quinta-feira, março 03, 2016

Doce Poesia - 17º Episódio

Algo estava muito propício.
Talvez aquele não fosse o momento, Bento acabara de chegar e é certo que logo viria vê-la.
Não iria gostar de nada disso se o visse.
Estava ousada, algo a incorporou naquela madrugada e despejou toda a ousadia e coragem que pensou não ter mais.
Colocou a chave no trinco e girou cuidadosamente.
Lá estava...
Um quarto cheio de teias de aranha, mas completamente organizado.
Havia uma pequenina janela que já estava fechada pelas taboas, talvez por isso Beatriz não a percebera pelo lado de fora da casa.
Uma cama, um tanto pequena para um adulto.
Ao lado da cama, uma barra de ferro com ganchos, Beatriz sabia do que se tratava, era um suporte para carregar bolsas de sangue ou soro.
Mas o que mais chamou a atenção dela, foi que o quarto era forrado de bonecas e ursos, dos mais variáveis tamanhos e formas.
Já vira o suficiente, precisava sair, Bento logo estaria em seu quarto e não saberia dizer qual seria sua reação se a pegasse ali.
Beatriz já estava fechando a porta do armário ao guardar a chave no mesmo lugar quando Bento adentrou seu quarto.

Benn: O que está fazendo? – intrigado –
B: Procurando algo para vestir depois do banho, de quem são essas roupas, Bento?
Benn: Foram de alguém que não te interessa.
B: O que quer aqui? Porque ainda vem me ver? Logo morrerei se é o que quer?
Benn: Eu não quero que morra meu amor. – aproximando-se –
Ele beijou seus lábios lentamente.
Ela não conseguiu ter nenhuma reação. Sentia nojo de chegar perto dele, sentia-se estranha ao beijar o próprio marido ao invés do mordomo.
Bento completou:
Benn: Eu só quero que não se intrometa aonde não é chamada.
Ele dizia tais palavras, aos sorrisos e caricias, e isso deixava Beatriz incrédula.
Benn: Mas eu vim aqui pra te dizer outra coisa.
Beatriz não imaginava o que poderia ser.
Benn: Ana Beatriz está em um internato, só virá para casa nas férias e nos feriados prolongados.
B: Como? Porque fez isso? Você a adora, como pode ter coragem?
Benn: Ela entende que é o melhor para ela, a escola mais próxima daqui é precária, quero que minha filha tenha uma educação de primeira.
E nesse fim de mundo isso será impossível.
B: Ela concordou?
Benn: Ela não tem o que concordar, é uma criança e quem manda nela sou eu.
Beatriz ainda assimilava a notícia.
B: Mas sequer se despediu de mim.
Benn: Ela não sente a sua falta. Nem lembra que você existe.
B: Claro, você fez questão de ajuda-la nisso, não é? – alterando- a voz –
Bento irritou-se com a maneira com que Beatriz falou com ele.
Ele foi até ela e a segurou pelo queixo.
Benn: Está muito petulante, Beatriz. O que anda acontecendo enquanto não estou com você? Será que precisarei te vigiar dia e noite?

Não, Beatriz não poderia dar mais motivos para que Bento desconfiasse dela, e se percebesse que Dan e ela estavam mais próximos?
E se os afastasse?
Ou pior, se algo de ruim acontecesse com ele?
Não suportaria, Dan é a única coisa que mantem Beatriz firme e forte agora.
Por isso ela tratou logo de mudar o foco.
Dobrou os joelhos ao chão e começou a chorar.
B: Minha filha não...
As lagrimas estranhamente eram forçadas demais e isso não era problema para ela.
B: Como pode? Ela é tudo pra mim, Bento... Minha filha. Como vou viver agora.
Ele agora percebia de que ela estava falando sério.
Então ele a abraçou e ela logo se assustou.
Ficou assim por alguns minutos.
Benn: É o melhor pra ela. Se conforme com isso.
Ao dizer isso ela a deixou e saiu do quarto, e ela pode ouvi-lo chamar Dan logo que saiu dali.

