8° Confidências Part2/ Por Você

Dormiram entre beijos, declarações e muito carinho.

Os primeiros a acordarem foram Lívia e Otávio, acompanhados claro, de Pérola e Esmeralda.

Otávio havia acabado de ajudar Lívia com o café da manhã e estavam agora abraçados em meio a carinhos.

Vivian e Luís entraram pela cozinha e não puderam deixar passar.

L.F:Otávio, você...

V:Realmente quer nos deixar malucos.

Lívia sorriu.

V:Olha, sinceramente Luiz e Lívia merecem um troféu por te aturar.

O:Bom dia para vocês também (sorrindo abraçado a Lívia)

V:Bom dia (rindo)

L.F:Demora mas ele entende. (sorrindo)

O:Luiz, assim você não me ajuda. (rindo)

Lívia beijou Otávio.

V:Que bom, agora sim está tudo bem, estou muito feliz por vocês. (indo de encontro com a amiga)

Estavam felizes e cheios de planos. Logo Matheus e Julia se juntaram a eles para comemorar, comemorar o inicio de uma nova vida.

Um tempo depois.

Continuavam a conversar, afinal o caminhão que iria fazer a então mudança viria somente à tarde.

L:Emeralda nasceu primeiro, Pérola veio sete minutos depois.

O:Pérola parece ser mais calma do que a Esmeralda.

L:E é, se Pérola estiver chorando, Esmeralda chora também só para acompanhar (rindo)

J:E são cúmplices! (rindo) Uma ajuda à outra a fazer bagunça.

Otávio estava adorando ouvir aquilo, não sentiu a mesma felicidade que sentiria se tivesse vivido tudo aquilo, mas uma coisa boa o invadia ao saber esses pequenos detalhes.

Estavam em meio a risos quando bateram a porta.

L:Pode deixar que eu vou ver quem é.

Lívia deixou a cozinha e foi em direção à porta da sala.

Otávio olhou para Julia e disse:

O:Sua mãe disse que o caminhão da mudança viria após o almoço não é? Ou eu estou enganado.

J:Eu já até sei quem deve ser.

Assim que Julia fez uma expressão de desaprovação, Otávio entendeu e saiu apressado para a porta.

F:Bom dia! (sorrindo)

L:Bom dia? Como é que você tem coragem de vir aqui?

F:Lívia, eu não estou entendendo...

Fernando foi interrompido por um tapa, tapa esse que Otávio chegou a tempo de ver.

L:Eu nunca mais quero te ver.

Otávio ia se aproximar, mas Vivian o puxou pelo braço.

V:Deixa que ela resolve.

O:Mas...

V:Ela precisa colocar o que está sentindo em relação a isso para fora.

O:Talvez você tenha razão.

Ele apenas ficou observando de longe.

F:Lívia, o que é isso? Você não pode fazer isso comigo, eu sempre estive ao seu lado.

L:Você mentiu pra mim! Como você conseguiu ter acesso aquele caderno?

F:Caderno? Que caderno?

L:Tudo foi armado, tudo! Você deve ter me seguido até aqui, como eu fui idiota, eu caí feito um patinho.

F:Lívia, me escuta não é isso, eu não fiz nada.

L:Sai.

F:Isso que você está fazendo é injusto, Lívia. Eu não fiz nada a não ser ficar do seu lado.

L:Sai, agora.

Lívia tinha as mãos tremula, afinal, ele continuava mentindo, mesmo ela já sabendo a verdade e isso a deixava muito nervosa.

O:Você não está ouvindo o que a “minha” mulher está dizendo? É pra você sair.

F:Lívia...

L:Eu não vou voltar atrás, eu confiei em você e você roubou a minha felicidade.

F:Você era minha, Lívia.

L:Nós já conversamos sobre isso inúmeras vezes.

O:Isso que você sente não é amor, você é doente.

F:Não ouse dizer que o meu amor é uma doença. Você não a conhece você não estava com ela esse tempo.

O:Porque você me roubou esse tempo, seu desgraçado! (já indo em direção a ele)

Nesse momento Luiz chegou e os separou, Vivian foi para a cozinha assegurar que as crianças não sairiam de lá.

