quinta-feira, outubro 24, 2013

3° Confidências

P:Ah, não sei, essa cidade é um perigo.
L:É, mas eu sei me cuidar Paulo. Vem Julinha, vamos que você já tá atrasada. (já a pegando a mochila da menina e indo em direção a porta).
P: Nossa nenhuma das duas vai me dar um beijo de bom dia?
L:Bom dia Paulo (voltando e dando um beijo no marido)
J:Bom dia Pai (também voltando e dando um beijo na bochecha do pai)
Julia era visivelmente mais apegada à mãe do que ao pai.
No carro a caminho da escola de Julia.
L:Filha, o que tá acontecendo?
J:Nada mãe.
L:Não mente pra mim Julia, eu te conheço filha. Você tá assim desde quando suas amiguinhas foram em casa. O que foi? Vocês brigaram?
J:Foi... Foi isso sim.
L:Own meu anjo, não fica assim não, logo vocês se entendem. Se forem suas amigas mesmo, na próxima semana já estão em casa brincando com você de novo.
J:Não quero mais mãe.
L:Não quer o que?(confusa)
J:Que elas vão em casa.
L:Bom filha, isso é você quem decide, se não quiser então tudo bem. Só não quero mais ver essa carinha (com a mão no queixo da filha).
J:Tá mãe.
Lívia parou o carro em frente à escola.
L:Tchau Julia. (dando um beijo na bochecha da filha)
J:Tchau mãe.
E assim Lívia foi pra “Frosch Eventos” sua empresa.
Estava tudo normal, tudo no seu devido lugar, então assim que foi chegando a hora do almoço ela pegou sua bolsa e saiu.
Algumas horas depois Lívia estava deitada na cama de um Motel a espera de Fernando seu amante.
Ela já estava apenas de lingerie. Uma preta, com rendas.
Fernando chegou alguns minutos depois.
F:Meu amor, como você está linda.
L:Tava morrendo de saudades Fernando (indo em direção a ele e desabotoando a camisa)
F:Eu também meu amor (com a boca muito próxima)
Ele logo a puxou com força pra perto de si, e a beijou, beijo quente, os encontros deles eram sempre muito quentes. Ele começou a tirar o sutien dela com habilidade, ela em si já desabotoava a calça dele, os corpos já tinham certa sintonia, como se automaticamente cada célula do corpo soubesse o que tinham que fazer quando estavam juntos.
Ele tirou e começou a beijar seus seios, com voracidade, com urgência. Ela abaixou a calça dele e começou a acaricia-lo. Ele já foi a deitando na cama e tirando sua calcinha, ele mesmo terminou de se despir e deitou em cima dela. Começaram um ritmo de frenesi, com todo o tesão que sentiam, transaram de todas as formas que seus corpos pediam.
Já cansados chegaram ao máximo de prazer.
Ficaram em meio a beijos e risadas, até a hora de Lívia decidir ir.
Voltou pra “Frosch” e assim que terminou o expediente, pegou Julia na escola e foi pra casa.
Chegou a casa e Paulo ainda não havia chego.
Jah: Dona Lívia a senhora vai querer alguma coisa de especial para o jantar?
L:Não Janaína, pode fazer o que você preferir. Me chama só quando estiver pronto, não tô com cabeça pra pensar em jantar hoje.
Jah: Sim senhora, com licença.(e voltou pra cozinha)
Julia foi pro quarto e Lívia foi pra um banho.
Lívia se encontrava com Fernando toda a semana, sempre que conseguiam. Não amava Paulo era acostumada a viver com ele. Tinham uma filha juntos e não podia se negar esse laço. Caso-se se muito nova com ele, um casamento forçado pelas famílias, mas Lívia havia gostado de Paulo, só que com o passar dos anos ele foi virando um chato, e Lívia acabou encontrando Fernando em uma de suas festas, e aí que a coisa desandou de vez.
Nem pareciam marido e mulher, não transavam há semanas, Lívia achava que Paulo também tinha uma amante, mas estava nem ai. Ela tinha o Fernando e era isso que importava.
Naquele dia quase não viu Paulo chegar. Desceu com Julia para jantar, leu um pouco o seu livro e depois de ficar um pouco com Julia que deu de ter medo do escuro foi se deitar.
Estava dormindo já há alguns minutos quando ouviu barulho de vidros quebrando no andar de baixo.