Estava apreciando a paisagem de sua janela.
Já havia tomado um banho e agora deixava os pensamentos tomarem conta de sua cabeça enquanto olhava a pequena fumacinha ao longe.
Ele chegou em silêncio, e fechou a porta.
Aproximou-se dela e envolveu-a em um abraço.
Dan: Eu sinto muito por sua filha.
B: Sabe Dan... – virando-se para ele –
Estranhamente, eu não estou sentindo nada.
Dan: Como assim?  Não está triste por Senhor Bento ter levado a criança Ana Beatriz?
Beatriz riu discretamente.
Dan: O que foi?
B: Acho engraçado quando a chama assim.
Dan: É apenas um trejeito.
B: Triste... Não sei se é essa a palavra, mas estou normal. Como se nada de mais tivesse acontecido.
Dan: É tempo demais afastada dela, Senhor Bento nunca deixou uma aproximação maior. Isso é natural.
B: Não pode ser natural, Dan. Uma mãe e uma filha, por mais distante que estivessem, deveriam ter uma ligação forte, só entre as duas.
Dan: Quando pais adotam crianças órfãs, ou abandonadas, as crianças nunca tiveram os pais verdadeiros, sequer sabem como é o rosto deles... Para essas crianças, os verdadeiros pais são quem esteve ali com eles, todo o tempo, todos os dias.
Essa ligação que você diz, só é forte, quando existe um sentimento entre elas.
B: Quer dizer que eu não amo a minha filha?
Dan: Estou dizendo muitas coisas, decifre-as com o tempo. – sorrindo –
B: Você me acalma... – sorrindo –
Dan: É ótimo ouvir isso. Agora vamos?
B: Vamos aonde?
Dan: Vamos passear pelo jardim, Senhor Bento pediu que eu te levasse já que a sentiu muito abalada com a notícia da partida da criança.
B: Adoraria um passeio pelo jardim.
Dan parou na frente dela e completou.
Dan: Sem fazer nada imprudente, ou os passeios no jardim não farão mais parte da sua rotina.
B: Que malvado. – rindo –

Era curiosa demais, e isso poderia ser perigoso, tanto para Dan que poderia ser severamente punido por Bento, como para ela, que poderia até voltar a usar as correntes.
E se isso acontecesse, tirar Beatriz daquele lugar, seria praticamente impossível.
No jardim Beatriz reclamava das roupas.
B: Muito pouco das minhas roupas estão naquele quarto, porque não trouxeram toda a minha bagagem?
Dan: Ordens do senhor Bento.
B: De quem são aquelas roupas no armário?
Dan: De ninguém, Senhor Bento as comprou pra você.
B: Está mentindo.
Dan permaneceu em silêncio.
B: São vestidos antigos, cheiram a naftalina.
Dan riu.
Dan: Cheiram mesmo, eu disse para as empregadas não colocarem isso.
Beatriz pulou a sua frente e completou.
B: Rá rá! Eu sabia. Os vestidos não são novos. Já pertenceram a alguém. Quem?
Dan passou as mãos cobertas pelo tecido levemente em seu rosto.
Dan: É Curiosa demais, Beatriz. Vamos mudar de assunto, está bem?
B: Não, porque não pode me dizer nada?
Dan: Para o seu bem, para a sua segurança. Quanto menos souber, melhor.
B: Mas logo vamos fugir mesmo.
Ele rapidamente tampou a boca de Beatriz.
Dan: Shiiiiiiii, não repita mais isso, meu amor. Aqui, até as arvores tem ouvido.
Ela ficou parada.
Dan: O que foi? Desistiu do passeio? Olha que não poderemos voltar mais a tarde, temos que aproveitar agora.
Beatriz sorria, e Dan não se deu conta do porquê.
Dan: Beatriz?
B: Você disse meu amor... – sorrindo –
Dan: Eu disse?
B: Disse sim.
Dan: Me desculpe, saiu sem eu perceber.
Ela aproximou-se dele.
B: Não precisa se desculpar, eu gostei.
Dan: Sério? – sorrindo –
B: Eu não minto sobre o meu coração.
Dan aproximou-se um pouco mais dela e completou:
Dan: Não me olha dessa maneira, não te beijar é uma verdadeira tortura.
Ela sorriu e se afastou um pouco.
Novamente estavam próximos a casinha que Beatriz tentou abrir.
B: Dan, porque não pega um suco de laranja pra mim? Me deu uma sede agora.
Ele sorriu para ela.
Dan: Porque eu não caio mais nessa.
B: O que tem ali dentro?
Dan: Nada.
B: Nada? Podia ter inventado algo, como é que um cadeado daquele tamanho tranca nada?
Dan: Beatriz...
B: Do mesmo modo que estava trancado aquele quarto escondido com o meu?
O Mordomo ficou pálido. Não podia ter ouvido aquilo, talvez pensou que ouviu, mas de fato não ouviu nada.
Dan: O que foi que disse?
B: Como acharam que eu não o encontraria?
Dan: Do que está falando?
B: Dan... Eu me entreguei a você, confio em você. Está na hora dessa confiança ser recíproco.
Ela aproximou-se um pouco mais e sussurrou.
B: Confia em mim...

