quinta-feira, outubro 24, 2013

4° Confidências

Ele a cumprimentou mais uma vez com um aperto de mão e saiu da sala.
E depois desse dia a rotina de Otávio mudou completamente, ele se dedicou ao seu máximo no caso de Lívia Strauss. Chegava à casa a noite porque ficava até tarde trabalhando, quase não via Marta, que por sua vez também nem fazia questão. Sua vida se resumia ao trabalho, e seu trabalho estava no momento se resumindo a Lívia.
Ia à penitenciaria todos os dias para passar os relatórios a ela e também para distraí-la. Levava livros, sabia que ela adorava ler.
E assim se passaram dias... Semanas... Meses.
Lívia ainda tinha fé que iria conseguir sair de lá. Estava morrendo de saudade de sua filha, mas não queria que a filha a visse daquele jeito. Por isso pediu a Vivian que não a levasse pra vê-la.
As únicas visitas de Lívia eram de Vivian e Otávio, que passou de seu Advogado a seu amigo.
Cinco meses se passou até Otávio conseguir um habeas corpus pra que Lívia conseguisse responder em liberdade. Já que era Réu primaria e não tinha provas o suficiente pra considera-la de fato a assassina isso foi possível.
Era um dia ensolarado, domingo, Lívia não via a hora de ver sua filha, mas saiu cedo demais, e como não tinha como ir até a casa da Vivian, teria que esperar. Como Julia estaria? Será que havia crescido muito? Ficava se fazendo essa pergunta a todo o momento.
A Luz do sol fez doer os olhos de Lívia que já não estavam mais tão acostumados.
Assim que conseguiu fixar seus olhos em um ponto, viu a pessoa que menos imaginara. Aliás, era um Domingo.
O:Não podia deixar de vir. Você fora daquele lugar, mesmo que ainda não definitivo, não deixa de ser uma vitória (deu um abraço apertado)
L:Muito Obrigada Otávio, eu nem sei como te agradecer, além de meu advogado você está sendo um amigão.
O:Eu é que tenho que te agradecer por confiar em mim.
Ela sorriu docemente pra ele.
L:Não vejo a hora de ver a minha filha. (sorrindo)
O:Eu a vi semana passada quando fui falar com Vivian, ela me enchia de perguntas.(Rindo) Uma menina linda. Parabéns.
L:Obrigada, coitadinha, ela não merecia estar passando por isso.
O:Não se culpe Lívia, você não teve culpa.
L:Tem razão, bom, vou sentar aqui e esperar.
O:Esperar o que?
L:Vivian me buscar, saí antes do horário que passei pra ela. Oh só uma coisa. (rindo)
O:Mas de jeito nenhum, vem comigo que eu te levo.
L:Imagina Otávio, eu não quero ser inconveniente.
O:Ah, para com isso, se eu que tô convidando.
Lívia riu.
O:Então? (sorrindo)
L:Desse jeito então eu vou. (sorrindo)
O:Ótimo, meu carro está logo ali (Apontando pra uma rua ao lado onde estavam)
Foram até o carro. Otávio sabia onde era a casa de Vivian, afinal depois de algum tempo só tratavam do assunto de Lívia na casa dela.
E em alguns minutos estavam em frente à Mansão de Vivian.
Parados dentro do carro.
L:Mais uma vez, muito Obrigada Otávio.(Segurando na mão dele)
Sem saber o porquê, mas esse gesto deixou Otávio nervoso.
O:Imagina. Não tem o que agradecer só tô fazendo o meu serviço.
Droga! Otávio percebeu no mesmo instante que falou merda.
O:Não, eu quis dizer que..//
Ela não o deixou terminar.
L:Você quis dizer o que você disse Otávio, não se preocupe. Entendo o seu “Trabalho”. (Abrindo a porta do carro)
L:De qualquer forma Obrigada mais uma vez por fazer o seu trabalho. (e deu um sorriso forçado)
Lívia saiu sem nem olhar pra traz.
Chega de distrações.
Lívia chegou ao portão, mas como já a conheciam, deixaram que entrasse sem reportar a Vivian no interior da mansão.
Na mansão Andrade.
