quarta-feira, fevereiro 12, 2014

2° Te Quero de Volta

Claudia virou-se e viu a ex-mulher de Edu, ela sorria ao lado do namorado. Estavam saindo do novo restaurante.
Aquilo a deixou com certa inveja, ela estava lá, em um vestido deslumbrante, um sorriso espontâneo. Enquanto ela estava com o Edu em uma pizzaria com o filho dela que insistia em ser inconveniente.
C:Edu! (chamando sua atenção)
J:O que foi, pai?
E:Não, não é nada.
C:Eu não acredito que você estava olhando ela desse jeito na minha cara, Edu!
Ela estava visivelmente irritada e Eduardo sabia que aquilo não terminaria muito bem.
E:Claudia, por favor... Na frente do João, não.
Mesmo sem querer, ela parou logo o sermão já tinha montado em sua boca.
E:Vamos, vamos logo buscar o seu bichinho de pelúcia e irmos para casa.
J:Eba.
Claudia havia literamente ficado brava. Acompanhou-o até o carro completamente muda.

Enquanto isso, Alice e Tiago haviam entrado no carro e iriam a caminho do apartamento dele.
T:Amor, você precisava ver como ele fez aquele molho que comemos.
A:Ele te deixou vê-lo cozinhar?
T:Deixou, e ainda disse que em breve irá visitar o meu restaurante. (sorrindo)
A:Que bom meu amor, eu fico muito feliz por você.
T:Gostou da noite?
A:Eu amei (beijando)
Os lábios dela mostravam que ela queria algo a mais.
T:Nossa, que bom isso. (sorrindo entre os lábios dela)
A:Eu acho que podemos terminar essa noite muito melhor. (sorrindo)
Ele sorriu e a beijou novamente. É claro que terminariam muito melhor.
Tiago deu partida no carro e pegou o caminho para seu apartamento.
Enquanto isso  Eduardo, Claudia e João Felipe estavam chegando na casa de Alice.
Assim que chegaram, Eduardo percebeu que Alice ainda não havia chegado o carro do cozinheiro metido não estava na garagem.
Mas a luz da sala esta acesa. Por quê? Pensava ele. Ela não podia em hipótese alguma ter deixado Bianca sozinha em casa.
João ia logo apertar a campainha, Claudia havia ficado no carro. Mas Eduardo o impediu, fez um sinal de silêncio para o filho e ergueu o carpete da entrada. Lá estava, a chave. Anos e anos e Alice ainda não havia perdido aquele costume perigoso.
Ele pediu que João voltasse para o carro e ficasse com Cláudia.
E:Filho, fica lá no carro com a Tia Cláudia. Se a sua mãe desconfiar que você jantou pizza, ela vai brigar.
J:Tudo bem, pai.
O Menino obedeceu ao pai.
Com o máximo de silêncio, Eduardo virou a chave na porta e a abriu com tudo.
Não encontrou nada, apenas um balde de pipoca e dois copos na mesinha de centro.
A TV ainda estava quente, haviam acabado de desligar.
Pé ante pé ele subiu as escadas.
Ele ouviu barulho dentro do quarto de Bianca, não podia imaginar no que seria. Abriu a porta do quarto e lá estava a sua filha e um garoto quase nus.
E:Mas o que está acontecendo aqui? (gritando)
B:Pai! (cobrindo-se com o lençol)
E:Quem é esse moleque, Bianca?
Be:Prazer senhor Eduardo.
Com o lençol em torno da cintura, o rapaz aproximou-se do pai de Bianca com a mão estendida.
E:Seu... (indo para cima dele)
B:Para pai! (entrando no meio)
E:Vistam-se, eu quero falar com os dois na sala. E a sua mãe vai saber disso!

