M: Eu a perdi, e a culpa é minha.
Lucas ficou pensando que isso não fazia sentido, afinal de contas Laura disse que estava conseguindo entender Murilo, disse também inúmeras vezes que queria logo tirar aquele sentimento que estava em seu peito e se entregar ao homem da sua vida.
Isso não fazia sentido, e como assim próximos? Laura não havia dito nada sobre essas saidinhas com Gustavo, mas.
Foi interrompido pelo celular.
Lucas pegou e viu que era Laura...
M: Não diz que eu estou aqui.
Lu: Por quê?
M: Não, ela vai querer me explicar, e eu não consigo ouvir se quer a voz dela, não hoje... Hoje não mais... (começou a chorar de novo).
Léo: Atende logo Lucas, ela vai desconfiar.
Lucas atendeu.
Lu: Er... Oi Laurinha!
L: Lucas o Murilo está aí?
Lu: Murilo? Nã... Não, porque ele estaria?
L: Tá mentindo para mim Lucas?
Lu: Não, o que aconteceu Laura? Você está chorando?
L: Preciso falar com você. Eu vou aí e te... (sendo interrompida)
Lu: Não! Eu vou aí, olha como você está, chego aí em cinco minutos.
L: Tá, mas não demora.
Enquanto Lucas não chegava ela desceu na sala novamente.
L: Dona Naná, será que a senhora poderia ficar aqui essa noite? Sei que a senhora não tem obrigação nenhuma e também tem a sua casa...
N: Tudo bem Dona Laura, assim que o seu Murilo chegou já imaginei que precisaria disso e já pedi pro meu filho trazer umas coisas para eu passar a noite aqui.
L: Ai, muito, mas muito obrigada mesmo Naná. (Abraçando a simpática senhora)
N: Que isso Dona Laura.
Em seguida foi conversar com Erick.
L: Erick...
E: Laura eu de...
L: Erick, me desculpe querido, você pode me explicar isso com calma amanhã? Eu não estou com cabeça para nada hoje. Tenho certeza que seja lá o que for você está fazendo um ótimo trabalho.
E: Tudo bem então, quando a senhora puder, eu explico algumas coisas que eu já conclui.
L: Ah, tem outra coisa, você pode passar a noite aqui esses dias? É que...
Erick já tinha visto o quê estava acontecendo naquela casa nesses últimos dias, então poupou Laura de explicar a dolorosa situação.
E: Fico sim, sem problemas... Eu disse que ficaria aqui durante as minhas férias, quando disse isso, eu já disse com isso em mente, vou te ajudar Laura, mas vou te ajudar direito. (afagando os cabelos dela)
L: Obrigada Erick, você... É um amigão!(sorrindo para ele)
E: Só para quem merece hein! (retribuindo o sorriso)
Laura também deu um riso triste, quando de repente Lucas vem vindo da sala.
Lu: Own minha amiga (já dando um abraço nela)
L: Lucas... (chorando)
Lu: Vem, vem me contar o que é que tá acontecendo meu anjo.
Laura levou Lucas para o quarto.
Lu: Laura meu anjo, que história é essa de sair com o Gustavo?
L: Como você sabe disso?
Laura estranhou já que Lucas disse que Murilo não estava na casa dele. Então como ele sabia?
Lu: É que... O Léo me disse, ele estava com o Murilo no telefone quando você me ligou.
L: Ele disse onde estava?(ansiosa)
Lu: Não! Laura me conta logo.
L: Eu acho que estou sendo egoísta.
Lu: Ãn?
L: Quero que o Murilo fique comigo,... Isso não é justo (séria)
Lu: é o mínimo que ele deve fazer, ele jurou isso diante de Deus, no casamento de vocês, isso não é egoísmo seu.
L: É sim...
Lu: Por quê?
L: Por que... (começou a chorar novamente)
Lu: Laura... (penalizado)
Lucas olhou a amiga e estava acabada, os olhos inchados de tanto chorar, com olheiras horríveis.
L: Eu estou morrendo Lucas...
Aquilo meio que engoliu a fala de Lucas. Era como se... Ele não tivesse ouvido aquilo da boca dela.
Lu: Eu... Não entendi, em que sentido... Morrendo? (também já querendo a chorar)
L: No sentido de ter um tumor no meu fígado, e 5 meses de vida.
Lu: Laura...
Lucas não sabia se acreditava, era muito surreal, não era verdade, não podia ser verdade.
Lu: Mas... 5 meses? Isso... Isso não pode ser verdade. Existe transplante de fígado, existem tratamentos e tudo o mais, Laura!