Desceu preocupada com o que podia estar acontecendo, antes de descer passou no quarto de Julia, graças a Deus ela ainda dormia e por sorte com musica nos ouvidos.
A empregada Janaina estava desesperada andando de um lado pro outro do lado de fora do escritório de Paulo.
Lívia descendo as escadas depressa fechando sua camisola logo perguntou.
L: O que tá acontecendo Janaina?
Jah:Eu não sei Dona Lívia o Seu Paulo chegou a uma meia hora e se trancou ai dentro.(com as mãos tremulas de susto)
L:Pode voltar pro seu quarto, deixa que eu vejo o que tá acontecendo.
Jah:A Senhora tem certeza Dona Lívia?
L:Tenho Janaina, pode ir deitar.
Assim a empregada fez, saiu correndo pro quarto, enquanto Lívia começou seu ritual.
L:Paulo?(batendo na porta)
Ele ficou em silencio.
L:Paulo abre aqui, quero falar com você.
No mesmo instante ele abriu a porta a puxou em seus braços e praticamente a enterrou em um abraço forte enquanto entrava no escritório novamente.
L:O que está acontecendo Paulo?(Ainda em seus braços)
P:Lívia meu amor, meu amor(chorando desesperadamente)
L:Paulo você está me assustando, o que tá acontecendo?
P:Vamos ter que mudar de país.
L:O que? (já se afastando)
P:Isso mesmo, a empresa será transferida.
L:Mas porque você está chorando?(sem entender)
P:Deu tudo errado, tudo errado.
L:Paulo eu não posso mudar de país agora, eu estou bem na minha empresa, eu tô bem aqui. E tem a Julia, estamos no meio do ano.
P:Mas nós vamos e pronto, você é minha mulher Lívia, tem que ficar do meu lado.
L:Eu sei Paulo e quero ficar do seu lado, mas você entende que isso está sendo de repente?
P:Desculpa, mas isso que aconteceu também foi de repente.
L:O que foi que aconteceu Paulo?(ainda intrigada)
P:Muita gente tem inveja de mim meu amor, muita gente. Preciso ficar longe e o mais rápido possível.
L:Paulo eu...
Ele a segurou nos ombros e desesperado pediu.
P:Lívia eu preciso de você, preciso de você mais do que nunca, quero minha família perto de mim.
L:Está bem Paulo. Amanhã eu vou ver as coisas da Frosch e nos mudamos. (ainda na esperança de que aquilo fosse passageiro)
Pela primeira vez ficou com pena do marido o que poderia ter acontecido pra que ele ficasse daquele jeito?
Bom de qualquer forma só restava ir com ele, era seu marido há anos, tinham uma filha, não podia simplesmente dizer que não iria entrar com um divórcio, e ainda ter que brigar pela guarda de Ana Julia. O sensato agora era deixar a Frosch em mãos de confiança e acabar com seu romance com Fernando, tentar recomeçar uma vida em outro país com o homem com quem casara.
Passou uma noite perturbada, Paulo demorou se acalmar, Lívia passou a noite toda achando alguma outra maneira de resolver tudo isso, mas não conseguiu.
No dia seguinte estava decidido, iam se mudar.
Lívia primeiramente contou a Ana Julia, a menina entrou em desespero, mas depois de muita conversa se acalmou.
Depois de conversar com Julia e deixá-la na escola, conversar com a Diretora sobre a transferência, seguiu para a “Frosch”.
Entrou em sua sala e Vivian já estava a sua espera.
V:Vim o mais rápido que pude Lívia, que história é essa de mudar do país?
L:Vivian não sei mais que você, foi exatamente como eu te contei.
V:Isso é estranho.(indo em direção ao sofá da sala de Lívia onde a mesma já estava sentada)
L:Também achei, mas talvez seja o melhor a fazer, Vivian agora nesse começo tão repentino, vou precisar da sua ajuda. Vou deixar uma pessoa de minha confiança no comando da Frosch, mas quero que você seja minha porta voz, qualquer documento ou decisão importante que tenha que ser tomada será reportado a você e depois a mim, preciso que seja assim pelo menos no inicio tudo bem?
V:Mas é claro que sim Lívia, pode contar comigo.
L:Obrigada minha amiga (segurando nas mãos de Vivian)
V:E o Fernando?
L:Vou falar com ele à noite.
V:Tem ideia de como ele vai reagir?
L:Espero que da melhor maneira possível, mas acho que ele vai ficar bem, afinal ele já tem outra.
