11° Confidências Part2/ Por Você

L:Chamar a polícia.

V:Claro, é o certo a se fazer se isso continuar.

L:É que eu não queria, sabe?

V:Sinceramente?

L:...

V:Não sei.

L:Ele fez parte da minha vida, Vivian. Não queria ter que chegar a esse ponto, mas sinto que essa situação está saindo do controle.

V:Você disse muito bem, Lívia, ele “fez”parte da sua vida. O mais importante agora é a sua família, Fernando já passou das contas com essas investidas, começo a dar razão ao Otávio quando ele diz que esse amor que o Fernando tem por você já virou doença.

Lívia ficou quieta, ela começava a pensar o mesmo.

Já no inicio da noite, Lívia estava em casa com Julia e as gêmeas, Tessália já havia ido para casa e agora aguardavam Otávio para o jantar.

Julia e Lívia estavam no sofá brincando com Esme e Pérola, as pequenas estavam especialmente risonhas aquela dia.

J:Mãe?

L:Hum?

J:Está tudo bem?

L:Está. Por quê? (nervosa)

J:Porque eu te conheço.

L:Filha...

J:Tudo bem mãe, não quer me contar não precisa. Eu entendo.

L:Você é a melhor filha do mundo, sabia? (acariciando o rosto da filha)

J:Eu sei. (sorrindo)

Lívia deu um doce beijo na testa da filha e no mesmo instante Otávio chegou.

O:Boa noite família! (sorrindo)

Otávio se aproximou delas e deu um beijo em cada uma.

O:Estou em um processo divino. Do jeito que eu gosto, era o caso que eu precisava para voltar com tudo ao mercado. (sorrindo)

L:Fico feliz por você meu amor.
O:Já jantaram? (desabotoando a gravata)

L:Só as bebês. Julia e eu estávamos esperando você.

O:Que bom, então vamos comer porque eu estou com uma fome de leão. (rindo)

Otávio ao dizer isso pegou Esme no colo e foi com ela até a sala de estar.

O:Leão, não é filha? (Rawn) (Rawn)

L:Amor, vai assustá-la! (rindo)

O:Não vai não, olha só como ela sorri. Filha olha aqui para o papai. Leão olha. (Rawn) (Rawn)

Lívia ria timidamente. Estava com a cabeça cheia de preocupações.

O:Filha, dá um sorriso para o papai!

Otávio se empenhava na imitação do Leão, mas nada. A pequena Esme estava muito ocupada com a gravata do pai.

Durante o jantar.

J:Mãe, eu posso passar esse final de semana na casa da tia Vivian?

Otávio continuava o jantar tranquilo, mas o silêncio de Lívia o chamou a atenção.

J:Mãe?

L:Oi filha.

J:Posso?

L:Claro que pode, mas não quero que deixe bagunça no seu quarto.

J:O que?

O:Lívia, você está bem?

J:A senhora não ouviu o que eu disse?

L:Me desculpe minha filha eu não estou muito bem. Será que podem terminar o jantar sem mim? Eu vou colocar as meninas para dormir e vou me deitar.

J:Mas... Tudo bem. Boa noite, mãe. (recebendo um beijo na bochecha)

L:Eu estou com um pouco de dor de cabeça. Me desculpe, amor(Dando um selinho em Otávio)

O:Eu já subo. (beijando a mão dela)

L:Eu vou te esperar.

Algum tempo depois Otávio chegou ao quarto.

A sua mulher estava sentada na cama abraçada nos próprios joelhos.

O:Lívia? O que você tem meu amor? (Indo em sua direção)

Ele estava agora ao lado dela e acariciando os seus cabelos.

L:Otávio, eu... (nervosa)

O:Lívia, o que foi?

L:A Frosch.

O:O que tem a Frosch?

L:Eu terei que fechá-la.

O:Como?

L:Eu estou a beira da falência.

Lívia não estava mentindo, realmente nessa mesma tarde descobriu que a Frosch estava ameaçada, mas o que mais a estava deixando nervosa era Fernando.

Conhecia Otávio, sabia que ele não entenderia se dissesse que Otávio entrou em sua sala e a beijou. Eram duas preocupações de níveis diferentes, mas que Lívia optou por omitir a pior delas.

O:Lívia, você mesma disse que estava tudo bem, que você havia deixado uma pessoa de confiança.

L:E é, Fernanda é uma ótima funcionaria, o problema é que os eventos caíram e os investimentos não tiveram um retorno.