Enquanto isso, Alice e Tiago haviam acabado de chegar ao apartamento dele.
Estavam em meio a beijos, fecharam a porta apressadamente, direcionavam agora ao sofá.
A:Hum, então hoje você vai me mostrar uma surpresa? (por entre os lábios dele)
T:Vou, mas antes eu quero te mostrar outra coisa.
Ele a beijou intensamente e não demoraram muito até caírem em cima do sofá. Os beijos eram desejados, tinham sabor de vinho.
As mãos dele começaram a subir pela abertura do vestido. A respiração começava a ficar ofegante. Os lábios mordiscando um ao outro, quando o celular de Alice começou a tocar.
T:Ah, não... (ainda por entre os lábios dela)
A:Acho que é a Bia.
Ela levantou-se e foi até a bolsa, ao olhar a tela do celular, seu coração foi a mil. Será que havia acontecido com João para que Edu estivesse ligando àquela hora?
A:Edu? Aconteceu alguma coisa com o João?
Eduardo estava com uma voz que ela particularmente odiava.
E:Com o João nada, afinal quem estava cuidando dele era eu, mas com a Bia!
A:Com a Bia? O que aconteceu?
E:Volto para casa agora mesmo, eu estou te esperando.
Ele desligou bruscamente o celular na cara dela.
T:O que aconteceu meu amor?
A:Eu não sei, ele não quis me dizer. Mas pela voz, deve ser algo grave.
T:Essa não é a primeira vez que ele faz isso, deve ser mais um exagero como sempre. Como daquela vez em que o João perdeu o dente. Estávamos a caminho do Rio de Janeiro e tivemos que voltar porque ele disse que era algo sobre a saúde dele.
A:Eu sei meu amor, mas e não posso ignorar isso.
T:Alice, eu não estou dizendo isso para que você não vá, são seus filhos, é claro que você deve ir. Mas quero que desmanche essa carinha de culpada. Hun? (beijando-a) Vamos.
A:Vamos.
A essa altura Eduardo já havia ligado para Claudia e dito para que a mesma continuasse no carro e entretendo João. Sabia que quando Alice chegasse, as coisas ficariam tensas, e não queria que ele presenciasse.
Assim que a mesma entrou em casa, estavam ao sofá, Bernardo e Bianca, enquanto Eduardo andava de um lado para o outro com a cara fechada.
E:Enfim você chegou!
A:O que foi que aconteceu? Onde está a Bianca?
B:Mãe! (levantando-se e indo abraçar a mãe)
Be:Oi Dona Alice. (cumprimentando-a)
A:Oi meu filho, bom, para você estar aqui acho que já imagino o que aconteceu.
E:Imagina?! (gritando)
Eu encontrei os dois na cama! Na cama, Alice! Como você me explica isso?
A:Eduardo, você quer que eu fale o que? Que eu te explique o que? Eles são jovens!
E:Eu não estou acreditando que eu estou ouvindo isso. Minha filha ainda é uma criança! Como você pode estar permitindo isso?
A:Eu não estou permitindo nada, alias, ainda iremos conversar direitinho sobre isso, Dona Bianca e Senhor Bernardo.
E:Alice, se acontecer alguma coisa, a culpa é sua!
A:Minha?
E:Sua sim, porque a sua obrigação é cuidar deles, e você a deixou sozinha em casa para ir dormir com esse aí! (apontando para Tiago que decidiu não se intrometer)
A:Primeiro que o nome dele não é “esse aí”, segundo que ela disse que não estava se sentindo bem, o que eu podia fazer?
E:Podia ter ficado com ela em casa!
A:Ela não é mais criança, Eduardo.
E:Você não sabe educá-los. Garanto que sabia que ela estava de namorinho com esse aí.
A:Sabia, sabia sim.
E:E não me disse nada! Eu tenho o direito de saber, Alice! (gritando)
A:Assim como você me disse que essa menina colocou um piercing!
E:Uma coisa é colocar um piercing, a outra é ela estar transando dentro de casa!
B:Pai!
A:Você fica quieta, Bia.
Ela aproximou-se de Eduardo.
A:Você não é nenhum exemplo de pai para questionar o quanto eu sou ou deixo de ser uma boa mãe.
E:Deve ser por isso que o João gosta tanto de ficar comigo. Você não cuida dos seus filhos.
Nesse mesmo instante, Alice deu um tapa na cara de Eduardo, assim que o mesmo voltou o rosto para olhá-la e dizer-lhes “está maluca?” Ele foi parado por aqueles olhos que ele ainda tentava decifrar, o mesmo estava vermelho e derramava lágrimas atrás de lágrimas.
A:Nunca mais, ouse a questionar o meu amor pelos meus filhos.
Ele não tinha mais palavras para dizer, pensava com ele que o que ele disse, fora cruel demais. Onde estava com a cabeça?
Tiago estava agora indo em direção a Alice, quando todos tiveram a atenção voltada para João, o mesmo estava com uma crise asmática parado em frente a porta.
A:Filho, meu amor, o que está acontecendo.
E:Porque o trouxe aqui, Claudia? Eu disse para segurá-lo no carro.
C:Eu não pensei que estaria acontecendo a terceira guerra mundial aqui. Ele queria vir dar um abraço na mãe, mas viu o final da briga de vocês.
A:Pegue a bombinha dele, Edu. Está na mochila.
Eduardo entrou em desespero. A mochila estava em casa.
A:Edu!
E:Está em casa, eu não pensei que...
A:Você não está com a bombinha? (desesperada)
T:É mais rápido levá-lo a um hospital do que ir buscar a mochila.
Tiago pegou o pequeno João no colo e logo o levou em direção a seu carro. Isso deixou Eduardo muito incomodado, mas agora o mais importante era a saúde do seu filho.
Eduardo estava saindo pela porta, preocupado, quando recuou alguns passos e disse:
E:Você (apontando para Bernardo)vá para a sua casa, outra hora conversamos. E você (apontando para Bianca) vem comigo, agora!
Nisso Bernardo deu um sorriso tímido para Bianca e foi para casa. Já, Bianca acompanhou o pai e a namorada dele seguindo o carro de Tiago que levava o irmão.
B:Pai, eu só queria dizer que... (foi interrompida)
E:Outra hora conversamos, Bia. Você me decepcionou muito.

