domingo, fevereiro 16, 2014

6° Te Quero de Volta (Fim)

L:Sim, porque? (Ainda abraçando o irmão)
T:Nada, só que eu conheço.
L:Ela é a filha da Alice?
T:Você não sabia?
L:Não.
Luisa teve vontade de dizer a ele que era claro que não sabia que se soubesse não teria trazido ele até ali.
Ele aproximou-se de Alice.
E a abraçou, sabia o quanto os filhos eram importantes para ela. Nada mais importava agora, além do mais, Tiago estava refazendo a sua vida, e pensou que Alice fazia o mesmo quando viu Eduardo aproximando-se.
Alice afastou-se dos braços de Tiago e olhou Eduardo.
Eduardo cumprimentou Tiago com um aceno breve e foi retribuído com o mesmo.
Edu:Alice, não disseram nada mais?
A:Ela está respirando com ajuda do balão de oxigênio, Edu. (abraçando-o)
Edu:Fica calma, ela vai ficar bem, ela é forte.
Ele ficou olhando-a em silêncio.
A:O que foi?
Edu:Preciso falar com você.
A:Pode falar.
Edu:Não, aqui não. Vem , vamos sair.
A:Mas e se tiverem alguma novidade e...
Edu:É rápido.
A:Tudo bem.
Ela aproximou-se de Bernardo e disse para que se tivesse qualquer novidade era para ligar imediatamente para ela.
Ao chegarem em um lugar calmo do lado de fora do hospital, antes que ele abrisse a boca, ela perguntou:
A:Como está a Claudia?
Edu:Fisicamente está bem? Estava dormindo, estava agitada demais com a notícia da perda do filho.
A:Claro.
Edu:Eu te chamei aqui porque quero saber uma coisa.
A:Nossa, desse jeito você está me deixando nervosa.
Edu:A Bia, ela fez esse aborto porque o Bernardo pediu?
A:...
Edu:Porque se for isso, eu vou agora mesmo lá e...
A:Não! Claro que não!!
Edu:Mas então..
A:Eu havia marcado uma consulta para ela hoje de manhã, e os exames iriam apontar a gravidez, ela ficou com medo e resolveu abortar.
Edu:Mas, porque ela fez isso...
Eduardo estava profundamente decepcionado com a filha, aquilo era uma crueldade.
A:Medo, Bernardo me disse que conversou muito com ela, e que desde o inicio ele disse que eles iriam ter o bebê.
Edu:Essa pessoa, essa que fez isso com a Bia, ela deve ser presa.
A:Ela já nem está mais lá.
Edu:Como?
A:Bernardo ligou para a policia, os mesmos não encontraram ninguém lá.
Edu:Mas que droga!!! (gritando)
Alice foi encostando junto a grade que tinha atrás dela.
Edu:Você está bem, Alice?
A mesma continuava a recuar alguns passos.
Edu:Alice! (segurando-a)
Ela encontrava-se em seus braços. Como sentia tê-la daquela maneira, tão frágil, tão indefesa.
Ele a deitou no banco e quando saiu do mesmo para ir atrás de um enfermeiro, ela começou a despertar.
Edu:Meu amor, está sentindo dor em algum lugar?
A:Não, eu estou bem, mas...
Edu:O que? Mas o que?
A:Essa já é a segunda vez que eu desmaio. E isso não é nada legal.
Edu:Segunda?!
A:Uhum... Minha boca está seca.
Edu:Eu pego! Vou te trazer um pouco de água, fica quietinha aí.
Nisso, Alice começou a ajeitar-se para sentar.
Em breves minutos, Eduardo estava de volta com um copo de água.
A:Obrigada. (bebendo)
Edu:Tem certeza de que está bem?
A:Sim, estou bem.
Eles ficaram olhando-se por algum tempo, ele pegou o copo da mão dela e jogou em um cesto de lixo e rapidamente a puxou para um abraço apartado.
Como queria dizer que tudo ia ficar bem, que logo estariam juntos com a filha.
Mas o mesmo também sentia o coração apertado, não conseguia ter pensamentos otimistas.
A:A nossa pequena, Edu...
Eduardo continuava acariciando os seus cabelos.

As horas estavam rastejando naquela madrugada. Tanto que logo Eduardo e Alice voltaram para a sala de espera para saber notícias de Bianca.
Um médico chegou junto a sala e chamou por Eduardo.
Edu:Aconteceu alguma coisa com a Claudia?
Méd: Não, ela acordou e quer falar com você.
Edu:Claro, estou indo.
Ele virou-se para  Alice e sorrindo, foi em direção ao quarto.
Alice sentiu-se tão sozinha por isso, ela não o tinha mais para confortá-la. Virou-se para Tiago e o viu junto a Luisa conversando com Bernardo.
Ela sorriu. Amava Tiago, não como Eduardo, mas o queria bem, e vê-lo feliz a deixava feliz.

