sexta-feira, outubro 03, 2014

30° Sonho de Amor

Edu e Alice sempre seguindo-a.
Ela parou do nada. Pediu silêncio.
H:Ouviu, Edu?
Edu: O que?
H:Barulho de água, uma cachoeira talvez.
A:Droga!
Ela começou a correr pra onde vinha o barulho, até que chegou em um lugar aberto.
H:Não...(ameaçando correr)
Edu: Helena, não faça nada por impulso(a segurou no braço)
A:Ah meu Deus!
H:Não, meu filho.
Alice deu um suspiro
Edu: Nossa.
Helena até então achou que o “nossa” e o “meu Deus” fosse devido a imagem que estava vendo.
Arthur no colo de Raquel na ponta de uma cachoeira. Ela já tinha visto Helena ali e por isso aproveitou para agonia-la ainda mais.
Pegou o pequeno Arthur e ameaçava jogá-lo na água.
H:Não!(desesperada)
Helena estava desesperada.
H:O que eu faço? O que eu faço? O que?(tremendo e chorando)
Edu e Alice intactos, sem dizer uma palavra.
H:Me ajudem, o que eu faço?
Helena chacoalhava Edu e Alice enquanto pedia aflita uma solução, uma ideia. Era seu bebe, seu pequeno e indefeso bebe na beira de uma cachoeira no colo de uma mulher que está louca, que a odeia e não tem nada a perder.
O tempo estava fechando, iria vir uma chuva forte.
H:Edu!(gritando)
Mas os dois não respondiam, apenas estavam com os olhos vidrados para certa direção.
Helena parou e olhou pro mesmo lugar.
Não acreditava no que seus olhos viam, não... não... e não, ela se recusava a acreditar no que estava vendo.
H:Ah meu Deus...Sua maldita(disse baixinho)
Agora ela estava vulnerável.
Do outro lado da cachoeira estava o maior pesadelo de Helena, Shakau com uma arma apontada pra cabeça de Miguel, seu amor por sua vez estava irreconhecível, estava com os olhos vendados, com uma faixa toda ensanguentada, estava com a roupa toda suja de sangue, ajoelhado enquanto o maldito o segurava pelo cabelo.
Ele parecia que não sabia da situação atual, que ela estava ali, que seu filho estava em perigo.
Helena não se conteve e gritou.
H:Miguel!Eu vou dar um jeito.(chorando)
M:Helena? Helena....(falando baixo, tentando decifrar se aquilo era real ou seus ouvidos estavam lhe pregando uma peça)
Ela chorava, Edu e Alice a confortavam e pensavam em como sair daquela situação.
M:Helena!(gritou)Você está me ouvindo?
H:Estou!
M:Foge daqui, me deixa, preciso que você viva! Viva e cuide do nosso filho!
Helena não conseguia responder. Nesse momento ela teve certeza que Miguel não sabia sobre o Arthur.
Shakau puxou o cabelo de Miguel.
S:Cala a boca!
H:Não posso, eu não posso meu amor(dizia pra si mesma ao prantos)
Raquel parecia muito tranquila, brincava com o bebe, como se fosse a mãe dele e estava num parque em um fim de semana.
Falava com o pequeno como se estivessem sozinhos.
Já o pequeno Arthur tão inocente, dava sorrisos lindos, pegava nos cabelos de Raquel e balançava como se fosse o melhor brinquedo que já tivera.
Aquela aflição parecia não ter fim, foram alguns minutos, mas para Helena foram como horas.
Ela já não aguentava mais. E aquela polícia que não chegava nunca?
H:Maldita, o que você quer? Diz logo!
Edu: Calma, Helena(segurando os ombros da irmã)
A:Não faça nada de imprudente.
H:Não posso ficar aqui vendo meu filho na mão dessa psicopata e o Miguel daquele jeito.
Ela foi indo em direção aonde Raquel estava.
R:Você fica aí! Se não o seu ranhentinho vai nadar um pouquinho, mas ele estava me dizendo que não sabe nadar(rindo) então isso não vai ser legal.
Miguel entrou em desespero.
M:Meu filho? Meu filho está aqui?
S:Veio fazer companhia pra você. (rindo)
M:Não, é só um bebe.(começou a chorar)
H:Diz logo o que você quer! Por favor.
R:Eu? Nada, só quero me divertir com a sua cara. Não gosto de você, você atrapalhou meus planos, eu não tenho nada a perder e estou adorando a sua cara. (rindo)
H:Desgraçada, me mata! Me bate, me corta, eu não ligo, o seu assunto é comigo eu já te disse, deixa o meu filho, eu faço o que você quiser, o que você quiser.
R:O que eu quiser? Ouviu isso Shakau? Que tal você pegar um olho verde, pra colocar no lugar desse aí que você perdeu?
S:Vou ficar lindo(rindo)
Edu: Não! Isso só pode ser brincadeira, Helena!
Helena já estava indo em direção ao Shakau.
Alice: Para com isso!(a segurando)Você não vai não.
H:Eu dou a minha vida pela vida do Arthur, um olho... dois, uma perna ou um braço não é nada.
R:Como você é imbecil mesmo, fique aí onde você tá, não quero teu olho não (rindo) Shakau já pegou o do teu marido como pagamento daquele que você tirou.
H:O que?