No carro de Tiago, Alice tinha João nos braços no banco de trás.
A:Filho, calma, respira devagar. Assim, igual à mamãe está fazendo. (chorando)
Tiago observava a namorada, a mesma não parava de chorar, e ele sabia que aquelas lágrimas além de ser pelo estado do pequeno João, era também por tudo que acabara de ouvir do ex-marido.
T:Amor, fica calma. Vai ficar tudo bem.
A:Vai, vai sim.
João ainda estava em crise, mas não tanto como antes.
Assim que chegaram ao hospital ele foi levado para ser medicado.
Alice estava acalmando agora e Eduardo se sentindo um monstro.
Algum tempo depois, Tiago tinha Alice em seus braços, Claudia estava sentada no sofá da sala de espera com os olhos pesados de sono. Bianca mexia no celular, provavelmente falando com Bernardo, enquanto Eduardo  marcava o chão de tanto andar. Até que o médico chegou.
Dr°: Ele foi medicado e já está respirando melhor, mas terá que passar a noite aqui, em observação.
C:Observação?
A:Mas então é...
Dr°: Não, fiquem tranquilos, é somente por precaução.
A:Eu posso vê-lo?
Dr°: Daqui a alguns minutos sim.
E:Eu vou ficar com ele.
A:Eu vou ficar com ele.
T:Eu fico com você, Alice.
C:Eu fico com você, Edu.
Alice virou-se para Tiago e acariciando-lhe a face, disse gentilmente:
A:Meu querido, eu sei que amanhã você tem um dia cheio no restaurante, eu vou ficar bem. Quero apenas te pedir um favor.
T:Tem certeza?
A:Absoluta. (sorrindo)
T: Que favor?
A:Quero que leve Bianca até em casa.
Assim que ela disse isso, virou-se de frente para Bianca e disse:
A: Você vai para casa, e não quero saber de mais nenhuma surpresa por hoje. Acho que por hoje já chega, né mocinha?
B:Tá, mãe.
E:Ela não vai pra casa. Claudia vai levá-la para a minha casa.
C:Vou?
E:Claro, não tem necessidade de ficarmos todos aqui. Quero que você fique em casa com a Bianca e descanse.
A:Edu, você...
B:Tudo bem, mãe. Eu vou com a Claudia para a casa do papai.
Alice percebeu que a filha queria evitar mais brigas.
T:Se precisar de qualquer coisa é só me ligar, eu venho correndo.
A:Eu sei... (sorrindo)
Tiago despediu-se de Alice com um carinhoso beijo na bochecha e foi para casa.
Claudia mesmo sem querer, obedeceu ao Edu, viu que o mesmo estava preocupado demais para fazer alguma briga.
Bianca deu um abraço na mãe e um aceno sem graça para o pai, e acompanhou Claudia.
Agora havia somente os dois. Era inicio de madrugada, logo o silêncio tomaria conta daquele hospital.
Não demorou muito até que o médico voltou e informou que os dois poderiam ver o menino.
João estava sonolento quando os dois entraram.
A:Own, meu filho. Como está se sentindo? (acariciando-lhe os cabelos)
E:Que susto ein rapaizão?
J:Mãe...
A:O que foi meu amor? Você quer alguma coisa?
J:Não bata mais no papai.
Alice sentiu seu coração ficar do tamanho de uma ameixa. O que fizera na frente de seu pequeno?
E:Filho, eu...(foi interrompido)
J:E não grite mais com a mamãe.
Eduardo sentiu o peso de palavras ditas sem pensar. Onde estava com a cabeça quando gritou com Alice daquela forma?