J:Vamos tia! Vamos logo, se não vamos chegar atrasadas.
V:Calma aí Julia, ainda não está no horário.
J:Eu não vejo a hora.
Math:Eu também estou morrendo de saudades da tia Lívia.
J:Matheus, fala pra tia pra andar logo(já desesperada).
Math: (rindo) Até parece Julia, tenho amor a minha vida.
A menina andava que nem barata tonta de um lado pro outro.
A Campainha toca...
J:A não tia...
Math:Tomara que seja só algum recado.
V:Que estranho, nem interfonaram. (indo em direção a porta)
Assim que Vivian abriu a porta, levou um susto.
Lívia a abraçou e fez um sinal de silêncio pra ela.
J:Tia!(E foi indo em direção à porta)
Mas seus passos apressados cessaram assim que seus olhos viram sua mãe sorrindo pra ela.
J:Mãe?(com os olhos cheios de lagrimas e a voz embargada)
L:Meu anjo! (com os braços aberto pra um abraço)
Julia correu de encontro com a mãe, Lívia era só lágrima. Abraçava a filha forte que podia até sentir seu pequeno coração a mil por hora.
L:Meu amor que saudade!(sorrindo enquanto segurava com as mãos tremulas o rosto da filha)
J:Mãe! Promete que nunca mais vai me deixar?
L:Prometo meu amor, prometo. (a abraçando novamente)
Assim ficaram por vários minutos.
M:Ei Julia, posso abraçar a minha tia também?(rindo)
Lívia sorriu para o sobrinho
J:Só um pouquinho. (sorrindo)
Lívia cumprimentou o sobrinho com um longo abraço também e depois a amiga.
Ficaram a tarde toda matando a saudade, ela e a filha. Mais a noite quando Matheus e Julia foram dormir, Vivian e Lívia foram ate o escritório.
Vivian sentou no sofá, e Lívia logo sentou a sua frente.
Lívia pegou nas mãos de sua amiga e disse.
L:Hora de contar a verdade minha amiga.
(Alguns minutos depois)
V:Nossa Lívia, agora sim tudo faz sentido. Mas quem será essa mulher?
L:Não sei, não faço ideia, mas ela iria mudar a minha vida.
V:Iria. Mas tenha fé. Podemos encontra-la, posso por um detetive pra investigar.
L:Não. Agora deixa como está, o que está feito, está feito.
V:Você é quem sabe.
V:Agora vem cá, como você veio pra casa?(Já sorrindo)
L:O meu advogado me trouxe.(meio irritada)
V:Nossa o que é isso? Que revolta toda é essa?(rindo)
L:Que revolta? Não tô com revolta nenhuma não. Não é o que ele é? Meu advogado.
V:E eu não te conheço Lívia.
L:Vivian, nem quero pensar no que eu posso tá sentindo aqui nesse coração idiota.
V:Oque? Como assim?(Sorrindo pra amiga) Você está... Está?
L:Para com isso Vivian, não estou nada não. Vamos mudar de assunto.
L:Mas e aí?Como estão as minhas coisas?
V:Primeiro, você perdeu a Frosch
L:O que?(assustada)
V:Mas eu a comprei e assim que você puder, você pode administra-la como quiser.
L:Nossa Vivian não acredito que você fez isso por mim! Não sabe o como isso é importante pra mim. (Abraçando mais uma vez a amiga).
V:A Mansão está no nome da Julia e seu, então você pode voltar pra lá. Só porque tem a Julia, porque tudo o que o Paulo te deixou em testamento, tudo o que é seu de direito de casada com ele, está confiscado.
L:E Minha conta?(Nervosa)
V:A Conjunta foi bloqueada por ordem judicial, a pessoal está bloqueada também mas pode ser liberada após um mês do seu habeas corpus, e a Jurídica não foi mexido.
L:Ótimo. Estava preocupada com a Jurídica mesmo.
V:Lívia , você sabe que pode contar comigo sempre não é? E sabe também que pode ficar o tempo que quiser aqui.
L:Obrigada Vivian, vou aceitar sua oferta e ficar aqui por um tempo, mas pretendo comprar outra casa, vou colocar a mansão a venda, sei que o preço cai bastante pelo crime. Mas é melhor que nada.
