quinta-feira, fevereiro 13, 2014

3° Te Quero de Volta

Passaram um fim de semana agitado, Alice e Edu foram para as suas respectivas casas quando saíram do hospital, e o domingo de ambos foi a cama, para a infelicidade de Tiago e Claudia, que passaram o Domingo vendo programas de TV.
Era segunda-feira, Alice estava em sua Boutique conversando com Vanderlei, seu confidente.
V:Para tudo! Como assim ele te beijou? Edu danadinho... (vestindo um manequim da loja)
A:Eu quero morrer quando ele faz isso.
V:Eu também morreria se um homem como o Edu fizesse isso.
A:Vanderley! (enquanto dobrava algumas peças de roupas)
V:Alice, me explica o sentido desse “Morrer” do sentido “morrer de tesão” ou “morrer de raiva”
Alice ficou em silêncio, mas tinha a resposta na ponta da língua.
V:Alice, vai, vamos lá! Diz.
A:Os dois! Morro de desejo de tê-lo dentro de mim, morro de vontade de beijá-lo, mas ao mesmo tempo eu tenho raiva por ele não ter acreditado em mim, as vezes quero dar um tapa naquela cara dele, até deixar a minha marca.
Alice olhava para Vanderley que tinha os olhos vidrados para ela.
A:Vandeley?
Ela sentiu um gelo percorrer o seu coração, ele estava olhando atrás dela, e não para ela.
T:Eu já sabia, sempre soube.
Ela não podia acreditar naquilo, ele não devia estar ali, esse horário era de movimento no restaurante.
A:Tiago, eu...
T:Você não precisa explicar, eu sei, você nunca esqueceu ele. Na verdade eu pensei que pudesse te ajudar a esquecê-lo, mas não.
V:Gente, eu preciso ir ali na loja, aquela ali, comprar qualquer coisa, eu volto depois.
Vanderley saiu para que a amiga e patroa pudesse conversar melhor.
A:Tiago, você sabe o que aconteceu com Edu e eu, você sabe como as coisas aconteceram.
T:Sei, sei também que ele não acreditou em você quando te viu em casa de sutiã dentro do banheiro.
A:Ele sempre foi ciumento.
T:Ele terminou um casamento de quase vinte anos por uma bobagem dessas! (nervoso)
A:Eu sei disso! E ninguém está sofrendo mais do que eu. (chorando)
T:Eu não sei o que ainda estamos fazendo juntos. Nosso namoro é uma maravilhosa mentira, você deixou claro qual é o seu real desejo.
Tiago saiu daquela boutique jurando nunca mais rastejar por um amor que não merece o seu.
Alice o amava, mas não como Edu, ela aprendeu a amar Tiago, amava-o pela atenção que ele lhe dava, pelo carinho, pela paciência.
Mas, Edu não, tiveram dois filhos, conviveu com o mesmo quase vinte anos, e por ele ser cabeça dura, separaram. Ainda o amava com certa loucura.
Algum tempo depois, Vanderley chegou.
A:Porque diabos você não me disse que ele estava atrás de mim?
V:Quando eu vi ele já havia ouvido a pior parte.
A:Estou me sentindo um monstro, Tiago não merecia isso.
V:Amiga, quer saber? Acho que isso foi um sinal.
A:Sinal? (confusa)
V:Sinal para que você corra atrás do seu verdadeiro amor. Para de ser orgulhosa.
A:Quem jogou tudo pro alto foi ele!
V:Mas você deve provar para ele que o seu amor verdadeiro.
A:Ele não confiou em mim. Quando um relacionamento acaba a confiança, não tem mais como dar certo.
V:Como você é cabeça dura, Alice.
Passou uma tarde conturbada, não queria que seu relacionamento com Tiago tivesse acabado desse jeito. Ele não merecia.
Naquele dia, ela mandou flores para ele. Pedia-lhe desculpas por não amá-lo como ele merecia. Pediu que a perdoasse por não ter aprendido isso a tempo. Que ele a fez muito feliz o tempo que passaram juntos.
Ela não conseguiria terminar aquele dia trabalhando. Precisava relaxar.
Ao chegar em casa, encontrou a casa vazia, João Felipe ainda ficaria aquela semana na casa do pai, e Bianca havia saído com as amigas.
Jogou-se no sofá e começou a pensar, pensar no que deveria fazer, será que realmente deveria tentar provar a Edu que não acontecera nada naquele dia?
Mas tanto tempo se passou, será que ainda valia a pena?

