domingo, agosto 11, 2013

1° O Jogo de uma Vida

Na escola...
L:Oi Pâmela (dando um abraço na amiga)
P:Como você tá? Seu pai melhorou?
L:Infelizmente não, já não sei mais o que fazer.
P: (colocando a mão no ombro da amiga) Fica tranquila ele vai ficar bem, você vai ver.
L:Deus te ouça, não sei o que fazer da minha vida se eu ficar sem ele, é a única família que eu tenho.
P: Laura, você sabe que eu sempre vou estar com você.
L:Na verdade obrigada por tudo, não sei se estaria suportando tudo isso sem você. Nessa escola não tenho nenhum amigo, na verdade nem colega (deu um riso triste)
P:Mas eu sou uma amiga que vale por dez! (tentando animar à amiga)
L:É, você é mesmo. Te adoro viu? E muito.

Na sala de aula...
Assim que Laura entrou, começaram as brincadeiras de mau gosto.
Riam o tempo todo dela, do jeito que ela andava, do jeito que ela se vestia.
Tudo nela era motivo de chacota.
P: Laura você sabe que eles são uns idiotas!
Nesse momento chegou Lucas um menino da sala que pra falara verdade Laura nunca tinha nem reparado.
Mal sabia ela que ele seria seu protetor da vida inteira.
Lu:Você está bem?
P:Sai daqui garoto, ela não precisa de mais ninguém pra rir dela.
L:Estou bem, já estou acostumada.
Lu: Mas não devia (segurando a mão dela)
L:O que? (Surpresa)
P:Se você vier com mais..(foi interrompida)
Lu:Não devia, porque ninguém tem o direito de fazer isso com você. Pessoas não merecem isso.
L:Obrigada. Desculpe mas quem é você? Qual é o seu nome?
Lu:Meu nome é Lucas, estudo com você desde o fundamental.
L:Obrigada por se preocupar, mas como eu te disse estou bem, não entendo porque toda vez eu caio nessas brincadeirinhas...Talvez seja porque toda vez eu acho que pode ser diferente.
Lu:Vai ser, você vai ver que cada tombo tem um porque na vida da gente. (saindo)
P:Lucas, espera (indo atrás dele)Me desculpa, fui meio estúpida com você, é que me dá nos nervos fazerem isso com ela, então já é meio que automático sabe? Autodefesa. (sorrindo)
Lu:Tudo bem, eu entendo. Cuida dela, ela é uma grande pessoa!
P:Sempre, tchau.
Lu:Até.
Pamela voltou ao lado da amiga que disfarçadamente enxugava as lágrimas.
P:Acho que essa amiga aqui não vai ter só eu pra dividir as alegrias e  a pizza de mussarela de agora em diante.
L:Até parece, ele só ficou com dó de mim, como a maioria faz.
P:Vamos parar com isso, não foi não. Eu não me lembro de nenhum desses idiotas da sala vir perguntar como você estava.
L:É, isso é mesmo. (Pensando com calma)
O dia passa logo e Laura volta pra casa às pressas para ver o pai, graças a Deus já estava melhor quando o deixara em casa.

No Jantar
M:Filha como foi seu dia hoje?
L:Bem pai
M:Laura?
L:O que Pai?
M:Olha pra mim.
Laura já estava com os olhos cheios de lágrimas
L: Pai... (indo com os braços abertos para o pai)
M:Laura, olha aqui pra mim
M:Eu não vou te deixar sem antes te ensinar a se defender da vida e a ser forte. Afinal, as pessoas não duram pra sempre meu amor.
L:Pai, vou ser uma grande empresária e o senhor vai sentir muito orgulho de mim.
M:Eu já tenho muito orgulho de você e sua mãe também, pode ter certeza que Helena assim como eu, sabe que trouxemos ao mundo uma grande mulher.
L:Te amo pai.
M:Também te amo minha filha.
Era fim de semana, pra alegria de Laura passaram um final de semana tranquilo, o pai já estava melhor da bronquite, ao início da noite...
L:Pai, que tal pedirmos pizza hoje?
M:Ótima ideia.
L:Então liga lá pra gente enquanto eu acabo aqui para o senhor. (arrumando a garagem)
M:Obrigada minha filha, vai ser de mussarela mesmo?
L:Sempre! (sorrindo)
M:Não sei nem porque pergunto. (rindo)
Laura e o pai ficaram até de madrugada lembrando-se dos momentos que não voltavam mais.
E assim passou-se o fim de semana.
O dia na escola foi calmo, pra alegria de Laura sem piadas de mau gosto.
Quando chegou a casa encontrou o pai deitado ao sofá cheio de cobertas, logo estranhou já que estava um dia de muito sol.
L:Pai... Pai... (o acordando devagar)
M:Oi minha filha, nossa você já voltou? Que horas são? Acho que cochilei demais.
Depois dessas palavras entrou numa crise de tosse que logo assustou Laura.
L:Pai, o que o senhor  está  sentindo? O que aconteceu? O senhor estava tão bem.
M:E estou bem minha filha, eu só me engasguei um pouco foi isso. Não se preocupe tudo vai ficar bem (nervoso)
L:Mas pai..(neste instante Laura pega nas mão do pai e percebe que ele esta muito fria)Pai,o senhor está gelado! (preocupada)

Ela colocou uma das mãos na testa do pai e percebeu que estava ardendo em febre, desesperada pegou as chaves do carro e começou a agasalhar o pai para levá-lo ao hospital.
M:Filha, não fica assim eu estou bem... (nisso vem outra crise de tosse)
L:Pai (aos prantos)para, eu não sou mais criança, então pare de dizer que está tudo bem, isso me machuca muito.
Nisso Manuel segurou a mão da filha e disse:
M:Está bem, se você não é mais criança então me ouça, você vai ficar bem..
L:Pai...
M:Você vai ser uma mulher muito importante nessa cidade.
Laura não parava de chorar.
M:Eu e sua mãe sentiremos muito orgulho de você.
L:Pai, o senhor vai ficar bom, ontem o senhor estava, semana passada o senhor também teve essa crise e...
M:Você sabe que não minha filha, nunca esqueça que eu te amo muito viu?
L:Vem logo pai, vamos pro Hospital, o senhor precisa ser examinado.
M:Pega aquela caixinha de porcelana em cima da cabeceira da minha cama antes de irmos.
Laura se apressa e traz a caixinha, entrega ao pai depressa e com muita dificuldade o leva para o carro, embora Laura trabalhasse na oficina mecânica com o pai, não era forte como um mecânico.
M:Filha, essa caixinha é pra você, enquanto... Enquanto eu estiver sendo examinado quero que você a abra.
L:Tudo bem pai, mas agora não fala muito que é pra essa crise não atacar de novo.
Alguns minutos depois...
L:Pai chegamos.(vendo o pai cochilando)
L:Pai vamos!(parou e observou). Pai?(preocupada). Pai...(já com os olhos verdes cheios de lágrimas)não pai, acorda pai, não faz isso, como eu vou viver agora?(acariciando o rosto do pai com carinho)
Laura não conseguia parar de chorar, desceu do carro e foi chamar alguém pra ajudá-la.
Já não dava mais, Manoel havia falecido ali, no caminho para o hospital.
Passou-se o velório e o enterro...
Laura sempre foi decidida mesmo tão Jovem, tinha uma ideia formada, queria crescer e ser a maior “empresária da cidade”
E com o que mais gostava, ia comercializar “Carros”.
Mas não conseguia imaginar esse sonho realizado sem o seu amado pai, então pensava seriamente em desistir, porque era um sonho que os dois sonhavam juntos.
E agora, seu mundo havia acabado.
Foi quando sozinha em casa lembrou-se da caixinha que seu pai havia deixado em seu carro.
Foi até o carro a pegou  e entrou em casa, sentou-se no sofá e com lágrimas nos olhos a abriu.
Assim que abriu tocou uma melodia que ouviam juntos quando todos eram felizes (pensou ela) quando todos estavam vivos... Quando se deu conta parecia uma caixinha de musica igual àquelas que sempre têm uma bailarina dançando ao meio, mas era do seu pai para ela, então não podia ser diferente, era um carro! Laura sorriu assim que viu.
Havia um bilhete
“Sei que você vai seguir o caminho que vier do teu coração filha e sei também que qual seja, vou sentir muito orgulho de você, lembre-se, você nunca vai estar sozinha, eu dediquei esses últimos anos a preparar seu sonho, espero que goste”.
Sucesso filha te amo. Seu pai Manoel Drummond.
Nisso Laura pensou consigo
L:Pai,  o senhor  vai sim sentir orgulho de mim, o senhor  vai ver..(enxugou as lagrimas)
Mas o que seu pai deixou preparado? Não havia entendido, não deu importância, achou que era apenas uma expressão.
Algumas semanas passaram-se e algumas coisas mudaram.
Assim que Laura chegou à escola viu Carlos se aproximando, ela era apaixonada por ele, mas sempre em silêncio, sabia que ele jamais a olharia, ele é o típico mauricinho que toda a escola tem, por isso conforme ele foi se aproximando  ela foi se afastando indo em direção ao banheiro.

Foi quando ele entrou em sua frente e a segurou.

2° O Jogo de uma Vida

L:Me dá licença!(com a cara fechada)
C:Ei! Calma aí, não fica nervosinha não, só vim dizer que sinto muito pelo seu pai.
L:Olha aqui, se você veio até aqui tirar com a minha cara eu ainda tolero, mas se você colocar o meu pai...
C:Calma Laura, tô aqui de peito aberto pra dizer que realmente sinto muito, sério mesmo.
L:Sei...(desconfiada)
C:Olha, eu sei que fui muito idiota com você, que disse coisas que devem ter te magoado,mas eu quero que você me perdoe, fui um idiota e queria que você soubesse que pode contar comigo, quero ser seu amigo. Você me perdoa? Vamos começar do zero?
L:Eu acho que p...
P: Laura, algum problema aqui? (Interrompendo)
L:Não, só estava esperando esse cavalheiro me dar licença pra ir ao banheiro.
C:Me desculpe, pode passar Laura... Oi Pamela?
P:Oi! Vamos Laura, já está quase na hora de entrarmos.

Elas entram no banheiro...
P:O que o Carlos queria com você? Não era pra...
L:Não...  (pensativa) isso é que é mais estranho.
P:Porque?
L:Como porque? Você sabe como ele é e do nada ele vem me pedindo desculpas?
P:E você?
L:Eu o que?
P:Vai perdoar ele?
L:Mas é claro que não, você acha que depois de todas aquelas palhaçadas é só pedir desculpas e pronto? Ele tá muito enganado,  culpa é toda dele de eu ficar ouvindo essas coisas desses meninos idiotas.
P:Mas você devia.
L:Devia o que Pamela?(estranhando a amiga)
P:Perdoá-lo
L: Você bebeu? Só pode, eu estou te estranhando.
P: Acho que todo mundo na vida deve ter uma segunda chance, pessoas mudam Laura, mudam seus conceitos, seu pensamentos, seu modo de ser.
Laura ficou confusa, não sabia o que dizer, estava confusa.
L:Vou pensar a respeito.
P:Tenho certeza que você não vai se arrepender.(abraçando Laura)
Na saída da escola...
Lu:Oi Laura.
L:Ai que susto Lucas, é você.
Lu:Me desculpe, não quis te assustar, mas é que não consegui falar com você. Só queria dizer que sinto muito pelo seu pai e que se precisar pode contar comigo, sempre viu.
L: Obrigada Lucas, obrigada mesmo.
Quando Laura ia saindo Lucas a segurou e disse.
Lu:Posso te acompanhar?
L:Claro.
Laura não conseguia explicar, mas sentia-se muito bem ao lado de Lucas, como se ele fosse seu anjo da guarda, gostava mais da companhia dele do que a da Pamela.
Os dias foram passando, Laura cada vez mais amiga de Lucas e Carlos se dedicando ao máximo em conseguir o perdão de Laura, mas claro que Laura quis desde o primeiro instante dizer que o perdoava, porque o amava.
Mas se segurou ao máximo, pra ver se realmente era verdadeiro este perdão.
Até que chegou o dia em que ela não aguentava mais segurar e disse que o perdoava.
C:Laura, você não sabe o quanto estou feliz, nem consigo acreditar, você não vai se arrepender, eu mudei e vou provar pra você.
Num momento de impulso, saltou os lábios de Laura e em um beijo demorado e delicado ele percebeu que havia conquistado Laura.
L:Você está louco? O que você pensa que está fazendo? (se afastando)
C:Eu quero você. Laura, eu te amo.
Laura não sabia o que pensar o que dizer ou fazer. Mas não foi preciso, Carlos lhe roubou mais um beijo, mas dessa vez um beijo que Laura não deteve e deixou que as bocas se encaixassem num ritmo que se juntava com as batidas do seu coração.
Depois desse beijo, as coisas mudaram...
Laura cedeu, já não conseguia mais conter essa paixão que explodia em seu peito, a cada dia uma declaração de Amor mais linda que a outra.
Mas isso foi no começo, depois de varias semanas a coisa foram mudando, Laura percebeu que ele a evitava, não saiam mais, quase nem se viam. Pamela sempre defendia Carlos, tentava fazer sempre com que Laura sempre acreditasse nas desculpas e explicações dele.
Mas Laura sabia que tinha um motivo, o motivo que não sabe explicar o porquê, mas não contou pra Pamela, havia se entregado a Carlos, agora sofria consigo mesmo achando que o que ele queria era só isso, agora que conseguiu, não quer mais nada.
As férias de Junho já estavam aí, Pamela havia ido viajar a quase duas semanas e nem ligava pra Laura.
Lu:Laura você não vai viajar?
L:Nem tenho pra onde.
Lu:Sei lá, alguma cidade onde more alguém da sua família?
L:A única família que eu tinha era meu pai (triste)
Lu:Se quiser pode ir ficar em casa, podemos assistir filme, comer pipoca e pizza de mussarela
L:Eu adoraria, mas tenho medo de deixar a casa sozinha e esses dias ando meio estranha, com um sono inexplicável, só quero dormir, tudo me cansa.
Lu:Você está comendo?
L:Agora que você está dizendo, não estou comendo nada saudável. (rindo)
Lu:É isso garota, tem que se alimentar bem.
L:Vai ver até coisa estragada ando comendo, porque semana passada vomitei muito.
Lu:Pode ser uma virose!(preocupado) você tem que ver isso.
L:É mesmo.
Lu:Se quiser vou ao médico com você!
L:Não precisa Lucas, a Pamela havia me dito que ia comigo, na verdade quando contei pra ela sobre esses sintomas ela sumiu, nem minhas ligações retornou.
Lu:Vai ver ficou com medo de pegar a virose. (rindo)
L:É pode ter sido isso. Mas vou marcar o médico.
Lu:Pode deixar que vou com você.
L:Assim que eu marcar te aviso o dia. Agora vou indo.
Lu:A noite passo na sua casa pra te fazer companhia tá?
L:Ok. Até mais tarde então.
No mesmo dia Laura havia ligado pra marcar o médico, nem tanto pela insistência de Lucas, mas porque não aguentava mais vomitar.
Laura marcou o médico e já capotou na cama. Só sabia dormir nesses últimos dias.
As 20h00min do mesmo dia
Laura acorda com um barulho na cozinha.
Pensou que pudesse ser Lucas, afinal havia ficado de ir lá mais tarde.
Foi descendo as escadas, o barulho ainda continuava.
L:Lucas?(acendendo as Luzes)
L: Pamela! Que susto! O que foi isso que você jogou pela janela?
P:Umas folhas de papel toalha. (nervosa). Nem vi o lixo aqui do lado.
L:!Onde você esteve nesses dias? Havia até esquecido que você tinha a chave de casa. O que você está fazendo?
P:Então, eu fiquei uns dias na casa da minha tia e ela me ensinou alguns chás pra aqueles sintomas que você estava tendo.
L:Que bom porque não aguento mais esses enjoos, até tontura eu tive essa semana e o Lucas quer porque quer que eu vá o quanto antes ao médico.
P:Não!
L:Ann?
P:Digo, não é necessário, porque esse chá é tiro e queda.
L:Tudo bem então. Quer ajuda?
P:Não, só espere que já esta quase pronto.
Alguns minutos depois...
P:Aqui está amiga, toma que vai te fazer bem.
L:É muito amargo!
Laura saiu correndo entrou no banheiro e jogou tudo pra fora.
P:Tomou?
L:Acho que nem chegou no estômago(limpando a boca)
P:Então bebe mais, vou colocar açúcar pra ficar melhor tá?
L:É, quem sabe ajuda.
Um tempinho depois
P:Pronto, agora esta melhor.
L:Obrigada.
Laura tomou todo o copo.
L:Agora não estava tão amargo. Nossa, vou ligar pro Lucas e dizer pra ele pedir pizza de Calabresa também.
P:O Lucas?(Assustada) O que o Lucas vai fazer?
L:É que daqui a pouco ele está chegando, ele vem dormir aqui hoje, não queria me deixar sozinha e você nem estava na cidade, mas aviso ele e...
P: Não, não é necessário, eu já vou indo, só passei pra te dar esse chá.
L:Mas você não quer mesmo?
P:Não, estou cheia de coisas pra fazer, tchau até outro dia Laura (nervosa)
L:Tchau, mas espera eu te levo até a porta.
P:Não, não precisa. Tchau Laura.
L:Tchau(sem entender)

Já era noite quando Lucas chegou à casa de Laura.
Lu:Laura! Sou eu Lucas, abre a porta se não as pizzas vão esfriar. (gritando do lado de fora da porta)
Lucas estranhou a demora, estava tudo aceso e Laura sabia que ele estava chegando.
Lu:Laura? Você esta aí?(gritando)
No mesmo instante ele ouviu um grito desesperado de Laura.
L:Lucas! Socorro! (gritando)
Lucas não pensou duas vezes e logo foi arrombando a porta
Lu:Laura! Onde você está?
L:Na cozinha! (gritando)
Lucas assim que chegou levou o susto
Lu:Laura, o que aconteceu?
L:Me ajuda...

Laura desmaiou e Lucas a pegou no colo colocou-a no carro, estava confuso, não conseguia pensar no que havia acontecido, Laura estava em uma poça de sangue, caída no chão da cozinha e gritando de dor.
Levou-a ao hospital o mais rápido possível.
Lu:Por favor me ajudem!
Médico: Coloquem-na numa maca.
Lu:Ela vai ficar bem doutor?
Medico: Não posso dizer nada ainda. Vou examiná-la.
Lucas ficou na sala de espera desesperado, o que poderia ter acontecido? Só o medico agora poderia dizer.
Quase uma hora depois.
Médico: Senhor Lucas?
Lu: Aqui! (indo em direção ao médico)
Médico:Senhorita Laura o aguarda no quarto 22.
Lu:Mas o que houve doutor? Ela está bem?
Médico:Ela mesma quer contar para o senhor.
Lu:Quarto 22, estou indo.
Lucas já chegou desesperado.
Lu:Minha amiga como você está? O que houve? Você está se sentindo bem agora? É algo grave?
Laura com lágrimas nos olhos.
L:Lucas, como eu não percebi?
Lu:Percebeu o que?
L:Eu estava grávida! (e caiu no choro)
Lu:Estava?
L:Acabou tudo.(chorando)
Lu:Meu anjo, vem encosta aqui.(a colocando contra seu peito)
L:Eu fui culpada (chorando)
Lu:Para com isso Laura, como você ia saber?
L:É o meu corpo, eu tinha que saber, talvez tivesse tomado mais cuidado.
Médico entrou na sala...
Lu:Ela já vai poder ir hoje?
Médico:Mesmo que fosse um aborto espontâneo você não poderia ir hoje.
L:Como assim se fosse?
Lu:Não foi?
L:O que?
Lu:Laura?
L:Lucas eu não fiz nada.
Médico: Não é isso que os exames apontaram.
L:O Doutor está querendo dizer que..
Médico: Não estou querendo dizer nada, estou dizendo que os exames apontam uma erva usada para provocar aborto em seu sangue.
Lu:Você tomou ou comeu isso Laura?
L:Eu não posso acreditar...(com as mãos na boca, não conseguia parar de chorar)
Lu:O que foi Laura?
L:Pamela!
Lu: O que tem ela?
Laura com muito custo, soluçando de tanto chorar contou o que havia acontecido nas ultimas horas em sua casa.
Lu:Laura, isso que você está me contando é muito grave, por causa dela  você podia ter morrido, perdeu muito sangue e se eu não fosse na sua casa? Deus me livre e guarde o que poderia ter acontecido.
L:Eu vou lá.

Lu:Vai em lugar nenhum, você vai descansar, quanto tempo aproximadamente ela terá que ficar aqui Doutor?