V:Entendo. Até mesmo a Julia não quer voltar pra lá.
L:E com razão, coitadinha.
V:Lívia, agora é bola pra frente, vamos rezar pra que o seu julgamento não demore e sua inocência seja provada.
L:Deus te ouça.
E assim conversaram até altas horas, depois foram dormir. Lívia sonhava com um colchão de molas todos os dias, um banho de banheira com sais bem demorado e morno.
Mal acreditava que não estava mais naquele inferno.

No dia seguinte.
Começou a rotina.
Lívia queria continuar da onde nunca deveria ter parado. Voltou a empresa, todos a trataram normalmente, era a chefe deles e seja lá o que tivesse acontecido naquela mansão naquele dia. Gostavam dela, e aquele sentimento de família dentro da “Frosch Eventos” para a alegria de Lívia não havia se perdido.
Antes deixou Julia na escola como fazia.
Na mansão dos Dreyar.

Otávio estava meio perdido com a sua rotina, seus afazeres em torno de Lívia Strauss havia diminuído devido ao Habeas Corpus.
No quarto do casal, Marta falava baixo ao celular.
M:Encontrou?
...:Sim, como a Senhora pediu.
M:Me passa o endereço.
Depois de anotar...
M:Mas é aqui mesmo no Rio?
...: Sim.
M:Bom, muito Obrigada Senhor Victorio.
...:Um prazer servir a senhora novamente, quando precisar, é só chamar.
M:Sim.
Marta desligou o celular e deu um sorriso.
M:Até que em fim, te achei meu amor.(disse sozinha)
Desceu para tomar café com o marido.
Marta até então não havia ligado que seu marido estava cuidando do caso de sua maior rival. Após a prisão de Lívia, Fernando desapareceu e Marta como uma louca começou uma frenética busca por ele. Sua única preocupação nesses longos três meses foi encontrar Fernando.
Victorio era um detetive que ela contratou para “caçar” Fernando.
Aquele era o dia mais feliz de sua vida, depois de tempos.
Sua expressão mudou radicalmente.
M:Bom dia meu amor! (dando um beijo no marido)
O:Bom dia Marta (sem um pingo de animo)
M:Nossa, o que foi que aconteceu?(fingindo que sempre esteve feliz daquele jeito)
O:Nada demais, só uns assuntos do trabalho.
M:Como assim? Você não tá conseguindo provar a inocência daquela moça?Como é o nome dela mesmo...
O:Lívia! Lívia Strauss Portegas.
M:Como?(Tossindo com o café)
O:Como o que?
M:Lívia Strauss Portegas, aquela que é mulher daquele empresário famoso, o...o.. como é mesmo o Nome dele..
O:Paulo Strauss.(Sem entender o nervosismo da mulher)
M:Meu Deus! O empresário que morreu assassinado foi o Paulo Strauss?(surpresa)
O:Marta, que mundo você está vivendo? Isso faz meses, deu em todos os jornais, em todos os sites.
M:Eu vi, mas não liguei o caso com as pessoas em si.
O:Eu to trabalhando nesse caso há meses, há meses comento sobre ele, no jantar, no almoço, antes de dormir e você nunca prestou atenção?
M:Otávio, não é isso, é que...(já indo com a mão no rosto dele, querendo dar um carinho)
O:É que nada, vou trabalhar, pelo menos no meu escritório eu sou visto e ouvido(saindo bufando da mesa).
Otávio estava indo ao seu escritório, a verdade é que estava perdido sem ter que sempre correr atrás das coisas de Lívia, o certo seria pegar outro caso, pra ocupar a cabeça até o julgamento dela, que ainda nem tinha data marcada.
No escritório...
L.F:Cara, eu não tô vendo isso.
O:O que foi?
L.F:Você tá com uma cara péssima. (rindo)
O:Nossa, valeu por ser tão sincero.
L.F:Amigo é pra essas coisas.
O:Sei.
L.F:é a Senhora Portegas não é?(brincando com o amigo)
O:Portegas?(ainda não assimilando) Ah a Lívia.
L.F:Humm, já ta assim então.