V:É, você me contou.
L:Amo o Rio de Janeiro, espero que eu possa voltar sempre.
V:Eu vou morrer de saudade.
L:Vamos nos falar todos os dias Vivian.
V:Claro (já abraçando com lágrimas nos olhos)
E assim chegou à noite.
Lívia fez a mesma rotina de sempre, como Paulo ainda não havia chego a casa, ela deixou Julia com Janaína e foi até o apartamento de Fernando, aquela noite tiveram a noite de amor que já detalhei e deixou aquele bilhete, quando retornou a casa estava tudo tranquilo.
Paulo já havia chego e jantado.
Janaína tinha ganhado aquele resto de dia de folga de Paulo.
P:Onde você estava amor?
L:Estava resolvendo os últimos ajustes da Frosch, afinal não se deixa uma empresa de uma hora pra outra, a sua esta sendo transferida. (com a cara abatida)
P:É.(Já bebendo).
Estavam todos prontos pra dormir, Julia já dormia em seu quarto, era por volta de 05:00 Hrs estava quase amanhecendo quando Lívia e Paulo ouviram um barulho de janela quebrando.
L:Paulo você ouviu isso? (já se sentando a cama assustada)
P:Ouvi, espera fica aqui! Eu vou ver o que é.
L:Cuidado Paulo.
P:Acho melhor você ir pro quarto da Julia e esperar com ela, tranca a porta e em hipótese nenhuma saia de lá antes de eu dizer que pode.
L:Tá, eu tô indo.(Já foi indo com os passos silenciosos mas antes, pegou uma tesoura em sua gaveta, não custava nada se prevenir).
E assim ela fez, Lívia chegou ao quarto da filha e a viu na cama, estava com uma carinha de assustada.
L:Own minha filha, você também acordou com o barulho?
J:Acordei, o que foi isso mãe?
L:Não sei Julia, teu pai foi ver o que é.
J:Tô com medo mãe.
L:Não precisa ter medo, as vezes foi só um gato, ou algum moleque passando por aí.
Lívia abraçou a filha e ficou quietinha com ela ali. Alguns minutos depois Lívia ouviu barulhos muito fortes, tinha gente em casa e Paulo estava brigando com esse alguém.
Ela não podia ficar sem fazer nada. Pegou disfarçadamente a tesoura sem que Julia percebesse e foi sair do quarto.
J:Mãe, não! Não me deixa aqui sozinha, eu tô com medo.
L:Filha não precisa ter medo, eu não vou deixar que nada de ruim aconteça com você. Fica aqui e só abra essa porta quando eu mandar.
Lívia desceu as escadas de vagarzinho, com o máximo de cuidado com o barulho dos pés no assoalho de madeira.
Assim que foi chegando à sala viu tudo quebrado, seus vasos ao chão.
Quando pisou no ultimo degrau percebeu que alguém veio a sua costa, mas não deu tempo de fazer nada, a tesoura em suas mãos foi inútil de nada adiantou, uma chave de braço se formou em volta de seu pescoço.
--: Shhhhiii, quietinha se não subo e acabou com a sua filhinha também.
Lívia não conseguia distinguir exatamente a voz que falava com ela, a pessoa usava alguma coisa talvez um aparelho que modificou sua voz, estava com um capuz preto no rosto, com luvas. Lívia olhou a sua frente e num instante estava Paulo, com um corte na cabeça que sangrava continuamente e outro encapuzado o segurando.
L:Por favor não machuquem a minha...
---:Shiiiii, eu disse pra ficar quieta. (disse a pessoa que a segurava)
Lívia sentiu uma coisa fria em seu pescoço... Era o que estava pra virar seu maior pesadelo, uma faca.
P:Não, por favor, não a machuquem (desesperado)
---:Para com isso! Solta isso ou você não sabe do que eu sou capaz! (disse a pessoa que estava junto ao Paulo)
---:Cala a boca!(gritou a pessoa que estava com Lívia)
---:Maldita!(a pessoa puxava o cabelo de Lívia)
Lívia chegou à conclusão de que a pessoa que estava com ela era uma mulher.
O que segurava Paulo, não tinha nenhuma arma ou faca, apenas fazia uma chave de pescoço nele. Talvez se Lívia conseguisse sair daquela situação, e deixar a mulher sem a faca, Paulo conseguiria se soltar e teriam alguma chance.
Engano de Lívia. Mas ela só percebeu isso depois.
