C.D:Você não está em condições de querer nada não
(alterando a voz)A Laura está debaixo do meu teto, confiando em mim, não se
lembra de você e acredita em tudo que eu falo, então relaxa aí e não faça nada
de estúpido, porque se não quem vai sofrer, será a sua amadinha Laura.
M:Você é um desgraçado, só que eu posso te colocar na
cadeia, você pode até querer montar algum plano pra querer pegar toda a fortuna da Laura, mas eu sou o
Administrador financeiro dessa empresa e você não tem autonomia nenhuma pra
fazer nada aqui, se fizer em dois tempos eu tenho as provas e te enxoto daqui
direto pra o lugar da onde você nunca devia ter saído.
C.D:Agora eu não tenho autonomia, mas vou ter, em dois
tempos a Laura vai me dar plenos poderes pra fazer o que quiser já que iremos
no casar.
M:O que? (sem
acreditar)
L:Querido?! (entrando na sala)
C.D:O que?
M:O que?
Murilo percebeu que não foi pra ele.
M:Me desculpe, é hábito.
L:Você estava demorando, vim ver.
C.D:Desculpe, já estou indo.
L:O que é esse inchado na tua boca?
C.D:Inchado? Onde? Acho que foi um mosquito.
L:Estranho, mas só por gelo. Licença Srº Murilo.
M:Sim, então Srº Carlos, esse assunto ainda não acabou.
Vou sempre estar perto, pra terminarmos isso. E Laura!
L:o que?
M:Se cuida. Sabe que pode me procurar pra qualquer coisa
em qualquer hora.
L:Obrigada. (sorrindo)
Saíram da sala de Murilo.
Murilo não conseguia ainda acreditar, isso tudo parecia
um pesadelo. Que droga de vida é essa que fica brincando com o seu coração, doía
tanto, tanto.
Ele não conseguia imaginar o que fazer nessa situação, o
que estava quebrando as pernas dele, era o fato de Laura não o reconhecer, isso
favorecia demais o lado deles .E o Lucas que não voltava logo, ele iria acabar
com essa palhaçada num instante, Laura não havia esquecido dele. Mas que droga,
pensava nervoso, uma coisa era certa, ele não ia deixar aquela empresa, tanto
por estar perto de Laura, como para
ficar a par dos planos de Carlos.
No telefone.
C:Estou em Londres Srº Lucas, como o senhor chega hoje,
queria deixa-lo avisado que eu voltei pra Londres mas deixei uma pessoa de
minha confiança, o motivo... Assim que eu puder eu conto. Assim que ouvir essa
mensagem me ligue. Obrigada por tudo, Carla.
No telefone...
P:Vai “rato” (apelido de um amigo da cadeia dela) você
sabe qual é o aeroporto não é?
R:Sei sim, já sei quem é também. Levo onde?
P:Onde você quiser, só desaparece com ele, ele nunca mais
pode aparecer, ou pelo menos até quando eu precisar.
R:Beleza, a pintura do carro ficou perfeita, acho que
depois que eu sumir com ele, vou fazer umas corridas de taxista por um
tempinho, levantar uma graninha honesta de vez em quando é bom pra lavar a
alma. (rindo)
P:Certo então. Me liga assim que estiver tudo ok.
R:É as 23:30 hrs correto?
P:É e cuidado passar do horário, um descuido e amanhã ele
está aonde não é pra estar.
R:Pode deixar gata, o seu “rato”aqui, não faz serviço
pela metade não.
P:Ok. Beijo.
Na casa de Carlos...
Laura havia chego da empresa, subiu no quarto para tomar
banho para depois jantarem e enquanto isso o Carlos aproveitou para conversar
com Pamela.
P:Não sei não, não sei se essa opção de peitar o Murilo
seja uma boa.
C.D:Esta tudo ao nosso favor meu amor, ele não pode fazer
nada, a Laura não lembra dele, nada do que ele falar vai fazer efeito.
P:E fotos? A aliança que ela tem com o nome dele? E aí?
C.D:A aliança está comigo, ela nem deve se lembrar dela,
viu uma vez depois que acordou. Fotos, onde? Na casa dela? Ela jamais vai
voltar lá, o Murilo não vai ser louco de tentar forçar a lembrança dela e muito
menos colocar a vida dela em risco, eu deixei claro, ele que faça qualquer
graça que ela vau sofrer as consequências.
P:Meu amor, até que você está se saindo bem. (sorrindo)
C.D:E outra, precisamos dela até ela assinar os papéis,
depois disso acabou.
L:Acabou o que?
Pamela e Carlos ficaram brancos de susto, desde que parte
da conversa Laura estava ouvindo? Será que o plano perfeito estava ameaçado?
C.D:Acabou o que? (nervoso)
P:Acabou, acabou a nossa preocupação, graças a Deus, você
está melhor o dia de trabalho de hoje fez com que nós tivéssemos a certeza de
que você está melhor.