L: Não dá Lucas, o transplante não é possível por causa do estágio do tumor, o único jeito é preparar meu organismo para receber um tratamento através de agulhas e tentar destruí-lo.
Lu: Então, mas é só fazer esse tratamento e...
L: Eu vou morrer Lucas, esse tumor está crescendo, eu sinto. Olha!(pegou a mão de Lucas e direcionou até seu abdômen)
L: Sente?
Lu:... Mas...
L:...
Lu: Meu Deus, você é milionária, vamos sair do país, deve haver um país onde tenha um método mais eficaz.
L: E perder esses cinco meses tentando algo que já está destinado? Quero aproveitar a minha filha nesse tempo, o meu amor...
Laura chorava, e agora Lucas a acompanhava.
Lu: Quando você descobriu isso Laura?
L: No começo da semana...
Lu: E porque tá me dizendo só agora?
L: Porque achei que hoje a tarde teria uma boa noticia e não precisaria te dar essa ruim.
Lu: Por isso você estava saindo com o Gustavo?
L: Sim, eu desmaiei na sala dele e ele ficou muito preocupado, me levou na clínica de um amigo dele, passei com um médico que desconfiou de uma anemia depois de saber os sintomas...
Lu: Os vômitos e desmaios? A falta de apetite...
L: É, é... Mas por precaução me pediu uns exames de sangue, e veio à notícia, aí fiz mais exames e o Doutor Marcelo acabou sabendo os detalhes.
Lu: Isso tudo hoje à tarde?
L: É, mas aí eu queria contar pro Murilo, mas acabei achando melhor não, preciso saber que um de nós não vai surtar, Maria Luiza precisa do pai bem, porque a Mãe... Já não consegue fazer nada... (chorando)
Lu: Para com isso, existe um tratamento Laura, eu não entendo o porquê você está ignorando isso.
L: Porque não vai funcionar, não dá tempo Lucas, não precisa nem ser especialista para saber que não dá tempo, o doutor Marcelo quer me poupar.
Lu:... Podemos voltar lá, quero perguntar mais coisas para ele.
L: Não... Eu não quero voltar naquele hospital, se você quiser ir lá e falar com o Doutor Marcelo você pode ir, mas eu não vou, o cartão dele tá na gaveta da minha sala, eu pego para você amanha.
Lucas a olhou com uma carinha de choro, e a puxou em mais um abraço.
L: Entende o porquê tá doendo tanto o Murilo achar isso de mim.
Lu: Entendo minha amiga, mas também entendo o lado dele, porque você pirou com a tal da Bárbara e ele sempre tentando se explicar, agora que a coisa se inverteu, você se quer conversou com ele.
L: Eu tinha acabado de saber que vou morrer Lucas!(tentando explicar a sua atitude)
Lu: Eu sei! Você sabe, o Gustavo sabe, mas ele não Laura.
L:...
Lu: Vai conversar com ele.
L: Não...
Lucas a separou do abraço, e meio assustado olhou para ela.
Lu: Como é que é?
L: Vou deixá-lo...
Lu: Tá maluca? Deixar por quê? Você não o ama Laura?
L: Amo, amo mais que a mim mesma, amo com todas as minhas forças.
Lu: Então...
L: Eu já decidi.
Lu:... Laura, você está com a cabeça quente, sabe que nenhuma decisão de cabeça quente presta.
L: Cinco meses...
Lu:... Para de repetir isso que em cinco...
L: Cinco meses o Murilo tem para me esquecer e achar outra pessoa.
Lu: Laura! Não! Laura, não faça isso... Eu... Eu não vou deixar você fazer isso com a sua vida.
L: Eu não tenho mais vida, eu só peço, para você ajudar ele a cuidar da minha filha, ele tem jeito com ela, mas... (e começou a chorar)
Lu: Espera Laura, esse tratamento vai dar certo. E em cinco meses ele não vai simplesmente esquecer o que vocês passaram juntos.
L: Ele vai sim, ele tem que esquecer...
Lu: Laura! Você não manda nos sentimentos dos outros! Não é porque você quer que ele simplesmente vá deixar de te amar.
L: Então eu vou fazer com que ele me odeie.
Lu: Laura! Para com isso.
Laura agora não chorava, estava séria, concentrada no nada, a expressão de quem desesperadamente pensava em uma saída.
Lu: Você realmente vai se sentir bem sabendo que ele te odeia?
L: Prefiro que ele fique feliz me odiando, do que triste me amando.
Lu: Ele jurou na alegria E NA TRISTEZA Laura. Você não está pensando com a cabeça fria, esse é o problema, espera, tudo aconteceu hoje...
