L: Jorge já chegou?
C:Chegou sim, está na sala dele, quer eu o avise algo?
L:Não é preciso, eu vou até lá. Obrigada Carla.
(sorrindo)
C:Disponha, se precisar de algo é só pedir.
Na sala de Jorge
L:Posso entrar?
J:Oi Laura, mas é claro, quem é vivo sempre aparece.
(sorrindo) Tava sentindo a sua falta.
Laura foi até a mesa de Jorge, ele levantou, ficaram em
silêncio por um minuto até que resolveram falar.
J e L:Quanto aquele...
L:Desculpe, pode falar primeiro. (sorrindo)
J:Não, diz você.
J e L:É que...
Olharam-se por um instante.
L:Foi um erro.
J:O que?
L:Aquele beijo.
J:Erro? E posso saber por quê?
L:Por que você é praticamente meu chefe e também seria
complicado.
J:Não acho.
L:Que seja complicado?
J:Que eu seja seu chefe.
L:Mas mesmo assim.
J:E mesmo que eu fosse.
(Jorge foi dando a volta na mesa e passou por Laura, foi
até a porta e trancou-a).
L:Jorge, não.
J:Não o que?! Não fiz nada... (parando em frente à Laura)
Laura se jogou nos braços de Jorge e logo o beijou com
fervor, ele logo a ergueu em cima da mesa, ela envolveu sua pernas na cintura
dele, a situação foi esquentando, quando por fim ele ergueu a saia de Laura, no
mesmo instante ela lembra que está em seu local de trabalho e o afastou.
J:Você não vai fazer isso comigo Laura, isso é pecado
(tentando segurá-la um pouco mais em seus braços)
L:não, não, não (saindo dos braços dele, embora fosse
muito tentador ficar neles)
J:Porque?
L:Aqui é meu trabalho, não posso por meu emprego em
risco.
J:Calma, eu sou o braço direito do Sr° Paulo, fica
tranquila.
L:Você acabou de me dizer que nem se considera meu chefe,
então isso não muda nada.
J:Não...
L:Mas...(com um olhar provocador) você pode me visitar
hoje (segurando a gravata dele e a puxando para si) especificamente no meu
quarto, ein?(chegando perto de seus lábios praticamente chamando os delas) o que
você acha? Prometo que compenso essa interrompida, hum? (provocando-o)
J:Não sei ...(a agarrando pela cintura)
L:Não sabe?(chateada)
J:É ...(dando um selinho)não sei se consigo esperar até a
noite.(sorrindo)
L:Já estava imaginando que...
J:Você imagina demais meu anjo (e deu um beijo que fez
Laura flutuar)
L:Mas agora preciso trabalhar (saindo de seus braços dele
e indo em direção a porta)
J:Bom, então até hoje à noite.
L:Engraçadinho, cadê a chave?
J:Só dou se me der mais um beijo. (a provocando)
L:É assim? Então tudo bem.
Laura foi chegando perto de Jorge, colocou a mão em sua
nuca e com muita sedução foi encaixando a perna entre as pernas dele. Colocou a
mão nas costas dele, foi aproximando a boca, a mão descendo mais, até que ela
saiu e foi em direção à porta e a abriu.
J:Isso não é justo, você vai ver só mais tarde.
(sorrindo)
L:Vou esperar. (sorrindo)
J:Pode esperar.
Fim do expediente. Laura estava em casa com um belo vinho
em cima da mesa e um pequeno jantar no forno. Mas é claro, neste momento Laura
estava onde? É mesmo, Ao telefone.
Lu:Não te disse que isso ia dar mais pano pra manga?
L:Não tinha planejado isso, ele é praticamente meu chefe
isso é complicado.
Lu:Não acho.
L:Que ele seja meu chefe?
Lu:Não, que seja complicado.
Laura riu.
Lu:O que foi?
L:Nada.
Lu:Vem cá, você vai sair com ele hoje?
L:Então... (rindo)
Lu:Garanto que ele vai colocar velas de novo, que coisa
mais antiga(rindo)
L: Sério?