No quarto de Claudia, assim que Eduardo entrou a mesma lia o bilhete que o tal Daniel havia deixado.
Mas assim que ela viu Edu, o escondeu embaixo do travesseiro, julgou que se ele visse, ficaria bravo.
C:Edu! (abrindo os braços para ele)
Edu:Eu sinto muito. (abraçando-a)
C:O nosso filho, o nosso bebê.
Eduardo não conseguiu conter as lágrimas. E deixou o seu lado machista de lado para que pudesse colocar aquela dor para fora.
Claudia depois de algus minutos ali, aninhada junto ao peito de Edu, afastou-se e disse:
C:Que mulher te abraçou antes de mim?
Edu: oque?
C:O perfume, esse perfume não é meu.
Edu:Claudia, eu não acredito que... (foi interrompido)
C:É da Alice?
Edu:...
C:Eduardo!!
Edu:Sim, é dela, mas é que...
C:Eu ao acredito que eu acabei de perder o nosso bebê, e você já estava nos braços dela.
Edu:Você que eu...
C:Que você ainda a ama?
Edu: Você sabe que eu jamais faria isso.
C:Então me explica, porque... (foi interrompida)
Edu:Bianca estava grávida, fez um aborto com uma louca e agora está internada aqui respirando com ajuda de aparelho.
C:Grávida?
Edu:E eu abracei sim a mãe dos meus filhos, porque... Porque eu não podia deixá-la nesse momento, e você estava dormindo.
C:...
Eduardo sentou-se na cadeira ao lado.
C:Me desculpa, eu sinto muito, meu amor.
Edu:Não se preocupe, você não tinha como saber.
C:E onde está o ... Daniel?
Edu:Daniel?
C:Sim, foi ele quem me acompanhou até aqui, ficou ao meu lado o tempo todo.
Edu:Sei, quando eu cheguei ele estava indo pra casa.
C:Hum
Edu: Em todo o caso, no bilhete que você escondeu embaixo do travesseiro, tem o contato dele, pode agradecer através disso.
Claudia sentiu o rosto todo aquecer.
Recostou-se nos travesseiros novamente, e tentou pegar no sono.

Passariam a noite ali.
Eduardo dormiu no quarto de Claudia, em uma poltrona ao lado da cama dela.
Bernardo foi com Tiago e Luisa para a casa, depois de muita insistência da parte de Alice. O garoto recusava-se a deixar a namorada.
Mas, Alice sabia que o mesmo não tinha como fazer nada, além do mais, ela ficaria ali. Ligou para Vanderley e avisou que precisaria do amigo para mais algumas horas cuidando do pequeno João.
E assim o hospital foi contemplado pelo silêncio e o barulho de alguns aparelhos.
Alice buscou um café e ficou sentada ali no sofá da sala de espera, sozinha durante a madrugada inteira.
Era aproximadamente 5hrs da manhã, quando Edu saiu para buscar um café, afinal de contas seu corpo todo doía, e durante toda a madrugada só conseguiu cochilar algumas vezes.
Ao ver, Alice sentada sozinha, o mesmo logo foi ao seu lado.
Edu:Alice? Você dormiu aqui?
A:Não... Não consegui dormir.
Eduardo acariciou os cabelos dela com certa doçura, estavam hipnotizados um no olhar do outro, mas a mesma não podia sequer pensar em algo mais.
A mulher dele estava naquele hospital, havia acabado de sofrer um aborto. Seria a pior das mulheres se cedesse a algo assim.
Edu:Vem, vamos comer alguma coisa, você está um pouco pálida.
Ela aceitou.
Depois de um rápido café da manhã, Doutor Nícolas os chamou para mais notícias.
N:Eu preciso de doadores de sangue.
Edu:Sangue?
N:Sim.
Edu:Eu posso doar.
A:Edu, você tem pavor de sangue.
Edu:Mas a minha filha vem em primeiro lugar.
A:Então eu vou doar também.
Edu:Não, não precisa.
Alice olhou para Nícolas e com certa cumplicidade disse:
A:Não precisa, Nícolas?
N:Pelo contrário, se os dois doarem, será ainda melhor.
E assim, logo pela manhã, foram os dois a sala de coleta.
Eduardo não conseguiu sequer olhar para a enfermeira.
Alice já se encontrava ao lado dele. Sabia que ele iria desmaiar se não o distraísse. Sabia que ele estava fazendo aquilo para provar que a filha vinha antes de qualquer coisa.
Mas ela já sabia disso, ele não precisava passar por aquilo para provar isso a ela.
A:Edu, olha aqui pra mim.
Edu:Sim, eu... Eu estou te olhando.
A:Lembra quando ela nasceu?
Edu:sim(sorrindo)
Eduardo começava a apertar os punhos.
A:Eduardo!
Ele visivelmente não estava muito bem, não estava olhando, mas estava imaginando o tamanho da agulha que deveria estar em seu braço.
A:Lembra que a primeira palavra dela foi a tentativa do seu nome?
Ele começava sentir-se mole.
A:Não olha, ela já vai tirar as amostras.
Edu:Eu não quero olhar, mas é que...
A:Olha pra mim.
Edu:Eu não estou bem.
A:Meu amor, eu ainda te amo...
Não podia ter ouvido aquilo, com certeza é devido ao pavor de agulha e sangue.
Edu: O que? O que foi que você disse?
Ela sorriu.
Pronto, a bolsa de sangue estava longe de seus olhos, o braço devidamente tapado com o pequeno curativo.
A:Que eu te amo.
Dizer aquilo realmente não foi bom, ao invés dele distrair a mente, pelo jeito ficara mais apavorado.
Ele desmaiou.

