sábado, setembro 14, 2013

1° Delírios

Delírios
Porque o melhor... É se deixar levar...


Na saída da escola de Dança...
A: Não Derik...
D: Eu não aquento mais Ana...
A: Aqui não garoto. Já disse.
D: Onde...
A: Vou ver...
D: Quando?
A: Vou ver também. (sorrindo)
D: Ahhh, isso não é justo. (a agarrou e com força a encostou contra a porta)
Eram os últimos. Ana sempre ficava por ultimo para fechar a escola, afinal era a sua escola de dança.
A: Para com isso.
D: Você não me da outra escolha.
E nisso a beijou forte, um beijo desejado, onde cada sentido de seus corpos agora estava à flor da pele.
Ela não resistia, era um garoto apenas, mas a tirava desse mundo.
Uma das mãos dele estava apertando em cheio a coxa dela, e ela com uma das pernas entrelaçada nele.
D: Eu sei que você não resiste Professora. (mordiscando a orelha dela)
Ela ria como quem diz “eu posso parar quando eu quiser”.
D: Diz para mim... Hein... (ofegante) Diz que quer... Eu sei disso.
A: Para com isso garoto. Você tem que crescer um pouco mais. (sorrindo)
E dizendo isso se soltou dele, abriu a porta e saiu.
A: Vamos, agora vai saindo daí que preciso ir para casa.
D: Isso não se faz Ana. (passando pela porta e rindo para ela, que também estava rindo)
A: (sorrindo) (mordendo o lábio inferior com as chaves na mão).
Ela trancou a porta, e foi em direção ao carro.
Derik foi correndo atrás.
D: Calma, espera, como assim você vai me deixar assim? (apontando para calça dele)
A: Estou falando para você crescer primeiro. (sorrindo)
Ele a cercou e a apertou no carro.
D: Para com isso professora, você não é assim que eu sei.
Ana o olhou com um olhar de quem estava o desafiando.
A: Não. (sorrindo)
Ela se divertia com a cara dele, e ele ficava maluco.
Ele a segurou pelo braço.
D: Por quê?
A: Você não conseguiria me dar prazer.
D: Está duvidando de mim?
A: Estou. Deu um selinho nele e entrou no carro.
Ele ficou parado no lugar, poxa ela tinha acabado de acabar com a sua moral.
Era interior de São Paulo, Ana Elizabete Blayder morava em uma chácara, adorava o ar puro, o barulho dos passarinhos, do rio, da sua liberdade, era solteira, nunca se casou, não tem filhos, vive a vida que quer, sua paixão é dançar, e por isso ama o que faz, e cuida de sua escola como o seu maior bem.
Chegou a casa, como sempre tudo escuro e um silencio. Como estava com algum as sacolas na mão porque havia passado no mercado, teve certa dificuldade para abrir a porta, mais depois de alguns minutos ela abriu.
Assim que acendeu a luz da sala.
A: Ahhhhhhhhhhhh. (soltando as sacolas no chão)
C: Ahhhhhhhhh. (caindo do sofá)
A: (rindo)
C: Está maluca Ana. Quer me matar do coração.
A: (rindo) Desculpa Carol. Ah a culpa foi sua, deitada no meu sofá nesse escuro.
C: Mais você sabe que eu tenho a chave doida.
A: Sei mais você sempre deixa as luzes acesa. (rindo). Desculpa.
C: Ué? Achei que ia demorar. (pegando as coisas que ela tinha derrubado)
A: Não. (enquanto levava para o balcão da cozinha)
C: O garoto não te segurou hoje?
A: Segurou um pouco, mas eu logo o dispensei.
C: Ainda acho que você devia dar uns cata nele
A: Está maluca Carol, eu lá “cato” alguém.
C: (sorrindo) Desculpa Ana, mais é que ele ta insistindo tanto, achei que ele tivesse conseguido dessa vez.
A: Aquele garoto ainda tem que comer muito arroz com feijão. (sorrindo)
C: Opa, desculpa aí. Mais ele é um gatinho.
A: Pega para você então, quem sabe ele larga do meu pé.
Carol parou e olhou para ela como quem diz “está me zoando?”.
A: Tá (sorrindo) desculpa estou só brincando.
C: Tem algum sorvete em alguma dessas sacolas?
A: Não. (sorrindo) Ué? O que aconteceu?
C: Estou mulherzinha hoje.
A: Ih, terminou com a Vânia?
C: Ela me traiu.
A: Eita, por quê?
C: E com um homem ainda, ai que raiva.
A: Ai Carol, que pena achei que dessa vez ia ser sério.
C: Eu também.
Ana olhou para Carol quase chorando no sofá.
A: Ah para com isso, você nem parece você chorando por alguém que não te deu valor.
Carol estava com a cabeça baixa.
A: Olha aqui.
Carol olhou para ela.
A: Bora se entupir de Pizza e Coca-Cola.
C: Jura?
A: Só hoje por você.
C: Deixa eu já ligar então antes que você desista, afinal não é todo o dia de semana que Dona Ana resolve quebrar a alimentação saudável dela. (sorrindo)
A: Palhaça, vai logo mesmo antes que eu desista.
Carol é amiga de Ana há muitos anos, mesmo Carol sendo mais nova que Ana, tem uma experiência de vida tão vasta quando a de Ana.
Já moraram juntas, mais ambas gosta de suas liberdades, mais quase sempre Carol vai chorar as pitangas para Ana.

2° Delírios

A chácara de Ana era perfeita, sua vida toda se resume a ela e sua escola.
A casa é toda de madeira, a sala, por exemplo, tem uma parte que é toda de vidro e ela vê toda a área de fora, a piscina, na parte de cima fica três quartos, de animais em sua chácara ela tem um galinheiro, uma vaca, dois cavalos, um cachorro e um gato ainda bebe, que ganhou no seu ultimo aniversario de um aluno.
Passaram a noite toda jogando conversa fora, e comendo besteiras.
Ana é uma maluquinha, é esquentada e fala tudo que vem na telha, no fundo bem no fundo tem um lado todo romântico, mais que briga com ela mesma a todo o tempo.
Era fim de semana, Carol estava insistindo para Ana sair com ela, precisava esfriar a cabeça. Na verdade precisava de um porre depois da traição que sofreu.
A: Ah, não estou a fim.
C: Poxa vida Ana. Estou te implorando.
A: Ahh nem tenho roupa para ir nessa balada ai, embora me comporte como uma, não sou uma garotinha periguete.
C: (rindo) “Garotinha Periguete”? Bora, anda logo, não aceito o seu não.
A: Ahhhhhh. Que saco Carol. (indo emburrada se arrumar)
Algum tempo depois.
C: Noooossa está gata, hein? Pena que você não gosta da fruta aqui e também é como minha irmã, se não... Jesus
A: Cala a boca Carol. (sorrindo)(indo para a porta)
C: (sorrindo) (a seguindo)
Pegaram o carro e seguiram para uma boate famosinha da cidade onde moravam.
Ana tinha seus 51 anos, mais ninguém dava essa idade para ela.
A boate já estava lotada, era quase 2hrs da manhã, tocava de tudo naquela boate. E claro que Ana logo logo, chamou a atenção. Afinal dançava divinamente bem, e isso a deixava deslumbrante.

Carol já estava doida, tinha bebido todas.
E Ana estava aos pingos de suor de tanto que já havia dançado.
Começou um tango... Espera aí, um tango? Numa boate jovem?
Estava sentada recuperando o fôlego quando uma mão é estendida a sua frente.
F: Me daria a honra?
Ana aceitou e foi levada até a pista.
A música começou...
Os olhares eram hipnotizados, aqueles olhos azuis a olhando com doçura a deixavam desconcertada, chegou certa hora, que nem o olhava mais, estava quase errando o passo. Mais como assim? Um homem daquele jeito estava naquela boate? Tipo ela, praticamente foi arrastada por Carol sofreu literalmente uma chantagem emocional, e ele tinha cara de um homem sério, caseiro. Fora também que devia ter lá os seus 50 e poucos anos.
Aproveitou o Maximo que conseguiu daquela dança, nada foi dito.
Para sorte deles, os jovens não vaiaram, simplesmente abriram uma roda e olhavam hipnotizados para aquele casal, tão diferente.
Estavam perfeitos, como se tivessem ensaiado.
Ana não estava muito confortável com aquela situação, era como se ele a tivesse analisando.
Em fim a dança acabou.
F: Prazer, Fabio. (a beijando a mão)
A: Ana. (sorrindo)
F: Você dança muito bem.
A: Você também. Nossa não sei como colocaram essa musica, afinal a conheço muito bem.
F: Eu, eu pedi para colocar, eu na verdade vim buscar meu filho. É meio rebelde sabe, mais quando te vi dançando, fui La e pedi a musica.
A: (sorrindo)
Ana queria conversar mais com ele, mais não deu foi interrompida.
Garçom: Licença, você que esta com aquela moça ali. (e apontou para Carol)
A: Sou eu sim...
Garçom: Ela não esta bem.
A: Ah meu Deus. (e já foi saindo)
F: Quer ajuda?
A: Não, obrigada.
Fabio ainda gritou.
F: Espero te ver um dia de novo.
Ana virou e sorriu para ele.
Assim que chegou onde Carol estava...
A: Meu Deus Carol, o que é isso?
C: Porque ela fez isso? Por quê?
A: Ai Senhor, você bebeu demais, vem, vamos para casa.
Ana passou um dos braços de Carol em seu pescoço e saiu com ela dali.
Colocou-a no carro com certa dificuldade, Carol estava completamente bêbada.
Ana estava dirigindo. E dando um belo sermão em Carol.
A: Pow Carol, para que isso? Olha como você esta. O que você esta pensando. Isso não vai te ajudar em nada. Ela com certeza deve estar lá super feliz com o namorado dela e você ai, acabando como seu fígado à toa, por alguém que não te merece.
C: Para... (resmungando)
A: Para nada Carol, estou dizendo isso para o seu próprio bem, poxa você é minha amiga, minha irmã, não quero te ver sofrer...
C: Para.
A: Qual é o seu problema?(Já irritada)
C: Para o carro, acho que vou...
Não deu tempo, aquilo foi muito nojento, Ana quase vomitou também, o mais rápido que pode Ana abriu os vidros do carro, ligou o ar condicionado, e pisou no acelerador o mais rápido que pode.
Chegaram à chácara.
Ana aos tropeços e escorregões levou Carol ao banheiro, socou ela embaixo de uma ducha gelada e a deitou na cama.
Que trabalho.
Mas uma coisa ela não tirava da cabeça. Aquele homem, por quê? Porque ele mexeu assim com ela?
Mas agora é hora de por os pés no chão, Ana você não vai mais vê-lo.
Apesar de que é uma cidade pequena, talvez o veja de novo.
O que é isso? Ana brigava consigo mesma.
Bom, ligou uma musica calma e deixou que a coisa fluísse. Sim o seu lado menininha apaixonada e romântica, estava guardada, mas quando ela colocava uma musica calma, pegava o seu vinho suave e sentava na sala em cima do seu tapete felpudo vermelho, podia se ver que lá vinha à menininha de Ana.
Estava entregue aquela musica. Trazia-lhe recordações maravilhosas. E mesmo que a fizesse sofrer. Gostava de recorda-las.
Ana não tinha família, foi adotada e seus pais adotivos já morreram, e não se da muito bem com a família desses pais adotivos, mais na verdade também nunca considerou nenhum deles a não ser sua mãe e seu pai adotivos mesmo.
Por isso mudou de cidade, e se refugiava naquela chácara.
Era meio dia de Domingo.
Ana estava sentada a mesa saboreando seu prato de domingo “Lasanha”.
Carol descia as escadas com uma cara péssima. Ainda com o short de dormir, o cabelo todo bagunçado, e os olhos inchados.
A: Bom dia margarida. (sorrindo)
C: Nossa que dor de cabeça.
A: (sorrindo) Me assustaria se você dissesse que não tava com essa dor de cabeça.
C: Você me deu um banho?
A: Dei.
C: Isso quer dizer que eu fui sexualmente assediada no meu inconsciente? (sorrindo)
A: Claro, foi super sexy, segurar sua cabeça para você não se afogar na banheira, tapar o nariz pelo cheiro de vomito e ainda praticamente te carregar para a cama.
C: (sorrindo) Que horror. (sentando-se a mesa)
A: Como está se sentindo?
C: Melhor. Chega de chorar.
A: Isso ai, cabeça erguida.
C: Acho até que vou dar um mergulho na sua cachoeira.
A: Claro...
C: Vamos?
A: Vamos, mas só depois que você lavar o meu carro é claro.
C: Ai... Não me diz que...
A: Uhum.
C: Droga.
A: Está calor, vai estar sol o dia todo, e eu não estou com pressa. (Rindo)
C: Você ri, não é? Porque não é você.
A: Mais é claro. (sorrindo)
Mais ou menos 17 h da tarde, Ana e Carol estavam na cachoeira, sempre faziam isso. Ana adorava sua chácara, cada espacinho dela, e essa cachoeira era uma delas, era só dela. Demais ninguém.
Estavam dentro da cachoeira, longe da queda da água.
Tinham bebido algumas taças de vinho antes. Estavam rindo a toa.
C: (sorrindo) Não era nem para eu ter bebido mais.
A: (sorrindo) Ah nem te contei. Ontem dancei um tango naquela boate?
C: (rindo) Eu que bebo e você que embebeda Ana.
A: Sério, o homem que pediu até dançou comigo.
C: Qual o nome?
A: Fabio.
C: Oh legal, pegou o telefone?
A: Não.
C: Vão sair de novo?
A: Não.
C: Vocês transaram?
A: Para de beber Carol. (sorrindo) Claro que não a gente só dançou.
C: Mas por quê?
A: Porque minha melhor amiga inventou de desmaiar pelo porre que ela tomou, ai tive que sair correndo.
Carol começou a rir.
A: Palhaça. (rindo)
C:Desculpa. Cara desculpa mesmo, você sem sexo há meses e eu tirei sua oportunidade.
A: Carol!(jogando água nela)
C: Ai, estou mentindo? Ou você não me disse.
Ana ficou em silencio.
Carol fez uma cara de espanto.
C: Não me diga que o moleque gatinho com...
Ana fez que sim com a cabeça.
C: Ohhhhh my good, chocada.
A: Até que ele bate um bolão. Menino é cheio de saúde.
C: Ahhhhhh. (rindo)
A: Não sei o que ele tem, mais ele tem uma pegada sabe, um jeito diferente. Sei lá. Eu gosto.
C: (rindo) Está gostando dele Ana ELIZABETE?
A: Ha ha ha, claro que não MARIA CAROLINA acho que é só carnal, sabe?
C: Acha? (rindo)
A: A para Carol, não vem achar coisa onde não tem. Mas é um carnal forte, muito forte.
C: Ui.
Ficaram naquela cachoeira por quase uma hora.
Assim que cansaram, voltaram para casa.
Carol desmaiou mais um pouco no sofá e depois foi para sua casa, afinal no dia seguinte já era segunda, e a rotina de trabalho voltava.
Tinha um negocio próprio, uma loja de Rock, também amava o que fazia, era sua paixão.
Era quase 23hrs da noite quando Ana resolveu parar de assistir o seu seriado e ir para cama, mas antes de apagar as luzes da sala, algo a chamou atenção.
Na porta de vidro da sua sala estava alguém parado do lado de fora, todo sorridente batendo na porta.
Derik.
A: Mais o que você esta fazendo aqui? (abrindo a porta)
D: Vim te dar um boa noite.
A: Cadê minha cadela o que você fez? (já saindo para ver)
D: Ah aquela ali? (mostrou ao lado da piscina)
Amora a cadela de Ana estava se deliciando com um enorme pedaço de bife.
A: Droga Derik.
D: Ah para, eu sei que você gostou professora. (já a agarrando)
A: Sai daqui, não quero você aqui de novo.
D: Por quê? (a beijando)
A: Porque sim.
Ele a saltou a boca, foi forte, ela quase caiu, estavam se embolando, um pouco ela batia e empurrava e outro pouco o beijava e o puxava para si, foram se beijando e andando até que ele a encostou na mesa.
A parte debaixo da casa de Ana era um enorme cômodo dividido sem as paredes, então ali mesmo, já tinha um canto com as coisas da cozinha, um balcão, a mesa.
A mesa.
Ali foram parados, ele a ergueu ali ela já colocou as mãos atrás e foi derrubando o que tinha em cima.
Sem pararem o beijo, estavam se preparando, ofegantes, ela ali sentada na mesa.
Foram tirando as roupas, rápidos, como se estivessem com pressa, pareciam bichos abrindo um pacote de carne, dava medo só de ver.
Ela erguia a cabeça e ele se deliciava com o seu pescoço, a torturando de todas as maneiras.
D: Agora, vem logo.
Ela o olhou com uma cara safada e sorriu para ele, mordeu o lábio inferior.
A: Ah garoto, você vai ver só, vou me lembrar disso.
D: Você gosta? (ainda concentrado no pescoço dela)
A: Anda logo com isso.
D: Seu desejo é uma ordem Professora. (sorriu)
Ela se agarrou a ele, e começaram uma sincronia de sensações.
Ficaram assim por alguns minutos.
Já suados e cansados, chegaram ao prazer extremo de cada um.
A: Nossa. (Respirando forte)

3° Delírios

D: Uffa, que loucura. (ofegante)
A: Você é muito insistente garoto.
D: (sorrindo) (a olhando provocador) Quem não arrisca não petisca professora.
A: Boa resposta.
Derik foi saindo da mesa, foram se recompondo.
Ana também, no fundo gostava dessa relação estranha que tinha com o Derik.
Bom ela super calma, como se não tivesse acontecido nada demais foi até o balcão e começou a pegar umas frutas, talvez fosse fazer uma vitamina.
A: Quer?
D: Quero. (e foi indo em direção onde ela estava)
Calmamente sentou-se na banqueta e ficou a olhando fazer a vitamina.
Assim que terminou entregou a ele, e também se sentou.
Ele bebia a olhando.
A: O que foi?
D: Como você faz isso?
A: Isso o que?
D: Me enlouquece.
A: Eu não faço nada, você é que ainda é um garoto e se “alegra muito rápido”.
D: Não me provoca professora.
A: (sorrindo)
D: Fiquei sabendo que você saiu ontem à noite.
A: Ah ficou?
D: Uhum. (a desafiando)
A: E daí?
D: E daí? E daí que quero que me conte onde foi?
A: Ha ha ha...
D: Ficou com alguém?
A: Claro que fiquei, com vários, todos os homens me querem, não é só você, amanheci largada ali na beira da minha piscina, com a boca inchada de tanto beijar.
Derik a olhou espantado, ela tinha temperamento literalmente muito eclético. Então não colocaria sua mão no fogo por ela nesse sentido.
A: Derik, por favor.
D: Uffa, por um instante quase acreditei mesmo.
A: Garoto abusado, sai daqui, vai.
D: O que? Como assim e vou dormir com você.
A: Ha ha. O único gato que dorme comigo é aquele ali.
A: Agora sai.
D: Nossa, mas espera ai, ainda to bebendo essa vitamina.
Ana coloca as mãos na cintura e o olha, como quem diz”vou enfiar essa vitamina de uma vez a sua goela baixo garoto”
Ele riu dela.
A: 1...
D: (sorrindo)...
A: 2...
D: Tah, já entendi, estou indo.
Derik a puxou forte e deixou um beijo desentupidor de pia nela.
D: Sua vitamina estava deliciosa professora. (e lambeu o lábio inferior)
Ana olhou para ele...
A: 2 e meio...
Ele saiu rindo pela porta de vidro.
Ana deitou em sua cama com Happy (seu gatinho), e ficou lembrando-se de Derik.
A: Garoto abusado.
E assim começou mais uma semana.
Ana demorou acordar naquele dia, estava cansada...
Não abria a escola muito cedo, então tinha tempo o suficiente para levantar, tomar um café sossegada, e depois ir à escola.

Tinha certo ritual ao acordar, acordava e a primeira coisa, fazia sua higiene e descia para cozinha, colocava a água no fogo para fazer o café, ligava o radio e chamava Happy para beber leite.
Estava concentrada no café... Mas no radio começou uma musica que a fez sair desse mundo.
O tango... Aquele tango...
Ela começou a lembrar de Fabio... Apenas dançou com ele, mas ele não saia da sua cabeça.
A: Ah droga.
Quando despertou de seus pensamentos, percebeu que metade da água já havia secado.
Bom depois disso foi alimentar os poucos animais que tinha em sua fazenda. Depois tomou um banho e foi para escola.
O tempo havia mudado, estava chuvoso.
Passou um dia tranquilo, Derik não havia ido à aula aquele dia.
Estava fechando a escola.
F: Com licença?
A: Sim. (virando-se)
F: É você.
A: Fabio!
F: Ana...
A: Em que posso ajuda-lo?
F: Na verdade eu estava atrás do meu filho... E acabei parando nessa escola.
A: (sorrindo)
F: Você deve estar achando que a minha vida é correr atrás do meu filho não é?
A: (sorrindo) Não que isso...
F: Nossa não sabia que essa escola é sua, passo sempre por aqui para ir ao trabalho.
A: (sorrindo) Mundo pequeno, não é?
Começa a chover.
F: Nossa que chuva forte, você quer uma carona?
A: Não, obrigada. Estou de carro.
F: Ah sim. Bom então não vou te segurar muito mais, se não, não ira conseguir ir para casa. (sorrindo)
A: Isso é verdade.
F: Agora sei onde te encontrar. (a beijando a mão)
A: (sorrindo) Quando quiser Senhor Fabio. (sorrindo)
Ana pegou a estrada e por um pouco não ficou presa no caminho, estava uma lameira.
Quando chegou a sua casa achou que Carol iria estar lá. Mais não estava.
Subiu em seu quarto, colocou comida água para o Happy e depois vestiu uma camisola, mesmo estando àquele toró, estava calor.
Ela abriu a porta de vidro de sua impecável sala, e ficou admirando a chuva...
Não pensou duas vezes e saiu, foi até a beira da sua piscina e colocou os pés na água e em seguida deitou-se, os olhos fechados apenas sentindo as gotas fortes e geladas em seu rosto. Era bom. Uma sensação maravilhosa.
Estava pensando em Derik, o porquê não foi na aula aquele dia? Não faltava nenhuma aula.
Bom também não importava. Quem sabe se ele tivesse ido provavelmente estaria dentro do carro com ele, e não teria a oportunidade de ver Fabio novamente.
Fabio... Mexia com ela de um jeito... Um jeito que nem sabia como decifrar.
Suspirou fundo... A chuva estava ainda forte.
O ar que inspirava foi cortado.
Um beijo...
D: Oi meu amor, sentiu minha falta?
A: Derik?! Que susto!(sentando se)
D: O que está fazendo? Vai ficar resfriada.
A: (sorrindo) Gosto da chuva.
D: Eu passei a gostar agora.
A: Ha ha...
D: Ela deixa sua roupa coladinha assim... (Já com os dedos abrindo os botões da blusa)
A: Ei ei ei... Pode ir parando.
Ele a segurou forte e a beijou, ali mesmo sentados na beira da piscina, estava uma chuva intensa ainda, e por isso estavam encharcados.
As mãos dele já estavam enroladas no cabelo molhado dela.
Droga pensava Ana consigo o que aquele garoto tinha que a deixava tão vulnerável daquele jeito?
Ele foi deitando a na borda da piscina, e em seguida ficou em cima dela.
Ele beijou o ombro dela. Ela não falou nada. Então ele foi subindo, beijando de leve, esfregando o rosto na pele dela, até que chegou ao lóbulo da orelha. Colocou entre os lábios e passou a língua. Aquilo fez com que Ana arrepiasse. A forte chuva talvez nem sentisse mais. As mãos dele tocaram a cintura e foram parar na sua barriga. Ele fez um carinho breve nas laterais das coxas e a apertava forte, para que ela pudesse senti-lo bem.
Ele a abraçou, e foi muito bem correspondido aos carinhos. As mãos dele subiram até os seios dela. Depois ele desceu a mão até lá em baixo.
Olharam um para o outro e trocaram um longo beijo.
Estávamos deitados, as costas dela doíam um pouco devido ao piso áspero da borda da piscina, só que o momento em si estava fazendo a esquecer de qualquer dor.
Ana já estava vendo estrelas naquela noite de chuva. Ele a puxou novamente para um longo beijo.
Agora já estava entregue, parou de lutar com ela mesma que não queria, queria sim, e muito.
Recobrou os sentidos e ajustou a altura das suas pernas. Ao perceber a reciprocidade, Derik passou a ser mais firme.
Ela o desejava e isso o deixou muito feliz, e acompanhado de um lindo sorriso...
As bocas descontroladas, ele ergueu a camisola, tudo muito rápido, sem um pingo de paciência.
Os beijos eram demorados, cada movimento feito com a boca era lento, aproveitado...
Amaram-se ali mesmo na beira da piscina...