Enquanto isso, Vanderley pensava com ele que talvez pudesse ajudar de alguma forma,a amiga que ele tem como uma irmã estava sofrendo.
Mas como?
Nesse instante, Edu passa pela entrada da loja.
E: e aí? Onde está a Alice? Preciso falar com ela.
V:A Alice?
E:Sim, ela mesma ou tem alguma outra?
V:Nossa, Eduardo, como você continua grosso.
E:Vai logo Vanderley, onde ela está? Pra você não querer contar ela deve estar com o outro lá, não é?
V:Eles terminaram.
Eduardo tentou, mas não conseguiu disfarçar a cara de felicidade que ele fez ao ouvir isso.
E:Porque? Ela o traiu?
v:Como você é um idiota, Edu.
E:Não? (rindo nervoso) O que foi então?
V:Ele ouviu ela dizer que ainda te ama, que sente a sua falta, pronto falei!.
E:Ela... ainda me ama? (surpreso)
V:Infelizmente, porque mesmo você não acreditando que ela nunca te traiu, que chorou dias aqui no meu ombro por você, que rezava pra deixar de te amar. Sim, ela ainda te ama, mesmo você não merecendo.
Vanderley colocou tudo para fora. Não suportava, Eduardo sem tão mente fechada, tão cego. Enquanto a amiga mesmo negando, sofria por ele, principalmente quando ele apareceu com outra.
E:Eu... Não podia imaginar.
V:Quer saber Edu? Eu não aguento mais ver a  minha amiga sofrer. Você ainda a ama?
Eduardo ainda prestava atenção nas palavras que repetiam como eco em sua cabeça... Ainda te ama.
V:Edu!
E:Não! Claro que não, ela me traiu, como eu posso amar uma pessoa que fez isso comigo?
V:Pensa bem, depois pode ser tarde.
E:Eu tenho a Claudia, e sou muito feliz com ela.
Dizendo isso Eduardo deixou a boutique e foi em direção a casa da ex-mulher.
Alice ainda encontrava-se deitada no sofá, até que a barulho insistente na porta chamou-lhe a atenção.
Ela levantou e foi até a porta com passos preguiçosos, quando abriu teve uma surpresa.
Ele sorriu para ela e disse:
E:Então você ainda me ama? Ainda sente desejo por mim?
A:Eu vou matar o Vanderley, você não...
Ele a calou com um beijo, ali mesmo na porta ele levou uma das mãos em sua costa e a outra em seu pescoço, fazendo com que a mesma colasse junto ao seu corpo.
O corpo de Alice logo se arrepiou, aquele jeito que ele segurava-lhe os cabelos, a levava a loucura.
Eduardo a virou de costas para a porta e a fez encostar-se a ela, assim, fechando-a.
As mãos de Alice bagunçavam os cabelos de Edu e ele abria os botões da camisa dela.
Como queria senti-lo, como queria tocá-lo. Tanto tempo e seu corpo chamava por ele da mesma maneira.
Os lábios a certa hora chegavam a ser machucados, o rosto de Alice já fora tomado por uma vermelhidão devido a barba dele.
Eles separaram alguns centímetros as bocas.
E:Quem é que eu estou enganando quando eu digo que não te amo mais (sussurrando)
A respiração ofegante, os lábios dele brincavam com a orelha dela, enquanto as mãos apertavam-lhe os seios.
O primeiro gemido saiu por entre os lábios de Edu ao sentir a mão macia de Alice em seu membro, que já se encontrava excitado.
Ele arqueou certa hora devido a isso.
Ela própria se desfez do resto de roupa que ainda lhe cobria o corpo, ele a segurou pela cintura e a tirou ali da porta, foi em direção ao sofá e a deitou ali.
Alice contemplava o belo corpo de Edu ficar nu diante dela.
As mãos grandes dele seguraram-lhe o queixo, fazendo com que a mesma o olhasse nos olhos.
Ele aproximou a boca e disse como um sussurro:
E:Eu ainda te amo, Alice. Ainda te quero.
Ao terminar essa frase, o mesmo invadiu lhe a boca com sua língua intensa, e seu corpo com um impulso intenso.
As investidas de Edu tiraram Alice daquele mundo, como sentia saudades do jeito que faziam amor. Como era diferente.
As pernas dela haviam formado uma linda escultura em torno da cintura de Edu.
Não demoraram muito até que aliviassem aquele tesão todo, um no outro.
A respiração foi desacelerando e os corpos também.
Ali no sofá, Edu ainda em cima de Alice, ambos pensavam.
E agora?
Sem dizer uma sequer palavra, ambos vestiram-se e sentaram no sofá, um do lado do outro.
A:Edu.
E:Alice.
A:Você primeiro.
E:Alice, eu...
Ela o olhava quase que pedindo pra que ele dissesse logo.
E:Eu te amo, eu te amo, e eu não sei como fui capaz de não acreditar em você, me perdoa, me perdoa por ser esse grosso, esse homem de impulsos, me perdoa por...
Ela beijou novamente, um beijo calmo, mas forte, que o acalmou de certa forma.
E:Vamos começar de novo?
Ela sorriu para ele, mordendo o lábio inferior.
E:Topa? Topa dar uma segunda chance para nós?
A:É Claro que eu topo, é claro. (o beijando novamente)
O que havia acontecido?  Três anos depois e ainda o ama como antes.
Eduardo pensava o mesmo, como foi capaz de entrar na justiça para ficar com a guarda das crianças? Quando a única coisa que ele queria era viver feliz ao lado da mulher que ama.
Alice não concordava, mas entendia Edu. Ele estava transtornado, magoado. Mas enfim agora estaria tudo bem. Voltariam a ser a família feliz que nunca deveria ter acabado.