Dan a olhava apaixonado, sabia que se Bento sequer desconfiasse que Beatriz sabia algo a mais do que precisava saber, tudo estaria perdido.
Todo o tempo que levou para construir a sua vida.
B: Por favor, Dan.
Dan: Está bem, só promete que nunca mencionará isso com ninguém. Nem ficar repetindo isso sozinha, alguém pode ouvir.
B: Eu já entendi, me diz logo.
Ele olhou para os lados certificando-se de que não eram observados.
E sem parar de andar com ela, começou:
Dan: Aquele quarto, era da Alice Montenegro.
B: Alice?
Dan: Filha do senhor Bento.

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quinta-feira, março 03, 2016

Doce Poesia - 17º Episódio

Algo estava muito propício.
Talvez aquele não fosse o momento, Bento acabara de chegar e é certo que logo viria vê-la.
Não iria gostar de nada disso se o visse.
Estava ousada, algo a incorporou naquela madrugada e despejou toda a ousadia e coragem que pensou não ter mais.
Colocou a chave no trinco e girou cuidadosamente.
Lá estava...
Um quarto cheio de teias de aranha, mas completamente organizado.
Havia uma pequenina janela que já estava fechada pelas taboas, talvez por isso Beatriz não a percebera pelo lado de fora da casa.
Uma cama, um tanto pequena para um adulto.
Ao lado da cama, uma barra de ferro com ganchos, Beatriz sabia do que se tratava, era um suporte para carregar bolsas de sangue ou soro.
Mas o que mais chamou a atenção dela, foi que o quarto era forrado de bonecas e ursos, dos mais variáveis tamanhos e formas.
Já vira o suficiente, precisava sair, Bento logo estaria em seu quarto e não saberia dizer qual seria sua reação se a pegasse ali.
Beatriz já estava fechando a porta do armário ao guardar a chave no mesmo lugar quando Bento adentrou seu quarto.

