Ela virou-se
de frente para ele, os olhos eram tomados pelas lágrimas que não paravam.
Dan: Eu a
amei todo esse tempo por você.
B: Por isso
algo me impedia de amar incondicionalmente a Ana Beatriz.
Dan: Por
isso ela sempre foi mais ligada ao Senhor Bento.
B: Porque
não me disse antes.
Dan: Porque
eu precisava proteger a Clarice. Senhor Bento descobriu que eu adotei ela. Me
ameaçou de todas as maneiras.
Por isso
nunca pude te contar nada, sequer te tirar de lá antes.
Precisava
ter a minha filha em segurança, tem um lugar seguro para te trazer, e o
melhor... Garantir o tratamento dela em São Paulo.
B: O que
exatamente ela tem?
Dan: Um dia
te levo na fisioterapia dela, e o médico te dará mais detalhes. Mas resumindo,
ela tem os ossos das pernas fraco demais.
B: Minha
filha... – chorando –
Dan: Sim –
sorrindo –
B: Você a
salvou, por mim.
Dan: E a
salvaria quantas vezes fosse possível. Eu nunca, nunca vou deixar vocês.
Os dedos
passavam delicadamente pelo rosto dela.
Ela o
beijou, os olhos fecharam entregando-se ao momento.
O corpo
estava relaxado, despreocupado.
O Amor
contemplava todo o lugar, não existia mais nada, espaço pra mais nenhum
pensamento ou sentimento.
As línguas
se entrelaçaram intensamente.
Dan
deslizava as mãos pela costa dela.
Dan: Beatriz...
– sussurrando –
B: Sou
sua... Pra sempre.
Os lábios
brincavam com a orelha dele.
O ex mordomo
agora tinha os olhos fechados, apenas sentindo o que a língua que a língua da
sua mulher tentava fazer com o seu juízo perfeito.
Ela o
encarou e sentou-se em cima dele, encaixando-se perfeitamente.
Os lábios
dele, encontraram os seios dela em um sincronismo combinado.
Os
movimentos eram lentos, mas intensos. Gemidos tímidos saíam por entres os
lábios de Dan.
Que teve a
respiração cada vez mais ofegante antes que pudesse despejar dentro dela, todo
o seu desejo.
Chegaram ao
máximo de prazer.
-
Estavam
vestidos, prontos para uma conversa emocionante com a pequena Clarice.
Antes que
pudessem descer as escadas, Dan queria lhe mostrar o resto da casa.
Ainda no andar
de cima, havia um quarto simples onde Dan pelo jeito gostava de ficar e
escrever suas poesias.
Ao lado,
havia outro quarto, cheio de bonecas, decorado com muito carinho. Além do
quarto de Beatriz e Dan, aquele era o único que havia uma sacada.
Beatriz
ficou um pouco confusa.
B: Achei que
o quarto dela fosse no andar de baixo.
Dan:
Provisório. Ela e eu fizemos um acordo, de que o quarto dela no andar de baixo
era completamente temporário.
Ela gosta do
vento batendo no rosto.
Eu creio que
logo ela estará firme, andando e correndo pra tudo quanto é lugar.
B: É Claro
que sim. – beijando-o –
As fotos no
corredor faziam que Beatriz sentisse um aperto no peito. Eram tão lindas. Dan e
Clarice em momentos que ela nunca poderá reviver com eles.
Desceram as
escadas, e Clarice estava na sala assistindo Tv.
Dan a pegou
no colo com certa delicadeza e a colocou no sofá.
Dan: Filha,
eu conversei com a Beatriz.
A Menina já
tinha os olhos marejados quando olhou para Beatriz.
C: Então a
senhora já sabe que...
B: Sou sua mãe,
minha pequena.
Beatriz logo
a abraçou, tinha vontade de nunca mais soltá-la. Não conseguiu não conter o
impulso de erguê-la e apertá-la com mais facilidade contra seu peito.
Podia sentir
o coração pulsar frenético.
B: Minha
filha, minha pequena. – beijando-a nas bochechas –
Poderia
ficar assim o resto da vida que pouco importaria.