O que dissera a ela? Justo ela que fez de tudo para ficar com os filhos, ele jamais poderia ter dito aquilo.
E:Filho... (aproximando-se)
O pequeno João o olhava atencioso.
E:O papai nunca mais irá gritar com a sua mãe, está bem?
Nisso tanto Eduardo como Pedro olharam para Alice.
A:O que?
Ela olhou para Eduardo e o mesmo fez um sinal com a cabeça.
A:Tudo bem, eu nunca mais vou bater no seu pai.
No mesmo instante o menino sorriu, mas estava sonolento, além de ter sido medicado, já estava ao inicio da madrugada.
Assim que ele pegou no sono, Alice e Eduardo deixaram o quarto.
A mesma não trocou uma palavra sequer com o ex-marido, já o mesmo a seguia.
Alice saiu do hospital e foi para a área onde ela poderia tomar um pouco de café sossegada.
O hospital estava contemplado pelo silêncio. Pelo menos na parte em que estavam.
Eduardo foi até onde ela estava e também pegou um pouco de café, encostou-se ao lado dela e disse:
E:Eu queria te pedir desculpas.
Ela continuava em silêncio.
E:Eu passei dos limites, eu assumo. Mas é que você entende o que eu senti quando eu peguei os dois ali, quase nus? Era a minha filha! A minha bebe, Alice. Apenas pensei que você havia permitido aquilo e... (foi interrompido)
A:Eu? Você acha o que? Que eu sou uma cafetina ou algo do tipo?
E:Eu não disse isso
A:Mas foi o que você quis dizer.
E:Você e essa sua mania de tentar adivinhar tudo, de decifrar tudo. Eu disse o que disse e pronto, não existe algo que eu “queria dizer”
Alice virou de frente para ele, havia somente os dois naquele espaço, o vento começava a soprar um pouco gelado.
A:Você é quem tem a mania de achar que é o dono da verdade. Você estragou e estraga tudo, Edu.
E:Esse assunto de novo não, eu vi o que vi, isso você não tem como mentir.
A:Eu não vou falar isso com você de novo. Você acreditou no que você quis e destruiu a nossa família. Então pronto. Agora, falar do meu amor pelos meus filhos? Edu... Isso foi cruel. (olhando-o profundamente)
E:Eu já pedi desculpas, eu falei da boca para fora, me desculpa Alice.
Ele a segurava delicadamente pelos ombros. O toque dele ainda a deixava com o coração acelerado.
A:Eu... Eu não tenho nada que perdoar.
Dizendo isso ela virou, deixando-o a olhar para o nada. Mas antes mesmo que ela pudesse dar um passo, Edu a puxou pelo braço e invadiu a sua boca.
Para a sua surpresa, Alice não hesitou, aceitou o beijo. Como amava o beijo dela, o mesmo tinha gosto de café.
O beijo parou, ela abriu os olhos lentamente e assim que o seu olhar encontrou-se com o dele, ela deu um leve sorriso, mas no mesmo instante ergueu a mão para um tapa, mas Edu adiantou-se e segurou-lhe o braço.
E:Epa, acabou de prometer e já vai quebrar a promessa?
Ela abaixou o braço.
Antes mesmo de ele dizer algo que pudesse irritá-la, a mesma roubou-lhe um beijo, molhado e intenso.
Ao parar de beijá-lo ela segurou-o pelo queixo e disse:
A:Você é um cretino, Edu.