Um tempo depois, Eduardo encontrava-se na sala de doação de sangue, aos poucos ele foi abrindo os olhos e disse:
Edu:Alice...
C:Claudia!
Edu:Claudia?
C:Desculpe se te decepcionei. (já irritada)
Edu:Não, claro que não, mas você já pode levantar? (sentando-se)
C:Eu já estou de alta, Eduardo. E pelo visto... Não faz a menor diferença. (saindo)
Eduardo não entendeu o porquê daquela reação, mal sabia ele de que ele acabara de chamar por Alice.
Ainda se sentia um tanto tonto, e quando tentou levantar-se para ir atrás de Claudia, o mesmo sentou-se novamente.
Edu:Claudia!! (chamando-a)
Foi inútil, a mesma continuava andando sem olhar para trás. Como ele podia ser tão insensível? Depois de tudo que ela acabou de passar, o mínimo que ele podia ter feito era esperá-la, ficar ao seu lado.
As lágrimas continuavam em seus olhos, eram tantas que nem viu quando bateu de frente em Daniel.
C: Daniel?
D:Está chorando?
C:...
D:Desculpe, eu te... machuquei?
C: Eu é que te pergunto? Te machuquei? Eu não olhei por onde andava.
D:Estou bem. Eu... Vim te ver.
Claudia não teve como não expressar certa surpresa ao  ouvir aquilo.
C:Me ver?
D:Sim... Hoje era a sua alta, não era?
C:Sim, é sim.
D:Você... está sozinha? (sem entender)
C:Sim, e adoraria a sua companhia. (sorrindo)
D:Que maravilha! (sorrindo) Porque eu também adoraria te acompanhar, aonde quer que você queira.
Os olhares estavam realmente presos um no outro.
Como isso podia acontecer?
Claudia não tinha duvidas alguma de que amava Eduardo, mas Daniel... Desde a primeira vez que o viu, despertou nela sentimentos até então desconhecidos.
Seria amor? Será que todo o tempo em que viveu com Edu na verdade nada mais era do que um grande carinho, ou até mesmo uma obcessão?
Seja lá o que for, não queria, mas sofrer por alguém que literalmente despreza o seu amor. Ou o que ela acha que seja amor.
Daniel sorriu para ela, em seguida segurou em sua mão e a levou para o seu carro.

Alice entrou no quarto de Edu e o encontrou agitado.
A:O que foi? Está sentindo alguma coisa?
Edu:Sim...
A:O que? Quer que eu chame um médico?
Edu:Não!
A:Porque? Você não disse que está sentindo alguma coisa?
Edu:Sim.
A:Edu, pelo amor de Deus, o que é?
Edu: Culpa.
Alice ficou em silêncio, imaginava do que é que ele falava.
Edu:Culpa, culpa por Claudia ter perdido o bebe, culpa por Bia estar nesse estado, culpa por te fazer sofrer, culpa...
A:Ei! (segurando-lhe as mãos) Para com isso. Você não teve culpa de nada.
Ele a olhava hipnotizado.
A:Tudo isso foi uma fatalidade, Claudia foi assaltada e Bia estava assustada.
Edu:Mas e você? Eu te fiz sofrer.
Ela ficou em silêncio, não iria confirmar algo que ele já estava cansado de saber.
A:Não vamos falar de coisas do passado, Edu. O que está no passado, fica no passado.
Edu:Alice, antes que eu desmaiasse, enquanto íamos doar sangue pra Bia... você me disse que ainda me ama.
Alice sentiu o corpo todo gelar, não... não podia ser, o que iria dizer agora? Não estava preparada.
Edu: Alice! Por favor... Se isso que você disse, realmente é o que você sente... Vamos ser felizes.
A:Edu, eu...
Nesse momento, Bernardo entrou com tudo na sala.
A:Bernardo, o que foi? Alguma noticia?
B:A Bia... (ofegante)
A:O que tem?
B:Ela está fora de perigo!! (abraçando Alice)
Edu:Graças a Deus!! (girando Alice no ar)
A Mesma logo sentiu uma tontura, mas assim que Edu a colocou no chão, ela ficou bem.

Essa espera pela melhora de Bianca, perdurou por duas longas semanas, mas enfim, chegara o dia em que saíra do hospital e agora repousava em casa aos cuidados do namorado, Bernardo.
E sem se darem conta, um mês havia se passado desde aquele incidente.
Era uma tarde quente, e na Boutique de Alice, Vanderley vestia um manequim da loja enquanto Alice lia a bula do material que usaria.
V:Sabe que te olhando assim, você está até com cara de mamãe.
A:Isso é um absurdo.
V:Isso é lindo! Divino.
A:Eu já volto.
Alice foi até o banheiro, e depois de algum tempo, a mesma voltou pálida como um papel.
V:E aí? Me conta.
Ela largou a caixinha em cima da mesa e disse;
A:Grávida!
V:Ah! Que maravilhosa notícia! (indo abraçá-la)
Não tinha como negar, um filho sempre é uma benção, e estava mais feliz do que nunca. Mas não poderia comemorar ainda.
V:Porque essa cara?
A:Porque? Porque eu estou perdida.
V:É, um bebe sempre é literalmente um trabalho dobrado e...
A:Pelas minhas contas, não sei se é do Edu ou do Tiago.
V:Ih. Justo agora que você e o Edu estão tão bem, até o Tiago... Está tão feliz com a nova namorada.
A:Então... Como eu posso chegar e simplesmente despejar essa notícia?
V:Alice! Você não está pensando em... Por favor, não faça uma loucura dessas e... (foi interrompido)
A:De maneira alguma, eu jamais faria algo contra esse bebe, ele não tem culpa. E é uma vida! Eu já o amo.
V:Florzinha, é só fazer um DNA.
A:Claro... Um DNA.
Isso era no mínimo constrangedor. Um DNA! Sentia-se muito desconfortável com isso, mas seria a única solução.
Nesse tempo, Alice havia ficado amiga de Tiago e Luisa, tinham uma ótima convivência, isso seria tão cruel. Mas sabia Deus que isso não fora planejado.
Já sabia exatamente o que fazer.