3° O Jogo de uma Vida

Médico:Uns três dias.
L;Eu posso até ficar, mas ela vai ter que me explicar.
Lu:Laura já passou pela sua cabeça que ela podia não saber que você estava grávida, afinal nem você sabia..
L:Ela sabia sim Lucas, eu bem que achei ela meio nervosa. Mas eu vou tirar essa história a limpo.
Lu:Já pensou em o que vai dizer para o Carlos?
L:Na verdade nem tem o que dizer, vou contar pra ele de um filho que já nem existe mais.(chorando)
Lu:Bom, você é quem sabe. Você mais do que ninguém pode decidir isso.
Laura saiu do hospital, mas não teve coragem de ir procurar Carlos, ela era muito inocente, achou que Carlos não havia dado notícias porque não conseguiu falar com ela, ela tinha ficado quase duas semanas na casa de Lucas, ele não deixou Laura ficar sozinha em casa até se recuperar completamente.
Depois dessas semanas Laura decidiu procurar Carlos, afinal de contas não dava pra ignorar.
No caminho...
Quando chegou à casa de Carlos, pensou um bom tempo, tomou coragem e desceu do carro.
Assim que Laura desceu do carro sentiu uma forte tontura e uma dor (não estava bem ainda)
Tocou a campainha (mas ninguém a atendeu, talvez não estivesse funcionando pensou ela, mas a luz do quarto estava acesa).
Quando encostou a mão na porta percebeu que estava aberta.
Num impulso de segundo Laura entrou fechou a porta e foi em direção ao quarto aceso.
Ouviu que Carlos ria compulsivamente.
Pensou que Carlos deveria estar assistindo a um filme talvez, foi chegando e parou na porta.
Foi quando ouviu o mesmo dizer:
C:No fundo eu tenho pena dela.(rindo)
C:Não na verdade, pensando bem eu tenho pena de mim por ter ficado quase um mês sem sexo por causa dela, mas até quem fim pelo menos  uma vez eu consegui o que eu queria. (rindo)
Laura não conseguia ouvir quem estava falando com Carlos, mas sabia que sozinho ele não estava.
Mesmo contendo sua vontade de entrar naquele quarto e meter a mão na cara dele, parou e escutou mais um pouco.
C:Já tava cheio daquela garota, era amor pra cá, amor pra lá, nem sei porque fui aceitar essa aposta, mas eu ganhei, então sou o capitão do time. (comemorando)
...
C:Oque? Você não sabia? A gente transou sim. Mas não foi àquelas coisas não, mas sabe como ela é, ficou toda insegura e de certo já achou que casaríamos, que idiota! (rindo)
Foi quando Laura não aguentou mais, sem se conter empurrou a porta com toda a raiva que estava sentindo.
Quando finalmente viu quem estava com Carlos, não acreditava no que seus olhos viam.
Um silêncio...
L:Pamela? (chorando)
P:Laura eu posso explicar.
L:Explicar o que? Isso não tem explicação! (gritando)
P:Laura...
L:idiota! Idiota! Como eu fui idiota.
P:Laura eu juro que não...
L:Olha como você está? Está nua com o meu namorado! Na verdade com esse cara aí que eu nem quero mais olhar, mas o que mais me decepciona nisso tudo é você, minha amiga, minha melhor amiga ou achei que era. Sua Vagabunda! O problema nem é você ter me traído com esse aí, o pior... (soluçando) foi você ter matado o meu filho! (gritando) Por quê? Por quê?O que eu te fiz?
C.D:Filho? Como assim Pamela?
P:Você não se intrometa Carlos, ela está louca.
P:Você só pode estar louca Laura, do que você está falando?
L:Desgraçada!(E foi pra cima de Pamela)
Laura bateu tanto, mas tanto em Pamela, que não sabia nem descrever de onde veio tanta força.
P:Carlos me ajuda! Seu idiota, ela está louca. Para Laura!
Carlos esperou uns três minutos e segurou Laura, mas já tinha feito um belo estrago em Pamela.
L:Quer saber? Vocês se merecem. Deem as mãos e vão juntos para o inferno!
Laura saiu furiosa, bateu a porta pegou seu carro e saiu, sem rumo, não tinha ideia nem pra onde ela ia, parou em uma praça meio deserta que tinha ao lado de sua escola, desceu do carro e sentou no gramado.
Laura chorava e nesse momento sente uma súbita raiva de si mesma, por ser tão vulnerável, por acreditar fácil demais.
Doía mais do que uma faca em suas costas. E cada vez que lembrava que por culpa desse ato impensado um inocente morreu.
Não conseguia raciocinar ainda, engolir isso tudo de uma vez, queria acordar em seu quarto e perceber que foi tudo apenas um pesadelo.
Foi quando...
Lu:Porque uma moça tão bonita está chorando desse jeito?
L:Quem é que está aí?
Quando olhou melhor, viu que era Lucas que estava sentado um pouco distante.
L: Lucas desculpe, mas não quero ninguém perto de mim agora, aliás, agora e pra sempre.
Lu:Calma Laura, você com certeza não presta atenção em mim, desculpe mas eu estou aqui há horas, bem antes de você chegar, mas você está tão nervosa que nem me percebeu.
L: Então eu já vou indo.
Lu: Laura olha o estado que você está, toma, bebe um pouco desse suco, você está tremendo, tá sentindo alguma coisa?
L:Eu estou bem, na verdade eu vou ficar bem.(nisso Laura desmaia nos braços de Lucas)
Alguns minutos depois.
L:Onde estou?
Lu:Sou eu, Lucas... Não fiz nada, você estava na pracinha e desmaiou te trouxe pra minha casa. Fica tranquila, você está melhor?
L:Preciso ir pra casa.
Lu:Espera você acabou de acordar, ficou desmaiada por meia hora, espera um pouco.
L:Não eu, eu preciso...(e desaba a chorar, chora tanto que até chega a perder o fôlego)
Lu:Laura o que...(nesse momento Laura pula nos braços de Lucas e o abraça)
L:Desculpa, eu nem sei..(foi interrompida)
Lu:As vezes não precisamos explicar, vem cá... (Toma Laura novamente em seus braços)
Lu:Eu imagino o que te deixou nesse estado e se não quiser dizer os detalhes eu respeito,mas chora, chora bastante porque vai te fazer bem e saiba que pode sempre contar comigo, serei seu anjo da guarda a partir de agora, se não se importar é claro. (sorrindo)
Um silêncio...
Lu:Laura?
L:Porque?
Lu:Porque o que?
L:Porque você está fazendo isso?
Lu:Porque não?
Laura ficou sem resposta.
Lu:Porque todo mundo não se preocupa? Zomba? Ri de você?
L:É, todo mundo faz isso.
Lu:Mas eu Lucas, não sou todo mundo.
L:Desculpa, não queria ser grosseira com você, você está sendo tão legal comigo desde quando meu pai morreu, desculpa.
Lu:Não precisa se desculpar.
Ficaram um tempo em silêncio...
Lu:Na verdade gostei de você  por vários motivos. Quer que eu diga?
L:Por favor. (sorrindo)
Lu: Primeiro você é você!
Laura começou a rir.
Lu:Como posso dizer ? Mesmo com todas as coisas chatas e grosseiras que disseram da sua roupa, você não mudou por ninguém!
L:É, isso é mesmo!
Lu: Segundo sinto que você precisa de mim.
L:Ei, pera aí...
Lu: Como eu sinto que vou precisar de você!
L:Desculpa Lucas, mas não estou entendendo.
Lu:Laura, eu sou sozinho assim como você! Meus pais morreram quando eu tinha sete anos num acidente de carro. Morei com minha tia até os dezoito anos, mas ela não gostava de mim e deu graças quando eu atingi a maior idade pra me chutar pra fora daquela casa.
L:Que horror Lucas, mas o que você fez?
Lu:Peguei o pouco que tinha da herança do meu pai e sumi daquela cidade o mais rápido possível, aí cheguei aqui, aluguei um quarto e arrumei um emprego numa mecânica aqui perto. Como isso já faz uns dez meses consegui alugar esta casa. Agora estou estabilizado. (sorrindo)
L:Nossa, não sei se no seu lugar conseguiria isso tudo sozinha.
Lu:Conseguiria sim! Conseguiria sim Laura, sabe por quê? Quando temos um sonho, não importa o quanto sofremos, ele é recompensado quando o realizamos. Não acha? (sorrindo)
L:Na verdade eu tenho um sonho também, mas não sei mais se consigo realizá-lo
Lu:Porque?
L:Porque não sei se tem motivos para realizá-lo, na verdade era um sonho compartilhado, do meu pai e eu, mas agora ele se foi e não tem sentido realizá-lo sozinha
Lu:Você aceita um substituto?
L:Como? (sorrindo)
Lu:Ué, você disse que não tem motivos pra realizar o seu sonho porque você o dividia com o seu pai. Pronto! Problema resolvido divida comigo! (sorrindo)
L:Lucas.
Lu:Se você quiser é claro.
Indo em direção a Laura ficou a sua frente e disse:
Lu:Laura, somos jovens e graças a Deus com uma vida toda pela frente. Chega de sofrer você não acha?
L:É você está certo. A partir de agora começa a construção da nova Laura Rouse Drummond. Chega!
Lu:Ei, menos radical Laura... (rindo)
L:Não sei de que céu te mandaram, mas literalmente você parece um anjo que foi mandado pra me dar essa acordada pra vida. (rindo)
Lu:Então beleza, a partir de agora vamos mudar e viver os nossos sonhos.
Depois disso Laura se sentia muito protegida ao lado de Lucas. Sentia-se até muito vulnerável devido ter acabado de sofrer uma grande decepção com esse negócio de confiar, mas com o Lucas seria diferente, sentia isso.
O tempo passou, como trabalhava em uma oficina mecânica, Lucas levava Laura aos sábados  pra ela matar a saudade de quando ficava com seu pai vendo-o trabalhar.
Mas os últimos meses tinham sidos os melhores da sua a vida, não se sentia tão feliz assim desde quando tinha seus pais vivos.
Agradecia todos os dias por Lucas existir na sua vida. Pamela e Carlos ela via na escola, mas os evitava ao máximo e sempre com a ajuda de Lucas que a deixava melhor.
Dezembro Laura recebeu uma carta dizendo que tudo que havia em seu nome estava hipotecado por dividas de seu pai.
Laura entrou em desespero.
L:Lucas! Lucas? Cadê você? (desesperada)
Lu:Laura o que foi? Porque você está assim?
L:Lê isso, não sei se entendi certo, mas tudo o que meu pai me deixou estava hipotecado?
Lucas leu...
Lu:Minha amiga, pelo que diz aqui é sim. Mas no que seu pai se endividou assim? A casa não é de vocês?
L:Não sei! Ele não me disse que havia comprado nada, mas mesmo que ele tenha comprado agora ele perdeu também não?
Lu:Laura, diz que eles pegando tudo o que está descriminado ali a divida fica quitada, então seja lá o que for que ele comprou foi a única coisa que restou pra você minha amiga.
L:Pai o que o senhor  foi fazer?

Um tempo depois...
Carlos Daniel e Pamela conversam.
C.D:E aí? Deu tudo certo?
P:Deu, vamos hoje a noite, precisamos ir logo antes que a casa vá a leilão.
C.D:Você tem certeza que isso existe mesmo?
P:Eu não sou você, que a única coisa que tirou dessa pateta foi a virgindade, tudo pra que? Ser o capitãozinho de um timinho furreca da escola se toca garoto, é claro que eu tenho.
C.D:Assim que colocarmos a mão naqueles documentos estamos feitos.
No dia em que Pamela foi à casa de Laura levar o tal chá, tinha visto uns documentos caídos atrás do sofá, como sabia que Laura era organizada com essas coisas, julgou que eram desconhecidos por ela, dito e feito, eram documentos de posse de uma empresa já com um grande capital de inicio, era uma mina de ouro, que poderia facilmente ser falsificada porque Carlos tinha “contatos” e podia fazer qualquer pessoa virar o dono. Por isso sem pensar duas vezes o jogou pela janela assim que Laura chegou naquela cozinha.
Não foi preciso muito pra que pudessem pensar quem seriam os donos e não seria Laura.
Conseguiram entrar na casa de Laura, a mesma estava morando com Lucas agora, encontraram os papeis caídos no jardim assim como Pamela julgava estar.

Fim do ano, adeus escola, agora era só focar nos objetivos.
L:Lucas desculpe, deixei a louça de ontem pra você lavar.
Lu:Claro que desculpo, se você lavar a roupa de sexta-feira. (sorrindo)
L:Chantagista você !
Lu: Negócios são negócios, amizade à parte!(rindo)
L:Só você mesmo. (sorrindo)
L:Fim de ano, fim da escola, você na mecânica, eu naquela lanchonete, encostada aqui na tua casa sem ter ideia onde meu pai investiu tudo o que nos restava, será que é esse o nosso destino ein meu amigo?
Lu:Laura,passe o tempo que passar você não muda não é?
L:O que eu fiz agora? (rindo)
Lu:No final de uma grande tempestade existe sempre um lindo arco-íris.

L:Você me acalma Lucas.

4° O Jogo de uma Vida

Lu:Que bom, é essa intenção! (sorrindo)
L:Vou prestar vestibular mais uma vez, quem sabe dessa eu consigo.
Lu:Laurinha, preciso te contar uma coisa
L:O que foi?
Lu:Pega isso e lê. (entregando- a um envelope)
L:O que é isso? (lendo) Você vai embora?(com lágrimas nos olhos)
Lu:Não! Você é quem vai.
L:Como assim?
L:Lucas, não faça isso comigo, eu não estou entendendo nada.
Lu:Presta bem atenção Laurinha, meu patrão gosta muito de mim, é muito rico, ele simplesmente disse que conheceu meus pais e que queria me ajudar. Me deu a faculdade que eu quisesse cursar toda paga em Londres. Mas estou dando o meu presente pra você.
L:Lucas eu não posso aceitar, isso é seu.
Lu:Estou muito magoado .
L:an?
Lu:Minha melhor amiga não aceitou um presente meu. Vou me embora dessa casa, nunca mais vou sair e vou beber tanta coca –cola que meus ossos não aguentarão nem meu próprio peso...
L:Lucas porque você está fazendo isso?  Você tem um sonho a realizar tanto quanto eu.
Lu:Mas nós compartilhamos o mesmo sonho.
L:Então, por isso mesmo, você indo teria o mesmo efeito...e(é interrompida)
Lu:Tenho outros planos aqui, por favor aceite, é com todo o meu coração que te dou este presente.
Algumas semanas depois no aeroporto
L:Obrigada meu amigo, não estaria aqui se não fosse você.
Lu:Sei que isso fará mais efeito em você do que em mim, vai minha amiga e não se preocupe comigo, eu ficarei bem.
L:Juizo ein!
Lu:Pode deixar.
Laura quis Administração, não podia ser diferente, queria assumir uma agência de carros. Cinco anos precisaria ficar longe, mas Deus tinha outros planos pra Laura.
Em quanto isso no Brasil...
Lucas sabia que Manoel o pai de Laura, jamais iria deixar a filha sem nada, iria investigar isso direitinho, contratou um detetive, é Lucas não havia contado tudo a Laura.
Seu patrão havia dado a faculdade paga e mais uma boa quantia em dinheiro pra utilizar lá, ele mandava algo pra Laura enquanto ela não arrumava um estágio, mas o resto ele ficou pra ele, e uma parte usou pra isso, até ele descobrir o que realmente havia acontecido.
Exatamente cinco anos se passou...
No ultimo ano de curso, em um dia comum Laura estava no telefone com Lucas como fazia todos os dias.
Laura não parava de gritar ao telefone.
Lu:Laura calma, assim vou perder meus ouvidos, calma, respira
L:Lucas você não tem ideia do que aconteceu.
Lu:É eu não sei mesmo, tô esperando a Laura me contar, conhece?
L:É já ouvi falar,não é aquela administradora de empresas que aos vinte e três anos conseguiu um emprego numa empresa de computadores em Londres e vai ganhar um salário que equivale a um ano de trabalho numa lanchonete?
Lu:Jura?(todo feliz)
L:Juro!Tô tão feliz, mas tão feliz que estou a ponto de explodir, já começo no próximo mês, mas tem uma coisa.
Lu:o que?
L:Essa empresa não tem uma filial no Brasil. Então vou ficar por aqui mais um pouco, é claro se você não se importar,  te mando ajuda daqui,porque afinal alugamos uma casa maior devido eu ter ido morar com você e...
Lu:Você está biruta? É claro que não!
L: Tudo bem, afinal nem seria justo deixa-lo sozinho todo esse tempo e também...
Lu:Laura existe telefone e internet pra que? E que historia é essa de justo?
L:Lucas?!(surpresa)
Lu:Se eu ver esses teus pezinhos quase europeus aqui no Brasil antes de eu terminar minha surpresa acabo com o teu cabelo!
L:Não poderia esperar menos de você. Então se meu cabelo está em jogo eu fico mais um pouco, mas continuamos nos falando todos os dias tá? E se quiser, pode usar meus cremes!(rindo)
Lu:Não adianta me subornar dona Drummond, vai voltar quando eu  terminar e pronto. A não ser também que algum europeu fisgue você, aí eu tô ferrado, não dá pra analisar teu pretendente tão longe assim. (rindo)
L:Mas que bom que você não ficou chateado Lucas, você é minha única família agora e não quero ficar muito tempo longe de você, se eu ver que não vai ter jeito dessa empresa abrir uma filial no Brasil, ou algo do tipo eu volto pro Brasil.
Lu:Sabe que terá meu apoio pro que decidir não meu anjo?
L:Sei, sei sim e é isso que me conforta .Te amo Lucas.
Lu:Também te amo Laurinha.
L:Bom, então me deixa preparar umas coisas pra mudar de apartamento porque amanhã de manhã tenho que comparecer a empresa pra dar minha resposta e conhecer meu chefe.
Lu:Me conta tudo assim que chegar!
L:Ok, boa noite
Lu:Boa Noite.

No dia seguinte, Laura já estava na empresa Flexystens.
L: Bom dia, meu nome é Laura Drummond eu tenho hora marcada com o senhor Paulo Cortez.
Recepcionista: Sim, aguarde apenas um momento e já te chamo está bem?
L:Sim, sem problemas.
Laura estava muito nervosa, afinal o dono da empresa queria pessoalmente acertar os detalhes com ela e isso a deixou nervosa.
Alguns minutos depois.
R:Srª Laura Drummond?!
L:Sim?
R:Dr° Paulo está ao seu aguardo, primeira sala a esquerda no terceiro andar.
L:Qual é o seu nome?
C:Carla!
L:Tudo bem, muito obrigada dona Carla. (sorrindo)
C:Disponha.
Laura foi contando os passos para a sala indicada.
Quando parou na porta ficou paralisada, não ia nem vinha. Quando do nada, um senhor de uma aparência gentil apareceu na porta com um sorriso no rosto.
P:A senhorita deve ser Laura Drummond! Estou certo?
L:Isso Sr°, sou eu mesmo e o senhor só pode ser o Dr° Paulo Cortez. Certo?
P:Por favor tire o Dr°, isso é coisa da Carla, nem sou médico, não é mesmo?(dando gargalhadas)
Laura riu timidamente.
P:Que indelicadeza minha, a senhorita gostaria de uma água, suco ou café?
L:não obrigada eu estou bem.
P:Então vamos lá senhorita Laura Drummond. (sorrindo)
Paulo Cortez era um homem já de idade já com uns quase 60 anos, possuía muitos bens em Londres, tinha quatro filiais de sua empresa pelo mundo, muito simpático e educado, também muito respeitado pelo resto da empresa, como se ele fosse um tipo de Deus ali dentro.
P:Senhorita Laura existem duas regras que são as mais importantes na minha empresa e também , as únicas. (rindo). É o seguinte.
P: Primeiro, seja você mesma independente do que digam pensem ou achem de você. Enquanto você confiar em mim, confiarei em você, até que você me prove o contrário. (começou a rir novamente)
P: Segundo, como você vai me ajudar na administração, preciso que antes de tudo seja o mais profissional possível, seja em qual assunto for. Tudo bem pra você?
L:Claro.
P:Ficou alguma duvida? Quer pedir algo ou me dizer algo?
L:Sim, na verdade lhe pedir algo.
P:Então pode pedir  senhorita.
L:O Sr° pode tirar o senhorita e me chamar apenas de você?
P:Pode deixar, você não precisa pedir duas vezes. Laura eu costumo dizer que não tenho funcionários aqui, tenho filhos e amigos, então bem vinda à família!
L:Muito obrigada Sr° Paulo.
P:Eu gostei de você minha filha, acho que vamos nos dar bem. (rindo)
L:Bom, quando começo?
P: Eu disse que seria no próximo mês, mas se você puder, pode ser manhã mesmo minha filha, precisamos de você o mais breve possível. (sorrindo)
L:Então esta bem, amanhã mesmo estarei aqui, até logo, foi um prazer.
P:O prazer foi todo meu Laura, te espero amanhã então.
No novo apartamento de Laura assim que chegou, tomou um longo banho, preparou um lanche e logo pegou o telefone.
Lu:Oi Laurinha como você tá?
L:Ótima Lucas! Você nem imagina, o dono de toda essa fortuna, meu patrão, ele é um amor de pessoa, completamente diferente de como eu estava imaginando.
Laura explicou todos os detalhes da conversa com Paulo Cortez.
Lu:Acho que você pode crescer muito nessa empresa.
L:Será Lucas?
Lu:Mas é claro que sim, você ainda tem duvidas disso?!
L:Mas vamos com calma, ainda nem comecei a trabalhar no meu cargo proposto. E esqueci de te contar, ele me parece muito engraçado (rindo) ele da risada de tudo Lucas, você precisava ver, ele dizia uma frase e ria, dizia mais um pouco e ria .
Lu:Na duvida amiga, ria também (rindo)
L:É isso mesmo que eu vou fazer (rindo)
Bom no primeiro dia de trabalho Laura ficou mais observando o ritmo do trabalho, as pessoas as personalidades.
P:E aí? O que achou?
L:Bom, são todos muito simpáticos e acolhedores.
Nesse mesmo instante Jorge entrou na sala.
J:Sr° Paulo, oh me desculpe, não sabia que o Sr° estava ocupado.
P:Não tem problema, não estávamos dizendo nada de importante.
J:Menos mal então. (sorrindo)
P:Deixe me apresentar, esta é a senhorita Laura Drummond, nova auxiliar de administração da empresa.
L:Prazer Sr° Jorge. (o cumprimentando)