Ele sorriu ao vê-la sair. Adora vê-la brava e por isso fazia questão de sempre provocar algo.

5 comentários:

Luisa disse...

E no capítulo de hoje vimos:
O FDP 1 - por falar da forma que falou com uma mãe e por falta com o respeito ao Tiago ("cozinheiro metido" e "esse aí").
A FDP 2 - por trair o Tiago com o cara que acabou de a ofender da forma que fez.
E o Tiago que foi um fofo em todo o capítulo, foi romântico com ela e preocupado com os filhos desses FDPs.

Beijos no coração!!!

Luisa disse...

Esqueci da Claúdia que também é uma filha da mãe, não tinha nada que levar o menino lá, é óbvio que ela já tinha percebido que algo sério estava acontecendo!

Unknown disse...

amandooo Jeeh, e que beijo esse hein.... adorooo recaídas haha

Beatriz Marinho disse...

Cláudia, novamente, venho lhe dizer: SUA VACA!
Tiago sendo eternamente fofo... *-*
João, criança que tem visão de futuro!
Edu, não repita essas atitudes! Coisa feia. kk
Alice, não aceite mesmo! Meta a mão na cara mesmo kkk

Beatriz Marinho disse...

Ahh Jéssica, amando! kk <3

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quarta-feira, fevereiro 12, 2014

2° Te Quero de Volta

Claudia virou-se e viu a ex-mulher de Edu, ela sorria ao lado do namorado. Estavam saindo do novo restaurante.
Aquilo a deixou com certa inveja, ela estava lá, em um vestido deslumbrante, um sorriso espontâneo. Enquanto ela estava com o Edu em uma pizzaria com o filho dela que insistia em ser inconveniente.
C:Edu! (chamando sua atenção)
J:O que foi, pai?
E:Não, não é nada.
C:Eu não acredito que você estava olhando ela desse jeito na minha cara, Edu!
Ela estava visivelmente irritada e Eduardo sabia que aquilo não terminaria muito bem.
E:Claudia, por favor... Na frente do João, não.
Mesmo sem querer, ela parou logo o sermão já tinha montado em sua boca.
E:Vamos, vamos logo buscar o seu bichinho de pelúcia e irmos para casa.
J:Eba.
Claudia havia literamente ficado brava. Acompanhou-o até o carro completamente muda.

Enquanto isso, Alice e Tiago haviam entrado no carro e iriam a caminho do apartamento dele.
T:Amor, você precisava ver como ele fez aquele molho que comemos.
A:Ele te deixou vê-lo cozinhar?
T:Deixou, e ainda disse que em breve irá visitar o meu restaurante. (sorrindo)
A:Que bom meu amor, eu fico muito feliz por você.
T:Gostou da noite?
A:Eu amei (beijando)
Os lábios dela mostravam que ela queria algo a mais.
T:Nossa, que bom isso. (sorrindo entre os lábios dela)
A:Eu acho que podemos terminar essa noite muito melhor. (sorrindo)
Ele sorriu e a beijou novamente. É claro que terminariam muito melhor.
Tiago deu partida no carro e pegou o caminho para seu apartamento.
Enquanto isso  Eduardo, Claudia e João Felipe estavam chegando na casa de Alice.
Assim que chegaram, Eduardo percebeu que Alice ainda não havia chegado o carro do cozinheiro metido não estava na garagem.
Mas a luz da sala esta acesa. Por quê? Pensava ele. Ela não podia em hipótese alguma ter deixado Bianca sozinha em casa.
João ia logo apertar a campainha, Claudia havia ficado no carro. Mas Eduardo o impediu, fez um sinal de silêncio para o filho e ergueu o carpete da entrada. Lá estava, a chave. Anos e anos e Alice ainda não havia perdido aquele costume perigoso.
Ele pediu que João voltasse para o carro e ficasse com Cláudia.
E:Filho, fica lá no carro com a Tia Cláudia. Se a sua mãe desconfiar que você jantou pizza, ela vai brigar.
J:Tudo bem, pai.
O Menino obedeceu ao pai.
Com o máximo de silêncio, Eduardo virou a chave na porta e a abriu com tudo.
Não encontrou nada, apenas um balde de pipoca e dois copos na mesinha de centro.
A TV ainda estava quente, haviam acabado de desligar.
Pé ante pé ele subiu as escadas.
Ele ouviu barulho dentro do quarto de Bianca, não podia imaginar no que seria. Abriu a porta do quarto e lá estava a sua filha e um garoto quase nus.
E:Mas o que está acontecendo aqui? (gritando)
B:Pai! (cobrindo-se com o lençol)
E:Quem é esse moleque, Bianca?
Be:Prazer senhor Eduardo.
Com o lençol em torno da cintura, o rapaz aproximou-se do pai de Bianca com a mão estendida.
E:Seu... (indo para cima dele)
B:Para pai! (entrando no meio)
E:Vistam-se, eu quero falar com os dois na sala. E a sua mãe vai saber disso!

