domingo, março 13, 2016

Doce Poesia - 18º Episódio

Beatriz estava sem entender exatamente, precisava de mais detalhes.
B: Filha? Bento já foi casado antes?
Dan: Já.
Ela estava pensativa, mil suposições passavam pela sua cabeça.
B: E o que aconteceu com a menina?
Dan: Morreu, um câncer o pulmão fez com que a menina morresse cedo, devia ter uns 6 ou 7 anos.
B: Você já trabalhava com ele?
Dan: Lembro apenas dos últimos momentos. Eu tinha acabado de chegar para essa casa, e Bento me deus outros trabalhos, quase não participei desse momento.
B: Por isso Bento é tão protetor com a Ana Beatriz.
Dan: Sim.
B: Mas porque me trata dessa forma? Eu já não o amo mais, nem ele a mim. Porque não me deixa livre, pra viver longe daqui.
Dan: Porque ele é louco.
Aquilo fez com que Beatriz ficasse assustada.
Dan: Quero que fique longe daquele quarto. Longe dessa casa fechada com o cadeado. Entendeu?
B: Entendi, mas eu só queria entender o porquê.
Dan: Porque eu estou dizendo. Não existe nesse mundo alguém que te ame mais que eu. Jamais colocaria sua vida em risco.
B: Eu só...
Dan: Vou te tirar daqui, só preciso de uma confirmação do governo sobre um assunto, e nós três reconstruiremos nossa vida.
B: O que disse?

Antes que Dan pudesse explicar o que sequer se deu conta que disse, Bento o gritou vindo de encontro a eles.
Benn: Dan, vá ver o que as cozinheiras estão fazendo para o jantar, o cheiro está impregnando a casa.
Dan: Claro, senhor.
Tanto Dan como Beatriz, deram o passeio por ali encerrado. Mas pelo jeito, Bento não compartilhava da mesma opinião.
Benn: Pra que a pressa, meu amor. Fique aqui, vamos continuar o passeio.
B: Já está tarde, talvez seja melhor me recolher.
Benn: Eu estou mandando ficar.
Ela abaixou a cabeça e Dan saiu.
Estava nervosa, gostava de ficar horas sem olhar para o rosto daquele homem que um dia disse amar.
Ele muito tranquilo, continuou ao lado dela forçando o passeio a continuar.
Benn: O que acha do nosso mordomo?
B: Dan?
Benn: Sim, que eu me lembre não temos outro.
B: Não tenho opinião sobre ele. Para mim é como qualquer um dos outros em... – foi interrompida –
Benn: Está mentindo.
B: Não, eu só...
Benn: Ouça bem, Beatriz. O mordomo, é um cachorrinho vira lata, que eu o acolhi por dó. Entenda que ele fala e faz o que eu mando ele falar ou fazer.
B: O que quer com isso?
Benn: Te deixar atenta. É mentiroso.
B: Eu não sei do que está falando.
Benn: Andei ouvindo coisas por aí e não gostei. Se eu ouvir novamente, teremos uma conversinha que você jamais vai esquecer entendeu?
Ela não conseguia distinguir o que sentia naquele momento.
Benn: Está curiosa em relação aquele lugar, não é? – apontando para a casinha com o cadeado –
B: Não.
Benn: Não minta pra mim! – batendo-a no rosto –
B: Porque está fazendo isso?
Benn: Porque não admito que me façam de idiota.
No mesmo instante ele a segurou pelo braço e começou a puxá-la com força, os passos apressados dela, quase não conseguiam acompanha-lo.
Ele estava levando-a para o lugar que ela tanto queria conhecer e Dan esconder.
Bento tirou a chave de um dos bolsos e abriu o cadeado.
Quando abriu a porta, Beatriz logo levou as mãos ao nariz, o cheiro era um pouco azedo. E lá ela pode ver uma cruzinha ao chão.
Era um tumulo. Havia um nome escrito... Luísa.
B: Quem é Luísa?
Benn: Minha falecida mulher. Assim como você era muito teimosa, eu tive que...