Daniel acabara de levar Claudia para casa, depois de um delicioso jantar.
C:Eu... Nem tenho como te agradecer.
D:Não precisa, eu fiz isso com o maior prazer.
C:Mas eu me senti, a pessoa mais especial que existe.
D:Eu... Vou indo então...
Ele virou-se e Claudia logo o segurou.
C:Fica...
D:Você tem certeza? (sorrindo)
C:Absoluta.
Claudia não conseguiu se conter, logo o puxou com força e encontrou seu lábios, sedentos e desejando o dela como se fosse o oxigênio que estava faltando.
A mesma sem deixar de beijá-lo, abriu a porta de seu apartamento, e entregaram-se a uma noite de amor e paixão.

Na casa de Tiago o mesmo encontrava-se deitado em sua cama, com Luisa recontada em seu peito.
L:Mas hoje?
T:Sim
L:E nem disse sobre o que era?
T:Não, e não faço a menor ideia.
L:Estranho, mas se ela quer que nos encontremos lá, não custa nada irmos.
T:Foi o que eu pensei.
L:Ela disse a hora?
T:Daqui há uma hora.
L:Uma hora?! Preciso me arrumar!
Tiago a segurou pela cintura e a derrubou na cama novamente.
T:Realmente você quer usar mais esse tempo para se arrumar?
L:Preciso pelo menos passar uma maquiagem.
T:Pra que tentar arrumar algo que já é perfeito?
L:Own meu amor. (beijando-o)
Ali ficaram usufruindo o tempo que ainda restavam para o encontro que Alice havia preparado em sua casa.

Um tempo depois, Edu e Alice estavam em meio a beijos e abraços na sala.
Edu já havia voltado a viver com Alice, Bia e Bernardo estavam com o pequeno João no quarto, até que o mesmo dormisse.
A:Porque sim.
Edu: E eles aceitaram vir mesmo sem saber o motivo?
A:Sim.
Edu:Nem sobre o que é você pode falar?
A:É sobre nós.
Edu:Nós? Esse nós... não é só nós dois, não é?
A:Não...  São nós quatro.
Edu:Alice, eu já estou ficando nervoso. Me diz logo o que é que está acontecendo.
A:Precisamos esperar Tiago e Luisa.
T:Pois então já pode dizer-nos, já estamos aqui. (segurando a mão de Luisa ao aproximar-se)
A:O que acontece é que...
T:Alice... Por favor, seja direta.
A:Eu... estou grávida!
A notícia teve outra proporção em Eduardo, que logo pensou que Tiago estar ali queria dizer que ele era o pai.
Mas Alice estava prestando atenção na reação de Tiago e Luisa, que estranhamente estavam calmos.
Edu:Então você os chamou aqui, porque o Tiago...
T:Meus parabéns, Alice!
L:Eu fico muito feliz por vocês! (abraçando-os)
Edu:Como?
A:Tiago, esse bebê pode...
T:Esse bebê é de vocês...
A:Como você pode ter tanta certeza, eu ... nós... (sem jeito)
L:Alice...
A mesma aproximou-se dela e pegou a mão dela.
L:Tiago não pode ter filhos!
Claro, essa era a única coisa que podia dar-lhes a certeza. Alice jamais soubera disso, afinal, nunca planejou ter  filhos com Tiago.
Eduardo sorriu e as lagrimas foram inevitáveis. Um beijo, longo e desejado fora dado no exato momento em que perceberam o que aquilo significaria.
Tiago e Luisa os cumprimentaram mais uma vez e em seguida deixaram aquela casa.
Significaria o recomeço de tudo, do amor que ainda sentiam um pelo outro, do desejo de cada um, da vontade de estarem juntos, da vontade de serem felizes.
Aquilo não se compraria aquilo não se acharia em lugar algum. Aquela felicidade e aquele momento feliz, fora construído e merecido.
Agora sim... Viveriam, aquela história de amor que fora interrompida.

(Fim- Jéssica Olyver)

3 comentários:

Beatriz Marinho disse...

Jéssica, tenho que dizer que adorei, e que consegui imaginar todos perfeitinhos! *-* ! Adorei ... <3

Beatriz Marinho disse...

Desculpa o atraso na leitura, mas consegui kkkk

Beatriz Marinho disse...

E pra não perder o hábito, a VACA da Cláudia não merecia um final feliz!

