14° Confidências part2- Por Você

Lívia sorriu, estava muito feliz, não via a hora de que tudo aquilo desse certo e ela pudesse ficar em paz.

Eram exatamente 04:27 da manhã quando Lívia junto com seus funcionários colocaram a ultima caixa de talheres na van da Frosch.

Otávio olhou para Lívia e a mesma ainda tinha uma energia que ele nem imagina da onde estava vindo.

O:Acabou?

L:Sim. (Dando um selinho nele)

O: E a van? O pessoal deixa na Frosh?

L:Não, a van vai pra casa do Rafael, ele leva pra Frosh na segunda.

R:Pode deixar Dona Lívia.

Os cincos funcionários de Lívia que ainda restavam estavam entrando na van, quando a mesma disse.

L:Esperem, antes quero dar uma coisa a vocês.

R:Não brinca.

Lívia sorria.

L:Para a melhor equipe do mundo.

Lívia entregou para eles três garrafas de champanhe importado.

L:Mas só bebam depois que estacionarem essa van direitinho dentro da garagem do Rafael ein.

R:Pode deixar, obrigada Dona Lívia, boa noite a todos.

E assim a equipe do evento deixou o local e logo em seguida, Lívia e Otávio.

No carro.

O:Lívia, saímos de lá há meia hora, você já bebeu a metade da garrafa.

L:Eu quero comemorar meu amor. (sorrindo para ele)

Lívia dizia isso e passava a mão pela nuca de Otávio, o mesmo se arrepiava ao sentir as mãos dela.

Ela estava visivelmente alterada pelo álcool.

O:E qual é a parte de que comemoraríamos juntos, em casa.

L:Amor, eu tenho outra dessas no banco de trás, prometo que teremos o suficiente para comemorarmos em casa.

O:Meu amor, desse jeito você vai comemorar com a cama e o travesseiro, isso demora fazer efeito mas...

L:Shiii, senhor Drayer, não seja careta.

Lívia levou a sua mão até o membro de Otávio e o acariciou intensamente.

Otávio nesse instante se contorceu e acabou desequilibrando o carro.

O:Amor, pelo amor de Deus, não faça movimentos bruscos desse jeito.

L:Otávio... (sussurrando)

O:Hum?

Otávio tinha uma mão no volante e a outra em cima da mão dela.

L:Eu quero transar com você.

O:Acho que nunca tive o privilégio de conhecer essa Lívia. (rindo)

L:Amor(com a voz impaciente como de um criança que quer a atenção)

O:Eu também quero transar com você meu amor, mas você terá que aguentar mais um pouco, moramos do outro lado da cidade, chegaremos em uns vinte minutos.

Lívia tomava mais um gole do champanhe.

O:Para de tomar isso, você vai passar mal.

Otávio olhou para ela e disse:

O:Psiu (segurando o queixo dela sem tirar a atenção da direção). Sabe que você é a bêbada mais linda que eu já vi?

Lívia fez uma expressão que se pudesse teria feito Otávio derreter-se de tanta fofura.

O:Meu deus, não faça essa carinha meu amor, você vai me matar assim.

L:Quero que você pare.

O:O que?

L:Pare o carro.

O:Aqui?

L:Por favor, eu não estou bem.

O:Eu não disse? Sabia que você ia acabar passando mal.

Otávio encostou o carro, estavam perto da praia, não havia absolutamente ninguém. Nenhuma alma viva pernoitando.

Ele fechou a porta do carro e quando olhou, ficou preocupado, foi em um segundo, onde ela estava?

O:Lívia?

Ele olhava e nada, olhou para dentro do carro e os sapatos dela ainda estavam ali, mas... Não. Aquela outra garrafa de champanhe não estava.

O:Lívia! (gritando)

Não demorou muito ao ouvi-la.

O:Não acredito.

Dizendo isso o mais rápido possível Otávio trancou o carro e foi em direção a ela. Lívia corria de braços abertos na praia, estava escuro demais, mal conseguia enxergá-la, mas ela ria.

O:Lívia, é perigoso aqui meu amor.

L:Otávio... (ela se jogou em seus braços e entrelaçou as pernas em sua cintura)

O:Meu Deus, Lívia. Você está... Uma loucura. (rindo)

L: Como eu estava saudosa desse mar (descendo do colo dele e indo em direção ao mar)

O:Ei, ei... (segurando-a pela cintura)

L:Vai me levar ? (rindo)

O: Se entrar nesse mar agora, amanhã você vai estar com uma bela gripe.