J:Encatado.(sorrindo)

5° O Jogo de uma Vida

P:Ei, não deixe minha mais nova funcionaria constrangida. Laura minha filha, este é Jorge Henrique Leal, meu braço direito aqui na empresa, se precisar de ajuda com algo pode pedir pra ele, ele é como se fosse eu, bem mais novo é claro (rindo).
J:Estarei a sua inteira disposição. (beijando sua mão)
L:Vou me lembrar disso.
Os dias iam passando e Laura cada vez mais familiarizada com a empresa, aos poucos estava mais na empresa do que em casa.
E assim se passou aquele ano.
No telefone.
Lu:Jura?! Não acredito e você?
L:Fiquei completamente sem jeito (sorrindo)
Lu:Nossa, Laurinha despertando uma paixão avassaladora do Dr° Jorge, dá uma chance pra ele vai, pela foto de vocês na empresa ele é muito charmoso ein?!
L:Claro que não Lucas.
Lu: E porque não? Não vejo nenhuma argola dourada no dedo dele nesta foto que possa impedir nada meu anjo.
L:Não é isso, é que...
Lu:é o que?
Laura começou a rir.
Lu:Fala logo Laura!
L: Lucas ele é um fofo, mai é como se fosse meu irmão.
Lu:Irmão?!
L:É, um irmão.
Lu:Nossa, mas se você diz, não queremos que ocorra nenhum incesto aqui não é? (rindo)
L:Bom meu querido, vou dormir porque amanhã tenho que ir a casa do Jorge rever umas papeladas. Então preciso acordar cedo pra arrumar essa casa que está uma bagunça.
Lu:Ui, porque na casa do irmão?
L:Porque ele achou melhor e também  porque...(foi interrompida)
Lu:Vamos parar  por aqui, não tem ninguém menor de idade aqui que não saiba que aí tem segundas,  terceiras e até quartas intenções. (rindo)
L:Trabalho Lucas! Apenas isso.
Lu:Sei, num sábado, na casa dele, sozinhos a luz de velas...(rindo)
L:Luz de velas? Claro, vai ter isso sim. (rindo)
Lu:Ah não?! Então vai primeiro depois você me conta... (rindo)
L:Beijo Lucas, tô morrendo de saudades.
Lu:Também meu anjo, beijo e juízo viu!?
L:Pode deixar.

No dia seguinte (Sábado)18 h
Laura vai à casa de Jorge, estava indo com a cabeça cheia de novos projetos, mas a cabeça de Jorge está igual ou até mais ao que Lucas havia dito na noite anterior pelo telefone.
J:Nossa Laura, você está linda, aliás, como sempre.
L: Jorge não é pra tanto.
J:Na verdade você fica linda de qualquer jeito.
Laura realmente era linda, despertava olhares maliciosos por toda a empresa, mas ela estava sempre focada no trabalho, então como se houvesse um escudo, automaticamente já ignorava essas “olhadas”.
L:Então Jorge, eu trouxe varias..(ela parou de falar)
J:Laura? O que foi?
L:Não sei se é somente impressão, mas...
J:o que?
L:Tô sentindo um cheiro de queimado, você não está?
J: Meu Deus...
L:Jorge o que foi?
(voltando a sala com uma panela esfumaçando na mão)
J: Laura, nosso jantar já era.
L:Jantar?! (rindo) você estava preparando isso sozinho?
J:Olha só, agora vou pedir uma pizza pra gente.
L:Jorge não precisa...
J:Pra comermos enquanto analisamos uns relatórios que trouxe da empresa.
L:Bem, você é quem sabe.
Nisso Laura foi olhando a sala de Jorge quando parou no meio da sala e ficou vermelha.
Olhou pra Jorge que estava no telefone pedindo a pizza, tentou se conter ao máximo, mas não conseguiu, foi mais forte que ela.
J:Laura, a pizza chega em quarenta minutos, enquanto isso, quer beber alguma coisa?
( Com a mão na boca fez um gesto de que não com a cabeça).
J:Tem certeza ? Um vinho? Refrigerante? Suco ou água?
J:Laura o que foi? Você esta vermelha.
E Laura sem se conter soltou uma alta gargalhada.
L:Me desculpe.
J: O que foi? (sem entender)
L:Nada não, é que acabo de lembrar de uma situação parecida, com essa coisa de queimar o jantar, sabe?(tentando disfarçar)
Nisso Jorge se aproxima...
J:Gostou da mesa que preparei pra gente?
L:Ia perguntar agora mesmo o que são aquelas velas em cima da mesa.
(Lembrando logo de Lucas dizendo que iria ter até velas)
J:Você não gostou?
L:Pelo contrario, mas é que...(indo em direção a mesa) Agora não vamos precisar dela não é? (dizendo isso apagou as velas num sopro)
J:Você tem razão (sorrindo) Mas enquanto esperamos a pizza, vou buscar um vinho e...
L:Não! Vamos mexer na papelada da empresa, afinal é pra isso que estou aqui e também preciso voltar cedo pra casa.
J:Esta bem se você não quer, mas eu quero, então me espera um pouco já volto.
L:Então vou lendo os relatórios enquanto isso.
Jorge voltou com um vinho e duas taças.
L:Te disse que não vou beber.
J:Mas se você mudar de ideia a taça já estará aqui. (Sorrindo)
L:Então esta bem, já se acomodou? Pegou tudo que queria pegar? Podemos enfim começar?
J:Me desculpe, claro que sim.
L:Então tá.
(Laura explica sua conclusão dos quatros relatórios que já havia lido sobre os lucros pra Jorge)
Alguns minutos depois.
L:Então você não concorda comigo Jorge?
(Jorge já havia tomado quase a garrafa toda).
J:Em que?
L:Você estava prestando atenção em mim?
J:E teria como não prestar atenção em você Laura?! (se aproximando)
L:Jorge por favor (afastando o rosto)
J:Desculpe, vamos continuar, prometo que vou me comportar, embora esse teu cheiro esteja me alucinando.
L:Jorge os valores não batem!
J:Oque você quer dizer?
L:Não quero dizer nada, quero que você veja isso.
(Quando Jorge pegou o relatório na mão, a campainha tocou).
J:Deve ser a pizza, já volto.
(Nisso Laura continuou verificando os relatórios)
Jorge voltou com a pizza.
L:Nossa, o cheiro está muito bom.
J:Espero que goste de pizza de mussarela.
L:Tá brincando? É a minha predileta.
J:Sai um pouco dessa mesa, vem aqui comigo.
L:Já que não vai ter jeito, vou pegar pratos e já volto.
Alguns minutos depois, Laura voltou com os pratos.
L:Acho que agora vou aceitar o vinho.
J: Viu só? Adivinhei que você ia querer mais tarde.
E assim o tempo passou, sem Laura nem se dar conta se passou mais de uma hora e meia, haviam esquecido os relatórios e estavam bebendo vinho, no fundo Laura estava um pouco carente, teve alguns casos em Londres, mas nada sério, como também já estava um pouco (alteradinha) começou a entrar no jogo de Jorge.
J:Não me diga, sério que você também não gosta de que falem muito enquanto fica com alguém?
L:Claro, acho que a conversa é antes, mas depois que o beijo acontece, pra que ficar falando? Não concorda?
J:É, concordo plenamente, mas o difícil é acontecer o beijo.(se aproximando de Laura novamente)
L:Eu não acho.
J:Não?(chegando mais perto).
L:Não, acho que o que falta (sussurrando) é o momento.
Nesse instante os lábios de Laura encaixam-se nos de Jorge que logo colocou sua mão direita entre a nuca e os cabelos de Laura, com a esquerda a segurou pela cintura, foi deitando-a sobre o sofá, a boca de Jorge foi descendo sobre o pescoço de Laura, a respiração de ambos foi ficando ofegante, Jorge colocou a mão na coxa de Laura, já não se contendo ela foi erguendo a camisa de Jorge, mas como em um impulso Laura afastou Jorge e levantou-se do sofá.
J:O que foi Laura? Foi alguma coisa que eu fiz? Desculpe-me se fui apresado.
L:Não ,não foi isso, acho que nos deixamos levar pelo animo do vinho. Acho melhor eu ir pra casa. (sorrindo)
J:Calma Laura, ainda faltam alguns papéis para vermos e também, por favor fica mais um pouco vai? Te levo pra casa.
L:Não é necessário, estou com meu carro, já esta tarde, nos vemos e terminamos esses papeis que ficaram segunda-feira na empresa, está bem?
J:Se não tem outro jeito, tudo bem.
L:Então tchau. Boa Noite
J:Te levo até a porta.
Já na porta, em frente um do outro.
J:Bem então tchau (indo em direção a boca de Laura)
L:Tchau, até segunda-feira.(virando a bochecha)
Laura seguiu pra casa e foi logo tomar uma banho, em seguida deitou-se na cama, mas não conseguia dormir, embora tivesse bebido um pouco não foi nada que a fizesse agir por impulso daquele jeito, então o que estava tirando o sono é que quis beijar Jorge, mas não queria querer isso. Mas não mandamos no coração.
E Laura passou uma semana nessa tortura, evitando Jorge .

Na empresa...
L:Bom dia Carla!

C:Bom dia senhorita Laura.

6° O Jogo de uma Vida

L: Jorge já chegou?
C:Chegou sim, está na sala dele, quer eu o avise algo?
L:Não é preciso, eu vou até lá. Obrigada Carla. (sorrindo)
C:Disponha, se precisar de algo é só pedir.
Na sala de Jorge
L:Posso entrar?
J:Oi Laura, mas é claro, quem é vivo sempre aparece. (sorrindo) Tava sentindo a sua falta.
Laura foi até a mesa de Jorge, ele levantou, ficaram em silêncio por um minuto até que resolveram falar.
J e L:Quanto aquele...
L:Desculpe, pode falar primeiro. (sorrindo)
J:Não, diz você.
J e L:É que...
Olharam-se por um instante.
L:Foi um erro.
J:O que?
L:Aquele beijo.
J:Erro? E posso saber por quê?
L:Por que você é praticamente meu chefe e também seria complicado.
J:Não acho.
L:Que seja complicado?
J:Que eu seja seu chefe.
L:Mas mesmo assim.
J:E mesmo que eu fosse.
(Jorge foi dando a volta na mesa e passou por Laura, foi até a porta e trancou-a).
L:Jorge, não.
J:Não o que?! Não fiz nada... (parando em frente à Laura)
Laura se jogou nos braços de Jorge e logo o beijou com fervor, ele logo a ergueu em cima da mesa, ela envolveu sua pernas na cintura dele, a situação foi esquentando, quando por fim ele ergueu a saia de Laura, no mesmo instante ela lembra que está em seu local de trabalho e o afastou.
J:Você não vai fazer isso comigo Laura, isso é pecado (tentando segurá-la um pouco mais em seus braços)
L:não, não, não (saindo dos braços dele, embora fosse muito tentador ficar neles)
J:Porque?
L:Aqui é meu trabalho, não posso por meu emprego em risco.
J:Calma, eu sou o braço direito do Sr° Paulo, fica tranquila.
L:Você acabou de me dizer que nem se considera meu chefe, então isso não muda nada.
J:Não...
L:Mas...(com um olhar provocador) você pode me visitar hoje (segurando a gravata dele e a puxando para si) especificamente no meu quarto, ein?(chegando perto de seus lábios praticamente chamando os delas) o que você acha? Prometo que compenso essa interrompida, hum? (provocando-o)
J:Não sei ...(a agarrando pela cintura)
L:Não sabe?(chateada)
J:É ...(dando um selinho)não sei se consigo esperar até a noite.(sorrindo)
L:Já estava imaginando que...
J:Você imagina demais meu anjo (e deu um beijo que fez Laura flutuar)
L:Mas agora preciso trabalhar (saindo de seus braços dele e indo em direção a porta)
J:Bom, então até hoje à noite.
L:Engraçadinho, cadê a chave?
J:Só dou se me der mais um beijo. (a provocando)
L:É assim? Então tudo bem.
Laura foi chegando perto de Jorge, colocou a mão em sua nuca e com muita sedução foi encaixando a perna entre as pernas dele. Colocou a mão nas costas dele, foi aproximando a boca, a mão descendo mais, até que ela saiu e foi em direção à porta e a abriu.
J:Isso não é justo, você vai ver só mais tarde. (sorrindo)
L:Vou esperar. (sorrindo)
J:Pode esperar.
Fim do expediente. Laura estava em casa com um belo vinho em cima da mesa e um pequeno jantar no forno. Mas é claro, neste momento Laura estava onde? É mesmo, Ao telefone.
Lu:Não te disse que isso ia dar mais pano pra manga?
L:Não tinha planejado isso, ele é praticamente meu chefe isso é complicado.
Lu:Não acho.
L:Que ele seja meu chefe?
Lu:Não, que seja complicado.
Laura riu.
Lu:O que foi?
L:Nada.
Lu:Vem cá, você vai sair com ele hoje?
L:Então... (rindo)
Lu:Garanto que ele vai colocar velas de novo, que coisa mais antiga(rindo)
L: Sério?
Lu:Mas é claro, porque? Não me diga que você pensou em colocar isso em um jantar de vocês? (rindo)
L:Não, não, claro que não (já assoprando as velas da mesa)
A campainha tocou.
L:Lucas vou ter que desligar, acho que é o Jorge, ele vem jantar aqui.
Lu: Olha só! Aproveita e juízo meu anjo, você merece.
L:Pode deixar (rindo)
L e Lu:Tchau.
Assim que Laura abriu a porta.
L:Boa noite cavalheiro.
J:Boa noite amor (já agarrado Laura pela cintura)
L:Me desculpe,mas estou aguardando alguém para um jantar, não posso corresponde-lo
J:É? Ele é um cara muito sortudo. (Sorrindo)
L:É de fato.
J:Mas talvez ele não perceba que eu te roubei um beijo.
Dizendo isso Jorge ergueu Laura nos braços, ela entrelaçou as pernas em sua cintura e começou um longo e delicioso beijo, Laura o desejava de tal maneira que até nem a estava reconhecendo, ele a deitou no sofá e colocou as mãos nas costas de seu vestido, foi abaixando o zíper, foi beijando os ombros, descendo a boca até o colo de Laura e assim foi beijando o corpo todo, levando Laura à loucura, num impulso o virou e como estavam no sofá caíram no tapete felpudo da sala. Ela subiu em cima dele e gemeu sussurrando aos ouvidos de Jorge um som indescritível de tanto prazer e assim continuaram até chegarem ao máximo de prazer.

Um tempo depois...
J:Nossa. (ofegante)
L:Nossa uau(ofegante)
Jorge colocou Laura em seus braços.
J:você é perfeita!
L:Para vai.(sem graça)
 J:Na verdade, acho que quero ter você sempre perto de mim.
L:Você já me tem sempre perto de você.
J:Mas não desse jeito. (rindo)
L:Podemos providenciar isso com o tempo. (sorrindo)
J:Isso já é um bom começo. (rindo)
Ficaram abraçadinhos ali no tapete felpudo por horas, só saíram mesmo quando a fome apertou, estavam se conhecendo melhor, então conversaram tanto e tão naturalmente que nem se deram conta do tempo.
E assim se passou uns meses, Laura e Jorge estavam namorando, mas escondido, ela não queria passar uma má impressão ao Sr° Paulo.
Estavam Laura e Jorge na sala dele, trancados no maior amasso, quando...
C:Senhor Jorge!? (batendo a porta) a senhorita Laura está com o senhor? O Dr° Paulo quer vê-la.
Laura não gostava de namorar no trabalho, mas às vezes ia entregar alguns relatórios na sala do Jorge e ele acabava a agarrando, a colocando contra parede, em cima da mesa, em seu colo, enfim, coisas como essa que Laura acabava não resistindo e este foi um dia.
L:Ainda bem Carla que é você! (gritando)
C:O que foi senhorita Laura? (nervosa)
L:Socorro! (gritando)
J:O que você está fazendo Laura?(repreendendo a namorada)
L:Olhe e aprenda. (sorrindo)
C:Senhorita Laura?! Dr. Jorge o que está acontecendo?
L:Carla minha querida, depressa, arrume um chaveiro, a porta emperrou e não conseguimos abrir. Estou apavorada, não suporto lugares fechados.
C:Porque o senhor não me bipou Dr°Jorge?
J:Porque agora que a senhorita Laura ia sair e percebemos que não abre, mas você já chegou (sem entender)então depressa, chame um chaveiro logo mulher.
C:Aguardem mais um pouco, já volto com ajuda.
J:O que foi isso Laura?
L:Você está doido? O que a Carla iria pensar? Nós dois aqui trancados há essa hora?
J:Ia pensar que você estava sentada na minha mesa com as pernas na minha cintura e a gente num maior pega, quase virando um sexo inesquecível (sorrindo)
L:Para com isso (dando um selinho)o que o senhor Paulo iria imaginar de mim?
J:Relaxa meu amor, isso não vai mais acontecer tá?Aqui na empresa é claro. (rindo)
L:Seu bobo (dando mais um beijo nele)
Alguns minutos depois na sala do senhor Paulo...
L:Me desculpe pela demora senhor Paulo, tive um pequeno imprevisto, a Carla disse que o senhor queria falara comigo?!
P:Foi o Jorge não é?
L:O que?(assustada)
P:Você e o Jorge.
L:O que tem a gente?(já apavorada)
P:Vocês ficaram presos na sala dele não foi?
L:Ah (aliviada) claro, isso.
P:Como?
L:Foi isso sim, nossa, ainda bem que a Carla foi rápida, já ia ficar desesperada.
P:Sem dizer que a senhorita estava correndo risco de vida..
L:Porque?
P:O Jorge podia te atacar. (dando uma alta gargalhada)
L:É (meio sem jeito mas achando graça do jeito do Senhor Paulo)
P:Bom minha filha e aí? Como foi sua analise?
L:Como foi o que?
P:Laura?
L:Sim?
P:Os relatórios? O que você acha? Que conclusão você chegou? Afinal já passaram vários meses que você está analisando-os.
L:A sim os relatórios, bom senhor Paulo, nenhum deles está batendo.
P:E?
L:Me desculpe dizer isso assim senhor Paulo, mas não tenho como ser mais simples. Nenhum dos valores que está saindo como investimento pra Grécia está voltando como lucro.
P:Ainda não entendo minha filha.
L:Senhor Paulo, está saindo mais do que o necessário para os contratos na Grécia e voltando menos do que é o lucro estimado.
P:Então você está querendo me dizer que está sendo desviado dinheiro da empresa?! Que eu estou sendo roubado debaixo do meu nariz!? (gritando) Como você está dizendo isso menina?! (muito exaltado)
L:Sr° Paulo, estou baseando nos relatórios que o Senhor me deu e...
P:Você está mentindo, como fui contratar uma criança pra cuidar disso? É a mesma coisa de me chamar de burro! Onde estava meu juízo?
L:Senhor Paulo, se o senhor quiser posso rever os relatórios. (já com os olhos vermelhos)
P:Não quero que você veja nada menina.
L:Posso explicar para o senhor porque cheguei a essa conclusão.
P: Demitida!
L:O que? (gaguejando)
P:Sai imediatamente dessa empresa senhorita Laura.
L:Senhor Paulo.
P:Sai! Como você pode simplesmente vir e me dizer que estou fazendo papel de idiota? Que estão me roubando!
L:Senhor Paulo, não faz isso comigo, preciso desse emprego.
P:Você jogou seu emprego quando levantou uma falsa acusação!
L:Sr° Paulo!(firme) O senhor me pediu para que eu fosse acima de qualquer coisa profissional não foi?
P:Mas isso.
L:Isso é a verdade, agora se o senhor que me demitir por isso, me desculpe, mas o senhor é a única pessoa que não vai estar sendo profissional aqui (gritando)
Ficou um silêncio na sala...
P:Me desculpe, estou fora de mim minha filha, é que se isso realmente for exato, estou sendo apunhalado pelas costas.
L:Sr° Paulo eu entendo, mas tudo bem(brava) eu vou fazer minhas coisas.(saindo)
P:Espera senhorita Laura.
P:Não pode ser, não pode ser, isso é um prejuízo de aproximadamente quanto ?
L:Senhor Paulo baseando nos anos que o senhor tem essa filial na Grécia, aproximadamente  mais de 1 bilhão e meio.
P:Meu Deus estou praticamente afundando esta em Londres sem nem saber. Se não fosse você, talvez só soubesse quando tivéssemos que fechar as portas.
L:Senhor Paulo? O Senhor está bem?
P: Eu...
L:Meu Deus (correndo em direção ao senhor Paulo)
P:Chame a Carla (gaguejando)
Laura rapidamente pegou o telefone e bipou Carla.
C:Sim Dr° Paulo?
L:Carla sou eu Laura!
C:Senhorita Laura?
L:Corre aqui pra sala do Senhor Paulo, ele não está bem.
C:Meu Deus já estou indo.