Postar um comentário

domingo, fevereiro 16, 2014

6° Te Quero de Volta (Fim)

L:Sim, porque? (Ainda abraçando o irmão)
T:Nada, só que eu conheço.
L:Ela é a filha da Alice?
T:Você não sabia?
L:Não.
Luisa teve vontade de dizer a ele que era claro que não sabia que se soubesse não teria trazido ele até ali.
Ele aproximou-se de Alice.
E a abraçou, sabia o quanto os filhos eram importantes para ela. Nada mais importava agora, além do mais, Tiago estava refazendo a sua vida, e pensou que Alice fazia o mesmo quando viu Eduardo aproximando-se.
Alice afastou-se dos braços de Tiago e olhou Eduardo.
Eduardo cumprimentou Tiago com um aceno breve e foi retribuído com o mesmo.
Edu:Alice, não disseram nada mais?
A:Ela está respirando com ajuda do balão de oxigênio, Edu. (abraçando-o)
Edu:Fica calma, ela vai ficar bem, ela é forte.
Ele ficou olhando-a em silêncio.
A:O que foi?
Edu:Preciso falar com você.
A:Pode falar.
Edu:Não, aqui não. Vem , vamos sair.
A:Mas e se tiverem alguma novidade e...
Edu:É rápido.
A:Tudo bem.
Ela aproximou-se de Bernardo e disse para que se tivesse qualquer novidade era para ligar imediatamente para ela.
Ao chegarem em um lugar calmo do lado de fora do hospital, antes que ele abrisse a boca, ela perguntou:
A:Como está a Claudia?
Edu:Fisicamente está bem? Estava dormindo, estava agitada demais com a notícia da perda do filho.
A:Claro.
Edu:Eu te chamei aqui porque quero saber uma coisa.
A:Nossa, desse jeito você está me deixando nervosa.
Edu:A Bia, ela fez esse aborto porque o Bernardo pediu?
A:...
Edu:Porque se for isso, eu vou agora mesmo lá e...
A:Não! Claro que não!!
Edu:Mas então..
A:Eu havia marcado uma consulta para ela hoje de manhã, e os exames iriam apontar a gravidez, ela ficou com medo e resolveu abortar.
Edu:Mas, porque ela fez isso...
Eduardo estava profundamente decepcionado com a filha, aquilo era uma crueldade.
A:Medo, Bernardo me disse que conversou muito com ela, e que desde o inicio ele disse que eles iriam ter o bebê.
Edu:Essa pessoa, essa que fez isso com a Bia, ela deve ser presa.
A:Ela já nem está mais lá.
Edu:Como?
A:Bernardo ligou para a policia, os mesmos não encontraram ninguém lá.
Edu:Mas que droga!!! (gritando)
Alice foi encostando junto a grade que tinha atrás dela.
Edu:Você está bem, Alice?
A mesma continuava a recuar alguns passos.
Edu:Alice! (segurando-a)
Ela encontrava-se em seus braços. Como sentia tê-la daquela maneira, tão frágil, tão indefesa.
Ele a deitou no banco e quando saiu do mesmo para ir atrás de um enfermeiro, ela começou a despertar.
Edu:Meu amor, está sentindo dor em algum lugar?
A:Não, eu estou bem, mas...
Edu:O que? Mas o que?
A:Essa já é a segunda vez que eu desmaio. E isso não é nada legal.
Edu:Segunda?!
A:Uhum... Minha boca está seca.
Edu:Eu pego! Vou te trazer um pouco de água, fica quietinha aí.
Nisso, Alice começou a ajeitar-se para sentar.
Em breves minutos, Eduardo estava de volta com um copo de água.
A:Obrigada. (bebendo)
Edu:Tem certeza de que está bem?
A:Sim, estou bem.
Eles ficaram olhando-se por algum tempo, ele pegou o copo da mão dela e jogou em um cesto de lixo e rapidamente a puxou para um abraço apartado.
Como queria dizer que tudo ia ficar bem, que logo estariam juntos com a filha.
Mas o mesmo também sentia o coração apertado, não conseguia ter pensamentos otimistas.
A:A nossa pequena, Edu...
Eduardo continuava acariciando os seus cabelos.

As horas estavam rastejando naquela madrugada. Tanto que logo Eduardo e Alice voltaram para a sala de espera para saber notícias de Bianca.
Um médico chegou junto a sala e chamou por Eduardo.
Edu:Aconteceu alguma coisa com a Claudia?
Méd: Não, ela acordou e quer falar com você.
Edu:Claro, estou indo.
Ele virou-se para  Alice e sorrindo, foi em direção ao quarto.
Alice sentiu-se tão sozinha por isso, ela não o tinha mais para confortá-la. Virou-se para Tiago e o viu junto a Luisa conversando com Bernardo.
Ela sorriu. Amava Tiago, não como Eduardo, mas o queria bem, e vê-lo feliz a deixava feliz.