A:Isso explica...
Edu: A faixa nos olhos com sangue.
H:Ai meu Deus que pesadelo!(ela chorava)
Miguel estava quieto, não tinha o que fazer.
Edu: Chega com isso menina! A polícia já está à caminho.
R: Jura?(rindo)
Alice: De qualquer  jeito você não vai ter como fugir.
R:Sei... E daí? (rindo)
H:Eu juro que eu vou matar aquela desgraçada. (falava baixinho)
R: Que cansativo, ainda está cedo, mas nem te contei uma coisa, estava até me esquecendo. Peguei o teu outro filho!
H:Pedro? Onde ele está? O que você fez?
R:Matei!(sorrindo)
Edu: Você está mentindo! Pedro não é tão vulnerável assim.
R:A é? E como foi que o seu doce bebe voltou pra sua casa? Eu o peguei na casa do Pedro.
A:Cadê ele? Ele está aqui?
R:Está!
Edu: Eu não tenho um bom pressentimento sobre isso.
R:Aí atrás onde vocês estão! O Shakau jogou o corpo dele por ai.
A:Não...(com as mão tapando a boca)
H:Não... Isso não é verdade(já entrando no mato que estava atrás dela, e o procurando desesperadamente)
A:Não, Helena! Volta aqui(indo atrás dela)
H:Pedro!(gritando enquanto andava)
A:Helena não!
H:Filho! Cadê você?(tremendo e gritando)
Alice a puxou pelo braço e a apertou num abraço, meio a confortando e meio tapando seus olhos.
Mas Helena percebeu na hora o que era.
H:Não, não.(Chorando e gritando tais palavras)
Caiu de joelhos ao lado do filho. Gritava como se toda a dor que estava sentindo amenizasse com aquele grito de desespero e dor
Ali estava seu filho, não de sangue, mas de coração e alma, branco como a pétala de uma rosa branca, com o corpo largado em meio a um gramado úmido, talvez pela cachoeira tão perto.
Parecia descansando, como quando era criança e dormia em qualquer lugar, de qualquer jeito.
Helena teve um retrospectiva de seu filho, tinha toda uma vida pela frente, porque ele? Porque não ela, já que tudo isso era por causa dela.
A chuva chegou sorrateira...
Os pingos fortes e gelados, assustaram o pequenino Arthur, que começou a chorar.
Não pensou duas vezes e saiu em disparada em direção a cachoeira.
H:Maldita! Você foi longe demais...
Helena nem via mais nada, apenas seu filho morto no chão.
Edu corria atrás de Helena e ela andava passos largos e apressados em direção à Raquel.
Um tiro...
M:Helena!(desesperado)
Edu: Não!(a segurando nos braços)
Alice: Parem! Parem! (desesperada)
M:Helena!(gritando)
H:Eu estou bem!(com a voz fraca)
Edu: Você está sangrando, baixinha...(a segurando no braço.)
H: (Pegou no braço). Eu vou ficar bem, preciso tirar meu bebe das mão dessa louca (chorando)
Edu: E essa polícia que não chega!
H:Meu Pedro, Edu....Meu filho!(chorando amparada nos braços do irmão)
R:O próximo será na cabeça do seu amante cego ou desse bebezinho lindinho aqui. (sorrindo)
Helena estava com a mão esquerda pressionando o braço direito que sangrava, foi de raspão, doía, mas não mais que a dor que estava sentindo pela perda de Pedro e pela situação em que se encontrava.
O tiro veio de onde? Tinha mais gente com ela naquele lugar? Estavam vulneráveis.
R:Cansei de brincar...Shakau!?(gritou pra ele)
S:Oi?!
R:Ao meu sinal, pode atirar!
H:O que? Miguel!!(correndo pro lado onde estava o Miguel)
Helena se sentia sozinha, como se só ela pudesse resolver aquela situação, como se a solução estivesse apenas na suas mãos.
Nem Edu, nem Alice, nem a polícia podiam fazer nada.
M:Helena fica onde você está! Não venha!(gritou pra ela)
R:Magnífico (Rindo)
Helena estava sangrando muito.
R:Olha só o que eu pensei, vou te dar um bônus... Você pode escolher...
H:Você é um monstro.
R:Quem você quer que viva? O bebe ou seu amante?
H:Não, eu não posso fazer isso.
R:três minutos...
H:Não
M:Helena eu te amo! Nunca esqueça dos nossos momentos!
H:Miguel não.
M:Eu vou te amar pra sempre.
H:Não...não
R: Dois minutos (rindo)
A:Edu!(abraçada ao marido)
Edu: Meu Deus.
M:Você pode sim amor, nosso filho vai ser lindo!
H:Não Miguel, não.
M:Eu te amo!
Um tiro...
Ali , na hora, em um segundo, estava acabado. Miguel levou um tiro nas costas e Helena não mais podia ajudar.
Aquela foi a gota d´agua.
(Alice não conseguiu segurar o grito)
Edu soltou Alice e correu pro lado de Helena, mas não deu tempo, a mesma já estava correndo em direção a Raquel.
R:Você vai me desobedecer mesmo, maldita?(disse sussurrando de ódio)
Raquel estava vendo Helena vindo em sua direção, chorando, descontrolada, sangrando com o tiro de raspão no braço.
R:Fica aí!