Desligaram o bip.

7° O Jogo de uma Vida

L:Vou chamar uma ambulância o senhor está respirando com dificuldade (Senhor Paulo segurou a mão de Laura)
P:Não precisa minha filha.
L:Mas o senhor...
P:Fica calma, eu vou ficar bem (respirando com dificuldade)
Carla muito calma foi até a gaveta da mesa do Sr. Paulo pegou alguns comprimidos e levou até ele.
C:O senhor sabe que não pode se exaltar! E sem dizer que quase matou a senhorita Laura de susto.
L:Na verdade ainda estou sem entender nada, o que foi isso? Realmente não é necessário levá-lo até um hospital Carla?
C:Não, não é necessário, a senhorita  se acalme porque isso acontece por causa...
P:Da idade minha filha, sabe como é, não pode nem expressar nada que já está passando mal! (olhando meio bravo para Carla por quase dizer uma coisa tão pessoal)
L:Tudo bem mesmo?
P:Sou forte como um touro.
L:Isso não quer dizer nada Sr° Paulo. (triste lembrando-se de seu pai)
P: Como?
L:Deixa pra lá, bom se está tudo bem sobre aquele assunto dos relatórios, o senhor faz o que achar melhor, vou indo arrumar minhas coisas, passo aqui antes de ir pra dar baixa na carteira.
P:Senhorita Laura, espere por favor!
Laura já estava chegando à porta e virou-se para senhor Paulo.
P:Carla, pode nos dar licença por um instante?
C:Claro, se precisar de algo é só me chamar.
Quando Carla estava chegando à porta.
P:Carla eu não quero ser interrompido por ninguém, por favor.
C:Está bem.
Laura estava estranhando.
P:Senhorita Laura sente-se por favor.
Laura sentou-se, já desconfiava o que Sr. Paulo disse tudo aquilo de cabeça quente, que não iria demiti-la, mas queria ouvir isso da boca dele.
P:Laura me desculpe minha filha, fui um estúpido.(com vergonha)
L:Sr° Paulo não precisa se desculpar, isso acontece.
P:Não, isso não acontece.
L:Senhor...
P:Ouça minha filha, mesmo que eu tenha todos os motivos do mundo para querer matar alguém, esse alguém jamais pode ser você, se não fosse você, nunca saberia disso nunca e mesmo você tendo um romance com o Jorge não me deixou de dizer isso e...
L:Sr° Paulo?
P:Minha filha sou velho mas não estou gaga ainda (sorrindo) conheço meu braço direito, sabia que as investidas dele acabariam dando certo, mas isso não vem ao caso.
L:O senhor saiba que dentro da empresa isso...
P:Minha filha, não se preocupe com isso, isso realmente não vem ao caso.
L:Não entendo o porque o senhor não quis acreditar.
P:Porque é conveniente não acreditar do que aceitar a realidade, senhorita Laura, quero que me perdoe do fundo do coração e entendo que se a senhorita não aceitar minhas desculpas e até quiser sair desta empresa, vou te entender, ninguém pode aguentar um chefe com uma cabeça tão despreparada.(sorrindo sem jeito)
L:Sr° Paulo, é claro que desculpo, afinal entendo o senhor, um prejuízo deste porte é realmente de fazer qualquer um perder a cabeça, não se preocupe com isso.
P:É que fui tão estúpido e a senhorita tentando só me ajudar.
L:Oque? Quem foi estúpido? Nem me lembro de nada. (sorrindo)
P:Minha filha você é uma benção (sorrindo)
Os dois ficaram em silêncio.
P:Senhorita Laura?
L:Sim?
P:A Senhorita aceita se casar comigo?!
L:Sr° Paulo?! (assustada) Acho que eu entendi errado, na verdade acho que... Quem é você e o que você fez com o Sr° Paulo? (muito assustada)
P:Te assustei não é minha filha?
L:Na verdade estou muito assustada, que brincadeira foi essa? Meu Deus por um momento até achei que o Sr° estava falando sério...
P:É sério!
L:Sr° Paulo, eu já disse para o senhor que nem lembro mais das grosserias de agora pouco, relaxa, está tudo bem. (como se estivesse falando com uma criança pausadamente).
P:Minha filha ouça.
L:Desculpe-me senhor Paulo, não à necessidade de nos casarmos para provar que já esqueci o ocorrido de agora a pouco. (meio com medo)
P:Minha querida, sente-se aqui.(apontando para a cadeira em frente sua mesa)vou lhe explicar antes que você saia correndo daqui gritando que sou um tarado velho babão(rindo)
Laura começou a rir, na verdade ria mais da risada de seu chefe do que da própria piada em si.
L:Está bem Sr° Paulo, pode me explicar,com o perdão da palavra esse surto?
P:Primeiro, estou encrencado com esse desfalque na filial da Grécia, segundo, preciso de uma mulher inteligente e mais que tudo jovem para continuar meu projeto e...( foi interrompido)
L:Sr° Paulo me desculpe, mas primeiro, não tenho dinheiro para ajudar no desfalque da Grécia, segundo que projeto?
P:Eu estou morrendo.(quase como um sussurro)
L:O que?(não acreditando em seus ouvidos)
P:Isso mesmo, estou com uma doença muito rara no meu coração e não tem cura, por isso preciso de alguém que possa dar continuidade nisso tudo que eu conquistei!
L:E o senhor acha que esse alguém sou eu?! (sem entender)
P:Isso mesmo, não que eu seja um velho babão e queira ter um garotinha na minha cama, você é como uma filha e ninguém melhor para cuidar do patrimônio do pai do que uma filha(sorrindo)
L:Porque?
P:Porque você é inteligente, honesta, amiga, gostei de você e porque eu quero que seja você a herdar isso tudo quando eu me for e ponto.
L:Sr° Paulo, faz um ano e pouco ainda que estou aqui, o senhor já tem certeza disso tudo?
P:Sim(todo feliz) um exemplo, é que mesmo você tendo um romance com o Jorge não me deixou de dizer sobre essa catástrofe na Grécia.
L:Como assim?(confusa) como assim mesmo tendo um romance com o Jorge? Não entendi a conclusão, o que tem haver com a Grécia? Minha cabeça dói e... Meu Deus, eu não posso acreditar... (caindo em si)
P:Entendeu? Jorge é meu braço direito, responsável por todos os meus contratos fechados e...
L:Responsavél por esse desfalque. (incrédula)
P:Mas calma, sobre o meu pedido, sei que é mesmo meio torto e inesperado, então você terá o tempo que precisar para me responder esta...
L:Mas senhor Paulo eu...
P:O tempo que precisar, não precisa agora.
Mesmo sabendo que sua resposta ainda seria a mesma, aceitou esperar.
L:EstÁ bem senhor Paulo, mas não prometo nada e também quero que independente da minha resposta, nada mude entre nós, eu gosto muito do senhor. (sorrindo)
No mesmo dia no telefone...
Lu:O que? (com a cara no chão)
L:Pode acreditar, não estou vendo sua cara, mas pode apostar que foi a mesma que eu fiz quando ouvi isso.
Lu:Laurinha do céu, o que você vai fazer agora?
L:Como assim o que eu vou fazer? Nada é claro, tenho 24 anos não vou me casar com o senhor Paulo só porque ele acha que eu sou a solução dos problemas dele.
Lu:Laura não estou dizendo sobre isso.
L:Claro...
Lu:Isso mesmo.
L:Jorge.

No dia seguinte...
C:Bom dia senhorita Laura.
L:Bom dia Carla, o senhor Jorge está na sala dele?
C:Não,o senhor Jorge viajou ontem a noite para a Grécia a negócios.
L:Sim e o Sr° Paulo?
C:Está na sala dele, quer que eu o chame?
L:Não é necessário, eu mesma vou até a sala dele, obrigada.

Na sala da presidência.
L:Com licença? (entrando na sala)
P:Bom dia minha filha,como você está?(indo em direção a ela)
L:Bom dia Sr° Paulo (dando um abraço nele)
P:Já soube que Jorge viajou?
L:É, a Carla acabou de me dizer.
P:Está triste?
L:Eu? Porque estaria? Claro que não, não mesmo.
P:Afinal de contas ele não sabe que você e eu sabemos que o responsável por esse desfalque é ele.
E também vocês estão começando algo mais... Chegados?
L:Disse errado senhor Paulo, nós “estávamos”, mas acho que agora não consigo nem trocar um palavra com ele, como ele pode fazer isso? O senhor confiou nele.
P:Não minha filha, espere, veja o que ele tem a te dizer, vamos ver o que ele tem a dizer disso, se ele vai fingir que você não disse nada quando falar sobre os valores não baterem ou ele já vai tentar uma explicação e pense que isso não tem nada a ver com vocês.
L:Senhor Paulo, não sei se consigo fingir que ainda não sei de nada pra ver se ele conta, minha cara entrega.(triste)
P:Você é quem sabe, foi apenas uma ideia.
L:Vou pensar nisso.
Passou-se uma semana, Jorge voltou de viagem e já foi logo à sala de Laura.
J:Oi meu amor (indo em direção a ela)
L:Voltou agora?(se desviando)
J:Sim e estou morrendo de saudades de você (estranhando Laura) ei amor, o que você tem?
L:Eu? Nada, por quê?
J:Você está se desviando de mim.
L:Eu te disse que aqui não, é o nosso local de trabalho.
J:Está bem então, vamos sair hoje?
L: Jorge, não vai dar o senhor Paulo me deu uns relatórios para analisar (jogando um verde) sobre a filial na Grécia.
J: (Nervoso) Por quê? Já fui lá esta semana justamente para resolver uns assuntos pendentes.
L:Não sei Jorge, ele quer que eu verifique, irei verificar.

J:Bom, passei só pra entregar uns documentos ao senhor Paulo e te ver, afinal uma semana longe de você é uma eternidade.

8° O Jogo de uma Vida

Laura sorriu sem graça.
Ela não suportava mais nem olhar para a cara de Jorge, como ele pode ser tão sínico? Tanto com ela que bem ou mal gostava dele, como também  para o senhor Paulo que confiava plenamente nele a ponto de deixar ele comandar uma filial em outro país sozinho.
Laura terminou o expediente e foi até a sala do senhor Paulo.
L:Posso entrar?
P:Claro que sim minha filha, por hoje chega?
L:É, o dia foi cansativo mas por hoje chega, agora é banho e cama(sorrindo)
P:Dormir, coisa muito boa depois de um dia como esse.
L:Sr° Paulo a respeito do Jorge, estou fazendo isso pelo senhor, não consigo se quer ficar muito tempo com ele, mas vou ver se descubro algo mais.
P:Minha filha, você é quem decide isso, só estou vendo com o meu advogado o que serviria como prova contra ele neste assunto.
L:Entendo, já vou indo, bom descanso para  senhor e até amanhã.
P:Igualmente minha filha, até amanhã.
Laura está no estacionamento procurando as chaves do carro quando Jorge se aproxima e a agarra por traz dando beijinhos no pescoço..
L:Para Jorge.
J:Amor, já estamos fora do trabalho.
L: É que, tem câmeras aqui! Imagina só todo mundo com uma cara pra gente amanhã? Não, eu não quero isso. (tentando achar uma desculpa)
J:Está bem, só porque você está fazendo isso comigo me deixando até agora sem nenhum beijinho eu é que vou dirigir (já com as chaves do carro de Laura nas mãos)
L:Jorge o que é isso? Preciso ir pra casa.
J:E quem disse que você não vai?
L:Você sabe que eu é que dirijo o meu carro!(mexa com Laura mais não mexa no seu carro)
J:Vou cuidar muito bem dele meu amor.
Sem muito concordar, Laura entrou no carro e foi.
No meio do caminho percebeu que não estava indo pra casa e já foi começou a ficar nervosa.
L:Jorge! Eu te disse que preciso ir pra casa.
J:Calma Laura, você vai pra outro lugar agora porque você foi uma garotinha muito malvada (a fitou com olhos que Laura nunca tinha visto em ninguém) mas depois posso te levar, só depende de você.
Laura entrou em desespero, ia se saber o que estava passando na cabeça dele.
L:Para esse carro Jorge!
J:Você está com medo de mim meu amor? Não vou te machucar (apertando as bochechas de Laura)
L:Jorge(já nervosa)me leva pra casa, por favor.
J:Levo, levo sim, mas antes vamos dar uma voltinha, estou com saudades de você.
Laura num momento de desespero abriu a porta do carro mesmo em movimento, ia se jogar, mas Jorge foi mais rápido que ela e a segurou pelo braço, quase bateram o carro nessa hora, a puxou rapidamente e fechou a porta.
Muito nervoso Jorge encostou o carro a segurou pelo cabelo e gritou.

J:Chega! Parou essa palhaçada, amor, se você não se comportar não vou te levar pra casa, está bem?Agora vem comigo quietinha.
L:Você está louco! (aos prantos)
J:Estou vendo que você não vai colaborar amor, então tchauzinho.
Nisso Jorge colocou um pano no nariz de Laura, um cheiro tão forte que bastou apenas alguns segundos pra Laura perder completamente todos os sentidos.

No Brasil...
Lu:Pronto, esses são os documentos verdadeiros!
Um Homem moreno, alto, de uma aparência séria, estatura média, esse era Leonardo Rodrigues. Lucas havia contratado esse advogado para ver o que o senhor Manoel havia feito com a herança que era pra ter deixado para Laura. Não poderia ter deixado Laura sem nada, descobriu sobre Carlos e Pamela, então logo foi ver o que podia fazer para conseguir isso de volta.
Contratou uma menina para trabalhar na casa deles, sabia que Carlos não era suficientemente inteligente a ponto de destruir os documentos verdadeiros, então não demorou muito para a moça encontra-los.
Leonardo: Senhor Lucas, desculpe minha indiscrição, mas pode me dizer como você conseguiu esses documentos?
Lu:Desculpe Doutor, mas por enquanto é segredo.
Leonardo: O Senhor sabe que isso pode demorar algum tempo, até mesmo anos para que possam ser punidos.
Lu:Pode levar dez ou até vinte anos, mas eles tem que ser punidos.
Leonardo: Bom, se é assim então vou estudar melhor tudo isso, vou entrar com a papelada do processo.
Lu:Obrigada Doutor Leonardo.
Leonardo: Então até.
Voltando para Londres... Em um lugar afastado.
Jorge amordaçou Laura e a levou para um lugar muito deserto, numa cabana de madeira com apenas um quarto, um banheiro e um cozinha, estava em um colchão que minha nossa, sem dizer que vinha um cheiro muito forte do lugar que não se dava para distinguir.
Laura foi abrindo os olhos, percebeu que já era quase de dia e que estava sentada num colchão imundo, num lugar estranho, amarrada e amordaçada, Laura entrou em desespero e começou a se debater.  Jorge apareceu sorridente e com um olhar muito estranho, foi nessa hora que Laura teve certeza de que aquele homem que estava em pé a sua frente, não era o homem que conhecera e se envolvera.
J:Nossa amor achei que você não iria acordar hoje.
L:Onde estou? Porque você me amarrou? O que você quer de mim? Porque está fazendo isso Jorge?
J:Quantas perguntas de uma vez, primeiro bom dia? Você quer comer alguma coisa meu amor?
L:Eu quero ir pra casa, me solta, me deixe ir pra casa. Por favor.
J:Você acha mesmo que depois de arruinar meus planos você vai ficar assim? Como se não tivesse feito nada? Você quer o meu lugar não é sua vagabunda!?
Laura não dizia nada apenas soluçava, estava com medo, Jorge estava muito nervoso.
J:Responda sua vadia!(Jorge deu um tapa na cara de Laura)
Laura compulsivamente começou a chorar, percebeu que sua boca sangrava, ele grudou em seus cabelos e a puxou para traz. Laura apenas chorava e sentia muita dor.
L:Não é isso, você está completamente louco, eu só fiz o meu trabalho.
J:Ainda bem que pelo menos você é gostosinha e eu aproveitei, porque você vai parar a sete palmos a baixo da terra, assim que eu completar meu plano. Com você aqui, vai ser bem mais fácil. Poderia ter sido tudo tão diferente Laura.
L:O que você vai fazer?
J:Como assim o que? Você não tá sabendo que meu querido patrão e praticamente meu pai, vai sofrer um terrível ataque de criminosos naquela mansão e infelizmente vai ser baleado bem no coração? Minha querida como você é desinformada.
L:Não, você não pode fazer isso, Jorge você precisa se tratar.
J:Cala boca que não estou suportando a sua cara, você simplesmente arruinou em um dia o que eu levei quatro anos pra construir ao lado daquele velho doente.(dando um chute em Laura)
Laura era mulher, tinha um corpo delicado e Jorge havia se transformado em um monstro, toda hora dava tapa nela e chutes, um foi tão forte que Laura sentiu que seu tornozelo havia trincado, mas mesmo assim conteve o choro, era o inferno e não sabia o que fazer para sair dele, só sabia que assim que Sr° Paulo sofresse esse tal acidente ela iria morrer em seguida. O que fazer? O que?
Era manhã do dia seguinte.
J:Ei acorde! Ei?! (Empurrando Laura com o pé). Presta atenção no que eu vou dizer está bem? Vou dizer uma vez só.
Eu estou indo pra empresa, você vai pegar teu celular, vai ligar pro velho e dizer que você não vai mais trabalhar pra ele porque você vai voltar pro Brasil. Ah sei lá inventa alguma coisa aí. Agora!(gritando)
L:Está bem, está bem... (porque ele já estava torcendo o seu braço)
Laura pensava consigo que ela tinha que estar com pelo menos o corpo bem, para assim que tivesse a primeira oportunidade conseguir sair dali, correr já não conseguiria mais, o tornozelo não iria deixar.
Laura com o próprio celular estava aguardando alguém atender.
C:Empresa Flexystens, Carla bom dia?
L:Carla, é a Laura, pode transferir para o Sr° Paulo? Preciso falar com ele.
C:Claro, a senhorita está bem?
L:Eu?! Mas que bobagem Carla é claro que estou, porque haveria de não estar?(já nervosa)
C:Ué, a senhorita não veio trabalhar hoje, então pensei que...
L:Estou bem sim, agora depressa, passe para o Sr ° Paulo.
A ligação foi transferida.
P:Oi minha filha como você está? Aconteceu alguma coisa? Não tem problema,  desde quando entrou aqui não teve um dia sequer de sossego, te dou o dia de folga minha filha.
L:Estou me demitindo Sr° Paulo, estou voltando para o Brasil.
P:O que? (Não acreditando no que estava ouvindo)
L:É isso, já me decidi, não trabalho mais para o Senhor.
P:Laura minha filha, o que esta acontecendo? Foi alguma coisa que eu fiz?É teu salário? Seu cargo o que foi? (já desesperado)
Ao pensar que provavelmente no outro dia ambos já estariam mortos, Laura não se conteve e começou a chorar no telefone e quando ia gritar, Jorge pegou o celular e guardou no bolso.
Foi horrível... Jorge espancou muito Laura, ela já nem tinha forças mais para gritar.
J:Você esta louca?Juro que te matava aqui na hora em que você abrisse a boca sua maldita, porque essa pressa de morrer, fica ai,vou La dar uma força na empresa por causa do incidente que ira acontecer daqui algumas horas e você fica aqui quietinha,porque não adianta você correr ou gritar,ninguém vai te ouvir rsrs tchau amor,foi até Laura e deu um Beijo em sua boca.
 Laura ouviu o barulho do carro de Jorge saindo, nunca mais esqueceria o barulho daquele carro na sua vida... Nunca.
L:Preciso achar um jeito de sair daqui.
Laura estava toda machucada, o tornozelo quebrado, o cabelo meio falhado de tanto que Jorge havia puxado, seu rosto estava bem inchado e com alguns vestígios de sangue. Com um pouco de jeito se encostando aos poucos móveis que havia naquele lugar, conseguiu se levantar, nesse momento teve certeza que seu tornozelo estava quebrado, mas iria suportar a dor até sair dali, nem que pra isso tivesse que rastejar se necessário.
Não estava mais amarrada e nem amordaçada porque Jorge havia esquecido afinal ele havia batido tanto, que Laura já nem consegui gemer de dor, então nem lembrou que ela poderia gritar ou sair naquele estado.