O:Cala a boca Luiz . (rindo)
L.F:Te conheço cara.
O:O que você quer dizer com esse “te conheço”?
L.F:Você está de quatro pela Senhora Portegas.
O:Ah ah , até parece.
L,F:Não acredito.
O:Não acredita no que Luiz Felipe Fontes?
L.F:Em você!
O:Não quer acreditar não acredita.
L.F:Você sabe que vou te vencer pelo cansaço.
O:Sei.
L.F:Então, Não reluta, Vai Otávio me conta, você esta apaixonado, não é?
O:Ai que saco Luiz, parece criança.
L.F:Então não tá?
O:Definitivamente Não!
L.F:Então sem ressentimentos se eu me candidatar a novo marido da Lívia?
O:Não ouse fazer isso.
L.F:Porque?(o atentando)
O:Porque... Porque, não suportaria vê-la  nos braços de outro, porque “eu” quero protegê-la, porque eu estou completamente rendido. Estou apaixonado.
L.F:Uhh, eu achei lindo, mas isso não era pra ser dito pra mim, Otávio.
O:Idiota. (rindo)
L.F:Porque não diz isso pra ela?
O:Porque eu sou casado?
L.F:Separa.
O:Não é fácil assim.
L.F:É sim, se você não ama mais a Marta, se separa meu filho.
O:Não posso fazer isso com ela.
L.F:E vai ficar enganando ela? Assim vai ser pior.
O:Só que tem outra coisa, amo a Lívia, mas ela não me ama.
L.F:Quem disse?
O:Eu.
L.F:E a quanto tempo você é a Lívia pra saber?
O:Ah Luiz.
L.F:Ah Luiz nada, não fica tentando deduzir as coisas que você não sabe tudo não. Só quem pode dizer se ela te ama ou não, é ela.
Otávio ficou em silêncio, Luiz tinha razão.
L.F:E se não ama também, quem é que disse que ela não pode se apaixonar?
O:A essa altura do campeonato conquistar alguém.
L.F:Não é alguém, é a mulher que você ama.
O:O que te deu Luiz? (rindo)
L.F:Tô assistindo as novelas mexicanas do SBT.(rindo)
O:Logo vi.
L.F:Mas não desconsidere o que eu disse, é a mais pura verdade.
Luiz conversou mais um pouco e foi pra sua sala.
Otávio não queria, mas ficou com aquelas palavras na cabeça.
Já Lívia não tinha tempo pra fazer essa pergunta pra si mesma.
Estava ocupada demais em voltar a viver.  Viver a vida que jamais devia ter parado de viver.
E assim se passou o dia.
Julia viu a mãe sentada na cama cheia de papeis em volta.
Subiu na cama e sentou ao lado.
J:Mãe, você não vai dormir?
L:Claro que sim, mas ainda vai demorar um pouco. (sorrindo)
J:É do seu trabalho?(Se referindo à quantidade de papel)
L:É.
J:Mãe?
L:O que foi Julia? (sem tirar os olhos do papel)
J:Quando a gente faz uma coisa pro bem de outra pessoa, mesmo que seja ruim, Deus perdoa?
Lívia parou de mexer nos papeis e olhou pra filha.
L:Deus perdoa sim quem faz as coisas pro bem, mesmo que acabe ruim, se a intenção foi fazer o bem ele perdoa sim. Por quê?
J:Nada.
Lívia ia começar a mexer nos papéis de novo quando...
Julia a abraçou forte e chorando começou a falar.
J:Mãe, eu não quero mais morar naquela casa onde o Pai morreu.
L:Own minha filha, nós não vamos não, fica sossegada, assim que eu estabilizar na Frosch eu vou comprar uma casa linda pra gente tudo bem?
J:Tá. Mãe, só mais uma coisa.
L:O que foi Dona Ana Julia?Rs.
J:Posso dormir com você hoje?
L: Hun Pode com uma condição.
J:O que?
L:Me encher de beijo. (sorrindo)
Julia sorriu.
E Ficaram ali alguns minutos brincando antes de dormir.

Já era quase 00h00min, Lívia estava exausta então resolver dormir, mas Otávio estava ocupando seus pensamentos e dormir levou certo tempo.