Lu:Mas é claro, porque? Não me diga que você pensou em
colocar isso em um jantar de vocês? (rindo)
L:Não, não, claro que não (já assoprando as velas da
mesa)
A campainha tocou.
L:Lucas vou ter que desligar, acho que é o Jorge, ele vem
jantar aqui.
Lu: Olha só! Aproveita e juízo meu anjo, você merece.
L:Pode deixar (rindo)
L e Lu:Tchau.
Assim que Laura abriu a porta.
L:Boa noite cavalheiro.
J:Boa noite amor (já agarrado Laura pela cintura)
L:Me desculpe,mas estou aguardando alguém para um jantar,
não posso corresponde-lo
J:É? Ele é um cara muito sortudo. (Sorrindo)
L:É de fato.
J:Mas talvez ele não perceba que eu te roubei um beijo.
Dizendo isso Jorge ergueu Laura nos braços, ela
entrelaçou as pernas em sua cintura e começou um longo e delicioso beijo, Laura
o desejava de tal maneira que até nem a estava reconhecendo, ele a deitou no
sofá e colocou as mãos nas costas de seu vestido, foi abaixando o zíper, foi
beijando os ombros, descendo a boca até o colo de Laura e assim foi beijando o
corpo todo, levando Laura à loucura, num impulso o virou e como estavam no sofá
caíram no tapete felpudo da sala. Ela subiu em cima dele e gemeu sussurrando
aos ouvidos de Jorge um som indescritível de tanto prazer e assim continuaram
até chegarem ao máximo de prazer.
Um tempo depois...
J:Nossa. (ofegante)
L:Nossa uau(ofegante)
Jorge colocou Laura em seus braços.
J:você é perfeita!
L:Para vai.(sem graça)
J:Na verdade, acho
que quero ter você sempre perto de mim.
L:Você já me tem sempre perto de você.
J:Mas não desse jeito. (rindo)
L:Podemos providenciar isso com o tempo. (sorrindo)
J:Isso já é um bom começo. (rindo)
Ficaram abraçadinhos ali no tapete felpudo por horas, só
saíram mesmo quando a fome apertou, estavam se conhecendo melhor, então
conversaram tanto e tão naturalmente que nem se deram conta do tempo.
E assim se passou uns meses, Laura e Jorge estavam
namorando, mas escondido, ela não queria passar uma má impressão ao Sr° Paulo.
Estavam Laura e Jorge na sala dele, trancados no maior
amasso, quando...
C:Senhor Jorge!? (batendo a porta) a senhorita Laura está
com o senhor? O Dr° Paulo quer vê-la.
Laura não gostava de namorar no trabalho, mas às vezes ia
entregar alguns relatórios na sala do Jorge e ele acabava a agarrando, a
colocando contra parede, em cima da mesa, em seu colo, enfim, coisas como essa
que Laura acabava não resistindo e este foi um dia.
L:Ainda bem Carla que é você! (gritando)
C:O que foi senhorita Laura? (nervosa)
L:Socorro! (gritando)
J:O que você está fazendo Laura?(repreendendo a namorada)
L:Olhe e aprenda. (sorrindo)
C:Senhorita Laura?! Dr. Jorge o que está acontecendo?
L:Carla minha querida, depressa, arrume um chaveiro, a
porta emperrou e não conseguimos abrir. Estou apavorada, não suporto lugares
fechados.
C:Porque o senhor não me bipou Dr°Jorge?
J:Porque agora que a senhorita Laura ia sair e percebemos
que não abre, mas você já chegou (sem entender)então depressa, chame um
chaveiro logo mulher.
C:Aguardem mais um pouco, já volto com ajuda.
J:O que foi isso Laura?
L:Você está doido? O que a Carla iria pensar? Nós dois
aqui trancados há essa hora?
J:Ia pensar que você estava sentada na minha mesa com as
pernas na minha cintura e a gente num maior pega, quase virando um sexo
inesquecível (sorrindo)
L:Para com isso (dando um selinho)o que o senhor Paulo
iria imaginar de mim?
J:Relaxa meu amor, isso não vai mais acontecer tá?Aqui na
empresa é claro. (rindo)
L:Seu bobo (dando mais um beijo nele)
Alguns minutos depois na sala do senhor Paulo...