Estavam compostos novamente, e Alice entre os braços dele.
E:Eu vou terminar tudo hoje mesmo.
A:Eu vou te esperar, para passarmos a noite juntos... Na nossa cama (por entre os lábios dele)
Ele sorriu ao ouvir isso, Alice havia tirado a armadura da guerra, estava enfim entregue ao amor que ele sempre soube que ainda existia.
Abraçaram-se novamente.
Encontravam-se na sala, em pé perto ao sofá.
A:Vai esperar as crianças?
E:Melhor, vamos fazer uma surpresa.
A:Acho que Bianca vai gostar.
E:Percebi que ela realmente está magoada comigo.
A:É que ela não esperava a reação que você teve.
E:Nem eu esperava a reação que eu tive, eu fiquei fora de mim quando eu vi...
Eduardo começava a alterar a voz.
A:Shiii, pronto. Agora já passou, hun? (segurando-o pelo rosto)
E:Eu amo esse seu dom.
A:Meu dom?
E:Esse dom de me acalmar só com um toque, ou uma palavra.
Ela o beijou sorrindo. Como pode ter ficado tanto tempo sem ele?
Contemplaram mais um beijo antes que Eduardo dissesse a sua ideia.
E:Faremos um jantar, e nesse jantar anunciaremos a nossa volta.
A:Por mim tudo ótimo.
E:Eu sinto pela Claudia, mas é melhor assim. Ela encontrará alguém que a ame como eu te amo. (sorrindo)
A:Claro, claro que encontrará.
Eduardo a beijou novamente a apertando em um abraço.
E:Eu já vou, preciso voltar para o escritório. Venho para o jantar. (beijando-a)
A:Eu te espero. (sussurrando)
E assim ele deixou a casa que logo voltaria e ficaria para sempre.

Alice ficou com seus pensamentos, pensava com ela que Tiago não merecia ter ouvido aquilo, mas não podia fazer nada, não o amava como ama Eduardo, e não podia negar isso.
Ao chegar no restaurante, Tiago passou pela recepcionista e a mesma logo percebeu que o chefe chorava, o mesmo trancou-se em sua sala ao lado do salão do restaurante e não saiu de lá até a hora do almoço.

Eduardo chegou decidido a terminar tudo com Claudia, mas a mesma ainda estava no trabalho, e esse não é um assunto que possa ser conversado no local de trabalho.
Assim que ele chegou à agencia, o mesmo logo foi até a mesa dela.
E:Claudia, eu preciso falar com você hoje depois do trabalho.
C:O que aconteceu? É algo grave? É sobre o que?
E:A tarde conversamos, Claudia.
C:Mas pelo menos me diz sobre o que se trata.
E:Se trata de nós.
Claudia ficou em silêncio.
E:Claudia?
C:Tudo bem, meu amor. Eu teria que falar com você hoje também.
O dia passou rápido para Alice, a mesma passou o dia preparando um jantar perfeito. Iria contar para os filhos somente depois que o pai deles chegasse.
Edu e Claudia estavam no carro a caminho de casa, quando a mesma adiantou-se a conversar.
C:Edu, pode dizer sobre o que quer me falar?
Edu:Eu viu dizer quando chegarmos em casa.
C:Pra que isso, Edu?
Edu: Não vou conversar com você, dirigindo.
Eduardo não conseguia disfarçar o seu nervosismo, sabia que Claudia não iria aceitar fácil assim. Não queria que terminasse assim, mas a sua vida, é ao lado de Alice.

