M: Eu só preciso esperar mais um pouco. Não posso ficar muito naquela casa, vou acabar enlouquecendo.
D: Acho que a única coisa que me resta, é te desejar boa sorte. (rindo)
Miguel estava decidido, ia declarar-se a Helena e pronto! E daí se ela dissesse não? E daí se ela o proibisse de ser amigo do Pedro? E daí!?
Na escola.
Helena e Alice conversavam sobre a Raquel.
Alice: Coitada dessa menina.
H: Eu fiquei até sem saber o que dizer.
Alice: Você gosta muito dessa menina, não?
H: Eu me apeguei a ela.
Alice: Você e o Pedro, não é? (rindo)
H: Você sabia que no começo eu achei que era só fogo de palha desse menino, mas agora, acho que ele gosta mesmo dela.
Alice: Que bom pra ela, sabemos que vai ter um lindo e inteligente namorado.
H: O melhor namorado (rindo) Mas ela já tem.
Alice: Mas o Pedro é bem “Helena”... Não vai desistir assim tão fácil.
H: O que você quer dizer com, bem “Helena”?
Alice ria.
H: Eu faço o maior gosto desse namoro, ficaria muito feliz se desse certo.
....
Alice: E o Miguel?
H: Está bem, que eu saiba.(assustada com a pergunta)
Alice: Vocês não se “encontraram ”mais?
H: Alice, eu não estou te entendendo.
Alice: Você não tem mais os sonhos?
H: Ah, é isso (rindo) Porque você não é mais direta?
Alice: Mais do que eu fui? Até o nome eu falei (rindo)
H: Eu não sei mais o que eu faço, ele ainda aparece nos meus sonhos!
Alice: Meu pai...
H: O pior é que nem consigo mais... Sabe? Fazer, com o Afonso.
Alice: Não acredito.
H: Estou tão mal com isso, desse jeito o Afonso vai separar de mim.
Alice: Não podemos negar o fato de que quem não dá assistência, abre espaço pra concorrência.
H: O que eu faço?
Alice: Tira a prova, se ele é igual nos seus sonhos mesmo.
H: Como assim ? Trair o meu marido?
Alice: Trair é uma palavra forte demais, eu não concordo com isso, mas antes de tudo eu não concordo com a infelicidade.
H: Ele está me enlouquecendo, não sou de ferro e ele ali tão perto.
Alice: E está na sua cara que desde aquele churrasco você não está bem.
H: Talvez o melhor seja viajar.
Alice: Pode ser, só mais algumas semanas e estaremos de férias.
H: Talvez isso seja o certo, viajar.
Alice: Por falar em viagem, o Edu tem um treinamento da empresa no Rio de Janeiro nas férias.
H:Jura? (sorrindo)
Alice: Nas férias, Helena!!Vou poder ir junto! (sorrindo)
H: Estou vendo que vai ter gente que vai morrer nas praias do Rio. (rindo)
Alice :E você dúvida disso? (rindo)
H: Já o Afonso quer ir acampar, imagina só!?
Alice: Acampar? De onde ele tirou isso?
H:Também queria saber, esses dias ele disse que havia desistido, mas se conheço bem, logo ele volta com essa ideia. Qualquer lugar será bom, qualquer lugar menos ficar em casa.
E assim foi se passando a semana, Miguel já havia conseguido montar o seu consultório, para sua alegria o lugar onde ele tanto queria e que ficava a caminho da escola de Helena.
No consultório de Miguel...
Secretaria: Dr° Miguel?
M: Sim?
Secretaria: A última paciente já saiu, posso ir para casa?
M: Claro, claro que pode, até amanhã.
Secretaria: Até amanhã, Dr. Miguel.
Miguel estava decidido, ia encontrar Helena e dizer tudo que sentia, era tudo muito louco, tudo muito repentino, nem se conhecem praticamente, mas aquele sentimento dentro dele estava até o machucando.
Teve dias em que Miguel quase admitira estar louco. Acordava perturbado daqueles sonhos, estaria apaixonado por alguém que não existia? Se isso não era loucura o que poderia ser?
Mas agora tinha certeza de que não estava louco, ela existia! Helena...
E ele ia com certeza atrás daquele amor.
Na escola...
A: Helena eu já estou indo, o Edu veio me buscar.
H: Tudo bem, amanhã você vem comigo, não é?
A: Sim, apareço roubar o café da manhã antes de irmos.(rindo)Tchau!