As palavras foram sumindo dos ouvidos dela, a imagem não saía de seus olhos.
Os olhos pesaram, a visão ficou turva e logo não viu mais nada.
Queria sumir.

-
O Cheiro de cravo era forte, estava de novo naquele quarto.
Abriu os olhos devagar e pode perceber que uma de suas mãos doía, ao levantar a mesma, viu que tinha um curativo.
Ouviu um barulho no quarto, não estava sozinha.
Olhou para o lado e ele estava de pé, ajeitava uma bandeja.
Ao se virar para ela, não pode acreditar.
Um dos olhos não abria, o inchaço tomava conta de quase todo o rosto.
B: O que foi que aconteceu, Dan?
Dan: Senhor Bento, soube que te tirei do quarto aquele dia, e que estamos próximos demais.
B: Meu Deus, eu sinto muito.
Ela ia dar um beijo em seus lábios, mas ele afastou.
B: O que foi?
Dan: Ele não me afastou de você.
B: Graças a Deus, se me tirassem você agora, eu não teria mais sentido pra viver.
Dan ficou apenas vidrado nela, tais palavras ficaram ecoando em sua cabeça.
Dan: Ouvir isso, é bem mais do que eu cheguei a sonhar.
Ela sorriu e foi beijá-lo novamente, e pela segunda vez ele se afastou.
B: Dan, o que está acontecendo?
Dan: Tão frágil... – sorrindo –
Dan: Ele deve estar nos vigiando.
B: Vigiando?! Mas de que maneira?
Dan: Isso eu ainda não sei, câmeras, gravadores ou algum empregado.
B: O que faremos?
Dan aproximou-se do ouvido dela e sussurrou.
Dan: Aqui dentro não é mais seguro. Preciso te tirar daqui o quanto antes.
B: E minha filha?
Dan: Eu te juro, que ela vai estar te esperando.
Ela sorriu.
B: Ele me mostrou o que tinha dentro daquela casinha abandonada lá no jardim.
Dan: Mostrou? – surpreso –
B: E me ameaçou também.
Dan: Te ameaçou?
B: Foi o que ele quis dizer, que a falecida mulher estava morta por ser igual a mim.
Dan: Escuta uma coisa... Eu dou a minha vida pela sua se for preciso, mas nada vai acontecer a você.

Uma corrida contra ao tempo? Tempo de quê?
Bento já demonstrou que não tem dó de ninguém, além dele próprio e a filha mimada.
Dan e Beatriz não sabiam o que pensar. Bento deu uma bela surra em Dan por saber que ele está aproximando demais de Beatriz, mas não o afastou dela.
Porque?

Lá estava Beatriz em sua janela, mas uma vez esperando a fumacinha lá no fundo aparecer.
O que seria de sua vida agora?
Apaixonada por um homem que conhecera há alguns meses, casada com um louco psicopata que costuma prender as mulheres e a tortura-las.
De fato pensava que nunca perdoaria aquele velho que se dizia seu pai.
-
O Sol ainda não havia amanhecido, e Beatriz continuava perambulando pelo quarto. Estava inquieta. Alguma coisa fazia com que ela ficasse acordada.
Seu coração quase saiu pela boca quando ouviu a porta se abrir.
Era Dan, o traje de mordomo não o acompanhava mais.
Em suas mãos trazia uma sacola, com roupas e um par de tênis.
Dan: Beatriz... – sussurrando –
B: Dan? O que faz acordado a essa hora? Aconteceu alguma coisa?
Dan: Ainda não. Mas logo irá acontecer. Pegue, vista isso. – entregando-lhe –
B: Está me assustando. O que são essas roupas?
Dan: Seja rápida, vamos sair daqui.
B: Mas agora? Assim desse jeito?
Dan: Assim desse jeito. Desistiu?
B: Mas é claro que não.
Ela rapidamente trocou a roupa de dormir, colocou os sapatos que ele lhe trouxera.
Dan: Pronta?
B: Estou com medo.
Dan virou-se de frente pra ela e a beijou, as línguas massageando uma a outra.
Dan: Sabe o que eu fiz?
Ela riu
Dan: Acabei de roubar todo o seu medo pra mim. Agora me dê sua mão e diga Adeus a esse lugar.