L: Não! E eu te proíbo de se intrometer nisso, proíbo Lucas, se você contar qualquer coisa pro Murilo nunca vou te perdoar, e eu sei que você não quer que eu morra magoada com você.
Lu: Laura...
Com a expressão de quem está chorando a frase “olha o que você está fazendo”
L: Eu sei que Murilo está na sua casa.
Lu: Não, ele não...
L: Você não sabe mentir Lucas, para mim não.
Lu:...
L: Ele vai te perguntar o que eu te disse, e você vai...
Lu: Não, não me peça para te ajudar nessa loucura, não eu não...
L: Sim, você vai dizer que eu confirmei tudo.
Lucas também não conseguia parar de chorar.
Lu: Laura... Eu não posso fazer isso, eu não vou nem conseguir.
L: Lucas, eu te imploro... Por favor, (chorando).
Sim... Ele ia fazer isso, mesmo não concordando, mesmo sabendo que Murilo ia acreditar mesmo sabendo de tudo isso, Laura sabia o que estava fazendo, sabia que Murilo acreditaria em Lucas, afinal Lucas sempre tenta apaziguar, sempre tenta provar a inocência de ambos, então se ele confirmasse dessa vez, é como se... Realmente fosse verdade.
Laura só podia estar maluca! Mas quem não ficaria numa situação dessas? E é uma coisa que não dá para aprender, ela já nasceu assim, com essa mania de decidir as coisas no calor do momento.
Lucas voltou para casa e deixou Laura se debulhando em lagrimas.
Assim que chegou Léo veio perguntar, e como havia prometido, ele confirmou tudo, a partir de agora Laura era oficialmente uma adultera.
Precisava continuar indo a empresa, ainda não morrera, e ainda tinha muita coisa para resolver. A empresa seria de Murilo e Luiza, não tinha nem o que pensar... Nossa nunca havia parado para pensar em deixar um testamento.
Mas sempre chega a hora de algo assim.
Aquela noite ela pegou os remédios, todos rotulados com o nome da clínica, talvez um jeito que o Doutor Marcelo achou de obriga-la a voltar à clínica, sabia que Laura praticamente havia se entregado a palavra “morrer”.
Mas ele sabia que ela tinha uma chance, sabia que a mesma porcentagem que indicava a morte também indicava a vida.
Só que ainda não entrava isso na cabeça de Laura, e ela agora se encontra em uma corrida contra o tempo, isso não seria bom.
Pegou o remédio umas cinco vezes na mão, tomava ou não? Adiantaria algo?
Na sexta vez ela resolveu tomar... Não sabia dizer o porquê, não acreditava em sua cura, e se ela mesma não acredita, de nada adianta essa força que todos estão dando.
Acordou e foi para empresa, foi até a sala de Gustavo e ficou lá, queria contar para ele o que tinha decidido, queria também, saber se ele não se importava em confirmar isso tudo para Murilo.
Na sala de Gustavo Fernandes... Laura o aguardava.
C: Mas a senhora não quer nada? Nem um suco Dona Laura?
L: Não Carla, obrigada, por enquanto estou sem fome.
C: Sabe que se precisar de alguma coisa é só me chamar!
L: Sim (sorrindo)
terça-feira, setembro 10, 2013
28° Como eu te Amo
M: Eu a perdi, e a culpa é minha.
Lucas ficou pensando que isso não fazia sentido, afinal de contas Laura disse que estava conseguindo entender Murilo, disse também inúmeras vezes que queria logo tirar aquele sentimento que estava em seu peito e se entregar ao homem da sua vida.
Isso não fazia sentido, e como assim próximos? Laura não havia dito nada sobre essas saidinhas com Gustavo, mas.
Foi interrompido pelo celular.
Lucas pegou e viu que era Laura...
M: Não diz que eu estou aqui.
Lu: Por quê?
M: Não, ela vai querer me explicar, e eu não consigo ouvir se quer a voz dela, não hoje... Hoje não mais... (começou a chorar de novo).
Léo: Atende logo Lucas, ela vai desconfiar.
Lucas atendeu.
Lu: Er... Oi Laurinha!
L: Lucas o Murilo está aí?
Lu: Murilo? Nã... Não, porque ele estaria?
L: Tá mentindo para mim Lucas?
Lu: Não, o que aconteceu Laura? Você está chorando?
L: Preciso falar com você. Eu vou aí e te... (sendo interrompida)
Lu: Não! Eu vou aí, olha como você está, chego aí em cinco minutos.
L: Tá, mas não demora.
Enquanto Lucas não chegava ela desceu na sala novamente.
L: Dona Naná, será que a senhora poderia ficar aqui essa noite? Sei que a senhora não tem obrigação nenhuma e também tem a sua casa...
