domingo, agosto 11, 2013

32° O Jogo de uma Vida

Murilo a contemplar, ela deu um beijo longo, olharam-se nos olhos, testa colada a testa e ao mesmo tempo falaram:
“Eu te amo”.
Aquilo fez escorrer lágrimas de ambos, mas não de tristeza e sim de felicidade. Ela sorrindo deitou-se novamente na grama e ele completamente realizado com o momento encaixou novamente entre as pernas. Laura se contorcia, gemia baixo, aproveitava cada segundo, como Murilo também estava aproveitando. Os pingos de água naquele momento pareciam desaparecer em seus corpos. Ele já não os sentia, e ela o mesmo. Estavam os dois no meio de um universo de sensações deliciosas.
Encaixaram-se perfeitamente como que se realmente fossem um para o outro. Ele a invadia de forma leve, cadenciada e ela rebolava junto, para sentir aquela investida nela.
O amor se traduzia naquela cena. Ela o envolvendo com as pernas e rebolando em seu colo.
Abraçados... Laura debruçava com a cabeça em seu ombro e beijava seu pescoço. Murilo via as gotas de chuva escorrendo pelo rosto dela, pingando nos seus seios que estavam colados ao seu peito. Aquilo estava tão forte que não aguentavam mais e ao mesmo tempo, se apertaram forte e chegaram ao limite do prazer.
Ficaram ali se encarando, aproveitando o momento tão delicioso que proporcionaram. Os corações batiam forte. As caras de desejo logo se transformavam em sorrisos por perceber o que tinham aprontado. Abraçaram-se novamente:
M: Te amo Laura. Nunca vou te deixar. Jamais e você? Também me ama?
L: Se eu te amo? É claro que eu te amo, eu vou te amar a minha vida toda.
Aquelas juras de amor enchiam o peito de Murilo de alegria. Vestiram-se com aquelas roupas encharcadas mesmo e foram para o carro. Felizes da vida e pouco se preocupando com o fato de molhar o carro inteiro, iniciaram a volta para casa.
Logo depois de pouco tempo de estrada, um clarão.
ENFº:Ele esta bem, só está desmaiado, leve-o pra ambulância e faça os curativos, fratura exposta no braço.
ENF º:A paciente está morrendo?!
ENFª:Adrenalina! Preciso de adrenalina!
ENFº:Não, faz só a massagem cardíaca, ela bateu a cabeça mas a pressão está bem, a velocidade da respiração está diferente, mas não está parando.
ENF°:Vamos lá! Três, dois, um, vai!
ENFº Vamos Laura! Abra os olhos!
ENFª:Graças a Deus, ela abriu os olhos.
Luzes passavam pela frente, mas Laura não identificava o que era. Depois disso tudo ela apagou de vez e se encontrou dentro de um hospital.
L:Nossa, quantos dias eu fiquei aqui?
ENFª:É a primeira vez que abre os olhos depois de duas semanas.
Laura olhou para os dedos e viu a aliança. Tirou e viu o nome Murilo. Desorientada, levantou-se, sem rumo e partiu a procurar alguém conhecido no hospital, mas sem sucesso. Desesperada, sem conseguir pensar direito, acabou saindo de lá. Perguntava a todos lá dentro se a conheciam. Sem sucesso e apenas se lembrando de alguns fleches que não ajudavam muito.
C:Drª Laura? Minha Nossa Senhora, o que a doutora tá fazendo aqui fora e de pé? Precisa de repouso. (preocupada)
L:Carla? Onde eu estou? Cadê o Sr°Paulo? Ele está com você?
C:Drª Laura... Está tudo bem?
L:Está, porque tá tão calor aqui em Londres? Aconteceu alguma coisa?
C: A Doutora não se lembra de nada?
L:Do que?
C:Vem cá, vamos voltar pro seu quarto eu vou te explicar.
L:Está bem. (confusa)

