. Por favor, não pague para ver, acho que eu não respondo por mim.

M: Ok, mas a Luiza...
Lu: Isso não precisa se preocupar, Léo vem para cá e fica olhando ela.
M: Esta bem...
Murilo ainda não conseguia assimilar muita coisa, mas sabia que Lucas estava fora de si. Não dava para contrariar, talvez depois com mais calma eles pudessem conversar e juntos resolver o que seria melhor para Laura. Lucas ligou para o Léo, ele pegou Pedrinho e foi para casa de Laura, ficou lá olhando a bebê, e esperando como essa história ia terminar.

No carro...
M: Lucas, eu não quero que pense que eu quero me livrar da Laura de alguma maneira, eu amo ela, e isso tudo é só para não perder ela.
Lu: Parabéns, fez tudo isso para acontecer justamente o que você tinha medo que acontecesse.
Murilo ficou em silêncio. Alguns minutos depois eles chegaram à clínica Santa Rosa.
Lucas já entrou eufórico e nem esperou Murilo, que ainda fechava o carro.
Lu: Moça, eu vou ver a paciente Laura Drummond.
Moça: Desculpe-me senhor, mas visitas não são permitidas nesse horário, o senhor retorna amanhã no horário de visitas.
Lu: Mocinha, você não entendeu o que eu disse, eu disse que eu VOU ver a Laura Drummond, não perguntei se é ou não horário de visitas.
Nisso Lucas já foi entrando no corredor que dava acesso aos quarto.
Moça: Senhor! O senhor não pode entrar aí. (levantando-se e indo atrás dele)
Murilo chegou e viu que Lucas já havia chegado causando.
Lu: Laura! (gritando)
Moça: Senhor, são quase 23hrs, o senhor vai acordar nossos pacientes, isso vai gerar um tumulto desnecessário! (tentando segurá-lo)
Lu :Então me mostre agora aonde esta a Laura, ou eu vou gritar que isso aqui está pegando fogo, aí sim vocês vão ver o que é tumulto!
M: Lucas, para com isso cara, olha só o escândalo.
Lucas nem dava bola para o que Murilo estava dizendo.
Moça: Ok senhor o quarto é o 307.
Lucas saiu em disparada para ele.
M: Me desculpe por isso, chame para mim o Doutor Cristhian, diga que é Murilo Magalhães quem quer falar com ele.
Lucas correu a procura do quarto numero 307. Encontrou e logo já foi empurrando, mas ela estava trancada. Laura do lado de dentro do quarto estava meio sonolenta pela injeção que havia sido aplicada a mais ou menos uma hora. Ela ouviu o barulho na maçaneta da porta e foi se aproximando da mesma.
Lu: Laura? Laurinha! Você está aí?
L: Lucas! (a voz encheu-se de energias, os olhos de lágrimas)
Ela encostou-se à porta e falou alto.
L: Lucas! Lucas! É você mesmo!? Me tira daqui Lucas!
Lu: Eu vim para te tirar daqui mesmo... Espera um pouco que essa palhaçada acaba agora.
Laura sorria, e chorava ao mesmo tempo.
Lu: Ei! Você aí! Abra aqui para mim. (se referindo a um enfermeiro que passava por ali).
Enfº: Mas agora não pode...

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