N: Tudo bem Dona Laura, assim que o seu Murilo chegou já imaginei que precisaria disso e já pedi pro meu filho trazer umas coisas para eu passar a noite aqui.
L: Ai, muito, mas muito obrigada mesmo Naná. (Abraçando a simpática senhora)
N: Que isso Dona Laura.
Em seguida foi conversar com Erick.
L: Erick...
E: Laura eu de...
L: Erick, me desculpe querido, você pode me explicar isso com calma amanhã? Eu não estou com cabeça para nada hoje. Tenho certeza que seja lá o que for você está fazendo um ótimo trabalho.
E: Tudo bem então, quando a senhora puder, eu explico algumas coisas que eu já conclui.
L: Ah, tem outra coisa, você pode passar a noite aqui esses dias? É que...
Erick já tinha visto o quê estava acontecendo naquela casa nesses últimos dias, então poupou Laura de explicar a dolorosa situação.
E: Fico sim, sem problemas... Eu disse que ficaria aqui durante as minhas férias, quando disse isso, eu já disse com isso em mente, vou te ajudar Laura, mas vou te ajudar direito. (afagando os cabelos dela)
L: Obrigada Erick, você... É um amigão!(sorrindo para ele)
E: Só para quem merece hein! (retribuindo o sorriso)
Laura também deu um riso triste, quando de repente Lucas vem vindo da sala.
Lu: Own minha amiga (já dando um abraço nela)
L: Lucas... (chorando)
Lu: Vem, vem me contar o que é que tá acontecendo meu anjo.
Laura levou Lucas para o quarto.
Lu: Laura meu anjo, que história é essa de sair com o Gustavo?
L: Como você sabe disso?
Laura estranhou já que Lucas disse que Murilo não estava na casa dele. Então como ele sabia?
Lu: É que... O Léo me disse, ele estava com o Murilo no telefone quando você me ligou.
L: Ele disse onde estava?(ansiosa)
Lu: Não! Laura me conta logo.
L: Eu acho que estou sendo egoísta.
Lu: Ãn?
L: Quero que o Murilo fique comigo,... Isso não é justo (séria)
Lu: é o mínimo que ele deve fazer, ele jurou isso diante de Deus, no casamento de vocês, isso não é egoísmo seu.
L: É sim...
Lu: Por quê?
L: Por que... (começou a chorar novamente)
Lu: Laura... (penalizado)
Lucas olhou a amiga e estava acabada, os olhos inchados de tanto chorar, com olheiras horríveis.
L: Eu estou morrendo Lucas...
Aquilo meio que engoliu a fala de Lucas. Era como se... Ele não tivesse ouvido aquilo da boca dela.
Lu: Eu... Não entendi, em que sentido... Morrendo? (também já querendo a chorar)
L: No sentido de ter um tumor no meu fígado, e 5 meses de vida.
Lu: Laura...
Lucas não sabia se acreditava, era muito surreal, não era verdade, não podia ser verdade.
Lu: Mas... 5 meses? Isso... Isso não pode ser verdade. Existe transplante de fígado, existem tratamentos e tudo o mais, Laura!
L: Não dá Lucas, o transplante não é possível por causa do estágio do tumor, o único jeito é preparar meu organismo para receber um tratamento através de agulhas e tentar destruí-lo.
Lu: Então, mas é só fazer esse tratamento e...
L: Eu vou morrer Lucas, esse tumor está crescendo, eu sinto. Olha!(pegou a mão de Lucas e direcionou até seu abdômen)
L: Sente?
Lu:... Mas...
L:...
Lu: Meu Deus, você é milionária, vamos sair do país, deve haver um país onde tenha um método mais eficaz.
L: E perder esses cinco meses tentando algo que já está destinado? Quero aproveitar a minha filha nesse tempo, o meu amor...
Laura chorava, e agora Lucas a acompanhava.
Lu: Quando você descobriu isso Laura?
L: No começo da semana...
Lu: E porque tá me dizendo só agora?
L: Porque achei que hoje a tarde teria uma boa noticia e não precisaria te dar essa ruim.
Lu: Por isso você estava saindo com o Gustavo?
L: Sim, eu desmaiei na sala dele e ele ficou muito preocupado, me levou na clínica de um amigo dele, passei com um médico que desconfiou de uma anemia depois de saber os sintomas...
Lu: Os vômitos e desmaios? A falta de apetite...
L: É, é... Mas por precaução me pediu uns exames de sangue, e veio à notícia, aí fiz mais exames e o Doutor Marcelo acabou sabendo os detalhes.
Lu: Isso tudo hoje à tarde?