Assim que Carla entrou com Laura no quarto encontrou todos os enfermeiros e médicos aflitos, afinal Laura sofreu um acidente grave, ficou em coma por duas semanas, não podia ter saído daquele jeito.
Médico: Dona Laura, foi muita imprudência sair assim, não faça mais isso.
L: O que tá acontecendo Carla? Porque estão me tratando assim? O que eu estou fazendo aqui?
C:Doutor, ela acordou assim, não se lembra de nada do acidente, na verdade ela está bem estranha.
Médico: Dona Laura sente-se aqui.
Laura obedeceu...
Médico: Qual é a ultima coisa de que você se lembra?
L: Eu me lembro de ter saído da empresa e estar voltando pra casa. Na verdade não posso me demorar, o Srº Paulo não toma direito os remédios se eu não ficar em cima.
C:Drª Laura!(chamou a atenção, já com os olhos cheios de lágrimas)
L: O que?
C: Não estamos em Londres, estamos em São Paulo no Brasil.
L: Mas por quê?
O Médico fez mais alguns pequenos exames e chegou a uma conclusão.
Carla foi para fora do quarto e foi logo ao ponto.
C: E aí Doutor?
Medico: Pelos pequenos exames, tudo indica que ela perdeu parte da memória, pelo jeito não se lembra de absolutamente nada que aconteceu depois que ela veio pro Brasil.
Isso pode ser amnésia lacunar ou até mesmo uma amnésia traumática. A desaceleração no momento da colisão faz com que o cérebro seja jogado violentamente para frente e para trás e se choque com a parte óssea da cabeça.
Por fim, há o efeito psicoemocional, no qual o cérebro, por meio de uma espécie de mecanismo de defesa, bloqueia as lembranças relacionadas ao trauma.
Nesses casos a pessoa pode não se lembrar do seu melhor amigo e se lembrar do guardador de carros do shopping que ela vai uma vez por mês.
“O emocional pesa muito nesses casos. Relembrar o evento gera culpa e angústia e por isso, o cérebro cria uma autoproteção”
C: Ai meu Deus, isso é mal. (já pensando em Lucas e Murilo)
Murilo tinha ido a casa buscar algumas coisas para ficar com Laura, ele não havia ficado um dia se quer longe dela. Qual seria a reação de Laura quando visse o amor da sua vida, depois de tudo que enfrentaram pra ficarem juntos?
Carla ficou pensativa, não conseguia falar com Lucas, como Laura ficou duas semanas apagada, Lucas fez tudo para segurar as pontas tanto na Flexystens como na Drumonnd.
Assim que Murilo abriu a porta do quarto e viu Laura sentada no sofá lendo, ele não aguentou e saiu em disparada.
M:Amor, você acordou? Como você se sente? Quando foi isso? Eu fiquei tão preocupado, não sei o que faria se você não acordasse mais, não sei o que faria se não pudesse mais ver esses olhos verdes.
E nisso foi indo em direção a Laura e ela ficou quieta, Murilo estranhou.
M:Laura meu amor, você está se sentindo bem?
L:Me desculpe, mas quem é você?
Murilo não conseguia acreditar no que acabara de ouvir.
M:Amor? Você tá brincando? Isso não tem graça. (Já desesperado)
L:Me desculpe moço, acho que você deve estar me confundindo com alguém eu realmente não sei...
Quando Murilo foi tocá-la, Carla chegou seguro o Murilo pelo braço e foi puxando pra fora do quarto.
C: Licença Drª Laura, já volto pra conversar com a senhora, venha comigo Drº Murilo, vou explicar tudo.
Laura ficou ali sem entender nada, o que estava fazendo ali? Quem era aquele homem? Porque ela estava no Brasil? Onde estava o Lucas?
Duas coisas chamaram a sua atenção, Murilo era o nome que estava na aliança em sua mão e Carla o chamou de Drº, ela só chamava ela e o Sr° Paulo assim, mas tudo bem, isso era o de menos perto de tudo que Laura ainda queria saber.

