domingo, dezembro 06, 2015

Doce Poesia - 5º Episódio


A respiração dela já estava ofegante. Suava de forma anormal e isso estava assustando, Bento.
Beatriz não conseguia ver como estava o velho jogado no jardim, mas mal se mexia, não queria pensar naquilo, sua filha estava a caminho antes da hora e por culpa daquele homem.
Ben: Meu amor, fica acordada, você precisa aguentar firme. Eu estou aqui com você.
Ela tinha os olhos parados naquela direção, mas Bento entrou na sua frente e chamou sua atenção.
Benn: Ela está vindo meu amor. (sorrindo)
B:Sim...
Ao mesmo tempo em que ambos sorriam de felicidade, a angustia e o medo tomavam conta.
Beatriz ainda estava com oito meses, sem preparo algum para o parto naquele lugar.
Em meio aos empregados rodeando-a, ela viu quando os seguranças tiraram seu pai do jardim.
B:Bento... Cuidem dele.
Benn: Amor, não pense nisso agora, pense só na nossa filha, em trazê-la para esse mundo.
B: Eu quero que cuidem dele, agora.
_ Senhora, não fique nervosa, isso pode complicar para tirarmos a bebe.
Ben: NÃO! Isso não, não podemos prejudicar a nossa pequena por esse homem. Levem-no a um hospital.
Uma das empregadas começou a apertar a barriga de Beatriz, enquanto outra esperava o bebê mostrar algum sinal de que estava pronto.
Foi quase duas horas até que a pequena Ana Beatriz desse o primeiro sinal de que estava chegando.
Beatriz estava exausta, já não havia forças para mais nada.
Chegou a certa hora pensar de que não daria conta, que não daria tempo de trazer o seu bebe a salvo para viver ao seu lado.
Mas o choro, anunciou de que Ana chegara a esse mundo para encher sua vida de alegrias. Lágrimas eram inevitáveis aos olhos de Bento e Beatriz. O Sorriso escancarado em seus rostos.
Benn: É linda, como a mãe. (aproximando-se)
As empregadas terminaram de arrumar Beatriz, logo os lençóis manchados de vermelho já iam a caminho dos fundos da casa.
Bento abaixou ao lado da mulher, envolveu seus braços em torno do seu pescoço e a carregou.
Estava cansada, fora um parto inesperado e demorado.
A situação toda era errada, Ana não era pra vir hoje.
Chegaram ao quarto, as empregadas ajudaram Beatriz a tomar um banho e a colocaram na cama.
Enquanto isso, Bento encantava-se a cada minuto mais pela filha.
Algum tempo depois, ele entrou no quarto segurando a filha no colo, Beatriz sorria para ele.
Ele aproximou-se dela e sentou ao seu lado.
Benn: Está dormindo. O médico já a examinou e disse que está mais saudável do que ele. (rindo)
B: Perfeita... (olhando -a)
Beatriz a pegou do colo de Bento e a segurou com cuidado, não conseguia parar de olhá-la, pegar me suas mães, dedilhar sobre seus finos cabelos.
Benn: Como isso é possível?
B: O que?
Benn: Eu já a amo tanto, que meu peito chega a doer.
B: Eu sei exatamente como se sente.
Algumas semanas depois, a pequena Ana estava sob os cuidados das empregadas no jardim da casa.
Beatriz apreciava uma deliciosa xicara de chocolate quente, a fazia lembrar-se de sua casa, mas não apenas de sua casa como quando saiu dela para morar com Bento, de sua casa quando era criança e sua mãe fazia o chocolate quente para ela sempre quando chegava da escola.
Adorava ficar horas e horas com tais lembranças revirando em sua cabeça.
As lagrimas eram inevitáveis quando ficava assim.
Antes do próximo gole, sentiu o afagar em seus cabelos.
B: Hum, que saudades já estava de você.
Benn: Estava com a nossa filha, sabe que gosto de sempre ficar de olho.
Os braços entrelaçavam seu pescoço de forma carinhosa.
Benn: Deveria sair para o jardim, está uma tarde maravilhosa.
B: Estou cansada, mal dormi essa noite.
Benn: Logo a nossa Ana começara a dormir mais a noite.
B: Assim espero.
Benn: Está bem?
Beatriz tinha a aparecia cansada, mas um tanto intrigante ao mesmo tempo.
E Bento podia imaginar o que fora.
B: Nada, é apenas saudades de você.
Ela não queria mais se preocupar com o pai bêbado, mas tinha dias em que esse pensamento era inevitável.
Será que estava se alimentando, a tempos não havia notícias dele, a casa que morava, continuava cuidada.
Há duas semanas, Bento e Beatriz tiveram uma discussão séria. A mesma mandava uma empregada na casa do velho pai ao menos uma vez por semana, como de vez em quando pedia para deixar um bom prato de comida na casa.
Bento não gostou muito, e nem era pela comida ou os empregados, era por Beatriz decidir fazer isso as escondidas e o pai criar a liberdade de ir no portão da casa gritar por bebida ou comida.
Era famoso na confecção de joias e esse tipo de escândalo no portão de sua casa era a última coisa de que precisava.
Ele ficou de frente para Beatriz que continuava sentada, e abaixou-se a sua altura.
Benn: Eu também sinto saudades.
Bento foi até a sua boca e a beijou, os lábios envolvendo-se de maneira saudosa. Ela sentiu as mãos percorrerem a sua nuca, arrepiando aos poucos os seus braços.
Ele a encarou e em seguida apenas tocou seus lábios levemente.
Ambos queriam, seria a primeira vez desde o nascimento de Ana Beatriz.
A porta já devidamente trancada, e Bento voltou a sua posição, Beatriz vestia um confortável vestido.
O Fazendeiro afastou as pernas dela lentamente, acariciou o seu sexo por fora da calcinha, até que pudesse sentir a umidade formar-se por entre o tecido de algodão.
Os olhos permaneciam fechados, Bento a contemplava com satisfação. Sabia como ela gostava e excitava-se com a expressão de prazer que ela não conseguia disfarçar.
A barba roçava em suas coxas conforme a aproximação em seu sexo. Ele afastou o tecido e com os dedos pode sentir com intensidade o quanto ela estava pronta para tê-lo.
Os dedos estavam molhados, e com facilidade ele os deslizou para dentro dela, arrancando-lhe dos lábios um tímido gemido.
O corpo se contorceu de leve, e Bento aumentou um pouco mais o movimento, assim como a respiração de Beatriz que ficou ofegante.
Sem mais nada a pensar, ele levantou-se a pegou no colo e jogando-a de forma brusca na cama, tirou seu vestido pela cabeça e encheu sua boca com os seios da sua mulher.
A língua era descontrolada, a saliva escorria por entre os mesmos, as mãos firmes ajudavam que ele os aprofundasse ainda mais em sua boca.
Beatriz o puxava pelo cabelo de encontro ao seu corpo, foi então que ele abriu a calça deixando-a pelo chão e penetrou sua mulher. Arrancando dela um alto gemido, que saiu sem querer pelos dentes.
Era forte e intenso.
Os movimentos matando aquela vontade deliciosa de se amarem. Não precisou muito tempo até que ambos liberassem de seu corpo toda a adrenalina presa, pulsante e forte...
Ofegantes deixaram os corpos descansarem em cima da cama.
Amava quando Bento a pegava de tal maneira, estava com saudades do marido. Não só de amá-lo, mas também de tê-lo por perto.
Depois do nascimento de Beatriz ele só tinha tempo e atenção para a filha, mas Beatriz estava com medo de estar sendo egoísta, afinal a rotina mudara, a maior parte também do seu tempo era inteiramente dedicado a pequena Herdeira.