Na casa de Alice, a filha chegou até a cozinha um tanto quanto tímida.
B:Mãe?
A:Oi filha, está tudo bem?
B:Está, eu só queria saber se você falou com o papai hoje.
A:Seu pai?
B:É, não nos falamos desde aquele dia, pensei que ele pudesse ter  falado algo.
Alice soltou a colher sobre a pia e abraçou a filha.
A:Own minha filha, ele está constrangido, afinal de contas ele percebeu pela primeira vez que você não é mais a bebê dele e sim uma mulher. O problema foi como ele percebeu isso. Por isso eu peço que você tenha um pouco de paciência, você sabe como o seu pai é.
B:Claro.
Bianca abraçou a mãe e logo sentiu o estomago embrulhar, o cheiro do jantar havia impregnado na roupa da mãe.
B:Mãe... Eu já volto.
Nisso a filha de Alice saiu correndo em direção ao banheiro, mas Alice não percebera o que fora.
Ao chegar ao banheiro, a mesma colocou tudo para fora, não quis pensar no pior, não quis imaginar que ali dentro do seu ventre poderia estar um bebê.
Como iria contar aos seus pais?
Bernardo não ganhava o suficiente para sustentar uma família agora.
Escovou os dentes e usou o enxaguante por pelo menos três vezes, a mãe não podia imaginar que andara vomitando.

Ao chegarem em casa, Eduardo certificou-se de que após a babá deixar a casa, o pequeno João estaria entretido no quarto o suficiente para que ele pudesse conversar com  Claudia, sem ser interrompido.
Ela havia deixado a bolsa junto ao sofá e aproximou-se dele carinhosamente.
As mãos logo alcançaram o rosto dele, e o mesmo delicadamente as tirou.
E:Precisamos conversar.
C:Edu... Eu estou grávida. (sorrindo)
Aquela notícia o pegou de uma maneira, que nem reação ele expressou.
Edu: Como é que é?
C:Grávida, meu amor!! Grávida!!!! (o beijando)
O que tinha acontecido? Como ele caiu daquela felicidade toda para aquele sentimento que agora ocupava o seu corpo.
Seria pai novamente, não que estivesse infeliz, mas a situação encontrava-se de uma maneira em que ele não teria como ficar feliz.
Como iria deixar, Claudia?
O que iria falar para Alice? Estava sem respostas, estava completamente perdido.
C:Está feliz? (sorrindo para ele)
E:Claro, claro que estou. (sorrindo para ela)
Ela não tinha culpa, aquilo não fora planejado. Mas, o que havia imaginado o que havia sonhado... Não poderia se tornar realidade. Alice continuaria longe da sua vida.
C:Me diz...
E:O que? (sendo despertado de seus pensamentos)

C:O que iria dizer.

5 comentários:

Unknown disse...

AMEII A RECAÍDA, PENA QUE O TIAGO É QUEM SOFRE COM TUDO ISSO.... E CLAUDIA GRAVIDA?? ISSO PRA MIM É TRETA KKK

Unknown disse...

Também achei Paola, ela teve muito tempo pra pensar em que dizer, afinal quando a pessoa vem com PRECISAMOS CONVERSAR, aí tem né, e ela não é boba. Pena que o Tiago sofre, mas eu gostei da recaída. E eles se amam, o que é mais lindo ainda, não é só desejo!

Unknown disse...

Gente, porque essa revolta toda com a Claudia?? Ela é tão vitima quanto o Tiago, a diferença é que ele deixa escancarado que não gosta da Alice. u_U kkk

Luisa disse...

O espaço desse blog creio não ser o lugar mais adequado para escrever a lista de "adjetivos" que tenho para a Alice Querida!!!

Beatriz Marinho disse...

Cláudia, mais uma vez: SUA VACA!
U_U
Alice e Edu, trabalhados na alegria, e felicidade e vem essa caninana pra estragar tudo!