B: Como eu
te amo, como eu sinto muito por não ter estado ao seu lado, por não te de amado
quando disse sua primeira palavra, deu o seu primeiro passo.
C: Fique
tranquila, Mamãe. Teremos o resto da vida para ficarmos juntas.
B: Mamãe?
As lágrimas
insistiam em cair por seu rosto. E Aumentou ainda mais quando ela viu que a
filha também chorava.
Dan: Own,
meu anjo, porque está chorando? – aproximando-se –
Beatriz se
assustou achando que poderia ter machucado a filha, afinal era tão leve que ela
não conseguia não segurá-la em seu colo.
B: Meu Deus,
filha. Estou te machucando? – nervosa –
C: Não,
estou bem. – sorrindo - Pai...
Dan: O que
foi, meu amor?
C: Obrigada
por sempre cumprir as suas promessas, prometeu que traria a minha mãe, e
trouxe.
Dan: Agora
somos uma família. E nada nem ninguém irá mudar isso.
Poderia ser
o fim de todo aquele sofrimento, tudo estaria bem. Se Bento não fosse um
maldito homem vingativo.
Não deixaria
isso tão fácil assim.
Fora
humilhado e teve sua mulher levada por outro, bem debaixo do seu nariz.
A vingança
estava armada, mas esperaria a hora certa de saboreá-la.
Dois meses
se passaram, desde aquele dia.
Dan
trabalhava como Paisagista nas casas e condomínios vizinhos, era um bairro
nobre e Beatriz também não poderia ficar de fora.
Não queria
mais ficar sem fazer nada, amava ficar com a filha, mas não queria depender de
Dan.
Pelo
contrário, queria poder ajuda-lo, as despesas com a Clarice eram altas e de
maneira alguma poderia ser interrompida.
Beatriz
conseguiu um emprego de recepcionista no consultório de um dentista que morava
ali mesmo a duas quadras atrás de sua casa.
O seu
primeiro salário fora pago e não teve dúvidas do que iria fazer.
Para a sua
nova vida, precisava se transformar em uma nova mulher.
Clarice e
Marilda estavam na cozinha, a pequena pediu um bolo de chocolate e fazia
companhia para a amiga Dona Ma.
Conversavam
bobeiras de revistas de fofoca e tv, quando Beatriz chegou.
As duas pararam
logo o que falavam, e olharam para Beatriz, ou a mulher que achavam ser
Beatriz.
C: Mãe?
Ma: Dona
Bia?
B: O que
acharam?
As duas
continuaram em silêncio.
B: Meninas,
pelo amor de Deus, não ficou bom?
Ma: Eu...
C: Tô sem
palavras, mãe.
Ma: A
senhora tá linda, Dona Bia.
C: Parece
que nem é você.
Ma: Parece
outra mulher.
C: O seu
cabelo ficou lindo, mãe.
Ma: E essa
maquiagem? Coisa mais linda. A senhora me desculpe, mas eu nem tinha reparado
que olho da senhora era verde.
C: Dona Ma!
– repreendendo a babá –
B: Tem
razão. – rindo –
Ela tinha
outro brilho nos olhos, e a filha a olhava maravilhada.
B: Dan já
chegou?
Ma: Ainda
não, senhora.
C: Porque
não fazemos um belo jantar para o meu pai?
B: Ótima
ideia, filha. Eu vou deixar essas sacolas no quarto e já desço ajudar vocês.
Ma: De jeito
nenhum.
C: Claro que
não, mãe.
B: Porque
não?
Ma: Não
vamos te deixar mexer com o jantar toda produzida assim, ele fica por nossa
conta, não é Clarice?
C: Isso
mesmo.
B: Não
precisa de tudo isso, meninas.
C: Ah, mãe.
Lembrei que hoje, a Dona Ma ia me levar pra assistir um filme que eu queria
muito no cinema.
B: Mas não
havíamos combinado de irmos esse fim de semana com o seu pai?
C: Não, acho
que você se enganou, mãe.
Ma: Acho que
não se enganou não, Clarice. Eu não me lembro de... – sendo interrompida –
C: Ai que
bom que me leva, Ma. Vamos nos divertir muito. Agora pode ir, mãe. Dona Ma e eu
vamos deixar o jantar na mesa pra vocês antes da gente sair. – sorrindo –
O que
Beatriz poderia dizer?
