10° Confidências

Lívia sorriu pra ele aceitando o convite.

Os lábios dele estavam quentes mesmo, e fazendo o corpo todo de Lívia entrar num tipo de choque.

Os beijos eram demorados, aproveitados e intensos, Otávio há certa hora parecia que iria explodir, somente com os beijos, estavam bem prensados um ao outro ali no canto da piscina.

Nenhum dos dois via nada, apenas sentiam, não abriam os olhos há muito tempo.

Com os braços agora envolvidos na costa de Lívia ele se livrou do sutien.

A boca dele foi em cheio, sentir o desejo a flor da pele dela. Ela gemia baixinho a cada troca que Otávio fazia do beijo pra leves mordidinhas.

Ela seguiu um caminho diferente, da boca dele começou a ir para o pescoço, a língua quente dela trilhava um delírio, uma insanidade ao juízo que tanto insistia em ficar na cabeça dela.

Uma das mãos de Otávio soltou um dos braços de Lívia, ela não esperou nenhum milésimo de segundo e em cheio pegou no membro dele, o acariciando, primeiro com movimentos leves, depois fortes, depois leves novamente o tirando literalmente desse mundo, dentro da piscina terminaram de se despir.

Otávio com aquilo estava entregue. Lívia sabia como enlouquecê-lo.

Ambos estavam ofegantes e no seu máximo.

Ela segurou no pescoço dele e num impulso subiu novamente nele, como estavam dentro da água, ficou em uma posição perfeita pra que ele pudesse em fim preenche-la.

Sem cessarem os beijos começaram o ritmo de tortura de ambos, eram movimentos intensos.

Lívia soltava pequenos gritos de prazer. Ficaram nesse ritmo por muito tempo, até explodirem de desejo.

Ofegantes, um no outro se beijaram se olharam e se soltaram, num mergulho até que demorado.

Quando voltaram à superfície se olhavam e riam, sem nem saber o motivo.

L:Só com você, Otávio.

O:Só comigo o que?

L:Só com você faço essas doidices.

O:Agora uma pergunta super incomum. (sorrindo)

L:Qual?

O:Foi bom pra você?

L: (sorrindo)... Foi ... Hum, regular vai. (brincando)

O:A é?(a agarrou novamente)

L:Sim (Já colados um ao outro novamente)

O:Então vou te dar outra chance de perceber “Lá diferencia”.(a beijou)

Lívia riu.

L:Palhaço, vem... Vamos sair daqui porque vamos pegar um belo de um resfriado.

O:Vamos. (sorrindo)

E assim passaram uma noite pra lá de apaixonante.

As 5:30 hrs o dia começava a clarear. Lívia já foi levantando.

O:Amor, está cedo ainda... (sonolento)

L:Por isso mesmo Otávio, já está de manhã, era pra eu ter chego em casa de madrugada.

O:Awnn.

L:Awnn nada Otávio, vai me ajudando a achar minhas roupas.

O:Tá, fazer o que né.

Otávio foi achando as roupas junto com ela. Assim que ela terminou de se vestir, foi com ela até a porta.

L:Beijo amor, fica bem tá?

O:Te ligo para marcarmos o fim de semana então.

L:Ok.(deu mais um beijo e saiu)

Na saída do apartamento Lívia entra em seu carro e segue pra Mansão Andrade...

Em um carro parado do outro lado da rua.

F:Não, não Lívia, porque você está fazendo isso comigo?  Por quê? Porque está fazendo isso com a gente?(chorando)

Fernando tinha ficado sim perturbado com o que Marta havia dito. E ela o conhecia mais que ele próprio, e por isso tinha certeza que ele iria atrás dessa história, por isso Marta havia deixado o endereço de Otávio pra ele, disse que era apenas uma questão de tempo até vê-los juntos.

E foi isso que aconteceu, não precisava vê-los na cama fazendo amor para saber que estavam juntos. Nada do que Lívia dissesse agora iria explicar o que ele viu, na verdade ela nem queria explicar mesmo, estava com Otávio e iria confirmar isso a quem quer que fosse.