Bento era o melhor pai que uma criança poderia querer.
Para sua alegria exatamente o oposto que foi seu pai.
Toda Noite contava histórias de dormir para a filha, a levava para passear no parque, a levava na escola, trazia seu café da manhã aos fins de semana na cama.
Ana Beatriz tinha seus Cinco anos de idade quando ganhou sua primeira bicicleta. Naquele dia, Beatriz não conseguiu ignorar um dos tantos fatos que vinham a deixando furiosa nos últimos tempos.
Estava tudo combinado para que Beatriz e Bento buscassem a bicicleta para fazer uma surpresa a pequena Ana.
Beatriz estava na cozinha ajudando a cozinheira a preparar uns biscoitos de nata quando seu motorista entrou agitado no local.
B: Meu Deus do céu, Rubens. O que foi?
_Senhora, estão ... Espancando o Senhor Sebastião na praça.
A cozinheira lançou um olhar de desaprovação ao motorista pela informação desnecessária e antes mesmo de questionar para a patroa o que faria, Beatriz já encontrava-se procurando seu casaco e indo em direção a porta.
Não saberia jamais dizer como chegou lá, ou porque estava lá, mas só sentiu que precisava estar.
O Velho estava caído na praça, já não tinham mais tantas pessoas olhando-o.
B:Alguém chame um médico, ele está ferido.
Sebastião Miriolli fedia, um fedor que Beatriz não sabia decifrar de onde vinha, se era de onde ele estava caído, ou de suas roupas, quem sabe até da própria pele, onde deveria ter derrubado várias doses de pinga.
Era nítido que estava bêbado, mal conseguia formular uma palavra. Os olhos encontravam-se agora inchados, assim como sua boca e o nariz que sangrava.
B:Pai, o senhor...
Se: Me perdoa, filha.
B:ai?
Não se deixa de sentir algo por alguém só por querer. As lagrimas vieram, acompanhadas de uma forte dor no peito.
Era o fim, a imagem que ficaria do pai daquela vida, seria aquela... Sequer uma lembrança de carinho, atenção ou um abraço, nada!
Um velho jogado na sarjeta, um bêbado caído em sua sala toda a madrugada.
Mas pra sempre suas últimas palavras ecoariam em seu pensamento. “Me perdoa, Filha”.
O tempo de dizer que sim, ou de ao menos pensar em algo, não foi possível.
Ali ela deixou o pai, não conseguiu ficar mais, o estomago começava a embrulhar, as pessoas aglomeraram em sua volta.
Ela levantou-se do lado do velho, olhou e mais pessoas aproximavam-se, a cabeça começou a girar.