Um tempo depois...
No interior da casa de Ana.
A: Toma, se enxuga logo, antes que você fique gripado.
Derik a pegou pela cintura e a apertou contra si.
D: Me esquenta...
A: (sorrindo) A chuva já esta fazendo efeito. Garoto se enxuga logo e vai para sua casa.
D: Como? Meu carro ficou atolado na estrada quando eu estava vindo para cá.
A: O que?
D: Acho que vou ter que passar a noite aqui com você. (sorrindo para ela)
A: Ha ha ha, mais nem pensar.
D: Você vai me colocar para fora, nessa chuva?
Ana pensava, sabia que era conveniente ele dormir ali na casa dela, mas também era obrigada a concordar que ela não podia deixa-lo na chuva, bem ou mau, ele fez tudo isso só para ir vê-la.
Derik a olhava com um jeitinho de quem estava quase chorando.
A: Está tudo bem, mas amanhã de manhã você some daqui.
D: Tah. (Todo feliz)
Seu sonho sempre foi esse, conseguir uma noite na casa de Ana, sozinhos.
Agora era só aproveitar a chance e aproveita-la o Maximo possível.
Os celulares estavam sem sinal. Até porque ali na chácara ele já não é muito bom mesmo, agora com chuva, piorou.
Ela subiu em seu quarto, pegou um roupão e deu a Derik, ela já vestia um.
Ele pegou de sua mão e vestiu, Derik estava só de cueca. Quando ele vestiu o roupão e o fechou, começou tirar a cueca.
A: O que esta fazendo?
D: Tirando a cueca ué?
A: Está maluco?
D: Professorinha linda, não tem nada aqui que você já não tenha visto, ou melhor, muito bem visto. (sorrindo)
A: Idiota.
Ele foi chegando perto dela...




D: Vai me dizer que você também não esta nua debaixo desse seu roupão ai?
A: Não estou...
D: Duvido...
Ana no mesmo instante abriu o roupão.
Estava com um lindo conjunto de Lingerie Preto com bordados de renda.
Derik literalmente abriu a boca.
A: Viu?
D: Oh se vi.
E foi se aproximando.
A: Xiiii fica ai, não chega perto.
D: Por quê?
A: Porque sim.
D: Porque sim não é resposta professora.
Ele a pegou novamente em seus braços, e a beijou intensamente...
Ela o empurrou.
A: Você se acha não é garoto? E como eu já disse se alegra muito rápido.
Ele ficou só a observando.
A: Está tarde, vou dormir. E você também trate de ir dormir.
D: É para já.
E foi indo atrás dela...
Quando Ana chegou à porta de seu quarto ele já foi logo entrando junto com ela.
Ela virou de frente para ele e com a mão o empurrou de leve o peito.
A: Derik será possível que eu falo grego?
D: O que foi?
A: Você N-Ã-O VAI DOR-MIR CO-MI-GO! Entendeu bem?
D: Mas eu estou com medo professora. (a irritando)
A: Ha ha ha, não sou psicóloga e nem sou sua mãe, agora sai.
E assim fechou a porta.
Começaria ai uma noite de torturas.
Derik foi para o quarto de hospedes.
Deitou de roupão mesmo, e ficou olhando e ouvindo o barulhinho da chuva na janela.
Ficava pensando, porque ele se humilha tanto por ela? O que tem naqueles olhos que o prende de uma maneira inexplicável!?
Cochilava e acordava toda a hora durante aquela interminável noite.
Derik levantou e foi até a porta, pensou em sair e beber uma água gelada quem sabe.
A chuva ainda estava forte lá fora.
Pensava também em seu carro... Como ia desatola-lo com aquela chuva.
Por ele tudo bem, não importava nem um pouco se ele tivesse que ficar naquela chácara o resto de sua vida.
Levantou mais uma vez, mas dessa vez abriu a porta, foi até a porta do quarto de Ana, parou em frente e pensou mil vezes antes de bater, e em uma dessas mil vezes ele desistiu e voltou para o seu quarto.
Quando chegou a seu quarto, sentou novamente na cama. Ficou pensando... Em Ana claro, nas inúmeras vezes que se amaram, não é possível que ela não sinta nada, absolutamente nada por ele.
Levantou mais uma vez para bater na porta do quarto dela, fez esse ritual por 2 vezes, na ultima vez assim que abriu a porta de seu quarto levou um susto, ela estava parada na frente da porta, com o a camisola aberta mostrando sua linda e sexy lingerie de logo antes, e numa das mãos uma garrafa de Champgne, e na outra duas taças.
A: Oi... (meio nervosa)
D: Oi...
A: Eu estava lá no meu quarto, e estava muito calor, pensei que você também estivesse... Então eu resolvi trazer isso e... (levantando as mãos)
(Detalhe eram 3 e meia da madrugada)
Derik a puxou pela cintura e invadiu a boca de Ana.
Nas pontas dos pés ela sem desgrudar da boca dele, foi o acompanhando até o mais próximo da cama...
Assim foram parados pela cama.
A chuva ainda estava forte lá fora.
Aos beijos deitaram na cama, ela em cima dele.
Os beijos desesperados, ela abriu o roupão dele, e ele foi tirando a camisola dela com cuidado, aquela lingerie que ela estava usando o deixou maluco.
D: O Seu cheiro é alucinante Ana...
Ela apenas ria para ele...
Encontrou o meio de tortura dele. E sim, sabia exatamente como manusea-lo...
Derik gemia entre os lábios de Ana.
A: Você está muito atrevido garoto.
D: Impressão (ofegante) sua...
Ela parou com os olhos nos olhos dele, como se tivesse tentando ler algo, que estava escrito naquele olhar, e o beijou novamente.
A boca dela era um refúgio para Derik.
Fazia de tudo por ela, até as aulas de dança.
Ele agora começava o ritual de tirar a lingerie dela, aos pouco... Também para tortura-la, abaixou uma alça do sutiã e beijou delicadamente seu ombro.
Ela estava com os olhos fechados, apenas sentindo o momento.
Aos poucos inverteram as posições, e ele ficou em cima dela, ela abriu os braços como se tivesse medindo o espaço da cama, os olhos ainda fechados, seu corpo se contorcia a cada movimento da boca de Derik nele.
Ela gemia baixo, como um sussurro.
E ele contemplava essa cena.
Voltou até sua boca e a beijou. Ela recebeu isso com mais uma contração de seu corpo sensível.
Estavam prontos.
Posicionaram-se e se amaram como nunca, seus corpos já se conheciam. Estavam sincronizados, como uma coreografia perfeita.
Um tempo depois.
Estavam deitados na cama, os dois com os olhos vidrados para o teto do quarto.
A: Ainda está calor, né?
D: É...
A: Acho que o Champanhe ainda esta gelado...
D: Seria digno.
Ana pegou o Champanhe e as taças largadas alguns minutos antes na cômoda ao lado.
Serviu e o entregou a ele
Estavam sentados um de frente ao outro.
A cada gole um olhar, mais um gole e um sorriso... Mais um gole e um silêncio, mais um gole e que se dane tudo e que se dane o mundo.
Secaram a taça num único gole e a jogaram ao lado e se agarraram novamente.
D: (sorrindo)
A: Vamos fechar a noite. (também sorrindo)
D: (sorrindo) Como quiser.
E a beijou novamente.
E assim se amaram mais uma vez.
De manhã.
Era dia de semana então Ana já estava de pé, já havia alimentado seus bichinhos.
Colocou uma musica e foi fazer um café da manhã, afinal tinha visita.
Alguns minutos após Ana ter colocado a musica Derik acordou, e a primeira coisa, foi perceber que Ana não estava.
Desceu as escadas devagarzinho, e viu Ana fazendo torradas e deixando seu corpo se levar ao som de um bolero dos anos 70.
Um pouco ela cantarolava, outro pouco dançava, depois apenas fechava os olhos e respirava fundo.
D: Esta pensando em mim? (se aproximando do balcão)
A: Estou. (sorrindo) (passou a mão pelo rosto dele)
D: (sorrindo) Não sabia desse seu lado apaixonado.
A: Estava pensando em como me livrar de você, isso já está saindo do controle.
D: Esta mesmo, você conseguia me evitar com mais facilidade antes. (sorrindo)

4° Delírios

A: Cala a boca Derik.
D: Admite logo, que eu sou perfeito para você, hein?
A: Você é um atrevido garoto!
Ele deu a volta no balcão e se aproximou dela.
D: E você é uma delícia professora.
Deu um beijo nela.
Ela sorriu para ele, gostava da companhia dele...
Ele voltou para o outro lado do balcão e sentou-se.
D: Porque você é assim?
A: Assim como? (sorrindo)
D: Durona.
A: Me acha durona Derik? (sorrindo)
D: Exceto em alguns momentos, sim, acho sim.
A: E em base no que você pensa isso de mim?
D: Seu medo em admitir que eu mexo e muito com você.
A: Ah mais você mexe mesmo, e me irrita por isso.
D: Você sabe o tipo de mexida que eu estou dizendo Ana.
A: Derik, eu não quero arrumar sarna para me coçar, estou bem do jeito que estou, e pronto.
D: Medo?
A: Não... Precaução!
D: É por eu ser mais jovem que você?
A: Não, não devo satisfação da minha vida para ninguém, se você me satisfaz em todos os sentidos o que um homem mais velho me satisfaria, que se dane se você tem a metade da minha idade ou não.
D: Humm.
Carol chega à chácara.
C: Ana você não acredita que deixaram um carro bem no meio da es... (entrando na cozinha)
C: Bom dia, bom dia... Ui. (percebendo o clima)
A: Oi Carol! (continuando a fazer o café, como se estivesse tudo normal).
C: Oi.
D: Oi. ^^ (sorrindo para ela como quem conseguiu passar de fase em um jogo)
C: Acho que sua presença responde o porquê daquele carro no meio da estrada
D: (sorrindo) Foi mau ai.
C: Tu és um péssimo motorista hein cara.
D: Atolou.
C: Sei...
A: Quer torradas também Carol?
C: Ah pode ser.
Carol sussurrou no ouvido de Derik
C: Tu és rápido em garoto?
D: A vida não espera a gente Carol! (sorrindo) =P
Ana não sabia mais Carol de vez em quando ajudava Derik, dizia quando ela ia se atrasar para chegar a casa, quando ela ia a algum barzinho, quando ia abrir mais cedo à escola, coisas assim, achava Derik um cara legal, e sabia que era disso que a amiga precisava ninguém é feliz sozinho.
A: O que?
C: Nada.
D: Nada. (sorrindo)
Estavam tomando o café. E logo deu o horário de irem.
Carol saiu primeira, estava de moto.
A: Está pronto?
D: A cueca ainda esta meio úmida.
Ana se aproximou... E sim... Isso mesmo pegou lá.
A: Só um pouquinho, tenho certeza que você não pega um resfriado até chegar à sua casa e troca-la.
D: Não faz isso Ana...
A: (sorrindo) Vamos logo, se não vou chegar atrasada na escola.
Ele se aproximou dela e a beijou forte, ela nem se deu ao trabalho de resistir, até enganchou uma de suas pernas nele.
Assim que se soltaram.
A: Gostou?
D: Muito. (olhando com um jeito de hipnotizado para ela)
A: (sorrindo) Quem sabe eu não te chamo de novo. (sorrindo)
D: Ui.
A: Agora vamos.
E assim foram...
Os dias foram passando, Derik tinha sumido aquela semana, nem apareceu nas aulas.
E para o desespero de Ana, ela estava sentindo a falta dele, como jamais achou que sentiria.
Era uma sexta feira, Ana estava sentada no seu tapete felpudo, com uma garrafa de Jack na mão, já havia bebido a metade, ao seu lado estava Carol, com uma garrafa de José, também já pela metade.
Bêbadas...
A: É assim mesmo amiga... A gente da corda... E é só (soluço) Para se... Enforcar...
C: Os homens não... (soluço) Merecem ...o...nosso amor.
A: O Meu amor Caroolina (rindo)... O Seu as ...mu...mulheres não merecem. (Soluço)
C: (rindo) Pode crer... (rindo)
Ana começou a chorar.
C: Que foi? (já abraçando a amiga)
A: Eu gosto dele... (soluço)
C: E por que...tu...não diz?
A: Por que... Por que... Ah sei lá por que.
C: Por causa daquele rolo... lá do ...passado neh?
A: Xiiiiiiiii. (com a mão na boca) Ninguém pode sabeer... Xiiiiii.
C: (rindo) Tah, mais não cuspa. (rindo)
A: (rindo)
C: Liga para ele!
A: Não...
C: Por quê?
A: Ele vai ficar se achando...
C: Mais não é isso que você quer?
A: ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ... (Chorando e rindo ao mesmo tempo)
C: Então liga, prometo que fico quietinha no quarto e não me intrometo na conversa de vocês.
A: Eu acho que não tenho coragem de ligar.
C: Eu ligo, eu ligo! (rindo)
Carol pegou o telefone e ligou para casa do Derik.
Estavam muito bêbadas.
C: Aaaaaaaaalô?
-Alô?
C: Derik? Menino vem aqui! (rindo)
-Quem esta falando?
C: Como quem, poxa assim você me magoa! (rindo)
-O que você quer com o Derik?
C: Já disse venha aqui.
Ana pegou o telefone da mão da Carol e disse.
A: Derik... Tudo começou na brincadeira e depois se transformou numa coisa linda e verdadeira, e eu não percebi que mesmo sem querer ou por querer aconteceu, e sem você quero dizer... Que infelizmente não dá para ficar, preciso de você, vem ficar comigo...
-: ...
A: Ficar com a sua professora, a sua Ana.
-: Eu estou indo...
A: ...
Ela desligou e disse baixinho.
(Eu te amo) Mas essas palavras foram ditas tão baixinho que nem Carol ouviu.
Ela olhou para Carol e as duas começaram a bater palmas.
A: Ele vem.
C: Eitah, moleque te matou de susto hein. (sorrindo) E nossa, que declaração linda.
A: (sorrindo)
Ana estava bêbada, mas todo o bêbado sabe o que diz e o que faz, como eu sempre digo, ele apenas faz o que não tem coragem de fazer quando está sóbrio.
C: Vou me deitar... Não quero atrapalhar. (rindo)
A: (rindo) Tah.
Carol não foi se deitar, foi desmaiar, porque até Derik chegar, Ana quase derrubou a casa, de tanto barulho que fez. E Carol nada.
Ela ainda estava sentada em seu tapete...
A: O que você fez comigo garoto? (sorrindo)
Passou meia hora... Uma hora... Duas horas... Amanheceu e nada de Derik aparecer.
Carol acordou para beber água, a ressaca a acordou e viu sua amiga ali deitada no tapete.
C: Ana? O que aconteceu com você?
A: Ele não veio.
C: Jura?
A: Uhum.
C: Deve ter alguma explicação Ana.
A: Que explicação?
C: Ai Ana, não quero te deixar mais para baixo ainda, mas você meio que procurou isso.
Ana ficou em silêncio, mesmo que doessem essas palavras, era verdade, ela procurou isso.
Sempre o esnobando, sempre o colocando para baixo. Nunca admitia o que sentia.
A: Você tem razão. Mas ele não precisava dizer que vinha então, dissesse que não viria, eu não ficaria feito idiota esperando.
C: Calma Ana, amanhã ele te explica.
A: Eu não quero mais saber dele, isso que da, achar que existe amor com um garoto como ele. Queria só se exibir para os amiguinhos dele.
C: Ana vem cá, levanta, vai se deitar.
A: Eu vou mesmo. Essa idiota aqui tem uma vida para tocar.
Passou um fim de semana agitado, esperou até uma ligação de Derik ou até mesmo que ele aparecesse em sua chácara dizendo que estava com algum imprevisto ou coisa do tipo, mas nada, ele nem deu sinal de vida.
Sumiu, passaram-se quase um mês, e ele nunca mais deu noticias.
Ana estava dando aula normalmente como fazia todos os dias, quando um simpático garoto apareceu.
Da: Oi!
A: Olá, em que posso ajuda-lo?
Da: A Senhora é a Ana Elizabete?
A: Sim sou eu mesma por quê?
Da: Sou Daniel, irmão do Derik.
A: Derik?(surpresa)
Da: Vim aqui para fechar a matrícula dele.
A: Fechar? Mas... Mas por quê?
Da: Ele esta fora do Brasil, meu pai o mandou para lá.
A: Nossa ele nem avisou, nem nada. Nem... Se despediu.
Da: Foi muito de repente, meu pai simplesmente disse que precisava dele na Alemanha para reportar algumas coisas para ele.
A: A sim...
Da: Bom, ai ele foi, não tinha nada que o prendesse aqui mesmo neh?
A: É... É sim.
Da: O que eu preciso fazer?
A: Preencha algumas coisas aqui para mim, você sabe os documentos dele?
Da: Tenho anotado aqui.
A: Ele pediu para cancelar a matrícula?
Da: Foi.
A: Humm, e ele demora a voltar?
Da: Não sei, mas acho que volta ainda esse ano.
A: Humm.
A: Bom agora é só assinar esses documentos e esta tudo certo.
Daniel assinou.
A: Eu te conheço?
Da: (sorrindo) Que eu me lembre não.
A: Você me parece familiar.
Da: Bom todo mundo diz que eu não me pareço nem um pouco com o Derik.
A: E não parece mesmo, falo isso porque te acho familiar, mas não pelo Derik.
Da: Ah sim. (sorrindo)
A: (sorrindo)
Da: Bom, eu já vou indo então, muito obrigado Dona Ana.
A: Por nada Daniel.
Na chácara...
Carol: Puta que pariu, eu ajudei o garoto... Poxa... Achei que ele não ia dar essa mancada.
A: Ah, com certeza ele ficava comigo porque não tinha o que fazer.
Carol: A pera ai, eu não acho isso não.
A: Como não?
Carol: Ana, sejamos realistas... Para que ele iria querer passar o tempo com uma pessoa tão complicada?
A: Carol! (a repreendendo)
Carol: Ah Ana, mas é verdade, sempre menosprezando ele, insinuando coisinhas sobre ele, e fora o não, tu dizia não para o garoto toda hora.
A: (sorrindo)
Carol: É minha filha, pensa nisso.
Ana ficava com aquilo na cabeça... Mas poxa, a maioria das coisas que ela dizia era da boca para fora.
Será que ele não percebia isso, nos beijos... Nas noites de amor e tudo o mais...
Carol: Não Ana, a pessoa não adivinha pensamentos...
A: Vai ficar me colocando mais para baixo do que eu já estou Carol?
Carol: Você está para baixo Ana?
Ana a olha com um olhar fuzilador (de Hélia).
Carol: A desculpa Ana, mas se coloca no lado dele, a única coisa que ele deu mancada foi ter dito que vinha e não ter vindo... Fora isso eu não tiro a razão dele...
A: Tá Carol, se é isso que você quer eu me rendo, admito fui injusta com ele.
Carol: (sorrindo)
A: Talvez tenha sido melhor assim... Ele tem idade para ser meu filho.

