9°Confidências part2-Por Você

O:Nem quis comer, a saudade deve ser imensa. (sorrindo)

L:Já eu estou morrendo de fome.

O:Tem comida congelada.

L:É, acho que é o que temos para hoje.

O:E você meu amor? O que você vai querer?

Otávio falava com a pequena Pérola que estava em seu colo, a mesma mal conseguia resmungar, estava mole, provavelmente exausta da viajem.

L:Não pergunta que eu estou exausta. Sou capaz de dormir enquanto estiver amamentando. (rindo)

O:Ih e pelo jeito ela também.

Tanto Pérola como Esmeralda estavam sonolentas, uma canção de ninar e ambas cairiam em um sono profundo.

O:A viagem também as cansou.

L:Otávio, é... Onde vamos colocá-las?

O:No quarto delas.

L:Você...

O:Sim, deixei tudo arrumado para a chegada delas.

L:Você é perfeito sabia? (o beijando)

Ele sorriu para ela e em seguida a levou até o respectivo quarto.

Assim que Lívia entrou no mesmo ela sentiu o delicioso cheirinho de bebê.

Era lindo.

O:Foi meu refugio desde quando soube da existência delas.

L:Quem arrumou? Você?

O:Foi. (ajeitando Pérola no berço)

L:Sozinho? (desconfiada)

O:Vivian me deu uma ajudinha, mas só uma ajudinha de nada, eu escolhi tudo.

L:Está perfeito. (colocando Esmeralda no berço)

Otávio a puxou pela cintura e respirou o perfume dos cabelos dela.

O:Elas são lindas. (sussurrando ao pé do ouvido)

L:São (sorrindo)

O:Puxaram a mãe.

L:Com os olhos do pai. (sorrindo)

Otávio a virou de frente para ele, a olhava, admirando cada linha de expressão que ela fazia, a cada movimento dos lábios ao pronunciar seu nome.

O:Pensei que nunca mais veria esse sorriso de novo.

L:Eu sinto muito.

O:Você estava assustada, Lívia.

L:Achei que quando soubesse iria ter medo de mim.

O:Medo? (sorrindo)

Lívia estava visivelmente constrangida.

O:Nunca, eu nunca teria medo de você. (acariciando o rosto)

L:Eu, te amo tanto, Otávio.

O:Eu também, muito.

Ele a beijou com doçura, embriagando-se com o perfume que agora sabia que teria somente pra ele.

Os dias foram passando e Lívia aos poucos voltando a sua rotina normal.

L:Bom dia! (beijando-o)

O:Muito bom dia.

L:Nem acredito que hoje eu volto para a Frosch.

O:Estava com tanta saudade assim do trabalho?

L:Você nem faz ideia do quanto.

Otávio ria.

L:Porque está rindo?

O:Estava lembrando de quando nos encontrávamos as escondidas.

L:E você acha isso engraçado? (sorrindo)

O:Sim, lembra de quando Julia quase nos pegou e você me colocou dentro da dispensa de produtos de limpeza?

L:Claro que me lembro (rindo)

O:Bons tempos.

L:Quer dizer que era melhor quando nos encontrávamos as escondidas? (o olhando)

O:Não, não exatamente, mas havia um gostinho a mais.

L:Otávio! (rindo)

O:Se quiser me provar ao contrário eu não acharei ruim.

L:Você é um encantador isso sim! Mas agora não tenho tempo de te provar nada meu amor, preciso me arrumar e Tessália ainda nem chegou pra cuidar das meninas. Julia não tem aula hoje e você precisa trabalhar.

O:Sim senhora.

Otávio continuava na cama, estava absorvendo tudo aquilo.

L:Amor?

O:Hum?

Lívia que já estava em pé colocando uma camisa foi até Otávio e aproximou-se.

L:O que foi? Você não está bem?

O:Eu estou ótimo.

L:Então porque essa carinha?

O:Estou observando, observando se isso tudo não é um sonho.

L:Ei!

Ele a olhou e ela o beijou, um beijo demorado.

L:E agora? Consegue ver que não é um sonho?

O:Ainda não.

L:Ainda não meu amor? (sorrindo)

O:Não.

L:Hum, então precisamos fazer algo a respeito. Deixe-me pensar.

Lívia ergueu um pouco a saia e subiu em cima da cama, posicionou-se em cima de Otávio e começou a tirar a própria camisa.

L:Não faço ideia do que eu posso fazer para você acreditar nessa realidade. (desabotoando a camisa)

O:Eu acho que é por aí mesmo meu amor, você está no caminho certo.

Lívia jogou a camisa longe e somente de sutiã foi em direção à boca de Otávio. Brincou com a língua em seus lábios.

L:Hum... Acho que já sei (sorrindo)

Lívia pegou uma das mãos dele e levou até um de seus seios e apertou contra o mesmo.

O:Lívia... (respirando fundo)

L:Está sentindo?

Otávio sorriu e a puxou brutalmente para junto de sua boca, mas nesse mesmo instante o quarto foi invadido pelo choro de uma das bebês.

L:Filha, poxa vida (saindo de cima de Otávio)

O:É Esmeralda, você combinou isso com ela?

L:Eu? (rindo)

O:Sim, Pérola não faria isso com o pai dela.

Lívia começou a rir.

L:Eu vou lá ver. (indo em direção à porta)

O:Eu vou com você (indo junto)

Assim que entraram no quarto.

L:Own meu amorzinho (pegando Esme no colo) O que foi?

O:Pérola está desmaiada (Rindo)Achei que acordaria com o barulho da irmã.

L:Como soube que era a Esme?

O:Os choros são diferentes.

L:Nossa, como você é observador. (sorrindo)

O: O que ela tem?

L:Fome!

Lívia já logo arrumou Esme em seu colo e começou a amamentá-la.

O:Como vamos fazer quando você estiver na Frosch?

L:Irei deixar leite aqui, mas já disse para a Tessália alternar com o leite industrial.

O:A sim.

L:Preciso ir acostumando-as aos poucos.

Otávio não parava de olhar para ela.

L:Otávio?

O:Hum?

L:Meu amor, eu preciso da sua ajuda.

O:O que? Pode falar.

L:Preciso que você vá até o nosso quarto e pegue a minha camisa aquela mesma que eu joguei longe.

O:Porque? Você está linda assim.

L:Otávio! Vai logo antes que a Julia acorde e pegue a mãe dela nessa situação.

Otávio sorria para ela.

L:Vai logo Otávio!

Ele obedeceu.

Era o primeiro dia de Lívia na Frosch desde quando fugiu daquele casamento, estava radiante, cheia de planos e ideias para a sua pequena empresa.

L:Bom, dia pessoal.

Lívia chegou com uma presença, que assim que passou pela sala de repartição foi impossível não chamar a atenção.

Os burburinhos começaram.

“Nossa, ela está mais linda”

“Eu preferia a Fernanda que estava no lugar dela”

“Continua arrogante como antes”

“Até que em fim a dona Lívia voltou para por ordem nessa bagunça”

“Será que ela vai ficar de vez?”