Benn: O que está fazendo? – intrigado –
B: Procurando algo para vestir depois do banho, de quem são essas roupas, Bento?
Benn: Foram de alguém que não te interessa.
B: O que quer aqui? Porque ainda vem me ver? Logo morrerei se é o que quer?
Benn: Eu não quero que morra meu amor. – aproximando-se –
Ele beijou seus lábios lentamente.
Ela não conseguiu ter nenhuma reação. Sentia nojo de chegar perto dele, sentia-se estranha ao beijar o próprio marido ao invés do mordomo.
Bento completou:
Benn: Eu só quero que não se intrometa aonde não é chamada.
Ele dizia tais palavras, aos sorrisos e caricias, e isso deixava Beatriz incrédula.
Benn: Mas eu vim aqui pra te dizer outra coisa.
Beatriz não imaginava o que poderia ser.
Benn: Ana Beatriz está em um internato, só virá para casa nas férias e nos feriados prolongados.
B: Como? Porque fez isso? Você a adora, como pode ter coragem?
Benn: Ela entende que é o melhor para ela, a escola mais próxima daqui é precária, quero que minha filha tenha uma educação de primeira.
E nesse fim de mundo isso será impossível.
B: Ela concordou?
Benn: Ela não tem o que concordar, é uma criança e quem manda nela sou eu.
Beatriz ainda assimilava a notícia.
B: Mas sequer se despediu de mim.
Benn: Ela não sente a sua falta. Nem lembra que você existe.
B: Claro, você fez questão de ajuda-la nisso, não é? – alterando- a voz –
Bento irritou-se com a maneira com que Beatriz falou com ele.
Ele foi até ela e a segurou pelo queixo.
Benn: Está muito petulante, Beatriz. O que anda acontecendo enquanto não estou com você? Será que precisarei te vigiar dia e noite?

Não, Beatriz não poderia dar mais motivos para que Bento desconfiasse dela, e se percebesse que Dan e ela estavam mais próximos?
E se os afastasse?
Ou pior, se algo de ruim acontecesse com ele?
Não suportaria, Dan é a única coisa que mantem Beatriz firme e forte agora.
Por isso ela tratou logo de mudar o foco.
Dobrou os joelhos ao chão e começou a chorar.
B: Minha filha não...
As lagrimas estranhamente eram forçadas demais e isso não era problema para ela.
B: Como pode? Ela é tudo pra mim, Bento... Minha filha. Como vou viver agora.
Ele agora percebia de que ela estava falando sério.
Então ele a abraçou e ela logo se assustou.
Ficou assim por alguns minutos.
Benn: É o melhor pra ela. Se conforme com isso.
Ao dizer isso ela a deixou e saiu do quarto, e ela pode ouvi-lo chamar Dan logo que saiu dali.

Estava apreciando a paisagem de sua janela.
Já havia tomado um banho e agora deixava os pensamentos tomarem conta de sua cabeça enquanto olhava a pequena fumacinha ao longe.
Ele chegou em silêncio, e fechou a porta.
Aproximou-se dela e envolveu-a em um abraço.
Dan: Eu sinto muito por sua filha.
B: Sabe Dan... – virando-se para ele –
Estranhamente, eu não estou sentindo nada.
Dan: Como assim?  Não está triste por Senhor Bento ter levado a criança Ana Beatriz?
Beatriz riu discretamente.
Dan: O que foi?
B: Acho engraçado quando a chama assim.
Dan: É apenas um trejeito.
B: Triste... Não sei se é essa a palavra, mas estou normal. Como se nada de mais tivesse acontecido.
Dan: É tempo demais afastada dela, Senhor Bento nunca deixou uma aproximação maior. Isso é natural.
B: Não pode ser natural, Dan. Uma mãe e uma filha, por mais distante que estivessem, deveriam ter uma ligação forte, só entre as duas.
Dan: Quando pais adotam crianças órfãs, ou abandonadas, as crianças nunca tiveram os pais verdadeiros, sequer sabem como é o rosto deles... Para essas crianças, os verdadeiros pais são quem esteve ali com eles, todo o tempo, todos os dias.
Essa ligação que você diz, só é forte, quando existe um sentimento entre elas.
B: Quer dizer que eu não amo a minha filha?
Dan: Estou dizendo muitas coisas, decifre-as com o tempo. – sorrindo –
B: Você me acalma... – sorrindo –
Dan: É ótimo ouvir isso. Agora vamos?
B: Vamos aonde?
Dan: Vamos passear pelo jardim, Senhor Bento pediu que eu te levasse já que a sentiu muito abalada com a notícia da partida da criança.
B: Adoraria um passeio pelo jardim.
Dan parou na frente dela e completou.
Dan: Sem fazer nada imprudente, ou os passeios no jardim não farão mais parte da sua rotina.
B: Que malvado. – rindo –