5° Delírios

Carol: Seu filho seria mais novo Ana...
A: Pouca diferença. (já ficando triste)
Carol: Mas que faria toda a diferença do mundo nessa situação.
Ana olha para a amiga quase que implorando por um colo.
Carol: Tá bom Ana... Só dessa vez...
Ana corre e deita no sofá com a cabeça no colo de Carol, que começa um carinhoso cafuné na amiga.
Carol: Fala sério... Homens são complicados, mas nada comparado com as mulheres...
A: (sorrindo e chorando)
E assim os dias foram passando... Dois meses depois da ida de Derik...
Ana já estava um pouco melhor, não achou que isso a afetaria tanto assim, poxa o que ele tinha feito com ela? Nada... Ele não havia feito nada de extraordinário para ela que a fizesse ter ficado tão ligada a ele daquele jeito.
Mais agora Derik estava em outro país, era hora de tocar a vida para frente...
Estava fechando a escola, quando sente alguém puxa-la pela cintura...
Aquilo era familiar, logo abriu um sorriso.
Olhou para ele e deu um beijo intenso que foi muito bem retribuído.
A: Bem na hora Fabio!
F: E eu vou correr o risco de deixar minha namorada assim, linda desse jeito a essa hora da noite sozinha... Não sou louco! (sorrindo)
Ana o beijou novamente e o seguiu até seu carro.
F: E aí? Vamos para minha casa?
A: A não Fabio... Vamos para minha.
F: Mas eu não consigo ver meus E-mails lá.
A: Nossa, e você vai ficar comigo uma noite inteirinha e vai querer ver seus e-mails? Eu já estava pensando em muitas outras coisas, poxa.
Ele a beijou em meio a abraços.
F: Meu Deus que mulher mais ciumenta. (sorrindo) (a beijou novamente)
A: Fabio é só uma noite.
F: Aquela sua amiga não vai estar lá?
A: Não vai Fabio.
F: Sabe como que é né, ela não vai muito com a minha cara e tudo o mais.
A: Já disse que ela não vai estar.
F: Então eu vou... O que eu não faço por você ein meu amor?
A: (sorrindo) (o beijou delicadamente)
Eles entraram no carro e foram para chácara de Ana.
Fabio era um Empresário muito rico comercializava materiais de construção, tinha ao todo duas grandes lojas na pequena cidade de “Sabertooh” no interior de São Paulo.
Não demonstrava a Ana que não o agradava nada os bichos, o rio, os mosquitos e nem aquele cheirinho de mato que tanto Ana gostava nada ele tinha em comum com ela nesse aspecto...
A única coisa que o prendia a ela era aquela paixão, forte e intensa que ele sentia por ela.
Ela o completava, era literalmente o seu outro lado da laranja. Fora que a fazia lembrar muito sua falecida esposa.
E Ana se sentia segura ao lado dele.
Quando ele estava nervoso ela o acalmava... Quando ele estava triste ela o alegrava... Era tudo que ele sempre sonhou.
Ela por sua vez gostava da companhia de Fabio, a fazia bem, a deixava ciente de que tinha os pés no chão, que ao lado dele ela não ia sofrer nenhum susto.
E isso a fazia se sentir protegida, fora que conseguia amenizar aquela dor que foi o abandono de Derik.
Na Chácara...
A: Casar? Mais casar por quê?
F: Porque eu gosto das coisas certas meu amor, quero que vá morar comigo, quero que fique comigo para sempre.
A: Mas casar Fabio? Acho isso completamente desnecessário. Olha a nossa idade, isso chega a ser até ridículo.
F: Amor... Presta atenção...
Eles estavam sentados no sofá de Ana, com Happy (o gatinho) os rondando e ronronando...
Ele segurou as mãos dela.
F: Eu quero que você viva comigo, eu amo você.
A: Não sei Fabio, eu gosto daqui, aqui esta toda a minha vida, a ideia de nunca mais morar aqui me deixa muito frustrada.
F: Não é nunca meu amor, podemos ficar aqui aos fins de semana...
A: ...
F: Hein? (a beijando)
A: Vou pensar... Eu prometo.
Fabio a beijou forte, a deitou no sofá, e começaram uma sincronia de caricias... Amava aquela mulher... Talvez mais que a si mesmo.
Os beijos eram quentes, desciam pelo colo de Ana e a deixava sem ar...
Tinha horas em que se lembrava de Derik, ele sabia como enlouquecê-la somente no pescoço, talvez fosse por isso que a mesma jamais deixou Fabio beijar ali... Era como se fosse uma área restrita, só dele... Só para ele.
Fabio tirou delicadamente a blusa dela, concentrado em botão por botão, a olhava e ela estava com os olhos fechados, resmungando sabe se Deus lá o que.
Ele continuou, foi descendo mais e mais... Tirou a saia dela, e começou a subir as mãos por suas pernas, a olhou novamente e sorriu em seguida a beijou intensamente.
Ana começou a abrir o cinto dele, ele abriu o zíper da calça, grudou sua boca na dela, e começou o caminho ao infinito desejo.
Assim que estavam literalmente se encaminhando para o finalmente, algo os parou.
Happy (o gatinho) pulou no meio deles e grudou as unhas em Fabio.
F: Aiiii, gato filho da mãe. (e empurrou o pequeno longe)
A: Tadinho Fabio, ele só ta com ciúmes...
Ana levantou e foi pegar seu gatinho...
F: Ana... Você não vai me deixar aqui desse jeito por causa desse gato não é?
A: Olha só o que você fez... Ele ta assustado... (foi se aproximando do gatinho)
Ownn vem cá com a mamãe vem... Esse malvado brigou com você foi? Humm?
Tadinho do meu bebe.
F: Ah Ana, por favor, volta aqui.
Ana só de calcinha e Sutiã atravessou a casa toda com o gatinho nos braços, o levou até sua almofadinha no canto do seu quarto e o deixou lá, brincando com um novelo de linha.
Quando voltou Fabio estava na varanda só de calças, com os cintos soltos fumando um cigarro.
Ela se aproximou e envolveu a cintura dele com seus braços.
A: Fabio, relaxa... O que você tem? Ah dias que você não ta bem, ta nervoso, se irrita fácil. O que ta acontecendo?
F: São coisas da Loja.
A: Mas relaxa Fabio, tudo vai se resolver...
F: E essa sua recusa do casamento também...
Ele a virou de frente para ele...
F: Eu te amo Ana, essa sua recusa ta me deixando maluco... Eu não sei o que eu faço se eu perder você.
A: Ei... (segurando o rosto dele) Eu tô com receio do casamento em si, tudo que ele vai trazer de bagagem na minha vida, não você, eu te Adoro Fabio, você sabe disso.
Ela o beijou...
A: Para com isso ta?
Ficaram ali se beijando mais um pouco.
F: Onde está seu gato mesmo?
A: Agora está no meu quarto...
Ele sorriu para ela, a beijou e a ergueu em seu colo...
F: Acho que agora vai amor... (sorrindo)
Ela retribuiu o sorriso e foram novamente ao sofá.
Dessa vez foram mais rápidos, aos beijos e palavras de desejos, foram se descobrindo, se possuindo.
Já suados e cansados, descansaram-se um no outro quando atingiram o Maximo do prazer de ambos.
Ana estava deitada nos braços de Fabio, o mesmo dormia inquieto por estar no sofá.
Ela levantou-se... Chovia forte...
Ela foi até sua porta de vidro e a abriu, ficou ali apreciando as gostas fortes que caiam em sua piscina.
Ali... Naquela ponta da piscina ela e Derik tiveram uma senhora transa...
Suspirou fundo...
Derik... Precisava tirar aquele menino da cabeça, estava bem com Fabio.
F: Amor... Fecha isso, está frio. (a abraçando por trás)
A: Desculpa, é que eu gosto do cheirinho dessa chuva...
F: Amor, isso é bactéria... (sorrindo)
A: (sorrindo) Então acabo de descobrir que tenho um gosto muito estranho.
F: Você não precisa vender aqui amor, vou deixar você vir aqui quando quiser, você vai poder continuar praticamente vivendo aqui também.
A: Não vai ser a mesma coisa Fabio.
F: Você disse que pensaria
A: E eu vou pensar Fabio.

Na escola de Ana na hora do almoço.
Carol: Pensar nada Ana.
A: Carol, eu preciso pensar, ele é todo carinhoso e realmente quer formar uma família comigo.
Carol: Mas os filhos dele? Ele não disse que tinha filhos? Vocês estão juntos há dois meses e você não sabe nada deles.
A: Ele disse que os filhos não convivem com ele porque eles o culpam pela morte da mãe...
Carol: E você não acha isso estranho Ana?
A: Não, é super normal os filhos fazerem isso, eu mesma fiz isso quando meu pai adotivo morreu.
Carol: Não sei não Ana, acho que você poderia averiguar mais um pouco, quer casar, casa, mais espera um pouco.
A: Carol olha a minha idade, esperar mais o que?
Carol: Ana olha o que você esta dizendo! A Ana que eu conheço não se preocupa com nada disso, idade, CASAMENTO! Quem é você e o que esse Fabio fez com a minha amiga?
A: Mais de 50 anos Carol, filhos eu já não tenho e nem terei, a única coisa que me resta é o resto de uma vida tranquila.
Carol: Eu penso que você está se enganando, mas como eu te conheço, e sei que não adianta falar, só me resta torcer, para ser do jeito que você está pensando mesmo.
A: E vai ser se Deus quiser.
Carol: Ai Ana, porque você é tão cabeça dura?
A: Não é cabeça dura Carol, é que parece que você pegou uma implicância com o Fabio.
Carol: Não é implicância Ana (desconcertada) Eu só acho que você esta fazendo tudo isso por causa do Derik.
Ana: Ah eu sabia que tinha alguma coisa a ver com ele.
Carol: Ana você quer enganar quem com isso?
Ana fica em silêncio...
Carol: Ana?(Se aproximando da amiga)
A: Eu só quero esquecer ele. Só isso.
Carol estava com a frase “é assim mesmo, a gente perde para daí dar valor ” na ponta da língua, mas dizer isso a ela, seria crueldade demais.
Carol: Ai Ana, nem sei o que te dizer você nem parece você esses últimos tempos... Sei lá.
A: O Fabio esta conseguindo fazer com que eu o esqueça.
Carol realmente não estava reconhecendo sua amiga, ela estava muito mulherzinha depois que Derik foi embora.
A: Está decidido, eu vou me casar com o Fábio.
Carol nem disse nada, era sua amiga, sua parte já havia feito que foi tentar mostrar todos os lados dessa decisão, mas se ela queria, só restava apoiar.

À noite na casa de Fabio...
Ao telefone
F: Amor?
A: Oi Fabio!
F: Estou ligando para te convidar para vir dormir aqui em casa...
A: Humm, isso é tentador.
F: Você vem?
A: Estou sem o meu carro. (dando uma risadinha)
F: Ana...
A: (sorrindo) Então vem me buscar daqui a meia hora.
F: Ta, não vejo a hora, comprei seu vinho preferido.
A: (sorrindo) Eu também tenho uma surpresa para você.
F: Estou ansioso. (Sorrindo)
A: (sorrindo)
Na escola de Ana alguns minutos depois...
C: Ana, ainda dá tempo.
A: Eu já me decidi.
Carol respirou fundo
C: Está bom, está bom Ana.
Ana estava decidida, a Ana que existiu até agora ia ficar no passado, um passado que nunca deveria ter existido.
Fabio esta entrando no salão...
C: Seu futuro marido chegou (ironizando), melhor eu já ir indo.
A: Carol!
Carol já estava indo...
F: Para que a pressa Carol? (a cumprimentando)
C: Vou sair! Não posso me atrasar.
F: Olha, bom encontro. (sorrindo)
Fabio não entendia porque Carol não gostava dele, mas sempre fazia de tudo para agrada-la, para se tornar um amigo de verdade, sabia que ela era o braço direito de Ana, tinham que ter uma boa convivência.
F: Oi meu amor! (a abraçando pela cintura enquanto ela guardava algumas fichas)
A: Oi. (sorrindo enquanto ele dava pequenos beijinhos em seu rosto)
F: Estava morrendo de saudades...
A: Fabio nos vimos hoje de manhã. (sorrindo)

6° Delírios

F: Mas mesmo assim...
A: Espera eu já estou terminando aqui e já vamos.
F: Tá, eu espero.
Fabio a soltou e sentou em um sofá que tinha próximo.
Ana terminou de guardar as fichas.
A: Vamos?
Fabio passou a mão por sua cintura e seguiram até sua casa aos beijos e carinho.
Algum tempo depois Ana e Fabio estavam no quarto dele, estavam relaxados com taças de vinho nas mãos...
F: Ana?
A: Hummm? (meio distante)
F: O que foi meu amor?
A: Eu já tenho uma resposta sobre seu pedido de casamento!
Ela estava olhando profundamente em seus olhos.
F: Já? Você disse que precisava de mais um tempo e...
A: E eu quero ser sua mulher Fabio, sua esposa, eu quero me casar sim com você.
F: Own meu amor, eu... Eu estou tão feliz, mas tão feliz que... Eu nem sei o que dizer... Eu...
Ele a beijou intensamente, era o homem mais feliz desse mundo.
A: Vamos começar uma nova vida Fabio. (sorrindo)
F: Eu vou te fazer muito feliz meu amor. (com as mãos acariciando seu rosto)
Ana estava encantada, seus olhos estavam fechados apenas sentindo o toque do seu agora noivo.
Ana já foi pegando a taça das mãos dele e colocando as taças ao lado na cômoda.
Os olhos estavam determinados nos deles.
Ela o beijou delicadamente, mas sem parar de olha-lo.
F: Nossa primeira noite de amor como noivos. (sorrindo)
A: Estou louca para sentir a diferença. (o beijando)
F: Amor, você sabe como me provocar hein.
A: (sorrindo)
Ele a puxou para cima dele, e com todo o amor que sentia por ela começou a ama-la.
Ela estava entregue, em todos os sentidos, aquela nova vida que julgava que seria maravilhosa. Ele começou a desabotoar os botões da camisa dela, ela tirava a gravata dele. Assim que tirou toda a gravata ela passou em torno do pescoço dele e o puxou para perto e com um leve beijo selou aquela etapa. Depois cuidadosamente tirou a camisa e depois o cinto.
Ele por sua vez já avançava para cima dela, a obrigando deitar-se, tirou delicadamente a saia dela, depois os saltos, estava agora só de peças intimas. Depois disso beijou o corpo todo dela calmamente. Delicadamente, a fazendo arrepiar.
F: Eu vou te fazer muito feliz Ana. (sussurrando entre os lábios)
A: É nisso que estou apostando Fabio. (meio séria)
F: E não vai perder essa aposta meu amor. Eu prometo. (a beijou apaixonadamente)
Estavam em frenesi, gemidos, sussurros e carinhos até que Fabio a possuiu, os movimentos tinham certo ritmo, e depois disso Fabio entregou os pontos, chegou ao seu Maximo de prazer logo após Ana não conseguir segurar o mesmo.

Depois de se amarem, Fabio com Ana em seu peito disse:
F: Amor espera um pouco. (E levantou da cama)
Fabio levantou e saiu do quarto.
Ana ficou ali na cama em meio aos lençóis encantada, Fabio era um príncipe.
Alguns minutos depois Fabio voltou, subiu na cama e ficou de joelhos na frente de Ana.
Assim que abriu sua mão, ela pode ver a caixinha de veludo azul marinho, ele começou a abrir, ela colocou as mãos na boca.
F: Ana Elizabete Blayder você aceita se casar comigo?(abrindo a caixinha)
A: Meu Deus, Fabio... É lindo
F: Não mais lindo que seus olhos... Eu te amo Ana.
A: É claro que eu aceito Fabio. (sorrindo)
Ele pegou a mão direita dela e delicadamente colocou o anel.
F: Pronto senhorita Ana, você esta oficialmente Noiva. (sorrindo)
Fabio Odilon Holden era um Boêmio apaixonado. Um tipo diferente para Ana, mas que ela adorou conhecer.
Algumas semanas depois.
É o dia do casamento de Ana.
C: Eu não vou vestir isso Ana.
A: Ah Carol, por favor, é só hoje.
C: Não, isso é ridículo.
A: A Carol você tinha concordado.
C: Você não disse que tinha babados Ana! (inconformada)
A: Está bom, deixa. (fazendo uma cara de triste)
Ana queria que Carol colocasse um vestido que ela havia comprado para ela, afinal ela era a madrinha, Carol tinha concordado, mas agora, na ultima hora Carol encasquetou que não vai colocar.
Ela olhou pra Ana com uma carinha de gato de botas.
C: Ai que Droga Ana, você só me dá trabalho. Da aqui logo isso.
Ana entrega o vestido para Carol, que mesmo emburrada vai colocar.
Ana estava impecável, o casamento era no civil, mas ela vestia um vestido simples e com um ar de romântico.
Alguns minutos depois Carol sai do quarto trajando o vestido que Ana havia escolhido.
A: Como a minha madrinha esta linda!(apertando as bochechas de Carol)
C: Ha ha ha, palhaça. E você já esta pronta para virar Senhora? (rindo)
A: Cala a boca Carol. (sorrindo)
C: (sorrindo) Vem cá mudando de assunto, o pai vai casar e os filhos não vão vir é isso?
A: Eles estão se acertando. Creio que os dois venham.
C: Será que o mais velho faz a cabeça do mais novo?
A: Ah não sei Carol, mas que eu saiba o mais velho nem é tão mais velho assim e nem o novo é tão novo, os dois tem idade o suficiente para decidirem no que acreditar.
C: Há quanto tempo o Fabio é viúvo?
A: Há um ano e pouco.
C: Nossa! Será que os meninos não pensam que...
A: É, eu também fiquei com isso na cabeça, isso explicaria muita coisa.
C: Tu estás ferrada se eles pensam isso.
A: Se pensam vão deixar de pensar, eu não sou e nem fui amante do Fabio, apenas tivemos a infelicidade de nos conhecer quando ele tinha ficado viúvo recentemente.
C: Que bom que você é firme nisso. (sorrindo)
A: Tem que ter jogo de cintura, não é? (sorrindo)
C: E... Um assunto meio delicado.
A: O que?
C: E o Derik?
A: O Derik foi um... Um momento bom. Que acabou.
C: Humm acabou?
A: Definitivamente.
C: Bom, se você diz.
A: Agora vamos logo, não quero me atrasar.
E assim foram ao casamento.
Era uma cerimônia simples, só com alguns amigos íntimos de Fabio e de Ana.
Ana estava apaixonada por Fabio, enfim conseguiu tirar Derik da cabeça. Agora começava uma nova historia.
Como seria a vida de casada? Os costumes? Sua chácara, seus animais como ficariam?
Bom, estava agora casada, não dava mais para voltar atrás.
Era um dia comum, não fazia ainda uma semana de casados. Fabio disse que Ana podia fazer a modificação que quisesse na casa, ele não iria se importar. Diferente da chácara de Ana, a casa de Fabio não tinha nada vivo, tudo cheirava artificial, a empregada Zuleide não deixava se quer uma formiga no rodapé da cozinha.
Era sábado, Fabio estava em seu escritório revisando alguns papeis. Ana resolveu esvaziar uma cômoda ao lado da cabeceira de sua cama, queria algumas coisas suas mais acessíveis à noite.
Estava mexendo quando encontrou uma foto, suas lagrimas não se conterão...
Ela chorava descontroladamente.
Fabio entrou no quarto nessa mesma hora.
F: Amor? O que você tem?
Ana chorava compulsivamente.
F: Amor... Por favor, fala comigo!
A: Essa foto, quem é? Quem é?
F: Meu filho, Ana o que foi? O que você tem meu amor?
A: É um lindo bebe.
F: Ana... Senta aqui, espera eu vou te buscar um copo de água.
Fabio saiu correndo e voltou o mais depressa que pode.
F: Toma, bebe um pouco dessa água.
A: Desculpa eu te assustei, não é?(sorrindo)
F: Claro que me assustou meu amor.
A: Fabio tem uma coisa sobre meu passado que você não sabe.
F: Humm?
A: Há uns 20 anos atrás eu fiquei grávida, de um homem que me abandonou quando soube. Eu era adotada, meu pai adotivo tinha morrido e minha mãe ficou desesperada. Era muita coisa acontecendo, meu filho nasceu sobe olhares de nojo daquela família adotiva, minha mãe era a única que me apoiava... Mas ela ficou doente e só tinha eu para cuidar dela, mais também era só eu para cuidar do meu bebê que estava só com três meses.
Fabio minha mãe teve uma parada cardíaca, no mesmo dia que meu filho de apenas três meses morreu.
F: Amor!(a abraçado) Espera como foi isso?
A: Ele estava com hepatite.
F: Meu Deus, e o pior é que eu nem pude me despedir dele, uma das minhas tias correu com ele para o hospital, enquanto eu corria com minha mãe para o outro hospital com a ambulância.
A: E. (Chorando)
F: Shiiii. (a aninhando) Para, não precisa contar tudo, eu já entendi.
A: Ele é muito parecido.
F: Calma, não chora isso me corta o coração.
A: Talvez eu nunca vá me conformar com isso.
F: Eu entendo, perder um filho deve ser uma dor sem tamanho.
A: Quero muito conhecer seu filho.
F: Você vai meu amor, vou trazer os dois para jantar com a gente.
A: Mas eles não estavam brigados com você? (Ana foi enxugando as lagrimas)
F: Estavam, mas perceberam que eu não tive culpa, o meu filho mais velho é mais centrado, ele sabe como conversar com o irmão.
A: Ótimo, até porque não me sinto bem com essa situação.
F: (sorrindo) Agora vem aqui, deixa eu te dar um carinho. (a abraçando)
A: (sorrindo)
Ana vai para os braços dele.
Algumas horas mais tarde.
Ana esta em sua chácara conversando com Carol.
Estavam sentadas na beira da piscina, apenas com os pés mergulhados na água, a sombra do sol da tarde preenchia a área toda da piscina, fazendo com que a água ficasse um gelo.
Ana estava bebendo uma taça de vinho, e Carol cerveja.
C: Ana?
A: Humm? (mexendo os pés na água com o pensamento longe)
C: E ai? Como está a vida de casada?
A: Esta bem, o Fabio é maravilhoso. Eu tô vivendo um sonho.
C: Éééé... Quem te viu quem te vê.
A: Estava precisando de alguém para colocar meus pés no chão, e não para tira-los dele.
C: Derik tirava?
Ana ficou alguns minutos em silêncio...
A: Tirava... Tirava meus pés do chão e minha alma desse mundo.
Carol esta com uma cara de boba para ela.
C: Nossa...
A: Mas isso passou, eu agora estou bem com o meu marido, e é com ele que eu quero viver o resto da minha vida. (bebe mais um gole do vinho)
C: Vem cá, você não disse que vinha para cá para ficar bebendo vinho com a sua amiga na beira da piscina, não é?
A: Não, eu disse que vim pegar uns CDs que tinham ficado aqui para uma aula que eu vou dar amanha.
C: Humm, e seu gato e a amora? Você vai deixar eles aqui?
A: Não! De jeito nenhum.
C: Mas o Fabio deixou?
A: Deixou, ele só disse para esperar mais alguns dias que ele ia arrumar um cantinho para eles.
C: Nossa, que progresso.
Ficaram a tarde toda conversando, mais assim que começou a anoitecer ela voltou para casa.
Assim que Ana entrou em casa, Fabio já veio eufórico para cima dela.
F: Amor, quer me matar do coração, eu já estava indo atrás de você.
A: Fabio eu disse que ia à chácara.
F: Disse, mais não disse que ia demorar.
Nisso Fabio a abraçou.
F: Você me deixou sozinho a tarde toda Ana, poxa...
A: Você me trocou pelo seu escritório primeiro. (deixando a bolsa em cima do sofá)
F: Humm, então você é dessas? Vingativas?
A: A palavra certa seria Direitos Iguais.
F: Mais eu te troquei pelo trabalho, passei a tarde toda abraçado aos relatórios, agora olha a sua roupa.
A: O que tem minha roupa? (rindo)
F: Está cheia de pelo de gato, ou seja, você ficou a tarde toda com aquele seu gato.
A: Não foi só com ele não, a Amora também, você tem que arrumar logo um lugar para eles Fabio, a casa é enorme, eles estão carentes de mim.
F:A é? (a abraçando) Sabe quem mais esta carente de você?
A:Não... (Sorrindo)
F: A não sabe Ana Elizabete Vieira?
A: Não, não sei, esqueci... (beijo) Assim... (entrelaçando os braços no pescoço dele) de repente eu realmente esqueci.
F: Então vem cá que eu te lembro já.
Fabio subiu as escadas aos beijos com Ana e a levou para cama.
Eram um casal bonitinho, uma lua de mel quase que infinita.
Mas isso estava ameaçado, foi tudo muito rápido, não estava dando para assimilar os fatos.
Alguns dias depois Ana estava na escola, fechando a escola quando Carol ligou.
C: Ana desculpa, eu realmente não queria, mas eu esqueci.
A: Ahhhh Carol eu não acredito.
C: Você vai ter que ir lá.
A: Porque não me disse antes?
C: Porque, porque eu lembrei agora.
A: Tadinho deles Carol, se tiverem que morrer de fome já morreram.
C: Calma eu não lembro se tinha ou não, vai que tinha?
A: Ai Carol, ta bom vai, eu vou lá ver. Espero que eles não estejam sem comer nada por muito tempo.
C: Não, ontem a noite ainda tinha comida que eu me lembro.
A: Não da para te deixar responsável pela comida deles, você é desnaturada.
C: Ana!
Ana falou a conversa toda com Carol num tom de brincadeira, afinal ela não tinha obrigação nenhuma de cuidar deles, acontece que Ana deixou que Carol ficasse o dia que quisesse na chácara, mais era para alimentar seus animais. Mais dessa vez Carol falhou na missão.
No telefone.
A: Desculpa Fabio, mais eu preciso ir lá.
F: Espera eu vou com você.
A: Eu já estou indo Fabio, quanto mais logo eu for, mais logo volto para você. (sorrindo)
F: Se é assim, então está bem.
A: (sorrindo) Beijo.
F: Beijo meu amor.
Ana chegou a sua chácara por volta das 22h00minh...
A: Amora? Amora!
Logo a cadela apareceu pulando nela.
A: Você está com fome garota?(fazendo um cafuné)
Ana vai até a casinha dela.
A: Olha, a titia Carol quer matar você de fome meu amor? Hum? Fica aqui, eu vou buscar sua ração.
Ana entra em casa, estava tudo muito bem arrumadinho, logo seu gato vem a rondando.
A: Ownn meu gotosinho, vem aqui comigo vem. (o pegou no colo)
Ela foi com ele no colo, abriu a geladeira pegou o leite e encheu a vasilha dele.
O coitadinho estava faminto. Deixou-o ali com o leite, e voltou para a área, foi levar a ração da Amora.
Quando colocou a ração na vasilha, ela estranhou algo, a cadela não queria.
A: O que foi Amora? Esta ruim?
Ana olhou a validade do saco, cheirou e nada.
A: Não tem nada de diferente aqui não, você não está com fome?
A cadela saiu de perto deixando a ração de lado.
Nesse mesmo instante, Ana viu uma luz acender no interior da sua casa.
Mesmo com medo foi entrando, afinal de contas podia ser sei lá o que.
Assim que adentrou pela porta de vidro pela sua sala, ficou intacta, não... Não podia ser verdade.
Ele estava lá, com um enorme e lindo buque de Lírios acompanhado com um sorriso e os olhos brilhantes.