Laura saiu se recostando daquele lugar, era de manhã ainda, estava amarrada, viu um mato e entrou nele, imaginou que se Jorge voltasse teria que procura-la ali dentro e isso daria um tempo de vantagem. Ela sentia um cheiro muito forte, nunca havia sentido um cheiro tão horrível como aquele.

domingo, agosto 11, 2013

1° O Jogo de uma Vida

Na escola...
L:Oi Pâmela (dando um abraço na amiga)
P:Como você tá? Seu pai melhorou?
L:Infelizmente não, já não sei mais o que fazer.
P: (colocando a mão no ombro da amiga) Fica tranquila ele vai ficar bem, você vai ver.
L:Deus te ouça, não sei o que fazer da minha vida se eu ficar sem ele, é a única família que eu tenho.
P: Laura, você sabe que eu sempre vou estar com você.
L:Na verdade obrigada por tudo, não sei se estaria suportando tudo isso sem você. Nessa escola não tenho nenhum amigo, na verdade nem colega (deu um riso triste)
P:Mas eu sou uma amiga que vale por dez! (tentando animar à amiga)
L:É, você é mesmo. Te adoro viu? E muito.

Na sala de aula...
Assim que Laura entrou, começaram as brincadeiras de mau gosto.
Riam o tempo todo dela, do jeito que ela andava, do jeito que ela se vestia.
Tudo nela era motivo de chacota.
P: Laura você sabe que eles são uns idiotas!
Nesse momento chegou Lucas um menino da sala que pra falara verdade Laura nunca tinha nem reparado.
Mal sabia ela que ele seria seu protetor da vida inteira.
Lu:Você está bem?
P:Sai daqui garoto, ela não precisa de mais ninguém pra rir dela.
L:Estou bem, já estou acostumada.
Lu: Mas não devia (segurando a mão dela)
L:O que? (Surpresa)
P:Se você vier com mais..(foi interrompida)
Lu:Não devia, porque ninguém tem o direito de fazer isso com você. Pessoas não merecem isso.
L:Obrigada. Desculpe mas quem é você? Qual é o seu nome?
Lu:Meu nome é Lucas, estudo com você desde o fundamental.
L:Obrigada por se preocupar, mas como eu te disse estou bem, não entendo porque toda vez eu caio nessas brincadeirinhas...Talvez seja porque toda vez eu acho que pode ser diferente.
Lu:Vai ser, você vai ver que cada tombo tem um porque na vida da gente. (saindo)
P:Lucas, espera (indo atrás dele)Me desculpa, fui meio estúpida com você, é que me dá nos nervos fazerem isso com ela, então já é meio que automático sabe? Autodefesa. (sorrindo)
Lu:Tudo bem, eu entendo. Cuida dela, ela é uma grande pessoa!
P:Sempre, tchau.
Lu:Até.
Pamela voltou ao lado da amiga que disfarçadamente enxugava as lágrimas.
P:Acho que essa amiga aqui não vai ter só eu pra dividir as alegrias e  a pizza de mussarela de agora em diante.
L:Até parece, ele só ficou com dó de mim, como a maioria faz.
P:Vamos parar com isso, não foi não. Eu não me lembro de nenhum desses idiotas da sala vir perguntar como você estava.
L:É, isso é mesmo. (Pensando com calma)
O dia passa logo e Laura volta pra casa às pressas para ver o pai, graças a Deus já estava melhor quando o deixara em casa.

No Jantar
M:Filha como foi seu dia hoje?
L:Bem pai
M:Laura?
L:O que Pai?
M:Olha pra mim.
Laura já estava com os olhos cheios de lágrimas
L: Pai... (indo com os braços abertos para o pai)
M:Laura, olha aqui pra mim
M:Eu não vou te deixar sem antes te ensinar a se defender da vida e a ser forte. Afinal, as pessoas não duram pra sempre meu amor.
L:Pai, vou ser uma grande empresária e o senhor vai sentir muito orgulho de mim.
M:Eu já tenho muito orgulho de você e sua mãe também, pode ter certeza que Helena assim como eu, sabe que trouxemos ao mundo uma grande mulher.
L:Te amo pai.
M:Também te amo minha filha.
Era fim de semana, pra alegria de Laura passaram um final de semana tranquilo, o pai já estava melhor da bronquite, ao início da noite...
L:Pai, que tal pedirmos pizza hoje?
M:Ótima ideia.
L:Então liga lá pra gente enquanto eu acabo aqui para o senhor. (arrumando a garagem)
M:Obrigada minha filha, vai ser de mussarela mesmo?
L:Sempre! (sorrindo)
M:Não sei nem porque pergunto. (rindo)
Laura e o pai ficaram até de madrugada lembrando-se dos momentos que não voltavam mais.
E assim passou-se o fim de semana.
O dia na escola foi calmo, pra alegria de Laura sem piadas de mau gosto.
Quando chegou a casa encontrou o pai deitado ao sofá cheio de cobertas, logo estranhou já que estava um dia de muito sol.
L:Pai... Pai... (o acordando devagar)
M:Oi minha filha, nossa você já voltou? Que horas são? Acho que cochilei demais.
Depois dessas palavras entrou numa crise de tosse que logo assustou Laura.
L:Pai, o que o senhor  está  sentindo? O que aconteceu? O senhor estava tão bem.
M:E estou bem minha filha, eu só me engasguei um pouco foi isso. Não se preocupe tudo vai ficar bem (nervoso)
L:Mas pai..(neste instante Laura pega nas mão do pai e percebe que ele esta muito fria)Pai,o senhor está gelado! (preocupada)

Ela colocou uma das mãos na testa do pai e percebeu que estava ardendo em febre, desesperada pegou as chaves do carro e começou a agasalhar o pai para levá-lo ao hospital.
M:Filha, não fica assim eu estou bem... (nisso vem outra crise de tosse)
L:Pai (aos prantos)para, eu não sou mais criança, então pare de dizer que está tudo bem, isso me machuca muito.
Nisso Manuel segurou a mão da filha e disse:
M:Está bem, se você não é mais criança então me ouça, você vai ficar bem..
L:Pai...
M:Você vai ser uma mulher muito importante nessa cidade.
Laura não parava de chorar.
M:Eu e sua mãe sentiremos muito orgulho de você.
L:Pai, o senhor vai ficar bom, ontem o senhor estava, semana passada o senhor também teve essa crise e...
M:Você sabe que não minha filha, nunca esqueça que eu te amo muito viu?
L:Vem logo pai, vamos pro Hospital, o senhor precisa ser examinado.
M:Pega aquela caixinha de porcelana em cima da cabeceira da minha cama antes de irmos.
Laura se apressa e traz a caixinha, entrega ao pai depressa e com muita dificuldade o leva para o carro, embora Laura trabalhasse na oficina mecânica com o pai, não era forte como um mecânico.
M:Filha, essa caixinha é pra você, enquanto... Enquanto eu estiver sendo examinado quero que você a abra.
L:Tudo bem pai, mas agora não fala muito que é pra essa crise não atacar de novo.
Alguns minutos depois...
L:Pai chegamos.(vendo o pai cochilando)
L:Pai vamos!(parou e observou). Pai?(preocupada). Pai...(já com os olhos verdes cheios de lágrimas)não pai, acorda pai, não faz isso, como eu vou viver agora?(acariciando o rosto do pai com carinho)
Laura não conseguia parar de chorar, desceu do carro e foi chamar alguém pra ajudá-la.
Já não dava mais, Manoel havia falecido ali, no caminho para o hospital.
Passou-se o velório e o enterro...
Laura sempre foi decidida mesmo tão Jovem, tinha uma ideia formada, queria crescer e ser a maior “empresária da cidade”
E com o que mais gostava, ia comercializar “Carros”.
Mas não conseguia imaginar esse sonho realizado sem o seu amado pai, então pensava seriamente em desistir, porque era um sonho que os dois sonhavam juntos.
E agora, seu mundo havia acabado.
Foi quando sozinha em casa lembrou-se da caixinha que seu pai havia deixado em seu carro.
Foi até o carro a pegou  e entrou em casa, sentou-se no sofá e com lágrimas nos olhos a abriu.
Assim que abriu tocou uma melodia que ouviam juntos quando todos eram felizes (pensou ela) quando todos estavam vivos... Quando se deu conta parecia uma caixinha de musica igual àquelas que sempre têm uma bailarina dançando ao meio, mas era do seu pai para ela, então não podia ser diferente, era um carro! Laura sorriu assim que viu.
Havia um bilhete
“Sei que você vai seguir o caminho que vier do teu coração filha e sei também que qual seja, vou sentir muito orgulho de você, lembre-se, você nunca vai estar sozinha, eu dediquei esses últimos anos a preparar seu sonho, espero que goste”.
Sucesso filha te amo. Seu pai Manoel Drummond.
Nisso Laura pensou consigo
L:Pai,  o senhor  vai sim sentir orgulho de mim, o senhor  vai ver..(enxugou as lagrimas)
Mas o que seu pai deixou preparado? Não havia entendido, não deu importância, achou que era apenas uma expressão.
Algumas semanas passaram-se e algumas coisas mudaram.
Assim que Laura chegou à escola viu Carlos se aproximando, ela era apaixonada por ele, mas sempre em silêncio, sabia que ele jamais a olharia, ele é o típico mauricinho que toda a escola tem, por isso conforme ele foi se aproximando  ela foi se afastando indo em direção ao banheiro.

Foi quando ele entrou em sua frente e a segurou.

2° O Jogo de uma Vida

L:Me dá licença!(com a cara fechada)
C:Ei! Calma aí, não fica nervosinha não, só vim dizer que sinto muito pelo seu pai.
L:Olha aqui, se você veio até aqui tirar com a minha cara eu ainda tolero, mas se você colocar o meu pai...
C:Calma Laura, tô aqui de peito aberto pra dizer que realmente sinto muito, sério mesmo.
L:Sei...(desconfiada)
C:Olha, eu sei que fui muito idiota com você, que disse coisas que devem ter te magoado,mas eu quero que você me perdoe, fui um idiota e queria que você soubesse que pode contar comigo, quero ser seu amigo. Você me perdoa? Vamos começar do zero?
L:Eu acho que p...
P: Laura, algum problema aqui? (Interrompendo)
L:Não, só estava esperando esse cavalheiro me dar licença pra ir ao banheiro.
C:Me desculpe, pode passar Laura... Oi Pamela?
P:Oi! Vamos Laura, já está quase na hora de entrarmos.

Elas entram no banheiro...
P:O que o Carlos queria com você? Não era pra...
L:Não...  (pensativa) isso é que é mais estranho.
P:Porque?
L:Como porque? Você sabe como ele é e do nada ele vem me pedindo desculpas?
P:E você?
L:Eu o que?
P:Vai perdoar ele?
L:Mas é claro que não, você acha que depois de todas aquelas palhaçadas é só pedir desculpas e pronto? Ele tá muito enganado,  culpa é toda dele de eu ficar ouvindo essas coisas desses meninos idiotas.
P:Mas você devia.
L:Devia o que Pamela?(estranhando a amiga)
P:Perdoá-lo
L: Você bebeu? Só pode, eu estou te estranhando.
P: Acho que todo mundo na vida deve ter uma segunda chance, pessoas mudam Laura, mudam seus conceitos, seu pensamentos, seu modo de ser.
Laura ficou confusa, não sabia o que dizer, estava confusa.
L:Vou pensar a respeito.
P:Tenho certeza que você não vai se arrepender.(abraçando Laura)
Na saída da escola...
Lu:Oi Laura.
L:Ai que susto Lucas, é você.
Lu:Me desculpe, não quis te assustar, mas é que não consegui falar com você. Só queria dizer que sinto muito pelo seu pai e que se precisar pode contar comigo, sempre viu.
L: Obrigada Lucas, obrigada mesmo.
Quando Laura ia saindo Lucas a segurou e disse.
Lu:Posso te acompanhar?
L:Claro.
Laura não conseguia explicar, mas sentia-se muito bem ao lado de Lucas, como se ele fosse seu anjo da guarda, gostava mais da companhia dele do que a da Pamela.
Os dias foram passando, Laura cada vez mais amiga de Lucas e Carlos se dedicando ao máximo em conseguir o perdão de Laura, mas claro que Laura quis desde o primeiro instante dizer que o perdoava, porque o amava.
Mas se segurou ao máximo, pra ver se realmente era verdadeiro este perdão.
Até que chegou o dia em que ela não aguentava mais segurar e disse que o perdoava.
C:Laura, você não sabe o quanto estou feliz, nem consigo acreditar, você não vai se arrepender, eu mudei e vou provar pra você.
Num momento de impulso, saltou os lábios de Laura e em um beijo demorado e delicado ele percebeu que havia conquistado Laura.
L:Você está louco? O que você pensa que está fazendo? (se afastando)
C:Eu quero você. Laura, eu te amo.
Laura não sabia o que pensar o que dizer ou fazer. Mas não foi preciso, Carlos lhe roubou mais um beijo, mas dessa vez um beijo que Laura não deteve e deixou que as bocas se encaixassem num ritmo que se juntava com as batidas do seu coração.
Depois desse beijo, as coisas mudaram...
Laura cedeu, já não conseguia mais conter essa paixão que explodia em seu peito, a cada dia uma declaração de Amor mais linda que a outra.
Mas isso foi no começo, depois de varias semanas a coisa foram mudando, Laura percebeu que ele a evitava, não saiam mais, quase nem se viam. Pamela sempre defendia Carlos, tentava fazer sempre com que Laura sempre acreditasse nas desculpas e explicações dele.
Mas Laura sabia que tinha um motivo, o motivo que não sabe explicar o porquê, mas não contou pra Pamela, havia se entregado a Carlos, agora sofria consigo mesmo achando que o que ele queria era só isso, agora que conseguiu, não quer mais nada.
As férias de Junho já estavam aí, Pamela havia ido viajar a quase duas semanas e nem ligava pra Laura.
Lu:Laura você não vai viajar?
L:Nem tenho pra onde.
Lu:Sei lá, alguma cidade onde more alguém da sua família?
L:A única família que eu tinha era meu pai (triste)
Lu:Se quiser pode ir ficar em casa, podemos assistir filme, comer pipoca e pizza de mussarela
L:Eu adoraria, mas tenho medo de deixar a casa sozinha e esses dias ando meio estranha, com um sono inexplicável, só quero dormir, tudo me cansa.
Lu:Você está comendo?
L:Agora que você está dizendo, não estou comendo nada saudável. (rindo)
Lu:É isso garota, tem que se alimentar bem.
L:Vai ver até coisa estragada ando comendo, porque semana passada vomitei muito.
Lu:Pode ser uma virose!(preocupado) você tem que ver isso.
L:É mesmo.
Lu:Se quiser vou ao médico com você!
L:Não precisa Lucas, a Pamela havia me dito que ia comigo, na verdade quando contei pra ela sobre esses sintomas ela sumiu, nem minhas ligações retornou.
Lu:Vai ver ficou com medo de pegar a virose. (rindo)
L:É pode ter sido isso. Mas vou marcar o médico.
Lu:Pode deixar que vou com você.
L:Assim que eu marcar te aviso o dia. Agora vou indo.
Lu:A noite passo na sua casa pra te fazer companhia tá?
L:Ok. Até mais tarde então.
No mesmo dia Laura havia ligado pra marcar o médico, nem tanto pela insistência de Lucas, mas porque não aguentava mais vomitar.
Laura marcou o médico e já capotou na cama. Só sabia dormir nesses últimos dias.
As 20h00min do mesmo dia
Laura acorda com um barulho na cozinha.
Pensou que pudesse ser Lucas, afinal havia ficado de ir lá mais tarde.
Foi descendo as escadas, o barulho ainda continuava.
L:Lucas?(acendendo as Luzes)
L: Pamela! Que susto! O que foi isso que você jogou pela janela?
P:Umas folhas de papel toalha. (nervosa). Nem vi o lixo aqui do lado.
L:!Onde você esteve nesses dias? Havia até esquecido que você tinha a chave de casa. O que você está fazendo?
P:Então, eu fiquei uns dias na casa da minha tia e ela me ensinou alguns chás pra aqueles sintomas que você estava tendo.
L:Que bom porque não aguento mais esses enjoos, até tontura eu tive essa semana e o Lucas quer porque quer que eu vá o quanto antes ao médico.
P:Não!
L:Ann?
P:Digo, não é necessário, porque esse chá é tiro e queda.
L:Tudo bem então. Quer ajuda?
P:Não, só espere que já esta quase pronto.
Alguns minutos depois...
P:Aqui está amiga, toma que vai te fazer bem.
L:É muito amargo!
Laura saiu correndo entrou no banheiro e jogou tudo pra fora.
P:Tomou?
L:Acho que nem chegou no estômago(limpando a boca)
P:Então bebe mais, vou colocar açúcar pra ficar melhor tá?
L:É, quem sabe ajuda.
Um tempinho depois
P:Pronto, agora esta melhor.
L:Obrigada.
Laura tomou todo o copo.
L:Agora não estava tão amargo. Nossa, vou ligar pro Lucas e dizer pra ele pedir pizza de Calabresa também.
P:O Lucas?(Assustada) O que o Lucas vai fazer?
L:É que daqui a pouco ele está chegando, ele vem dormir aqui hoje, não queria me deixar sozinha e você nem estava na cidade, mas aviso ele e...
P: Não, não é necessário, eu já vou indo, só passei pra te dar esse chá.
L:Mas você não quer mesmo?
P:Não, estou cheia de coisas pra fazer, tchau até outro dia Laura (nervosa)
L:Tchau, mas espera eu te levo até a porta.
P:Não, não precisa. Tchau Laura.
L:Tchau(sem entender)

Já era noite quando Lucas chegou à casa de Laura.
Lu:Laura! Sou eu Lucas, abre a porta se não as pizzas vão esfriar. (gritando do lado de fora da porta)
Lucas estranhou a demora, estava tudo aceso e Laura sabia que ele estava chegando.
Lu:Laura? Você esta aí?(gritando)
No mesmo instante ele ouviu um grito desesperado de Laura.
L:Lucas! Socorro! (gritando)
Lucas não pensou duas vezes e logo foi arrombando a porta
Lu:Laura! Onde você está?
L:Na cozinha! (gritando)
Lucas assim que chegou levou o susto
Lu:Laura, o que aconteceu?
L:Me ajuda...

Laura desmaiou e Lucas a pegou no colo colocou-a no carro, estava confuso, não conseguia pensar no que havia acontecido, Laura estava em uma poça de sangue, caída no chão da cozinha e gritando de dor.
Levou-a ao hospital o mais rápido possível.
Lu:Por favor me ajudem!
Médico: Coloquem-na numa maca.
Lu:Ela vai ficar bem doutor?
Medico: Não posso dizer nada ainda. Vou examiná-la.
Lucas ficou na sala de espera desesperado, o que poderia ter acontecido? Só o medico agora poderia dizer.
Quase uma hora depois.
Médico: Senhor Lucas?
Lu: Aqui! (indo em direção ao médico)
Médico:Senhorita Laura o aguarda no quarto 22.
Lu:Mas o que houve doutor? Ela está bem?
Médico:Ela mesma quer contar para o senhor.
Lu:Quarto 22, estou indo.
Lucas já chegou desesperado.
Lu:Minha amiga como você está? O que houve? Você está se sentindo bem agora? É algo grave?
Laura com lágrimas nos olhos.
L:Lucas, como eu não percebi?
Lu:Percebeu o que?
L:Eu estava grávida! (e caiu no choro)
Lu:Estava?
L:Acabou tudo.(chorando)
Lu:Meu anjo, vem encosta aqui.(a colocando contra seu peito)
L:Eu fui culpada (chorando)
Lu:Para com isso Laura, como você ia saber?
L:É o meu corpo, eu tinha que saber, talvez tivesse tomado mais cuidado.
Médico entrou na sala...
Lu:Ela já vai poder ir hoje?
Médico:Mesmo que fosse um aborto espontâneo você não poderia ir hoje.
L:Como assim se fosse?
Lu:Não foi?
L:O que?
Lu:Laura?
L:Lucas eu não fiz nada.
Médico: Não é isso que os exames apontaram.
L:O Doutor está querendo dizer que..
Médico: Não estou querendo dizer nada, estou dizendo que os exames apontam uma erva usada para provocar aborto em seu sangue.
Lu:Você tomou ou comeu isso Laura?
L:Eu não posso acreditar...(com as mãos na boca, não conseguia parar de chorar)
Lu:O que foi Laura?
L:Pamela!
Lu: O que tem ela?
Laura com muito custo, soluçando de tanto chorar contou o que havia acontecido nas ultimas horas em sua casa.
Lu:Laura, isso que você está me contando é muito grave, por causa dela  você podia ter morrido, perdeu muito sangue e se eu não fosse na sua casa? Deus me livre e guarde o que poderia ter acontecido.
L:Eu vou lá.

Lu:Vai em lugar nenhum, você vai descansar, quanto tempo aproximadamente ela terá que ficar aqui Doutor?