Enquanto isso, Alice e Tiago haviam acabado de chegar ao apartamento dele.
Estavam em meio a beijos, fecharam a porta apressadamente, direcionavam agora ao sofá.
A:Hum, então hoje você vai me mostrar uma surpresa? (por entre os lábios dele)
T:Vou, mas antes eu quero te mostrar outra coisa.
Ele a beijou intensamente e não demoraram muito até caírem em cima do sofá. Os beijos eram desejados, tinham sabor de vinho.
As mãos dele começaram a subir pela abertura do vestido. A respiração começava a ficar ofegante. Os lábios mordiscando um ao outro, quando o celular de Alice começou a tocar.
T:Ah, não... (ainda por entre os lábios dela)
A:Acho que é a Bia.
Ela levantou-se e foi até a bolsa, ao olhar a tela do celular, seu coração foi a mil. Será que havia acontecido com João para que Edu estivesse ligando àquela hora?
A:Edu? Aconteceu alguma coisa com o João?
Eduardo estava com uma voz que ela particularmente odiava.
E:Com o João nada, afinal quem estava cuidando dele era eu, mas com a Bia!
A:Com a Bia? O que aconteceu?
E:Volto para casa agora mesmo, eu estou te esperando.
Ele desligou bruscamente o celular na cara dela.
T:O que aconteceu meu amor?
A:Eu não sei, ele não quis me dizer. Mas pela voz, deve ser algo grave.
T:Essa não é a primeira vez que ele faz isso, deve ser mais um exagero como sempre. Como daquela vez em que o João perdeu o dente. Estávamos a caminho do Rio de Janeiro e tivemos que voltar porque ele disse que era algo sobre a saúde dele.
A:Eu sei meu amor, mas e não posso ignorar isso.
T:Alice, eu não estou dizendo isso para que você não vá, são seus filhos, é claro que você deve ir. Mas quero que desmanche essa carinha de culpada. Hun? (beijando-a) Vamos.
A:Vamos.
A essa altura Eduardo já havia ligado para Claudia e dito para que a mesma continuasse no carro e entretendo João. Sabia que quando Alice chegasse, as coisas ficariam tensas, e não queria que ele presenciasse.
Assim que a mesma entrou em casa, estavam ao sofá, Bernardo e Bianca, enquanto Eduardo andava de um lado para o outro com a cara fechada.
E:Enfim você chegou!
A:O que foi que aconteceu? Onde está a Bianca?
B:Mãe! (levantando-se e indo abraçar a mãe)
Be:Oi Dona Alice. (cumprimentando-a)
A:Oi meu filho, bom, para você estar aqui acho que já imagino o que aconteceu.
E:Imagina?! (gritando)
Eu encontrei os dois na cama! Na cama, Alice! Como você me explica isso?
A:Eduardo, você quer que eu fale o que? Que eu te explique o que? Eles são jovens!
E:Eu não estou acreditando que eu estou ouvindo isso. Minha filha ainda é uma criança! Como você pode estar permitindo isso?
A:Eu não estou permitindo nada, alias, ainda iremos conversar direitinho sobre isso, Dona Bianca e Senhor Bernardo.
E:Alice, se acontecer alguma coisa, a culpa é sua!
A:Minha?
E:Sua sim, porque a sua obrigação é cuidar deles, e você a deixou sozinha em casa para ir dormir com esse aí! (apontando para Tiago que decidiu não se intrometer)
A:Primeiro que o nome dele não é “esse aí”, segundo que ela disse que não estava se sentindo bem, o que eu podia fazer?
E:Podia ter ficado com ela em casa!
A:Ela não é mais criança, Eduardo.
E:Você não sabe educá-los. Garanto que sabia que ela estava de namorinho com esse aí.
A:Sabia, sabia sim.
E:E não me disse nada! Eu tenho o direito de saber, Alice! (gritando)
A:Assim como você me disse que essa menina colocou um piercing!
E:Uma coisa é colocar um piercing, a outra é ela estar transando dentro de casa!
B:Pai!
A:Você fica quieta, Bia.
Ela aproximou-se de Eduardo.
A:Você não é nenhum exemplo de pai para questionar o quanto eu sou ou deixo de ser uma boa mãe.
E:Deve ser por isso que o João gosta tanto de ficar comigo. Você não cuida dos seus filhos.
Nesse mesmo instante, Alice deu um tapa na cara de Eduardo, assim que o mesmo voltou o rosto para olhá-la e dizer-lhes “está maluca?” Ele foi parado por aqueles olhos que ele ainda tentava decifrar, o mesmo estava vermelho e derramava lágrimas atrás de lágrimas.
A:Nunca mais, ouse a questionar o meu amor pelos meus filhos.
Ele não tinha mais palavras para dizer, pensava com ele que o que ele disse, fora cruel demais. Onde estava com a cabeça?
Tiago estava agora indo em direção a Alice, quando todos tiveram a atenção voltada para João, o mesmo estava com uma crise asmática parado em frente a porta.
A:Filho, meu amor, o que está acontecendo.
E:Porque o trouxe aqui, Claudia? Eu disse para segurá-lo no carro.
C:Eu não pensei que estaria acontecendo a terceira guerra mundial aqui. Ele queria vir dar um abraço na mãe, mas viu o final da briga de vocês.
A:Pegue a bombinha dele, Edu. Está na mochila.
Eduardo entrou em desespero. A mochila estava em casa.
A:Edu!
E:Está em casa, eu não pensei que...
A:Você não está com a bombinha? (desesperada)
T:É mais rápido levá-lo a um hospital do que ir buscar a mochila.
Tiago pegou o pequeno João no colo e logo o levou em direção a seu carro. Isso deixou Eduardo muito incomodado, mas agora o mais importante era a saúde do seu filho.
Eduardo estava saindo pela porta, preocupado, quando recuou alguns passos e disse:
E:Você (apontando para Bernardo)vá para a sua casa, outra hora conversamos. E você (apontando para Bianca) vem comigo, agora!
Nisso Bernardo deu um sorriso tímido para Bianca e foi para casa. Já, Bianca acompanhou o pai e a namorada dele seguindo o carro de Tiago que levava o irmão.
B:Pai, eu só queria dizer que... (foi interrompida)
E:Outra hora conversamos, Bia. Você me decepcionou muito.