7° Delírios



A: Derik?!
Ele vem se aproximando.
D: Que saudades eu tava de você professora. (veio se aproximando)
Ana estava tão em choque, que nem deu tempo de desviar quando Derik a surpreendeu com um beijo.
Ana deu um longo e forte tapa na cara dele.
A: Como você se atreve Derik, depois de tudo!
D: O que foi que eu fiz?
A: O que foi que você fez? Como você ainda me pergunta isso? Você vai embora, não me da noticias por meses (já começando a chorar)me deixa plantada te esperando, e agora volta e vem me beijando como se nada tivesse acontecido!
D: Ana... (impressionado)
A: O que foi! (irritada e chorando)
D: Eu não achei que você fosse ficar desse jeito, não pensei que eu fosse tão importante assim para você.
A: Droga Derik, que DROGAH!
D: Mas agora eu estou aqui (se aproximando) e eu não vou mais deixar você.
A: Agora já não interessa mais Derik.
D: Como assim não interessa?
A: Eu estou casada!
Um silêncio...
D: Como?
A: É isso mesmo, e eu estou feliz. Se já não tínhamos nada, agora vamos continuar não tendo.
D: Como a gente não tinha nada Ana? (Segurando o braço dela) VOCÊ não tinha nada, eu... Eu tinha a mulher da minha vida nos meus braços, todas as segundas, quartas e sextas das 19h00min às 21h00min.
Ela se desmanchou por dentro com aquelas palavras. Não, não, Fabio era o homem da sua vida agora, e mesmo que Derik tivesse voltado nada mudaria o que está feito está feito!
D: Isso é para você! (Entregando o buquê)
A: Por favor, Derik...
D: Não vou insistir, aceite isso então como uma despedida.
Aquela palavra saindo da boca dele parecia ainda pior.
Despedida?Ele estava desistindo? Desistindo sem nem lutar? Mais que merda estava pensando? Ela estava casada, estava bem, queria que ele lutasse? Onde estava com a cabeça?
Ela pegou o buquê.
Ele abaixou a cabeça. Não, ele não estava... Oh meu Deus ele estava chorando?
A: Você esta chorando?
D: Claro que estou, eu perdi a única razão que eu tinha para viver aqui.
Ela também não conteve mais as lagrimas.
D: Deixa... Eu não vou mais te procurar, não vou mais fazer aula na sua escola. Não vou mais te perturbar professora.
Ana nada dizia, a garganta estava pesada, o nó que nela havia era enorme.
Ele saiu dali arrasado, e ela ficou ali arrasada. Chorava como uma criança, como doía, doía muito.
Porque ela não pediu mais explicações? Por quê?
Talvez por que soubesse que não tinha esse direito, eles não tinham nada, assim como ele também não tinha o direito de questiona-la sobre o seu casamento, e foi isso que ele fez, abaixou a cabeça e tentou aceitar o fato.
Só restava ela fazer o mesmo. Mais não podia chegar em casa naquele estado, os olhos estavam inchados demais.
Ligou para Carol, precisava desabafar...
C: Não, você não pode dirigir nesse estado Ana, eu estou indo te buscar te levo em casa.
A: Não precisa Carol, eu estou bem, eu sempre fico bem.
C: Ana...
A: Eu vou para casa... Eu tenho alguém que me ama, e se preocupa comigo me esperando.
C: Sabe que se precisar é só me chamar, não sabe?
A: Pode deixar amiga, qualquer coisa eu te ligo.
Ana nem sabe como conseguiu chegar a casa, se perguntassem que caminho ela tinha pegado nem saberia dizer, apenas seu corpo andava.
Assim que entrou em casa Fabio veio radiante...
F: Amor! Você não sabe o que aconteceu, meus filhos estão aqui em casa, vão ficar aqui um tempo, querem te conhecer, querem conviver mais comigo, Ana?
A:...
F: Você andou chorando?
A: Coisa boba.
F: Se te fez chorar não foi coisa boba...
A: Nada mesmo Fabio. Não se preocupa (dando um selinho nele) Você estava falando dos seus filhos é isso? Onde eles estão.
D: Pai ouvi um barulho de carro, é sua mulher?(descendo as escadas)
F: Amor, esse é meu Filho mais velho.
D: Amor?
A: Filho?
F: Ana?
D: Ana!(correndo para perto dela)
Ana desmaiou a palavra filho... Filho... Filho... Não saia da sua cabeça.
Mais que vida Madrasta.
Alguns minutos depois...
Ana foi acordando, estava deitada no sofá da sua casa, sua cabeça estava no colo de Fabio e na sua frente estava Derik, com a pior cara possível, os olhos dele também estavam inchados, com certeza também andou chorando.
A: Ai...
F: Filho, pega um copo de água para ela, talvez tenha sido a pressão.
D: Ta. (ainda em choque saiu para cozinha)
A: Ele é... Seu filho?
F: É... Tenho muito orgulho dele.
Ana ia enlouquecer.
Derik voltou, estava visivelmente preocupado em primeiro lugar com Ana que havia desmaiado, e em segundo lugar com a situação em si.
Mas que maldito mundo pequeno ein.
D: Esta melhor? (a olhando profundamente)
A: Estou. (tremendo com o copo na mão e o olhando também).
F: Vem, você precisa comer...
A: Eu não estou com fome.
F: Mas você não jantou e...
A: Fabio é quase meia noite, eu não vou conseguir comer nada agora...
D: Ela gosta de vitamina a noite.
F: Ann?
D: Digo, talvez ela prefira uma vitamina, já que esta de noite.
F: Você quer meu amor?
A: Talvez uma vitamina eu beba...
F: Vou fazer para você. (Fabio foi para cozinha)
Assim que Fabio saiu, Derik se aproximou de Ana falando baixou.
D: Porque não disse que tinha casado com o meu pai?
A: Será que é porque eu não sabia que ele era seu pai? (ironizando)
D: Como não Ana? Na ficha dos seus alunos não tem o nome dos pais não?
A: Por um acaso eu não fico procurando o parentesco que existe entre os meus alunos e os homens com quem me relaciono.
D: Ah sim... E agora?
A: E agora o que?
D: Como o que Ana? Essa situação não pode ficar assim...
A: Você não quer que eu me separe do meu marido porque eu descobri que ele é pai de um aluno que eu fiquei.
D: A você ficou? Então agora nós ficamos? Então você chorou e me bateu porque uma pessoa que você ficou foi embora?
A: Olha Derik você...
F: Aqui Amor! (chegando com a vitamina)
Ele entregou a vitamina para Ana, estava tão preocupado com aquele desmaio, que nem percebeu o clima tenso que estava em sua casa.
A: Obrigada.
Ana pegou a vitamina e com toda a dificuldade do mundo, ela conseguiu beber.
A: Querido, eu não estou muito bem, eu vou me deitar. Derik... Me desculpe, não consegui conversar com você direito, e pelo jeito nem com o seu irmão vou conseguir, me PERDOE (o olhando) eu espero que amanhã consigamos conversar melhor.
F: Filho, eu vou subir com ela.
A: Não! Fabio, por favor... Seu filho acabou de chegar de viagem, fica um pouco com ele.
F: Como você sabe?
A: Ele me disse enquanto você fazia a vitamina. (meio nervosa)
Ana subiu para o quarto e se trancou no banheiro.
A: Carol. (chorando)

8° Delírios

C: Eu estou chocada Ana, eu não acredito.
A: Eu não vou conseguir.
C: Mas Ana, você não disse que estava tudo bem, que já tinha superado o Derik?
A: Ah Carol, mas é diferente, ele esta aqui, no quarto ao lado do meu e do Fabio. É diferente.
C: Calma Ana, calma, deita, dorme... Amanhã é outro dia, você vai estar com a cabeça mais leve.
A: É talvez você tenha razão.
C: Eu vou te ver amanhã, melhor... Amanha depois do almoço vamos para chácara.
A: Tah.
C: Fechado, agora fica calma, dorme, amanhã nos vemos.
A: Tchau.
Ana tomou um longo banho e foi deitar. Talvez a ilusão de um novo dia fizesse acreditar que tudo não passaria de um sonho, ou melhor, um pesadelo.
Ana acordou naquela manhã se sentindo apertada, sufocada, foi abrindo os olhos e descobriu o por que.
Fabio a aninhava em seu peito, mas estava forte demais, estava até machucando.
Aos poucos ela foi se soltando dele...
Fez sua higiene e desceu fazer o café da manhã.
Quando ela chegou à cozinha, se deparou com uma coisa que a fez apenas observar.
Daniel estava dançando uma musica dos anos 80 em frente ao micro ondas, um pouco ele dançava outro pouco cantarolava, ela achou uma graça.
Quando ele percebeu que ela estava olhando, ele tomou um susto e parou na hora.
D: Nossa Dona Ana, desculpa, eu não vi que foi a senhora ai.
A: Que isso, não me chama de senhora, pode me chamar de você, nossa você dança muito bem, porque não faz aula?
D: Você acha? A não sei, sempre tomei isso como um hobby.
A: Seu irmão também dança muito bem. (sorrindo)
D: É, por falar nisso, que mundo, não é? Que diria que a professora do meu irmão ia ser a mulher do meu pai.
A: Você sabe?(assustada)
D:Sim, ele me disse, disse também que era muito apai..
F:Bom dia família!(se aproximando deles)
D:Bom dia Pai.
F:Nossa que musica é essa?
A:Linda não é?
F:Parada...(Indo em direção ao radio)Você que colocou Amor?
A: Foi..
D:Pai!Eu também gostei é diferente (olhando para Ana praticamente suplicando sua ajuda)
A: Fabio, você sabe que gosto de ouvir musicas assim, não mude, eu estou ouvindo.
Ana estava com o coração na boca, ele sabe? Sabe que Derik e ela mantinham certo relacionamento?
O que tanto Daniel sabia? Bom ele estava dizendo isso muito tranquilo, talvez não saiba muito mais.
F: Onde está o seu irmão?
Cada vez que Fabio chamava pelos filhos Ana tinha mais certeza de que aquilo tudo não era um maldito pesadelo.

D: Disse que ia conversar com uma amiga.
A: Humm, uma amiga?(meio incomodada)
D: É...
A: E você faz faculdade do que Daniel?
D: Eu faço faculdade de Engenharia Civil... (Enquanto tira seu chocolate quente do micro ondas)
F: Isso é ótimo não é meu amor? Ele já vai saber de tudo quando assumir as lojas.
D: É...
Ana percebeu algo diferente em Daniel sobre esse assunto, mas preferiu guardar para ela.
A: Fabio, eu vou sair com a Carol depois do almoço.
Ela disse isso até esperando um contra argumento, Fabio sabia que Carol não ia com a cara dele, e pensava que todas as vezes que as duas saiam era para Carol encher a cabeça de Ana contra Fabio.
F: Tá.
A: Tá?
F: Pode passar à tarde com a Carol, quer que eu te leve?
A: Não... (ainda desconfiada)
F: Tudo bem então, eu vou trocar de roupa, faz aquele cappuccino que só você sabe fazer para mim amor?
A: Ta...
Ana foi fazer o cappuccino.
Dan: O que foi? (percebendo a cara dela de paisagem)
A: Teu pai, ele sempre fica bravo quando vou passar à tarde com a Carol ainda mais em fim de semana, e dessa vez, tudo bem?
Dan: Ele é assim mesmo, sempre surpreendendo a gente.
A: E você? Qual é o problema com a musica? (Pegando as coisas para o cappuccino)
Dan: Você percebeu?
A: Não tinha como não perceber.
Dan: Ele não gosta, eu amo dançar, minha vontade era de fazer uma faculdade de dança, mas meu pai sempre foi contra.
A: Mas e o Derik, ele fazia aula de dança comigo, seu pai nunca disse nada?
Dan: O Derik sempre foi o rebelde, o que faz o que quer.
A: (sorrindo) É bem a cara dele mesmo. (sorrindo)(começa a fazer o cappuccino)
Dan: Eu não posso, ainda não me sustento. Não posso fazer o que eu quiser.
A: Peraí...
Dan: O Derik já tem o emprego dele, a casa dele, não deve satisfação a ninguém.
A: Se ele tem a casa dele, o emprego dele, porque ele está aqui?
Dan: Eu pedi, disse que só voltava para casa se ele viesse junto.
A: O que?
Dan: Eu sei que foi meio egoísta da minha parte, mas eu não consigo ainda sabe? (Já a voz embargada)
A: Daniel, tudo bem, não precisa ficar assim, eu sei que isso ainda é muito recente para vocês.
Dan: Obrigado Dona Ana.
A: Olha, na hora que teu pai descer, diz para ele que esta aqui o cappuccino.
Dan: Você não vai comer nada?
Ana pega uma maça e sai...
A: Isso aqui já serve.
Derik não voltou à manhã toda, depois do almoço Ana já ia saindo.
F: Amor?(indo atrás dela)
A: Eu prometo que eu não demoro Fabio.
F: Calma amor, eu não estou dizendo nada, pode ficar a tarde toda com a Carol, afinal de contas você não a vê a semana toda.
A: É... (o estranhando)
Ana dá um beijo no marido e sai.
Alguns minutos depois ela esta na sua chácara.
Ela abre os braços e respira fundo...
A: Aaaiii como eu amooooo esse cheirinho. (Chegando à porta de vidro)
C: Eu também. (sorrindo em direção a amiga)
D: Eu também gosto. (vindo atrás de Carol)
A: Derik? O que você ta fazendo aqui? Isso é invasão...
C: Calma Ana, eu o trouxe aqui.
A: Por quê?
C: Precisamos conversar, na verdade vocês precisam conversar, mas como eu sei que não vai dar certo os dois sozinhos eu achei melhor estar junto.
D: É... Ana eu não...
A: Shiiu Derik, eu ainda não tô suportando ouvir sua voz.
C: Calma os dois! Vem Ana, vamos sentar lá cozinha.
E assim fizeram... Os Três sentaram a mesa, e começaram.
A: Eu ainda não entendo o porquê dessa conversa.
C: Ana escuta o que o Derik tem para falar.
A: Não, primeiro me diz por que você foi para a Alemanha? O que teu pai pediu para você fazer?
D: Ele disse que eu precisava assinar uns papeis da herança da minha mãe, e depois ele me pediu para ver uns negócios da empresa lá e foi prolongando.
A: A... Foi por isso que você nem se despediu?
D: Ana, eu ia para já voltar em dois dias.
A:...
C: Mas ainda tem coisa estranha ai...
A: Essa conversa é inútil.
D: Não é não.
C: Eu também acho que não, e o dia em que eu liguei para você!?
D: Para mim?
C: É para você!
D: Eu não recebi ligação nenhuma sua Carol! (confuso)
C: Como não eu falei com você e tudo, depois a Ana falou com você, pediu para você vir aqui ficar com ela...
A: Chega Carol, isso não interessa mais, nada vai mudar.
D: Ficar? (a olhando embasbacado)
C: Interessa sim. Aqui, esse aqui não era o seu numero? (mostrando em seu celular)
D: Era, o numero lá de casa.
C: Então eu liguei para você. Está certo que eu estava meio bêbada, que podia ter caído na casa de outra pessoa, mas a Ana falou com você, e você disse para ela te esperar que você viria.
D: Eu não recebi essa ligação gente.
Ana começava a chorar.
A: Já disse que nada adianta.
D: Será que não foi o meu pai?
A: Cala a boca Derik, não vai querer agora que eu acredite que seu pai fez isso de propósito. Porque sabia que eu era a mulher que ele havia conhecido e que eu e você tínhamos alguma coisa?
D: Então agora nós tínhamos alguma coisa Ana? (levantando da mesa)
A: Não Derik, não se sinta culpado por ter me deixado uma madrugada inteira te esperando, você realmente não tinha obrigação nenhuma! Não, não tínhamos nada. (levantando também)
C: Espera gente.
A: Espera nada Carol! Ele ta certo, não tínhamos nada! Essa conversa nem tem porque existir.
C: Tá, então agora vocês vão conviver como Madrasta e Enteado, lindinhos, como uma família?
D: Eu só estou naquela casa por causa do meu irmão.
A: E eu, por que... Porque eu moro lá, porque eu AMO o meu marido, e sou feliz com ele.
Aquelas palavras saíram como um cuspe da boca de Ana e entraram como uma flecha no peito de Derik.
D: Então é assim Ana? Tudo bem, se para você esta tudo bem, para mim esta melhor ainda. Madrasta.
A: Não pense que isso vai mudar alguma coisa Derik.
C: Calma gente, ainda tem coisa que não encaixa ai.
A: Carol entenda uma coisa, mesmo que encaixe alguma coisa agora, nada vai mudar, eu estou casada com o Fabio, eu amo o meu marido, e tudo vai continuar como esta.
D: Você está diferente, virou outra pessoa, a Ana que eu conheço não é essa que esta na minha frente.
Carol concordava plenamente com o que Derik estava dizendo, a Ana que eles conheciam sumiu, essa nova Ana, mulher casada, centrada, que para tudo tinha que pensar antes de fazer, que avaliava demais as consequências era muito chata.
Mas estava decidido, seja lá o que tiveram ou deixaram de ter, Derik e Ana iam esquecer. E viveriam como Madrasta e Enteado.

Só uma coisa, Ana não sabia, que Derik como bom ele era bom, mais como ruim, ele era melhor ainda, e estava disposto a mostrar a ela, que ela estava enganando somente a ela mesma. Que aquela historia de casamento era para esquecê-lo, mas que não adiantou nada.
Era noite, Ana havia saindo a muitas horas de sua chácara, ela tinha passado em sua escola, pegou a ficha de Derik, realmente lá dizia que seu pai era Fabio, seu agora... Marido.



Aquilo estava acabando com ela, tudo girava talvez ela pudesse sumir, sair da cidade, largar tudo, fugir de tudo.
Deixou seu carro na escola e foi para casa a pé, queria pensar, será que seria possível? Bom... Caminhar poderia ajudar.
Não queria chorar... Só queria colocar a cabeça em ordem.
Ana estava perdida em seus pensamentos, quando começou a chover, a princípio uma chuva calma, mesmo assim ela resolveu continuar a pé, já que era uma chuvinha fraca e a sua escola não era tão longe assim da sua casa, mas não demorou muito e começou a cair o mundo.
Ela não conteve as lágrimas, aquela situação era desesperadora, e estava doendo mais do que ela podia imaginar.

9° Delírios



Tudo vinha de uma vez em sua cabeça, será que aquilo era algum tipo de aprovação, tava doendo... De um jeito que ela não queria por quem ela não devia.
Seu amor, seu verdadeiro amor havia voltado e ela não podia vive-lo.
Porque não disse tudo que tava sentindo antes, por quê? Será que se ela tivesse dito ele não teria ido para essa viagem?
O quanto será que ela era importante para ele, será que ele sentia o mesmo, ou aquilo era uma birra com o pai, uma aposta com os amigos.
E se fosse? Nada mudaria, ela já estava sofrendo por amor. E aquele era seu maior medo, sempre foi.
Ficou por longos minutos nessa tortura. Continuou andando em meio aquele dilúvio.
Não demorou muito um carro parou ao seu lado.
D: Entra aqui professora!(gritando de dentro do carro)
A: Não muito obrigada, eu estou bem.
D: Larga de ser teimosa, estou indo para o mesmo lugar que você.
A: Eu já tomei a chuva mesmo.
D: Isso eu vi, mas se continuar ai vai ficar doente, entra logo aqui Ana!
Ela resolveu aceitar. Nem ela sabe por quê.