Num ato impensável Lívia deu uma cotovelada na mulher que estava atrás de si, ficaram numa pequena luta em posse da faca, até que a mesma voou longe pelo chão.
L:Faz alguma coisa Paulo! (desesperada)
O Mesmo estava imóvel.
Lívia correu em direção à faca, mas a suposta mulher foi mais rápida, pegou a faca e veio em direção a Lívia, a outra pessoa do nada soltou Paulo (que em vez de correr ficou parado, parece que esperando ser morto) e foi em direção a mulher, num instante a faca das mãos da mulher que estava vindo em sua direção foi tomada pelas mãos da outra pessoa e num apto de segundo sem que mesmo Lívia conseguisse assimilar o que estava acontecendo, a outra pessoa enfiou a faca no peito de seu marido, assim apagou o brilho de vida de seus olhos, seu marido caiu ao chão, como um boneco que acabou a corda.
O outro encapuzado disse algumas coisas a ela a segurou pelo braço e saíram correndo. Deixando Lívia ao chão do lado do marido já morto.
Virou Paulo com a barriga pra cima pra poder vê-lo, ter certeza que realmente não teria nenhuma chance de vida.
Mas foi em vão, ele já não pertencia mais aquele mundo.
Então antes mesmo que pudesse pensar no que fazer, ouviu barulho de polícia. As luzes da sirene ofuscaram seus olhos enquanto ainda estava ajoelhada no chão.
O barulho da sirene fez com que Julia se sentisse segura em sair do quarto.
Quando começou a descer as escadas, apenas viu um saco preto enorme estendido no chão da sala de sua casa, muitos policiais falando em pequenos rádios, mas e sua mãe? Não conseguia vê-la.
Já eram 6hrs da manhã.
Julia parada na escada, como se ninguém a tivesse vendo ali, começou a chorar, não pelo que estava vendo, porque nem conseguia distinguir o que estava acontecendo, entrou em desespero por não ver sua mãe.
Jah:Julinha, vem cá comigo. (já a puxando pra cima novamente)
J:Cadê a minha mãe Janaína?
Jah:Sua mãe foi conversar com os policias, espera aqui no seu quarto que a sua madrinha já ta chegando.
J:A Tia Vivian? Mas eu não quero subir Janaína!(descendo as escadas enquanto Janaína tentava fazê-la subir)
Jah:Julia fica aqui.
J:Não! E foi chegando à sala de novo quando viu sua mãe sendo levada algemada.

Otávio ouviu toda a história resumida por Lívia e começou a dizer.
O:Bom, então a senhora era casada com o Senhor Paulo Henrique Strauss, mas como não o amava mantinha um caso com um amante que a senhora mencionou como Fernando.
L:Sim, esse é mesmo o nome dele.
O:E do nada um dia o Senhor Paulo Strauss disse que vocês iriam morar em outro país por problemas na empresa, e no dia seguinte vocês sofrem um assalto, onde os assaltantes em si, não possuíam armas, um deles era uma suposta mulher e não roubaram nada, é isso?.
L:Sim, é isso mesmo.
O:A Senhora tem um suspeito?
L:Não ao certo, acho que possa ter sido inimigos da empresa.
O:E o seu amante?
L:O que tem ele?(assustada)
O:Vou ter que ouvi-lo.
L:Porque?
O:Porque ele é um suspeito, a senhora deixou uma carta pra ele, não pode afirmar qual foi a reação que ele teve ao lê-la.
Lívia ficou em silêncio, ela tinha suspeitas de que poderia ter sido Fernando, mas não podia simplesmente levantar essa suspeita. E se não fosse ele?
L:Se isso pode me ajudar a sair daqui tudo bem.
O:Sua filha também, terei que ouvi-la.
L:Não dá pra poupa-la disso?
O:Não, infelizmente não. E eu vou falar com ela, mas logo a própria polícia pedirá pra ouvi-la.
L:Eu entendo. Por favor, senhor Otávio (segurando nas mãos dele) me ajuda, não posso ficar aqui, tenho um a filha pra criar.
O:Sim senhora Lívia, eu não costumo perder nos meus casos.(Tirando as mãos meio constrangido)
L:Obrigada.(Sorrindo pra ele)
O:Bom, agora vou por em papéis, tudo o que conversamos e ver o que podemos fazer pra conseguirmos o mais breve possível um habeas corpus.

L:Mas uma vez muito obrigada Senhor Otávio.