Os olhos pesaram e nada mais ela conseguiu ver.

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domingo, dezembro 06, 2015

Doce Poesia - 5º Episódio


A respiração dela já estava ofegante. Suava de forma anormal e isso estava assustando, Bento.
Beatriz não conseguia ver como estava o velho jogado no jardim, mas mal se mexia, não queria pensar naquilo, sua filha estava a caminho antes da hora e por culpa daquele homem.
Ben: Meu amor, fica acordada, você precisa aguentar firme. Eu estou aqui com você.
Ela tinha os olhos parados naquela direção, mas Bento entrou na sua frente e chamou sua atenção.
Benn: Ela está vindo meu amor. (sorrindo)
B:Sim...
Ao mesmo tempo em que ambos sorriam de felicidade, a angustia e o medo tomavam conta.
Beatriz ainda estava com oito meses, sem preparo algum para o parto naquele lugar.
Em meio aos empregados rodeando-a, ela viu quando os seguranças tiraram seu pai do jardim.
B:Bento... Cuidem dele.
Benn: Amor, não pense nisso agora, pense só na nossa filha, em trazê-la para esse mundo.
B: Eu quero que cuidem dele, agora.
_ Senhora, não fique nervosa, isso pode complicar para tirarmos a bebe.
Ben: NÃO! Isso não, não podemos prejudicar a nossa pequena por esse homem. Levem-no a um hospital.
Uma das empregadas começou a apertar a barriga de Beatriz, enquanto outra esperava o bebê mostrar algum sinal de que estava pronto.
Foi quase duas horas até que a pequena Ana Beatriz desse o primeiro sinal de que estava chegando.
Beatriz estava exausta, já não havia forças para mais nada.
Chegou a certa hora pensar de que não daria conta, que não daria tempo de trazer o seu bebe a salvo para viver ao seu lado.
Mas o choro, anunciou de que Ana chegara a esse mundo para encher sua vida de alegrias. Lágrimas eram inevitáveis aos olhos de Bento e Beatriz. O Sorriso escancarado em seus rostos.
Benn: É linda, como a mãe. (aproximando-se)
As empregadas terminaram de arrumar Beatriz, logo os lençóis manchados de vermelho já iam a caminho dos fundos da casa.
Bento abaixou ao lado da mulher, envolveu seus braços em torno do seu pescoço e a carregou.
Estava cansada, fora um parto inesperado e demorado.
A situação toda era errada, Ana não era pra vir hoje.
Chegaram ao quarto, as empregadas ajudaram Beatriz a tomar um banho e a colocaram na cama.
Enquanto isso, Bento encantava-se a cada minuto mais pela filha.
Algum tempo depois, ele entrou no quarto segurando a filha no colo, Beatriz sorria para ele.
Ele aproximou-se dela e sentou ao seu lado.
Benn: Está dormindo. O médico já a examinou e disse que está mais saudável do que ele. (rindo)
B: Perfeita... (olhando -a)
Beatriz a pegou do colo de Bento e a segurou com cuidado, não conseguia parar de olhá-la, pegar me suas mães, dedilhar sobre seus finos cabelos.
Benn: Como isso é possível?
B: O que?
Benn: Eu já a amo tanto, que meu peito chega a doer.
B: Eu sei exatamente como se sente.
Algumas semanas depois, a pequena Ana estava sob os cuidados das empregadas no jardim da casa.
Beatriz apreciava uma deliciosa xicara de chocolate quente, a fazia lembrar-se de sua casa, mas não apenas de sua casa como quando saiu dela para morar com Bento, de sua casa quando era criança e sua mãe fazia o chocolate quente para ela sempre quando chegava da escola.
Adorava ficar horas e horas com tais lembranças revirando em sua cabeça.
As lagrimas eram inevitáveis quando ficava assim.
Antes do próximo gole, sentiu o afagar em seus cabelos.
B: Hum, que saudades já estava de você.
Benn: Estava com a nossa filha, sabe que gosto de sempre ficar de olho.