Sentou ao lado dele, colocou o cinto, estava sem graça, pois estava molhando todo o carro, até que ela percebeu o que já imaginava que o olhar dele e a atenção não era para o carro dele, e sim para ela que estava com a roupa toda colada ao corpo.

Ficaram em silencio o caminho todo.
Assim que chegaram, nem Fabio e nem Daniel estavam.
A: Obrigada pela carona. (e começou a subir as escadas)
D: De nada professora. (sorrindo)
Ela respirou fundo e ignorou. Foi logo para um banho quente.
Após 20 minutos debaixo da água quente ela sai enrolada na toalha. Mas seus cabelos estão molhados e o secador esta no banheiro que fica no corredor.
Ela coloca a cabeça pela porta de seu quarto para ver se ele não esta por ali e sai correndo, como se fosse uma criança fazendo uma travessura.
Pegou o secador e voltou correndo, fechou a porta de seu quarto e quando se virou se deparou com Derik sorrindo para ela, e sem esperar qualquer reação dela, ele a agarra e a beija, ela não conseguiu, foi mais forte que ela retribuiu num longo e intenso beijo. As mãos dele começaram a passear pelo corpo dela, e quando ela percebeu a toalha já havia caído e estava nua, totalmente entregue aos braços dele. Ele a deitou na cama, e por cima dela começou a beijar sua boca, suas mãos percorrendo seu corpo com destreza, cada toque dele era um suspiro dela, seus lábios agora estavam nos seios dela, ela estava entregue e cheia de desejo.
Em êxtase só com o toque dele, Ana se esqueceu do mundo e entrou de corpo e alma, ele com seus lábios foi descendo e descendo...
Dan: ANA? (Batendo na porta)
Aquilo tirou Ana de seu Delírio, droga o que estava pensando? O que estava fazendo? Fabio não merecia se sentiu a pior pessoa do mundo.
Saiu o mais rápido possível da cama, meio empurrando Derik e procurando desesperadamente a toalha que já nem sabia mais onde estava.
Dan: Ana?(batendo de novo)
A: O-oque? O que foi? (se aproximando da porta)
Dan: Você sabe do Derik?
A: E-eu? Eu não por quê?
Dan: Porque o carro dele tá ai, mas eu não consigo achar ele, preciso conversar com ele.
A: Ele me deu uma carona até aqui, mas eu estava no banho agora meu querido, realmente não sei aonde ele foi.
Dan: Tudo bem.
A: Espera!
Dan: O que?
A: Seu pai já chegou?
Dan: Já, ele tinha me levado para ver algumas coisas na loja, esta guardando o carro agora.
A: A-a sim. Tchau então querido, vou terminar meu banho.
Dan: Claro, me desculpe.
Ana entrou em desespero.
A: Sai Derik, sai logo, o Fabio tá subindo.
D: E?
A: E? E o caramba garoto, sai daqui logo.
D: Por quê? Não acha melhor terminarmos o que já começamos? (se aproximando dela)
A: Não, não acho nada! Sai logo Derik! (o puxando para porta)
D: (rindo)
A: Para de rir.
D: Você ainda tem a minha Ana escondida aí. (sorrindo)
A: Derik, por favor.
D: Tá bom, eu tô indo. (levantou da cama super calmo de propósito)
Ana batia o pé inquieta na porta, ele deu uma corridinha até a porta a puxou num beijo e saiu como uma criança que acabou de esconder seu melhor brinquedo dos irmãos.
Um tempo depois Fabio entra em seu quarto, Ana tinha acabado de secar os cabelos.
Vestia uma camisa dele por cima de uma linda lingerie.
F: Meu amor, o que foi isso?
A: Isso o que?(sem entender)
F: O Derik acabou de dizer que você estava na chuva a caminho de casa...
A: Ah... Parei na escola arrumar algumas coisas e o carro não funcionava, eu vim a pé mesmo.
F: Porque não me ligou? Eu ia te buscar.
A: Eu... Eu...
F: Ana?
A: Estava sem sinal Fabio, talvez seja por causa da chuva.
F: Você vai ficar doente amor, vou te fazer um chá.
A: Não Fabio. (se afastando)
F: O que foi?
A: Não precisa.
F: Vem cá, depois tenho uma coisa para te mostrar.
A: Hum, olha que eu adoro surpresas. (sorrindo)
F: Mas antes você vai tomar um chá quente.
Um tempo depois.
F: Pronta? (a beijando)
A: Pronto. (sorrindo)
Ana pensava que tinha que esquecer aquilo, vai tentar seguir a vida como se nada tivesse acontecido.
Fabio voltou com uma gravata, passou em torno dos olhos de Ana, e começou a conduzi-la.
A: Nossa... Agora eu tô curiosa.
F: Espero que você goste.
A casa que Fabio tinha, não era bem uma casa, era mais uma mansão, tinham cômodos que Ana nem sabia para que servia, ela usava praticamente a metade da casa, tinha dias que nem ia a certos cômodos da casa.
Mas Fabio não deixava de ter um belo gosto.
Ana adorava andar descalça dentro daquela casa, o piso era frio, e com o calor que fazia em Sabertooh aquilo proporcionava uma sensação muito gostosa.
Ela percebeu algo diferente quando seus pés começaram a sentir que do piso frio o chão mudou para um solo amadeirado.
Fabio foi abrindo soltando aos poucos a gravata.
F: Seu... Todo seu amor...
Quando Ana abriu os olhos, não acreditou.
Era imenso, um Atelier para ela praticar a dança. Era muito espaçoso, tudo novo, duas paredes eram só espelhos, tinha barras para ela se alongar.
Seus discos preferidos ao lado de um aparelho de Vinil tinha o aparelho do mais moderno som, com CDs ao lado, e mais ao canto ela não acreditou.
A: Fabio! Eu não acredito!(com as mãos na boca)
F: É seu.
Um lindo piano ao canto. Ana tocava divinamente, a única coisa que Fabio não sabia era que Ana só tocava quando se lembrava do seu pequeno bebe.
Ela o abraçou carinhosamente e deu um longo beijo.
F: Gostou?(sorrindo)

10° Delírios


A: Se eu gostei? Eu amei Fabio! Sou tudo muito lindo, eu... Eu estou sem palavras para agradecer. (sorrindo)
F: Não precisa de palavras para agradecer, você pode me agradecer de outro jeito.
Fabio a segurou pela cintura e a beijou, um beijo demorado, e delicado, foram se beijando e andando por aquele imenso Atelier, até encostarem-se ao piano.
A: Eu juro que eu não queria estreá-lo assim Fabio. (sorrindo)
F: Mas você vai abrir essa exceção para o seu marido não vai?
A: Humm, não sei se esta merecendo não. (com o dedo na própria boca)
Fabio estava com as mãos na cintura de dela, e começou a tirar a camisa que ela estava usando, primeiro começou calmamente pelos botões, e ela ainda o beijando, ele a apertou contra o piano, ela colocou as duas mãos atrás se apoiando no piano, ela então estava até ficando mole, ele tirou toda a camisa dela, e depois tirou a própria calça, e ela foi tirando o cinto dele, depois foi abrindo a camisa.
Estavam só de peças intimas.
A: Fabio, espera...
Ela pegou a gravata que ele havia usado para tapar seus olhos e veio em direção a ele.
F: Ah jura que você vai tapar meus olhos também?Isso é injusto Amor.
A: Não, você vai poder ver, muito bem alias, mas não vai poder tocar. (amarrou o ultimo dos nós nos pulsos de Fabio)
F: Nossa Ana... (meio chocado) (sorrindo)
Ela o fez deitar no chão e começou certa massagem...
F: Se eu soubesse (se contorcendo)que esse seria o agradecimento, eu teria(gemendo baixo) feito isso antes.
A: (sorrindo) Seu bobo. (foi até a sua boca e o beijou novamente)
Ela continuou concentrada ali um bom tempo, voltou até ele e o beijou novamente.
Ele por sua vez estava sem forças para mais nada, Ana havia o explorado de todas as formas.
A: Ainda aguenta mais um pouco Fabio? (o provocando)
F: Ana... Me solta que eu te mostro.
Ela o soltou, e ele avançou nela, estava quase chegando ao Maximo do seu prazer e ia deixar Ana a ver navios, por isso avançou nela o mais rápido possível.
E por questão de segundos conseguiu satisfazê-la também, mas questão de segundos mesmo.
Estavam jogados no chão do novo Atelier de Ana, suados e rindo para o teto.
Era feliz sim, Ana gostava de Fabio, mas não da mesma forma que gostava de Derik, mas ainda precisaria de um bom tempo para que ela descobrisse isso por conta própria, porque não adiantava nada Carol falar e nem seu coração falar. Era cabeça dura que só.
Derik colocou na cabeça que Ana não tinha o direito de decidir a sua felicidade, e que ele mesmo iria provar para ela que é ele que ela ama, e não o seu pai.
Nem um dos dois queria tentar entender o que havia acontecido naquele dia do telefonema, Ana queria esquecer e seguir sua vida, Derik queria perturba-la até ela admitir. E mesmo ela sendo a mulher do pai dele, e outra ele pensava também que não era justo o pai casado com uma mulher que é apaixonada pelo filho o.O. (obs: Ah tá né Derik e seu sou o Bozo ¬¬”)
Passaram um fim de semana se evitando...
Era de manhã, Derik já estava tomando café quando Ana desceu só com a camisa de Fabio, assim que viu Derik sentado à mesa, lembrou que não moravam mais sozinhos e voltou no mesmo pé que veio, mas assim que estava chegando à escada...
D: Nossa... Assim você me mata professora.
A: Não sabia que você acordava tão cedo assim. (sem se virar na escada)
D: Você não sabe muita coisa a meu respeito professora.
A sorte é que ela estava de costas mesmo, porque ela ficou da cor de um tomate.
Ela subiu correndo as escadas e com uma das mãos segurava a ponta da camisa.
Derik levando a caneca de café na boca, sorrindo comentou consigo mesmo.
D: Como se eu não já não soubesse de cor e salteado esse corpo. (e bebeu o café)
Ana entrou correndo no quarto.
F: Que foi amor?
A: Ai que susto Fabio.
F: Desculpa, você que me assustou chegando correndo desse jeito. O que foi?
A: Ai olha como eu estou?!
F: Está linda! (Sorrindo malicioso)
A: Teus filhos tão ai Fabio! (com o rosto preocupado)
F: E o que tem?
A: E o que tem? (como quem diz “tá louco!”).
F: Ana, eles não tem maldade não, você é como a nova mãe deles!
Ana quis grudar no pescoço dele naquele momento, mas respirou fundo, bem fundo mesmo e disse.
A: É você tem razão. Então acho que vou fazer o seu café assim mesmo.
F: Tá... (todo despreocupado)
Tá? Tá? Ana não acreditava que Fabio tinha dito isso, ela estava quase nua, e ele diz tá?!
A: A, então é tá? Então tá!
Ela saiu do mesmo jeito que entrou no quarto e desceu.
Derik só observou ela descer as escadas novamente.
D: Ué professora? Desistiu de trocar de roupa? (a provocando)
A: É... Não estou nua, então não vejo problema algum. (ela começa a preparar o cappuccino de Fábio)
Derik levanta e vai levar a caneca na pia, e passa atrás dela.
D: É, concordo com você Ana, mas da próxima vez, troca a lingerie.
Ana fica novamente da cor de um tomate.
D: Essa mexe muito comigo... (sussurrando em seu ouvido)
Ela na mesma hora olhou por entre a gola da blusa e viu a lingerie, droga, era a que ela usou no dia em que ele dormiu na chácara.
Com o Maximo possível de calma que conseguiu, Ana tentou manter o controle.
D: Ah, só mais uma coisa, tem como você deixar de ser perfeita quando não estiver comigo? É que eu tenho medo de outra pessoa se apaixonar por você, já ta me enchendo muito ter que te livrar do meu pai seria muito cansativo ter mais um para eu espantar.
A: Derik...
D: Mas mesmo que isso aconteça, ele não irá conseguir te amar como eu te amo, é como comparar uma gota de água ao oceano inteiro. (sorrindo) Mas, por favor, entenda esse meu lado. (sorrindo)
Ele sorriu e saiu dali. E Foi para uma das Lojas de seu pai.
Derik estava trabalhando numa das lojas do pai, depois de muita insistência. Fabio só confiava nele para isso.
Daniel já estava na faculdade, precisou chegar mais cedo aquele dia para um trabalho que ia fazer.
Alguns minutos depois Fabio desceu pronto para o trabalho. Ana estava ouvindo Andrea Bocelli.
F: Nossa meu amor, isso é que eu chamo de começar um dia intenso. (Dando um beijo nela e parando em sua frente para que ela arrumasse sua gravata)
A: Já te disse o quanto você me excita quando usa essa gravata? (mordendo o lábio inferior enquanto termina o nó)
F: Não. (com a voz já toda se derretendo)
A: Então Fabio... Essa sua gravata... (dando um longo suspiro).
F: Para amor, eu preciso ir trabalhar.
A: Eu não estou fazendo nada Fabio. (sorrindo) Pronto.
Fabio se senta para tomar seu Cappuccino. (a olhando)
Ana estava cantarolando e dançando a musica, que há essa hora já não é mais Andrea Bocelli.
Ele bebia seu Cappuccino e observava a sua mulher dançar em frente o aparelho de torradas, como podia encanta-lo sem nem se esforçar.
Mal sabia que seu filho mais velho compartilhava da mesma opinião.
Os dias iam passando, Ana fazia o máximo para evitar Derik naquela casa, mas ele fazia completamente o oposto.
Era um dia de semana, ela estava arrumando as coisas para fechar a escola, quando Derik chega.
D: Oi professora! Nossa eu tava com saudade desse lugar.
Derik estava lindo, e não teve como não chamar a atenção de Ana, que logo fez questão de disfarçar.
Usava uma calça jeans preta, uma camisa social branca com uma textura diferente, sapato social, o cabelo bagunçado com gel, e ainda mastigava um chiclete, todo sexy, o perfume era dele, e ela conhecia muito bem, claro que ele fez aquilo de propósito.
A: O que você ta fazendo aqui?
D: Meu pai pediu para te buscar. (Se aproximando com as chaves do carro rodando entre os dedos)
A: O que? (incrédula)
D: É, seu carro está na manutenção, não é? Ele vinha te buscar, mas ele ficou preso nuns relatórios lá e pediu para eu vir te pegar, ops pegar não (sorrindo) te levar para casa.
A: Não precisa Derik, eu vou de taxi. (guardando as fichas de inscrição com força)
D: Para que? Estou indo para o mesmo lugar que você professora.
A: Não precisa.
D: Ana é o seguinte, meu pai me mata se você não chegar lá comigo, sem dizer que ele vai querer saber o porquê, você não liga que eu conte que é porque transamos algumas vezes e agora você não consegue ficar perto de mim porque tem medo de não resistir?
A: Cala a boca garoto, claro que não é isso!


D: É o que então?
A: É... Nada Derik, nada! Vai, vamos logo então.
D: (sorrindo)
Ela fechou a escola e entrou no carro. Aquilo ia ser um prova de fogo, definitivamente não seria fácil.
Foram o caminho todo mudos, como se não tivessem nenhum assunto em comum...
Ela rezava para que nada acontecesse que ele não puxasse conversa, estava bom do jeito que estava.
Mas no meio do caminho ela foi surpreendida.
Ele parou o carro no acostamento, era uma rua meio deserta, ele virou de frente para ela e foi se aproximando, a respiração dela foi ficando acelerada demais, estava já ofegante, e ele veio se aproximando da boca dela.
Ana não acreditava que ele ia ter a coragem de fazer aquilo, poxa já tinham conversado sobre eles, ele disse que não ia perturbar. Na verdade ela tinha medo de não conseguir controlar isso sim. E não podia fazer isso com Fabio.
Assim que ele chegou frente a ela, olhos nos olhos e boca quase colada na dela ele disse:
D: Deixa eu coloco para você. (e sorriu, sabia que tinha provocado o efeito que queria).
Ela soltou o ar que havia segurado por tantos minutos.
A: Ann? (meio hipnotizada)
D: O cinto!
Ela se tocou, não havia colocado o cinto.
D: Me considero um ótimo motorista sabe professora, mas acidentes acontecem, e eu não quero que se machuque, entendeu bem?
Ana não dizia nada, ainda estava se recuperando do susto.
Seguiram o resto do caminho em silencio.
Assim que chegaram, Fabio já estava em casa, e aguardava eles na sala.
F: Nossa vocês demoraram. (indo em direção a Ana)
D: É que a Ana tava terminando de arrumar algumas fichas.
F: Oi meu amor. (beijando Ana)
Ana olha bem para cara de Derik e diz:
A: Senti sua falta hoje, vamos subir. (começou a beija-lo)
F: Amor... (meio sem jeito) Olha o Derik aqui.
A: Oh, me desculpe. (o provocando)
F: Você nem jantou, vamos comer, Zuleide preparou só coisa gostosa hoje.
A: Não estou com fome Fabio, vamos subir vai. (pendurada no pescoço de Fabio e olhando para Derik)
D: Pai, não se preocupe comigo, eu janto com o Daniel, pode ir... Se deitar. (olhando para Ana)
A: Obrigada Derik, você entende né?
D: Claro. Ah e pai?
F: O que?
D: Não vou dormir em casa hoje, ta? Tenho companhia, você entende não é? (sorrindo e olhando para Ana)
F: Mas não vá esquecer da...
D: Não vou esquecer a reunião não pai, pode ficar sossegado.
Ana a essa altura estava possessa por dentro, querendo com toda a força grudar no pescoço dele, mas respirou fundo e subiu para o quarto com o seu marido.
Assim que chegaram ao quarto, Ana desconversou toda aquela encenação de antes.
F: Ué, não quer mais?
A: Eu quero você Fabio, mas eu te quero de outro jeito hoje... (sorrindo para ele)
F: Você quer um carinho meu amor, é isso? (achando a coisa mais fofa do mundo)
Ela sorriu para ele.
F: Então vem aqui, eu te dou um carinho meu amor. (sorrindo)
Ela deitou no peito dele e ficaram assim por muito tempo.
F: Amor, espera um pouquinho. (tirando a cabeça dela de seu peito) Eu vou pegar um remédio para dor de cabeça.
A: O que foi? (preocupada)
F: Nada demais, acho que preciso ver meus óculos. (tomando os comprimidos)
A: Cuidado, se não passar vai ao medico ver isso Fabio.
F: Own meu amor está preocupada? (voltando para cama e ajeitando a cabeça dela em seu peito novamente)
A: Claro que eu fico.
F: Como foi seu dia hoje?
A: Ah foi calmo, os alunos estão pegando com mais facilidade os passos... Aí até a gente se diverte. (sorrindo)
Alguns minutos depois Ana ainda falava sobre os alunos e Fabio bocejando. O remédio que tomara para dor de cabeça dava muito sono.
Fabio estava quase dormindo, quando Ana resolveu conversar.
Mesmo com muito sono ele conversou com ela.
A: Fabio?
F: Humm
A: Porque foi que você tinha mandado o Derik para Alemanha mesmo?
F: A herança da minha falecida mulher...
A: Como assim?
F: Amor, eu... Como você pode perceber sou simples, embora eu seja muito rico eu não sou fútil, mas minha falecida mulher era, e muito.
A: Por isso ela tinha uma conta na Alemanha?

sábado, setembro 14, 2013

1° Delírios

Delírios
Porque o melhor... É se deixar levar...


Na saída da escola de Dança...
A: Não Derik...
D: Eu não aquento mais Ana...
A: Aqui não garoto. Já disse.
D: Onde...
A: Vou ver...
D: Quando?
A: Vou ver também. (sorrindo)
D: Ahhh, isso não é justo. (a agarrou e com força a encostou contra a porta)
Eram os últimos. Ana sempre ficava por ultimo para fechar a escola, afinal era a sua escola de dança.
A: Para com isso.
D: Você não me da outra escolha.
E nisso a beijou forte, um beijo desejado, onde cada sentido de seus corpos agora estava à flor da pele.
Ela não resistia, era um garoto apenas, mas a tirava desse mundo.
Uma das mãos dele estava apertando em cheio a coxa dela, e ela com uma das pernas entrelaçada nele.
D: Eu sei que você não resiste Professora. (mordiscando a orelha dela)
Ela ria como quem diz “eu posso parar quando eu quiser”.
D: Diz para mim... Hein... (ofegante) Diz que quer... Eu sei disso.
A: Para com isso garoto. Você tem que crescer um pouco mais. (sorrindo)
E dizendo isso se soltou dele, abriu a porta e saiu.
A: Vamos, agora vai saindo daí que preciso ir para casa.
D: Isso não se faz Ana. (passando pela porta e rindo para ela, que também estava rindo)
A: (sorrindo) (mordendo o lábio inferior com as chaves na mão).
Ela trancou a porta, e foi em direção ao carro.
Derik foi correndo atrás.
D: Calma, espera, como assim você vai me deixar assim? (apontando para calça dele)
A: Estou falando para você crescer primeiro. (sorrindo)
Ele a cercou e a apertou no carro.
D: Para com isso professora, você não é assim que eu sei.
Ana o olhou com um olhar de quem estava o desafiando.
A: Não. (sorrindo)
Ela se divertia com a cara dele, e ele ficava maluco.
Ele a segurou pelo braço.
D: Por quê?
A: Você não conseguiria me dar prazer.
D: Está duvidando de mim?
A: Estou. Deu um selinho nele e entrou no carro.
Ele ficou parado no lugar, poxa ela tinha acabado de acabar com a sua moral.
Era interior de São Paulo, Ana Elizabete Blayder morava em uma chácara, adorava o ar puro, o barulho dos passarinhos, do rio, da sua liberdade, era solteira, nunca se casou, não tem filhos, vive a vida que quer, sua paixão é dançar, e por isso ama o que faz, e cuida de sua escola como o seu maior bem.
Chegou a casa, como sempre tudo escuro e um silencio. Como estava com algum as sacolas na mão porque havia passado no mercado, teve certa dificuldade para abrir a porta, mais depois de alguns minutos ela abriu.
Assim que acendeu a luz da sala.
A: Ahhhhhhhhhhhh. (soltando as sacolas no chão)
C: Ahhhhhhhhh. (caindo do sofá)
A: (rindo)
C: Está maluca Ana. Quer me matar do coração.
A: (rindo) Desculpa Carol. Ah a culpa foi sua, deitada no meu sofá nesse escuro.
C: Mais você sabe que eu tenho a chave doida.
A: Sei mais você sempre deixa as luzes acesa. (rindo). Desculpa.
C: Ué? Achei que ia demorar. (pegando as coisas que ela tinha derrubado)
A: Não. (enquanto levava para o balcão da cozinha)
C: O garoto não te segurou hoje?
A: Segurou um pouco, mas eu logo o dispensei.
C: Ainda acho que você devia dar uns cata nele
A: Está maluca Carol, eu lá “cato” alguém.
C: (sorrindo) Desculpa Ana, mais é que ele ta insistindo tanto, achei que ele tivesse conseguido dessa vez.
A: Aquele garoto ainda tem que comer muito arroz com feijão. (sorrindo)
C: Opa, desculpa aí. Mais ele é um gatinho.
A: Pega para você então, quem sabe ele larga do meu pé.
Carol parou e olhou para ela como quem diz “está me zoando?”.
A: Tá (sorrindo) desculpa estou só brincando.
C: Tem algum sorvete em alguma dessas sacolas?
A: Não. (sorrindo) Ué? O que aconteceu?
C: Estou mulherzinha hoje.
A: Ih, terminou com a Vânia?
C: Ela me traiu.
A: Eita, por quê?
C: E com um homem ainda, ai que raiva.
A: Ai Carol, que pena achei que dessa vez ia ser sério.
C: Eu também.
Ana olhou para Carol quase chorando no sofá.
A: Ah para com isso, você nem parece você chorando por alguém que não te deu valor.
Carol estava com a cabeça baixa.
A: Olha aqui.
Carol olhou para ela.
A: Bora se entupir de Pizza e Coca-Cola.
C: Jura?
A: Só hoje por você.
C: Deixa eu já ligar então antes que você desista, afinal não é todo o dia de semana que Dona Ana resolve quebrar a alimentação saudável dela. (sorrindo)
A: Palhaça, vai logo mesmo antes que eu desista.
Carol é amiga de Ana há muitos anos, mesmo Carol sendo mais nova que Ana, tem uma experiência de vida tão vasta quando a de Ana.
Já moraram juntas, mais ambas gosta de suas liberdades, mais quase sempre Carol vai chorar as pitangas para Ana.