3° O Jogo de uma Vida

Médico:Uns três dias.
L;Eu posso até ficar, mas ela vai ter que me explicar.
Lu:Laura já passou pela sua cabeça que ela podia não saber que você estava grávida, afinal nem você sabia..
L:Ela sabia sim Lucas, eu bem que achei ela meio nervosa. Mas eu vou tirar essa história a limpo.
Lu:Já pensou em o que vai dizer para o Carlos?
L:Na verdade nem tem o que dizer, vou contar pra ele de um filho que já nem existe mais.(chorando)
Lu:Bom, você é quem sabe. Você mais do que ninguém pode decidir isso.
Laura saiu do hospital, mas não teve coragem de ir procurar Carlos, ela era muito inocente, achou que Carlos não havia dado notícias porque não conseguiu falar com ela, ela tinha ficado quase duas semanas na casa de Lucas, ele não deixou Laura ficar sozinha em casa até se recuperar completamente.
Depois dessas semanas Laura decidiu procurar Carlos, afinal de contas não dava pra ignorar.
No caminho...
Quando chegou à casa de Carlos, pensou um bom tempo, tomou coragem e desceu do carro.
Assim que Laura desceu do carro sentiu uma forte tontura e uma dor (não estava bem ainda)
Tocou a campainha (mas ninguém a atendeu, talvez não estivesse funcionando pensou ela, mas a luz do quarto estava acesa).
Quando encostou a mão na porta percebeu que estava aberta.
Num impulso de segundo Laura entrou fechou a porta e foi em direção ao quarto aceso.
Ouviu que Carlos ria compulsivamente.
Pensou que Carlos deveria estar assistindo a um filme talvez, foi chegando e parou na porta.
Foi quando ouviu o mesmo dizer:
C:No fundo eu tenho pena dela.(rindo)
C:Não na verdade, pensando bem eu tenho pena de mim por ter ficado quase um mês sem sexo por causa dela, mas até quem fim pelo menos  uma vez eu consegui o que eu queria. (rindo)
Laura não conseguia ouvir quem estava falando com Carlos, mas sabia que sozinho ele não estava.
Mesmo contendo sua vontade de entrar naquele quarto e meter a mão na cara dele, parou e escutou mais um pouco.
C:Já tava cheio daquela garota, era amor pra cá, amor pra lá, nem sei porque fui aceitar essa aposta, mas eu ganhei, então sou o capitão do time. (comemorando)
...
C:Oque? Você não sabia? A gente transou sim. Mas não foi àquelas coisas não, mas sabe como ela é, ficou toda insegura e de certo já achou que casaríamos, que idiota! (rindo)
Foi quando Laura não aguentou mais, sem se conter empurrou a porta com toda a raiva que estava sentindo.
Quando finalmente viu quem estava com Carlos, não acreditava no que seus olhos viam.
Um silêncio...
L:Pamela? (chorando)
P:Laura eu posso explicar.
L:Explicar o que? Isso não tem explicação! (gritando)
P:Laura...
L:idiota! Idiota! Como eu fui idiota.
P:Laura eu juro que não...
L:Olha como você está? Está nua com o meu namorado! Na verdade com esse cara aí que eu nem quero mais olhar, mas o que mais me decepciona nisso tudo é você, minha amiga, minha melhor amiga ou achei que era. Sua Vagabunda! O problema nem é você ter me traído com esse aí, o pior... (soluçando) foi você ter matado o meu filho! (gritando) Por quê? Por quê?O que eu te fiz?
C.D:Filho? Como assim Pamela?
P:Você não se intrometa Carlos, ela está louca.
P:Você só pode estar louca Laura, do que você está falando?
L:Desgraçada!(E foi pra cima de Pamela)
Laura bateu tanto, mas tanto em Pamela, que não sabia nem descrever de onde veio tanta força.
P:Carlos me ajuda! Seu idiota, ela está louca. Para Laura!
Carlos esperou uns três minutos e segurou Laura, mas já tinha feito um belo estrago em Pamela.
L:Quer saber? Vocês se merecem. Deem as mãos e vão juntos para o inferno!
Laura saiu furiosa, bateu a porta pegou seu carro e saiu, sem rumo, não tinha ideia nem pra onde ela ia, parou em uma praça meio deserta que tinha ao lado de sua escola, desceu do carro e sentou no gramado.
Laura chorava e nesse momento sente uma súbita raiva de si mesma, por ser tão vulnerável, por acreditar fácil demais.
Doía mais do que uma faca em suas costas. E cada vez que lembrava que por culpa desse ato impensado um inocente morreu.
Não conseguia raciocinar ainda, engolir isso tudo de uma vez, queria acordar em seu quarto e perceber que foi tudo apenas um pesadelo.
Foi quando...
Lu:Porque uma moça tão bonita está chorando desse jeito?
L:Quem é que está aí?
Quando olhou melhor, viu que era Lucas que estava sentado um pouco distante.
L: Lucas desculpe, mas não quero ninguém perto de mim agora, aliás, agora e pra sempre.
Lu:Calma Laura, você com certeza não presta atenção em mim, desculpe mas eu estou aqui há horas, bem antes de você chegar, mas você está tão nervosa que nem me percebeu.
L: Então eu já vou indo.
Lu: Laura olha o estado que você está, toma, bebe um pouco desse suco, você está tremendo, tá sentindo alguma coisa?
L:Eu estou bem, na verdade eu vou ficar bem.(nisso Laura desmaia nos braços de Lucas)
Alguns minutos depois.
L:Onde estou?
Lu:Sou eu, Lucas... Não fiz nada, você estava na pracinha e desmaiou te trouxe pra minha casa. Fica tranquila, você está melhor?
L:Preciso ir pra casa.
Lu:Espera você acabou de acordar, ficou desmaiada por meia hora, espera um pouco.
L:Não eu, eu preciso...(e desaba a chorar, chora tanto que até chega a perder o fôlego)
Lu:Laura o que...(nesse momento Laura pula nos braços de Lucas e o abraça)
L:Desculpa, eu nem sei..(foi interrompida)
Lu:As vezes não precisamos explicar, vem cá... (Toma Laura novamente em seus braços)
Lu:Eu imagino o que te deixou nesse estado e se não quiser dizer os detalhes eu respeito,mas chora, chora bastante porque vai te fazer bem e saiba que pode sempre contar comigo, serei seu anjo da guarda a partir de agora, se não se importar é claro. (sorrindo)
Um silêncio...
Lu:Laura?
L:Porque?
Lu:Porque o que?
L:Porque você está fazendo isso?
Lu:Porque não?
Laura ficou sem resposta.
Lu:Porque todo mundo não se preocupa? Zomba? Ri de você?
L:É, todo mundo faz isso.
Lu:Mas eu Lucas, não sou todo mundo.
L:Desculpa, não queria ser grosseira com você, você está sendo tão legal comigo desde quando meu pai morreu, desculpa.
Lu:Não precisa se desculpar.
Ficaram um tempo em silêncio...
Lu:Na verdade gostei de você  por vários motivos. Quer que eu diga?
L:Por favor. (sorrindo)
Lu: Primeiro você é você!
Laura começou a rir.
Lu:Como posso dizer ? Mesmo com todas as coisas chatas e grosseiras que disseram da sua roupa, você não mudou por ninguém!
L:É, isso é mesmo!
Lu: Segundo sinto que você precisa de mim.
L:Ei, pera aí...
Lu: Como eu sinto que vou precisar de você!
L:Desculpa Lucas, mas não estou entendendo.
Lu:Laura, eu sou sozinho assim como você! Meus pais morreram quando eu tinha sete anos num acidente de carro. Morei com minha tia até os dezoito anos, mas ela não gostava de mim e deu graças quando eu atingi a maior idade pra me chutar pra fora daquela casa.
L:Que horror Lucas, mas o que você fez?
Lu:Peguei o pouco que tinha da herança do meu pai e sumi daquela cidade o mais rápido possível, aí cheguei aqui, aluguei um quarto e arrumei um emprego numa mecânica aqui perto. Como isso já faz uns dez meses consegui alugar esta casa. Agora estou estabilizado. (sorrindo)
L:Nossa, não sei se no seu lugar conseguiria isso tudo sozinha.
Lu:Conseguiria sim! Conseguiria sim Laura, sabe por quê? Quando temos um sonho, não importa o quanto sofremos, ele é recompensado quando o realizamos. Não acha? (sorrindo)
L:Na verdade eu tenho um sonho também, mas não sei mais se consigo realizá-lo
Lu:Porque?
L:Porque não sei se tem motivos para realizá-lo, na verdade era um sonho compartilhado, do meu pai e eu, mas agora ele se foi e não tem sentido realizá-lo sozinha
Lu:Você aceita um substituto?
L:Como? (sorrindo)
Lu:Ué, você disse que não tem motivos pra realizar o seu sonho porque você o dividia com o seu pai. Pronto! Problema resolvido divida comigo! (sorrindo)
L:Lucas.
Lu:Se você quiser é claro.
Indo em direção a Laura ficou a sua frente e disse:
Lu:Laura, somos jovens e graças a Deus com uma vida toda pela frente. Chega de sofrer você não acha?
L:É você está certo. A partir de agora começa a construção da nova Laura Rouse Drummond. Chega!
Lu:Ei, menos radical Laura... (rindo)
L:Não sei de que céu te mandaram, mas literalmente você parece um anjo que foi mandado pra me dar essa acordada pra vida. (rindo)
Lu:Então beleza, a partir de agora vamos mudar e viver os nossos sonhos.
Depois disso Laura se sentia muito protegida ao lado de Lucas. Sentia-se até muito vulnerável devido ter acabado de sofrer uma grande decepção com esse negócio de confiar, mas com o Lucas seria diferente, sentia isso.
O tempo passou, como trabalhava em uma oficina mecânica, Lucas levava Laura aos sábados  pra ela matar a saudade de quando ficava com seu pai vendo-o trabalhar.
Mas os últimos meses tinham sidos os melhores da sua a vida, não se sentia tão feliz assim desde quando tinha seus pais vivos.
Agradecia todos os dias por Lucas existir na sua vida. Pamela e Carlos ela via na escola, mas os evitava ao máximo e sempre com a ajuda de Lucas que a deixava melhor.
Dezembro Laura recebeu uma carta dizendo que tudo que havia em seu nome estava hipotecado por dividas de seu pai.
Laura entrou em desespero.
L:Lucas! Lucas? Cadê você? (desesperada)
Lu:Laura o que foi? Porque você está assim?
L:Lê isso, não sei se entendi certo, mas tudo o que meu pai me deixou estava hipotecado?
Lucas leu...
Lu:Minha amiga, pelo que diz aqui é sim. Mas no que seu pai se endividou assim? A casa não é de vocês?
L:Não sei! Ele não me disse que havia comprado nada, mas mesmo que ele tenha comprado agora ele perdeu também não?
Lu:Laura, diz que eles pegando tudo o que está descriminado ali a divida fica quitada, então seja lá o que for que ele comprou foi a única coisa que restou pra você minha amiga.
L:Pai o que o senhor  foi fazer?

Um tempo depois...
Carlos Daniel e Pamela conversam.
C.D:E aí? Deu tudo certo?
P:Deu, vamos hoje a noite, precisamos ir logo antes que a casa vá a leilão.
C.D:Você tem certeza que isso existe mesmo?
P:Eu não sou você, que a única coisa que tirou dessa pateta foi a virgindade, tudo pra que? Ser o capitãozinho de um timinho furreca da escola se toca garoto, é claro que eu tenho.
C.D:Assim que colocarmos a mão naqueles documentos estamos feitos.
No dia em que Pamela foi à casa de Laura levar o tal chá, tinha visto uns documentos caídos atrás do sofá, como sabia que Laura era organizada com essas coisas, julgou que eram desconhecidos por ela, dito e feito, eram documentos de posse de uma empresa já com um grande capital de inicio, era uma mina de ouro, que poderia facilmente ser falsificada porque Carlos tinha “contatos” e podia fazer qualquer pessoa virar o dono. Por isso sem pensar duas vezes o jogou pela janela assim que Laura chegou naquela cozinha.
Não foi preciso muito pra que pudessem pensar quem seriam os donos e não seria Laura.
Conseguiram entrar na casa de Laura, a mesma estava morando com Lucas agora, encontraram os papeis caídos no jardim assim como Pamela julgava estar.

Fim do ano, adeus escola, agora era só focar nos objetivos.
L:Lucas desculpe, deixei a louça de ontem pra você lavar.
Lu:Claro que desculpo, se você lavar a roupa de sexta-feira. (sorrindo)
L:Chantagista você !
Lu: Negócios são negócios, amizade à parte!(rindo)
L:Só você mesmo. (sorrindo)
L:Fim de ano, fim da escola, você na mecânica, eu naquela lanchonete, encostada aqui na tua casa sem ter ideia onde meu pai investiu tudo o que nos restava, será que é esse o nosso destino ein meu amigo?
Lu:Laura,passe o tempo que passar você não muda não é?
L:O que eu fiz agora? (rindo)
Lu:No final de uma grande tempestade existe sempre um lindo arco-íris.

L:Você me acalma Lucas.

4° O Jogo de uma Vida

Lu:Que bom, é essa intenção! (sorrindo)
L:Vou prestar vestibular mais uma vez, quem sabe dessa eu consigo.
Lu:Laurinha, preciso te contar uma coisa
L:O que foi?
Lu:Pega isso e lê. (entregando- a um envelope)
L:O que é isso? (lendo) Você vai embora?(com lágrimas nos olhos)
Lu:Não! Você é quem vai.
L:Como assim?
L:Lucas, não faça isso comigo, eu não estou entendendo nada.
Lu:Presta bem atenção Laurinha, meu patrão gosta muito de mim, é muito rico, ele simplesmente disse que conheceu meus pais e que queria me ajudar. Me deu a faculdade que eu quisesse cursar toda paga em Londres. Mas estou dando o meu presente pra você.
L:Lucas eu não posso aceitar, isso é seu.
Lu:Estou muito magoado .
L:an?
Lu:Minha melhor amiga não aceitou um presente meu. Vou me embora dessa casa, nunca mais vou sair e vou beber tanta coca –cola que meus ossos não aguentarão nem meu próprio peso...
L:Lucas porque você está fazendo isso?  Você tem um sonho a realizar tanto quanto eu.
Lu:Mas nós compartilhamos o mesmo sonho.
L:Então, por isso mesmo, você indo teria o mesmo efeito...e(é interrompida)
Lu:Tenho outros planos aqui, por favor aceite, é com todo o meu coração que te dou este presente.
Algumas semanas depois no aeroporto
L:Obrigada meu amigo, não estaria aqui se não fosse você.
Lu:Sei que isso fará mais efeito em você do que em mim, vai minha amiga e não se preocupe comigo, eu ficarei bem.
L:Juizo ein!
Lu:Pode deixar.
Laura quis Administração, não podia ser diferente, queria assumir uma agência de carros. Cinco anos precisaria ficar longe, mas Deus tinha outros planos pra Laura.
Em quanto isso no Brasil...
Lucas sabia que Manoel o pai de Laura, jamais iria deixar a filha sem nada, iria investigar isso direitinho, contratou um detetive, é Lucas não havia contado tudo a Laura.
Seu patrão havia dado a faculdade paga e mais uma boa quantia em dinheiro pra utilizar lá, ele mandava algo pra Laura enquanto ela não arrumava um estágio, mas o resto ele ficou pra ele, e uma parte usou pra isso, até ele descobrir o que realmente havia acontecido.
Exatamente cinco anos se passou...
No ultimo ano de curso, em um dia comum Laura estava no telefone com Lucas como fazia todos os dias.
Laura não parava de gritar ao telefone.
Lu:Laura calma, assim vou perder meus ouvidos, calma, respira
L:Lucas você não tem ideia do que aconteceu.
Lu:É eu não sei mesmo, tô esperando a Laura me contar, conhece?
L:É já ouvi falar,não é aquela administradora de empresas que aos vinte e três anos conseguiu um emprego numa empresa de computadores em Londres e vai ganhar um salário que equivale a um ano de trabalho numa lanchonete?
Lu:Jura?(todo feliz)
L:Juro!Tô tão feliz, mas tão feliz que estou a ponto de explodir, já começo no próximo mês, mas tem uma coisa.
Lu:o que?
L:Essa empresa não tem uma filial no Brasil. Então vou ficar por aqui mais um pouco, é claro se você não se importar,  te mando ajuda daqui,porque afinal alugamos uma casa maior devido eu ter ido morar com você e...
Lu:Você está biruta? É claro que não!
L: Tudo bem, afinal nem seria justo deixa-lo sozinho todo esse tempo e também...
Lu:Laura existe telefone e internet pra que? E que historia é essa de justo?
L:Lucas?!(surpresa)
Lu:Se eu ver esses teus pezinhos quase europeus aqui no Brasil antes de eu terminar minha surpresa acabo com o teu cabelo!
L:Não poderia esperar menos de você. Então se meu cabelo está em jogo eu fico mais um pouco, mas continuamos nos falando todos os dias tá? E se quiser, pode usar meus cremes!(rindo)
Lu:Não adianta me subornar dona Drummond, vai voltar quando eu  terminar e pronto. A não ser também que algum europeu fisgue você, aí eu tô ferrado, não dá pra analisar teu pretendente tão longe assim. (rindo)
L:Mas que bom que você não ficou chateado Lucas, você é minha única família agora e não quero ficar muito tempo longe de você, se eu ver que não vai ter jeito dessa empresa abrir uma filial no Brasil, ou algo do tipo eu volto pro Brasil.
Lu:Sabe que terá meu apoio pro que decidir não meu anjo?
L:Sei, sei sim e é isso que me conforta .Te amo Lucas.
Lu:Também te amo Laurinha.
L:Bom, então me deixa preparar umas coisas pra mudar de apartamento porque amanhã de manhã tenho que comparecer a empresa pra dar minha resposta e conhecer meu chefe.
Lu:Me conta tudo assim que chegar!
L:Ok, boa noite
Lu:Boa Noite.

No dia seguinte, Laura já estava na empresa Flexystens.
L: Bom dia, meu nome é Laura Drummond eu tenho hora marcada com o senhor Paulo Cortez.
Recepcionista: Sim, aguarde apenas um momento e já te chamo está bem?
L:Sim, sem problemas.
Laura estava muito nervosa, afinal o dono da empresa queria pessoalmente acertar os detalhes com ela e isso a deixou nervosa.
Alguns minutos depois.
R:Srª Laura Drummond?!
L:Sim?
R:Dr° Paulo está ao seu aguardo, primeira sala a esquerda no terceiro andar.
L:Qual é o seu nome?
C:Carla!
L:Tudo bem, muito obrigada dona Carla. (sorrindo)
C:Disponha.
Laura foi contando os passos para a sala indicada.
Quando parou na porta ficou paralisada, não ia nem vinha. Quando do nada, um senhor de uma aparência gentil apareceu na porta com um sorriso no rosto.
P:A senhorita deve ser Laura Drummond! Estou certo?
L:Isso Sr°, sou eu mesmo e o senhor só pode ser o Dr° Paulo Cortez. Certo?
P:Por favor tire o Dr°, isso é coisa da Carla, nem sou médico, não é mesmo?(dando gargalhadas)
Laura riu timidamente.
P:Que indelicadeza minha, a senhorita gostaria de uma água, suco ou café?
L:não obrigada eu estou bem.
P:Então vamos lá senhorita Laura Drummond. (sorrindo)
Paulo Cortez era um homem já de idade já com uns quase 60 anos, possuía muitos bens em Londres, tinha quatro filiais de sua empresa pelo mundo, muito simpático e educado, também muito respeitado pelo resto da empresa, como se ele fosse um tipo de Deus ali dentro.
P:Senhorita Laura existem duas regras que são as mais importantes na minha empresa e também , as únicas. (rindo). É o seguinte.
P: Primeiro, seja você mesma independente do que digam pensem ou achem de você. Enquanto você confiar em mim, confiarei em você, até que você me prove o contrário. (começou a rir novamente)
P: Segundo, como você vai me ajudar na administração, preciso que antes de tudo seja o mais profissional possível, seja em qual assunto for. Tudo bem pra você?
L:Claro.
P:Ficou alguma duvida? Quer pedir algo ou me dizer algo?
L:Sim, na verdade lhe pedir algo.
P:Então pode pedir  senhorita.
L:O Sr° pode tirar o senhorita e me chamar apenas de você?
P:Pode deixar, você não precisa pedir duas vezes. Laura eu costumo dizer que não tenho funcionários aqui, tenho filhos e amigos, então bem vinda à família!
L:Muito obrigada Sr° Paulo.
P:Eu gostei de você minha filha, acho que vamos nos dar bem. (rindo)
L:Bom, quando começo?
P: Eu disse que seria no próximo mês, mas se você puder, pode ser manhã mesmo minha filha, precisamos de você o mais breve possível. (sorrindo)
L:Então esta bem, amanhã mesmo estarei aqui, até logo, foi um prazer.
P:O prazer foi todo meu Laura, te espero amanhã então.
No novo apartamento de Laura assim que chegou, tomou um longo banho, preparou um lanche e logo pegou o telefone.
Lu:Oi Laurinha como você tá?
L:Ótima Lucas! Você nem imagina, o dono de toda essa fortuna, meu patrão, ele é um amor de pessoa, completamente diferente de como eu estava imaginando.
Laura explicou todos os detalhes da conversa com Paulo Cortez.
Lu:Acho que você pode crescer muito nessa empresa.
L:Será Lucas?
Lu:Mas é claro que sim, você ainda tem duvidas disso?!
L:Mas vamos com calma, ainda nem comecei a trabalhar no meu cargo proposto. E esqueci de te contar, ele me parece muito engraçado (rindo) ele da risada de tudo Lucas, você precisava ver, ele dizia uma frase e ria, dizia mais um pouco e ria .
Lu:Na duvida amiga, ria também (rindo)
L:É isso mesmo que eu vou fazer (rindo)
Bom no primeiro dia de trabalho Laura ficou mais observando o ritmo do trabalho, as pessoas as personalidades.
P:E aí? O que achou?
L:Bom, são todos muito simpáticos e acolhedores.
Nesse mesmo instante Jorge entrou na sala.
J:Sr° Paulo, oh me desculpe, não sabia que o Sr° estava ocupado.
P:Não tem problema, não estávamos dizendo nada de importante.
J:Menos mal então. (sorrindo)
P:Deixe me apresentar, esta é a senhorita Laura Drummond, nova auxiliar de administração da empresa.
L:Prazer Sr° Jorge. (o cumprimentando)

