Na empresa...
C:Boa tarde, senhorita Laura?
L:Tudo bem Carla? Srº Paulo está ocupado?
C:Não, está na sala dele, quer que chame?
L:Não, eu vou até lá, obrigada, vem Lucas!(o puxando sem
nem um pouco de cuidado)
L:posso entrar?
P:Oi minha filha, eu não te disse que você não precisava
vir essa semana?
L:Me desculpe, mas vim perguntar, quem poderíamos chamar
para ser madrinha do nosso casamento junto com o Lucas? Não faço ideia.
Lucas e Sr. Paulo se olharam meio que assustados com a
notícia tão de repente.
P:Minha filha sério mesmo?
Lu:Laura você está certa disso? É isso mesmo que você
quer?
L:Tão certa quanto 1+1 é=2! (sorrindo)
Lu:Bom, se é assim, então que assim seja .
Um mês depois.
L:Nossa, nem acredito que estou casada! Quem imaginaria
não é?
Lu:Bem isso, parece que foi ontem que eu vim pra Londres
pra ficar um pouco com você e daqui a pouco já vai fazer um mês e meio.
L:É, confesso que literalmente minha vida deu uma vira
volta, mas tô tão feliz, o Sr° Paulo é como se fosse meu pai sabe?E quero
ajuda-lo, tem tanta gente interesseira na vida dele, ele está doente e tudo, é
complicado.
Lu:Então só me resta te desejar felicidades! Muitas,
muitas, muitas, você merece tudo e mais um pouco.
L:Meu anjo da guarda, queria tanto que você ficasse mais
um pouco, foi tão bom esses dias com você aqui.
Lu:Também gostei muito de ter ficado com você aqui. Mas
agora o trabalho me espera meu patrão já foi muito legal em ter me deixado
esticar a tua festa de casamento, você casou e eu é que aproveitei uma lua de
mel! (sorrindo)
L:É, eu que diga! (sorrindo)
Lu:Vai me visitar Laura, faz mais de cinco anos que você
está morando aqui e nenhuma vez foi me visitar.
L:E agora vai ficar mais difícil ainda meu amigo. Seria
muito bom se conseguíssemos uma filial no Brasil, mas enquanto isso, internet e
telefone. (sorrindo)
L:Tchau meu anjo boa viagem, assim que chegar no Brasil
me liga está bem?
Lu:Pode deixar! Fica com Deus e juízo ein?
L: Lucas!Calma, antes você pode me dizer uma coisa.
Lu:O que?
L:Se você está dizendo que eu posso ir para o Brasil,
quer dizer que você já resolveu a tal surpresa que precisa usar meu sobrenome?
Lu:Laurinha não resolvi e é por isso que estou dizendo
pra você ir, porque pelo jeito vai demorar.
L:Me diz Lucas o que é? Você está mexendo com essa tal
surpresa desde quando eu vim pra Londres.
Lu:Eu descobri no que teu pai deixou sua herança, mas não
está tão fácil assim provar que é tua.
L:Mas...
Lu:Sem mais lindinha, na hora certa eu te falo, dizer
isso pra você agora não ajudaria em nada. Mas eu te prometo que o que é seu
será seu.
Lucas foi em direção ao ponto de embarque, prometeram se
encontrar pelo menos duas vezes ao ano. Mas com o passar do tempo não foi
possível, era sempre um motivo diferente, a doença do Sr°Paulo se agravando, empresa
completamente comandada por Laura.
Passaram-se muitos anos...
Depois desse dia somente após cinco, Dr.Leonardo
Rodrigues conseguiu provar que a herança era legalmente de Laura Rouse Drummond
Cortez.
Carlos Daniel Lautner e Pamela Curt foram indiciados a
oito anos de cadeia cada e cinco anos de serviços comunitário. Mas o advogado
de Carlos conseguiu reduzir essa pena, Carlos quatro anos e Pamela seis anos,
os serviços à comunidade não foram reduzidos.
Lu:Mas que droga, reduziram muito! (bravo)
Leonardo: Brasil, infelizmente. Pelo menos o advogado
deles não conseguiu um habeas corpus.
Lu:Era só o que faltava, na verdade não é o quanto
merecem, mas já serve como lição. Muito obrigado Dr.Leonardo
Leonardo: Imagina, só fiz meu trabalho.
Lucas mesmo assim ainda não havia contado a Laura sobre
isso, ela estava rica e sentia que iria ter uma melhor hora pra dizer essa
maravilhosa novidade. Primeiro iria tirar essas dividas da empresa e claro
mudar imediatamente o nome. Sabia que Laura voltaria ao Brasil, sentia isso e
deixaria tudo pronto pra quando ela.
A verdade é que Laura tinha até esquecido dessa tal
herança, estava praticamente milionária e faltava somente o tempo para fazer
sua concessionária em Londres, mas assim como Lucas, Laura sentia que devia
esperar.
E o tempo passou...