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quinta-feira, outubro 24, 2013

3° Confidências

P:Ah, não sei, essa cidade é um perigo.
L:É, mas eu sei me cuidar Paulo. Vem Julinha, vamos que você já tá atrasada. (já a pegando a mochila da menina e indo em direção a porta).
P: Nossa nenhuma das duas vai me dar um beijo de bom dia?
L:Bom dia Paulo (voltando e dando um beijo no marido)
J:Bom dia Pai (também voltando e dando um beijo na bochecha do pai)
Julia era visivelmente mais apegada à mãe do que ao pai.
No carro a caminho da escola de Julia.
L:Filha, o que tá acontecendo?
J:Nada mãe.
L:Não mente pra mim Julia, eu te conheço filha. Você tá assim desde quando suas amiguinhas foram em casa. O que foi? Vocês brigaram?
J:Foi... Foi isso sim.
L:Own meu anjo, não fica assim não, logo vocês se entendem. Se forem suas amigas mesmo, na próxima semana já estão em casa brincando com você de novo.
J:Não quero mais mãe.
L:Não quer o que?(confusa)
J:Que elas vão em casa.
L:Bom filha, isso é você quem decide, se não quiser então tudo bem. Só não quero mais ver essa carinha (com a mão no queixo da filha).
J:Tá mãe.
Lívia parou o carro em frente à escola.
L:Tchau Julia. (dando um beijo na bochecha da filha)
J:Tchau mãe.
E assim Lívia foi pra “Frosch Eventos” sua empresa.
Estava tudo normal, tudo no seu devido lugar, então assim que foi chegando a hora do almoço ela pegou sua bolsa e saiu.
Algumas horas depois Lívia estava deitada na cama de um Motel a espera de Fernando seu amante.
Ela já estava apenas de lingerie. Uma preta, com rendas.
Fernando chegou alguns minutos depois.
F:Meu amor, como você está linda.
L:Tava morrendo de saudades Fernando (indo em direção a ele e desabotoando a camisa)
F:Eu também meu amor (com a boca muito próxima)
Ele logo a puxou com força pra perto de si, e a beijou, beijo quente, os encontros deles eram sempre muito quentes. Ele começou a tirar o sutien dela com habilidade, ela em si já desabotoava a calça dele, os corpos já tinham certa sintonia, como se automaticamente cada célula do corpo soubesse o que tinham que fazer quando estavam juntos.
Ele tirou e começou a beijar seus seios, com voracidade, com urgência. Ela abaixou a calça dele e começou a acaricia-lo. Ele já foi a deitando na cama e tirando sua calcinha, ele mesmo terminou de se despir e deitou em cima dela. Começaram um ritmo de frenesi, com todo o tesão que sentiam, transaram de todas as formas que seus corpos pediam.
Já cansados chegaram ao máximo de prazer.
Ficaram em meio a beijos e risadas, até a hora de Lívia decidir ir.
Voltou pra “Frosch” e assim que terminou o expediente, pegou Julia na escola e foi pra casa.
Chegou a casa e Paulo ainda não havia chego.
Jah: Dona Lívia a senhora vai querer alguma coisa de especial para o jantar?
L:Não Janaína, pode fazer o que você preferir. Me chama só quando estiver pronto, não tô com cabeça pra pensar em jantar hoje.
Jah: Sim senhora, com licença.(e voltou pra cozinha)
Julia foi pro quarto e Lívia foi pra um banho.
Lívia se encontrava com Fernando toda a semana, sempre que conseguiam. Não amava Paulo era acostumada a viver com ele. Tinham uma filha juntos e não podia se negar esse laço. Caso-se se muito nova com ele, um casamento forçado pelas famílias, mas Lívia havia gostado de Paulo, só que com o passar dos anos ele foi virando um chato, e Lívia acabou encontrando Fernando em uma de suas festas, e aí que a coisa desandou de vez.
Nem pareciam marido e mulher, não transavam há semanas, Lívia achava que Paulo também tinha uma amante, mas estava nem ai. Ela tinha o Fernando e era isso que importava.
Naquele dia quase não viu Paulo chegar. Desceu com Julia para jantar, leu um pouco o seu livro e depois de ficar um pouco com Julia que deu de ter medo do escuro foi se deitar.
Estava dormindo já há alguns minutos quando ouviu barulho de vidros quebrando no andar de baixo.