Helena não estava ouvindo e nem mais vendo nada, era mais forte que ela, não tinha mais comando de seu corpo, Arthur, precisava salvá-lo, no momento em que viu aquela bala atravessando Miguel, todo e qualquer tipo de sanidade havia ido embora.
E só restara o ódio e o desespero de ter seu pequeno nos braços novamente.
R:Eu mandei ficar aí.
Nisso Raquel esticou o pequeno Arthur na beira da cachoeira...
R:De mais um passo e ele cai.
Helena não precisou de mais um passo.
Raquel soltou o pequeno Arthur.
Pequeno, indefeso, pedacinho de amor de Helena e Miguel.
Edu e Alice correram em direção a cachoeira mas começaram a atirar neles.
Não ligaram , continuaram correndo em direção a cachoeira, ela não era alta, talvez se fossem rápidos, podiam pegar o pequeno.
Helena não parou, correu em direção a assassina e a grudou pelo cabelo, jogou a no chão, e bateu duas vezes a cabeça dela no chão.
A cabeça de Raquel sangrava, mas a garota não tinha o que perder, segurou Helena e as duas viraram cachoeira a baixo
Helena ouvia gritos...
Helena....
Helena....
Sentia um peso no corpo, estava na cachoeira, começou a nadar pra superfície
Helena...
Os gritos não paravam
Helena...
Ela gritou desesperadamente!
M:Amor? Helena! Acorda! Acorda
...
H:Miguel?
M:Calma amor, você está suando, estava se debatendo na cama o que foi?
H:Miguel, me abraça(chorando)
M:Minha pequena, calma, eu estou aqui com você...(sorrindo)
H:Miguel, foi horrível, eu não quero nem me lembrar...
M:Shii, calma, calma já passou...(com ela no colo como uma criança)
Helena tremia e chorava muito.
M:Vou buscar um copo de água com açúcar pra você, já volto.
H:Não, não por favor, não me deixa aqui sozinha.
M:Não deixo (sorrindo) vem comigo então.
H:Fica um pouquinho aqui comigo amor, só um pouquinho, quero teu colo.
M:E tem como negar isso? Vem cá...
Abriu os braços pra aconchegar Helena neles.
Foi um bom tempo até Helena se recuperar bem do pesadelo. Foi muito real.
Algumas horas mais tarde.
M:Amor, queria muito ficar com você, mas não posso, na verdade acho que eu nem poderia estar aqui hoje.
A:Não mesmo... (entrando na sala)
M:Viu, não disse (rindo)
A:O noivo não vê a noiva em hora nenhuma no dia do casamento, chispa daqui.
Helena começou a rir.
P:Oi Família!(entrando com Arthur no colo)
H:Meus amores(correndo em direção aos filhos)minhas vidas(os enchendo de beijos)
P:Ih, olha isso Arthur, a mamãe tá querendo alguma coisa da gente(sorrindo)
Ela sorriu.
Helena abraçava-os muito forte, como se não os vissem há anos.
M:Bom, vou me embora então, até o casamento, amor.(dando um beijo nela)
H:Tchau. (sorrindo)
A:Nossa, pelo jeito a despedida de solteiro entre vocês foi boa. (rindo)
H:Como nos sonhos(sorrindo)
A:Jura?
H:Igualzinho.
A:Quero uns sonhos desses com o Edu.
Helena riu.
P:Ixxi Arthur, ficar aqui com essa mulherada vai ser um saco, vamos lá tomar uma gelada com o tio e o papai? (sorrindo com Arthur ainda em seu colo)
H:Olhem o que vão falar na frente dele.
P: Beijo mãe, voltamos algumas horas antes
A:Tchau.
H:Beijo meus amores.(indo com um beijo aos dois novamente)
Helena ficou um bom tempo com aquele pesadelo na cabeça, mas graças a Deus com o passar das horas, a felicidade do seu casamento, do seu momento tomaram conta dela.
Algumas horas depois.
Helena estava em seu quarto em frente ao espelho...
Suas mãos estavam tremulas embaixo das luvas de veludo branca, que combinava perfeitamente com o vestido que usava.
Branco, claro que seria branco.
Alice foi entrando no quarto, Helena estava com os olhos vidrados pro espelho, admirando-se, como se não tivesse acreditando.
A:Você está linda minha amiga! (sorrindo)
Helena sorriu também, mas sem tirar o olhar do espelho.
H:Obrigada. (já com a voz embargada)
A:Por favor, não vai chorar não, vai estragar a linda maquiagem que foi feita em você.
O penteado de Helena estava lindo também, com os cabelos presos no alto da cabeça e um pequeno broche ao lado.
H:Estou nervosa. (suspirava forte, e chacoalhava as mãos)
A:Claro que está, estranharia se você não estivesse.
H:Eu estou muito feliz, parece que nem cabe dentro de mim tanta felicidade.
A:Tô muito feliz por você ,Helena, muito mesmo, depois de tudo que vocês passaram, é digno essa felicidade. Uma família linda (sorrindo)
Abraçou a amiga por um longo tempo.
H:Minha amiga, você me ajudou muito, de um jeito que você nem imagina, sempre me ouvindo, me aconselhando, me aturando. (sorrindo)
A:Para, vamos parar com isso, tá até parecendo despedida.
H:É, daqui a pouco já está na hora.