No quarto de Claudia, assim que Eduardo entrou a mesma lia o bilhete que o tal Daniel havia deixado.
Mas assim que ela viu Edu, o escondeu embaixo do travesseiro, julgou que se ele visse, ficaria bravo.
C:Edu! (abrindo os braços para ele)
Edu:Eu sinto muito. (abraçando-a)
C:O nosso filho, o nosso bebê.
Eduardo não conseguiu conter as lágrimas. E deixou o seu lado machista de lado para que pudesse colocar aquela dor para fora.
Claudia depois de algus minutos ali, aninhada junto ao peito de Edu, afastou-se e disse:
C:Que mulher te abraçou antes de mim?
Edu: oque?
C:O perfume, esse perfume não é meu.
Edu:Claudia, eu não acredito que... (foi interrompido)
C:É da Alice?
Edu:...
C:Eduardo!!
Edu:Sim, é dela, mas é que...
C:Eu ao acredito que eu acabei de perder o nosso bebê, e você já estava nos braços dela.
Edu:Você que eu...
C:Que você ainda a ama?
Edu: Você sabe que eu jamais faria isso.
C:Então me explica, porque... (foi interrompida)
Edu:Bianca estava grávida, fez um aborto com uma louca e agora está internada aqui respirando com ajuda de aparelho.
C:Grávida?
Edu:E eu abracei sim a mãe dos meus filhos, porque... Porque eu não podia deixá-la nesse momento, e você estava dormindo.
C:...
Eduardo sentou-se na cadeira ao lado.
C:Me desculpa, eu sinto muito, meu amor.
Edu:Não se preocupe, você não tinha como saber.
C:E onde está o ... Daniel?
Edu:Daniel?
C:Sim, foi ele quem me acompanhou até aqui, ficou ao meu lado o tempo todo.
Edu:Sei, quando eu cheguei ele estava indo pra casa.
C:Hum
Edu: Em todo o caso, no bilhete que você escondeu embaixo do travesseiro, tem o contato dele, pode agradecer através disso.
Claudia sentiu o rosto todo aquecer.
Recostou-se nos travesseiros novamente, e tentou pegar no sono.

Passariam a noite ali.
Eduardo dormiu no quarto de Claudia, em uma poltrona ao lado da cama dela.
Bernardo foi com Tiago e Luisa para a casa, depois de muita insistência da parte de Alice. O garoto recusava-se a deixar a namorada.
Mas, Alice sabia que o mesmo não tinha como fazer nada, além do mais, ela ficaria ali. Ligou para Vanderley e avisou que precisaria do amigo para mais algumas horas cuidando do pequeno João.
E assim o hospital foi contemplado pelo silêncio e o barulho de alguns aparelhos.
Alice buscou um café e ficou sentada ali no sofá da sala de espera, sozinha durante a madrugada inteira.
Era aproximadamente 5hrs da manhã, quando Edu saiu para buscar um café, afinal de contas seu corpo todo doía, e durante toda a madrugada só conseguiu cochilar algumas vezes.
Ao ver, Alice sentada sozinha, o mesmo logo foi ao seu lado.
Edu:Alice? Você dormiu aqui?
A:Não... Não consegui dormir.
Eduardo acariciou os cabelos dela com certa doçura, estavam hipnotizados um no olhar do outro, mas a mesma não podia sequer pensar em algo mais.
A mulher dele estava naquele hospital, havia acabado de sofrer um aborto. Seria a pior das mulheres se cedesse a algo assim.
Edu:Vem, vamos comer alguma coisa, você está um pouco pálida.
Ela aceitou.
Depois de um rápido café da manhã, Doutor Nícolas os chamou para mais notícias.
N:Eu preciso de doadores de sangue.
Edu:Sangue?
N:Sim.
Edu:Eu posso doar.
A:Edu, você tem pavor de sangue.
Edu:Mas a minha filha vem em primeiro lugar.
A:Então eu vou doar também.
Edu:Não, não precisa.
Alice olhou para Nícolas e com certa cumplicidade disse:
A:Não precisa, Nícolas?
N:Pelo contrário, se os dois doarem, será ainda melhor.
E assim, logo pela manhã, foram os dois a sala de coleta.
Eduardo não conseguiu sequer olhar para a enfermeira.
Alice já se encontrava ao lado dele. Sabia que ele iria desmaiar se não o distraísse. Sabia que ele estava fazendo aquilo para provar que a filha vinha antes de qualquer coisa.
Mas ela já sabia disso, ele não precisava passar por aquilo para provar isso a ela.
A:Edu, olha aqui pra mim.
Edu:Sim, eu... Eu estou te olhando.
A:Lembra quando ela nasceu?
Edu:sim(sorrindo)
Eduardo começava a apertar os punhos.
A:Eduardo!
Ele visivelmente não estava muito bem, não estava olhando, mas estava imaginando o tamanho da agulha que deveria estar em seu braço.
A:Lembra que a primeira palavra dela foi a tentativa do seu nome?
Ele começava sentir-se mole.
A:Não olha, ela já vai tirar as amostras.
Edu:Eu não quero olhar, mas é que...
A:Olha pra mim.
Edu:Eu não estou bem.
A:Meu amor, eu ainda te amo...
Não podia ter ouvido aquilo, com certeza é devido ao pavor de agulha e sangue.
Edu: O que? O que foi que você disse?
Ela sorriu.
Pronto, a bolsa de sangue estava longe de seus olhos, o braço devidamente tapado com o pequeno curativo.
A:Que eu te amo.
Dizer aquilo realmente não foi bom, ao invés dele distrair a mente, pelo jeito ficara mais apavorado.
Ele desmaiou.