Desceu preocupada com o que podia estar acontecendo, antes de descer passou no quarto de Julia, graças a Deus ela ainda dormia e por sorte com musica nos ouvidos.
A empregada Janaina estava desesperada andando de um lado pro outro do lado de fora do escritório de Paulo.
Lívia descendo as escadas depressa fechando sua camisola logo perguntou.
L: O que tá acontecendo Janaina?
Jah:Eu não sei Dona Lívia o Seu Paulo chegou a uma meia hora e se trancou ai dentro.(com as mãos tremulas de susto)
L:Pode voltar pro seu quarto, deixa que eu vejo o que tá acontecendo.
Jah:A Senhora tem certeza Dona Lívia?
L:Tenho Janaina, pode ir deitar.
Assim a empregada fez, saiu correndo pro quarto, enquanto Lívia começou seu ritual.
L:Paulo?(batendo na porta)
Ele ficou em silencio.
L:Paulo abre aqui, quero falar com você.
No mesmo instante ele abriu a porta a puxou em seus braços e praticamente a enterrou em um abraço forte enquanto entrava no escritório novamente.
L:O que está acontecendo Paulo?(Ainda em seus braços)
P:Lívia meu amor, meu amor(chorando desesperadamente)
L:Paulo você está me assustando, o que tá acontecendo?
P:Vamos ter que mudar de país.
L:O que? (já se afastando)
P:Isso mesmo, a empresa será transferida.
L:Mas porque você está chorando?(sem entender)
P:Deu tudo errado, tudo errado.
L:Paulo eu não posso mudar de país agora, eu estou bem na minha empresa, eu tô bem aqui. E tem a Julia, estamos no meio do ano.
P:Mas nós vamos e pronto, você é minha mulher Lívia, tem que ficar do meu lado.
L:Eu sei Paulo e quero ficar do seu lado, mas você entende que isso está sendo de repente?
P:Desculpa, mas isso que aconteceu também foi de repente.
L:O que foi que aconteceu Paulo?(ainda intrigada)
P:Muita gente tem inveja de mim meu amor, muita gente. Preciso ficar longe e o mais rápido possível.
L:Paulo eu...
Ele a segurou nos ombros e desesperado pediu.
P:Lívia eu preciso de você, preciso de você mais do que nunca, quero minha família perto de mim.
L:Está bem Paulo. Amanhã eu vou ver as coisas da Frosch e nos mudamos. (ainda na esperança de que aquilo fosse passageiro)
Pela primeira vez ficou com pena do marido o que poderia ter acontecido pra que ele ficasse daquele jeito?
Bom de qualquer forma só restava ir com ele, era seu marido há anos, tinham uma filha, não podia simplesmente dizer que não iria entrar com um divórcio, e ainda ter que brigar pela guarda de Ana Julia. O sensato agora era deixar a Frosch em mãos de confiança e acabar com seu romance com Fernando, tentar recomeçar uma vida em outro país com o homem com quem casara.
Passou uma noite perturbada, Paulo demorou se acalmar, Lívia passou a noite toda achando alguma outra maneira de resolver tudo isso, mas não conseguiu.
No dia seguinte estava decidido, iam se mudar.
Lívia primeiramente contou a Ana Julia, a menina entrou em desespero, mas depois de muita conversa se acalmou.
Depois de conversar com Julia e deixá-la na escola, conversar com a Diretora sobre a transferência, seguiu para a “Frosch”.
Entrou em sua sala e Vivian já estava a sua espera.
V:Vim o mais rápido que pude Lívia, que história é essa de mudar do país?
L:Vivian não sei mais que você, foi exatamente como eu te contei.
V:Isso é estranho.(indo em direção ao sofá da sala de Lívia onde a mesma já estava sentada)
L:Também achei, mas talvez seja o melhor a fazer, Vivian agora nesse começo tão repentino, vou precisar da sua ajuda. Vou deixar uma pessoa de minha confiança no comando da Frosch, mas quero que você seja minha porta voz, qualquer documento ou decisão importante que tenha que ser tomada será reportado a você e depois a mim, preciso que seja assim pelo menos no inicio tudo bem?
V:Mas é claro que sim Lívia, pode contar comigo.
L:Obrigada minha amiga (segurando nas mãos de Vivian)
V:E o Fernando?
L:Vou falar com ele à noite.
V:Tem ideia de como ele vai reagir?
L:Espero que da melhor maneira possível, mas acho que ele vai ficar bem, afinal ele já tem outra.