Tentaram fazer o mínimo de barulho possível.
As escadas da entrada principal parecia não colaborar.
A cada passou, o degrau anunciava.
Tudo estava completamente escuro, apenas a luz da lua que ultrapassavam as janelas de vidro é que davam alguma noção de onde andavam.
Abriram a porta principal e saíram daquela casa. Beatriz sentia o coração pulsar na boca.
Certa hora parecia não conseguir sequer respirar direito.
O Portão da entrada foi aberto, e agora a luz da lua não fazia mais companhia, Dan então tirou a mochila discreta em suas costas e dentro dela pegou uma lanterna.
B: Dan?
Dan: O que foi?
B: Tem algo estranho, estou com medo.
Ele sentia ela apertar suas mãos em seus braços.
Dan ouviu algo, sentiu Beatriz se afastar e logo o grito dela veio em seguida, ele acendeu a lanterna e pode ver.
Bento segurava Beatriz pelos braços, e quando Dan foi aproximar-se um pouco mais, o fazendeiro sacou a arma e apontou para o mordomo.
Benn: Fique quietinho aí.
B: Não, por favor. Sou eu quem você quer, não precisa atirar nele.
Bento riu.
Benn: Está apaixonada... Idiota!
Beatriz agora estava quase deitada aos ombros de Bento, o mesmo puxava seus cabelos com muita força.
Benn: O que acharam? Que iam sair na calada da noite enquanto eu ficava lá na minha cama contando carneirinhos?
Dan: Senhor Bento, por favor. Não machuque ela.
Benn: é a MINHA mulher, vira lata. Como eu a trato, é problema meu.
Ao dizer isso, Bento a jogou no chão.
A visão de todos estava horrível, somente a lanterna que Dan carregava em uma das mãos ajudava um pouco.
Bento parecia tranquilo, e isso era muito perturbador.
Benn: Você é uma imbecil mesmo, Beatriz.
Acreditou mesmo que um vira-lata ia mesmo me enfrentar pra te tirar daqui? Ele mente, sempre mentiu pra você.
B: Está mentindo!
Benn: Cala a boca! – puxando o cabelo dela –
Dan: Não a machuque, por favor. Me mate se quiser, mas não faça nada a ela.
Benn: Dan foi quem escrevia as poesias pra você.
Beatriz olhou para Dan, a expressão em seu rosto era indecifrável, e a escuridão da noite, atrapalhava ainda mais.
Benn: Assim também como foi ele quem comprou as correntes que por tantos dias te prendeu.
B: Como é?
Benn: Isso mesmo meu amor, o seu amado mordomo sempre me ajudou em tudo. Mentiu pra você desde o início. Vai confiar mesmo nele? É mais cruel do que eu.
Beatriz precisava se soltar, o mais rápido possível.
Benn: Você volta comigo. – encarando, Beatriz –
Dan continuava parado não queria pôr a vida de Beatriz em risco.
Mas ela estava disposta a isso.
Virou-se de maneira brusca e acertou uma cotovelada na boca do estomago de Bento, o mesmo arqueou-se com a dor, mas logo mirou a arma para eles e atirou.
Beatriz e Dan começaram a correr por entre as plantações, quase nada era visto a frente deles. Mas logo atrás Bento os seguia.
B: Nunca mais irá ver sua filha, sua vagabunda!
Ela parou, e assustou Dan por tal ato.
B: Minha filha ele disse...

Dan: Ela não é a sua filha, Beatriz. Vamos logo.