Um tempo depois, Eduardo encontrava-se na sala de doação de sangue, aos poucos ele foi abrindo os olhos e disse:
Edu:Alice...
C:Claudia!
Edu:Claudia?
C:Desculpe se te decepcionei. (já irritada)
Edu:Não, claro que não, mas você já pode levantar? (sentando-se)
C:Eu já estou de alta, Eduardo. E pelo visto... Não faz a menor diferença. (saindo)
Eduardo não entendeu o porquê daquela reação, mal sabia ele de que ele acabara de chamar por Alice.
Ainda se sentia um tanto tonto, e quando tentou levantar-se para ir atrás de Claudia, o mesmo sentou-se novamente.
Edu:Claudia!! (chamando-a)
Foi inútil, a mesma continuava andando sem olhar para trás. Como ele podia ser tão insensível? Depois de tudo que ela acabou de passar, o mínimo que ele podia ter feito era esperá-la, ficar ao seu lado.
As lágrimas continuavam em seus olhos, eram tantas que nem viu quando bateu de frente em Daniel.
C: Daniel?
D:Está chorando?
C:...
D:Desculpe, eu te... machuquei?
C: Eu é que te pergunto? Te machuquei? Eu não olhei por onde andava.
D:Estou bem. Eu... Vim te ver.
Claudia não teve como não expressar certa surpresa ao  ouvir aquilo.
C:Me ver?
D:Sim... Hoje era a sua alta, não era?
C:Sim, é sim.
D:Você... está sozinha? (sem entender)
C:Sim, e adoraria a sua companhia. (sorrindo)
D:Que maravilha! (sorrindo) Porque eu também adoraria te acompanhar, aonde quer que você queira.
Os olhares estavam realmente presos um no outro.
Como isso podia acontecer?
Claudia não tinha duvidas alguma de que amava Eduardo, mas Daniel... Desde a primeira vez que o viu, despertou nela sentimentos até então desconhecidos.
Seria amor? Será que todo o tempo em que viveu com Edu na verdade nada mais era do que um grande carinho, ou até mesmo uma obcessão?
Seja lá o que for, não queria, mas sofrer por alguém que literalmente despreza o seu amor. Ou o que ela acha que seja amor.
Daniel sorriu para ela, em seguida segurou em sua mão e a levou para o seu carro.

Alice entrou no quarto de Edu e o encontrou agitado.
A:O que foi? Está sentindo alguma coisa?
Edu:Sim...
A:O que? Quer que eu chame um médico?
Edu:Não!
A:Porque? Você não disse que está sentindo alguma coisa?
Edu:Sim.
A:Edu, pelo amor de Deus, o que é?
Edu: Culpa.
Alice ficou em silêncio, imaginava do que é que ele falava.
Edu:Culpa, culpa por Claudia ter perdido o bebe, culpa por Bia estar nesse estado, culpa por te fazer sofrer, culpa...
A:Ei! (segurando-lhe as mãos) Para com isso. Você não teve culpa de nada.
Ele a olhava hipnotizado.
A:Tudo isso foi uma fatalidade, Claudia foi assaltada e Bia estava assustada.
Edu:Mas e você? Eu te fiz sofrer.
Ela ficou em silêncio, não iria confirmar algo que ele já estava cansado de saber.
A:Não vamos falar de coisas do passado, Edu. O que está no passado, fica no passado.
Edu:Alice, antes que eu desmaiasse, enquanto íamos doar sangue pra Bia... você me disse que ainda me ama.
Alice sentiu o corpo todo gelar, não... não podia ser, o que iria dizer agora? Não estava preparada.
Edu: Alice! Por favor... Se isso que você disse, realmente é o que você sente... Vamos ser felizes.
A:Edu, eu...
Nesse momento, Bernardo entrou com tudo na sala.
A:Bernardo, o que foi? Alguma noticia?
B:A Bia... (ofegante)
A:O que tem?
B:Ela está fora de perigo!! (abraçando Alice)
Edu:Graças a Deus!! (girando Alice no ar)
A Mesma logo sentiu uma tontura, mas assim que Edu a colocou no chão, ela ficou bem.

Essa espera pela melhora de Bianca, perdurou por duas longas semanas, mas enfim, chegara o dia em que saíra do hospital e agora repousava em casa aos cuidados do namorado, Bernardo.
E sem se darem conta, um mês havia se passado desde aquele incidente.
Era uma tarde quente, e na Boutique de Alice, Vanderley vestia um manequim da loja enquanto Alice lia a bula do material que usaria.
V:Sabe que te olhando assim, você está até com cara de mamãe.
A:Isso é um absurdo.
V:Isso é lindo! Divino.
A:Eu já volto.
Alice foi até o banheiro, e depois de algum tempo, a mesma voltou pálida como um papel.
V:E aí? Me conta.
Ela largou a caixinha em cima da mesa e disse;
A:Grávida!
V:Ah! Que maravilhosa notícia! (indo abraçá-la)
Não tinha como negar, um filho sempre é uma benção, e estava mais feliz do que nunca. Mas não poderia comemorar ainda.
V:Porque essa cara?
A:Porque? Porque eu estou perdida.
V:É, um bebe sempre é literalmente um trabalho dobrado e...
A:Pelas minhas contas, não sei se é do Edu ou do Tiago.
V:Ih. Justo agora que você e o Edu estão tão bem, até o Tiago... Está tão feliz com a nova namorada.
A:Então... Como eu posso chegar e simplesmente despejar essa notícia?
V:Alice! Você não está pensando em... Por favor, não faça uma loucura dessas e... (foi interrompido)
A:De maneira alguma, eu jamais faria algo contra esse bebe, ele não tem culpa. E é uma vida! Eu já o amo.
V:Florzinha, é só fazer um DNA.
A:Claro... Um DNA.
Isso era no mínimo constrangedor. Um DNA! Sentia-se muito desconfortável com isso, mas seria a única solução.
Nesse tempo, Alice havia ficado amiga de Tiago e Luisa, tinham uma ótima convivência, isso seria tão cruel. Mas sabia Deus que isso não fora planejado.
Já sabia exatamente o que fazer.