Adorou a
ajuda da filha, precisava se sentir mulher, se sentir bonita, desejada...
As horas
passaram, o jantar fora posto na mesa com muito carinho.
Quando Dan
chegou em casa, Clarice e a Babá já haviam saído de casa para o cinema.
Beatriz
terminava de maquiar os olhos como a maquiadora havia lhe ensinado horas atrás.
Ouviu a voz
de Dan a chamando enquanto vinha em direção ao quarto.
Por um
minuto teve vergonha da forma que estava vestida e maquiada. Pensou por um
lapso de que só poderia estar maluca.
E no
impulso, entrou dentro no banheiro e trancou-se nele quando Dan entrou no
quarto.
Dan: Amor?
Está no banheiro?
B: Estou.
Dan: Onde
está Clarice?
B: Foi com
Dona Ma ao cinema. Amor... Eu acabei de entrar no banho, não sabia a que horas
iria chegar.
Pode usar o
banheiro de baixo?
Dan: Claro,
sem problemas.
B: Assim que
terminar, me espera na cozinha. Eu logo desço pra jantarmos.
Dan: Sim,
senhora. – rindo –
Assim ele
fez, agora estava na cozinha, estranhando o porquê no jantar daquela noite,
haviam velas em cima da mesa.
Acomodou-se em
uma das cadeiras, beliscou algumas uvas que haviam no balcão enquanto esperava
a mulher.
Estava
demorando demais, ele estava com fome. Será que havia acontecido algo?
Levantou-se
e foi até a ponta da escada.
Dan: Amor?!
Vai demorar muito ainda?
B: Estou
descendo.
Dan virou-se
para voltar a cozinha, mas parou os passos quando ouviu barulho de salto.
Quando puder
imaginar Beatriz em cima de um salto alto?
Nunca.
Quando virou-se, o que o deixara de boca aberta, não fora apenas os sapatos, e
sim todo o conjunto da obra.
Beatriz
tinha sobre seu corpo, um vestido azul marinho, onde as mangas vinham até a
altura dos cotovelos, sobre as pernas que nunca havia reparado o quanto haviam
se tornado torneadas o vestido ficava um palmo acima dos joelhos.
O que fizera
nos cabelos?
Os fios
longos até os seios e brancos como a neve, deram lugar a delicados cachos a
altura do pescoço com fios loiros.
Os olhos
eram lindos, como quando a viu pela primeira vez, mas estavam intensos.
Via o rosto
corado, um pouco pela maquiagem que ele nunca vira no rosto de Beatriz e um
pouco pelo constrangimento que ela mostrava estar, sem Dan entender o porquê.
Os lábios
eram um vermelho pimenta, o decote do vestido era tentador.
Quando parou
em frente a Dan, a primeira frase que tentou dizer, sequer fora completada,
Dan... Não conseguiu se segurar.
B: Eu sei
que deve estar me achando uma bo... – foi interrompida –
Dan: Linda.
O beijo que
ele deu, foi forte. Tão forte que Beatriz recuou uns passos para tras e seu
corpo foi segurado pelo corrimão da escada.
A mão dele
rapidamente e sem delicadeza alguma, segurou com força entre os cabelos e a
nuca dela.
A empurrou
com o próprio corpo em direção a sala, não a colocou no sofá, ainda. A encostou
na parede.
O beijo
continuava, sem parar um segundo.
Ela podia
sentir o coração dele, acelerado como o dela.
O rosto de
Dan começava a ficar vermelho, o batom que estavam nos lábios da Senhora
Miriolli, agora estava espalhado pelo rosto e pescoço de Dan.
Ele começou
a abrir a camisa, e ela continuou a tirá-la. A respiração de ambos estava
completamente desordenada.
Ele a
apertava contra a parede, fazendo com que ela sentisse o quanto a desejava
naquele momento.
Ela segurou
os cabelos dele e o puxou um pouco para trás. Deixando o pescoço dele livre
para que sua boca pudesse mordiscá-lo.
As mãos dele
tinham um poder em Beatriz que ele próprio desconhecia.