Postar um comentário

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

3° Te Quero de Volta

Passaram um fim de semana agitado, Alice e Edu foram para as suas respectivas casas quando saíram do hospital, e o domingo de ambos foi a cama, para a infelicidade de Tiago e Claudia, que passaram o Domingo vendo programas de TV.
Era segunda-feira, Alice estava em sua Boutique conversando com Vanderlei, seu confidente.
V:Para tudo! Como assim ele te beijou? Edu danadinho... (vestindo um manequim da loja)
A:Eu quero morrer quando ele faz isso.
V:Eu também morreria se um homem como o Edu fizesse isso.
A:Vanderley! (enquanto dobrava algumas peças de roupas)
V:Alice, me explica o sentido desse “Morrer” do sentido “morrer de tesão” ou “morrer de raiva”
Alice ficou em silêncio, mas tinha a resposta na ponta da língua.
V:Alice, vai, vamos lá! Diz.
A:Os dois! Morro de desejo de tê-lo dentro de mim, morro de vontade de beijá-lo, mas ao mesmo tempo eu tenho raiva por ele não ter acreditado em mim, as vezes quero dar um tapa naquela cara dele, até deixar a minha marca.
Alice olhava para Vanderley que tinha os olhos vidrados para ela.
A:Vandeley?
Ela sentiu um gelo percorrer o seu coração, ele estava olhando atrás dela, e não para ela.
T:Eu já sabia, sempre soube.
Ela não podia acreditar naquilo, ele não devia estar ali, esse horário era de movimento no restaurante.
A:Tiago, eu...
T:Você não precisa explicar, eu sei, você nunca esqueceu ele. Na verdade eu pensei que pudesse te ajudar a esquecê-lo, mas não.
V:Gente, eu preciso ir ali na loja, aquela ali, comprar qualquer coisa, eu volto depois.
Vanderley saiu para que a amiga e patroa pudesse conversar melhor.
A:Tiago, você sabe o que aconteceu com Edu e eu, você sabe como as coisas aconteceram.
T:Sei, sei também que ele não acreditou em você quando te viu em casa de sutiã dentro do banheiro.
A:Ele sempre foi ciumento.
T:Ele terminou um casamento de quase vinte anos por uma bobagem dessas! (nervoso)
A:Eu sei disso! E ninguém está sofrendo mais do que eu. (chorando)
T:Eu não sei o que ainda estamos fazendo juntos. Nosso namoro é uma maravilhosa mentira, você deixou claro qual é o seu real desejo.
Tiago saiu daquela boutique jurando nunca mais rastejar por um amor que não merece o seu.
Alice o amava, mas não como Edu, ela aprendeu a amar Tiago, amava-o pela atenção que ele lhe dava, pelo carinho, pela paciência.
Mas, Edu não, tiveram dois filhos, conviveu com o mesmo quase vinte anos, e por ele ser cabeça dura, separaram. Ainda o amava com certa loucura.
Algum tempo depois, Vanderley chegou.
A:Porque diabos você não me disse que ele estava atrás de mim?
V:Quando eu vi ele já havia ouvido a pior parte.
A:Estou me sentindo um monstro, Tiago não merecia isso.
V:Amiga, quer saber? Acho que isso foi um sinal.
A:Sinal? (confusa)
V:Sinal para que você corra atrás do seu verdadeiro amor. Para de ser orgulhosa.
A:Quem jogou tudo pro alto foi ele!
V:Mas você deve provar para ele que o seu amor verdadeiro.
A:Ele não confiou em mim. Quando um relacionamento acaba a confiança, não tem mais como dar certo.
V:Como você é cabeça dura, Alice.
Passou uma tarde conturbada, não queria que seu relacionamento com Tiago tivesse acabado desse jeito. Ele não merecia.
Naquele dia, ela mandou flores para ele. Pedia-lhe desculpas por não amá-lo como ele merecia. Pediu que a perdoasse por não ter aprendido isso a tempo. Que ele a fez muito feliz o tempo que passaram juntos.
Ela não conseguiria terminar aquele dia trabalhando. Precisava relaxar.
Ao chegar em casa, encontrou a casa vazia, João Felipe ainda ficaria aquela semana na casa do pai, e Bianca havia saído com as amigas.
Jogou-se no sofá e começou a pensar, pensar no que deveria fazer, será que realmente deveria tentar provar a Edu que não acontecera nada naquele dia?
Mas tanto tempo se passou, será que ainda valia a pena?