0 comentários:

Postar um comentário

domingo, março 13, 2016

Doce Poesia - 18º Episódio

Beatriz estava sem entender exatamente, precisava de mais detalhes.
B: Filha? Bento já foi casado antes?
Dan: Já.
Ela estava pensativa, mil suposições passavam pela sua cabeça.
B: E o que aconteceu com a menina?
Dan: Morreu, um câncer o pulmão fez com que a menina morresse cedo, devia ter uns 6 ou 7 anos.
B: Você já trabalhava com ele?
Dan: Lembro apenas dos últimos momentos. Eu tinha acabado de chegar para essa casa, e Bento me deus outros trabalhos, quase não participei desse momento.
B: Por isso Bento é tão protetor com a Ana Beatriz.
Dan: Sim.
B: Mas porque me trata dessa forma? Eu já não o amo mais, nem ele a mim. Porque não me deixa livre, pra viver longe daqui.
Dan: Porque ele é louco.
Aquilo fez com que Beatriz ficasse assustada.
Dan: Quero que fique longe daquele quarto. Longe dessa casa fechada com o cadeado. Entendeu?
B: Entendi, mas eu só queria entender o porquê.
Dan: Porque eu estou dizendo. Não existe nesse mundo alguém que te ame mais que eu. Jamais colocaria sua vida em risco.
B: Eu só...
Dan: Vou te tirar daqui, só preciso de uma confirmação do governo sobre um assunto, e nós três reconstruiremos nossa vida.
B: O que disse?

Antes que Dan pudesse explicar o que sequer se deu conta que disse, Bento o gritou vindo de encontro a eles.
Benn: Dan, vá ver o que as cozinheiras estão fazendo para o jantar, o cheiro está impregnando a casa.
Dan: Claro, senhor.
Tanto Dan como Beatriz, deram o passeio por ali encerrado. Mas pelo jeito, Bento não compartilhava da mesma opinião.
Benn: Pra que a pressa, meu amor. Fique aqui, vamos continuar o passeio.
B: Já está tarde, talvez seja melhor me recolher.
Benn: Eu estou mandando ficar.
Ela abaixou a cabeça e Dan saiu.
Estava nervosa, gostava de ficar horas sem olhar para o rosto daquele homem que um dia disse amar.
Ele muito tranquilo, continuou ao lado dela forçando o passeio a continuar.
Benn: O que acha do nosso mordomo?
B: Dan?
Benn: Sim, que eu me lembre não temos outro.
B: Não tenho opinião sobre ele. Para mim é como qualquer um dos outros em... – foi interrompida –
Benn: Está mentindo.
B: Não, eu só...
Benn: Ouça bem, Beatriz. O mordomo, é um cachorrinho vira lata, que eu o acolhi por dó. Entenda que ele fala e faz o que eu mando ele falar ou fazer.
B: O que quer com isso?
Benn: Te deixar atenta. É mentiroso.
B: Eu não sei do que está falando.
Benn: Andei ouvindo coisas por aí e não gostei. Se eu ouvir novamente, teremos uma conversinha que você jamais vai esquecer entendeu?
Ela não conseguia distinguir o que sentia naquele momento.
Benn: Está curiosa em relação aquele lugar, não é? – apontando para a casinha com o cadeado –
B: Não.
Benn: Não minta pra mim! – batendo-a no rosto –
B: Porque está fazendo isso?
Benn: Porque não admito que me façam de idiota.
No mesmo instante ele a segurou pelo braço e começou a puxá-la com força, os passos apressados dela, quase não conseguiam acompanha-lo.
Ele estava levando-a para o lugar que ela tanto queria conhecer e Dan esconder.
Bento tirou a chave de um dos bolsos e abriu o cadeado.
Quando abriu a porta, Beatriz logo levou as mãos ao nariz, o cheiro era um pouco azedo. E lá ela pode ver uma cruzinha ao chão.
Era um tumulo. Havia um nome escrito... Luísa.
B: Quem é Luísa?
Benn: Minha falecida mulher. Assim como você era muito teimosa, eu tive que...

