Dan nada
dizia.
Pelos fundos
da casa ele entrou com Beatriz ainda em suas costas, ela se debatia e quando
ameaçou gritar, ele tampou sua boca.
Rapidamente
subiu as escadas, e para a sorte de ambos, Bento não ouvira e nem desconfiara
de nada.
Ele fechou a
porta do pequeno quarto e colocou no chão;
Ela foi
dizer algo, mas Dan a calou com um beijo.
O impulso a
fez encostar-se no guarda-roupas.
As mãos
vestidas com o tecido das luvas, faziam com que ela arrepiasse com o toque das
mãos de Dan em seu pescoço.
O coração
estava frenético e inquieto.
Sentia o
corpo dele prensado ao dela e isso estava lhe proporcionando algo que há muito
tempo não sentia.
Não queria
que parasse, não queria que isso nunca mais acabasse.
Era bom.
Ele afastou o
beijo e a olhou, a mesma ainda com os olhos fechados, apreciando ou guardando
aquele beijo.
Ela abriu os
olhos lentamente o encarou.
Dan: Você
é... – foi interrompido –
Ela o
devorou os lábios, delicado fora antes de sua boca desejar a dele
enlouquecidamente.
As mãos dele
agora desciam pela extensão do corpo, timidamente chegava a coxa, os beijos
mais ousados e fervorosos começavam a comparecer.
De onde foi
que ambos tiveram tamanha coragem para fazer algo assim.
Separaram-se
novamente.
A respiração
completamente desordenada, os olhos encarando um ao outro.
B: Nem sei o
que dizer.
Dan: Posso
com certeza morrer feliz agora.
B: Não diga
bobagens.
Dan: Nunca
digo bobagens.
B: Isso não
deveria ter acontecido.
Dan: Isso
deveria sim, acho que demorou demais.
B: Está
brincando comigo?
Dan: Mas é
claro que não. E você? Está?
B: Estou o
que?
Dan: Está
brincando comigo?
B: Porque
pensa que...
Dan: Eu te
quero, não escondo isso desde o primeiro dia em que nos vimos. Te beijei porque
te desejo, porque minha boca suplica pela sua. E você?
B: Eu te
beijei porquê...
Dan: Porque?
B: Porque
gostei do seu beijo, eu quis de novo, eu quero de novo...
Iam
aproximar-se mais uma vez, mas a porta abriu bruscamente.
Ben: Dan,
aconteceu alguma coisa?
A voz de
Bento era forte, e demonstrava impaciência.
Dan: Não,
Senhor.
Ben: Fui
procura-los fora da casa e não os encontrei, não faz sequer meia hora que
saíram. Dan, Explique-se;
B: Dan me
pediu para entrar que como já é tarde, não podíamos ficar mais, amanhã sairemos
mais cedo.
Ben: Ah, Beatriz...
– aproximando-se –
Não faça
nenhuma gracinha, ou nunca mais sairá desse lugar... pra nada! Venha comigo,
Dan.
Ele
despediu-se de Beatriz disfarçadamente e seguiu Bento.
Enquanto
desciam as escadas, Bento questionou, Dan.
Ben: O que
aconteceu exatamente?
Dan: Apenas
cumpri suas orientações, Senhor.
Benn: Ela
tentou algo?
Dan: Não,
apenas como o senhor me alertou, é curiosa demais.
Ben: Eu não
te disse.
Dan: Não se
preocupe, Senhor. Dei minha palavra de que Senhora Beatriz irá apenas passear
pelo jardim, e nada mais.
Benn: Assim
espero.
Antes de
chegarem ao fim do corredor que dava acesso a entrada da casa. A menina Ana
Beatriz aproximou-se do pai.
A cara
estava triste e Bento logo preocupou-se;
Benn:
Aconteceu alguma coisa, filha?
A: É que
estou triste.
Ele a pegou
no colo, e ela logo começou a chorar.
A: A
mamãe...
Benn: Sua
mãe? Está com saudades da mamãe?
Ela então
completou a frase.
A: A mamãe
não me ama como você, porque ela nunca me deu um celular, papai.
Benn:
Ninguém te ama como o papai, isso é verdade. Mas o que quer que eu faça pra
você sumir com essa carinha triste, você sabe que o papai não gosta.
A: Quero que
coloque internet no meu celular. Eu amei o meu celular, papai. Mas sem internet
ele não funciona.
Benn: Claro,
filha.
Imediatamente,
Bento olhou para Dan e disse:
Benn: Cuide
disso, amanhã quero esse celular do jeito que ela pediu.
Dan assentiu
com cabeça e deixou o cômodo.
Ana Beatriz
sequer sentia a falta da mãe, nem parecia nascida de Beatriz.
Um filho
sempre tem uma ligação com a mãe.
Mas a
pequena parecia só se importar com o pai e com o que ele poderia lhe oferecer.
Beatriz
sofria em silencio a falta da filha.
Pedia a Deus
que lhe tirasse aquele sentimento, mas certa hora, sequer sentia Ana Beatriz
como sua filha.
Parecia uma
desconhecida.
-
Desde o
beijo, Dan sumiu.
Ficou longo
e intermináveis três dias sem aparecer na casa, e Beatriz consequentemente sem
o passeio no jardim.
Suas
refeições eram trazidas pelas empregadas, mas naquele dia, o próprio Bento
resolveu aparecer.
Benn: Bom
dia, meu amor.
B: Bento,
quero sair. Preciso de ar, não estou bem.
Benn: Não
pode sair sozinha, sabe disso.
B: Então
chame o mordomo, diga que me acompanhe. Porque ...