No lado de fora do quarto.
M:O que tá acontecendo Carlinha? É alguma brincadeirinha da Laura?
C:Dr° Murilo teremos que ter muita paciência e calma agora.
M:Fala logo Carla, você tá me deixando nervoso.
C:Ela perdeu a memória!
M:O que? Como assim? Explica direito!
C:Dr° Murilo, percebeu que ela ficou muito tempo desacordada e não teve nenhum machucado? O senhor mesmo praticamente nem se machucou.
M:Sei sei, mas e aí?
C:Ela bateu a cabeça muito forte, então parece que alguma coisa emocional dela tá meio que fazendo uma auto proteção, mais ou menos isso que o Dr° me explicou.
M:Ela não se lembra de mim?
C:Drº  Murilo, eu sinto muito, mas o médico disse que ainda não da pra saber ao certo como ficou a memória dela, se ela só não lembra das coisas do acidente, ou de tudo que aconteceu depois da vinda dela pro Brasil, mas só do Brasil acho que não é.
M:Porque?
C:Ela acha que o Drº Paulo ainda está vivo, que ela ainda está em Londres.
M:O médico não disse se isso é temporário, uma coisa pós traumática?
C:Ele disse que cada caso é um caso, só com o tempo pra ver.
M:Eu não acredito, eu não posso acreditar.
C:Deus existe Drº Murilo, vai dar tudo certo.
M:E o Lucas? Já está sabendo disso, será que vai reconhecê-lo?
C:Não, ele ainda não sabe, não consigo falar com ele, mais semana que vem ele já vai estar aqui e saberemos, vou esperar ela ir dizendo as coisas, para vermos até onde ela lembra.
M:Droga, droga.
C:Acho melhor  ir descansar Dr° Murilo.
M:Não, eu não saio do lado da minha mulher.
C:Dr° Murilo, eu sei que não deve estar sendo fácil, mas pensa comigo, a Drª Laura acabou de acordar, se está confuso pra nós, imagina pra ela, vamos ao seu tempo.
M:É demais pra mim.
C:Pense nisso, isso pode até assustá-la.
M:Nós tínhamos ficado noivos.
C:Meu Deus...(Com as mão na boca)
Carla deu um abraço em Murilo.
C:Tudo vai ficar bem, o senhor se acalma, isso que vocês tem é muito lindo pra ela não se lembrar e é muito recente também.
M:Talvez seja o melhor a ser feito mesmo. Me mantenha informado Carla, de tudo! O certo é você ficar com ela no apartamento. Sei que talvez seja pedir demais , mas já que eu não posso, e o Lucas não esta aí.
C:Pode deixar, eu vou sim.

Murilo foi até sua casa, estava arrasado. Podia esperar tanta coisa dessa espera infinita do despertar de Laura mas jamais que ela não iria se lembrar dele, agora só restava esperar, esperar e rezar pra que tudo voltasse ao normal.

domingo, agosto 11, 2013

32° O Jogo de uma Vida

Murilo a contemplar, ela deu um beijo longo, olharam-se nos olhos, testa colada a testa e ao mesmo tempo falaram:
“Eu te amo”.
Aquilo fez escorrer lágrimas de ambos, mas não de tristeza e sim de felicidade. Ela sorrindo deitou-se novamente na grama e ele completamente realizado com o momento encaixou novamente entre as pernas. Laura se contorcia, gemia baixo, aproveitava cada segundo, como Murilo também estava aproveitando. Os pingos de água naquele momento pareciam desaparecer em seus corpos. Ele já não os sentia, e ela o mesmo. Estavam os dois no meio de um universo de sensações deliciosas.
Encaixaram-se perfeitamente como que se realmente fossem um para o outro. Ele a invadia de forma leve, cadenciada e ela rebolava junto, para sentir aquela investida nela.
O amor se traduzia naquela cena. Ela o envolvendo com as pernas e rebolando em seu colo.
Abraçados... Laura debruçava com a cabeça em seu ombro e beijava seu pescoço. Murilo via as gotas de chuva escorrendo pelo rosto dela, pingando nos seus seios que estavam colados ao seu peito. Aquilo estava tão forte que não aguentavam mais e ao mesmo tempo, se apertaram forte e chegaram ao limite do prazer.
Ficaram ali se encarando, aproveitando o momento tão delicioso que proporcionaram. Os corações batiam forte. As caras de desejo logo se transformavam em sorrisos por perceber o que tinham aprontado. Abraçaram-se novamente:
M: Te amo Laura. Nunca vou te deixar. Jamais e você? Também me ama?
L: Se eu te amo? É claro que eu te amo, eu vou te amar a minha vida toda.
Aquelas juras de amor enchiam o peito de Murilo de alegria. Vestiram-se com aquelas roupas encharcadas mesmo e foram para o carro. Felizes da vida e pouco se preocupando com o fato de molhar o carro inteiro, iniciaram a volta para casa.
Logo depois de pouco tempo de estrada, um clarão.
ENFº:Ele esta bem, só está desmaiado, leve-o pra ambulância e faça os curativos, fratura exposta no braço.
ENF º:A paciente está morrendo?!
ENFª:Adrenalina! Preciso de adrenalina!
ENFº:Não, faz só a massagem cardíaca, ela bateu a cabeça mas a pressão está bem, a velocidade da respiração está diferente, mas não está parando.
ENF°:Vamos lá! Três, dois, um, vai!
ENFº Vamos Laura! Abra os olhos!
ENFª:Graças a Deus, ela abriu os olhos.
Luzes passavam pela frente, mas Laura não identificava o que era. Depois disso tudo ela apagou de vez e se encontrou dentro de um hospital.
L:Nossa, quantos dias eu fiquei aqui?
ENFª:É a primeira vez que abre os olhos depois de duas semanas.
Laura olhou para os dedos e viu a aliança. Tirou e viu o nome Murilo. Desorientada, levantou-se, sem rumo e partiu a procurar alguém conhecido no hospital, mas sem sucesso. Desesperada, sem conseguir pensar direito, acabou saindo de lá. Perguntava a todos lá dentro se a conheciam. Sem sucesso e apenas se lembrando de alguns fleches que não ajudavam muito.
C:Drª Laura? Minha Nossa Senhora, o que a doutora tá fazendo aqui fora e de pé? Precisa de repouso. (preocupada)
L:Carla? Onde eu estou? Cadê o Sr°Paulo? Ele está com você?
C:Drª Laura... Está tudo bem?
L:Está, porque tá tão calor aqui em Londres? Aconteceu alguma coisa?
C: A Doutora não se lembra de nada?
L:Do que?
C:Vem cá, vamos voltar pro seu quarto eu vou te explicar.
L:Está bem. (confusa)