No carro de Tiago, Alice tinha João nos braços no banco de trás.
A:Filho, calma, respira devagar. Assim, igual à mamãe está fazendo. (chorando)
Tiago observava a namorada, a mesma não parava de chorar, e ele sabia que aquelas lágrimas além de ser pelo estado do pequeno João, era também por tudo que acabara de ouvir do ex-marido.
T:Amor, fica calma. Vai ficar tudo bem.
A:Vai, vai sim.
João ainda estava em crise, mas não tanto como antes.
Assim que chegaram ao hospital ele foi levado para ser medicado.
Alice estava acalmando agora e Eduardo se sentindo um monstro.
Algum tempo depois, Tiago tinha Alice em seus braços, Claudia estava sentada no sofá da sala de espera com os olhos pesados de sono. Bianca mexia no celular, provavelmente falando com Bernardo, enquanto Eduardo  marcava o chão de tanto andar. Até que o médico chegou.
Dr°: Ele foi medicado e já está respirando melhor, mas terá que passar a noite aqui, em observação.
C:Observação?
A:Mas então é...
Dr°: Não, fiquem tranquilos, é somente por precaução.
A:Eu posso vê-lo?
Dr°: Daqui a alguns minutos sim.
E:Eu vou ficar com ele.
A:Eu vou ficar com ele.
T:Eu fico com você, Alice.
C:Eu fico com você, Edu.
Alice virou-se para Tiago e acariciando-lhe a face, disse gentilmente:
A:Meu querido, eu sei que amanhã você tem um dia cheio no restaurante, eu vou ficar bem. Quero apenas te pedir um favor.
T:Tem certeza?
A:Absoluta. (sorrindo)
T: Que favor?
A:Quero que leve Bianca até em casa.
Assim que ela disse isso, virou-se de frente para Bianca e disse:
A: Você vai para casa, e não quero saber de mais nenhuma surpresa por hoje. Acho que por hoje já chega, né mocinha?
B:Tá, mãe.
E:Ela não vai pra casa. Claudia vai levá-la para a minha casa.
C:Vou?
E:Claro, não tem necessidade de ficarmos todos aqui. Quero que você fique em casa com a Bianca e descanse.
A:Edu, você...
B:Tudo bem, mãe. Eu vou com a Claudia para a casa do papai.
Alice percebeu que a filha queria evitar mais brigas.
T:Se precisar de qualquer coisa é só me ligar, eu venho correndo.
A:Eu sei... (sorrindo)
Tiago despediu-se de Alice com um carinhoso beijo na bochecha e foi para casa.
Claudia mesmo sem querer, obedeceu ao Edu, viu que o mesmo estava preocupado demais para fazer alguma briga.
Bianca deu um abraço na mãe e um aceno sem graça para o pai, e acompanhou Claudia.
Agora havia somente os dois. Era inicio de madrugada, logo o silêncio tomaria conta daquele hospital.
Não demorou muito até que o médico voltou e informou que os dois poderiam ver o menino.
João estava sonolento quando os dois entraram.
A:Own, meu filho. Como está se sentindo? (acariciando-lhe os cabelos)
E:Que susto ein rapaizão?
J:Mãe...
A:O que foi meu amor? Você quer alguma coisa?
J:Não bata mais no papai.
Alice sentiu seu coração ficar do tamanho de uma ameixa. O que fizera na frente de seu pequeno?
E:Filho, eu...(foi interrompido)
J:E não grite mais com a mamãe.
Eduardo sentiu o peso de palavras ditas sem pensar. Onde estava com a cabeça quando gritou com Alice daquela forma?
O que dissera a ela? Justo ela que fez de tudo para ficar com os filhos, ele jamais poderia ter dito aquilo.
E:Filho... (aproximando-se)
O pequeno João o olhava atencioso.
E:O papai nunca mais irá gritar com a sua mãe, está bem?
Nisso tanto Eduardo como Pedro olharam para Alice.
A:O que?
Ela olhou para Eduardo e o mesmo fez um sinal com a cabeça.
A:Tudo bem, eu nunca mais vou bater no seu pai.
No mesmo instante o menino sorriu, mas estava sonolento, além de ter sido medicado, já estava ao inicio da madrugada.