L: É, mas aí eu queria contar pro Murilo, mas acabei achando melhor não, preciso saber que um de nós não vai surtar, Maria Luiza precisa do pai bem, porque a Mãe... Já não consegue fazer nada... (chorando)
Lu: Para com isso, existe um tratamento Laura, eu não entendo o porquê você está ignorando isso.
L: Porque não vai funcionar, não dá tempo Lucas, não precisa nem ser especialista para saber que não dá tempo, o doutor Marcelo quer me poupar.
Lu:... Podemos voltar lá, quero perguntar mais coisas para ele.
L: Não... Eu não quero voltar naquele hospital, se você quiser ir lá e falar com o Doutor Marcelo você pode ir, mas eu não vou, o cartão dele tá na gaveta da minha sala, eu pego para você amanha.
Lucas a olhou com uma carinha de choro, e a puxou em mais um abraço.
L: Entende o porquê tá doendo tanto o Murilo achar isso de mim.
Lu: Entendo minha amiga, mas também entendo o lado dele, porque você pirou com a tal da Bárbara e ele sempre tentando se explicar, agora que a coisa se inverteu, você se quer conversou com ele.
L: Eu tinha acabado de saber que vou morrer Lucas!(tentando explicar a sua atitude)
Lu: Eu sei! Você sabe, o Gustavo sabe, mas ele não Laura.
L:...
Lu: Vai conversar com ele.
L: Não...
Lucas a separou do abraço, e meio assustado olhou para ela.
Lu: Como é que é?
L: Vou deixá-lo...
Lu: Tá maluca? Deixar por quê? Você não o ama Laura?
L: Amo, amo mais que a mim mesma, amo com todas as minhas forças.
Lu: Então...
L: Eu já decidi.
Lu:... Laura, você está com a cabeça quente, sabe que nenhuma decisão de cabeça quente presta.
L: Cinco meses...
Lu:... Para de repetir isso que em cinco...
L: Cinco meses o Murilo tem para me esquecer e achar outra pessoa.
Lu: Laura! Não! Laura, não faça isso... Eu... Eu não vou deixar você fazer isso com a sua vida.
L: Eu não tenho mais vida, eu só peço, para você ajudar ele a cuidar da minha filha, ele tem jeito com ela, mas... (e começou a chorar)
Lu: Espera Laura, esse tratamento vai dar certo. E em cinco meses ele não vai simplesmente esquecer o que vocês passaram juntos.
L: Ele vai sim, ele tem que esquecer...
Lu: Laura! Você não manda nos sentimentos dos outros! Não é porque você quer que ele simplesmente vá deixar de te amar.
L: Então eu vou fazer com que ele me odeie.
Lu: Laura! Para com isso.
Laura agora não chorava, estava séria, concentrada no nada, a expressão de quem desesperadamente pensava em uma saída.
Lu: Você realmente vai se sentir bem sabendo que ele te odeia?
L: Prefiro que ele fique feliz me odiando, do que triste me amando.
Lu: Ele jurou na alegria E NA TRISTEZA Laura. Você não está pensando com a cabeça fria, esse é o problema, espera, tudo aconteceu hoje...
L: Não! E eu te proíbo de se intrometer nisso, proíbo Lucas, se você contar qualquer coisa pro Murilo nunca vou te perdoar, e eu sei que você não quer que eu morra magoada com você.
Lu: Laura...
Com a expressão de quem está chorando a frase “olha o que você está fazendo”
L: Eu sei que Murilo está na sua casa.
Lu: Não, ele não...
L: Você não sabe mentir Lucas, para mim não.
Lu:...
L: Ele vai te perguntar o que eu te disse, e você vai...
Lu: Não, não me peça para te ajudar nessa loucura, não eu não...
L: Sim, você vai dizer que eu confirmei tudo.
Lucas também não conseguia parar de chorar.
Lu: Laura... Eu não posso fazer isso, eu não vou nem conseguir.
L: Lucas, eu te imploro... Por favor, (chorando).
Sim... Ele ia fazer isso, mesmo não concordando, mesmo sabendo que Murilo ia acreditar mesmo sabendo de tudo isso, Laura sabia o que estava fazendo, sabia que Murilo acreditaria em Lucas, afinal Lucas sempre tenta apaziguar, sempre tenta provar a inocência de ambos, então se ele confirmasse dessa vez, é como se... Realmente fosse verdade.
Laura só podia estar maluca! Mas quem não ficaria numa situação dessas? E é uma coisa que não dá para aprender, ela já nasceu assim, com essa mania de decidir as coisas no calor do momento.
Lucas voltou para casa e deixou Laura se debulhando em lagrimas.
Assim que chegou Léo veio perguntar, e como havia prometido, ele confirmou tudo, a partir de agora Laura era oficialmente uma adultera.