J:Encatado.(sorrindo)

5° O Jogo de uma Vida

P:Ei, não deixe minha mais nova funcionaria constrangida. Laura minha filha, este é Jorge Henrique Leal, meu braço direito aqui na empresa, se precisar de ajuda com algo pode pedir pra ele, ele é como se fosse eu, bem mais novo é claro (rindo).
J:Estarei a sua inteira disposição. (beijando sua mão)
L:Vou me lembrar disso.
Os dias iam passando e Laura cada vez mais familiarizada com a empresa, aos poucos estava mais na empresa do que em casa.
E assim se passou aquele ano.
No telefone.
Lu:Jura?! Não acredito e você?
L:Fiquei completamente sem jeito (sorrindo)
Lu:Nossa, Laurinha despertando uma paixão avassaladora do Dr° Jorge, dá uma chance pra ele vai, pela foto de vocês na empresa ele é muito charmoso ein?!
L:Claro que não Lucas.
Lu: E porque não? Não vejo nenhuma argola dourada no dedo dele nesta foto que possa impedir nada meu anjo.
L:Não é isso, é que...
Lu:é o que?
Laura começou a rir.
Lu:Fala logo Laura!
L: Lucas ele é um fofo, mai é como se fosse meu irmão.
Lu:Irmão?!
L:É, um irmão.
Lu:Nossa, mas se você diz, não queremos que ocorra nenhum incesto aqui não é? (rindo)
L:Bom meu querido, vou dormir porque amanhã tenho que ir a casa do Jorge rever umas papeladas. Então preciso acordar cedo pra arrumar essa casa que está uma bagunça.
Lu:Ui, porque na casa do irmão?
L:Porque ele achou melhor e também  porque...(foi interrompida)
Lu:Vamos parar  por aqui, não tem ninguém menor de idade aqui que não saiba que aí tem segundas,  terceiras e até quartas intenções. (rindo)
L:Trabalho Lucas! Apenas isso.
Lu:Sei, num sábado, na casa dele, sozinhos a luz de velas...(rindo)
L:Luz de velas? Claro, vai ter isso sim. (rindo)
Lu:Ah não?! Então vai primeiro depois você me conta... (rindo)
L:Beijo Lucas, tô morrendo de saudades.
Lu:Também meu anjo, beijo e juízo viu!?
L:Pode deixar.

No dia seguinte (Sábado)18 h
Laura vai à casa de Jorge, estava indo com a cabeça cheia de novos projetos, mas a cabeça de Jorge está igual ou até mais ao que Lucas havia dito na noite anterior pelo telefone.
J:Nossa Laura, você está linda, aliás, como sempre.
L: Jorge não é pra tanto.
J:Na verdade você fica linda de qualquer jeito.
Laura realmente era linda, despertava olhares maliciosos por toda a empresa, mas ela estava sempre focada no trabalho, então como se houvesse um escudo, automaticamente já ignorava essas “olhadas”.
L:Então Jorge, eu trouxe varias..(ela parou de falar)
J:Laura? O que foi?
L:Não sei se é somente impressão, mas...
J:o que?
L:Tô sentindo um cheiro de queimado, você não está?
J: Meu Deus...
L:Jorge o que foi?
(voltando a sala com uma panela esfumaçando na mão)
J: Laura, nosso jantar já era.
L:Jantar?! (rindo) você estava preparando isso sozinho?
J:Olha só, agora vou pedir uma pizza pra gente.
L:Jorge não precisa...
J:Pra comermos enquanto analisamos uns relatórios que trouxe da empresa.
L:Bem, você é quem sabe.
Nisso Laura foi olhando a sala de Jorge quando parou no meio da sala e ficou vermelha.
Olhou pra Jorge que estava no telefone pedindo a pizza, tentou se conter ao máximo, mas não conseguiu, foi mais forte que ela.
J:Laura, a pizza chega em quarenta minutos, enquanto isso, quer beber alguma coisa?
( Com a mão na boca fez um gesto de que não com a cabeça).
J:Tem certeza ? Um vinho? Refrigerante? Suco ou água?
J:Laura o que foi? Você esta vermelha.
E Laura sem se conter soltou uma alta gargalhada.
L:Me desculpe.
J: O que foi? (sem entender)
L:Nada não, é que acabo de lembrar de uma situação parecida, com essa coisa de queimar o jantar, sabe?(tentando disfarçar)
Nisso Jorge se aproxima...
J:Gostou da mesa que preparei pra gente?
L:Ia perguntar agora mesmo o que são aquelas velas em cima da mesa.
(Lembrando logo de Lucas dizendo que iria ter até velas)
J:Você não gostou?
L:Pelo contrario, mas é que...(indo em direção a mesa) Agora não vamos precisar dela não é? (dizendo isso apagou as velas num sopro)
J:Você tem razão (sorrindo) Mas enquanto esperamos a pizza, vou buscar um vinho e...
L:Não! Vamos mexer na papelada da empresa, afinal é pra isso que estou aqui e também preciso voltar cedo pra casa.
J:Esta bem se você não quer, mas eu quero, então me espera um pouco já volto.
L:Então vou lendo os relatórios enquanto isso.
Jorge voltou com um vinho e duas taças.
L:Te disse que não vou beber.
J:Mas se você mudar de ideia a taça já estará aqui. (Sorrindo)
L:Então esta bem, já se acomodou? Pegou tudo que queria pegar? Podemos enfim começar?
J:Me desculpe, claro que sim.
L:Então tá.
(Laura explica sua conclusão dos quatros relatórios que já havia lido sobre os lucros pra Jorge)
Alguns minutos depois.
L:Então você não concorda comigo Jorge?
(Jorge já havia tomado quase a garrafa toda).
J:Em que?
L:Você estava prestando atenção em mim?
J:E teria como não prestar atenção em você Laura?! (se aproximando)
L:Jorge por favor (afastando o rosto)
J:Desculpe, vamos continuar, prometo que vou me comportar, embora esse teu cheiro esteja me alucinando.
L:Jorge os valores não batem!
J:Oque você quer dizer?
L:Não quero dizer nada, quero que você veja isso.
(Quando Jorge pegou o relatório na mão, a campainha tocou).
J:Deve ser a pizza, já volto.
(Nisso Laura continuou verificando os relatórios)
Jorge voltou com a pizza.
L:Nossa, o cheiro está muito bom.
J:Espero que goste de pizza de mussarela.
L:Tá brincando? É a minha predileta.
J:Sai um pouco dessa mesa, vem aqui comigo.
L:Já que não vai ter jeito, vou pegar pratos e já volto.
Alguns minutos depois, Laura voltou com os pratos.
L:Acho que agora vou aceitar o vinho.
J: Viu só? Adivinhei que você ia querer mais tarde.
E assim o tempo passou, sem Laura nem se dar conta se passou mais de uma hora e meia, haviam esquecido os relatórios e estavam bebendo vinho, no fundo Laura estava um pouco carente, teve alguns casos em Londres, mas nada sério, como também já estava um pouco (alteradinha) começou a entrar no jogo de Jorge.
J:Não me diga, sério que você também não gosta de que falem muito enquanto fica com alguém?
L:Claro, acho que a conversa é antes, mas depois que o beijo acontece, pra que ficar falando? Não concorda?
J:É, concordo plenamente, mas o difícil é acontecer o beijo.(se aproximando de Laura novamente)
L:Eu não acho.
J:Não?(chegando mais perto).
L:Não, acho que o que falta (sussurrando) é o momento.
Nesse instante os lábios de Laura encaixam-se nos de Jorge que logo colocou sua mão direita entre a nuca e os cabelos de Laura, com a esquerda a segurou pela cintura, foi deitando-a sobre o sofá, a boca de Jorge foi descendo sobre o pescoço de Laura, a respiração de ambos foi ficando ofegante, Jorge colocou a mão na coxa de Laura, já não se contendo ela foi erguendo a camisa de Jorge, mas como em um impulso Laura afastou Jorge e levantou-se do sofá.
J:O que foi Laura? Foi alguma coisa que eu fiz? Desculpe-me se fui apresado.
L:Não ,não foi isso, acho que nos deixamos levar pelo animo do vinho. Acho melhor eu ir pra casa. (sorrindo)
J:Calma Laura, ainda faltam alguns papéis para vermos e também, por favor fica mais um pouco vai? Te levo pra casa.
L:Não é necessário, estou com meu carro, já esta tarde, nos vemos e terminamos esses papeis que ficaram segunda-feira na empresa, está bem?
J:Se não tem outro jeito, tudo bem.
L:Então tchau. Boa Noite
J:Te levo até a porta.
Já na porta, em frente um do outro.
J:Bem então tchau (indo em direção a boca de Laura)
L:Tchau, até segunda-feira.(virando a bochecha)
Laura seguiu pra casa e foi logo tomar uma banho, em seguida deitou-se na cama, mas não conseguia dormir, embora tivesse bebido um pouco não foi nada que a fizesse agir por impulso daquele jeito, então o que estava tirando o sono é que quis beijar Jorge, mas não queria querer isso. Mas não mandamos no coração.
E Laura passou uma semana nessa tortura, evitando Jorge .

Na empresa...
L:Bom dia Carla!

C:Bom dia senhorita Laura.

6° O Jogo de uma Vida

L: Jorge já chegou?
C:Chegou sim, está na sala dele, quer eu o avise algo?
L:Não é preciso, eu vou até lá. Obrigada Carla. (sorrindo)
C:Disponha, se precisar de algo é só pedir.
Na sala de Jorge
L:Posso entrar?
J:Oi Laura, mas é claro, quem é vivo sempre aparece. (sorrindo) Tava sentindo a sua falta.
Laura foi até a mesa de Jorge, ele levantou, ficaram em silêncio por um minuto até que resolveram falar.
J e L:Quanto aquele...
L:Desculpe, pode falar primeiro. (sorrindo)
J:Não, diz você.
J e L:É que...
Olharam-se por um instante.
L:Foi um erro.
J:O que?
L:Aquele beijo.
J:Erro? E posso saber por quê?
L:Por que você é praticamente meu chefe e também seria complicado.
J:Não acho.
L:Que seja complicado?
J:Que eu seja seu chefe.
L:Mas mesmo assim.
J:E mesmo que eu fosse.
(Jorge foi dando a volta na mesa e passou por Laura, foi até a porta e trancou-a).
L:Jorge, não.
J:Não o que?! Não fiz nada... (parando em frente à Laura)
Laura se jogou nos braços de Jorge e logo o beijou com fervor, ele logo a ergueu em cima da mesa, ela envolveu sua pernas na cintura dele, a situação foi esquentando, quando por fim ele ergueu a saia de Laura, no mesmo instante ela lembra que está em seu local de trabalho e o afastou.
J:Você não vai fazer isso comigo Laura, isso é pecado (tentando segurá-la um pouco mais em seus braços)
L:não, não, não (saindo dos braços dele, embora fosse muito tentador ficar neles)
J:Porque?
L:Aqui é meu trabalho, não posso por meu emprego em risco.
J:Calma, eu sou o braço direito do Sr° Paulo, fica tranquila.
L:Você acabou de me dizer que nem se considera meu chefe, então isso não muda nada.
J:Não...
L:Mas...(com um olhar provocador) você pode me visitar hoje (segurando a gravata dele e a puxando para si) especificamente no meu quarto, ein?(chegando perto de seus lábios praticamente chamando os delas) o que você acha? Prometo que compenso essa interrompida, hum? (provocando-o)
J:Não sei ...(a agarrando pela cintura)
L:Não sabe?(chateada)
J:É ...(dando um selinho)não sei se consigo esperar até a noite.(sorrindo)
L:Já estava imaginando que...
J:Você imagina demais meu anjo (e deu um beijo que fez Laura flutuar)
L:Mas agora preciso trabalhar (saindo de seus braços dele e indo em direção a porta)
J:Bom, então até hoje à noite.
L:Engraçadinho, cadê a chave?
J:Só dou se me der mais um beijo. (a provocando)
L:É assim? Então tudo bem.
Laura foi chegando perto de Jorge, colocou a mão em sua nuca e com muita sedução foi encaixando a perna entre as pernas dele. Colocou a mão nas costas dele, foi aproximando a boca, a mão descendo mais, até que ela saiu e foi em direção à porta e a abriu.
J:Isso não é justo, você vai ver só mais tarde. (sorrindo)
L:Vou esperar. (sorrindo)
J:Pode esperar.
Fim do expediente. Laura estava em casa com um belo vinho em cima da mesa e um pequeno jantar no forno. Mas é claro, neste momento Laura estava onde? É mesmo, Ao telefone.
Lu:Não te disse que isso ia dar mais pano pra manga?
L:Não tinha planejado isso, ele é praticamente meu chefe isso é complicado.
Lu:Não acho.
L:Que ele seja meu chefe?
Lu:Não, que seja complicado.
Laura riu.
Lu:O que foi?
L:Nada.
Lu:Vem cá, você vai sair com ele hoje?
L:Então... (rindo)
Lu:Garanto que ele vai colocar velas de novo, que coisa mais antiga(rindo)
L: Sério?
Lu:Mas é claro, porque? Não me diga que você pensou em colocar isso em um jantar de vocês? (rindo)
L:Não, não, claro que não (já assoprando as velas da mesa)
A campainha tocou.
L:Lucas vou ter que desligar, acho que é o Jorge, ele vem jantar aqui.
Lu: Olha só! Aproveita e juízo meu anjo, você merece.
L:Pode deixar (rindo)
L e Lu:Tchau.
Assim que Laura abriu a porta.
L:Boa noite cavalheiro.
J:Boa noite amor (já agarrado Laura pela cintura)
L:Me desculpe,mas estou aguardando alguém para um jantar, não posso corresponde-lo
J:É? Ele é um cara muito sortudo. (Sorrindo)
L:É de fato.
J:Mas talvez ele não perceba que eu te roubei um beijo.
Dizendo isso Jorge ergueu Laura nos braços, ela entrelaçou as pernas em sua cintura e começou um longo e delicioso beijo, Laura o desejava de tal maneira que até nem a estava reconhecendo, ele a deitou no sofá e colocou as mãos nas costas de seu vestido, foi abaixando o zíper, foi beijando os ombros, descendo a boca até o colo de Laura e assim foi beijando o corpo todo, levando Laura à loucura, num impulso o virou e como estavam no sofá caíram no tapete felpudo da sala. Ela subiu em cima dele e gemeu sussurrando aos ouvidos de Jorge um som indescritível de tanto prazer e assim continuaram até chegarem ao máximo de prazer.

Um tempo depois...
J:Nossa. (ofegante)
L:Nossa uau(ofegante)
Jorge colocou Laura em seus braços.
J:você é perfeita!
L:Para vai.(sem graça)
 J:Na verdade, acho que quero ter você sempre perto de mim.
L:Você já me tem sempre perto de você.
J:Mas não desse jeito. (rindo)
L:Podemos providenciar isso com o tempo. (sorrindo)
J:Isso já é um bom começo. (rindo)
Ficaram abraçadinhos ali no tapete felpudo por horas, só saíram mesmo quando a fome apertou, estavam se conhecendo melhor, então conversaram tanto e tão naturalmente que nem se deram conta do tempo.
E assim se passou uns meses, Laura e Jorge estavam namorando, mas escondido, ela não queria passar uma má impressão ao Sr° Paulo.
Estavam Laura e Jorge na sala dele, trancados no maior amasso, quando...
C:Senhor Jorge!? (batendo a porta) a senhorita Laura está com o senhor? O Dr° Paulo quer vê-la.
Laura não gostava de namorar no trabalho, mas às vezes ia entregar alguns relatórios na sala do Jorge e ele acabava a agarrando, a colocando contra parede, em cima da mesa, em seu colo, enfim, coisas como essa que Laura acabava não resistindo e este foi um dia.
L:Ainda bem Carla que é você! (gritando)
C:O que foi senhorita Laura? (nervosa)
L:Socorro! (gritando)
J:O que você está fazendo Laura?(repreendendo a namorada)
L:Olhe e aprenda. (sorrindo)
C:Senhorita Laura?! Dr. Jorge o que está acontecendo?
L:Carla minha querida, depressa, arrume um chaveiro, a porta emperrou e não conseguimos abrir. Estou apavorada, não suporto lugares fechados.
C:Porque o senhor não me bipou Dr°Jorge?
J:Porque agora que a senhorita Laura ia sair e percebemos que não abre, mas você já chegou (sem entender)então depressa, chame um chaveiro logo mulher.
C:Aguardem mais um pouco, já volto com ajuda.
J:O que foi isso Laura?
L:Você está doido? O que a Carla iria pensar? Nós dois aqui trancados há essa hora?
J:Ia pensar que você estava sentada na minha mesa com as pernas na minha cintura e a gente num maior pega, quase virando um sexo inesquecível (sorrindo)
L:Para com isso (dando um selinho)o que o senhor Paulo iria imaginar de mim?
J:Relaxa meu amor, isso não vai mais acontecer tá?Aqui na empresa é claro. (rindo)
L:Seu bobo (dando mais um beijo nele)
Alguns minutos depois na sala do senhor Paulo...
L:Me desculpe pela demora senhor Paulo, tive um pequeno imprevisto, a Carla disse que o senhor queria falara comigo?!
P:Foi o Jorge não é?
L:O que?(assustada)
P:Você e o Jorge.
L:O que tem a gente?(já apavorada)
P:Vocês ficaram presos na sala dele não foi?
L:Ah (aliviada) claro, isso.
P:Como?
L:Foi isso sim, nossa, ainda bem que a Carla foi rápida, já ia ficar desesperada.
P:Sem dizer que a senhorita estava correndo risco de vida..
L:Porque?
P:O Jorge podia te atacar. (dando uma alta gargalhada)
L:É (meio sem jeito mas achando graça do jeito do Senhor Paulo)
P:Bom minha filha e aí? Como foi sua analise?
L:Como foi o que?
P:Laura?
L:Sim?
P:Os relatórios? O que você acha? Que conclusão você chegou? Afinal já passaram vários meses que você está analisando-os.
L:A sim os relatórios, bom senhor Paulo, nenhum deles está batendo.
P:E?
L:Me desculpe dizer isso assim senhor Paulo, mas não tenho como ser mais simples. Nenhum dos valores que está saindo como investimento pra Grécia está voltando como lucro.
P:Ainda não entendo minha filha.
L:Senhor Paulo, está saindo mais do que o necessário para os contratos na Grécia e voltando menos do que é o lucro estimado.
P:Então você está querendo me dizer que está sendo desviado dinheiro da empresa?! Que eu estou sendo roubado debaixo do meu nariz!? (gritando) Como você está dizendo isso menina?! (muito exaltado)
L:Sr° Paulo, estou baseando nos relatórios que o Senhor me deu e...
P:Você está mentindo, como fui contratar uma criança pra cuidar disso? É a mesma coisa de me chamar de burro! Onde estava meu juízo?
L:Senhor Paulo, se o senhor quiser posso rever os relatórios. (já com os olhos vermelhos)
P:Não quero que você veja nada menina.
L:Posso explicar para o senhor porque cheguei a essa conclusão.
P: Demitida!
L:O que? (gaguejando)
P:Sai imediatamente dessa empresa senhorita Laura.
L:Senhor Paulo.
P:Sai! Como você pode simplesmente vir e me dizer que estou fazendo papel de idiota? Que estão me roubando!
L:Senhor Paulo, não faz isso comigo, preciso desse emprego.
P:Você jogou seu emprego quando levantou uma falsa acusação!
L:Sr° Paulo!(firme) O senhor me pediu para que eu fosse acima de qualquer coisa profissional não foi?
P:Mas isso.
L:Isso é a verdade, agora se o senhor que me demitir por isso, me desculpe, mas o senhor é a única pessoa que não vai estar sendo profissional aqui (gritando)
Ficou um silêncio na sala...
P:Me desculpe, estou fora de mim minha filha, é que se isso realmente for exato, estou sendo apunhalado pelas costas.
L:Sr° Paulo eu entendo, mas tudo bem(brava) eu vou fazer minhas coisas.(saindo)
P:Espera senhorita Laura.
P:Não pode ser, não pode ser, isso é um prejuízo de aproximadamente quanto ?
L:Senhor Paulo baseando nos anos que o senhor tem essa filial na Grécia, aproximadamente  mais de 1 bilhão e meio.
P:Meu Deus estou praticamente afundando esta em Londres sem nem saber. Se não fosse você, talvez só soubesse quando tivéssemos que fechar as portas.
L:Senhor Paulo? O Senhor está bem?
P: Eu...
L:Meu Deus (correndo em direção ao senhor Paulo)
P:Chame a Carla (gaguejando)
Laura rapidamente pegou o telefone e bipou Carla.
C:Sim Dr° Paulo?
L:Carla sou eu Laura!
C:Senhorita Laura?
L:Corre aqui pra sala do Senhor Paulo, ele não está bem.
C:Meu Deus já estou indo.