2° Delírios

A chácara de Ana era perfeita, sua vida toda se resume a ela e sua escola.
A casa é toda de madeira, a sala, por exemplo, tem uma parte que é toda de vidro e ela vê toda a área de fora, a piscina, na parte de cima fica três quartos, de animais em sua chácara ela tem um galinheiro, uma vaca, dois cavalos, um cachorro e um gato ainda bebe, que ganhou no seu ultimo aniversario de um aluno.
Passaram a noite toda jogando conversa fora, e comendo besteiras.
Ana é uma maluquinha, é esquentada e fala tudo que vem na telha, no fundo bem no fundo tem um lado todo romântico, mais que briga com ela mesma a todo o tempo.
Era fim de semana, Carol estava insistindo para Ana sair com ela, precisava esfriar a cabeça. Na verdade precisava de um porre depois da traição que sofreu.
A: Ah, não estou a fim.
C: Poxa vida Ana. Estou te implorando.
A: Ahh nem tenho roupa para ir nessa balada ai, embora me comporte como uma, não sou uma garotinha periguete.
C: (rindo) “Garotinha Periguete”? Bora, anda logo, não aceito o seu não.
A: Ahhhhhh. Que saco Carol. (indo emburrada se arrumar)
Algum tempo depois.
C: Noooossa está gata, hein? Pena que você não gosta da fruta aqui e também é como minha irmã, se não... Jesus
A: Cala a boca Carol. (sorrindo)(indo para a porta)
C: (sorrindo) (a seguindo)
Pegaram o carro e seguiram para uma boate famosinha da cidade onde moravam.
Ana tinha seus 51 anos, mais ninguém dava essa idade para ela.
A boate já estava lotada, era quase 2hrs da manhã, tocava de tudo naquela boate. E claro que Ana logo logo, chamou a atenção. Afinal dançava divinamente bem, e isso a deixava deslumbrante.

Carol já estava doida, tinha bebido todas.
E Ana estava aos pingos de suor de tanto que já havia dançado.
Começou um tango... Espera aí, um tango? Numa boate jovem?
Estava sentada recuperando o fôlego quando uma mão é estendida a sua frente.
F: Me daria a honra?
Ana aceitou e foi levada até a pista.
A música começou...
Os olhares eram hipnotizados, aqueles olhos azuis a olhando com doçura a deixavam desconcertada, chegou certa hora, que nem o olhava mais, estava quase errando o passo. Mais como assim? Um homem daquele jeito estava naquela boate? Tipo ela, praticamente foi arrastada por Carol sofreu literalmente uma chantagem emocional, e ele tinha cara de um homem sério, caseiro. Fora também que devia ter lá os seus 50 e poucos anos.
Aproveitou o Maximo que conseguiu daquela dança, nada foi dito.
Para sorte deles, os jovens não vaiaram, simplesmente abriram uma roda e olhavam hipnotizados para aquele casal, tão diferente.
Estavam perfeitos, como se tivessem ensaiado.
Ana não estava muito confortável com aquela situação, era como se ele a tivesse analisando.
Em fim a dança acabou.
F: Prazer, Fabio. (a beijando a mão)
A: Ana. (sorrindo)
F: Você dança muito bem.
A: Você também. Nossa não sei como colocaram essa musica, afinal a conheço muito bem.
F: Eu, eu pedi para colocar, eu na verdade vim buscar meu filho. É meio rebelde sabe, mais quando te vi dançando, fui La e pedi a musica.
A: (sorrindo)
Ana queria conversar mais com ele, mais não deu foi interrompida.
Garçom: Licença, você que esta com aquela moça ali. (e apontou para Carol)
A: Sou eu sim...
Garçom: Ela não esta bem.
A: Ah meu Deus. (e já foi saindo)
F: Quer ajuda?
A: Não, obrigada.
Fabio ainda gritou.
F: Espero te ver um dia de novo.
Ana virou e sorriu para ele.
Assim que chegou onde Carol estava...
A: Meu Deus Carol, o que é isso?
C: Porque ela fez isso? Por quê?
A: Ai Senhor, você bebeu demais, vem, vamos para casa.
Ana passou um dos braços de Carol em seu pescoço e saiu com ela dali.
Colocou-a no carro com certa dificuldade, Carol estava completamente bêbada.
Ana estava dirigindo. E dando um belo sermão em Carol.
A: Pow Carol, para que isso? Olha como você esta. O que você esta pensando. Isso não vai te ajudar em nada. Ela com certeza deve estar lá super feliz com o namorado dela e você ai, acabando como seu fígado à toa, por alguém que não te merece.
C: Para... (resmungando)
A: Para nada Carol, estou dizendo isso para o seu próprio bem, poxa você é minha amiga, minha irmã, não quero te ver sofrer...
C: Para.
A: Qual é o seu problema?(Já irritada)
C: Para o carro, acho que vou...
Não deu tempo, aquilo foi muito nojento, Ana quase vomitou também, o mais rápido que pode Ana abriu os vidros do carro, ligou o ar condicionado, e pisou no acelerador o mais rápido que pode.
Chegaram à chácara.
Ana aos tropeços e escorregões levou Carol ao banheiro, socou ela embaixo de uma ducha gelada e a deitou na cama.
Que trabalho.
Mas uma coisa ela não tirava da cabeça. Aquele homem, por quê? Porque ele mexeu assim com ela?
Mas agora é hora de por os pés no chão, Ana você não vai mais vê-lo.
Apesar de que é uma cidade pequena, talvez o veja de novo.
O que é isso? Ana brigava consigo mesma.
Bom, ligou uma musica calma e deixou que a coisa fluísse. Sim o seu lado menininha apaixonada e romântica, estava guardada, mas quando ela colocava uma musica calma, pegava o seu vinho suave e sentava na sala em cima do seu tapete felpudo vermelho, podia se ver que lá vinha à menininha de Ana.
Estava entregue aquela musica. Trazia-lhe recordações maravilhosas. E mesmo que a fizesse sofrer. Gostava de recorda-las.
Ana não tinha família, foi adotada e seus pais adotivos já morreram, e não se da muito bem com a família desses pais adotivos, mais na verdade também nunca considerou nenhum deles a não ser sua mãe e seu pai adotivos mesmo.
Por isso mudou de cidade, e se refugiava naquela chácara.
Era meio dia de Domingo.
Ana estava sentada a mesa saboreando seu prato de domingo “Lasanha”.
Carol descia as escadas com uma cara péssima. Ainda com o short de dormir, o cabelo todo bagunçado, e os olhos inchados.
A: Bom dia margarida. (sorrindo)
C: Nossa que dor de cabeça.
A: (sorrindo) Me assustaria se você dissesse que não tava com essa dor de cabeça.
C: Você me deu um banho?
A: Dei.
C: Isso quer dizer que eu fui sexualmente assediada no meu inconsciente? (sorrindo)
A: Claro, foi super sexy, segurar sua cabeça para você não se afogar na banheira, tapar o nariz pelo cheiro de vomito e ainda praticamente te carregar para a cama.
C: (sorrindo) Que horror. (sentando-se a mesa)
A: Como está se sentindo?
C: Melhor. Chega de chorar.
A: Isso ai, cabeça erguida.
C: Acho até que vou dar um mergulho na sua cachoeira.
A: Claro...
C: Vamos?
A: Vamos, mas só depois que você lavar o meu carro é claro.
C: Ai... Não me diz que...
A: Uhum.
C: Droga.
A: Está calor, vai estar sol o dia todo, e eu não estou com pressa. (Rindo)
C: Você ri, não é? Porque não é você.
A: Mais é claro. (sorrindo)
Mais ou menos 17 h da tarde, Ana e Carol estavam na cachoeira, sempre faziam isso. Ana adorava sua chácara, cada espacinho dela, e essa cachoeira era uma delas, era só dela. Demais ninguém.
Estavam dentro da cachoeira, longe da queda da água.
Tinham bebido algumas taças de vinho antes. Estavam rindo a toa.
C: (sorrindo) Não era nem para eu ter bebido mais.
A: (sorrindo) Ah nem te contei. Ontem dancei um tango naquela boate?
C: (rindo) Eu que bebo e você que embebeda Ana.
A: Sério, o homem que pediu até dançou comigo.
C: Qual o nome?
A: Fabio.
C: Oh legal, pegou o telefone?
A: Não.
C: Vão sair de novo?
A: Não.
C: Vocês transaram?
A: Para de beber Carol. (sorrindo) Claro que não a gente só dançou.
C: Mas por quê?
A: Porque minha melhor amiga inventou de desmaiar pelo porre que ela tomou, ai tive que sair correndo.
Carol começou a rir.
A: Palhaça. (rindo)
C:Desculpa. Cara desculpa mesmo, você sem sexo há meses e eu tirei sua oportunidade.
A: Carol!(jogando água nela)
C: Ai, estou mentindo? Ou você não me disse.
Ana ficou em silencio.
Carol fez uma cara de espanto.
C: Não me diga que o moleque gatinho com...
Ana fez que sim com a cabeça.
C: Ohhhhh my good, chocada.
A: Até que ele bate um bolão. Menino é cheio de saúde.
C: Ahhhhhh. (rindo)
A: Não sei o que ele tem, mais ele tem uma pegada sabe, um jeito diferente. Sei lá. Eu gosto.
C: (rindo) Está gostando dele Ana ELIZABETE?
A: Ha ha ha, claro que não MARIA CAROLINA acho que é só carnal, sabe?
C: Acha? (rindo)
A: A para Carol, não vem achar coisa onde não tem. Mas é um carnal forte, muito forte.
C: Ui.
Ficaram naquela cachoeira por quase uma hora.
Assim que cansaram, voltaram para casa.
Carol desmaiou mais um pouco no sofá e depois foi para sua casa, afinal no dia seguinte já era segunda, e a rotina de trabalho voltava.
Tinha um negocio próprio, uma loja de Rock, também amava o que fazia, era sua paixão.
Era quase 23hrs da noite quando Ana resolveu parar de assistir o seu seriado e ir para cama, mas antes de apagar as luzes da sala, algo a chamou atenção.
Na porta de vidro da sua sala estava alguém parado do lado de fora, todo sorridente batendo na porta.
Derik.
A: Mais o que você esta fazendo aqui? (abrindo a porta)
D: Vim te dar um boa noite.
A: Cadê minha cadela o que você fez? (já saindo para ver)
D: Ah aquela ali? (mostrou ao lado da piscina)
Amora a cadela de Ana estava se deliciando com um enorme pedaço de bife.
A: Droga Derik.
D: Ah para, eu sei que você gostou professora. (já a agarrando)
A: Sai daqui, não quero você aqui de novo.
D: Por quê? (a beijando)
A: Porque sim.
Ele a saltou a boca, foi forte, ela quase caiu, estavam se embolando, um pouco ela batia e empurrava e outro pouco o beijava e o puxava para si, foram se beijando e andando até que ele a encostou na mesa.
A parte debaixo da casa de Ana era um enorme cômodo dividido sem as paredes, então ali mesmo, já tinha um canto com as coisas da cozinha, um balcão, a mesa.
A mesa.
Ali foram parados, ele a ergueu ali ela já colocou as mãos atrás e foi derrubando o que tinha em cima.
Sem pararem o beijo, estavam se preparando, ofegantes, ela ali sentada na mesa.
Foram tirando as roupas, rápidos, como se estivessem com pressa, pareciam bichos abrindo um pacote de carne, dava medo só de ver.
Ela erguia a cabeça e ele se deliciava com o seu pescoço, a torturando de todas as maneiras.
D: Agora, vem logo.
Ela o olhou com uma cara safada e sorriu para ele, mordeu o lábio inferior.
A: Ah garoto, você vai ver só, vou me lembrar disso.
D: Você gosta? (ainda concentrado no pescoço dela)
A: Anda logo com isso.
D: Seu desejo é uma ordem Professora. (sorriu)
Ela se agarrou a ele, e começaram uma sincronia de sensações.
Ficaram assim por alguns minutos.
Já suados e cansados, chegaram ao prazer extremo de cada um.
A: Nossa. (Respirando forte)

3° Delírios

D: Uffa, que loucura. (ofegante)
A: Você é muito insistente garoto.
D: (sorrindo) (a olhando provocador) Quem não arrisca não petisca professora.
A: Boa resposta.
Derik foi saindo da mesa, foram se recompondo.
Ana também, no fundo gostava dessa relação estranha que tinha com o Derik.
Bom ela super calma, como se não tivesse acontecido nada demais foi até o balcão e começou a pegar umas frutas, talvez fosse fazer uma vitamina.
A: Quer?
D: Quero. (e foi indo em direção onde ela estava)
Calmamente sentou-se na banqueta e ficou a olhando fazer a vitamina.
Assim que terminou entregou a ele, e também se sentou.
Ele bebia a olhando.
A: O que foi?
D: Como você faz isso?
A: Isso o que?
D: Me enlouquece.
A: Eu não faço nada, você é que ainda é um garoto e se “alegra muito rápido”.
D: Não me provoca professora.
A: (sorrindo)
D: Fiquei sabendo que você saiu ontem à noite.
A: Ah ficou?
D: Uhum. (a desafiando)
A: E daí?
D: E daí? E daí que quero que me conte onde foi?
A: Ha ha ha...
D: Ficou com alguém?
A: Claro que fiquei, com vários, todos os homens me querem, não é só você, amanheci largada ali na beira da minha piscina, com a boca inchada de tanto beijar.
Derik a olhou espantado, ela tinha temperamento literalmente muito eclético. Então não colocaria sua mão no fogo por ela nesse sentido.
A: Derik, por favor.
D: Uffa, por um instante quase acreditei mesmo.
A: Garoto abusado, sai daqui, vai.
D: O que? Como assim e vou dormir com você.
A: Ha ha. O único gato que dorme comigo é aquele ali.
A: Agora sai.
D: Nossa, mas espera ai, ainda to bebendo essa vitamina.
Ana coloca as mãos na cintura e o olha, como quem diz”vou enfiar essa vitamina de uma vez a sua goela baixo garoto”
Ele riu dela.
A: 1...
D: (sorrindo)...
A: 2...
D: Tah, já entendi, estou indo.
Derik a puxou forte e deixou um beijo desentupidor de pia nela.
D: Sua vitamina estava deliciosa professora. (e lambeu o lábio inferior)
Ana olhou para ele...
A: 2 e meio...
Ele saiu rindo pela porta de vidro.
Ana deitou em sua cama com Happy (seu gatinho), e ficou lembrando-se de Derik.
A: Garoto abusado.
E assim começou mais uma semana.
Ana demorou acordar naquele dia, estava cansada...
Não abria a escola muito cedo, então tinha tempo o suficiente para levantar, tomar um café sossegada, e depois ir à escola.

Tinha certo ritual ao acordar, acordava e a primeira coisa, fazia sua higiene e descia para cozinha, colocava a água no fogo para fazer o café, ligava o radio e chamava Happy para beber leite.
Estava concentrada no café... Mas no radio começou uma musica que a fez sair desse mundo.
O tango... Aquele tango...
Ela começou a lembrar de Fabio... Apenas dançou com ele, mas ele não saia da sua cabeça.
A: Ah droga.
Quando despertou de seus pensamentos, percebeu que metade da água já havia secado.
Bom depois disso foi alimentar os poucos animais que tinha em sua fazenda. Depois tomou um banho e foi para escola.
O tempo havia mudado, estava chuvoso.
Passou um dia tranquilo, Derik não havia ido à aula aquele dia.
Estava fechando a escola.
F: Com licença?
A: Sim. (virando-se)
F: É você.
A: Fabio!
F: Ana...
A: Em que posso ajuda-lo?
F: Na verdade eu estava atrás do meu filho... E acabei parando nessa escola.
A: (sorrindo)
F: Você deve estar achando que a minha vida é correr atrás do meu filho não é?
A: (sorrindo) Não que isso...
F: Nossa não sabia que essa escola é sua, passo sempre por aqui para ir ao trabalho.
A: (sorrindo) Mundo pequeno, não é?
Começa a chover.
F: Nossa que chuva forte, você quer uma carona?
A: Não, obrigada. Estou de carro.
F: Ah sim. Bom então não vou te segurar muito mais, se não, não ira conseguir ir para casa. (sorrindo)
A: Isso é verdade.
F: Agora sei onde te encontrar. (a beijando a mão)
A: (sorrindo) Quando quiser Senhor Fabio. (sorrindo)
Ana pegou a estrada e por um pouco não ficou presa no caminho, estava uma lameira.
Quando chegou a sua casa achou que Carol iria estar lá. Mais não estava.
Subiu em seu quarto, colocou comida água para o Happy e depois vestiu uma camisola, mesmo estando àquele toró, estava calor.
Ela abriu a porta de vidro de sua impecável sala, e ficou admirando a chuva...
Não pensou duas vezes e saiu, foi até a beira da sua piscina e colocou os pés na água e em seguida deitou-se, os olhos fechados apenas sentindo as gotas fortes e geladas em seu rosto. Era bom. Uma sensação maravilhosa.
Estava pensando em Derik, o porquê não foi na aula aquele dia? Não faltava nenhuma aula.
Bom também não importava. Quem sabe se ele tivesse ido provavelmente estaria dentro do carro com ele, e não teria a oportunidade de ver Fabio novamente.
Fabio... Mexia com ela de um jeito... Um jeito que nem sabia como decifrar.
Suspirou fundo... A chuva estava ainda forte.
O ar que inspirava foi cortado.
Um beijo...
D: Oi meu amor, sentiu minha falta?
A: Derik?! Que susto!(sentando se)
D: O que está fazendo? Vai ficar resfriada.
A: (sorrindo) Gosto da chuva.
D: Eu passei a gostar agora.
A: Ha ha...
D: Ela deixa sua roupa coladinha assim... (Já com os dedos abrindo os botões da blusa)
A: Ei ei ei... Pode ir parando.
Ele a segurou forte e a beijou, ali mesmo sentados na beira da piscina, estava uma chuva intensa ainda, e por isso estavam encharcados.
As mãos dele já estavam enroladas no cabelo molhado dela.
Droga pensava Ana consigo o que aquele garoto tinha que a deixava tão vulnerável daquele jeito?
Ele foi deitando a na borda da piscina, e em seguida ficou em cima dela.
Ele beijou o ombro dela. Ela não falou nada. Então ele foi subindo, beijando de leve, esfregando o rosto na pele dela, até que chegou ao lóbulo da orelha. Colocou entre os lábios e passou a língua. Aquilo fez com que Ana arrepiasse. A forte chuva talvez nem sentisse mais. As mãos dele tocaram a cintura e foram parar na sua barriga. Ele fez um carinho breve nas laterais das coxas e a apertava forte, para que ela pudesse senti-lo bem.
Ele a abraçou, e foi muito bem correspondido aos carinhos. As mãos dele subiram até os seios dela. Depois ele desceu a mão até lá em baixo.
Olharam um para o outro e trocaram um longo beijo.
Estávamos deitados, as costas dela doíam um pouco devido ao piso áspero da borda da piscina, só que o momento em si estava fazendo a esquecer de qualquer dor.
Ana já estava vendo estrelas naquela noite de chuva. Ele a puxou novamente para um longo beijo.
Agora já estava entregue, parou de lutar com ela mesma que não queria, queria sim, e muito.
Recobrou os sentidos e ajustou a altura das suas pernas. Ao perceber a reciprocidade, Derik passou a ser mais firme.
Ela o desejava e isso o deixou muito feliz, e acompanhado de um lindo sorriso...
As bocas descontroladas, ele ergueu a camisola, tudo muito rápido, sem um pingo de paciência.
Os beijos eram demorados, cada movimento feito com a boca era lento, aproveitado...
Amaram-se ali mesmo na beira da piscina...

Um tempo depois...
No interior da casa de Ana.
A: Toma, se enxuga logo, antes que você fique gripado.
Derik a pegou pela cintura e a apertou contra si.
D: Me esquenta...
A: (sorrindo) A chuva já esta fazendo efeito. Garoto se enxuga logo e vai para sua casa.
D: Como? Meu carro ficou atolado na estrada quando eu estava vindo para cá.
A: O que?
D: Acho que vou ter que passar a noite aqui com você. (sorrindo para ela)
A: Ha ha ha, mais nem pensar.
D: Você vai me colocar para fora, nessa chuva?
Ana pensava, sabia que era conveniente ele dormir ali na casa dela, mas também era obrigada a concordar que ela não podia deixa-lo na chuva, bem ou mau, ele fez tudo isso só para ir vê-la.
Derik a olhava com um jeitinho de quem estava quase chorando.
A: Está tudo bem, mas amanhã de manhã você some daqui.
D: Tah. (Todo feliz)
Seu sonho sempre foi esse, conseguir uma noite na casa de Ana, sozinhos.
Agora era só aproveitar a chance e aproveita-la o Maximo possível.
Os celulares estavam sem sinal. Até porque ali na chácara ele já não é muito bom mesmo, agora com chuva, piorou.
Ela subiu em seu quarto, pegou um roupão e deu a Derik, ela já vestia um.
Ele pegou de sua mão e vestiu, Derik estava só de cueca. Quando ele vestiu o roupão e o fechou, começou tirar a cueca.
A: O que esta fazendo?
D: Tirando a cueca ué?
A: Está maluco?
D: Professorinha linda, não tem nada aqui que você já não tenha visto, ou melhor, muito bem visto. (sorrindo)
A: Idiota.
Ele foi chegando perto dela...