Daniel acabara de levar Claudia para casa, depois de um delicioso jantar.
C:Eu... Nem tenho como te agradecer.
D:Não precisa, eu fiz isso com o maior prazer.
C:Mas eu me senti, a pessoa mais especial que existe.
D:Eu... Vou indo então...
Ele virou-se e Claudia logo o segurou.
C:Fica...
D:Você tem certeza? (sorrindo)
C:Absoluta.
Claudia não conseguiu se conter, logo o puxou com força e encontrou seu lábios, sedentos e desejando o dela como se fosse o oxigênio que estava faltando.
A mesma sem deixar de beijá-lo, abriu a porta de seu apartamento, e entregaram-se a uma noite de amor e paixão.

Na casa de Tiago o mesmo encontrava-se deitado em sua cama, com Luisa recontada em seu peito.
L:Mas hoje?
T:Sim
L:E nem disse sobre o que era?
T:Não, e não faço a menor ideia.
L:Estranho, mas se ela quer que nos encontremos lá, não custa nada irmos.
T:Foi o que eu pensei.
L:Ela disse a hora?
T:Daqui há uma hora.
L:Uma hora?! Preciso me arrumar!
Tiago a segurou pela cintura e a derrubou na cama novamente.
T:Realmente você quer usar mais esse tempo para se arrumar?
L:Preciso pelo menos passar uma maquiagem.
T:Pra que tentar arrumar algo que já é perfeito?
L:Own meu amor. (beijando-o)
Ali ficaram usufruindo o tempo que ainda restavam para o encontro que Alice havia preparado em sua casa.

Um tempo depois, Edu e Alice estavam em meio a beijos e abraços na sala.
Edu já havia voltado a viver com Alice, Bia e Bernardo estavam com o pequeno João no quarto, até que o mesmo dormisse.
A:Porque sim.
Edu: E eles aceitaram vir mesmo sem saber o motivo?
A:Sim.
Edu:Nem sobre o que é você pode falar?
A:É sobre nós.
Edu:Nós? Esse nós... não é só nós dois, não é?
A:Não...  São nós quatro.
Edu:Alice, eu já estou ficando nervoso. Me diz logo o que é que está acontecendo.
A:Precisamos esperar Tiago e Luisa.
T:Pois então já pode dizer-nos, já estamos aqui. (segurando a mão de Luisa ao aproximar-se)
A:O que acontece é que...
T:Alice... Por favor, seja direta.
A:Eu... estou grávida!
A notícia teve outra proporção em Eduardo, que logo pensou que Tiago estar ali queria dizer que ele era o pai.
Mas Alice estava prestando atenção na reação de Tiago e Luisa, que estranhamente estavam calmos.
Edu:Então você os chamou aqui, porque o Tiago...
T:Meus parabéns, Alice!
L:Eu fico muito feliz por vocês! (abraçando-os)
Edu:Como?
A:Tiago, esse bebê pode...
T:Esse bebê é de vocês...
A:Como você pode ter tanta certeza, eu ... nós... (sem jeito)
L:Alice...
A mesma aproximou-se dela e pegou a mão dela.
L:Tiago não pode ter filhos!
Claro, essa era a única coisa que podia dar-lhes a certeza. Alice jamais soubera disso, afinal, nunca planejou ter  filhos com Tiago.
Eduardo sorriu e as lagrimas foram inevitáveis. Um beijo, longo e desejado fora dado no exato momento em que perceberam o que aquilo significaria.
Tiago e Luisa os cumprimentaram mais uma vez e em seguida deixaram aquela casa.
Significaria o recomeço de tudo, do amor que ainda sentiam um pelo outro, do desejo de cada um, da vontade de estarem juntos, da vontade de serem felizes.
Aquilo não se compraria aquilo não se acharia em lugar algum. Aquela felicidade e aquele momento feliz, fora construído e merecido.
Agora sim... Viveriam, aquela história de amor que fora interrompida.

(Fim- Jéssica Olyver)

3 comentários:

Beatriz Marinho disse...

Jéssica, tenho que dizer que adorei, e que consegui imaginar todos perfeitinhos! *-* ! Adorei ... <3

Beatriz Marinho disse...

Desculpa o atraso na leitura, mas consegui kkkk

Beatriz Marinho disse...

E pra não perder o hábito, a VACA da Cláudia não merecia um final feliz!

Postar um comentário

 

Romances da Laura Template by Ipietoon Cute Blog Design and Bukit Gambang