Uma delas
desceu e timidamente enquanto os beijos ferviam entre suas bocas, ele afastou a
peça intima e encontrou o seu ponto de prazer, o liquido entre as suas pernas
já anunciava que ela estava pronta.
Os dedos
introduziam e moviam-se com certa facilidade.
Quando Dan
afastou o decote e deixou que os seus lábios mordessem e chupassem os seus
seios, ela não aguentou.
Com
voracidade levou uma das mãos em seu membro pulsante e o direcionou para dentro
de si.
Erguendo uma
das pernas para que a posição ficasse perfeita, ela foi amada. Amada como nunca
fora antes.
Os beijos
alternavam-se entre os seios e os lábios, ela fazia desenhos nas costas dele
com as unhas, o mesmo não sentia nada.
Apenas
aquele espasmo no corpo todo, anunciando que logo gozaria.
O prazer era
indescritível.
Os corpos já
estavam suados, e deslizavam com facilidade, a perna começava a tremer e a
ficar bamba.
Ele a virou
de costas, e abaixando um pouco mais, ele pode penetrá-la.
Os
movimentos intensificaram, ficaram mais fortes, e o gozo logo os contemplou,
acompanhado de um gemido de ambos.
Ofegantes
apenas abraçaram-se e se vestiram logo.
Dan: Você é
uma mulher surpreendente, meu amor.
Ela riu.
B: Estou
faminta.
Depois
seguiram para um jantar que já nem estaria mais tão saboroso quanto o que
saborearam minutos antes.
Durante o
jantar, Dan não conseguia parar de olhá-la.
Como estava
linda, como a amava, como seus olhos eram verdes, como...
Os pensamentos
foram dispersos.
B: O que
foi, amor? – sorrindo –
Dan: Eu não
consigo parar de te admirar, posso passar horas assim.
No mesmo as
bochechas tomaram a mesma cor do molho que completava a deliciosa macarronada
que Clarice e Dona Ma deixaram para o jantar.
Dan: Está
com vergonha, meu amor? – rindo –
B: Só um
pouquinho. Eu nunca me vesti ou me arrumei dessa maneira, me sinto...
Dan:
Maravilhosa. – sorrindo –
Passaram
algumas horas apreciando o jantar, logo Dona Ma e Clarice chegaram.
Clarice
estava encantada com a quantidade de Balões amarrado em sua cadeira de rodas.
O beijo
carrinho de seus pais a deixavam mais leve, e o sorriso era esperado.
Dan: Filha,
porque comprou tudo isso?
B: Ma, ela
te venceu de novo?
C: Como
vocês pensam mal de mim, que calunia. Eu ganhei.
B: Ganhou? –
olhando para a babá –
C: Ganhei.
M: Ganhou
mesmo, cada casal de vovôs que passava, dava um pra ela.
Eles riam.
Clarice era
uma menina de onze anos, mas com certeza é muito mais resolvida com a sua
situação atual do que muitos adultos.
Sabia que
era temporário.
Seis meses
se passaram desde então.
Beatriz
começou a cursar faculdade odontológica, e Dan conseguiu abrir uma empresa de
jardinagem junto com um amigo.
Era um dia
de Domingo.
Beatriz, Dan
e Clarice haviam acabado de chegar do parque, foram expulsos por uma chuva que
se formava.
C: Mãe,
porque não faz cookies?
B: Só se
vier até aqui me dar um beijo.
C: Que
chantagem, mãe! – rindo –
B: Então não
quer?
C: Estou
indo. – sorrindo –
Clarice
pegou uma das muletas ao seu lado, e com um pouco de esforço, levantou-se.
Em passos
cuidadosos ela se aproximou-se da mãe e a beijou.
Beatriz a
abraçou e encheu de beijos.
B: Se
continuar assim, logo já poderá conhecer o seu quarto no segundo andar, meu
amor.
C: Eu mal
vejo a hora.
O sorriso
era enorme.
B: Te amo
filha.
C: Eu
também, mãe;
Dan entrou
na cozinha e completou.
Dan: E eu?
Ninguém me ama?
C/B: Claro
que amamos.
Ele
aproximou-se delas e as beijou.