Precisava continuar indo a empresa, ainda não morrera, e ainda tinha muita coisa para resolver. A empresa seria de Murilo e Luiza, não tinha nem o que pensar... Nossa nunca havia parado para pensar em deixar um testamento.
Mas sempre chega a hora de algo assim.
Aquela noite ela pegou os remédios, todos rotulados com o nome da clínica, talvez um jeito que o Doutor Marcelo achou de obriga-la a voltar à clínica, sabia que Laura praticamente havia se entregado a palavra “morrer”.
Mas ele sabia que ela tinha uma chance, sabia que a mesma porcentagem que indicava a morte também indicava a vida.
Só que ainda não entrava isso na cabeça de Laura, e ela agora se encontra em uma corrida contra o tempo, isso não seria bom.
Pegou o remédio umas cinco vezes na mão, tomava ou não? Adiantaria algo?
Na sexta vez ela resolveu tomar... Não sabia dizer o porquê, não acreditava em sua cura, e se ela mesma não acredita, de nada adianta essa força que todos estão dando.
Acordou e foi para empresa, foi até a sala de Gustavo e ficou lá, queria contar para ele o que tinha decidido, queria também, saber se ele não se importava em confirmar isso tudo para Murilo.
Na sala de Gustavo Fernandes... Laura o aguardava.
C: Mas a senhora não quer nada? Nem um suco Dona Laura?
L: Não Carla, obrigada, por enquanto estou sem fome.
C: Sabe que se precisar de alguma coisa é só me chamar!
L: Sim (sorrindo)
Lucas ficou pensando que isso não fazia sentido, afinal de contas Laura disse que estava conseguindo entender Murilo, disse também inúmeras vezes que queria logo tirar aquele sentimento que estava em seu peito e se entregar ao homem da sua vida.
Isso não fazia sentido, e como assim próximos? Laura não havia dito nada sobre essas saidinhas com Gustavo, mas.
Foi interrompido pelo celular.
Lucas pegou e viu que era Laura...
M: Não diz que eu estou aqui.
Lu: Por quê?
M: Não, ela vai querer me explicar, e eu não consigo ouvir se quer a voz dela, não hoje... Hoje não mais... (começou a chorar de novo).
Léo: Atende logo Lucas, ela vai desconfiar.
Lucas atendeu.
Lu: Er... Oi Laurinha!
L: Lucas o Murilo está aí?
Lu: Murilo? Nã... Não, porque ele estaria?
L: Tá mentindo para mim Lucas?
Lu: Não, o que aconteceu Laura? Você está chorando?
L: Preciso falar com você. Eu vou aí e te... (sendo interrompida)
Lu: Não! Eu vou aí, olha como você está, chego aí em cinco minutos.
L: Tá, mas não demora.
Enquanto Lucas não chegava ela desceu na sala novamente.
L: Dona Naná, será que a senhora poderia ficar aqui essa noite? Sei que a senhora não tem obrigação nenhuma e também tem a sua casa...
N: Tudo bem Dona Laura, assim que o seu Murilo chegou já imaginei que precisaria disso e já pedi pro meu filho trazer umas coisas para eu passar a noite aqui.
L: Ai, muito, mas muito obrigada mesmo Naná. (Abraçando a simpática senhora)
N: Que isso Dona Laura.
Em seguida foi conversar com Erick.
L: Erick...
E: Laura eu de...
L: Erick, me desculpe querido, você pode me explicar isso com calma amanhã? Eu não estou com cabeça para nada hoje. Tenho certeza que seja lá o que for você está fazendo um ótimo trabalho.
E: Tudo bem então, quando a senhora puder, eu explico algumas coisas que eu já conclui.
L: Ah, tem outra coisa, você pode passar a noite aqui esses dias? É que...
Erick já tinha visto o quê estava acontecendo naquela casa nesses últimos dias, então poupou Laura de explicar a dolorosa situação.
E: Fico sim, sem problemas... Eu disse que ficaria aqui durante as minhas férias, quando disse isso, eu já disse com isso em mente, vou te ajudar Laura, mas vou te ajudar direito. (afagando os cabelos dela)
L: Obrigada Erick, você... É um amigão!(sorrindo para ele)
E: Só para quem merece hein! (retribuindo o sorriso)
Laura também deu um riso triste, quando de repente Lucas vem vindo da sala.
Lu: Own minha amiga (já dando um abraço nela)
L: Lucas... (chorando)
Lu: Vem, vem me contar o que é que tá acontecendo meu anjo.
Laura levou Lucas para o quarto.
Lu: Laura meu anjo, que história é essa de sair com o Gustavo?