Assim que Carla entrou com Laura no quarto encontrou todos os enfermeiros e médicos aflitos, afinal Laura sofreu um acidente grave, ficou em coma por duas semanas, não podia ter saído daquele jeito.
Médico: Dona Laura, foi muita imprudência sair assim, não faça mais isso.
L: O que tá acontecendo Carla? Porque estão me tratando assim? O que eu estou fazendo aqui?
C:Doutor, ela acordou assim, não se lembra de nada do acidente, na verdade ela está bem estranha.
Médico: Dona Laura sente-se aqui.
Laura obedeceu...
Médico: Qual é a ultima coisa de que você se lembra?
L: Eu me lembro de ter saído da empresa e estar voltando pra casa. Na verdade não posso me demorar, o Srº Paulo não toma direito os remédios se eu não ficar em cima.
C:Drª Laura!(chamou a atenção, já com os olhos cheios de lágrimas)
L: O que?
C: Não estamos em Londres, estamos em São Paulo no Brasil.
L: Mas por quê?
O Médico fez mais alguns pequenos exames e chegou a uma conclusão.
Carla foi para fora do quarto e foi logo ao ponto.
C: E aí Doutor?
Medico: Pelos pequenos exames, tudo indica que ela perdeu parte da memória, pelo jeito não se lembra de absolutamente nada que aconteceu depois que ela veio pro Brasil.
Isso pode ser amnésia lacunar ou até mesmo uma amnésia traumática. A desaceleração no momento da colisão faz com que o cérebro seja jogado violentamente para frente e para trás e se choque com a parte óssea da cabeça.
Por fim, há o efeito psicoemocional, no qual o cérebro, por meio de uma espécie de mecanismo de defesa, bloqueia as lembranças relacionadas ao trauma.
Nesses casos a pessoa pode não se lembrar do seu melhor amigo e se lembrar do guardador de carros do shopping que ela vai uma vez por mês.
“O emocional pesa muito nesses casos. Relembrar o evento gera culpa e angústia e por isso, o cérebro cria uma autoproteção”
C: Ai meu Deus, isso é mal. (já pensando em Lucas e Murilo)
Murilo tinha ido a casa buscar algumas coisas para ficar com Laura, ele não havia ficado um dia se quer longe dela. Qual seria a reação de Laura quando visse o amor da sua vida, depois de tudo que enfrentaram pra ficarem juntos?
Carla ficou pensativa, não conseguia falar com Lucas, como Laura ficou duas semanas apagada, Lucas fez tudo para segurar as pontas tanto na Flexystens como na Drumonnd.
Assim que Murilo abriu a porta do quarto e viu Laura sentada no sofá lendo, ele não aguentou e saiu em disparada.
M:Amor, você acordou? Como você se sente? Quando foi isso? Eu fiquei tão preocupado, não sei o que faria se você não acordasse mais, não sei o que faria se não pudesse mais ver esses olhos verdes.
E nisso foi indo em direção a Laura e ela ficou quieta, Murilo estranhou.
M:Laura meu amor, você está se sentindo bem?
L:Me desculpe, mas quem é você?
Murilo não conseguia acreditar no que acabara de ouvir.
M:Amor? Você tá brincando? Isso não tem graça. (Já desesperado)
L:Me desculpe moço, acho que você deve estar me confundindo com alguém eu realmente não sei...
Quando Murilo foi tocá-la, Carla chegou seguro o Murilo pelo braço e foi puxando pra fora do quarto.
C: Licença Drª Laura, já volto pra conversar com a senhora, venha comigo Drº Murilo, vou explicar tudo.
Laura ficou ali sem entender nada, o que estava fazendo ali? Quem era aquele homem? Porque ela estava no Brasil? Onde estava o Lucas?
Duas coisas chamaram a sua atenção, Murilo era o nome que estava na aliança em sua mão e Carla o chamou de Drº, ela só chamava ela e o Sr° Paulo assim, mas tudo bem, isso era o de menos perto de tudo que Laura ainda queria saber.