Desligaram o bip.

7° O Jogo de uma Vida

L:Vou chamar uma ambulância o senhor está respirando com dificuldade (Senhor Paulo segurou a mão de Laura)
P:Não precisa minha filha.
L:Mas o senhor...
P:Fica calma, eu vou ficar bem (respirando com dificuldade)
Carla muito calma foi até a gaveta da mesa do Sr. Paulo pegou alguns comprimidos e levou até ele.
C:O senhor sabe que não pode se exaltar! E sem dizer que quase matou a senhorita Laura de susto.
L:Na verdade ainda estou sem entender nada, o que foi isso? Realmente não é necessário levá-lo até um hospital Carla?
C:Não, não é necessário, a senhorita  se acalme porque isso acontece por causa...
P:Da idade minha filha, sabe como é, não pode nem expressar nada que já está passando mal! (olhando meio bravo para Carla por quase dizer uma coisa tão pessoal)
L:Tudo bem mesmo?
P:Sou forte como um touro.
L:Isso não quer dizer nada Sr° Paulo. (triste lembrando-se de seu pai)
P: Como?
L:Deixa pra lá, bom se está tudo bem sobre aquele assunto dos relatórios, o senhor faz o que achar melhor, vou indo arrumar minhas coisas, passo aqui antes de ir pra dar baixa na carteira.
P:Senhorita Laura, espere por favor!
Laura já estava chegando à porta e virou-se para senhor Paulo.
P:Carla, pode nos dar licença por um instante?
C:Claro, se precisar de algo é só me chamar.
Quando Carla estava chegando à porta.
P:Carla eu não quero ser interrompido por ninguém, por favor.
C:Está bem.
Laura estava estranhando.
P:Senhorita Laura sente-se por favor.
Laura sentou-se, já desconfiava o que Sr. Paulo disse tudo aquilo de cabeça quente, que não iria demiti-la, mas queria ouvir isso da boca dele.
P:Laura me desculpe minha filha, fui um estúpido.(com vergonha)
L:Sr° Paulo não precisa se desculpar, isso acontece.
P:Não, isso não acontece.
L:Senhor...
P:Ouça minha filha, mesmo que eu tenha todos os motivos do mundo para querer matar alguém, esse alguém jamais pode ser você, se não fosse você, nunca saberia disso nunca e mesmo você tendo um romance com o Jorge não me deixou de dizer isso e...
L:Sr° Paulo?
P:Minha filha sou velho mas não estou gaga ainda (sorrindo) conheço meu braço direito, sabia que as investidas dele acabariam dando certo, mas isso não vem ao caso.
L:O senhor saiba que dentro da empresa isso...
P:Minha filha, não se preocupe com isso, isso realmente não vem ao caso.
L:Não entendo o porque o senhor não quis acreditar.
P:Porque é conveniente não acreditar do que aceitar a realidade, senhorita Laura, quero que me perdoe do fundo do coração e entendo que se a senhorita não aceitar minhas desculpas e até quiser sair desta empresa, vou te entender, ninguém pode aguentar um chefe com uma cabeça tão despreparada.(sorrindo sem jeito)
L:Sr° Paulo, é claro que desculpo, afinal entendo o senhor, um prejuízo deste porte é realmente de fazer qualquer um perder a cabeça, não se preocupe com isso.
P:É que fui tão estúpido e a senhorita tentando só me ajudar.
L:Oque? Quem foi estúpido? Nem me lembro de nada. (sorrindo)
P:Minha filha você é uma benção (sorrindo)
Os dois ficaram em silêncio.
P:Senhorita Laura?
L:Sim?
P:A Senhorita aceita se casar comigo?!
L:Sr° Paulo?! (assustada) Acho que eu entendi errado, na verdade acho que... Quem é você e o que você fez com o Sr° Paulo? (muito assustada)
P:Te assustei não é minha filha?
L:Na verdade estou muito assustada, que brincadeira foi essa? Meu Deus por um momento até achei que o Sr° estava falando sério...
P:É sério!
L:Sr° Paulo, eu já disse para o senhor que nem lembro mais das grosserias de agora pouco, relaxa, está tudo bem. (como se estivesse falando com uma criança pausadamente).
P:Minha filha ouça.
L:Desculpe-me senhor Paulo, não à necessidade de nos casarmos para provar que já esqueci o ocorrido de agora a pouco. (meio com medo)
P:Minha querida, sente-se aqui.(apontando para a cadeira em frente sua mesa)vou lhe explicar antes que você saia correndo daqui gritando que sou um tarado velho babão(rindo)
Laura começou a rir, na verdade ria mais da risada de seu chefe do que da própria piada em si.
L:Está bem Sr° Paulo, pode me explicar,com o perdão da palavra esse surto?
P:Primeiro, estou encrencado com esse desfalque na filial da Grécia, segundo, preciso de uma mulher inteligente e mais que tudo jovem para continuar meu projeto e...( foi interrompido)
L:Sr° Paulo me desculpe, mas primeiro, não tenho dinheiro para ajudar no desfalque da Grécia, segundo que projeto?
P:Eu estou morrendo.(quase como um sussurro)
L:O que?(não acreditando em seus ouvidos)
P:Isso mesmo, estou com uma doença muito rara no meu coração e não tem cura, por isso preciso de alguém que possa dar continuidade nisso tudo que eu conquistei!
L:E o senhor acha que esse alguém sou eu?! (sem entender)
P:Isso mesmo, não que eu seja um velho babão e queira ter um garotinha na minha cama, você é como uma filha e ninguém melhor para cuidar do patrimônio do pai do que uma filha(sorrindo)
L:Porque?
P:Porque você é inteligente, honesta, amiga, gostei de você e porque eu quero que seja você a herdar isso tudo quando eu me for e ponto.
L:Sr° Paulo, faz um ano e pouco ainda que estou aqui, o senhor já tem certeza disso tudo?
P:Sim(todo feliz) um exemplo, é que mesmo você tendo um romance com o Jorge não me deixou de dizer sobre essa catástrofe na Grécia.
L:Como assim?(confusa) como assim mesmo tendo um romance com o Jorge? Não entendi a conclusão, o que tem haver com a Grécia? Minha cabeça dói e... Meu Deus, eu não posso acreditar... (caindo em si)
P:Entendeu? Jorge é meu braço direito, responsável por todos os meus contratos fechados e...
L:Responsavél por esse desfalque. (incrédula)
P:Mas calma, sobre o meu pedido, sei que é mesmo meio torto e inesperado, então você terá o tempo que precisar para me responder esta...
L:Mas senhor Paulo eu...
P:O tempo que precisar, não precisa agora.
Mesmo sabendo que sua resposta ainda seria a mesma, aceitou esperar.
L:EstÁ bem senhor Paulo, mas não prometo nada e também quero que independente da minha resposta, nada mude entre nós, eu gosto muito do senhor. (sorrindo)
No mesmo dia no telefone...
Lu:O que? (com a cara no chão)
L:Pode acreditar, não estou vendo sua cara, mas pode apostar que foi a mesma que eu fiz quando ouvi isso.
Lu:Laurinha do céu, o que você vai fazer agora?
L:Como assim o que eu vou fazer? Nada é claro, tenho 24 anos não vou me casar com o senhor Paulo só porque ele acha que eu sou a solução dos problemas dele.
Lu:Laura não estou dizendo sobre isso.
L:Claro...
Lu:Isso mesmo.
L:Jorge.

No dia seguinte...
C:Bom dia senhorita Laura.
L:Bom dia Carla, o senhor Jorge está na sala dele?
C:Não,o senhor Jorge viajou ontem a noite para a Grécia a negócios.
L:Sim e o Sr° Paulo?
C:Está na sala dele, quer que eu o chame?
L:Não é necessário, eu mesma vou até a sala dele, obrigada.

Na sala da presidência.
L:Com licença? (entrando na sala)
P:Bom dia minha filha,como você está?(indo em direção a ela)
L:Bom dia Sr° Paulo (dando um abraço nele)
P:Já soube que Jorge viajou?
L:É, a Carla acabou de me dizer.
P:Está triste?
L:Eu? Porque estaria? Claro que não, não mesmo.
P:Afinal de contas ele não sabe que você e eu sabemos que o responsável por esse desfalque é ele.
E também vocês estão começando algo mais... Chegados?
L:Disse errado senhor Paulo, nós “estávamos”, mas acho que agora não consigo nem trocar um palavra com ele, como ele pode fazer isso? O senhor confiou nele.
P:Não minha filha, espere, veja o que ele tem a te dizer, vamos ver o que ele tem a dizer disso, se ele vai fingir que você não disse nada quando falar sobre os valores não baterem ou ele já vai tentar uma explicação e pense que isso não tem nada a ver com vocês.
L:Senhor Paulo, não sei se consigo fingir que ainda não sei de nada pra ver se ele conta, minha cara entrega.(triste)
P:Você é quem sabe, foi apenas uma ideia.
L:Vou pensar nisso.
Passou-se uma semana, Jorge voltou de viagem e já foi logo à sala de Laura.
J:Oi meu amor (indo em direção a ela)
L:Voltou agora?(se desviando)
J:Sim e estou morrendo de saudades de você (estranhando Laura) ei amor, o que você tem?
L:Eu? Nada, por quê?
J:Você está se desviando de mim.
L:Eu te disse que aqui não, é o nosso local de trabalho.
J:Está bem então, vamos sair hoje?
L: Jorge, não vai dar o senhor Paulo me deu uns relatórios para analisar (jogando um verde) sobre a filial na Grécia.
J: (Nervoso) Por quê? Já fui lá esta semana justamente para resolver uns assuntos pendentes.
L:Não sei Jorge, ele quer que eu verifique, irei verificar.

J:Bom, passei só pra entregar uns documentos ao senhor Paulo e te ver, afinal uma semana longe de você é uma eternidade.

8° O Jogo de uma Vida

Laura sorriu sem graça.
Ela não suportava mais nem olhar para a cara de Jorge, como ele pode ser tão sínico? Tanto com ela que bem ou mal gostava dele, como também  para o senhor Paulo que confiava plenamente nele a ponto de deixar ele comandar uma filial em outro país sozinho.
Laura terminou o expediente e foi até a sala do senhor Paulo.
L:Posso entrar?
P:Claro que sim minha filha, por hoje chega?
L:É, o dia foi cansativo mas por hoje chega, agora é banho e cama(sorrindo)
P:Dormir, coisa muito boa depois de um dia como esse.
L:Sr° Paulo a respeito do Jorge, estou fazendo isso pelo senhor, não consigo se quer ficar muito tempo com ele, mas vou ver se descubro algo mais.
P:Minha filha, você é quem decide isso, só estou vendo com o meu advogado o que serviria como prova contra ele neste assunto.
L:Entendo, já vou indo, bom descanso para  senhor e até amanhã.
P:Igualmente minha filha, até amanhã.
Laura está no estacionamento procurando as chaves do carro quando Jorge se aproxima e a agarra por traz dando beijinhos no pescoço..
L:Para Jorge.
J:Amor, já estamos fora do trabalho.
L: É que, tem câmeras aqui! Imagina só todo mundo com uma cara pra gente amanhã? Não, eu não quero isso. (tentando achar uma desculpa)
J:Está bem, só porque você está fazendo isso comigo me deixando até agora sem nenhum beijinho eu é que vou dirigir (já com as chaves do carro de Laura nas mãos)
L:Jorge o que é isso? Preciso ir pra casa.
J:E quem disse que você não vai?
L:Você sabe que eu é que dirijo o meu carro!(mexa com Laura mais não mexa no seu carro)
J:Vou cuidar muito bem dele meu amor.
Sem muito concordar, Laura entrou no carro e foi.
No meio do caminho percebeu que não estava indo pra casa e já foi começou a ficar nervosa.
L:Jorge! Eu te disse que preciso ir pra casa.
J:Calma Laura, você vai pra outro lugar agora porque você foi uma garotinha muito malvada (a fitou com olhos que Laura nunca tinha visto em ninguém) mas depois posso te levar, só depende de você.
Laura entrou em desespero, ia se saber o que estava passando na cabeça dele.
L:Para esse carro Jorge!
J:Você está com medo de mim meu amor? Não vou te machucar (apertando as bochechas de Laura)
L:Jorge(já nervosa)me leva pra casa, por favor.
J:Levo, levo sim, mas antes vamos dar uma voltinha, estou com saudades de você.
Laura num momento de desespero abriu a porta do carro mesmo em movimento, ia se jogar, mas Jorge foi mais rápido que ela e a segurou pelo braço, quase bateram o carro nessa hora, a puxou rapidamente e fechou a porta.
Muito nervoso Jorge encostou o carro a segurou pelo cabelo e gritou.

J:Chega! Parou essa palhaçada, amor, se você não se comportar não vou te levar pra casa, está bem?Agora vem comigo quietinha.
L:Você está louco! (aos prantos)
J:Estou vendo que você não vai colaborar amor, então tchauzinho.
Nisso Jorge colocou um pano no nariz de Laura, um cheiro tão forte que bastou apenas alguns segundos pra Laura perder completamente todos os sentidos.

No Brasil...
Lu:Pronto, esses são os documentos verdadeiros!
Um Homem moreno, alto, de uma aparência séria, estatura média, esse era Leonardo Rodrigues. Lucas havia contratado esse advogado para ver o que o senhor Manoel havia feito com a herança que era pra ter deixado para Laura. Não poderia ter deixado Laura sem nada, descobriu sobre Carlos e Pamela, então logo foi ver o que podia fazer para conseguir isso de volta.
Contratou uma menina para trabalhar na casa deles, sabia que Carlos não era suficientemente inteligente a ponto de destruir os documentos verdadeiros, então não demorou muito para a moça encontra-los.
Leonardo: Senhor Lucas, desculpe minha indiscrição, mas pode me dizer como você conseguiu esses documentos?
Lu:Desculpe Doutor, mas por enquanto é segredo.
Leonardo: O Senhor sabe que isso pode demorar algum tempo, até mesmo anos para que possam ser punidos.
Lu:Pode levar dez ou até vinte anos, mas eles tem que ser punidos.
Leonardo: Bom, se é assim então vou estudar melhor tudo isso, vou entrar com a papelada do processo.
Lu:Obrigada Doutor Leonardo.
Leonardo: Então até.
Voltando para Londres... Em um lugar afastado.
Jorge amordaçou Laura e a levou para um lugar muito deserto, numa cabana de madeira com apenas um quarto, um banheiro e um cozinha, estava em um colchão que minha nossa, sem dizer que vinha um cheiro muito forte do lugar que não se dava para distinguir.
Laura foi abrindo os olhos, percebeu que já era quase de dia e que estava sentada num colchão imundo, num lugar estranho, amarrada e amordaçada, Laura entrou em desespero e começou a se debater.  Jorge apareceu sorridente e com um olhar muito estranho, foi nessa hora que Laura teve certeza de que aquele homem que estava em pé a sua frente, não era o homem que conhecera e se envolvera.
J:Nossa amor achei que você não iria acordar hoje.
L:Onde estou? Porque você me amarrou? O que você quer de mim? Porque está fazendo isso Jorge?
J:Quantas perguntas de uma vez, primeiro bom dia? Você quer comer alguma coisa meu amor?
L:Eu quero ir pra casa, me solta, me deixe ir pra casa. Por favor.
J:Você acha mesmo que depois de arruinar meus planos você vai ficar assim? Como se não tivesse feito nada? Você quer o meu lugar não é sua vagabunda!?
Laura não dizia nada apenas soluçava, estava com medo, Jorge estava muito nervoso.
J:Responda sua vadia!(Jorge deu um tapa na cara de Laura)
Laura compulsivamente começou a chorar, percebeu que sua boca sangrava, ele grudou em seus cabelos e a puxou para traz. Laura apenas chorava e sentia muita dor.
L:Não é isso, você está completamente louco, eu só fiz o meu trabalho.
J:Ainda bem que pelo menos você é gostosinha e eu aproveitei, porque você vai parar a sete palmos a baixo da terra, assim que eu completar meu plano. Com você aqui, vai ser bem mais fácil. Poderia ter sido tudo tão diferente Laura.
L:O que você vai fazer?
J:Como assim o que? Você não tá sabendo que meu querido patrão e praticamente meu pai, vai sofrer um terrível ataque de criminosos naquela mansão e infelizmente vai ser baleado bem no coração? Minha querida como você é desinformada.
L:Não, você não pode fazer isso, Jorge você precisa se tratar.
J:Cala boca que não estou suportando a sua cara, você simplesmente arruinou em um dia o que eu levei quatro anos pra construir ao lado daquele velho doente.(dando um chute em Laura)
Laura era mulher, tinha um corpo delicado e Jorge havia se transformado em um monstro, toda hora dava tapa nela e chutes, um foi tão forte que Laura sentiu que seu tornozelo havia trincado, mas mesmo assim conteve o choro, era o inferno e não sabia o que fazer para sair dele, só sabia que assim que Sr° Paulo sofresse esse tal acidente ela iria morrer em seguida. O que fazer? O que?
Era manhã do dia seguinte.
J:Ei acorde! Ei?! (Empurrando Laura com o pé). Presta atenção no que eu vou dizer está bem? Vou dizer uma vez só.
Eu estou indo pra empresa, você vai pegar teu celular, vai ligar pro velho e dizer que você não vai mais trabalhar pra ele porque você vai voltar pro Brasil. Ah sei lá inventa alguma coisa aí. Agora!(gritando)
L:Está bem, está bem... (porque ele já estava torcendo o seu braço)
Laura pensava consigo que ela tinha que estar com pelo menos o corpo bem, para assim que tivesse a primeira oportunidade conseguir sair dali, correr já não conseguiria mais, o tornozelo não iria deixar.
Laura com o próprio celular estava aguardando alguém atender.
C:Empresa Flexystens, Carla bom dia?
L:Carla, é a Laura, pode transferir para o Sr° Paulo? Preciso falar com ele.
C:Claro, a senhorita está bem?
L:Eu?! Mas que bobagem Carla é claro que estou, porque haveria de não estar?(já nervosa)
C:Ué, a senhorita não veio trabalhar hoje, então pensei que...
L:Estou bem sim, agora depressa, passe para o Sr ° Paulo.
A ligação foi transferida.
P:Oi minha filha como você está? Aconteceu alguma coisa? Não tem problema,  desde quando entrou aqui não teve um dia sequer de sossego, te dou o dia de folga minha filha.
L:Estou me demitindo Sr° Paulo, estou voltando para o Brasil.
P:O que? (Não acreditando no que estava ouvindo)
L:É isso, já me decidi, não trabalho mais para o Senhor.
P:Laura minha filha, o que esta acontecendo? Foi alguma coisa que eu fiz?É teu salário? Seu cargo o que foi? (já desesperado)
Ao pensar que provavelmente no outro dia ambos já estariam mortos, Laura não se conteve e começou a chorar no telefone e quando ia gritar, Jorge pegou o celular e guardou no bolso.
Foi horrível... Jorge espancou muito Laura, ela já nem tinha forças mais para gritar.
J:Você esta louca?Juro que te matava aqui na hora em que você abrisse a boca sua maldita, porque essa pressa de morrer, fica ai,vou La dar uma força na empresa por causa do incidente que ira acontecer daqui algumas horas e você fica aqui quietinha,porque não adianta você correr ou gritar,ninguém vai te ouvir rsrs tchau amor,foi até Laura e deu um Beijo em sua boca.
 Laura ouviu o barulho do carro de Jorge saindo, nunca mais esqueceria o barulho daquele carro na sua vida... Nunca.
L:Preciso achar um jeito de sair daqui.
Laura estava toda machucada, o tornozelo quebrado, o cabelo meio falhado de tanto que Jorge havia puxado, seu rosto estava bem inchado e com alguns vestígios de sangue. Com um pouco de jeito se encostando aos poucos móveis que havia naquele lugar, conseguiu se levantar, nesse momento teve certeza que seu tornozelo estava quebrado, mas iria suportar a dor até sair dali, nem que pra isso tivesse que rastejar se necessário.
Não estava mais amarrada e nem amordaçada porque Jorge havia esquecido afinal ele havia batido tanto, que Laura já nem consegui gemer de dor, então nem lembrou que ela poderia gritar ou sair naquele estado.

Laura saiu se recostando daquele lugar, era de manhã ainda, estava amarrada, viu um mato e entrou nele, imaginou que se Jorge voltasse teria que procura-la ali dentro e isso daria um tempo de vantagem. Ela sentia um cheiro muito forte, nunca havia sentido um cheiro tão horrível como aquele.
 

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