As palavras foram sumindo dos ouvidos dela, a imagem não saía de seus olhos.
Os olhos pesaram, a visão ficou turva e logo não viu mais nada.
Queria sumir.

-
O Cheiro de cravo era forte, estava de novo naquele quarto.
Abriu os olhos devagar e pode perceber que uma de suas mãos doía, ao levantar a mesma, viu que tinha um curativo.
Ouviu um barulho no quarto, não estava sozinha.
Olhou para o lado e ele estava de pé, ajeitava uma bandeja.
Ao se virar para ela, não pode acreditar.
Um dos olhos não abria, o inchaço tomava conta de quase todo o rosto.
B: O que foi que aconteceu, Dan?
Dan: Senhor Bento, soube que te tirei do quarto aquele dia, e que estamos próximos demais.
B: Meu Deus, eu sinto muito.
Ela ia dar um beijo em seus lábios, mas ele afastou.
B: O que foi?
Dan: Ele não me afastou de você.
B: Graças a Deus, se me tirassem você agora, eu não teria mais sentido pra viver.
Dan ficou apenas vidrado nela, tais palavras ficaram ecoando em sua cabeça.
Dan: Ouvir isso, é bem mais do que eu cheguei a sonhar.
Ela sorriu e foi beijá-lo novamente, e pela segunda vez ele se afastou.
B: Dan, o que está acontecendo?
Dan: Tão frágil... – sorrindo –
Dan: Ele deve estar nos vigiando.
B: Vigiando?! Mas de que maneira?
Dan: Isso eu ainda não sei, câmeras, gravadores ou algum empregado.
B: O que faremos?
Dan aproximou-se do ouvido dela e sussurrou.
Dan: Aqui dentro não é mais seguro. Preciso te tirar daqui o quanto antes.
B: E minha filha?
Dan: Eu te juro, que ela vai estar te esperando.
Ela sorriu.
B: Ele me mostrou o que tinha dentro daquela casinha abandonada lá no jardim.
Dan: Mostrou? – surpreso –
B: E me ameaçou também.
Dan: Te ameaçou?
B: Foi o que ele quis dizer, que a falecida mulher estava morta por ser igual a mim.
Dan: Escuta uma coisa... Eu dou a minha vida pela sua se for preciso, mas nada vai acontecer a você.

Uma corrida contra ao tempo? Tempo de quê?
Bento já demonstrou que não tem dó de ninguém, além dele próprio e a filha mimada.
Dan e Beatriz não sabiam o que pensar. Bento deu uma bela surra em Dan por saber que ele está aproximando demais de Beatriz, mas não o afastou dela.
Porque?

Lá estava Beatriz em sua janela, mas uma vez esperando a fumacinha lá no fundo aparecer.
O que seria de sua vida agora?
Apaixonada por um homem que conhecera há alguns meses, casada com um louco psicopata que costuma prender as mulheres e a tortura-las.
De fato pensava que nunca perdoaria aquele velho que se dizia seu pai.
-
O Sol ainda não havia amanhecido, e Beatriz continuava perambulando pelo quarto. Estava inquieta. Alguma coisa fazia com que ela ficasse acordada.
Seu coração quase saiu pela boca quando ouviu a porta se abrir.
Era Dan, o traje de mordomo não o acompanhava mais.
Em suas mãos trazia uma sacola, com roupas e um par de tênis.
Dan: Beatriz... – sussurrando –
B: Dan? O que faz acordado a essa hora? Aconteceu alguma coisa?
Dan: Ainda não. Mas logo irá acontecer. Pegue, vista isso. – entregando-lhe –
B: Está me assustando. O que são essas roupas?
Dan: Seja rápida, vamos sair daqui.
B: Mas agora? Assim desse jeito?
Dan: Assim desse jeito. Desistiu?
B: Mas é claro que não.
Ela rapidamente trocou a roupa de dormir, colocou os sapatos que ele lhe trouxera.
Dan: Pronta?
B: Estou com medo.
Dan virou-se de frente pra ela e a beijou, as línguas massageando uma a outra.
Dan: Sabe o que eu fiz?
Ela riu
Dan: Acabei de roubar todo o seu medo pra mim. Agora me dê sua mão e diga Adeus a esse lugar.