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quinta-feira, outubro 24, 2013

4° Confidências

Ele a cumprimentou mais uma vez com um aperto de mão e saiu da sala.
E depois desse dia a rotina de Otávio mudou completamente, ele se dedicou ao seu máximo no caso de Lívia Strauss. Chegava à casa a noite porque ficava até tarde trabalhando, quase não via Marta, que por sua vez também nem fazia questão. Sua vida se resumia ao trabalho, e seu trabalho estava no momento se resumindo a Lívia.
Ia à penitenciaria todos os dias para passar os relatórios a ela e também para distraí-la. Levava livros, sabia que ela adorava ler.
E assim se passaram dias... Semanas... Meses.
Lívia ainda tinha fé que iria conseguir sair de lá. Estava morrendo de saudade de sua filha, mas não queria que a filha a visse daquele jeito. Por isso pediu a Vivian que não a levasse pra vê-la.
As únicas visitas de Lívia eram de Vivian e Otávio, que passou de seu Advogado a seu amigo.
Cinco meses se passou até Otávio conseguir um habeas corpus pra que Lívia conseguisse responder em liberdade. Já que era Réu primaria e não tinha provas o suficiente pra considera-la de fato a assassina isso foi possível.
Era um dia ensolarado, domingo, Lívia não via a hora de ver sua filha, mas saiu cedo demais, e como não tinha como ir até a casa da Vivian, teria que esperar. Como Julia estaria? Será que havia crescido muito? Ficava se fazendo essa pergunta a todo o momento.
A Luz do sol fez doer os olhos de Lívia que já não estavam mais tão acostumados.
Assim que conseguiu fixar seus olhos em um ponto, viu a pessoa que menos imaginara. Aliás, era um Domingo.
O:Não podia deixar de vir. Você fora daquele lugar, mesmo que ainda não definitivo, não deixa de ser uma vitória (deu um abraço apertado)
L:Muito Obrigada Otávio, eu nem sei como te agradecer, além de meu advogado você está sendo um amigão.
O:Eu é que tenho que te agradecer por confiar em mim.
Ela sorriu docemente pra ele.
L:Não vejo a hora de ver a minha filha. (sorrindo)
O:Eu a vi semana passada quando fui falar com Vivian, ela me enchia de perguntas.(Rindo) Uma menina linda. Parabéns.
L:Obrigada, coitadinha, ela não merecia estar passando por isso.
O:Não se culpe Lívia, você não teve culpa.
L:Tem razão, bom, vou sentar aqui e esperar.
O:Esperar o que?
L:Vivian me buscar, saí antes do horário que passei pra ela. Oh só uma coisa. (rindo)
O:Mas de jeito nenhum, vem comigo que eu te levo.
L:Imagina Otávio, eu não quero ser inconveniente.
O:Ah, para com isso, se eu que tô convidando.
Lívia riu.
O:Então? (sorrindo)
L:Desse jeito então eu vou. (sorrindo)
O:Ótimo, meu carro está logo ali (Apontando pra uma rua ao lado onde estavam)
Foram até o carro. Otávio sabia onde era a casa de Vivian, afinal depois de algum tempo só tratavam do assunto de Lívia na casa dela.
E em alguns minutos estavam em frente à Mansão de Vivian.
Parados dentro do carro.
L:Mais uma vez, muito Obrigada Otávio.(Segurando na mão dele)
Sem saber o porquê, mas esse gesto deixou Otávio nervoso.
O:Imagina. Não tem o que agradecer só tô fazendo o meu serviço.
Droga! Otávio percebeu no mesmo instante que falou merda.
O:Não, eu quis dizer que..//
Ela não o deixou terminar.
L:Você quis dizer o que você disse Otávio, não se preocupe. Entendo o seu “Trabalho”. (Abrindo a porta do carro)
L:De qualquer forma Obrigada mais uma vez por fazer o seu trabalho. (e deu um sorriso forçado)
Lívia saiu sem nem olhar pra traz.
Chega de distrações.
Lívia chegou ao portão, mas como já a conheciam, deixaram que entrasse sem reportar a Vivian no interior da mansão.
Na mansão Andrade.