V:É, você me contou.
L:Amo o Rio de Janeiro, espero que eu possa voltar sempre.
V:Eu vou morrer de saudade.
L:Vamos nos falar todos os dias Vivian.
V:Claro (já abraçando com lágrimas nos olhos)
E assim chegou à noite.
Lívia fez a mesma rotina de sempre, como Paulo ainda não havia chego a casa, ela deixou Julia com Janaína e foi até o apartamento de Fernando, aquela noite tiveram a noite de amor que já detalhei e deixou aquele bilhete, quando retornou a casa estava tudo tranquilo.
Paulo já havia chego e jantado.
Janaína tinha ganhado aquele resto de dia de folga de Paulo.
P:Onde você estava amor?
L:Estava resolvendo os últimos ajustes da Frosch, afinal não se deixa uma empresa de uma hora pra outra, a sua esta sendo transferida. (com a cara abatida)
P:É.(Já bebendo).
Estavam todos prontos pra dormir, Julia já dormia em seu quarto, era por volta de 05:00 Hrs estava quase amanhecendo quando Lívia e Paulo ouviram um barulho de janela quebrando.
L:Paulo você ouviu isso? (já se sentando a cama assustada)
P:Ouvi, espera fica aqui! Eu vou ver o que é.
L:Cuidado Paulo.
P:Acho melhor você ir pro quarto da Julia e esperar com ela, tranca a porta e em hipótese nenhuma saia de lá antes de eu dizer que pode.
L:Tá, eu tô indo.(Já foi indo com os passos silenciosos mas antes, pegou uma tesoura em sua gaveta, não custava nada se prevenir).
E assim ela fez, Lívia chegou ao quarto da filha e a viu na cama, estava com uma carinha de assustada.
L:Own minha filha, você também acordou com o barulho?
J:Acordei, o que foi isso mãe?
L:Não sei Julia, teu pai foi ver o que é.
J:Tô com medo mãe.
L:Não precisa ter medo, as vezes foi só um gato, ou algum moleque passando por aí.
Lívia abraçou a filha e ficou quietinha com ela ali. Alguns minutos depois Lívia ouviu barulhos muito fortes, tinha gente em casa e Paulo estava brigando com esse alguém.
Ela não podia ficar sem fazer nada. Pegou disfarçadamente a tesoura sem que Julia percebesse e foi sair do quarto.
J:Mãe, não! Não me deixa aqui sozinha, eu tô com medo.
L:Filha não precisa ter medo, eu não vou deixar que nada de ruim aconteça com você. Fica aqui e só abra essa porta quando eu mandar.
Lívia desceu as escadas de vagarzinho, com o máximo de cuidado com o barulho dos pés no assoalho de madeira.
Assim que foi chegando à sala viu tudo quebrado, seus vasos ao chão.
Quando pisou no ultimo degrau percebeu que alguém veio a sua costa, mas não deu tempo de fazer nada, a tesoura em suas mãos foi inútil de nada adiantou, uma chave de braço se formou em volta de seu pescoço.
--: Shhhhiii, quietinha se não subo e acabou com a sua filhinha também.
Lívia não conseguia distinguir exatamente a voz que falava com ela, a pessoa usava alguma coisa talvez um aparelho que modificou sua voz, estava com um capuz preto no rosto, com luvas. Lívia olhou a sua frente e num instante estava Paulo, com um corte na cabeça que sangrava continuamente e outro encapuzado o segurando.
L:Por favor não machuquem a minha...
---:Shiiiii, eu disse pra ficar quieta. (disse a pessoa que a segurava)
Lívia sentiu uma coisa fria em seu pescoço... Era o que estava pra virar seu maior pesadelo, uma faca.
P:Não, por favor, não a machuquem (desesperado)
---:Para com isso! Solta isso ou você não sabe do que eu sou capaz! (disse a pessoa que estava junto ao Paulo)
---:Cala a boca!(gritou a pessoa que estava com Lívia)
---:Maldita!(a pessoa puxava o cabelo de Lívia)
Lívia chegou à conclusão de que a pessoa que estava com ela era uma mulher.
O que segurava Paulo, não tinha nenhuma arma ou faca, apenas fazia uma chave de pescoço nele. Talvez se Lívia conseguisse sair daquela situação, e deixar a mulher sem a faca, Paulo conseguiria se soltar e teriam alguma chance.
Engano de Lívia. Mas ela só percebeu isso depois.