Os braços entrelaçavam seu pescoço de forma carinhosa.
Benn: Deveria sair para o jardim, está uma tarde maravilhosa.
B: Estou cansada, mal dormi essa noite.
Benn: Logo a nossa Ana começara a dormir mais a noite.
B: Assim espero.
Benn: Está bem?
Beatriz tinha a aparecia cansada, mas um tanto intrigante ao mesmo tempo.
E Bento podia imaginar o que fora.
B: Nada, é apenas saudades de você.
Ela não queria mais se preocupar com o pai bêbado, mas tinha dias em que esse pensamento era inevitável.
Será que estava se alimentando, a tempos não havia notícias dele, a casa que morava, continuava cuidada.
Há duas semanas, Bento e Beatriz tiveram uma discussão séria. A mesma mandava uma empregada na casa do velho pai ao menos uma vez por semana, como de vez em quando pedia para deixar um bom prato de comida na casa.
Bento não gostou muito, e nem era pela comida ou os empregados, era por Beatriz decidir fazer isso as escondidas e o pai criar a liberdade de ir no portão da casa gritar por bebida ou comida.
Era famoso na confecção de joias e esse tipo de escândalo no portão de sua casa era a última coisa de que precisava.
Ele ficou de frente para Beatriz que continuava sentada, e abaixou-se a sua altura.
Benn: Eu também sinto saudades.
Bento foi até a sua boca e a beijou, os lábios envolvendo-se de maneira saudosa. Ela sentiu as mãos percorrerem a sua nuca, arrepiando aos poucos os seus braços.
Ele a encarou e em seguida apenas tocou seus lábios levemente.
Ambos queriam, seria a primeira vez desde o nascimento de Ana Beatriz.
A porta já devidamente trancada, e Bento voltou a sua posição, Beatriz vestia um confortável vestido.
O Fazendeiro afastou as pernas dela lentamente, acariciou o seu sexo por fora da calcinha, até que pudesse sentir a umidade formar-se por entre o tecido de algodão.
Os olhos permaneciam fechados, Bento a contemplava com satisfação. Sabia como ela gostava e excitava-se com a expressão de prazer que ela não conseguia disfarçar.
A barba roçava em suas coxas conforme a aproximação em seu sexo. Ele afastou o tecido e com os dedos pode sentir com intensidade o quanto ela estava pronta para tê-lo.
Os dedos estavam molhados, e com facilidade ele os deslizou para dentro dela, arrancando-lhe dos lábios um tímido gemido.
O corpo se contorceu de leve, e Bento aumentou um pouco mais o movimento, assim como a respiração de Beatriz que ficou ofegante.
Sem mais nada a pensar, ele levantou-se a pegou no colo e jogando-a de forma brusca na cama, tirou seu vestido pela cabeça e encheu sua boca com os seios da sua mulher.
A língua era descontrolada, a saliva escorria por entre os mesmos, as mãos firmes ajudavam que ele os aprofundasse ainda mais em sua boca.
Beatriz o puxava pelo cabelo de encontro ao seu corpo, foi então que ele abriu a calça deixando-a pelo chão e penetrou sua mulher. Arrancando dela um alto gemido, que saiu sem querer pelos dentes.
Era forte e intenso.
Os movimentos matando aquela vontade deliciosa de se amarem. Não precisou muito tempo até que ambos liberassem de seu corpo toda a adrenalina presa, pulsante e forte...
Ofegantes deixaram os corpos descansarem em cima da cama.
Amava quando Bento a pegava de tal maneira, estava com saudades do marido. Não só de amá-lo, mas também de tê-lo por perto.
Depois do nascimento de Beatriz ele só tinha tempo e atenção para a filha, mas Beatriz estava com medo de estar sendo egoísta, afinal a rotina mudara, a maior parte também do seu tempo era inteiramente dedicado a pequena Herdeira.