Laura Rouse Drummond e agora Cortez estava nos seus 46
anos de idade, era linda, despertava olhares maliciosos por todo o lugar que
passava, seus olhos ficaram mais verdes do que nunca, embora ainda casada com
Sr. Paulo ele nunca a impediu de ter um relacionamento, Laura teve alguns
namorados mas nada sério, como se estivesse aguardando o amor verdadeiro, mesmo
com a idade que tinha, acreditava sim em varias coisas como uma adolescente,
agora é uma renomada empresaria, tem muitas filiais em vários países, mesmo
rica por ser legalmente herdeira de tudo, Laura não aceitou nenhum centavo a
mais do que seu salário, queria conseguir sua concessionária de carros por seu
próprio mérito e dinheiro.
P:Bom dia minha filha, está tudo bem na empresa?
Conseguiu resolver a possível filial no Brasil?
L: Infelizmente ainda não, mas eles gostaram da proposta,
disseram que me mandam uma resposta ainda essa semana. Seja o que Deus quiser,
talvez eu vá lá pessoalmente.
P:Bom, por um lado é muito bom (enquanto falava colocava
em alguns momentos o oxigênio na boca)
L:Bom?
P:É, você vai ver o seu amigo Lucas.
L:Quem dera, Lucas está na Itália, foi com o patrão
resolver uns assuntos na empresa que agora ele está trabalhando, pelo menos foi
isso que ele me disse.(rindo)
P:Vai saber se ele não foi fazer uma viagem pessoal,
Itália é um país muito romântico.( rindo com o aparelho de oxigênio)
L:Lucas é cheio de mistérios (sorrindo)bom, um beijo Sr°
Paulo se cuida e remédios na hora certa ein Dr° Paulo Cortez.
P:Pode deixar Drª Cortez(rindo)
Laura deu um beijo na testa dele e seguiu para a
Flexystens.
Na empresa...
L:Bom dia Carla!
C:Bom dia Drª Laura.
L:Você e esse doutora... (rindo)
C:Costume. (sorrindo)
L:Bom, qualquer coisa é só me bipar, não me deixe
esquecer de ligar as 10horas para o Sr° Mario da filial na Itália está bem? E
veja o mais rápido possível minha passagem e todos os detalhes da viagem para o
Brasil. Pelo jeito terei que ir mesmo.
C:Pode deixar, se lembrar de mais alguma coisa é só me
chamar.
Laura entrou na sala da presidência, sentou junto a sua
mesa e pensou.
L:Nossa, quanto tempo, Brasil que saudade, como será que
está o Lucas? Não o vejo faz dois anos. Aquele pessoal egoísta da escola será
que ainda moram lá? E Carlos e Pamela? Como será que estão hoje?
Laura, Laura o que é isso? Quem vive de passado é museu.
Que Carlos que Pamela o que, aqueles dois não merecem nem a minha lembrança,
Laura Rouse Drummond Cortez, adulta! (brigando com ela mesma)
O telefone toca...
L:Laura Drummond?
-:Boa tarde senhora Laura, sou Henrique, administrador, é
sobre a filial que a senhora quer abrir aqui no Brasil!
L:Claro, então os senhores fecham? (sorrindo)
-:Sim, a senhora já pode transferir a Flexystens, daremos
todo o suporte necessário.
Laura estava muito feliz, logo ligou pra Lucas e contou a
novidade, avisou Carla para preparar todos os documentos necessários, só seria
preciso Laura ir ao Brasil acertar os detalhes.
Algumas semanas depois...
Laura já havia marcado a viagem para o Brasil.
Estava em sua sala quando...
C:Dr° Laura! Dr. Laura! Pelo amor de Deus!(entrou
correndo na sala)
L:O que foi Carla? Porque essa gritaria?(já se
levantando)
C:É que... (gaguejando)
L:Fala logo mulher (já aflita)
C:Foi o Dr° Paulo, ligaram da sua casa...
L:Ah meu Deus, cancele todos os meu compromissos, não
volto pra empresa hoje.
C:Assim que der me mande notícias.
L:Claro (pegou as chaves do carro e saiu em disparada
rumo a Mansão Cortez)
Na mansão...
Empregada: Dr. Laura foi muito de repente...
L:Onde ele está?
E:No quarto, já chamamos o médio Dr° Luiz.
L:Muito bem, obrigada.
Laura subiu as escadas, estava tão nervosa que mal
conseguia encontrar o quarto onde estava seu marido, entrou desesperada já com
os olhos marejados.
L:Sr° Paulo?!
P: (com muita dificuldade na respiração) minha filha,
obrigada. A hora chegou...
L:Oque é isso? Que chegou o que e não tem nada que me
agradecer, eu é que tenho que agradecer, graças ao senhor eu sou independente,
sei viver sozinha nesse mundo, ninguém vai me enganar, nunca mais.
P:Senhorita Laura, minha filha, foram os melhores anos da
minha vida, estou feliz porque sei que tudo que eu construí, ficará em boas
mãos.
L:Sr° Paulo não diz isso, descanse, o senhor precisa
respirar com cuidado, não se esforce.
P:Minha filha, agora você esta livre, pode ser... feliz.
(fechou os olhos sorrindo)
L:Sr° Paulo! Sr. Paulo! Eu sou feliz, por favor, não faça
isso comigo, por favor. (segurando as mãos dele)