O:Amor, mas você não recebia os lucros mensalmente, se estava ruim assim como é que ... (ficou em silêncio)

L:Já dei uma bronca em dona Vivian Andrade por isso, onde já se viu? Me sustentar a essa altura da vida.

O:Mas não precisa ficar tão nervosa, eu não vou deixar faltar nada nessa casa, nem para você e nem para as nossas filhas.

L:Eu sei disso. Mas eu amo o que eu faço, eu não quero ter que fechar as portas.

O:E o que precisa para que isso não aconteça?

L:Um milagre. (rindo tristemente)

Otávio a abraçou forte.

O:Vai ficar tudo bem, arrumaremos uma solução.

L:Bom, eu não quero ficar assim. (enxugando as poucas lágrimas que começavam a querer cair pelo rosto)

O:Isso, é essa a Lívia que eu conheço. (beijando-a)

L:Porque eu acredito que encontrarei uma solução.

O:Encontrará sim.

Ela olhava nos olhos dele sorrindo.

O: Bom, eu já volto, vou tomar um banho. (Levantando-se da cama)

Lívia olhou para ele com uma expressão de magoada.

O:O que foi? (sorrindo)

L:Não vai nem me convidar?

O:Nossa, que descuido meu, como eu poderia ir tomar um banho sem convidá-la. (rindo)

Otávio aproximou se da cama e a pegou em seus braços.

L:Ah, Otávio! ( já no colo dele)

O:Desculpe meu amor, mas não conseguiria ir sem você depois de me pedir com essa carinha. (rindo)

L:Resumindo? (rindo)

O:Não aceitaria um não nem que você me dissesse. (beijando-a)

Ele entrou no banheiro com ela e a colocou no chão.

O:Banheira?

L:Não, eu quero aqui mesmo.

O:No Box?

L:Não, eu disse aqui mesmo.

Otávio não acreditava por completo no que Lívia estaria sugerindo.

L:Aqui Otávio.

Lívia agarrou bruscamente sua nuca e envolveu seus lábios em um beijo quente.

Ela mostrou qual era o seu desejo.

Otávio a colocou em cima da pia e riu.

O:Isso não pode ter saído da sua cabeça. (sorrindo)

L:Sozinha naquela casa em Fiore, eu acabei adorando ainda mais a arte da leitura.

Otávio riu. O mesmo a olhava ali tão vulnerável desceu com as mãos em uma espécie de massagem pelas pernas até chegar aos pés.

Quando chegou neles ele a olhou sorrindo e beijou-o, começou a beijar as pernas, beijos furiosos porque ao mesmo tempo em que ele beijava a mesma, ele também esfregava a barba nela, fazendo Lívia arrepiar-se.

Ele já estava com a respiração completamente descoordenada. Chegou à altura da coxa e colocou as mãos na parte de dentro da camisola e levantou a, desfazendo-se por completo da mesma.

Ela o puxou para outro beijo, assim que o parou. Otávio sorriu para ela e desceu até a altura dos seios e começou a beijá-los, mas ao mesmo tempo acariciava-os com firmeza, com certo desespero. Adorava passar a barba no corpo de Lívia, sempre onde beijava ele esfregava a barba, assim conseguia ver o arrepiar da pele dela, isso ela não tinha como disfarçar.

Lívia estava sentindo uma sensação que a deixava sem controle algum de seus movimentos, estava puxando os cabelos de Otávio, havia começado delicadamente, mas em alguns momentos acabava puxando um pouco forte demais e o machucando.

Mas ele também não fazia questão do cuidado, afinal em alguns momentos não conseguia se conter com as mordidinhas nos seios de Lívia.

Otávio a puxou para o chão novamente, a pia era alta demais para conseguirem o que queriam. Ela o envolveu nos braços e o beijou, as mãos bagunçavam ainda mais os cabelos de Otávio, que a apertava contra a pia, Lívia sentia o desejo pulsando em suas pernas, ele fazia questão de mostrar a ela o efeito que ela proporcionava contra ele.

Ela estendeu o beijo até a ponta da orelha dele, dando leves mordidinhas estava levando-o a loucura.

O:Ah, Lívia

Ela sorria e continuava a mordê-lo enquanto ao mesmo tempo desenhava levemente com as unhas pelas costas dele.

O:Assim eu não irei aguentar mais.

L:Eu quero você... (sussurrando em seu ouvido)

O:Eu também te quero.

L:Dentro de mim.