Na casa de Edu:
Edu: Você não está atrasado Miguel, sossega.
M:Mas não posso estar mesmo, está querendo que a Helena me mate?
P:Relaxa cara ,a mãe vai atrasar umas 2hrs mesmo.
Edu: Isso é verdade, deve ter feito banho de todas as frutas e cremes possíveis hoje.
P:Porque será que o Arthur tá aqui com esse estoque de leite na geladeira?(rindo)
Edu: Miguel, amanhã  você vai estar no clube dos acorrentados.
M:Assim vocês não estão ajudando não(rindo)
Arthur está com um chocalho na mão brincando no colo do irmão mais velho.
P: Olha só, até o Arthurzinho tá rindo de você. (rindo)
M:Filho!
Edu começou a rir.
M:Vamos esperar mais meia hora e vamos.
P:Tio, melhor irmos daqui meia hora mesmo, se não daqui a pouco o Miguel vai dar a luz a mais um irmão aqui pra gente, não é Arthur?(balançava o irmão no colo)

Na casa de Helena e Miguel...
H:Miguel, em pensar que tudo não passava de um sonho de sexo selvagem ...
A:Helena!
Silêncio...
As duas começaram a rir.
H:Mas é verdade...(rindo)
A:Isso é, mas é que você falou tão...tão nítido que assustou (rindo)
H:E imaginar que ele existia, que eu ia ter um filho e agora, casar...(sorrindo)
A:É...casar.
H:Bom, só colocar a grinalda, pegar o buquê e pronto.
A:Tem que atrasar, Helena!
H:Quantos minutos?
A:Minutos?
H:Porque?
A:Uma hora!
H:Uma hora?(rindo)
A:Sim, senão, não é noiva (rindo)
H:Então tá. (rindo)
E assim esperam a interminável 1hr.
Eram 20 hrs de uma noite quente de sábado no mês de março.
Helena ouvia de seu quarto o barulho das pessoas em seu jardim, a sinfonia da música que um coral contratado por Miguel tocava.
Os pelinhos de seus braços estavam todos arrepiados.
Estava nervosa, ansiosa, feliz, não conseguia organizar seus sentimentos, todos vinham de uma vez só.
Edu: Linda...(entrando no quarto)
H:Que susto, Duh. (sorrindo)
Edu: Você está linda, baixinha.(dando um beijo na testa da irmã)
H:Obrigada.
Edu: O que foi?
H:Tô com medo...
Edu: Do que?
H:De tudo isso ser um sonho... Lindo, mas um sonho.
Edu :Helena, só você mesmo, eu te garanto que não é um sonho, Miguel está lá fora quase afundando o chão do altar montado no seu jardim. (rindo)
Ela sorriu
Edu: Sossega. (rindo)
A:Estão prontos?
H: Não... (sorrindo)

1 comentários:

Unknown disse...