J:Vamos tia! Vamos logo, se não vamos chegar atrasadas.
V:Calma aí Julia, ainda não está no horário.
J:Eu não vejo a hora.
Math:Eu também estou morrendo de saudades da tia Lívia.
J:Matheus, fala pra tia pra andar logo(já desesperada).
Math: (rindo) Até parece Julia, tenho amor a minha vida.
A menina andava que nem barata tonta de um lado pro outro.
A Campainha toca...
J:A não tia...
Math:Tomara que seja só algum recado.
V:Que estranho, nem interfonaram. (indo em direção a porta)
Assim que Vivian abriu a porta, levou um susto.
Lívia a abraçou e fez um sinal de silêncio pra ela.
J:Tia!(E foi indo em direção à porta)
Mas seus passos apressados cessaram assim que seus olhos viram sua mãe sorrindo pra ela.
J:Mãe?(com os olhos cheios de lagrimas e a voz embargada)
L:Meu anjo! (com os braços aberto pra um abraço)
Julia correu de encontro com a mãe, Lívia era só lágrima. Abraçava a filha forte que podia até sentir seu pequeno coração a mil por hora.
L:Meu amor que saudade!(sorrindo enquanto segurava com as mãos tremulas o rosto da filha)
J:Mãe! Promete que nunca mais vai me deixar?
L:Prometo meu amor, prometo. (a abraçando novamente)
Assim ficaram por vários minutos.
M:Ei Julia, posso abraçar a minha tia também?(rindo)
Lívia sorriu para o sobrinho
J:Só um pouquinho. (sorrindo)
Lívia cumprimentou o sobrinho com um longo abraço também e depois a amiga.
Ficaram a tarde toda matando a saudade, ela e a filha. Mais a noite quando Matheus e Julia foram dormir, Vivian e Lívia foram ate o escritório.
Vivian sentou no sofá, e Lívia logo sentou a sua frente.
Lívia pegou nas mãos de sua amiga e disse.
L:Hora de contar a verdade minha amiga.
(Alguns minutos depois)
V:Nossa Lívia, agora sim tudo faz sentido. Mas quem será essa mulher?
L:Não sei, não faço ideia, mas ela iria mudar a minha vida.
V:Iria. Mas tenha fé. Podemos encontra-la, posso por um detetive pra investigar.
L:Não. Agora deixa como está, o que está feito, está feito.
V:Você é quem sabe.
V:Agora vem cá, como você veio pra casa?(Já sorrindo)
L:O meu advogado me trouxe.(meio irritada)
V:Nossa o que é isso? Que revolta toda é essa?(rindo)
L:Que revolta? Não tô com revolta nenhuma não. Não é o que ele é? Meu advogado.
V:E eu não te conheço Lívia.
L:Vivian, nem quero pensar no que eu posso tá sentindo aqui nesse coração idiota.
V:Oque? Como assim?(Sorrindo pra amiga) Você está... Está?
L:Para com isso Vivian, não estou nada não. Vamos mudar de assunto.
L:Mas e aí?Como estão as minhas coisas?
V:Primeiro, você perdeu a Frosch
L:O que?(assustada)
V:Mas eu a comprei e assim que você puder, você pode administra-la como quiser.
L:Nossa Vivian não acredito que você fez isso por mim! Não sabe o como isso é importante pra mim. (Abraçando mais uma vez a amiga).
V:A Mansão está no nome da Julia e seu, então você pode voltar pra lá. Só porque tem a Julia, porque tudo o que o Paulo te deixou em testamento, tudo o que é seu de direito de casada com ele, está confiscado.
L:E Minha conta?(Nervosa)
V:A Conjunta foi bloqueada por ordem judicial, a pessoal está bloqueada também mas pode ser liberada após um mês do seu habeas corpus, e a Jurídica não foi mexido.
L:Ótimo. Estava preocupada com a Jurídica mesmo.
V:Lívia , você sabe que pode contar comigo sempre não é? E sabe também que pode ficar o tempo que quiser aqui.
L:Obrigada Vivian, vou aceitar sua oferta e ficar aqui por um tempo, mas pretendo comprar outra casa, vou colocar a mansão a venda, sei que o preço cai bastante pelo crime. Mas é melhor que nada.
