Seria
naquele momento...
_ Senhora Beatriz,
prefere que o leite... me desculpe, senhora
.
A Empregada
estava envergonhada, não imaginou que tal situação estivesse acontecendo, o
Mordomo quase beijando a mulher do Senhor Bento.
Dan: Estamos
bem, pode ir, se precisarmos de algo eu chamo.
A moça
assentiu com a cabeça e saiu do lugar.
Ambos
tiveram o momento estraçalhado pela empregada que entrara de surpresa no
cômodo.
B: O que te
prende a essa casa? A trabalhar e a concordar com um homem como ele?
Dan:
Trabalhar sim, concordar não.
B: Mas o que
pode ser... –interrompida-
_Amor...
Beatriz
sentiu um delicado aconchego em seu peito ao ouvir isso.
Dan ainda
completou:
Dan: O mais
puro amor que um homem pode sentir.
Ela arriscou
completar:
B: Acho que
nunca conheci esse amor.
Dan: O amor
de que falo, conhece muito bem.
Antes que
ela pudesse completar com algum argumento, Dan explicou-se:
Dan: O amor
que sentimos por um filho.
A xicara em
sua mão estremeceu. Um filho... O mordomo era pai.
B: Você é
pai?
Dan: Sim, e
amo ser.
Mas a
pergunta ainda não fora respondida.
B: Mas o que
Bento tem com isso?
Ele não
sabia se queria contar, e o que venho a seguir, significou um aviso.
Outra
empregada apareceu dizendo:
_ Senhor,
Dan. O Patrão está de volta, está parando o carro em frente a casa.
Ele
levantou-se junto com Beatriz num sobressalto.
B: Ele não
ia demorar?
Dan: Algo
deve ter acontecido. Limpem rapidamente essa mesa.
Já arrumando
a mesa com a ajuda dos demais, a empregada completou:
_ Creio não
termos tempo o suficiente.
Dan: Temos
que ter.
Ao dizer
isso, virou-se para Beatriz e a segurou nas mãos.
Dan:
Precisamos ser rápidos.
Subiram as
escadas rapidamente.
Antes que
Dan pudesse chegar no quarto de Beatriz, ouviram os passos apressados de Ana
Beatriz aproximando-se de onde estavam.
Tudo teria
sido exatamente perfeito, se não fosse por ela... A pequena Ana.
A: Mãe?
B: Oi Filha.
A: Papai
disse que você estava viajando.
B: Pois é,
seu pai diz muita... –sendo interrompida-
Dan: Senhor
Bento estava certo, pequena. Sua mãe voltou antes do imprevisto.
A: Vou falar
ao papai que já está aqui. – virando-se-
Dan: Não
precisa. Seu pai já sabe disso.
B: Preciso
subir, meu amor.
A: Subir pra
onde?
B: Eu vou...
Vou arrumar algumas coisas aqui em cima, e o Dan irá me ajudar.
A: Ah...
Está bem, vou ver meu novo celular.
Sem mais
delongas, Ana Beatriz virou-se sem nem dar um abraço ou um beijo na mãe.
Logo Beatriz
olhou para Dan e ambos subiram as escadas rapidamente em meio a suposições.
B: O que
pode ter acontecido?
Dan: Não
faço a menor ideia.
B: Estou com
medo.
Dan: Não
tenha.
Entraram no
quarto e Beatriz logo acomodou-se na cama, Dan virou-se para sair, e a porta
abriu-se anunciando a presença de Bento.
Ben: Bom
dia, meu amor. Como passou a noite?
B: Como
sempre.
Ben:
Maravilhosamente bem eu suponho.
Ela olhou
para o lado.
Bento olhou
para Dan e o questionou rispidamente:
Ben: O que
faz aqui?
Dan: Vim
perguntar se a Senhora Beatriz precisava de algo.
Bento voltou
a olha-la.
Ben: Claro,
quero que minha mulher seja tratada muito bem. A propósito, venha ao meu
escritório, devido alguns contratempos não irei prosseguir com o que eu havia
te dito, mas quero que me providencie algo.
Enquanto
conversava com Dan, Bento já caminhava em direção a porta, mas antes que
pudesse passar por ela, Beatriz arriscou a chama-lo.
B: Bento!
Ele virou e
a olhou surpreso.
Ben: O que quer?
B: Queria
passear pelo jardim.
Bem: Como? –
indo em direção a ela –
B: Andei
observando daqui da janela, é lindo e... – foi interrompida –
Ben: Não!
B: Mas...
Bem: Já dei
minha resposta. Assunto encerrado.
-
No
escritório de Bento.
A sala
cheirava a papeis velhos, boa parte das paredes eram preenchidas por
gigantescas estantes completas de livros, alguns nem nome havia.
Bento
sentava-se atrás de uma enorme mesa de madeira delicadamente esculpida.
Fumava um
charuto cubano, e sua expressão era tomada pelo prazer.
Dan estava a
sua frente, aguardando o patrão começar a falar com ele.
Algum tempo
depois, Bento começou:
Ben: Ouve um
contratempo, ia ficar alguns dias na fazenda onde morava, mas ainda não posso.
Dan: O que
foi...
Ben: Não é
da sua conta, ponha-se no seu lugar.
Dan abaixou
sua cabeça e logo desculpou-se:
Dan:
Desculpe-me, Senhor. Não quis ser invasivo.
Ben: Apenas
quero que saiba que a rotina da casa continua como antes.
Dan:
Perfeitamente, Senhor.
O mordomo
antes de deixar o cômodo, arriscou-se um pouco mais.