Benn: Ele
não está na casa, precisou fazer umas coisas pra mim.
B: E eu
ficarei trancada aqui mais quanto tempo? Porque não me mata logo de uma vez? –
gritando –
Benn:
Shiiiii!!! – aproximando – O que pensa que está fazendo? Desde quando acha que
pode gritar comigo dessa maneira?
Ele a
segurou pelo queixo e a beijou fervorosamente.
Ela não
mexia os lábios, não sentia mais nada por aquele homem, apenas nojo.
Beatriz logo
percebeu o que ele queria, e tratou logo de acabar com aquela situação.
Fingiu uma
tontura, alegaria que era fraqueza, precisava tomar um ar, um sol...
Bento
assustou-se, mal começara a tirar a roupa dela e a mesma já quase desfalecera
em seus braços.
Benn: O que
foi O que está sentindo?
B: Não sei,
não me sinto muito bem...
Ele
afastou-se dela a deixando na cama.
Benn: Amanhã
de manhã Dan estará de volta, e te levará para tomar um sol ao redor da casa.
Sem dizer
mais nada, ele saiu do quarto.
A notícia
que ouvira de Bento, fez com que seu coração acelerasse freneticamente.
Queria ver
Dan como jamais pensou que pudesse querer, o que havia acontecido?
Porque a
deixou por todos esses dias sozinha? Ele era única coisa boa que existia
naquele lugar pra ela.
A noite
chegou, uma empregada trouxe-lhe um copo de leite morno, já era tarde da noite.
Assim que a
empregada deixou o quarto, Beatriz foi até a janela, viu a filha e marido
entrando no carro e deixando o lugar.
Onde
poderiam estar indo àquela hora?
Bom, na
manhã seguinte Dan estaria na casa, e isso aquietava o seu coração.
As horas
teimavam em passar, o quarto a certa hora parecia ficar menor.
O sono não
vinha, até que ela começou a ter pensamentos perturbadores.
Certa hora
ouvia passos no quarto, outra hora tinha a impressão de que alguém estava ao
lado do guarda roupa.
Levantou-se
no impulso e acendeu a luz.
Por algum
momento pode ter certeza de que tinha alguém ali.
Seu peito
foi tomado por um desespero sem tamanho, os gritos descontrolados saiam pelos
lábios sem se importar com quem poderia acordar na casa.
Queria sair
dali, queria sair daquele quarto.
Estava com
medo.
Começou a
gritar e a bater na porta.
_ Me tirem
daqui!!! Eu imploro!! Me tirem!!
As lagrimas
já haviam coberto o seu rosto.
O punho
cerrado e fervorosamente batendo contra a madeira, quando a mesma se abriu e
seu corpo foi jogado sobre o dele.
B: Dan!!?
D: Calma,
fique calma. Eu estou aqui.
B: Me tira
daqui, Dan. Por favor, me tire daqui. – abraçando-o –
D: O que foi
que aconteceu?
B: Me
abraça... Só me abraça.
E assim ele
o fez. A aninhou entre seus braços, protegendo-a de qualquer coisa que pudesse
ameaça-la.
Ficaram
parados na porta do quarto por alguns minutos, em silêncio.
Quando as
lágrimas começaram a cessar, e seu coração voltar ao ritmo normal. Ele a olhou
nos olhos, e delicadamente, enxugou suas lagrimas.
D: Não fique
assim. Eu estou aqui.
B: Estou com
medo.
D: Medo do
que?
B: Desse
quarto, dessa casa... de tudo.
Ele segurou
delicadamente seu queixo e fez com que ela a olhasse.
D: Tem medo
de mim?
Os olhos
intensamente verdes o encaravam com certa timidez.
B: Não...
D: Então
velarei o seu sono essa noite. Senhor Bento não está na casa, voltará só amanhã.
B: Não quero
ficar aqui.
D: Não?
Mas... Espera... Já sei onde pode passar a noite. Mas precisaremos acordar com
as galinhas amanhã, ok? – rindo –
B: Sim
senhor – rindo –
D: Nunca
havia percebido o quanto o seu sorriso é lindo, Beatriz.
Ela corou.
Assim
deixaram a masmorra.
Pouco tempo
depois, lá estavam. Em frente a porta que chamara tanta atenção de Beatriz nos
primeiros dias naquela casa.
A porta do
fim do corredor.
Dan a olhou
e sorriu.
D: Esse
lugar não existe. Está bem? Nunca existiu.
Passará a
noite aqui e amanhã quando acordar, será como um sonho. Certo?
B: Mas
porquê?
D: Certo?
Mesmo
querendo mais e mais respostas, concordou.
Quando
entrou no quarto, mal podia acreditar no que estava diante de seus olhos.
4 comentários:
Jéssica, o seu trabalho está incrível! A cada capítulo fico com gostinho de quero mais, mais tramas, mais paixão, mais Dan e Bea. Sem dúvidas eles já me ganharam, essa história me ganhou. Só tenho a agradecer essas obras lindas que com tanto amor e dedicação tu transforma em realidade. Um grande beijo.
-Vitória K.
Vick,
Muito obrigada, não sabe o quanto eu ame ouvir isso. Esses comentários apenas me ajudam a criar e criar cada vez mais romances para vocês.
Beijos!!
* Ainda tem muita emoção.
Ui delícia hein! Beatriz esperta nem perdeu tempo...ta certa msm q corra risco q seja feliz....Dan é um fofo.... Agora Bento e Ana Beatriz podem sofrer um acidente ele morre e ela fica paraplégica OK...
Credo, May!! Kkkk Aninha ainda é só uma criança kkk
Postar um comentário