O:Amor...Você
não pode dormir agora, nós vamos casar. Não fecha os olhos amor... Não Lívia...Não(chorando)
Vivian
estava apavorada, que mundo é esse? Um tiro!
Perguntava
para as pessoas se alguém tinha visto algo, mas ninguém viu nada.
Fernando
saiu o mais depressa que pode. Sabia exatamente quem tinha sido. E sabia também
o que ia fazer.
No
hospital...
Na
sala de espera.
O:Eu
juro, eu juro que eu faço mofar na cadeia quem fez isso.
Vivian
ficou quieta, já imaginava que fosse Marta, mas não podia levantar essa
suspeita. Não tinha como provar.
O:Marta!
Vivian
se assustou.
V;Você
acha que possa ter sido ela?
O:Não
sei, estou confuso. A única coisa que importa agora é que Lívia esteja bem.
V;Eu
nem sei como vou dizer isso pra Julia.
O:Não,
não conte nada ainda.
V:Meu
Deus que tragédia.
O:Eu
juro que se Lívia morrer, eu vou até o inferno atrás desse assassino, nem que
eu mesmo tenha que passar o resto da minha vida na cadeia.
L.F:Não
fale bobagens Otávio.
O:Como
não Luiz, uma pessoa atira na outra e continua assim, normal, andando por aí como
se não tivesse feito nada de mais.
Uma
enfermeira se aproxima e anuncia Lívia Portegas Strauss?
O:Aqui,
como ela está? Ela está bem?
Enfer:A
bala está alojada em um ponto frágil do tórax. Submetemos a uma cirurgia
delicada para a remoção.
O:Mas
ela corre risco de vida?
Enfer:
Sim , ela corre. Infelizmente esse é um procedimento muito delicado.
Otavio
chorava muito, as mãos estavam tremulas.
Luiz
abraçava Vivian que a essa hora já estava com uma queda de pressão.
Enfer:Bom,
qualquer novidade eu venho avisá-los.
E
assim ficaram por intermináveis 6 horas de cirurgia.
Na
mansão Dreyar...
Marta
estava comemorando sozinha em sua casa, a futura morte do único problema da sua
vida.
O
porteiro interfona. Era Fernando, ela autorizou que entrasse.
Abriu
a porta.
M>Nossa,
pra você vir aqui alguma coisa muito grave aconteceu.
Marta
estava tomando um vinho sozinha...
F:Alguém
atirou na Lívia, na porta do cartório.
M:Meu
Deus que horror, o Otávio foi atingido?(fingindo)
F:Não,
foi só ela, foi só ela(debulhando-se em lagrimas)
M:Meu
Deus. Mas acharam quem foi?
F:Não...E
nem vão achar, a pessoa sumiu.
Fernando
soluçava...
M:Espera,
vou buscar algo para você se acalmar, uma água com açúcar.
Fernando
aguardou.
Marta
a todo o momento se fingindo de assustada, de comovida.
Mas
ele em nenhum momento acreditou, conhecia Marta a muito tempo. Sabia com quem
estava lidando.
F:Eu
preciso saber dela.
M:Mas
se Otavio te ver lá, não vai ser uma boa ideia.
F:Eu
me viro, Lívia é mais importante pra mim do que qualquer coisa. Qualquer
pessoa.
E
a encarando deixou a mansão.
Marta
ficou ali, torcendo pelo pior.
Assim
que a cirurgia acabou.
Med:A
cirurgia foi um sucesso. Agora só aguardar a evolução, e logo a Senhora
Portegas estará pronta para visitas.
O:Graças
a Deus.
V:Ai
Meu Deus que noticia boa(abraçando Luiz)
L.F:Foi
só um susto.
O:E
que susto.
V:Bom,
preciso voltar, as crianças devem estar sem entender nada.
O:Eu
não vou sair daqui por nem um segundo.
L.F:Mas
não adianta você ficar aqui, ela ainda nem pode receber visitas.
O:Mas
eu não saio daqui.
L.F:Então
me dê as chaves do seu apartamento, vou te buscar algumas coisas, algumas
roupas, sei lá.
V:Bom,
você é quem sabe. Eu realmente preciso ir, se não também ficava.