L: Como você sabe disso?
Laura estranhou já que Lucas disse que Murilo não estava na casa dele. Então como ele sabia?
Lu: É que... O Léo me disse, ele estava com o Murilo no telefone quando você me ligou.
L: Ele disse onde estava?(ansiosa)
Lu: Não! Laura me conta logo.
L: Eu acho que estou sendo egoísta.
Lu: Ãn?
L: Quero que o Murilo fique comigo,... Isso não é justo (séria)
Lu: é o mínimo que ele deve fazer, ele jurou isso diante de Deus, no casamento de vocês, isso não é egoísmo seu.
L: É sim...
Lu: Por quê?
L: Por que... (começou a chorar novamente)
Lu: Laura... (penalizado)
Lucas olhou a amiga e estava acabada, os olhos inchados de tanto chorar, com olheiras horríveis.
L: Eu estou morrendo Lucas...
Aquilo meio que engoliu a fala de Lucas. Era como se... Ele não tivesse ouvido aquilo da boca dela.
Lu: Eu... Não entendi, em que sentido... Morrendo? (também já querendo a chorar)
L: No sentido de ter um tumor no meu fígado, e 5 meses de vida.
Lu: Laura...
Lucas não sabia se acreditava, era muito surreal, não era verdade, não podia ser verdade.
Lu: Mas... 5 meses? Isso... Isso não pode ser verdade. Existe transplante de fígado, existem tratamentos e tudo o mais, Laura!
L: Não dá Lucas, o transplante não é possível por causa do estágio do tumor, o único jeito é preparar meu organismo para receber um tratamento através de agulhas e tentar destruí-lo.
Lu: Então, mas é só fazer esse tratamento e...
L: Eu vou morrer Lucas, esse tumor está crescendo, eu sinto. Olha!(pegou a mão de Lucas e direcionou até seu abdômen)
L: Sente?
Lu:... Mas...
L:...
Lu: Meu Deus, você é milionária, vamos sair do país, deve haver um país onde tenha um método mais eficaz.
L: E perder esses cinco meses tentando algo que já está destinado? Quero aproveitar a minha filha nesse tempo, o meu amor...
Laura chorava, e agora Lucas a acompanhava.
Lu: Quando você descobriu isso Laura?
L: No começo da semana...
Lu: E porque tá me dizendo só agora?
L: Porque achei que hoje a tarde teria uma boa noticia e não precisaria te dar essa ruim.
Lu: Por isso você estava saindo com o Gustavo?
L: Sim, eu desmaiei na sala dele e ele ficou muito preocupado, me levou na clínica de um amigo dele, passei com um médico que desconfiou de uma anemia depois de saber os sintomas...
Lu: Os vômitos e desmaios? A falta de apetite...
L: É, é... Mas por precaução me pediu uns exames de sangue, e veio à notícia, aí fiz mais exames e o Doutor Marcelo acabou sabendo os detalhes.
Lu: Isso tudo hoje à tarde?
L: É, mas aí eu queria contar pro Murilo, mas acabei achando melhor não, preciso saber que um de nós não vai surtar, Maria Luiza precisa do pai bem, porque a Mãe... Já não consegue fazer nada... (chorando)
Lu: Para com isso, existe um tratamento Laura, eu não entendo o porquê você está ignorando isso.
L: Porque não vai funcionar, não dá tempo Lucas, não precisa nem ser especialista para saber que não dá tempo, o doutor Marcelo quer me poupar.
Lu:... Podemos voltar lá, quero perguntar mais coisas para ele.
L: Não... Eu não quero voltar naquele hospital, se você quiser ir lá e falar com o Doutor Marcelo você pode ir, mas eu não vou, o cartão dele tá na gaveta da minha sala, eu pego para você amanha.
Lucas a olhou com uma carinha de choro, e a puxou em mais um abraço.
L: Entende o porquê tá doendo tanto o Murilo achar isso de mim.
Lu: Entendo minha amiga, mas também entendo o lado dele, porque você pirou com a tal da Bárbara e ele sempre tentando se explicar, agora que a coisa se inverteu, você se quer conversou com ele.
L: Eu tinha acabado de saber que vou morrer Lucas!(tentando explicar a sua atitude)
Lu: Eu sei! Você sabe, o Gustavo sabe, mas ele não Laura.
L:...
Lu: Vai conversar com ele.
L: Não...
Lucas a separou do abraço, e meio assustado olhou para ela.
Lu: Como é que é?
L: Vou deixá-lo...
Lu: Tá maluca? Deixar por quê? Você não o ama Laura?
L: Amo, amo mais que a mim mesma, amo com todas as minhas forças.