Enquanto isso, Vanderley pensava com ele que talvez pudesse ajudar de alguma forma,a amiga que ele tem como uma irmã estava sofrendo.
Mas como?
Nesse instante, Edu passa pela entrada da loja.
E: e aí? Onde está a Alice? Preciso falar com ela.
V:A Alice?
E:Sim, ela mesma ou tem alguma outra?
V:Nossa, Eduardo, como você continua grosso.
E:Vai logo Vanderley, onde ela está? Pra você não querer contar ela deve estar com o outro lá, não é?
V:Eles terminaram.
Eduardo tentou, mas não conseguiu disfarçar a cara de felicidade que ele fez ao ouvir isso.
E:Porque? Ela o traiu?
v:Como você é um idiota, Edu.
E:Não? (rindo nervoso) O que foi então?
V:Ele ouviu ela dizer que ainda te ama, que sente a sua falta, pronto falei!.
E:Ela... ainda me ama? (surpreso)
V:Infelizmente, porque mesmo você não acreditando que ela nunca te traiu, que chorou dias aqui no meu ombro por você, que rezava pra deixar de te amar. Sim, ela ainda te ama, mesmo você não merecendo.
Vanderley colocou tudo para fora. Não suportava, Eduardo sem tão mente fechada, tão cego. Enquanto a amiga mesmo negando, sofria por ele, principalmente quando ele apareceu com outra.
E:Eu... Não podia imaginar.
V:Quer saber Edu? Eu não aguento mais ver a  minha amiga sofrer. Você ainda a ama?
Eduardo ainda prestava atenção nas palavras que repetiam como eco em sua cabeça... Ainda te ama.
V:Edu!
E:Não! Claro que não, ela me traiu, como eu posso amar uma pessoa que fez isso comigo?
V:Pensa bem, depois pode ser tarde.
E:Eu tenho a Claudia, e sou muito feliz com ela.
Dizendo isso Eduardo deixou a boutique e foi em direção a casa da ex-mulher.
Alice ainda encontrava-se deitada no sofá, até que a barulho insistente na porta chamou-lhe a atenção.
Ela levantou e foi até a porta com passos preguiçosos, quando abriu teve uma surpresa.
Ele sorriu para ela e disse:
E:Então você ainda me ama? Ainda sente desejo por mim?
A:Eu vou matar o Vanderley, você não...
Ele a calou com um beijo, ali mesmo na porta ele levou uma das mãos em sua costa e a outra em seu pescoço, fazendo com que a mesma colasse junto ao seu corpo.
O corpo de Alice logo se arrepiou, aquele jeito que ele segurava-lhe os cabelos, a levava a loucura.
Eduardo a virou de costas para a porta e a fez encostar-se a ela, assim, fechando-a.
As mãos de Alice bagunçavam os cabelos de Edu e ele abria os botões da camisa dela.
Como queria senti-lo, como queria tocá-lo. Tanto tempo e seu corpo chamava por ele da mesma maneira.
Os lábios a certa hora chegavam a ser machucados, o rosto de Alice já fora tomado por uma vermelhidão devido a barba dele.
Eles separaram alguns centímetros as bocas.
E:Quem é que eu estou enganando quando eu digo que não te amo mais (sussurrando)
A respiração ofegante, os lábios dele brincavam com a orelha dela, enquanto as mãos apertavam-lhe os seios.
O primeiro gemido saiu por entre os lábios de Edu ao sentir a mão macia de Alice em seu membro, que já se encontrava excitado.
Ele arqueou certa hora devido a isso.
Ela própria se desfez do resto de roupa que ainda lhe cobria o corpo, ele a segurou pela cintura e a tirou ali da porta, foi em direção ao sofá e a deitou ali.
Alice contemplava o belo corpo de Edu ficar nu diante dela.
As mãos grandes dele seguraram-lhe o queixo, fazendo com que a mesma o olhasse nos olhos.
Ele aproximou a boca e disse como um sussurro:
E:Eu ainda te amo, Alice. Ainda te quero.
Ao terminar essa frase, o mesmo invadiu lhe a boca com sua língua intensa, e seu corpo com um impulso intenso.
As investidas de Edu tiraram Alice daquele mundo, como sentia saudades do jeito que faziam amor. Como era diferente.
As pernas dela haviam formado uma linda escultura em torno da cintura de Edu.
Não demoraram muito até que aliviassem aquele tesão todo, um no outro.
A respiração foi desacelerando e os corpos também.
Ali no sofá, Edu ainda em cima de Alice, ambos pensavam.
E agora?
Sem dizer uma sequer palavra, ambos vestiram-se e sentaram no sofá, um do lado do outro.
A:Edu.
E:Alice.
A:Você primeiro.
E:Alice, eu...
Ela o olhava quase que pedindo pra que ele dissesse logo.
E:Eu te amo, eu te amo, e eu não sei como fui capaz de não acreditar em você, me perdoa, me perdoa por ser esse grosso, esse homem de impulsos, me perdoa por...
Ela beijou novamente, um beijo calmo, mas forte, que o acalmou de certa forma.
E:Vamos começar de novo?
Ela sorriu para ele, mordendo o lábio inferior.
E:Topa? Topa dar uma segunda chance para nós?
A:É Claro que eu topo, é claro. (o beijando novamente)
O que havia acontecido?  Três anos depois e ainda o ama como antes.
Eduardo pensava o mesmo, como foi capaz de entrar na justiça para ficar com a guarda das crianças? Quando a única coisa que ele queria era viver feliz ao lado da mulher que ama.
Alice não concordava, mas entendia Edu. Ele estava transtornado, magoado. Mas enfim agora estaria tudo bem. Voltariam a ser a família feliz que nunca deveria ter acabado.