Fernando estava possesso, o que Otávio tinha demais? Lívia era dele, não admitiria ninguém rouba-la daquele jeito. Isso não era justo, depois de tudo que passaram.

Ele ligou o carro, não queria ficar relembrando que ali naquele prédio a sua Lívia se entregara a outro.

Mas a raiva era demais e ele não conseguiria ficar sossegado.

Voltou, desligou o carro e entrou no prédio. Na portaria perguntou o numero do apartamento do Advogado, isso mesmo, Fernando deu essa desculpa de que precisava dos serviços dele.

Otavio ainda estava na cama, era muito cedo, estava se embriagando com o perfume que ainda tinha em seus lençóis.

A Campainha toca insistentemente no apartamento de Otávio.

Ele levanta ainda meio sonolento e vai abrir a porta, ainda de shorts colocou um roupão por cima e foi abrir a mesma.

Quando abriu a porta, não sabe nem de onde ou de quem veio, mas o soco acertou em cheio o olho direito de Otávio.

Um pequeno corte abriu no canto do olho de Otávio, não deu tempo nem de fixar os olhos em quem o agredia, Fernando o segurou pelo colarinho e deu mais uns dois socos nele, se empurraram e caíram numa mesa de vidro que havia ali na sala, a porta ainda estava aberta e com o barulho a vizinhança começou a acordar, uma vizinha viu a briga e chamou os seguranças do prédio, mas Otávio agora também conseguiu fazer algo, um murro na boca do estomago de Fernando que logo o puxou e caíram ao chão, estavam em meio a socos quando dois seguranças chegaram.

Seguraram ambos.

O:Quem você pensa que é pra entrar na minha casa me socando desse jeito?

F:Fica longe da minha mulher.

O:Que sua mulher? Eu não conheço a sua mulher, aliás eu nem te conheço.

F:Eu estou avisando, se eu souber que você ainda está com ela, eu te mato.

O:Levem esse louco daqui, nem vou fazer um Boletim de Ocorrência, só pode ser um louco que fugiu de algum hospício.

F:Maldito! Você está marcado Sr° Dreyar.

Os seguranças soltaram Fernando assim que chegaram à saída do prédio.

Por conta desse incidente Otávio acabou se atrasando para ir ao escritório, o celular de Otávio estava desligado por conta da noite que passou com Lívia, não queria ser incomodado.

 Por isso Luiz ligou no celular de Lívia pra saber noticias.

Lívia há essa hora já estava na Frosch.

L:Alô?

L.F:Oi Lívia, é o Luiz, Otávio está com você?

L:Agora não porque?

L.F:Porque ele está atrasado há duas horas, ele não é de se atrasar e também não esta atendendo o celular.

L:Nossa. Vou ate o apartamento dele e qualquer coisa te ligo.

L.F:Não Lívia, você não esta na Frosch?

L:Estou sim, mas não tem problema, vou ver e te aviso.

L.F:Bom, se pra você não tem problema ótimo, eu não tenho como sair daqui e deixar só a secretária.

L:Não, tudo bem.

L.F:Então, obrigado Senhorita Portegas. (rindo)

L:Por nada.Beijo. (rindo)

Lívia ficou preocupada, afinal era Rio de Janeiro, qualquer atraso ou mudança na rotina era de se ficar alerta.

Deixou a Frosch e seguiu em direção ao apartamento de Otávio.

Otávio tinha ido ao hospital, o pequeno corte lhe rendeu um ponto ao lado da sobrancelha, na volta do hospital passou em uma farmácia, precisava de um pó de arroz pra disfarçar aquele roxo no olho e ir trabalhar.

Assim que chegou a seu apartamento pegou o pó de arroz, mas aquilo era um bicho de sete cabeças, ficou em duvida se era só passar ou tinha que fazer alguma coisa antes.

A campainha tocou e ele foi abrir.

O:Lívia?(surpreso)

L:Amor, o que é isso na tua cara?(já o acariciando o rosto)

O:Own meu anjo não foi nada não.

L:Como nada amor, olha o teu rosto como está?!(preocupada)

Lívia já havia fechado a porta e agora estava sentada com ele no sofá.