L:Para com isso Fernando, eu já disse tudo o que tinha pra dizer. Você nunca mais apareça na minha frente, o pouco de carinho que eu ainda cultivava por você, acabou. Eu não sinto mais nada.

F:Isso não vai ficar assim Lívia, eu faria tudo por você, tudo! Eu te conheço, eu conheço a verdadeira Lívia.

L:Sai daqui! (o empurrando)

F:Lívia!

L:E se vier atrás de mim, eu chamo a polícia! (fechando a porta)

As lágrimas foram inevitáveis, Otávio ficou até meio sem jeito por isso, porque ela chorava por ele?

Mas na verdade ela não chorava por ele, mas sim pela situação, afinal de contas ela acreditou nele, como ela pode ter sido tão ingênua e olha do que ele foi capaz.

Tentava admitir para si mesma que não estava com medo, mas estava. Do que mais Fernando seria capaz?

Uma pessoa que já está doente precisa de um tratamento, apenas dizer para ela isso não seria o suficiente.

Ela correu para um abraço forte em Otávio.

Fernando saiu dali irritado.

Assim que chegou a sua casa ficava pensando.

Tudo o que fizera foi em vão? Não! Se Otávio parou a vida dele para procurá-la ele havia feito mais, ele mudou a própria vida em função de Lívia.

O que fazer?

A essa altura Fernando não raciocinava, Lívia e Otávio estavam certos, ele estava doente. Uma pessoa doente que não aceita essa doença se torna uma pessoa perigosa.

Certa hora Fernando chegava a ouvir Marta.

A mesma dizia que ele era um idiota, que se fosse ela teria feito melhor. Que ele não soube aproveitar a oportunidade.

Ele andava de um lado para o outro nervoso, precisava pensar no que fazer. Otávio não iria tê-la, ele não merecia tê-la.

Pegou uma taça de vinho junto a uma garrafa já aberta e sentou-se ao sofá. Era a companhia que precisava para conseguir passar aquela noite sem cometer uma besteira.

O dia passou rastejando para todos, os ponteiros do relógio insistiam em ficar no mesmo lugar.

Mas ao chegarem a casa no Rio de Janeiro, tudo foi recompensado.

L:Que saudades eu estava daqui.

O:Que saudades eu estava de você. (beijando-a)

A pequena Pérola que estava no colo dele logo enrolou os dedos no cabelo da mãe.

L:Ai ai, filha. (tirando)

J:Ela está avisando pra não namorarem na nossa frente.

Otávio olhou para Lívia e sorriu.

J:Tenho até medo de olhar como está meu quarto.

O:Ei, está impecável.

L:É, também percebi que está bem arrumado, se bem ouvi, alguém me disse que você estava horrível e a casa uma bagunça.

O:O Luiz exagera muito.

Lívia o olhou de canto de olho dizendo com os mesmo que ela sabia a verdade.

O:Tudo bem, antes de viajarmos Zezé veio fazer uma geral aqui.

L:Eu desconfiei (rindo)

Julia já subia as escadas quando Lívia a alertou.

L:Nada de internet até tarde, amanhã de manhã iremos até a sua antiga escola, vamos ver se conseguimos encaixar a senhorita na mesma turma.

J:Tá, mãe. Boa noite, boa noite seu Otávio. (já no meio das escadas)

L:Ei ei!

J:O que, mãe?

L:Meu beijo.

Julia desceu e foi até ela e a beijou, depois foi até Otávio e fez o mesmo.

A menina começou a subir ansiosamente pelas escadas, quando...

L:Ei! Não está esquecendo de mais nada não?

J:O que foi agora mãe?

L:Sua mochila, já leve ao seu quarto.

Julia desceu e pegou a mochila.

J:Mais alguma coisa, mãe?

L:Não, acho que não. (sorrindo)

J:Então se a senhora me dá licença, irei até os meus aposentos matar a saudade dos meus amigos pela internet. Pode ser?

L:Pode, agora pode!

Julia sorriu e subiu correndo as escadas.