L.F:Deixa
eu te levo, assim você aproveita e me ajuda a pegar as coisas para o Otavio,
porque eu não faço ideia do que se pega para essas situações.
V:sim
eu ajudo.
E
assim foram.
Otavio
estava tão nervoso em pensar que Marta podia fazer aquilo, ela era uma
assassina. Isso não podia estar acontecendo.
Mas
ao mesmo tempo brigava consigo mesmo por pensar isso da sua ex-mulher, ela era
doida, mas não chegaria a tanto.
No
dia seguinte.
O:Morta?
Como assim ela esta morta?
L.F:Envenenada.
É a primeira suspeita.
O:Onde
acharam ela?
L.F:Na
mansão mesmo. Cara, eu sinto muito.
O:E
os seguranças?
L.F:Disseram
que ninguém de diferente entrou na mansão só ela mesmo.
O:Meu
Deus, não demos certo mas não desejava isso a ela.
L.F:Minha
nossa se tivesse desejado, Otavio.
O:Preciso
organizar o velório?
L.F:Precisa,
afinal ela não tem ninguém.
O:Lívia
será transferida para o quarto hoje, queria ser o primeiro a vê-la.
L.F:Você
que sabe, mas ela morreu, será a ultima coisa que você vai fazer pra ela.
O:É,
você tem razão. Assim que Vivian chegar eu vou.
L.F:Tudo
bem, eu espero você.
Fernando
fez um certo acampamento na porta daquele hospital. Todo dia ia lá uma certa
hora do dia para ver se Otavio não estava, mas todo dia ele estava.
Dessa
vez assim que viu Otavio saindo com Luiz, Fernando entrou.
V:O
que você está fazendo aqui?
F:Eu
preciso ver a Lívia, por favor não me nega isso.
V:Não
sei se é uma boa ideia.
F:Ela
já está bem? Está consciente?
V:Está
sim, vou falar pra ela que você está aqui.
Vivian
entrou no quarto de Lívia.
Lívia
ainda estava fraca, tudo absolutamente tudo ela dizia em voz baixa, como um
sussurro.
V:Tem
certeza Lívia?
L:Uhum,
pode deixar. Vai ficar tudo bem.
V:Então
tá, mas não demora, Otavio não pode ver ele aqui.
L:Ta.
Eu sei disso.
Vivian
avisou Fernando.
Assim
que ele entrou correu e abraçou Lívia, a cabeça dele estava encostada em seu
abdômen, ele chorava feito uma criança.
F:Tive
tanto medo de perder você, Lívia(chorando)
Ela
afagava devagar seus cabelos.
F:Se
eu pudesse eu trocaria de lugar com você.
L:Estou
bem agora Fernando, estou bem.
F:Eu,
eu... ainda sinto você muito forte em mim Lívia, aquele tiro doeu em mim.
L:Para com isso, tinha que ser, nada acontece
por acaso.
Fernando
foi próximo a ela e acariciava seu rosto com carinho.
F:
Lívia... Nem sei o que eu to sentindo por te ver assim, bem agora.
Otavio
entra na mesma hora no quarto.
O:Mas
o que esse homem está fazendo aqui?(nervoso)
V:Lívia,
me desculpa eu tentei explicar mas ele não deixou.
L:Tudo
bem, pode deixar.
Vivian
saiu.
O:Pode
me explicar o que está acontecendo?
L:Fernando
veio me visitar...
O:Isso
eu estou vendo, por favor retire-se.(já nervoso vai em direção a porta)
L:Otavio,
espera...
O:Meu
amor eu já volto falar com você, não se esforce demais.
L:Espera.
F:Lívia,
tudo bem. Tchau, fica bem.
O:Ande
logo por favor.
E
assim saíram do quarto.
O:Olha
aqui seu filho da mãe, eu quero você longe da Lívia, me entendeu bem?
F:Primeiro
me solta (também já bravo)Eu amei Lívia e ainda amo ela...
O:Mas
que impetulância...
F:Eu
não conseguiria dormir nenhuma se quer noite, sem ver com os meus próprios
olhos que ela esta bem.
E
o que tínhamos acabou, porque ela quis, porque ela ama outro, que infelizmente
é você, eu não quero tê-la ao meu lado triste, chorando lagrimas para outro.