Nisso Carlos e Pamela deram um abraço falso em Laura.
L:Obrigada.
P:Vamos jantar então antes que a comida esfrie.
(sorrindo)
L:Carlos, eu acho um absurdo a Pamela trabalhar como
empregada na nossa casa.
P:Não , não Laura, eu preciso do emprego, nada mais justo
do que eu pagar de algum jeito a casa e comida que eu tenho aqui.
L:Eu não acho, mas se pra você está tudo bem.
C.D:Eu já disse isso pra ela meu amor, mas ela se recusa.
L:Você quem sabe.
Enquanto jantam...
L:Carlos, eu estava pensando. A Pamela podia ser nossa
madrinha de casamento, o que você acha?
C:Por mim tudo bem.
L:O problema agora é um padrinho, ela não tem ninguém?
C:Que eu saiba não. Mas o padrinho pode deixar comigo, eu
já sei quem pode ser.
L:Ok. (sorrindo)
Laura saiu da mesa deu um beijo em Carlos .
L:Vou dormir, estou com uma dor de cabeça insuportável.
C:Pode ir sossegada amor, eu vou em seguida.
Laura chegou
deitou em sua cama e ficou olhando para o teto.
L:Meu amigo, porque você teve que ir antes de mim?
Preciso tanto de você, sinto que está tudo errado. Mas onde?
Laura dormiu perdida em seus pensamentos.
Tudo estava tão
estranho, a demissão de Carla do nada, seu casamento marcado pra daqui a um mês.Toda
essas filiais pra ela comandar sozinha, que droga, o que a vida estava armando
pra ela? Queria entender, queria viver tranquila.
Teve um sono agitado, flashes do acidente vinha em seus
sonhos, mas nada que a fizesse lembrar de Murilo. A mente realmente nos prega
peças, como ela não lembrava dele? Tantas noites de amor, tantos momentos de
carinho.
Enquanto isso Carlos e Pamela.
C:O que? Como assim o Lucas está vindo hoje?
P:Calma, como você é afobado, já resolvi isso. A songa
não vai ver o amiguinho baitola dela, ele vai continuar morto, amanhã o
“rato”vai ligar pra contar o que ele fez com ele.
C:Nossa que rápida.
P:Enquanto você ainda está com a farinha eu já estou
voltando com o pão meu amor.
C.D:Então acho que está indo tudo nos conformes.
P:É está tudo ao nosso favor.
C.D:Por isso marcamos esse casamento logo.
P:É, não sabemos se essa perda de memória é pra sempre.
Está tudo dando muito certo que é bom não bobear.
C.D:É isso mesmo. Enquanto isso, vamos aproveitar e deixar
a nossa amiguinha cada vez mais confiante.
P:Idiota. (rindo)
Uma semana depois Carlos e Pamela.
C:O que mais me intriga é isso.
P:Eu não estou enganada, era na semana passada sim, era
pra ele estar aqui e mesmo assim, se passaram uma semana, é muito tempo, ele já
teria voltado e dito tudo a Laura. E o Murilo? Será que ele percebeu que
faríamos alguma coisa em relação ao Lucas e o escondeu, sei lá ajudou ele.
C.D:O pior é que não, ele veio na minha sala ontem, quis
me bater pra que eu dissesse pra ele o que fizemos com o Lucas!
P:Que droga, eu achei que ele tivesse alguma coisa a ver.
C.D:Não.
P:Ele pode estar mentindo.
C.D:Não, ele estava muito nervoso.
P:Onde será que essa bicha foi parar?
C.D:Não sei, mas mesmo assim vamos logo apressar esse
casamento.
P:Ei, assim eu fico com ciúmes, parece até que esta louco
pra noite de núpcias!
C.D:Sem viajar na batata amor, casamento, dinheiro, só
isso. E outra, casei com a Laura, aí pode voltar memória, pode voltar o Lucas,
pode acontecer o diabo se quiser.
P:Vou ajudar com o que puder .
Na empresa.
D:Dona Laura?
L:Sim
D:O Sr° Murilo quer falar com a Senhora, pediu que
comparecesse até a sua sala.
L:Diga ele que estou terminando uns documentos e já vou.
D:Sim, com licença.
L:Toda.
Uns minutos depois...
L:Sr° Murilo?
M:Pode entrar Laura.
Murilo ainda não se acostumou com Laura o chamando de
Senhor, a cada vez que ela dizia isso, era como se alguém o alfinetasse.
L:Mandou me chamar?
M:Sim, pode se sentar.
Murilo havia chamado Laura para apresentar uns
relatórios, ele não se afastou de Laura nenhum momento, até porque agora com o
sumiço de Lucas ele estava ainda mais preocupado. Onde Lucas estava?