O momento
foi interrompido pela campainha. Dan foi abrir.
Era uma
amiguinha de Clarice, queria que a mesma fosse brincar em sua casa.
Clarice
estava louca para brincar com a amiguinha, e foi somente com a condição de que
a mãe a chamasse assim que os cookies estivessem prontos.
Dan e
Beatriz ficaram sozinhos na casa, os primeiros pingos de chuva começaram.
Ambos
continuaram conversando.
Suas atuais
vidas lhe traziam boas gargalhadas.
Como eram
felizes, como Beatriz queria simplesmente apagar da sua memória todo inferno
que viveu antes de Dan aparecer em sua vida.
Estavam
distraídos quando um barulho da porta batendo no andar de cima, chamou a
atenção deles.
Dan: Deve
estar ventando forte demais. Vou subir fechar as janelas.
B: Deixa...
Eu vou. Acenda o forno pra mim, por favor. Deixa no fogo baixo.
Dan: Sim
senhora.
Enquanto Dan
fazia o que a mulher mandara, enquanto isso Beatriz mal esperava pelo que
estaria por vir.
Ela entrou
em seu quarto.
A porta da
sacada estava escancarada. Não se lembrava de tê-la deixado daquela maneira.
Fechou a
porta e puxou a cortina, o céu parecia noite, as nuvens negras demorariam
deixar o céu.
Puxou o
tapete felpudo para perto da porta, algumas gostas entraram em seu quarto.
Antes que
pudesse pensar em algo mais, seus olhos paralisaram no homem parado a sua
frente.
O grito que
saiu por seus lábios chamando por Dan, coincidiram com um trovão, e sua voz não
chegou aos ouvidos do seu amor.
A mão áspera
segurava a sua boca.
Benn: Pensou
que eu não te encontraria, vagabunda?
Os lábios
estavam perto demais de seu ouvido, a barba passando por seu rosto lhe dava
ânsia.
Ele a deixou
falar.
B: Por
favor, me deixa em paz. Você já desgraçou a minha vida o suficiente.
Benn: Você
me pertence, Beatriz. Não seja idiota. Eu te ganhei.
B: Eu nunca
mais serei sua.
Benn: Alguns
dias longe de mim e já ficou valente?
B: Quero que
você morra, maldito.
Os braços
dele seguravam forte os braços dela para trás de seu corpo.
Benn: Vai
voltar comigo. E onde eu vou te trancar, você nunca mais vai sair.
B: Nunca,
nunca!!! – gritando –
Benn: Cale a
boca!
O tapa que
deu dela, foi tão forte que a mesma foi arremessada ao chão.
Enquanto
isso Dan terminava de separar os ingredientes para que Beatriz pudesse fazer o
quanto antes os Cookies e pudesse reservar o resto do tempo a ele.
Ao pensar
nisso, lembrou-se que a mulher demorava.
Dan: Bia!!!
Meu amor... – chamando-a –
Ela avançava
em direção a escada.
Dan: Amor!
Está tudo bem? Tudo certo aí? – estranhando –
Beatriz não
lhe respondera, e isso o chamou a atenção.
Correu o
mais rápido que pode, entrou afoito em seu quarto, e lá estava sua mulher...
Colocava seus novos documentos em uma bolsa, enquanto Bento mirava um revolver
em sua cabeça.
Dan: Seu
desgraçado, solte ela.
Benn: Achou
mesmo que eu deixaria que roubasse a minha mulher para transar com ela todas as
noites sem vir te matar?
Dan: Nos
deixe em paz, você tem outras mulheres, tem a sua filha que tanto queria, nos
deixa!!
Benn: Nunca.
Beatriz é minha e volta comigo.
Dan ameaçou
dar um passo em direção a Beatriz, e foi quando Bento atirou.
O tirou
acertou a parede, mas foi o suficiente para que Beatriz sentisse que fosse
morrer se algo acontecesse a Dan.
B: Dan,
deixa... Eu vou com ele
Dan: Não,
nunca.
B: Eu
prefiro viver o resto da minha vida trancafiada naquele quarto de novo, do que
viver sem você nesse mundo.
Dan: E a
nossa filha, Beatriz. O que pensa que eu vou dizer a ela?