D: Vai me dizer que você também não esta nua debaixo desse seu roupão ai?
A: Não estou...
D: Duvido...
Ana no mesmo instante abriu o roupão.
Estava com um lindo conjunto de Lingerie Preto com bordados de renda.
Derik literalmente abriu a boca.
A: Viu?
D: Oh se vi.
E foi se aproximando.
A: Xiiii fica ai, não chega perto.
D: Por quê?
A: Porque sim.
D: Porque sim não é resposta professora.
Ele a pegou novamente em seus braços, e a beijou intensamente...
Ela o empurrou.
A: Você se acha não é garoto? E como eu já disse se alegra muito rápido.
Ele ficou só a observando.
A: Está tarde, vou dormir. E você também trate de ir dormir.
D: É para já.
E foi indo atrás dela...
Quando Ana chegou à porta de seu quarto ele já foi logo entrando junto com ela.
Ela virou de frente para ele e com a mão o empurrou de leve o peito.
A: Derik será possível que eu falo grego?
D: O que foi?
A: Você N-Ã-O VAI DOR-MIR CO-MI-GO! Entendeu bem?
D: Mas eu estou com medo professora. (a irritando)
A: Ha ha ha, não sou psicóloga e nem sou sua mãe, agora sai.
E assim fechou a porta.
Começaria ai uma noite de torturas.
Derik foi para o quarto de hospedes.
Deitou de roupão mesmo, e ficou olhando e ouvindo o barulhinho da chuva na janela.
Ficava pensando, porque ele se humilha tanto por ela? O que tem naqueles olhos que o prende de uma maneira inexplicável!?
Cochilava e acordava toda a hora durante aquela interminável noite.
Derik levantou e foi até a porta, pensou em sair e beber uma água gelada quem sabe.
A chuva ainda estava forte lá fora.
Pensava também em seu carro... Como ia desatola-lo com aquela chuva.
Por ele tudo bem, não importava nem um pouco se ele tivesse que ficar naquela chácara o resto de sua vida.
Levantou mais uma vez, mas dessa vez abriu a porta, foi até a porta do quarto de Ana, parou em frente e pensou mil vezes antes de bater, e em uma dessas mil vezes ele desistiu e voltou para o seu quarto.
Quando chegou a seu quarto, sentou novamente na cama. Ficou pensando... Em Ana claro, nas inúmeras vezes que se amaram, não é possível que ela não sinta nada, absolutamente nada por ele.
Levantou mais uma vez para bater na porta do quarto dela, fez esse ritual por 2 vezes, na ultima vez assim que abriu a porta de seu quarto levou um susto, ela estava parada na frente da porta, com o a camisola aberta mostrando sua linda e sexy lingerie de logo antes, e numa das mãos uma garrafa de Champgne, e na outra duas taças.
A: Oi... (meio nervosa)
D: Oi...
A: Eu estava lá no meu quarto, e estava muito calor, pensei que você também estivesse... Então eu resolvi trazer isso e... (levantando as mãos)
(Detalhe eram 3 e meia da madrugada)
Derik a puxou pela cintura e invadiu a boca de Ana.
Nas pontas dos pés ela sem desgrudar da boca dele, foi o acompanhando até o mais próximo da cama...
Assim foram parados pela cama.
A chuva ainda estava forte lá fora.
Aos beijos deitaram na cama, ela em cima dele.
Os beijos desesperados, ela abriu o roupão dele, e ele foi tirando a camisola dela com cuidado, aquela lingerie que ela estava usando o deixou maluco.
D: O Seu cheiro é alucinante Ana...
Ela apenas ria para ele...
Encontrou o meio de tortura dele. E sim, sabia exatamente como manusea-lo...
Derik gemia entre os lábios de Ana.
A: Você está muito atrevido garoto.
D: Impressão (ofegante) sua...
Ela parou com os olhos nos olhos dele, como se tivesse tentando ler algo, que estava escrito naquele olhar, e o beijou novamente.
A boca dela era um refúgio para Derik.
Fazia de tudo por ela, até as aulas de dança.
Ele agora começava o ritual de tirar a lingerie dela, aos pouco... Também para tortura-la, abaixou uma alça do sutiã e beijou delicadamente seu ombro.
Ela estava com os olhos fechados, apenas sentindo o momento.
Aos poucos inverteram as posições, e ele ficou em cima dela, ela abriu os braços como se tivesse medindo o espaço da cama, os olhos ainda fechados, seu corpo se contorcia a cada movimento da boca de Derik nele.
Ela gemia baixo, como um sussurro.
E ele contemplava essa cena.
Voltou até sua boca e a beijou. Ela recebeu isso com mais uma contração de seu corpo sensível.
Estavam prontos.
Posicionaram-se e se amaram como nunca, seus corpos já se conheciam. Estavam sincronizados, como uma coreografia perfeita.
Um tempo depois.
Estavam deitados na cama, os dois com os olhos vidrados para o teto do quarto.
A: Ainda está calor, né?
D: É...
A: Acho que o Champanhe ainda esta gelado...
D: Seria digno.
Ana pegou o Champanhe e as taças largadas alguns minutos antes na cômoda ao lado.
Serviu e o entregou a ele
Estavam sentados um de frente ao outro.
A cada gole um olhar, mais um gole e um sorriso... Mais um gole e um silêncio, mais um gole e que se dane tudo e que se dane o mundo.
Secaram a taça num único gole e a jogaram ao lado e se agarraram novamente.
D: (sorrindo)
A: Vamos fechar a noite. (também sorrindo)
D: (sorrindo) Como quiser.
E a beijou novamente.
E assim se amaram mais uma vez.
De manhã.
Era dia de semana então Ana já estava de pé, já havia alimentado seus bichinhos.
Colocou uma musica e foi fazer um café da manhã, afinal tinha visita.
Alguns minutos após Ana ter colocado a musica Derik acordou, e a primeira coisa, foi perceber que Ana não estava.
Desceu as escadas devagarzinho, e viu Ana fazendo torradas e deixando seu corpo se levar ao som de um bolero dos anos 70.
Um pouco ela cantarolava, outro pouco dançava, depois apenas fechava os olhos e respirava fundo.
D: Esta pensando em mim? (se aproximando do balcão)
A: Estou. (sorrindo) (passou a mão pelo rosto dele)
D: (sorrindo) Não sabia desse seu lado apaixonado.
A: Estava pensando em como me livrar de você, isso já está saindo do controle.
D: Esta mesmo, você conseguia me evitar com mais facilidade antes. (sorrindo)

4° Delírios

A: Cala a boca Derik.
D: Admite logo, que eu sou perfeito para você, hein?
A: Você é um atrevido garoto!
Ele deu a volta no balcão e se aproximou dela.
D: E você é uma delícia professora.
Deu um beijo nela.
Ela sorriu para ele, gostava da companhia dele...
Ele voltou para o outro lado do balcão e sentou-se.
D: Porque você é assim?
A: Assim como? (sorrindo)
D: Durona.
A: Me acha durona Derik? (sorrindo)
D: Exceto em alguns momentos, sim, acho sim.
A: E em base no que você pensa isso de mim?
D: Seu medo em admitir que eu mexo e muito com você.
A: Ah mais você mexe mesmo, e me irrita por isso.
D: Você sabe o tipo de mexida que eu estou dizendo Ana.
A: Derik, eu não quero arrumar sarna para me coçar, estou bem do jeito que estou, e pronto.
D: Medo?
A: Não... Precaução!
D: É por eu ser mais jovem que você?
A: Não, não devo satisfação da minha vida para ninguém, se você me satisfaz em todos os sentidos o que um homem mais velho me satisfaria, que se dane se você tem a metade da minha idade ou não.
D: Humm.
Carol chega à chácara.
C: Ana você não acredita que deixaram um carro bem no meio da es... (entrando na cozinha)
C: Bom dia, bom dia... Ui. (percebendo o clima)
A: Oi Carol! (continuando a fazer o café, como se estivesse tudo normal).
C: Oi.
D: Oi. ^^ (sorrindo para ela como quem conseguiu passar de fase em um jogo)
C: Acho que sua presença responde o porquê daquele carro no meio da estrada
D: (sorrindo) Foi mau ai.
C: Tu és um péssimo motorista hein cara.
D: Atolou.
C: Sei...
A: Quer torradas também Carol?
C: Ah pode ser.
Carol sussurrou no ouvido de Derik
C: Tu és rápido em garoto?
D: A vida não espera a gente Carol! (sorrindo) =P
Ana não sabia mais Carol de vez em quando ajudava Derik, dizia quando ela ia se atrasar para chegar a casa, quando ela ia a algum barzinho, quando ia abrir mais cedo à escola, coisas assim, achava Derik um cara legal, e sabia que era disso que a amiga precisava ninguém é feliz sozinho.
A: O que?
C: Nada.
D: Nada. (sorrindo)
Estavam tomando o café. E logo deu o horário de irem.
Carol saiu primeira, estava de moto.
A: Está pronto?
D: A cueca ainda esta meio úmida.
Ana se aproximou... E sim... Isso mesmo pegou lá.
A: Só um pouquinho, tenho certeza que você não pega um resfriado até chegar à sua casa e troca-la.
D: Não faz isso Ana...
A: (sorrindo) Vamos logo, se não vou chegar atrasada na escola.
Ele se aproximou dela e a beijou forte, ela nem se deu ao trabalho de resistir, até enganchou uma de suas pernas nele.
Assim que se soltaram.
A: Gostou?
D: Muito. (olhando com um jeito de hipnotizado para ela)
A: (sorrindo) Quem sabe eu não te chamo de novo. (sorrindo)
D: Ui.
A: Agora vamos.
E assim foram...
Os dias foram passando, Derik tinha sumido aquela semana, nem apareceu nas aulas.
E para o desespero de Ana, ela estava sentindo a falta dele, como jamais achou que sentiria.
Era uma sexta feira, Ana estava sentada no seu tapete felpudo, com uma garrafa de Jack na mão, já havia bebido a metade, ao seu lado estava Carol, com uma garrafa de José, também já pela metade.
Bêbadas...
A: É assim mesmo amiga... A gente da corda... E é só (soluço) Para se... Enforcar...
C: Os homens não... (soluço) Merecem ...o...nosso amor.
A: O Meu amor Caroolina (rindo)... O Seu as ...mu...mulheres não merecem. (Soluço)
C: (rindo) Pode crer... (rindo)
Ana começou a chorar.
C: Que foi? (já abraçando a amiga)
A: Eu gosto dele... (soluço)
C: E por que...tu...não diz?
A: Por que... Por que... Ah sei lá por que.
C: Por causa daquele rolo... lá do ...passado neh?
A: Xiiiiiiiii. (com a mão na boca) Ninguém pode sabeer... Xiiiiii.
C: (rindo) Tah, mais não cuspa. (rindo)
A: (rindo)
C: Liga para ele!
A: Não...
C: Por quê?
A: Ele vai ficar se achando...
C: Mais não é isso que você quer?
A: ÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ... (Chorando e rindo ao mesmo tempo)
C: Então liga, prometo que fico quietinha no quarto e não me intrometo na conversa de vocês.
A: Eu acho que não tenho coragem de ligar.
C: Eu ligo, eu ligo! (rindo)
Carol pegou o telefone e ligou para casa do Derik.
Estavam muito bêbadas.
C: Aaaaaaaaalô?
-Alô?
C: Derik? Menino vem aqui! (rindo)
-Quem esta falando?
C: Como quem, poxa assim você me magoa! (rindo)
-O que você quer com o Derik?
C: Já disse venha aqui.
Ana pegou o telefone da mão da Carol e disse.
A: Derik... Tudo começou na brincadeira e depois se transformou numa coisa linda e verdadeira, e eu não percebi que mesmo sem querer ou por querer aconteceu, e sem você quero dizer... Que infelizmente não dá para ficar, preciso de você, vem ficar comigo...
-: ...
A: Ficar com a sua professora, a sua Ana.
-: Eu estou indo...
A: ...
Ela desligou e disse baixinho.
(Eu te amo) Mas essas palavras foram ditas tão baixinho que nem Carol ouviu.
Ela olhou para Carol e as duas começaram a bater palmas.
A: Ele vem.
C: Eitah, moleque te matou de susto hein. (sorrindo) E nossa, que declaração linda.
A: (sorrindo)
Ana estava bêbada, mas todo o bêbado sabe o que diz e o que faz, como eu sempre digo, ele apenas faz o que não tem coragem de fazer quando está sóbrio.
C: Vou me deitar... Não quero atrapalhar. (rindo)
A: (rindo) Tah.
Carol não foi se deitar, foi desmaiar, porque até Derik chegar, Ana quase derrubou a casa, de tanto barulho que fez. E Carol nada.
Ela ainda estava sentada em seu tapete...
A: O que você fez comigo garoto? (sorrindo)
Passou meia hora... Uma hora... Duas horas... Amanheceu e nada de Derik aparecer.
Carol acordou para beber água, a ressaca a acordou e viu sua amiga ali deitada no tapete.
C: Ana? O que aconteceu com você?
A: Ele não veio.
C: Jura?
A: Uhum.
C: Deve ter alguma explicação Ana.
A: Que explicação?
C: Ai Ana, não quero te deixar mais para baixo ainda, mas você meio que procurou isso.
Ana ficou em silêncio, mesmo que doessem essas palavras, era verdade, ela procurou isso.
Sempre o esnobando, sempre o colocando para baixo. Nunca admitia o que sentia.
A: Você tem razão. Mas ele não precisava dizer que vinha então, dissesse que não viria, eu não ficaria feito idiota esperando.
C: Calma Ana, amanhã ele te explica.
A: Eu não quero mais saber dele, isso que da, achar que existe amor com um garoto como ele. Queria só se exibir para os amiguinhos dele.
C: Ana vem cá, levanta, vai se deitar.
A: Eu vou mesmo. Essa idiota aqui tem uma vida para tocar.
Passou um fim de semana agitado, esperou até uma ligação de Derik ou até mesmo que ele aparecesse em sua chácara dizendo que estava com algum imprevisto ou coisa do tipo, mas nada, ele nem deu sinal de vida.
Sumiu, passaram-se quase um mês, e ele nunca mais deu noticias.
Ana estava dando aula normalmente como fazia todos os dias, quando um simpático garoto apareceu.
Da: Oi!
A: Olá, em que posso ajuda-lo?
Da: A Senhora é a Ana Elizabete?
A: Sim sou eu mesma por quê?
Da: Sou Daniel, irmão do Derik.
A: Derik?(surpresa)
Da: Vim aqui para fechar a matrícula dele.
A: Fechar? Mas... Mas por quê?
Da: Ele esta fora do Brasil, meu pai o mandou para lá.
A: Nossa ele nem avisou, nem nada. Nem... Se despediu.
Da: Foi muito de repente, meu pai simplesmente disse que precisava dele na Alemanha para reportar algumas coisas para ele.
A: A sim...
Da: Bom, ai ele foi, não tinha nada que o prendesse aqui mesmo neh?
A: É... É sim.
Da: O que eu preciso fazer?
A: Preencha algumas coisas aqui para mim, você sabe os documentos dele?
Da: Tenho anotado aqui.
A: Ele pediu para cancelar a matrícula?
Da: Foi.
A: Humm, e ele demora a voltar?
Da: Não sei, mas acho que volta ainda esse ano.
A: Humm.
A: Bom agora é só assinar esses documentos e esta tudo certo.
Daniel assinou.
A: Eu te conheço?
Da: (sorrindo) Que eu me lembre não.
A: Você me parece familiar.
Da: Bom todo mundo diz que eu não me pareço nem um pouco com o Derik.
A: E não parece mesmo, falo isso porque te acho familiar, mas não pelo Derik.
Da: Ah sim. (sorrindo)
A: (sorrindo)
Da: Bom, eu já vou indo então, muito obrigado Dona Ana.
A: Por nada Daniel.
Na chácara...
Carol: Puta que pariu, eu ajudei o garoto... Poxa... Achei que ele não ia dar essa mancada.
A: Ah, com certeza ele ficava comigo porque não tinha o que fazer.
Carol: A pera ai, eu não acho isso não.
A: Como não?
Carol: Ana, sejamos realistas... Para que ele iria querer passar o tempo com uma pessoa tão complicada?
A: Carol! (a repreendendo)
Carol: Ah Ana, mas é verdade, sempre menosprezando ele, insinuando coisinhas sobre ele, e fora o não, tu dizia não para o garoto toda hora.
A: (sorrindo)
Carol: É minha filha, pensa nisso.
Ana ficava com aquilo na cabeça... Mas poxa, a maioria das coisas que ela dizia era da boca para fora.
Será que ele não percebia isso, nos beijos... Nas noites de amor e tudo o mais...
Carol: Não Ana, a pessoa não adivinha pensamentos...
A: Vai ficar me colocando mais para baixo do que eu já estou Carol?
Carol: Você está para baixo Ana?
Ana a olha com um olhar fuzilador (de Hélia).
Carol: A desculpa Ana, mas se coloca no lado dele, a única coisa que ele deu mancada foi ter dito que vinha e não ter vindo... Fora isso eu não tiro a razão dele...
A: Tá Carol, se é isso que você quer eu me rendo, admito fui injusta com ele.
Carol: (sorrindo)
A: Talvez tenha sido melhor assim... Ele tem idade para ser meu filho.

5° Delírios

Carol: Seu filho seria mais novo Ana...
A: Pouca diferença. (já ficando triste)
Carol: Mas que faria toda a diferença do mundo nessa situação.
Ana olha para a amiga quase que implorando por um colo.
Carol: Tá bom Ana... Só dessa vez...
Ana corre e deita no sofá com a cabeça no colo de Carol, que começa um carinhoso cafuné na amiga.
Carol: Fala sério... Homens são complicados, mas nada comparado com as mulheres...
A: (sorrindo e chorando)
E assim os dias foram passando... Dois meses depois da ida de Derik...
Ana já estava um pouco melhor, não achou que isso a afetaria tanto assim, poxa o que ele tinha feito com ela? Nada... Ele não havia feito nada de extraordinário para ela que a fizesse ter ficado tão ligada a ele daquele jeito.
Mais agora Derik estava em outro país, era hora de tocar a vida para frente...
Estava fechando a escola, quando sente alguém puxa-la pela cintura...
Aquilo era familiar, logo abriu um sorriso.
Olhou para ele e deu um beijo intenso que foi muito bem retribuído.
A: Bem na hora Fabio!
F: E eu vou correr o risco de deixar minha namorada assim, linda desse jeito a essa hora da noite sozinha... Não sou louco! (sorrindo)
Ana o beijou novamente e o seguiu até seu carro.
F: E aí? Vamos para minha casa?
A: A não Fabio... Vamos para minha.
F: Mas eu não consigo ver meus E-mails lá.
A: Nossa, e você vai ficar comigo uma noite inteirinha e vai querer ver seus e-mails? Eu já estava pensando em muitas outras coisas, poxa.
Ele a beijou em meio a abraços.
F: Meu Deus que mulher mais ciumenta. (sorrindo) (a beijou novamente)
A: Fabio é só uma noite.
F: Aquela sua amiga não vai estar lá?
A: Não vai Fabio.
F: Sabe como que é né, ela não vai muito com a minha cara e tudo o mais.
A: Já disse que ela não vai estar.
F: Então eu vou... O que eu não faço por você ein meu amor?
A: (sorrindo) (o beijou delicadamente)
Eles entraram no carro e foram para chácara de Ana.
Fabio era um Empresário muito rico comercializava materiais de construção, tinha ao todo duas grandes lojas na pequena cidade de “Sabertooh” no interior de São Paulo.
Não demonstrava a Ana que não o agradava nada os bichos, o rio, os mosquitos e nem aquele cheirinho de mato que tanto Ana gostava nada ele tinha em comum com ela nesse aspecto...
A única coisa que o prendia a ela era aquela paixão, forte e intensa que ele sentia por ela.
Ela o completava, era literalmente o seu outro lado da laranja. Fora que a fazia lembrar muito sua falecida esposa.
E Ana se sentia segura ao lado dele.
Quando ele estava nervoso ela o acalmava... Quando ele estava triste ela o alegrava... Era tudo que ele sempre sonhou.
Ela por sua vez gostava da companhia de Fabio, a fazia bem, a deixava ciente de que tinha os pés no chão, que ao lado dele ela não ia sofrer nenhum susto.
E isso a fazia se sentir protegida, fora que conseguia amenizar aquela dor que foi o abandono de Derik.
Na Chácara...
A: Casar? Mais casar por quê?
F: Porque eu gosto das coisas certas meu amor, quero que vá morar comigo, quero que fique comigo para sempre.
A: Mas casar Fabio? Acho isso completamente desnecessário. Olha a nossa idade, isso chega a ser até ridículo.
F: Amor... Presta atenção...
Eles estavam sentados no sofá de Ana, com Happy (o gatinho) os rondando e ronronando...
Ele segurou as mãos dela.
F: Eu quero que você viva comigo, eu amo você.
A: Não sei Fabio, eu gosto daqui, aqui esta toda a minha vida, a ideia de nunca mais morar aqui me deixa muito frustrada.
F: Não é nunca meu amor, podemos ficar aqui aos fins de semana...
A: ...
F: Hein? (a beijando)
A: Vou pensar... Eu prometo.
Fabio a beijou forte, a deitou no sofá, e começaram uma sincronia de caricias... Amava aquela mulher... Talvez mais que a si mesmo.
Os beijos eram quentes, desciam pelo colo de Ana e a deixava sem ar...
Tinha horas em que se lembrava de Derik, ele sabia como enlouquecê-la somente no pescoço, talvez fosse por isso que a mesma jamais deixou Fabio beijar ali... Era como se fosse uma área restrita, só dele... Só para ele.
Fabio tirou delicadamente a blusa dela, concentrado em botão por botão, a olhava e ela estava com os olhos fechados, resmungando sabe se Deus lá o que.
Ele continuou, foi descendo mais e mais... Tirou a saia dela, e começou a subir as mãos por suas pernas, a olhou novamente e sorriu em seguida a beijou intensamente.
Ana começou a abrir o cinto dele, ele abriu o zíper da calça, grudou sua boca na dela, e começou o caminho ao infinito desejo.
Assim que estavam literalmente se encaminhando para o finalmente, algo os parou.
Happy (o gatinho) pulou no meio deles e grudou as unhas em Fabio.
F: Aiiii, gato filho da mãe. (e empurrou o pequeno longe)
A: Tadinho Fabio, ele só ta com ciúmes...
Ana levantou e foi pegar seu gatinho...
F: Ana... Você não vai me deixar aqui desse jeito por causa desse gato não é?
A: Olha só o que você fez... Ele ta assustado... (foi se aproximando do gatinho)
Ownn vem cá com a mamãe vem... Esse malvado brigou com você foi? Humm?
Tadinho do meu bebe.
F: Ah Ana, por favor, volta aqui.
Ana só de calcinha e Sutiã atravessou a casa toda com o gatinho nos braços, o levou até sua almofadinha no canto do seu quarto e o deixou lá, brincando com um novelo de linha.
Quando voltou Fabio estava na varanda só de calças, com os cintos soltos fumando um cigarro.
Ela se aproximou e envolveu a cintura dele com seus braços.
A: Fabio, relaxa... O que você tem? Ah dias que você não ta bem, ta nervoso, se irrita fácil. O que ta acontecendo?
F: São coisas da Loja.
A: Mas relaxa Fabio, tudo vai se resolver...
F: E essa sua recusa do casamento também...
Ele a virou de frente para ele...
F: Eu te amo Ana, essa sua recusa ta me deixando maluco... Eu não sei o que eu faço se eu perder você.
A: Ei... (segurando o rosto dele) Eu tô com receio do casamento em si, tudo que ele vai trazer de bagagem na minha vida, não você, eu te Adoro Fabio, você sabe disso.
Ela o beijou...
A: Para com isso ta?
Ficaram ali se beijando mais um pouco.
F: Onde está seu gato mesmo?
A: Agora está no meu quarto...
Ele sorriu para ela, a beijou e a ergueu em seu colo...
F: Acho que agora vai amor... (sorrindo)
Ela retribuiu o sorriso e foram novamente ao sofá.
Dessa vez foram mais rápidos, aos beijos e palavras de desejos, foram se descobrindo, se possuindo.
Já suados e cansados, descansaram-se um no outro quando atingiram o Maximo do prazer de ambos.
Ana estava deitada nos braços de Fabio, o mesmo dormia inquieto por estar no sofá.
Ela levantou-se... Chovia forte...
Ela foi até sua porta de vidro e a abriu, ficou ali apreciando as gostas fortes que caiam em sua piscina.
Ali... Naquela ponta da piscina ela e Derik tiveram uma senhora transa...
Suspirou fundo...
Derik... Precisava tirar aquele menino da cabeça, estava bem com Fabio.
F: Amor... Fecha isso, está frio. (a abraçando por trás)
A: Desculpa, é que eu gosto do cheirinho dessa chuva...
F: Amor, isso é bactéria... (sorrindo)
A: (sorrindo) Então acabo de descobrir que tenho um gosto muito estranho.
F: Você não precisa vender aqui amor, vou deixar você vir aqui quando quiser, você vai poder continuar praticamente vivendo aqui também.
A: Não vai ser a mesma coisa Fabio.
F: Você disse que pensaria
A: E eu vou pensar Fabio.