Ahhhhhh quase morri com esse sonho.....
Awwwn o casamento :3
Posta maaaaais s2

Postar um comentário

sexta-feira, outubro 03, 2014

30° Sonho de Amor

Edu e Alice sempre seguindo-a.
Ela parou do nada. Pediu silêncio.
H:Ouviu, Edu?
Edu: O que?
H:Barulho de água, uma cachoeira talvez.
A:Droga!
Ela começou a correr pra onde vinha o barulho, até que chegou em um lugar aberto.
H:Não...(ameaçando correr)
Edu: Helena, não faça nada por impulso(a segurou no braço)
A:Ah meu Deus!
H:Não, meu filho.
Alice deu um suspiro
Edu: Nossa.
Helena até então achou que o “nossa” e o “meu Deus” fosse devido a imagem que estava vendo.
Arthur no colo de Raquel na ponta de uma cachoeira. Ela já tinha visto Helena ali e por isso aproveitou para agonia-la ainda mais.
Pegou o pequeno Arthur e ameaçava jogá-lo na água.
H:Não!(desesperada)
Helena estava desesperada.
H:O que eu faço? O que eu faço? O que?(tremendo e chorando)
Edu e Alice intactos, sem dizer uma palavra.
H:Me ajudem, o que eu faço?
Helena chacoalhava Edu e Alice enquanto pedia aflita uma solução, uma ideia. Era seu bebe, seu pequeno e indefeso bebe na beira de uma cachoeira no colo de uma mulher que está louca, que a odeia e não tem nada a perder.
O tempo estava fechando, iria vir uma chuva forte.
H:Edu!(gritando)
Mas os dois não respondiam, apenas estavam com os olhos vidrados para certa direção.
Helena parou e olhou pro mesmo lugar.
Não acreditava no que seus olhos viam, não... não... e não, ela se recusava a acreditar no que estava vendo.
H:Ah meu Deus...Sua maldita(disse baixinho)
Agora ela estava vulnerável.
Do outro lado da cachoeira estava o maior pesadelo de Helena, Shakau com uma arma apontada pra cabeça de Miguel, seu amor por sua vez estava irreconhecível, estava com os olhos vendados, com uma faixa toda ensanguentada, estava com a roupa toda suja de sangue, ajoelhado enquanto o maldito o segurava pelo cabelo.
Ele parecia que não sabia da situação atual, que ela estava ali, que seu filho estava em perigo.
Helena não se conteve e gritou.
H:Miguel!Eu vou dar um jeito.(chorando)
M:Helena? Helena....(falando baixo, tentando decifrar se aquilo era real ou seus ouvidos estavam lhe pregando uma peça)
Ela chorava, Edu e Alice a confortavam e pensavam em como sair daquela situação.
M:Helena!(gritou)Você está me ouvindo?
H:Estou!
M:Foge daqui, me deixa, preciso que você viva! Viva e cuide do nosso filho!
Helena não conseguia responder. Nesse momento ela teve certeza que Miguel não sabia sobre o Arthur.
Shakau puxou o cabelo de Miguel.
S:Cala a boca!
H:Não posso, eu não posso meu amor(dizia pra si mesma ao prantos)
Raquel parecia muito tranquila, brincava com o bebe, como se fosse a mãe dele e estava num parque em um fim de semana.
Falava com o pequeno como se estivessem sozinhos.
Já o pequeno Arthur tão inocente, dava sorrisos lindos, pegava nos cabelos de Raquel e balançava como se fosse o melhor brinquedo que já tivera.
Aquela aflição parecia não ter fim, foram alguns minutos, mas para Helena foram como horas.
Ela já não aguentava mais. E aquela polícia que não chegava nunca?
H:Maldita, o que você quer? Diz logo!
Edu: Calma, Helena(segurando os ombros da irmã)
A:Não faça nada de imprudente.
H:Não posso ficar aqui vendo meu filho na mão dessa psicopata e o Miguel daquele jeito.
Ela foi indo em direção aonde Raquel estava.
R:Você fica aí! Se não o seu ranhentinho vai nadar um pouquinho, mas ele estava me dizendo que não sabe nadar(rindo) então isso não vai ser legal.
Miguel entrou em desespero.
M:Meu filho? Meu filho está aqui?
S:Veio fazer companhia pra você. (rindo)
M:Não, é só um bebe.(começou a chorar)
H:Diz logo o que você quer! Por favor.
R:Eu? Nada, só quero me divertir com a sua cara. Não gosto de você, você atrapalhou meus planos, eu não tenho nada a perder e estou adorando a sua cara. (rindo)
H:Desgraçada, me mata! Me bate, me corta, eu não ligo, o seu assunto é comigo eu já te disse, deixa o meu filho, eu faço o que você quiser, o que você quiser.
R:O que eu quiser? Ouviu isso Shakau? Que tal você pegar um olho verde, pra colocar no lugar desse aí que você perdeu?
S:Vou ficar lindo(rindo)
Edu: Não! Isso só pode ser brincadeira, Helena!
Helena já estava indo em direção ao Shakau.
Alice: Para com isso!(a segurando)Você não vai não.
H:Eu dou a minha vida pela vida do Arthur, um olho... dois, uma perna ou um braço não é nada.
R:Como você é imbecil mesmo, fique aí onde você tá, não quero teu olho não (rindo) Shakau já pegou o do teu marido como pagamento daquele que você tirou.