Era curiosa demais, e isso poderia ser perigoso, tanto para Dan que poderia ser severamente punido por Bento, como para ela, que poderia até voltar a usar as correntes.
E se isso acontecesse, tirar Beatriz daquele lugar, seria praticamente impossível.
No jardim Beatriz reclamava das roupas.
B: Muito pouco das minhas roupas estão naquele quarto, porque não trouxeram toda a minha bagagem?
Dan: Ordens do senhor Bento.
B: De quem são aquelas roupas no armário?
Dan: De ninguém, Senhor Bento as comprou pra você.
B: Está mentindo.
Dan permaneceu em silêncio.
B: São vestidos antigos, cheiram a naftalina.
Dan riu.
Dan: Cheiram mesmo, eu disse para as empregadas não colocarem isso.
Beatriz pulou a sua frente e completou.
B: Rá rá! Eu sabia. Os vestidos não são novos. Já pertenceram a alguém. Quem?
Dan passou as mãos cobertas pelo tecido levemente em seu rosto.
Dan: É Curiosa demais, Beatriz. Vamos mudar de assunto, está bem?
B: Não, porque não pode me dizer nada?
Dan: Para o seu bem, para a sua segurança. Quanto menos souber, melhor.
B: Mas logo vamos fugir mesmo.
Ele rapidamente tampou a boca de Beatriz.
Dan: Shiiiiiiii, não repita mais isso, meu amor. Aqui, até as arvores tem ouvido.
Ela ficou parada.
Dan: O que foi? Desistiu do passeio? Olha que não poderemos voltar mais a tarde, temos que aproveitar agora.
Beatriz sorria, e Dan não se deu conta do porquê.
Dan: Beatriz?
B: Você disse meu amor... – sorrindo –
Dan: Eu disse?
B: Disse sim.
Dan: Me desculpe, saiu sem eu perceber.
Ela aproximou-se dele.
B: Não precisa se desculpar, eu gostei.
Dan: Sério? – sorrindo –
B: Eu não minto sobre o meu coração.
Dan aproximou-se um pouco mais dela e completou:
Dan: Não me olha dessa maneira, não te beijar é uma verdadeira tortura.
Ela sorriu e se afastou um pouco.
Novamente estavam próximos a casinha que Beatriz tentou abrir.
B: Dan, porque não pega um suco de laranja pra mim? Me deu uma sede agora.
Ele sorriu para ela.
Dan: Porque eu não caio mais nessa.
B: O que tem ali dentro?
Dan: Nada.
B: Nada? Podia ter inventado algo, como é que um cadeado daquele tamanho tranca nada?
Dan: Beatriz...
B: Do mesmo modo que estava trancado aquele quarto escondido com o meu?
O Mordomo ficou pálido. Não podia ter ouvido aquilo, talvez pensou que ouviu, mas de fato não ouviu nada.
Dan: O que foi que disse?
B: Como acharam que eu não o encontraria?
Dan: Do que está falando?
B: Dan... Eu me entreguei a você, confio em você. Está na hora dessa confiança ser recíproco.
Ela aproximou-se um pouco mais e sussurrou.
B: Confia em mim...

Dan a olhava apaixonado, sabia que se Bento sequer desconfiasse que Beatriz sabia algo a mais do que precisava saber, tudo estaria perdido.
Todo o tempo que levou para construir a sua vida.
B: Por favor, Dan.
Dan: Está bem, só promete que nunca mencionará isso com ninguém. Nem ficar repetindo isso sozinha, alguém pode ouvir.
B: Eu já entendi, me diz logo.
Ele olhou para os lados certificando-se de que não eram observados.
E sem parar de andar com ela, começou:
Dan: Aquele quarto, era da Alice Montenegro.
B: Alice?
Dan: Filha do senhor Bento.

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