L:Eu estou quente, Otávio. Acho que vou pegar fogo.

Otávio olhava para ela e via o quanto ela estava provocando-o, com os olhos, com a boca, com tudo, sabia muito bem como fazê-lo.

O:Me lembre de nunca mais te deixar beber assim fora de casa.

Dizendo isso ele invadiu a boca dela de uma maneira que a fez desequilibrar-se. Ela se impulsionou e subiu no colo dele outra vez, mas agora não paravam o beijo. O arder latejante impregnava o corpo todo.

Ele foi andando com ela até encostarem-se a uma espécie de parede de pedra.

Otávio beijou o pescoço dela, a fez lembrar-se de quando estavam prestes a sair para o então evento.

Foi inevitável, o corpo dela foi invadido por uma onda de sensações, estava completamente sensível.

Ela desceu do colo dele o beijando desesperadamente, as respirações estavam descoordenadas e fortes, como se a qualquer momento fossem morrer.

Lívia começou a desabotoar a camisa dele e a beijar seu peitoral, fazia isso ao mesmo tempo em que abria a camisa.

Ele a fez parar com aquela mini-tortura e puxou delicadamente seu queixo de encontro a sua boca, deu uma leve mordida e em seguida sorriu.

Ela não pode contemplar aquele sorriso, estava com os olhos fechados, queria sentir as sensações de seu corpo, sentir e nada mais.

Otávio a virou de costas e segurou-lhe os cabelos e delicadamente o colocou de lado e beijou seu pescoço, tudo lentamente, sabia que ela implorava pelo contrário, isso acabou fazendo com que ela soltasse um baixo gemido, como se fosse um sinal de socorro, queria que ele aliviasse logo aquele arder de seu corpo, aquele desejo gritante de amá-lo.

Otávio estendeu o beijo até a ponta da orelha dela, deu uma leve mordida. Chegava a ser cruel da parte dele, estava sentindo as pernas começarem a perder a força.

L:Transa comigo, Otávio,  por favor.

Otávio estava adorando vê-la daquele jeito.

Ele riu a virou de frente para ele e a apertou ainda mais contra a pedra, Lívia enrolava os dedos entre o cabelo dele. Era tão gostosa aquela sensação que ela não conseguia nem expressar.

Gemidos abafados ao ouvido de Otávio eram balbuciados.

Ela estava completamente arrepiada.

O:É claro que sim, eu faço tudo que você quiser, meu amor. (sussurrando ao ouvido dela)

Otávio rapidamente ergueu o vestido dela a altura do tórax e abaixou sua calça desajeitadamente.

Matou em questão de minutos aquela ânsia de desejo que estavam sentindo. Como em um passe de mágica, aquele arder que Lívia sentia no corpo virou pequenos arrepios e tudo o mais se acalmou.

Os corpos ainda colados, as bocas soltando um hálito quente no pescoço um do outro, esperavam o corpo estabilizar-se daquele frenesi.

O:Nossa.

Lívia sorriu, ele se afastou um pouco e começou a arrumar-se. Lívia apenas abaixou o vestido e ajeitou um pouco.

Ela saiu de onde estava e Otávio de costas para ela continuou a arrumar-se.

L:Eu ainda quero entrar.

Otávio abotoava a camisa e depois de alguns segundos disse.

O:Entrar? Entrar on... (ficou em silêncio) Não, você... (virou-se)

Ela já estava chegando lá.

O:Maluca!

Otávio foi o mais rápido possível atrás dela, afinal estava muito escuro e ela estava bêbada, seria um perigo.

Ele a alcançou já dentro do mar a puxou para a areia.

L:Otávio!

Ele foi abraça-la, mas com a onda que veio os dois foram ao chão, ali na areia ele disse:

O:Por favor, nunca mais faça isso.

L:Isso o que?

O:Me assustar desse jeito, se acontece alguma coisa com você acho que eu morro. (ele a beijou forte e em seguida a ajudou levantar-se)

L:Ai, isso me machucou. (já em pé)

O:Me desculpe, será que a minha sapeca gostaria de ir para a casa agora? Ou vai querer pular de paraquedas ou algo do tipo a essa hora da madrugada?

Lívia riu.

L: Não... Acho que agora prefiro ir para casa e dormir com o meu maridão. (beijando-o)

O:Eu gosto disso, vamos, antes que você mude de ideia. (rindo)

E assim retornaram ao caminho de casa.