H:O que?
A:Isso explica...
Edu: A faixa nos olhos com sangue.
H:Ai meu Deus que pesadelo!(ela chorava)
Miguel estava quieto, não tinha o que fazer.
Edu: Chega com isso menina! A polícia já está à caminho.
R: Jura?(rindo)
Alice: De qualquer  jeito você não vai ter como fugir.
R:Sei... E daí? (rindo)
H:Eu juro que eu vou matar aquela desgraçada. (falava baixinho)
R: Que cansativo, ainda está cedo, mas nem te contei uma coisa, estava até me esquecendo. Peguei o teu outro filho!
H:Pedro? Onde ele está? O que você fez?
R:Matei!(sorrindo)
Edu: Você está mentindo! Pedro não é tão vulnerável assim.
R:A é? E como foi que o seu doce bebe voltou pra sua casa? Eu o peguei na casa do Pedro.
A:Cadê ele? Ele está aqui?
R:Está!
Edu: Eu não tenho um bom pressentimento sobre isso.
R:Aí atrás onde vocês estão! O Shakau jogou o corpo dele por ai.
A:Não...(com as mão tapando a boca)
H:Não... Isso não é verdade(já entrando no mato que estava atrás dela, e o procurando desesperadamente)
A:Não, Helena! Volta aqui(indo atrás dela)
H:Pedro!(gritando enquanto andava)
A:Helena não!
H:Filho! Cadê você?(tremendo e gritando)
Alice a puxou pelo braço e a apertou num abraço, meio a confortando e meio tapando seus olhos.
Mas Helena percebeu na hora o que era.
H:Não, não.(Chorando e gritando tais palavras)
Caiu de joelhos ao lado do filho. Gritava como se toda a dor que estava sentindo amenizasse com aquele grito de desespero e dor
Ali estava seu filho, não de sangue, mas de coração e alma, branco como a pétala de uma rosa branca, com o corpo largado em meio a um gramado úmido, talvez pela cachoeira tão perto.
Parecia descansando, como quando era criança e dormia em qualquer lugar, de qualquer jeito.
Helena teve um retrospectiva de seu filho, tinha toda uma vida pela frente, porque ele? Porque não ela, já que tudo isso era por causa dela.
A chuva chegou sorrateira...
Os pingos fortes e gelados, assustaram o pequenino Arthur, que começou a chorar.
Não pensou duas vezes e saiu em disparada em direção a cachoeira.
H:Maldita! Você foi longe demais...
Helena nem via mais nada, apenas seu filho morto no chão.
Edu corria atrás de Helena e ela andava passos largos e apressados em direção à Raquel.
Um tiro...
M:Helena!(desesperado)
Edu: Não!(a segurando nos braços)
Alice: Parem! Parem! (desesperada)
M:Helena!(gritando)
H:Eu estou bem!(com a voz fraca)
Edu: Você está sangrando, baixinha...(a segurando no braço.)
H: (Pegou no braço). Eu vou ficar bem, preciso tirar meu bebe das mão dessa louca (chorando)
Edu: E essa polícia que não chega!
H:Meu Pedro, Edu....Meu filho!(chorando amparada nos braços do irmão)
R:O próximo será na cabeça do seu amante cego ou desse bebezinho lindinho aqui. (sorrindo)
Helena estava com a mão esquerda pressionando o braço direito que sangrava, foi de raspão, doía, mas não mais que a dor que estava sentindo pela perda de Pedro e pela situação em que se encontrava.
O tiro veio de onde? Tinha mais gente com ela naquele lugar? Estavam vulneráveis.
R:Cansei de brincar...Shakau!?(gritou pra ele)
S:Oi?!
R:Ao meu sinal, pode atirar!
H:O que? Miguel!!(correndo pro lado onde estava o Miguel)
Helena se sentia sozinha, como se só ela pudesse resolver aquela situação, como se a solução estivesse apenas na suas mãos.
Nem Edu, nem Alice, nem a polícia podiam fazer nada.
M:Helena fica onde você está! Não venha!(gritou pra ela)
R:Magnífico (Rindo)
Helena estava sangrando muito.
R:Olha só o que eu pensei, vou te dar um bônus... Você pode escolher...
H:Você é um monstro.
R:Quem você quer que viva? O bebe ou seu amante?
H:Não, eu não posso fazer isso.
R:três minutos...
H:Não
M:Helena eu te amo! Nunca esqueça dos nossos momentos!
H:Miguel não.
M:Eu vou te amar pra sempre.
H:Não...não
R: Dois minutos (rindo)
A:Edu!(abraçada ao marido)
Edu: Meu Deus.
M:Você pode sim amor, nosso filho vai ser lindo!
H:Não Miguel, não.
M:Eu te amo!
Um tiro...
Ali , na hora, em um segundo, estava acabado. Miguel levou um tiro nas costas e Helena não mais podia ajudar.
Aquela foi a gota d´agua.
(Alice não conseguiu segurar o grito)
Edu soltou Alice e correu pro lado de Helena, mas não deu tempo, a mesma já estava correndo em direção a Raquel.
R:Você vai me desobedecer mesmo, maldita?(disse sussurrando de ódio)
Raquel estava vendo Helena vindo em sua direção, chorando, descontrolada, sangrando com o tiro de raspão no braço.
R:Fica aí!