L:Me desculpe pela demora senhor Paulo, tive um pequeno
imprevisto, a Carla disse que o senhor queria falara comigo?!
P:Foi o Jorge não é?
L:O que?(assustada)
P:Você e o Jorge.
L:O que tem a gente?(já apavorada)
P:Vocês ficaram presos na sala dele não foi?
L:Ah (aliviada) claro, isso.
P:Como?
L:Foi isso sim, nossa, ainda bem que a Carla foi rápida,
já ia ficar desesperada.
P:Sem dizer que a senhorita estava correndo risco de
vida..
L:Porque?
P:O Jorge podia te atacar. (dando uma alta gargalhada)
L:É (meio sem jeito mas achando graça do jeito do Senhor
Paulo)
P:Bom minha filha e aí? Como foi sua analise?
L:Como foi o que?
P:Laura?
L:Sim?
P:Os relatórios? O que você acha? Que conclusão você
chegou? Afinal já passaram vários meses que você está analisando-os.
L:A sim os relatórios, bom senhor Paulo, nenhum deles
está batendo.
P:E?
L:Me desculpe dizer isso assim senhor Paulo, mas não
tenho como ser mais simples. Nenhum dos valores que está saindo como
investimento pra Grécia está voltando como lucro.
P:Ainda não entendo minha filha.
L:Senhor Paulo, está saindo mais do que o necessário para
os contratos na Grécia e voltando menos do que é o lucro estimado.
P:Então você está querendo me dizer que está sendo
desviado dinheiro da empresa?! Que eu estou sendo roubado debaixo do meu
nariz!? (gritando) Como você está dizendo isso menina?! (muito exaltado)
L:Sr° Paulo, estou baseando nos relatórios que o Senhor
me deu e...
P:Você está mentindo, como fui contratar uma criança pra
cuidar disso? É a mesma coisa de me chamar de burro! Onde estava meu juízo?
L:Senhor Paulo, se o senhor quiser posso rever os
relatórios. (já com os olhos vermelhos)
P:Não quero que você veja nada menina.
L:Posso explicar para o senhor porque cheguei a essa
conclusão.
P: Demitida!
L:O que? (gaguejando)
P:Sai imediatamente dessa empresa senhorita Laura.
L:Senhor Paulo.
P:Sai! Como você pode simplesmente vir e me dizer que
estou fazendo papel de idiota? Que estão me roubando!
L:Senhor Paulo, não faz isso comigo, preciso desse
emprego.
P:Você jogou seu emprego quando levantou uma falsa
acusação!
L:Sr° Paulo!(firme) O senhor me pediu para que eu fosse
acima de qualquer coisa profissional não foi?
P:Mas isso.
L:Isso é a verdade, agora se o senhor que me demitir por
isso, me desculpe, mas o senhor é a única pessoa que não vai estar sendo
profissional aqui (gritando)
Ficou um silêncio na sala...
P:Me desculpe, estou fora de mim minha filha, é que se
isso realmente for exato, estou sendo apunhalado pelas costas.
L:Sr° Paulo eu entendo, mas tudo bem(brava) eu vou fazer
minhas coisas.(saindo)
P:Espera senhorita Laura.
P:Não pode ser, não pode ser, isso é um prejuízo de
aproximadamente quanto ?
L:Senhor Paulo baseando nos anos que o senhor tem essa
filial na Grécia, aproximadamente mais
de 1 bilhão e meio.
P:Meu Deus estou praticamente afundando esta em Londres
sem nem saber. Se não fosse você, talvez só soubesse quando tivéssemos que
fechar as portas.
L:Senhor Paulo? O Senhor está bem?
P: Eu...
L:Meu Deus (correndo em direção ao senhor Paulo)
P:Chame a Carla (gaguejando)
Laura rapidamente pegou o telefone e bipou Carla.
C:Sim Dr° Paulo?
L:Carla sou eu Laura!
C:Senhorita Laura?
L:Corre aqui pra sala do Senhor Paulo, ele não está bem.
C:Meu Deus já estou indo.
Desligaram o bip.