Bento era o melhor pai que uma criança poderia querer.
Para sua alegria exatamente o oposto que foi seu pai.
Toda Noite contava histórias de dormir para a filha, a levava para passear no parque, a levava na escola, trazia seu café da manhã aos fins de semana na cama.
Ana Beatriz tinha seus Cinco anos de idade quando ganhou sua primeira bicicleta. Naquele dia, Beatriz não conseguiu ignorar um dos tantos fatos que vinham a deixando furiosa nos últimos tempos.
Estava tudo combinado para que Beatriz e Bento buscassem a bicicleta para fazer uma surpresa a pequena Ana.
Beatriz estava na cozinha ajudando a cozinheira a preparar uns biscoitos de nata quando seu motorista entrou agitado no local.
B: Meu Deus do céu, Rubens. O que foi?
_Senhora, estão ... Espancando o Senhor Sebastião na praça.
A cozinheira lançou um olhar de desaprovação ao motorista pela informação desnecessária e antes mesmo de questionar para a patroa o que faria, Beatriz já encontrava-se procurando seu casaco e indo em direção a porta.
Não saberia jamais dizer como chegou lá, ou porque estava lá, mas só sentiu que precisava estar.
O Velho estava caído na praça, já não tinham mais tantas pessoas olhando-o.
B:Alguém chame um médico, ele está ferido.
Sebastião Miriolli fedia, um fedor que Beatriz não sabia decifrar de onde vinha, se era de onde ele estava caído, ou de suas roupas, quem sabe até da própria pele, onde deveria ter derrubado várias doses de pinga.
Era nítido que estava bêbado, mal conseguia formular uma palavra. Os olhos encontravam-se agora inchados, assim como sua boca e o nariz que sangrava.
B:Pai, o senhor...
Se: Me perdoa, filha.
B:ai?
Não se deixa de sentir algo por alguém só por querer. As lagrimas vieram, acompanhadas de uma forte dor no peito.
Era o fim, a imagem que ficaria do pai daquela vida, seria aquela... Sequer uma lembrança de carinho, atenção ou um abraço, nada!
Um velho jogado na sarjeta, um bêbado caído em sua sala toda a madrugada.
Mas pra sempre suas últimas palavras ecoariam em seu pensamento. “Me perdoa, Filha”.
O tempo de dizer que sim, ou de ao menos pensar em algo, não foi possível.
Ali ela deixou o pai, não conseguiu ficar mais, o estomago começava a embrulhar, as pessoas aglomeraram em sua volta.
Ela levantou-se do lado do velho, olhou e mais pessoas aproximavam-se, a cabeça começou a girar.

Os olhos pesaram e nada mais ela conseguiu ver.

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