Helena não estava ouvindo e nem mais vendo nada, era mais forte que ela, não tinha mais comando de seu corpo, Arthur, precisava salvá-lo, no momento em que viu aquela bala atravessando Miguel, todo e qualquer tipo de sanidade havia ido embora.
E só restara o ódio e o desespero de ter seu pequeno nos braços novamente.
R:Eu mandei ficar aí.
Nisso Raquel esticou o pequeno Arthur na beira da cachoeira...
R:De mais um passo e ele cai.
Helena não precisou de mais um passo.
Raquel soltou o pequeno Arthur.
Pequeno, indefeso, pedacinho de amor de Helena e Miguel.
Edu e Alice correram em direção a cachoeira mas começaram a atirar neles.
Não ligaram , continuaram correndo em direção a cachoeira, ela não era alta, talvez se fossem rápidos, podiam pegar o pequeno.
Helena não parou, correu em direção a assassina e a grudou pelo cabelo, jogou a no chão, e bateu duas vezes a cabeça dela no chão.
A cabeça de Raquel sangrava, mas a garota não tinha o que perder, segurou Helena e as duas viraram cachoeira a baixo
Helena ouvia gritos...
Helena....
Helena....
Sentia um peso no corpo, estava na cachoeira, começou a nadar pra superfície
Helena...
Os gritos não paravam
Helena...
Ela gritou desesperadamente!
M:Amor? Helena! Acorda! Acorda
...
H:Miguel?
M:Calma amor, você está suando, estava se debatendo na cama o que foi?
H:Miguel, me abraça(chorando)
M:Minha pequena, calma, eu estou aqui com você...(sorrindo)
H:Miguel, foi horrível, eu não quero nem me lembrar...
M:Shii, calma, calma já passou...(com ela no colo como uma criança)
Helena tremia e chorava muito.
M:Vou buscar um copo de água com açúcar pra você, já volto.
H:Não, não por favor, não me deixa aqui sozinha.
M:Não deixo (sorrindo) vem comigo então.
H:Fica um pouquinho aqui comigo amor, só um pouquinho, quero teu colo.
M:E tem como negar isso? Vem cá...
Abriu os braços pra aconchegar Helena neles.
Foi um bom tempo até Helena se recuperar bem do pesadelo. Foi muito real.
Algumas horas mais tarde.
M:Amor, queria muito ficar com você, mas não posso, na verdade acho que eu nem poderia estar aqui hoje.
A:Não mesmo... (entrando na sala)
M:Viu, não disse (rindo)
A:O noivo não vê a noiva em hora nenhuma no dia do casamento, chispa daqui.
Helena começou a rir.
P:Oi Família!(entrando com Arthur no colo)
H:Meus amores(correndo em direção aos filhos)minhas vidas(os enchendo de beijos)
P:Ih, olha isso Arthur, a mamãe tá querendo alguma coisa da gente(sorrindo)
Ela sorriu.
Helena abraçava-os muito forte, como se não os vissem há anos.
M:Bom, vou me embora então, até o casamento, amor.(dando um beijo nela)
H:Tchau. (sorrindo)
A:Nossa, pelo jeito a despedida de solteiro entre vocês foi boa. (rindo)
H:Como nos sonhos(sorrindo)
A:Jura?
H:Igualzinho.
A:Quero uns sonhos desses com o Edu.
Helena riu.
P:Ixxi Arthur, ficar aqui com essa mulherada vai ser um saco, vamos lá tomar uma gelada com o tio e o papai? (sorrindo com Arthur ainda em seu colo)
H:Olhem o que vão falar na frente dele.
P: Beijo mãe, voltamos algumas horas antes
A:Tchau.
H:Beijo meus amores.(indo com um beijo aos dois novamente)
Helena ficou um bom tempo com aquele pesadelo na cabeça, mas graças a Deus com o passar das horas, a felicidade do seu casamento, do seu momento tomaram conta dela.
Algumas horas depois.
Helena estava em seu quarto em frente ao espelho...
Suas mãos estavam tremulas embaixo das luvas de veludo branca, que combinava perfeitamente com o vestido que usava.
Branco, claro que seria branco.
Alice foi entrando no quarto, Helena estava com os olhos vidrados pro espelho, admirando-se, como se não tivesse acreditando.
A:Você está linda minha amiga! (sorrindo)
Helena sorriu também, mas sem tirar o olhar do espelho.
H:Obrigada. (já com a voz embargada)
A:Por favor, não vai chorar não, vai estragar a linda maquiagem que foi feita em você.
O penteado de Helena estava lindo também, com os cabelos presos no alto da cabeça e um pequeno broche ao lado.
H:Estou nervosa. (suspirava forte, e chacoalhava as mãos)
A:Claro que está, estranharia se você não estivesse.
H:Eu estou muito feliz, parece que nem cabe dentro de mim tanta felicidade.
A:Tô muito feliz por você ,Helena, muito mesmo, depois de tudo que vocês passaram, é digno essa felicidade. Uma família linda (sorrindo)
Abraçou a amiga por um longo tempo.
H:Minha amiga, você me ajudou muito, de um jeito que você nem imagina, sempre me ouvindo, me aconselhando, me aturando. (sorrindo)
A:Para, vamos parar com isso, tá até parecendo despedida.
H:É, daqui a pouco já está na hora.