Num ato impensável Lívia deu uma cotovelada na mulher que estava atrás de si, ficaram numa pequena luta em posse da faca, até que a mesma voou longe pelo chão.
L:Faz alguma coisa Paulo! (desesperada)
O Mesmo estava imóvel.
Lívia correu em direção à faca, mas a suposta mulher foi mais rápida, pegou a faca e veio em direção a Lívia, a outra pessoa do nada soltou Paulo (que em vez de correr ficou parado, parece que esperando ser morto) e foi em direção a mulher, num instante a faca das mãos da mulher que estava vindo em sua direção foi tomada pelas mãos da outra pessoa e num apto de segundo sem que mesmo Lívia conseguisse assimilar o que estava acontecendo, a outra pessoa enfiou a faca no peito de seu marido, assim apagou o brilho de vida de seus olhos, seu marido caiu ao chão, como um boneco que acabou a corda.
O outro encapuzado disse algumas coisas a ela a segurou pelo braço e saíram correndo. Deixando Lívia ao chão do lado do marido já morto.
Virou Paulo com a barriga pra cima pra poder vê-lo, ter certeza que realmente não teria nenhuma chance de vida.
Mas foi em vão, ele já não pertencia mais aquele mundo.
Então antes mesmo que pudesse pensar no que fazer, ouviu barulho de polícia. As luzes da sirene ofuscaram seus olhos enquanto ainda estava ajoelhada no chão.
O barulho da sirene fez com que Julia se sentisse segura em sair do quarto.
Quando começou a descer as escadas, apenas viu um saco preto enorme estendido no chão da sala de sua casa, muitos policiais falando em pequenos rádios, mas e sua mãe? Não conseguia vê-la.
Já eram 6hrs da manhã.
Julia parada na escada, como se ninguém a tivesse vendo ali, começou a chorar, não pelo que estava vendo, porque nem conseguia distinguir o que estava acontecendo, entrou em desespero por não ver sua mãe.
Jah:Julinha, vem cá comigo. (já a puxando pra cima novamente)
J:Cadê a minha mãe Janaína?
Jah:Sua mãe foi conversar com os policias, espera aqui no seu quarto que a sua madrinha já ta chegando.
J:A Tia Vivian? Mas eu não quero subir Janaína!(descendo as escadas enquanto Janaína tentava fazê-la subir)
Jah:Julia fica aqui.
J:Não! E foi chegando à sala de novo quando viu sua mãe sendo levada algemada.

Otávio ouviu toda a história resumida por Lívia e começou a dizer.
O:Bom, então a senhora era casada com o Senhor Paulo Henrique Strauss, mas como não o amava mantinha um caso com um amante que a senhora mencionou como Fernando.
L:Sim, esse é mesmo o nome dele.
O:E do nada um dia o Senhor Paulo Strauss disse que vocês iriam morar em outro país por problemas na empresa, e no dia seguinte vocês sofrem um assalto, onde os assaltantes em si, não possuíam armas, um deles era uma suposta mulher e não roubaram nada, é isso?.
L:Sim, é isso mesmo.
O:A Senhora tem um suspeito?
L:Não ao certo, acho que possa ter sido inimigos da empresa.
O:E o seu amante?
L:O que tem ele?(assustada)
O:Vou ter que ouvi-lo.
L:Porque?
O:Porque ele é um suspeito, a senhora deixou uma carta pra ele, não pode afirmar qual foi a reação que ele teve ao lê-la.
Lívia ficou em silêncio, ela tinha suspeitas de que poderia ter sido Fernando, mas não podia simplesmente levantar essa suspeita. E se não fosse ele?
L:Se isso pode me ajudar a sair daqui tudo bem.
O:Sua filha também, terei que ouvi-la.
L:Não dá pra poupa-la disso?
O:Não, infelizmente não. E eu vou falar com ela, mas logo a própria polícia pedirá pra ouvi-la.
L:Eu entendo. Por favor, senhor Otávio (segurando nas mãos dele) me ajuda, não posso ficar aqui, tenho um a filha pra criar.
O:Sim senhora Lívia, eu não costumo perder nos meus casos.(Tirando as mãos meio constrangido)
L:Obrigada.(Sorrindo pra ele)
O:Bom, agora vou por em papéis, tudo o que conversamos e ver o que podemos fazer pra conseguirmos o mais breve possível um habeas corpus.

L:Mas uma vez muito obrigada Senhor Otávio.

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