V:Entendo. Até mesmo a Julia não quer voltar pra lá.
L:E com razão, coitadinha.
V:Lívia, agora é bola pra frente, vamos rezar pra que o seu julgamento não demore e sua inocência seja provada.
L:Deus te ouça.
E assim conversaram até altas horas, depois foram dormir. Lívia sonhava com um colchão de molas todos os dias, um banho de banheira com sais bem demorado e morno.
Mal acreditava que não estava mais naquele inferno.

No dia seguinte.
Começou a rotina.
Lívia queria continuar da onde nunca deveria ter parado. Voltou a empresa, todos a trataram normalmente, era a chefe deles e seja lá o que tivesse acontecido naquela mansão naquele dia. Gostavam dela, e aquele sentimento de família dentro da “Frosch Eventos” para a alegria de Lívia não havia se perdido.
Antes deixou Julia na escola como fazia.
Na mansão dos Dreyar.

Otávio estava meio perdido com a sua rotina, seus afazeres em torno de Lívia Strauss havia diminuído devido ao Habeas Corpus.
No quarto do casal, Marta falava baixo ao celular.
M:Encontrou?
...:Sim, como a Senhora pediu.
M:Me passa o endereço.
Depois de anotar...
M:Mas é aqui mesmo no Rio?
...: Sim.
M:Bom, muito Obrigada Senhor Victorio.
...:Um prazer servir a senhora novamente, quando precisar, é só chamar.
M:Sim.
Marta desligou o celular e deu um sorriso.
M:Até que em fim, te achei meu amor.(disse sozinha)
Desceu para tomar café com o marido.
Marta até então não havia ligado que seu marido estava cuidando do caso de sua maior rival. Após a prisão de Lívia, Fernando desapareceu e Marta como uma louca começou uma frenética busca por ele. Sua única preocupação nesses longos três meses foi encontrar Fernando.
Victorio era um detetive que ela contratou para “caçar” Fernando.
Aquele era o dia mais feliz de sua vida, depois de tempos.
Sua expressão mudou radicalmente.
M:Bom dia meu amor! (dando um beijo no marido)
O:Bom dia Marta (sem um pingo de animo)
M:Nossa, o que foi que aconteceu?(fingindo que sempre esteve feliz daquele jeito)
O:Nada demais, só uns assuntos do trabalho.
M:Como assim? Você não tá conseguindo provar a inocência daquela moça?Como é o nome dela mesmo...
O:Lívia! Lívia Strauss Portegas.
M:Como?(Tossindo com o café)
O:Como o que?
M:Lívia Strauss Portegas, aquela que é mulher daquele empresário famoso, o...o.. como é mesmo o Nome dele..
O:Paulo Strauss.(Sem entender o nervosismo da mulher)
M:Meu Deus! O empresário que morreu assassinado foi o Paulo Strauss?(surpresa)
O:Marta, que mundo você está vivendo? Isso faz meses, deu em todos os jornais, em todos os sites.
M:Eu vi, mas não liguei o caso com as pessoas em si.
O:Eu to trabalhando nesse caso há meses, há meses comento sobre ele, no jantar, no almoço, antes de dormir e você nunca prestou atenção?
M:Otávio, não é isso, é que...(já indo com a mão no rosto dele, querendo dar um carinho)
O:É que nada, vou trabalhar, pelo menos no meu escritório eu sou visto e ouvido(saindo bufando da mesa).
Otávio estava indo ao seu escritório, a verdade é que estava perdido sem ter que sempre correr atrás das coisas de Lívia, o certo seria pegar outro caso, pra ocupar a cabeça até o julgamento dela, que ainda nem tinha data marcada.
No escritório...
L.F:Cara, eu não tô vendo isso.
O:O que foi?
L.F:Você tá com uma cara péssima. (rindo)
O:Nossa, valeu por ser tão sincero.
L.F:Amigo é pra essas coisas.
O:Sei.
L.F:é a Senhora Portegas não é?(brincando com o amigo)
O:Portegas?(ainda não assimilando) Ah a Lívia.
L.F:Humm, já ta assim então.