Estavam compostos novamente, e Alice entre os braços dele.
E:Eu vou terminar tudo hoje mesmo.
A:Eu vou te esperar, para passarmos a noite juntos... Na nossa cama (por entre os lábios dele)
Ele sorriu ao ouvir isso, Alice havia tirado a armadura da guerra, estava enfim entregue ao amor que ele sempre soube que ainda existia.
Abraçaram-se novamente.
Encontravam-se na sala, em pé perto ao sofá.
A:Vai esperar as crianças?
E:Melhor, vamos fazer uma surpresa.
A:Acho que Bianca vai gostar.
E:Percebi que ela realmente está magoada comigo.
A:É que ela não esperava a reação que você teve.
E:Nem eu esperava a reação que eu tive, eu fiquei fora de mim quando eu vi...
Eduardo começava a alterar a voz.
A:Shiii, pronto. Agora já passou, hun? (segurando-o pelo rosto)
E:Eu amo esse seu dom.
A:Meu dom?
E:Esse dom de me acalmar só com um toque, ou uma palavra.
Ela o beijou sorrindo. Como pode ter ficado tanto tempo sem ele?
Contemplaram mais um beijo antes que Eduardo dissesse a sua ideia.
E:Faremos um jantar, e nesse jantar anunciaremos a nossa volta.
A:Por mim tudo ótimo.
E:Eu sinto pela Claudia, mas é melhor assim. Ela encontrará alguém que a ame como eu te amo. (sorrindo)
A:Claro, claro que encontrará.
Eduardo a beijou novamente a apertando em um abraço.
E:Eu já vou, preciso voltar para o escritório. Venho para o jantar. (beijando-a)
A:Eu te espero. (sussurrando)
E assim ele deixou a casa que logo voltaria e ficaria para sempre.

Alice ficou com seus pensamentos, pensava com ela que Tiago não merecia ter ouvido aquilo, mas não podia fazer nada, não o amava como ama Eduardo, e não podia negar isso.
Ao chegar no restaurante, Tiago passou pela recepcionista e a mesma logo percebeu que o chefe chorava, o mesmo trancou-se em sua sala ao lado do salão do restaurante e não saiu de lá até a hora do almoço.

Eduardo chegou decidido a terminar tudo com Claudia, mas a mesma ainda estava no trabalho, e esse não é um assunto que possa ser conversado no local de trabalho.
Assim que ele chegou à agencia, o mesmo logo foi até a mesa dela.
E:Claudia, eu preciso falar com você hoje depois do trabalho.
C:O que aconteceu? É algo grave? É sobre o que?
E:A tarde conversamos, Claudia.
C:Mas pelo menos me diz sobre o que se trata.
E:Se trata de nós.
Claudia ficou em silêncio.
E:Claudia?
C:Tudo bem, meu amor. Eu teria que falar com você hoje também.
O dia passou rápido para Alice, a mesma passou o dia preparando um jantar perfeito. Iria contar para os filhos somente depois que o pai deles chegasse.
Edu e Claudia estavam no carro a caminho de casa, quando a mesma adiantou-se a conversar.
C:Edu, pode dizer sobre o que quer me falar?
Edu:Eu viu dizer quando chegarmos em casa.
C:Pra que isso, Edu?
Edu: Não vou conversar com você, dirigindo.
Eduardo não conseguia disfarçar o seu nervosismo, sabia que Claudia não iria aceitar fácil assim. Não queria que terminasse assim, mas a sua vida, é ao lado de Alice.