Lu: Então...
L: Eu já decidi.
Lu:... Laura, você está com a cabeça quente, sabe que nenhuma decisão de cabeça quente presta.
L: Cinco meses...
Lu:... Para de repetir isso que em cinco...
L: Cinco meses o Murilo tem para me esquecer e achar outra pessoa.
Lu: Laura! Não! Laura, não faça isso... Eu... Eu não vou deixar você fazer isso com a sua vida.
L: Eu não tenho mais vida, eu só peço, para você ajudar ele a cuidar da minha filha, ele tem jeito com ela, mas... (e começou a chorar)
Lu: Espera Laura, esse tratamento vai dar certo. E em cinco meses ele não vai simplesmente esquecer o que vocês passaram juntos.
L: Ele vai sim, ele tem que esquecer...
Lu: Laura! Você não manda nos sentimentos dos outros! Não é porque você quer que ele simplesmente vá deixar de te amar.
L: Então eu vou fazer com que ele me odeie.
Lu: Laura! Para com isso.
Laura agora não chorava, estava séria, concentrada no nada, a expressão de quem desesperadamente pensava em uma saída.
Lu: Você realmente vai se sentir bem sabendo que ele te odeia?
L: Prefiro que ele fique feliz me odiando, do que triste me amando.
Lu: Ele jurou na alegria E NA TRISTEZA Laura. Você não está pensando com a cabeça fria, esse é o problema, espera, tudo aconteceu hoje...
L: Não! E eu te proíbo de se intrometer nisso, proíbo Lucas, se você contar qualquer coisa pro Murilo nunca vou te perdoar, e eu sei que você não quer que eu morra magoada com você.
Lu: Laura...
Com a expressão de quem está chorando a frase “olha o que você está fazendo”
L: Eu sei que Murilo está na sua casa.
Lu: Não, ele não...
L: Você não sabe mentir Lucas, para mim não.
Lu:...
L: Ele vai te perguntar o que eu te disse, e você vai...
Lu: Não, não me peça para te ajudar nessa loucura, não eu não...
L: Sim, você vai dizer que eu confirmei tudo.
Lucas também não conseguia parar de chorar.
Lu: Laura... Eu não posso fazer isso, eu não vou nem conseguir.
L: Lucas, eu te imploro... Por favor, (chorando).
Sim... Ele ia fazer isso, mesmo não concordando, mesmo sabendo que Murilo ia acreditar mesmo sabendo de tudo isso, Laura sabia o que estava fazendo, sabia que Murilo acreditaria em Lucas, afinal Lucas sempre tenta apaziguar, sempre tenta provar a inocência de ambos, então se ele confirmasse dessa vez, é como se... Realmente fosse verdade.
Laura só podia estar maluca! Mas quem não ficaria numa situação dessas? E é uma coisa que não dá para aprender, ela já nasceu assim, com essa mania de decidir as coisas no calor do momento.
Lucas voltou para casa e deixou Laura se debulhando em lagrimas.
Assim que chegou Léo veio perguntar, e como havia prometido, ele confirmou tudo, a partir de agora Laura era oficialmente uma adultera.
Precisava continuar indo a empresa, ainda não morrera, e ainda tinha muita coisa para resolver. A empresa seria de Murilo e Luiza, não tinha nem o que pensar... Nossa nunca havia parado para pensar em deixar um testamento.
Mas sempre chega a hora de algo assim.
Aquela noite ela pegou os remédios, todos rotulados com o nome da clínica, talvez um jeito que o Doutor Marcelo achou de obriga-la a voltar à clínica, sabia que Laura praticamente havia se entregado a palavra “morrer”.
Mas ele sabia que ela tinha uma chance, sabia que a mesma porcentagem que indicava a morte também indicava a vida.
Só que ainda não entrava isso na cabeça de Laura, e ela agora se encontra em uma corrida contra o tempo, isso não seria bom.
Pegou o remédio umas cinco vezes na mão, tomava ou não? Adiantaria algo?
Na sexta vez ela resolveu tomar... Não sabia dizer o porquê, não acreditava em sua cura, e se ela mesma não acredita, de nada adianta essa força que todos estão dando.
Acordou e foi para empresa, foi até a sala de Gustavo e ficou lá, queria contar para ele o que tinha decidido, queria também, saber se ele não se importava em confirmar isso tudo para Murilo.
Na sala de Gustavo Fernandes... Laura o aguardava.
C: Mas a senhora não quer nada? Nem um suco Dona Laura?
L: Não Carla, obrigada, por enquanto estou sem fome.
C: Sabe que se precisar de alguma coisa é só me chamar!
L: Sim (sorrindo)
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