Assim que ele pegou no sono, Alice e Eduardo deixaram o quarto.
A mesma não trocou uma palavra sequer com o ex-marido, já o mesmo a seguia.
Alice saiu do hospital e foi para a área onde ela poderia tomar um pouco de café sossegada.
O hospital estava contemplado pelo silêncio. Pelo menos na parte em que estavam.
Eduardo foi até onde ela estava e também pegou um pouco de café, encostou-se ao lado dela e disse:
E:Eu queria te pedir desculpas.
Ela continuava em silêncio.
E:Eu passei dos limites, eu assumo. Mas é que você entende o que eu senti quando eu peguei os dois ali, quase nus? Era a minha filha! A minha bebe, Alice. Apenas pensei que você havia permitido aquilo e... (foi interrompido)
A:Eu? Você acha o que? Que eu sou uma cafetina ou algo do tipo?
E:Eu não disse isso
A:Mas foi o que você quis dizer.
E:Você e essa sua mania de tentar adivinhar tudo, de decifrar tudo. Eu disse o que disse e pronto, não existe algo que eu “queria dizer”
Alice virou de frente para ele, havia somente os dois naquele espaço, o vento começava a soprar um pouco gelado.
A:Você é quem tem a mania de achar que é o dono da verdade. Você estragou e estraga tudo, Edu.
E:Esse assunto de novo não, eu vi o que vi, isso você não tem como mentir.
A:Eu não vou falar isso com você de novo. Você acreditou no que você quis e destruiu a nossa família. Então pronto. Agora, falar do meu amor pelos meus filhos? Edu... Isso foi cruel. (olhando-o profundamente)
E:Eu já pedi desculpas, eu falei da boca para fora, me desculpa Alice.
Ele a segurava delicadamente pelos ombros. O toque dele ainda a deixava com o coração acelerado.
A:Eu... Eu não tenho nada que perdoar.
Dizendo isso ela virou, deixando-o a olhar para o nada. Mas antes mesmo que ela pudesse dar um passo, Edu a puxou pelo braço e invadiu a sua boca.
Para a sua surpresa, Alice não hesitou, aceitou o beijo. Como amava o beijo dela, o mesmo tinha gosto de café.
O beijo parou, ela abriu os olhos lentamente e assim que o seu olhar encontrou-se com o dele, ela deu um leve sorriso, mas no mesmo instante ergueu a mão para um tapa, mas Edu adiantou-se e segurou-lhe o braço.
E:Epa, acabou de prometer e já vai quebrar a promessa?
Ela abaixou o braço.
Antes mesmo de ele dizer algo que pudesse irritá-la, a mesma roubou-lhe um beijo, molhado e intenso.
Ao parar de beijá-lo ela segurou-o pelo queixo e disse:
A:Você é um cretino, Edu.

Ele sorriu ao vê-la sair. Adora vê-la brava e por isso fazia questão de sempre provocar algo.

5 comentários:

Luisa disse...

E no capítulo de hoje vimos:
O FDP 1 - por falar da forma que falou com uma mãe e por falta com o respeito ao Tiago ("cozinheiro metido" e "esse aí").
A FDP 2 - por trair o Tiago com o cara que acabou de a ofender da forma que fez.
E o Tiago que foi um fofo em todo o capítulo, foi romântico com ela e preocupado com os filhos desses FDPs.

Beijos no coração!!!

Luisa disse...

Esqueci da Claúdia que também é uma filha da mãe, não tinha nada que levar o menino lá, é óbvio que ela já tinha percebido que algo sério estava acontecendo!

Unknown disse...

amandooo Jeeh, e que beijo esse hein.... adorooo recaídas haha

Beatriz Marinho disse...

Cláudia, novamente, venho lhe dizer: SUA VACA!
Tiago sendo eternamente fofo... *-*
João, criança que tem visão de futuro!
Edu, não repita essas atitudes! Coisa feia. kk
Alice, não aceite mesmo! Meta a mão na cara mesmo kkk

Beatriz Marinho disse...

Ahh Jéssica, amando! kk <3

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