Benn: Diz
pra essa pentelha que a mãe foi embora com o papai dela.
Dan:
Beatriz... – implorando –
B: O quer
que eu faça, Dan?! – gritando –
Dan: Se
abaixe.
B: Como?
Dan: Agora!
– gritando –
Bento atirou
mais uma vez, o tiro passou de raspão em Dan, e mesmo com o susto o mesmo não
parou, avançou em direção a Bento que sentiu o forte golpe em sua barriga.
Beatriz se
encontrava no chão, as lagrimas estavam desesperadas, se algo acontecesse a
Dan, morreria.
Queria
chamar a polícia o quanto antes, mas não podia deixá-los.
A luta entre
os dois era intensa, Dan por mais que forçasse, não conseguia desarmar Bento.
Ela começou
a chamar por socorro, pedia que alguém chamasse a polícia, que Dan iria morrer.
A arma voou
longe deles, antes que algum deles pudesse aproximar-se da mesma, Beatriz
correu a pegou antes.
Mal sabia
como segurá-la.
Dan gritava
para que ela saísse do lugar com aquela arma. Mas ela não podia.
Mirou para
eles.
B: Solta
ele, Bento.
O mesmo talvez
nem a escutara.
O ex mordomo
estava nervoso. Beatriz poderia se arrepender depois do que fizesse.
Já Beatriz
não podia arriscar atirar nele, não sabia como usar aquilo e ainda poderia
acertar Dan.
A briga
entre seus pensamentos e teoria não demorou muito.
O Empurrão
que Bento dera em Dan fora forte o suficiente para que ambos quebrassem a porta
da sacada e caísse da mesma.
O grito mais
agonizante fora ouvido da boca de Beatriz.
B: Não!!!
Ela correu
para a sacada, Dan espatifado ao chão e Bento embaixo dele.
As pernas
pareciam não ajudar, queria correr mais e mais.
Quando
chegou na calçada, a chuva começara a engrossar.
Pessoas se
aglomeravam em volta com os seus guarda-chuvas desenhados. É claro que logo sua
filha sairia, ela não poderia de maneira alguma ver aquilo.
B: Por favor
alguém chame uma ambulância!
Ela
aproximou-se deles, havia sangue empossando embaixo de Bento, mas não queria
saber dele, queria saber do homem da sua vida.
B: Dan..
Dan, pelo amor de Deus. Não faz isso comigo.
Queria
tirá-lo de cima daquele verme, mas uma vizinha orientou a não mexer nele até a
ambulância chegar.
B: Por
favor, só preciso saber se ele está vivo. Me ajudem.
Um homem
aproximou-se ao ver o desespero dela.
Checou o
pulso e afirmou.
- Está vivo,
mas o homem que estava embaixo... Eu sinto muito.
Sequer
importava o desgraçado do Bento, a deixava feliz o fato de que Dan estava bem,
só precisava de ajuda o quanto antes.
Cinco
minutos talvez foi o tempo em que a ambulância demorou para chegar ali.
Quando
estava tirando o corpo de Bento e Dan já estava sendo atendido, Clarice
apareceu junto com a colega na porta de casa.
C: Mãe?!
A vizinha
tentava segurá-la, mas Beatriz viu que seria inútil.
Foi em
direção a filha.
B: Filha, o
papai sofreu um acidente, vai precisar ir para o hospital, e a mamãe vai com
ele.
Eu liguei
para a Dona Ma, ela já está vindo ficar com você.
C: Não, Mãe.
Eu quero ir com você;
B: Clarice,
eu preciso que você me ajude agora, ok? Cuide da casa enquanto o seu pai e eu
estamos fora.
C: Mãe...
B: Eu te amo,
filha. – beijando-a na bochecha –
C: Por
favor, me liga. Me de notícias do papai.
B: Eu farei
isso meu amor.
Ambas
choravam sem sequer perceber, Beatriz pediu que a vizinha ficasse um pouco mais
com Clarice até que a Baba chegasse, e foi com Dan para o hospital.
Naquele dia,
seria de fato o verdadeiro dia em que Beatriz ficou livre, pra sempre.
Um ano se
passou desde aquele dia.