Na casa de Alice, a filha chegou até a cozinha um tanto quanto tímida.
B:Mãe?
A:Oi filha, está tudo bem?
B:Está, eu só queria saber se você falou com o papai hoje.
A:Seu pai?
B:É, não nos falamos desde aquele dia, pensei que ele pudesse ter  falado algo.
Alice soltou a colher sobre a pia e abraçou a filha.
A:Own minha filha, ele está constrangido, afinal de contas ele percebeu pela primeira vez que você não é mais a bebê dele e sim uma mulher. O problema foi como ele percebeu isso. Por isso eu peço que você tenha um pouco de paciência, você sabe como o seu pai é.
B:Claro.
Bianca abraçou a mãe e logo sentiu o estomago embrulhar, o cheiro do jantar havia impregnado na roupa da mãe.
B:Mãe... Eu já volto.
Nisso a filha de Alice saiu correndo em direção ao banheiro, mas Alice não percebera o que fora.
Ao chegar ao banheiro, a mesma colocou tudo para fora, não quis pensar no pior, não quis imaginar que ali dentro do seu ventre poderia estar um bebê.
Como iria contar aos seus pais?
Bernardo não ganhava o suficiente para sustentar uma família agora.
Escovou os dentes e usou o enxaguante por pelo menos três vezes, a mãe não podia imaginar que andara vomitando.

Ao chegarem em casa, Eduardo certificou-se de que após a babá deixar a casa, o pequeno João estaria entretido no quarto o suficiente para que ele pudesse conversar com  Claudia, sem ser interrompido.
Ela havia deixado a bolsa junto ao sofá e aproximou-se dele carinhosamente.
As mãos logo alcançaram o rosto dele, e o mesmo delicadamente as tirou.
E:Precisamos conversar.
C:Edu... Eu estou grávida. (sorrindo)
Aquela notícia o pegou de uma maneira, que nem reação ele expressou.
Edu: Como é que é?
C:Grávida, meu amor!! Grávida!!!! (o beijando)
O que tinha acontecido? Como ele caiu daquela felicidade toda para aquele sentimento que agora ocupava o seu corpo.
Seria pai novamente, não que estivesse infeliz, mas a situação encontrava-se de uma maneira em que ele não teria como ficar feliz.
Como iria deixar, Claudia?
O que iria falar para Alice? Estava sem respostas, estava completamente perdido.
C:Está feliz? (sorrindo para ele)
E:Claro, claro que estou. (sorrindo para ela)
Ela não tinha culpa, aquilo não fora planejado. Mas, o que havia imaginado o que havia sonhado... Não poderia se tornar realidade. Alice continuaria longe da sua vida.
C:Me diz...
E:O que? (sendo despertado de seus pensamentos)

C:O que iria dizer.

5 comentários:

Unknown disse...

AMEII A RECAÍDA, PENA QUE O TIAGO É QUEM SOFRE COM TUDO ISSO.... E CLAUDIA GRAVIDA?? ISSO PRA MIM É TRETA KKK

Unknown disse...

Também achei Paola, ela teve muito tempo pra pensar em que dizer, afinal quando a pessoa vem com PRECISAMOS CONVERSAR, aí tem né, e ela não é boba. Pena que o Tiago sofre, mas eu gostei da recaída. E eles se amam, o que é mais lindo ainda, não é só desejo!

Unknown disse...

Gente, porque essa revolta toda com a Claudia?? Ela é tão vitima quanto o Tiago, a diferença é que ele deixa escancarado que não gosta da Alice. u_U kkk

Luisa disse...

O espaço desse blog creio não ser o lugar mais adequado para escrever a lista de "adjetivos" que tenho para a Alice Querida!!!

Beatriz Marinho disse...

Cláudia, mais uma vez: SUA VACA!
U_U
Alice e Edu, trabalhados na alegria, e felicidade e vem essa caninana pra estragar tudo!

Postar um comentário

 

Romances da Laura Template by Ipietoon Cute Blog Design and Bukit Gambang