Na casa de Edu:
Edu: Você não está atrasado Miguel, sossega.
M:Mas não posso estar mesmo, está querendo que a Helena me mate?
P:Relaxa cara ,a mãe vai atrasar umas 2hrs mesmo.
Edu: Isso é verdade, deve ter feito banho de todas as frutas e cremes possíveis hoje.
P:Porque será que o Arthur tá aqui com esse estoque de leite na geladeira?(rindo)
Edu: Miguel, amanhã  você vai estar no clube dos acorrentados.
M:Assim vocês não estão ajudando não(rindo)
Arthur está com um chocalho na mão brincando no colo do irmão mais velho.
P: Olha só, até o Arthurzinho tá rindo de você. (rindo)
M:Filho!
Edu começou a rir.
M:Vamos esperar mais meia hora e vamos.
P:Tio, melhor irmos daqui meia hora mesmo, se não daqui a pouco o Miguel vai dar a luz a mais um irmão aqui pra gente, não é Arthur?(balançava o irmão no colo)

Na casa de Helena e Miguel...
H:Miguel, em pensar que tudo não passava de um sonho de sexo selvagem ...
A:Helena!
Silêncio...
As duas começaram a rir.
H:Mas é verdade...(rindo)
A:Isso é, mas é que você falou tão...tão nítido que assustou (rindo)
H:E imaginar que ele existia, que eu ia ter um filho e agora, casar...(sorrindo)
A:É...casar.
H:Bom, só colocar a grinalda, pegar o buquê e pronto.
A:Tem que atrasar, Helena!
H:Quantos minutos?
A:Minutos?
H:Porque?
A:Uma hora!
H:Uma hora?(rindo)
A:Sim, senão, não é noiva (rindo)
H:Então tá. (rindo)
E assim esperam a interminável 1hr.
Eram 20 hrs de uma noite quente de sábado no mês de março.
Helena ouvia de seu quarto o barulho das pessoas em seu jardim, a sinfonia da música que um coral contratado por Miguel tocava.
Os pelinhos de seus braços estavam todos arrepiados.
Estava nervosa, ansiosa, feliz, não conseguia organizar seus sentimentos, todos vinham de uma vez só.
Edu: Linda...(entrando no quarto)
H:Que susto, Duh. (sorrindo)
Edu: Você está linda, baixinha.(dando um beijo na testa da irmã)
H:Obrigada.
Edu: O que foi?
H:Tô com medo...
Edu: Do que?
H:De tudo isso ser um sonho... Lindo, mas um sonho.
Edu :Helena, só você mesmo, eu te garanto que não é um sonho, Miguel está lá fora quase afundando o chão do altar montado no seu jardim. (rindo)
Ela sorriu
Edu: Sossega. (rindo)
A:Estão prontos?
H: Não... (sorrindo)

Um comentário:

Unknown disse...

Ahhhhhh quase morri com esse sonho.....
Awwwn o casamento :3
Posta maaaaais s2

Postar um comentário

 

Romances da Laura Template by Ipietoon Cute Blog Design and Bukit Gambang