O:Cala a boca Luiz . (rindo)
L.F:Te conheço cara.
O:O que você quer dizer com esse “te conheço”?
L.F:Você está de quatro pela Senhora Portegas.
O:Ah ah , até parece.
L,F:Não acredito.
O:Não acredita no que Luiz Felipe Fontes?
L.F:Em você!
O:Não quer acreditar não acredita.
L.F:Você sabe que vou te vencer pelo cansaço.
O:Sei.
L.F:Então, Não reluta, Vai Otávio me conta, você esta apaixonado, não é?
O:Ai que saco Luiz, parece criança.
L.F:Então não tá?
O:Definitivamente Não!
L.F:Então sem ressentimentos se eu me candidatar a novo marido da Lívia?
O:Não ouse fazer isso.
L.F:Porque?(o atentando)
O:Porque... Porque, não suportaria vê-la  nos braços de outro, porque “eu” quero protegê-la, porque eu estou completamente rendido. Estou apaixonado.
L.F:Uhh, eu achei lindo, mas isso não era pra ser dito pra mim, Otávio.
O:Idiota. (rindo)
L.F:Porque não diz isso pra ela?
O:Porque eu sou casado?
L.F:Separa.
O:Não é fácil assim.
L.F:É sim, se você não ama mais a Marta, se separa meu filho.
O:Não posso fazer isso com ela.
L.F:E vai ficar enganando ela? Assim vai ser pior.
O:Só que tem outra coisa, amo a Lívia, mas ela não me ama.
L.F:Quem disse?
O:Eu.
L.F:E a quanto tempo você é a Lívia pra saber?
O:Ah Luiz.
L.F:Ah Luiz nada, não fica tentando deduzir as coisas que você não sabe tudo não. Só quem pode dizer se ela te ama ou não, é ela.
Otávio ficou em silêncio, Luiz tinha razão.
L.F:E se não ama também, quem é que disse que ela não pode se apaixonar?
O:A essa altura do campeonato conquistar alguém.
L.F:Não é alguém, é a mulher que você ama.
O:O que te deu Luiz? (rindo)
L.F:Tô assistindo as novelas mexicanas do SBT.(rindo)
O:Logo vi.
L.F:Mas não desconsidere o que eu disse, é a mais pura verdade.
Luiz conversou mais um pouco e foi pra sua sala.
Otávio não queria, mas ficou com aquelas palavras na cabeça.
Já Lívia não tinha tempo pra fazer essa pergunta pra si mesma.
Estava ocupada demais em voltar a viver.  Viver a vida que jamais devia ter parado de viver.
E assim se passou o dia.
Julia viu a mãe sentada na cama cheia de papeis em volta.
Subiu na cama e sentou ao lado.
J:Mãe, você não vai dormir?
L:Claro que sim, mas ainda vai demorar um pouco. (sorrindo)
J:É do seu trabalho?(Se referindo à quantidade de papel)
L:É.
J:Mãe?
L:O que foi Julia? (sem tirar os olhos do papel)
J:Quando a gente faz uma coisa pro bem de outra pessoa, mesmo que seja ruim, Deus perdoa?
Lívia parou de mexer nos papeis e olhou pra filha.
L:Deus perdoa sim quem faz as coisas pro bem, mesmo que acabe ruim, se a intenção foi fazer o bem ele perdoa sim. Por quê?
J:Nada.
Lívia ia começar a mexer nos papéis de novo quando...
Julia a abraçou forte e chorando começou a falar.
J:Mãe, eu não quero mais morar naquela casa onde o Pai morreu.
L:Own minha filha, nós não vamos não, fica sossegada, assim que eu estabilizar na Frosch eu vou comprar uma casa linda pra gente tudo bem?
J:Tá. Mãe, só mais uma coisa.
L:O que foi Dona Ana Julia?Rs.
J:Posso dormir com você hoje?
L: Hun Pode com uma condição.
J:O que?
L:Me encher de beijo. (sorrindo)
Julia sorriu.
E Ficaram ali alguns minutos brincando antes de dormir.

Já era quase 00h00min, Lívia estava exausta então resolver dormir, mas Otávio estava ocupando seus pensamentos e dormir levou certo tempo.

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