Dan: Senhor,
se me permite. Se quiser deixar que a Senhora Beatriz passeie pelo jardim, eu a
acompanho, e me certificarei de que não fará nada imprudente.
O Fazendeiro
levantou-se com a cara fechada, e aproximou-se um pouco mais do mordomo.
Ben: E
porque faria isso?
Dan: Hoje de
manhã, Senhora Beatriz passou mal. Não sou médico, mas posso arriscar dizer que
pode estar ficando anêmica. Precisa sair um pouco.
Bento ficou
pensativo.
Dan: Creio
que o senhor não gostaria de um médico aqui.
Ben: Tem
razão, a última coisa que quero é um pentelho de fora metido aqui.
Dan: Ela não
tem pra onde ir, senhor. Em torno desse lugar existem apenas plantações e mais
nada.
Ben: Ok, mas
se algo acontecer, você será o responsável. Beatriz é curiosa, e não quero que
saiba demais.
Dan: Como o
senhor desejar.
-
No lugar
onde Beatriz ficava, ela contemplava a visão que sua janela lhe proporcionava.
Nada além
daquele lugar era visto. De vez em nunca, via bem ao longe uma fumaça tímida.
Poderia ser
uma casa de campo, alguém que só viesse naquele lugar em algumas temporadas.
Os
pensamentos iam e vinham com muitas outras suposições, mas fora interrompido
quando Dan entrou.
Dan: Poderá
ver algo diferente a partir de hoje, Beatriz.
B: Como? –
olhando para ele –
Dan: Consegui
com que o senhor Bento permitisse que você saia passear pelo jardim.
B: Sério?
Dan: Serio.
– sorrindo –
Beatriz não
conseguiu conter a emoção, pulava como uma criança e tentava não fazer barulho.
Dan sorria
olhando-a daquele jeito. Sem dúvidas a amava de uma maneira única.
Dan: Mas tem
uma condição.
B: Uma
condição?
Ela
respirava ofegante e o olhava preocupada.
Uma
condição? O que poderia ser? Como fora burra, mas é claro que teria algo, Bento
jamais a deixaria sair daquele quarto e ficar andando fora da casa sem algo em
troca.
B: Que
condição?
Dan: Terá
que me dar um doce e demorado beijo na boca.
Ele estava
sério encarando-a. Arriscou alguns passos em sua direção.
B: Um beijo?
Dan: E logo
depois já podemos ir.
Beatriz
fechou os olhos e começou a aproximar-se dos lábios dele.
A respiração
ficava mais forte e mais rápida a medida que sentia a aproximação.
Ele
continuava sorrindo e olhando para ela que concentrada aproximava-se um pouco
mais.
Foi quando
ela sentiu os dedos macios de Dan posicionados sob seus lábios.
Dan: Não
sabia que pra você, me beijar era tão fácil assim.
B: O que
está fazendo?
Dan: Apenas
observando.
B: Então
não...
Dan: Sim,
tem uma condição, só não é tão deliciosa como essa que eu inventei. A condição
é apenas que eu a acompanhe aos passeios, para que não faça nada imprudente.
Ela apenas o
olhou brava e passou por ele.
B: Podemos
ir ou vai inventar algo mais?
Dan: Não,
podemos ir.
Jardim
realmente era apenas um modo de dizer, flores? Só para remédio, Camomila.
O Chão ao
lado e ao fundo da casa, era de terra, uma terra escura e úmida.
Havia
algumas arvores enormes ao lado da casa, cobria o sol que já quase não aparecia
por lá.
Enquanto
andavam, Dan a observava, escancaradamente.
Logo a
frente, a pequena casinha que havia visto de seu quarto.
B: Dan...
Dan: Sim?
B: Pode me
buscar um suco?
Dan:
Perfeitamente.
Ele sorriu e
virou-se indo em direção a entrada da casa.
Rapidamente,
Beatriz foi em direção a casa.
A primeira
impressão, fora de que era apenas um pequeno galpão para guardar ferramentas.
Olhou para o
cadeado, era novo e enorme.
Ao contrário
das correntes, pareciam velhas demais.
Ela olhou
para trás para certificar-se de que Dan ainda não voltara. Logo depois começou
a procurar pelo chão algum tipo de arame que pudesse ajuda-la com o cadeado.
Ela
encontrou, era perfeito, um grampo de cabelo, colocou na fechadura do cadeado e
logo sentiu as mãos aveludadas contornando seu tronco e colocando-a nos ombros.
B: ah!!! O
que pensa que está fazendo?
8 comentários:
Na condição do beijo, eu RI muito kkkkkkkkk tadinha,tá carente e ele faz uma brincadeira dessas, kkkkkkkkk obrigado por postar :D tô amando.
Dan tem o seu senso de humor.
Muita coisa vai acontecer noa próximos capítulos.
Estou tentando postar sempre que posso, mas não é sempre que dá.
Ótimo! A Beatriz é muito boba né aff kkkk Dan é fofo demais!
Doce poesia é uma história perfeita!Amei muito Jéssica,parabéns 😘
Obrigada, Cleydinara. E daqui a pouco tem mais *-*
Jéssica eu não aguentei kkkk tive q comprar Doce Poesia versão ebook,li e fiquei encantada!*__*
Jéssica eu não aguentei kkkk tive q comprar Doce Poesia versão ebook,li e fiquei encantada!*__*
Rs, mas continue acompanhando pelo blog. Adoro seus comentários!! =)
Obrigada por acompanhar!!! Beijoss!!
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