Eu
a amo tanto que estou abrindo mão de lutar por ela, porque ela escolheu você.
Agora para de ficar com esses ataques de pelanca e use esse tempo para ela, para
a mulher mais linda desse mundo, que já sofreu tanto, e que agora merece ser
feliz.
Não
quero que sejamos amigos, até porque isso não seria possível, você roubou o amor
da mulher da minha vida. Mas quero que para o bem dela, convivamos bem, sem
brigas. Receba isso como o mais sincero desejo.
Otavio
ainda não conseguia acreditar no que estava ouvindo, uma revindicação? Ele
estava desistindo da luta? Ou aquilo era o preparo de um passo maior?
No
momento o que importava era Lívia, e nada mais, nada mais.
Fernando
estava com a mão estendida para Otavio, esperando um aperto.
O:Está
bem(apertando a mão do rival)mas que isso fique claro, que ainda não confio em
você.
F:Faço
minha suas palavras...
O:E
também não quer dizer que pode ficar se encontrando com Lívia, nem ligando pra
ela.
F:Estou
ciente disso.
E
assim terminaram...
Otavio
correu para dentro do quarto, Lívia estava agitada imaginando que os dois
estavam aos murros e pontapés dentro daquele hospital.
V:Viu?
Não disse que estava tudo bem, sua teimosa.
O:Está
tudo bem meu amor, olha! Nenhum arranhão, apenas conversamos civilizadamente.
Vivian
percebeu que precisava deixá-los a sós um pouco.
V:Bom,
vou aproveitar que o Otavio está aqui e vou em casa dar noticias, Julia está
eufórica pra vir te ver.
Lívia
deu um sorriso para amiga, que em seguida deixou o quarto.
O:Own
meu amor, como eu estou feliz de te ver assim, bem.
L:Eu
achei que nunca mais ia te ver de novo.
Otávio
colocou a mão na boca de Lívia.
O:Para
amor, não repete isso, que me dói só de pensar.
Ele
foi até ela e deu um selinho.
L:Eu
devo estar horrível.
O:Você
está linda. Como sempre.
L:Bobo...(sorrindo
pra ele)
O:Acho
que morreria se não te vesse mais, se não sentisse seu beijo de novo.
Lívia
começou a chorar.
O:Desculpa
amor, não quero te fazer chorar. Para com isso, vou chorar também.
L:Você
é mais que tudo que eu sempre sonhei, Otavio, quando eu te vi amor...quando te
tive , pensei,”EU GANHEI O MUNDO”.
Otávio
acariciava os cabelos dela.
L:As
vezes penso que não te mereço.
O:Para
com isso. Nós nascemos um para o outro e ponto.
Ficaram
em silencio, apenas se olhando.
Lívia
quebrou o silencio...
L:Vivian
me contou sobre a Marta.
O:Sim..
uma fatalidade.
L:Mas
como assim ela foi envenenada?
O:Isso
era a primeira suspeita... Ela se suicidou. Tomou vários remédios de uma vez.
L:Que
horror...
O:O
estranho é que o rosto dela estava inchado com alguns cortes, como se tivesse
sofrido alguma agressão, mas fizeram corpo delito e não tinha nada. Talvez ela
tenha caído.
Lívia
tentou não demonstrar nenhuma reação a essa notícia.
L:Sim,
ela deve ter caído.
O:Mesmo
depois de tudo que ela fez, eu não desejo isso a ninguém, mas se matar? Ela é
tão orgulhosa.
L:É...
O:Mas
o que eu quero descobrir é quem atirou em você, esse tem um acerto de contas
comigo.
L:Não
foi uma bala perdida?
O:Não,
amor não fica assustada, a policia já tem um suspeito, algumas pessoas viram da
onde veio o tiro, outras viram um moleque correndo logo após, a polícia vai
prender esse filho da mãe.
Lívia
pegava delicadamente no rosto de Otávio...
L:Quero
sair daqui logo.
O:Aguenta
só mais um pouquinho amor, logo você tem alta.
E
assim foi se passando os dias. Lívia estava de alta, em casa. Otávio foi morar
com Lívia na casa dela em Ipanema.
Eram
uma família feliz... Mas Otávio ainda queria casar, e agora podiam casar na
igreja, ambos eram viúvos.
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