Tentaram fazer o mínimo de barulho possível.
As escadas da entrada principal parecia não colaborar.
A cada passou, o degrau anunciava.
Tudo estava completamente escuro, apenas a luz da lua que ultrapassavam as janelas de vidro é que davam alguma noção de onde andavam.
Abriram a porta principal e saíram daquela casa. Beatriz sentia o coração pulsar na boca.
Certa hora parecia não conseguir sequer respirar direito.
O Portão da entrada foi aberto, e agora a luz da lua não fazia mais companhia, Dan então tirou a mochila discreta em suas costas e dentro dela pegou uma lanterna.
B: Dan?
Dan: O que foi?
B: Tem algo estranho, estou com medo.
Ele sentia ela apertar suas mãos em seus braços.
Dan ouviu algo, sentiu Beatriz se afastar e logo o grito dela veio em seguida, ele acendeu a lanterna e pode ver.
Bento segurava Beatriz pelos braços, e quando Dan foi aproximar-se um pouco mais, o fazendeiro sacou a arma e apontou para o mordomo.
Benn: Fique quietinho aí.
B: Não, por favor. Sou eu quem você quer, não precisa atirar nele.
Bento riu.
Benn: Está apaixonada... Idiota!
Beatriz agora estava quase deitada aos ombros de Bento, o mesmo puxava seus cabelos com muita força.
Benn: O que acharam? Que iam sair na calada da noite enquanto eu ficava lá na minha cama contando carneirinhos?
Dan: Senhor Bento, por favor. Não machuque ela.
Benn: é a MINHA mulher, vira lata. Como eu a trato, é problema meu.
Ao dizer isso, Bento a jogou no chão.
A visão de todos estava horrível, somente a lanterna que Dan carregava em uma das mãos ajudava um pouco.
Bento parecia tranquilo, e isso era muito perturbador.
Benn: Você é uma imbecil mesmo, Beatriz.
Acreditou mesmo que um vira-lata ia mesmo me enfrentar pra te tirar daqui? Ele mente, sempre mentiu pra você.
B: Está mentindo!
Benn: Cala a boca! – puxando o cabelo dela –
Dan: Não a machuque, por favor. Me mate se quiser, mas não faça nada a ela.
Benn: Dan foi quem escrevia as poesias pra você.
Beatriz olhou para Dan, a expressão em seu rosto era indecifrável, e a escuridão da noite, atrapalhava ainda mais.
Benn: Assim também como foi ele quem comprou as correntes que por tantos dias te prendeu.
B: Como é?
Benn: Isso mesmo meu amor, o seu amado mordomo sempre me ajudou em tudo. Mentiu pra você desde o início. Vai confiar mesmo nele? É mais cruel do que eu.
Beatriz precisava se soltar, o mais rápido possível.
Benn: Você volta comigo. – encarando, Beatriz –
Dan continuava parado não queria pôr a vida de Beatriz em risco.
Mas ela estava disposta a isso.
Virou-se de maneira brusca e acertou uma cotovelada na boca do estomago de Bento, o mesmo arqueou-se com a dor, mas logo mirou a arma para eles e atirou.
Beatriz e Dan começaram a correr por entre as plantações, quase nada era visto a frente deles. Mas logo atrás Bento os seguia.
B: Nunca mais irá ver sua filha, sua vagabunda!
Ela parou, e assustou Dan por tal ato.
B: Minha filha ele disse...

Dan: Ela não é a sua filha, Beatriz. Vamos logo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 

Romances da Laura Template by Ipietoon Cute Blog Design and Bukit Gambang