H: Tchau!(Rindo)
Helena ficou arrumando algumas provas na sala, até que alguém bateu na porta.
H:Entra!
M:Oi?
H:Miguel?!
Naquele momento todo o tipo de sentimento passou por Helena, susto, curiosidade, alegria, nervosismo. Não sabia nem diferenciar ao certo.
M: Estava passando por aqui, vendo umas coisas que faltavam para o consultório, sabe... Aí passei aqui, saber se você queria... sei lá, companhia pra voltar? Afinal, vamos para o mesmo lugar. (sorrindo)
H: Ah, (rindo) entra, senta aí, quer um café? Uma água? (já levantando-se) Só vou terminar uma papelada aqui e já vamos.
M: Não pense que vim te roubar uma carona não viu? (Rindo)
H: Isso nem passou pela minha cabeça, Miguel (Rindo)
M: Mas seria ótimo uma carona(sorrindo)
H: Admitiu? (rindo)
M: Com esse calor o ar condicionado do seu carro seria maravilhoso, ainda mais acompanhado de uma tão linda companhia...claro se não for incomodar.
H: Não, claro que não... Vou adorar a sua companhia.
M: Que bom (encarando-a)
E assim, depois de alguns minutos eles entraram no carro e foram em direção à casa dos Windshester.
Tiveram um conversa gostosa, descobriram manias, defeitos e muitas coisas incomum.
Estavam à vontade um com o outro, como se já se conhecessem por muito tempo.
Depois disso, muitos outros dias, Miguel ia à escola para ir com Helena.
Ele alugou um carro por uns dias só para busca-la quando ela deixava o carro na revisão.
E também não fazia o mínimo de esforço para alugar logo uma casa e sair daquela, principalmente porque Afonso começou a viajar muito nessas últimas semanas e ele tinha Helena só para ele, já que Pedro quase não parava em casa.
Aquela semana era uma em que Afonso não estava em casa, mais uma viagem a trabalho o deixou em São Paulo por mais aquela semana.
Era tarde da noite, quando Helena foi para a cozinha preparar algo para comer.
Pedro tinha ido buscar Raquel na faculdade depois de muita insistência.
M: Hum, o cheiro está ótimo (sorrindo)
H :Quer um? (referindo-se ao que preparava)
M: Não, obrigado. O jantar que a Raquel deixou já foi o suficiente.
H: Não sabe o que está perdendo. (sorrindo)
M:Mas posso imaginar.
Estavam ficando no mais absoluto silêncio quando Miguel resolveu falar.
M: O que está achando de eu morar aqui com vocês? (aproximando-se)
H: Normal.
M: E o que é normal para você?
H: Não saberia dizer.
M: Eu sou normal para você? (aproximando-se um pouco mais)
H: Você me deixa constrangida.
M:Porque?
H: A forma com que me olha.
M: E como eu olho para você, Helena?
H: Não saberia dizer.
M: Olhe para mim e tente.
A timidez a fez olhar para ele e desviar o olhar rapidamente. Ele segurou em seu queixo, virou seu rosto em sua direção e pediu para que ela olhasse em seus olhos.
Ela não teve como não fazer isso, pois ele não tirou a mão do seu queixo. Penetrou o máximo que pode o seu olhar. A penetração foi tão intensa que conseguiu ver o que ela estava vendo. Ela viu que o olhar de Miguel era de desejo, enquanto o dela era de confusão. Seus olhos brilharam, foi quando ele percebeu que ela já estava prestes a tomar uma decisão.
E agora, saberia dizer?
H: Você é amigo do meu filho.
M:Não! Eu sou o homem que está olhando para você. Você está me olhando como mãe do meu amigo ou como mulher?
H: Como mulher, mas que é mãe do seu amigo.
M: Faça um esforço, use a imaginação e pelo seu olhar sei que a imaginação está solta! O amigo do seu filho está com ele. Ele só está em casa quando ele está. Quem eu sou? O que diz o meu olhar para você?
5 comentários:
Miguel super direto haha
Amoooo s2
Eita diachoooo
"O que diz meu olhar pra vc?"
Hmmmm hehehehehe
E agora dona Helena? Quero só ver escapar do boy magia! Kkkkkk
Helena ♥ Miguel !!!!!
"O que diz o meu olhar para você?"
Uiiiii numa dessas eu já tava agarrando o pescoço dele kkkkk
Me arrepiei todinha nessa cena!
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