No lado de fora do quarto.
M:O que tá acontecendo Carlinha? É alguma brincadeirinha da Laura?
C:Dr° Murilo teremos que ter muita paciência e calma agora.
M:Fala logo Carla, você tá me deixando nervoso.
C:Ela perdeu a memória!
M:O que? Como assim? Explica direito!
C:Dr° Murilo, percebeu que ela ficou muito tempo desacordada e não teve nenhum machucado? O senhor mesmo praticamente nem se machucou.
M:Sei sei, mas e aí?
C:Ela bateu a cabeça muito forte, então parece que alguma coisa emocional dela tá meio que fazendo uma auto proteção, mais ou menos isso que o Dr° me explicou.
M:Ela não se lembra de mim?
C:Drº  Murilo, eu sinto muito, mas o médico disse que ainda não da pra saber ao certo como ficou a memória dela, se ela só não lembra das coisas do acidente, ou de tudo que aconteceu depois da vinda dela pro Brasil, mas só do Brasil acho que não é.
M:Porque?
C:Ela acha que o Drº Paulo ainda está vivo, que ela ainda está em Londres.
M:O médico não disse se isso é temporário, uma coisa pós traumática?
C:Ele disse que cada caso é um caso, só com o tempo pra ver.
M:Eu não acredito, eu não posso acreditar.
C:Deus existe Drº Murilo, vai dar tudo certo.
M:E o Lucas? Já está sabendo disso, será que vai reconhecê-lo?
C:Não, ele ainda não sabe, não consigo falar com ele, mais semana que vem ele já vai estar aqui e saberemos, vou esperar ela ir dizendo as coisas, para vermos até onde ela lembra.
M:Droga, droga.
C:Acho melhor  ir descansar Dr° Murilo.
M:Não, eu não saio do lado da minha mulher.
C:Dr° Murilo, eu sei que não deve estar sendo fácil, mas pensa comigo, a Drª Laura acabou de acordar, se está confuso pra nós, imagina pra ela, vamos ao seu tempo.
M:É demais pra mim.
C:Pense nisso, isso pode até assustá-la.
M:Nós tínhamos ficado noivos.
C:Meu Deus...(Com as mão na boca)
Carla deu um abraço em Murilo.
C:Tudo vai ficar bem, o senhor se acalma, isso que vocês tem é muito lindo pra ela não se lembrar e é muito recente também.
M:Talvez seja o melhor a ser feito mesmo. Me mantenha informado Carla, de tudo! O certo é você ficar com ela no apartamento. Sei que talvez seja pedir demais , mas já que eu não posso, e o Lucas não esta aí.
C:Pode deixar, eu vou sim.

Murilo foi até sua casa, estava arrasado. Podia esperar tanta coisa dessa espera infinita do despertar de Laura mas jamais que ela não iria se lembrar dele, agora só restava esperar, esperar e rezar pra que tudo voltasse ao normal.
 

Romances da Laura Template by Ipietoon Cute Blog Design and Bukit Gambang