L:Otávio, anda logo.

O:O que?

L:Diz o que aconteceu.

Otávio estava com vergonha de dizer a Lívia que apanhou de um louco que invadiu sua casa.

L:Otávio Dreyar!Agora. (já brava)

O:Nossa ta bom, ta bom, logo depois que você saiu, apertaram a campainha e quando eu abri a porta um doido varrido veio pra cima de mim e começou a me socar.

L:Sério isso?

O:Serio Amor. Estou com raiva até agora.

L:Own meu amor, olha só seu rosto, está todo inchado.(pegando no corte com cuidado)

O;Ai!

L:Own me desculpa.(e deu um selinho)

O:Ai ai ai.

L:Nem toquei agora Otávio.

O:Da mais um beijinho, hum?

L:Que beijinho o que, vamos trabalhar que o Luiz está doido atrás de você, disse que teu celular está desligado.

O:Nossa, é mesmo! (rindo)

L:Vamos então, porque também preciso voltar pra Frosch.

Lívia o pegou pelo braço e foi puxando para irem logo.

O:Amor, calma, espera um pouco.

L:O que foi?

O:Me ajuda? (mostrando-lhe o pó de arroz)

L:Não acredito nisso. (rindo)

O:Lívia, eu não posso chegar no escritório com esse olho roxo. Me ajuda amor.

L:Ajudo. Como vocês homens não vivem sem nós, não? (rindo)

O:Ah ah.(a irritando)

L:Amor, olha aqui (sorrindo) é só passar assim (passando a esponjinha do pó no rosto dele)

O:Eu não entendo dessas coisas não.

Lívia ria.

Ela estava terminando de maquiá-lo...

O:Estou intrigado com uma coisa.

L:O que?

O:O homem que invadiu meu apartamento disse para que ficasse longe da mulher dele, que ela era dele, sei lá, não entendi nada.

L:Mulher dele?

O:É, minha única mulher agora é você, nem fiz Boletim de Ocorrência porque acho que ele estava bêbado e se confundiu, afinal estava com os olhos inchados, uma cara bem abatida.

L:A é?(meio desconfiada)

O:É

L:Como era? Assim o homem? De aparência... (tentando não dar na cara sua curiosidade)

O:Ele é moreno, cabelos grisalhos, meio alto. Mais ou menos assim, por quê?

L:Curiosidade, vai que a gente topa com esse doido por aí novamente.

O:Terminou amor?

L:Terminei.

O:Da um beijinho pra melhorar mais rápido.

L:Own meu Deus que carente .(o beijando)

Otávio sorriu.

L:Agora vamos, eu ainda não estou no meu horário de almoço e você ainda nem foi trabalhar hoje.

O:É, Luiz deve estar querendo me matar.

E assim foram cada um para o seu devido lugar.

Lívia estava indo para Frosch mas alguma coisa dizia que ela tinha que procurar Fernando, pela descrição de Otávio era sim o Fernando que o atacou em seu apartamento.

No apartamento de Fernando.

A Campainha toca...

F:Entra...

M:Bom, acho que agora você acredita em mim não?

F:Sim, você tinha razão.

M:Então Fernando, fica comigo nessa, eu preciso ter Otávio de volta.

F: E eu, Lívia.

M:Então, pensamos em alguma coisa para separá-los.

F:Sim.

M:Então você topa essa aliança?(toda radiante)

F:Mas é claro que não, está maluca? Acha que eu nasci ontem? Claro que o que você quer é acabar com a Lívia. Mas isso eu não vou deixar.

M:Não seja idiota, Fernando, a única coisa que eu quero é Otávio de volta.

F: Lívia me ama, me ama e eu sei disso, isso não pode ser verdade, preciso ouvir da boca dela que ela realmente não me quer, que não sente mais nada por mim.

A campainha toca.

L:Precisamos conversar, Fernando (entrando com tudo no apartamento dele)

F:Lívia?(assustado)

L:Que historia é essa de voc/// me desculpe não sabia que você estava acompanhado. Eu volto outra hora.

M:Não, não se incomode eu já estou de saída.