A família
Colli se mudou para o Rio de Janeiro desde algumas semanas depois do ocorrido.
Chega de
lugares afastados, desconhecidos, condomínios ou fazendas fechadas.
A casa era
localizada no bairro de Copacabana, e assim como a antiga casa, haviam dois
andares e a sacada que Clarice tanto queria.
Beatriz e
Dan estavam na cama, haviam acabado de acorda quando Clarice entrou no quarto
correndo.
C: Bom dia,
mãe!!
Ela pulou na
cama com ar de travessura.
C: Pai!!
Levanta!! Hoje é domingo, precisamos ir ao parque.
Dan ainda
tinha os olhos fechados.
Dan: Nós
vamos ao parque, filha. Só vou dormir mais um pouquinho, ok?
C: Claro que
não! Mãe... me ajuda.
B: Você sabe
o que faz que ele levante rapidinho.
C: Pai... –
rindo –
As pequenas
mãos da menina transformavam-se agora em furiosas cocegas no pai.
Dan retorcia
e pulava na cama como uma criança.
Dan: Sua
danadinha, vai ver só.
C: Acordou
agora?
Dan: Como
não acordar? Eu fui obrigado!
Beatriz ria
com o jeito com que Dan estava, o cabeço bagunçado, os olhos um tanto vermelhos
ainda de sono.
Eram oito e
meia da manhã ainda.
Dan: Filha,
pega aquilo que o papai pediu pra você guardar;
C: Tá.
Beatriz o
beijou.
B: Estão de
segredinhos sem mim, é?
Dan: Só um
pouquinho.
Clarice
voltou com um envelope e entregou a mãe.
B: O que é
isso?
C: Vamos pra
Disney, pai?
Ele riu.
Dan: Não
dessa vez, meu anjo.
Ela abriu o
envelope, nele havia uma linda poesia escrita, mas no fundo do envelope tinha
um anel.
B: Dan...
Dan: Vire o
papel;
Nele estava
escrito.
“Quer casar
comigo?”
B: Amor, eu... eu nem sei o que dizer.
B: Amor, eu... eu nem sei o que dizer.
C: Mãe, por
favor. Diz que sim, senão o meu pai vai enfartar.
Dan: Isso
mesmo filha.
B: É claro
que eu aceito. É claro que me caso com você. Eu te amo, Dan.
Dan: Eu
também.
Um beijo
fora dado, acompanhado de gritos de viva da filha pulando na cama deles.
Dan: Deixa
eu colocar o anel. – pegando-o –
B: É Lindo.
C: É lindo
mesmo.
B: Você
escolheu sozinho?
C: Claro que
não, mãe. Eu ajudei claro.
Dan:
Clarice, não era esse o combinado.
B: Hum,
então temos uma futura especialista em joias nessa casa? Porque você tem muito
bom gosto.
C: Que nada,
meu amigo Théo que me ajudou, a mãe dele é dona de uma joalheria aqui.
Dan: Sua
malandrinha!!!
Ela ria das
caras e bocas que o pai fazia.
Ambos
pararam quando perceberam Beatriz chorar.
C: Mãe, o
que foi?
Dan: Se
casar comigo é tão ruim assim?
C: Pai!
B: Claro que
não, meus amores. Eu só estou feliz.
C: Então não
chora, mãe.
B: Tem
razão, não posso chorar, senão fará mal ao seu irmãozinho. – sorrindo –
Clarice e
Dan se olharam e depois olharam para ela.
C: Mãe,
você...
B: Ou irmãzinha,
ainda não dá pra ser se será menino ou menina.
Dan: Você
está gravida? Como? Como isso é possível?
C: Pai, por
favor. Até eu sei como...
Beatriz ria.
B: Seu pai
está dizendo isso por causa da minha idade, filha. Já não tenho mais idade para
engravidar.
C: Papai do
céu mandou um presente pra gente.
Dan: Meu
amor, eu estou tão feliz.
B: De agora
em diante, é só isso que vamos ser... Felizes!!
Ficaram se
olhando por alguns minutos quando Clarice quebrou o silencio.
C: Se for
menina vai se chamar Laura! Falei primeiro.
~Fim