Na escola de Ana na hora do almoço.
Carol: Pensar nada Ana.
A: Carol, eu preciso pensar, ele é todo carinhoso e realmente quer formar uma família comigo.
Carol: Mas os filhos dele? Ele não disse que tinha filhos? Vocês estão juntos há dois meses e você não sabe nada deles.
A: Ele disse que os filhos não convivem com ele porque eles o culpam pela morte da mãe...
Carol: E você não acha isso estranho Ana?
A: Não, é super normal os filhos fazerem isso, eu mesma fiz isso quando meu pai adotivo morreu.
Carol: Não sei não Ana, acho que você poderia averiguar mais um pouco, quer casar, casa, mais espera um pouco.
A: Carol olha a minha idade, esperar mais o que?
Carol: Ana olha o que você esta dizendo! A Ana que eu conheço não se preocupa com nada disso, idade, CASAMENTO! Quem é você e o que esse Fabio fez com a minha amiga?
A: Mais de 50 anos Carol, filhos eu já não tenho e nem terei, a única coisa que me resta é o resto de uma vida tranquila.
Carol: Eu penso que você está se enganando, mas como eu te conheço, e sei que não adianta falar, só me resta torcer, para ser do jeito que você está pensando mesmo.
A: E vai ser se Deus quiser.
Carol: Ai Ana, porque você é tão cabeça dura?
A: Não é cabeça dura Carol, é que parece que você pegou uma implicância com o Fabio.
Carol: Não é implicância Ana (desconcertada) Eu só acho que você esta fazendo tudo isso por causa do Derik.
Ana: Ah eu sabia que tinha alguma coisa a ver com ele.
Carol: Ana você quer enganar quem com isso?
Ana fica em silêncio...
Carol: Ana?(Se aproximando da amiga)
A: Eu só quero esquecer ele. Só isso.
Carol estava com a frase “é assim mesmo, a gente perde para daí dar valor ” na ponta da língua, mas dizer isso a ela, seria crueldade demais.
Carol: Ai Ana, nem sei o que te dizer você nem parece você esses últimos tempos... Sei lá.
A: O Fabio esta conseguindo fazer com que eu o esqueça.
Carol realmente não estava reconhecendo sua amiga, ela estava muito mulherzinha depois que Derik foi embora.
A: Está decidido, eu vou me casar com o Fábio.
Carol nem disse nada, era sua amiga, sua parte já havia feito que foi tentar mostrar todos os lados dessa decisão, mas se ela queria, só restava apoiar.

À noite na casa de Fabio...
Ao telefone
F: Amor?
A: Oi Fabio!
F: Estou ligando para te convidar para vir dormir aqui em casa...
A: Humm, isso é tentador.
F: Você vem?
A: Estou sem o meu carro. (dando uma risadinha)
F: Ana...
A: (sorrindo) Então vem me buscar daqui a meia hora.
F: Ta, não vejo a hora, comprei seu vinho preferido.
A: (sorrindo) Eu também tenho uma surpresa para você.
F: Estou ansioso. (Sorrindo)
A: (sorrindo)
Na escola de Ana alguns minutos depois...
C: Ana, ainda dá tempo.
A: Eu já me decidi.
Carol respirou fundo
C: Está bom, está bom Ana.
Ana estava decidida, a Ana que existiu até agora ia ficar no passado, um passado que nunca deveria ter existido.
Fabio esta entrando no salão...
C: Seu futuro marido chegou (ironizando), melhor eu já ir indo.
A: Carol!
Carol já estava indo...
F: Para que a pressa Carol? (a cumprimentando)
C: Vou sair! Não posso me atrasar.
F: Olha, bom encontro. (sorrindo)
Fabio não entendia porque Carol não gostava dele, mas sempre fazia de tudo para agrada-la, para se tornar um amigo de verdade, sabia que ela era o braço direito de Ana, tinham que ter uma boa convivência.
F: Oi meu amor! (a abraçando pela cintura enquanto ela guardava algumas fichas)
A: Oi. (sorrindo enquanto ele dava pequenos beijinhos em seu rosto)
F: Estava morrendo de saudades...
A: Fabio nos vimos hoje de manhã. (sorrindo)

6° Delírios

F: Mas mesmo assim...
A: Espera eu já estou terminando aqui e já vamos.
F: Tá, eu espero.
Fabio a soltou e sentou em um sofá que tinha próximo.
Ana terminou de guardar as fichas.
A: Vamos?
Fabio passou a mão por sua cintura e seguiram até sua casa aos beijos e carinho.
Algum tempo depois Ana e Fabio estavam no quarto dele, estavam relaxados com taças de vinho nas mãos...
F: Ana?
A: Hummm? (meio distante)
F: O que foi meu amor?
A: Eu já tenho uma resposta sobre seu pedido de casamento!
Ela estava olhando profundamente em seus olhos.
F: Já? Você disse que precisava de mais um tempo e...
A: E eu quero ser sua mulher Fabio, sua esposa, eu quero me casar sim com você.
F: Own meu amor, eu... Eu estou tão feliz, mas tão feliz que... Eu nem sei o que dizer... Eu...
Ele a beijou intensamente, era o homem mais feliz desse mundo.
A: Vamos começar uma nova vida Fabio. (sorrindo)
F: Eu vou te fazer muito feliz meu amor. (com as mãos acariciando seu rosto)
Ana estava encantada, seus olhos estavam fechados apenas sentindo o toque do seu agora noivo.
Ana já foi pegando a taça das mãos dele e colocando as taças ao lado na cômoda.
Os olhos estavam determinados nos deles.
Ela o beijou delicadamente, mas sem parar de olha-lo.
F: Nossa primeira noite de amor como noivos. (sorrindo)
A: Estou louca para sentir a diferença. (o beijando)
F: Amor, você sabe como me provocar hein.
A: (sorrindo)
Ele a puxou para cima dele, e com todo o amor que sentia por ela começou a ama-la.
Ela estava entregue, em todos os sentidos, aquela nova vida que julgava que seria maravilhosa. Ele começou a desabotoar os botões da camisa dela, ela tirava a gravata dele. Assim que tirou toda a gravata ela passou em torno do pescoço dele e o puxou para perto e com um leve beijo selou aquela etapa. Depois cuidadosamente tirou a camisa e depois o cinto.
Ele por sua vez já avançava para cima dela, a obrigando deitar-se, tirou delicadamente a saia dela, depois os saltos, estava agora só de peças intimas. Depois disso beijou o corpo todo dela calmamente. Delicadamente, a fazendo arrepiar.
F: Eu vou te fazer muito feliz Ana. (sussurrando entre os lábios)
A: É nisso que estou apostando Fabio. (meio séria)
F: E não vai perder essa aposta meu amor. Eu prometo. (a beijou apaixonadamente)
Estavam em frenesi, gemidos, sussurros e carinhos até que Fabio a possuiu, os movimentos tinham certo ritmo, e depois disso Fabio entregou os pontos, chegou ao seu Maximo de prazer logo após Ana não conseguir segurar o mesmo.

Depois de se amarem, Fabio com Ana em seu peito disse:
F: Amor espera um pouco. (E levantou da cama)
Fabio levantou e saiu do quarto.
Ana ficou ali na cama em meio aos lençóis encantada, Fabio era um príncipe.
Alguns minutos depois Fabio voltou, subiu na cama e ficou de joelhos na frente de Ana.
Assim que abriu sua mão, ela pode ver a caixinha de veludo azul marinho, ele começou a abrir, ela colocou as mãos na boca.
F: Ana Elizabete Blayder você aceita se casar comigo?(abrindo a caixinha)
A: Meu Deus, Fabio... É lindo
F: Não mais lindo que seus olhos... Eu te amo Ana.
A: É claro que eu aceito Fabio. (sorrindo)
Ele pegou a mão direita dela e delicadamente colocou o anel.
F: Pronto senhorita Ana, você esta oficialmente Noiva. (sorrindo)
Fabio Odilon Holden era um Boêmio apaixonado. Um tipo diferente para Ana, mas que ela adorou conhecer.
Algumas semanas depois.
É o dia do casamento de Ana.
C: Eu não vou vestir isso Ana.
A: Ah Carol, por favor, é só hoje.
C: Não, isso é ridículo.
A: A Carol você tinha concordado.
C: Você não disse que tinha babados Ana! (inconformada)
A: Está bom, deixa. (fazendo uma cara de triste)
Ana queria que Carol colocasse um vestido que ela havia comprado para ela, afinal ela era a madrinha, Carol tinha concordado, mas agora, na ultima hora Carol encasquetou que não vai colocar.
Ela olhou pra Ana com uma carinha de gato de botas.
C: Ai que Droga Ana, você só me dá trabalho. Da aqui logo isso.
Ana entrega o vestido para Carol, que mesmo emburrada vai colocar.
Ana estava impecável, o casamento era no civil, mas ela vestia um vestido simples e com um ar de romântico.
Alguns minutos depois Carol sai do quarto trajando o vestido que Ana havia escolhido.
A: Como a minha madrinha esta linda!(apertando as bochechas de Carol)
C: Ha ha ha, palhaça. E você já esta pronta para virar Senhora? (rindo)
A: Cala a boca Carol. (sorrindo)
C: (sorrindo) Vem cá mudando de assunto, o pai vai casar e os filhos não vão vir é isso?
A: Eles estão se acertando. Creio que os dois venham.
C: Será que o mais velho faz a cabeça do mais novo?
A: Ah não sei Carol, mas que eu saiba o mais velho nem é tão mais velho assim e nem o novo é tão novo, os dois tem idade o suficiente para decidirem no que acreditar.
C: Há quanto tempo o Fabio é viúvo?
A: Há um ano e pouco.
C: Nossa! Será que os meninos não pensam que...
A: É, eu também fiquei com isso na cabeça, isso explicaria muita coisa.
C: Tu estás ferrada se eles pensam isso.
A: Se pensam vão deixar de pensar, eu não sou e nem fui amante do Fabio, apenas tivemos a infelicidade de nos conhecer quando ele tinha ficado viúvo recentemente.
C: Que bom que você é firme nisso. (sorrindo)
A: Tem que ter jogo de cintura, não é? (sorrindo)
C: E... Um assunto meio delicado.
A: O que?
C: E o Derik?
A: O Derik foi um... Um momento bom. Que acabou.
C: Humm acabou?
A: Definitivamente.
C: Bom, se você diz.
A: Agora vamos logo, não quero me atrasar.
E assim foram ao casamento.
Era uma cerimônia simples, só com alguns amigos íntimos de Fabio e de Ana.
Ana estava apaixonada por Fabio, enfim conseguiu tirar Derik da cabeça. Agora começava uma nova historia.
Como seria a vida de casada? Os costumes? Sua chácara, seus animais como ficariam?
Bom, estava agora casada, não dava mais para voltar atrás.
Era um dia comum, não fazia ainda uma semana de casados. Fabio disse que Ana podia fazer a modificação que quisesse na casa, ele não iria se importar. Diferente da chácara de Ana, a casa de Fabio não tinha nada vivo, tudo cheirava artificial, a empregada Zuleide não deixava se quer uma formiga no rodapé da cozinha.
Era sábado, Fabio estava em seu escritório revisando alguns papeis. Ana resolveu esvaziar uma cômoda ao lado da cabeceira de sua cama, queria algumas coisas suas mais acessíveis à noite.
Estava mexendo quando encontrou uma foto, suas lagrimas não se conterão...
Ela chorava descontroladamente.
Fabio entrou no quarto nessa mesma hora.
F: Amor? O que você tem?
Ana chorava compulsivamente.
F: Amor... Por favor, fala comigo!
A: Essa foto, quem é? Quem é?
F: Meu filho, Ana o que foi? O que você tem meu amor?
A: É um lindo bebe.
F: Ana... Senta aqui, espera eu vou te buscar um copo de água.
Fabio saiu correndo e voltou o mais depressa que pode.
F: Toma, bebe um pouco dessa água.
A: Desculpa eu te assustei, não é?(sorrindo)
F: Claro que me assustou meu amor.
A: Fabio tem uma coisa sobre meu passado que você não sabe.
F: Humm?
A: Há uns 20 anos atrás eu fiquei grávida, de um homem que me abandonou quando soube. Eu era adotada, meu pai adotivo tinha morrido e minha mãe ficou desesperada. Era muita coisa acontecendo, meu filho nasceu sobe olhares de nojo daquela família adotiva, minha mãe era a única que me apoiava... Mas ela ficou doente e só tinha eu para cuidar dela, mais também era só eu para cuidar do meu bebê que estava só com três meses.
Fabio minha mãe teve uma parada cardíaca, no mesmo dia que meu filho de apenas três meses morreu.
F: Amor!(a abraçado) Espera como foi isso?
A: Ele estava com hepatite.
F: Meu Deus, e o pior é que eu nem pude me despedir dele, uma das minhas tias correu com ele para o hospital, enquanto eu corria com minha mãe para o outro hospital com a ambulância.
A: E. (Chorando)
F: Shiiii. (a aninhando) Para, não precisa contar tudo, eu já entendi.
A: Ele é muito parecido.
F: Calma, não chora isso me corta o coração.
A: Talvez eu nunca vá me conformar com isso.
F: Eu entendo, perder um filho deve ser uma dor sem tamanho.
A: Quero muito conhecer seu filho.
F: Você vai meu amor, vou trazer os dois para jantar com a gente.
A: Mas eles não estavam brigados com você? (Ana foi enxugando as lagrimas)
F: Estavam, mas perceberam que eu não tive culpa, o meu filho mais velho é mais centrado, ele sabe como conversar com o irmão.
A: Ótimo, até porque não me sinto bem com essa situação.
F: (sorrindo) Agora vem aqui, deixa eu te dar um carinho. (a abraçando)
A: (sorrindo)
Ana vai para os braços dele.
Algumas horas mais tarde.
Ana esta em sua chácara conversando com Carol.
Estavam sentadas na beira da piscina, apenas com os pés mergulhados na água, a sombra do sol da tarde preenchia a área toda da piscina, fazendo com que a água ficasse um gelo.
Ana estava bebendo uma taça de vinho, e Carol cerveja.
C: Ana?
A: Humm? (mexendo os pés na água com o pensamento longe)
C: E ai? Como está a vida de casada?
A: Esta bem, o Fabio é maravilhoso. Eu tô vivendo um sonho.
C: Éééé... Quem te viu quem te vê.
A: Estava precisando de alguém para colocar meus pés no chão, e não para tira-los dele.
C: Derik tirava?
Ana ficou alguns minutos em silêncio...
A: Tirava... Tirava meus pés do chão e minha alma desse mundo.
Carol esta com uma cara de boba para ela.
C: Nossa...
A: Mas isso passou, eu agora estou bem com o meu marido, e é com ele que eu quero viver o resto da minha vida. (bebe mais um gole do vinho)
C: Vem cá, você não disse que vinha para cá para ficar bebendo vinho com a sua amiga na beira da piscina, não é?
A: Não, eu disse que vim pegar uns CDs que tinham ficado aqui para uma aula que eu vou dar amanha.
C: Humm, e seu gato e a amora? Você vai deixar eles aqui?
A: Não! De jeito nenhum.
C: Mas o Fabio deixou?
A: Deixou, ele só disse para esperar mais alguns dias que ele ia arrumar um cantinho para eles.
C: Nossa, que progresso.
Ficaram a tarde toda conversando, mais assim que começou a anoitecer ela voltou para casa.
Assim que Ana entrou em casa, Fabio já veio eufórico para cima dela.
F: Amor, quer me matar do coração, eu já estava indo atrás de você.
A: Fabio eu disse que ia à chácara.
F: Disse, mais não disse que ia demorar.
Nisso Fabio a abraçou.
F: Você me deixou sozinho a tarde toda Ana, poxa...
A: Você me trocou pelo seu escritório primeiro. (deixando a bolsa em cima do sofá)
F: Humm, então você é dessas? Vingativas?
A: A palavra certa seria Direitos Iguais.
F: Mais eu te troquei pelo trabalho, passei a tarde toda abraçado aos relatórios, agora olha a sua roupa.
A: O que tem minha roupa? (rindo)
F: Está cheia de pelo de gato, ou seja, você ficou a tarde toda com aquele seu gato.
A: Não foi só com ele não, a Amora também, você tem que arrumar logo um lugar para eles Fabio, a casa é enorme, eles estão carentes de mim.
F:A é? (a abraçando) Sabe quem mais esta carente de você?
A:Não... (Sorrindo)
F: A não sabe Ana Elizabete Vieira?
A: Não, não sei, esqueci... (beijo) Assim... (entrelaçando os braços no pescoço dele) de repente eu realmente esqueci.
F: Então vem cá que eu te lembro já.
Fabio subiu as escadas aos beijos com Ana e a levou para cama.
Eram um casal bonitinho, uma lua de mel quase que infinita.
Mas isso estava ameaçado, foi tudo muito rápido, não estava dando para assimilar os fatos.
Alguns dias depois Ana estava na escola, fechando a escola quando Carol ligou.
C: Ana desculpa, eu realmente não queria, mas eu esqueci.
A: Ahhhh Carol eu não acredito.
C: Você vai ter que ir lá.
A: Porque não me disse antes?
C: Porque, porque eu lembrei agora.
A: Tadinho deles Carol, se tiverem que morrer de fome já morreram.
C: Calma eu não lembro se tinha ou não, vai que tinha?
A: Ai Carol, ta bom vai, eu vou lá ver. Espero que eles não estejam sem comer nada por muito tempo.
C: Não, ontem a noite ainda tinha comida que eu me lembro.
A: Não da para te deixar responsável pela comida deles, você é desnaturada.
C: Ana!
Ana falou a conversa toda com Carol num tom de brincadeira, afinal ela não tinha obrigação nenhuma de cuidar deles, acontece que Ana deixou que Carol ficasse o dia que quisesse na chácara, mais era para alimentar seus animais. Mais dessa vez Carol falhou na missão.
No telefone.
A: Desculpa Fabio, mais eu preciso ir lá.
F: Espera eu vou com você.
A: Eu já estou indo Fabio, quanto mais logo eu for, mais logo volto para você. (sorrindo)
F: Se é assim, então está bem.
A: (sorrindo) Beijo.
F: Beijo meu amor.
Ana chegou a sua chácara por volta das 22h00minh...
A: Amora? Amora!
Logo a cadela apareceu pulando nela.
A: Você está com fome garota?(fazendo um cafuné)
Ana vai até a casinha dela.
A: Olha, a titia Carol quer matar você de fome meu amor? Hum? Fica aqui, eu vou buscar sua ração.
Ana entra em casa, estava tudo muito bem arrumadinho, logo seu gato vem a rondando.
A: Ownn meu gotosinho, vem aqui comigo vem. (o pegou no colo)
Ela foi com ele no colo, abriu a geladeira pegou o leite e encheu a vasilha dele.
O coitadinho estava faminto. Deixou-o ali com o leite, e voltou para a área, foi levar a ração da Amora.
Quando colocou a ração na vasilha, ela estranhou algo, a cadela não queria.
A: O que foi Amora? Esta ruim?
Ana olhou a validade do saco, cheirou e nada.
A: Não tem nada de diferente aqui não, você não está com fome?
A cadela saiu de perto deixando a ração de lado.
Nesse mesmo instante, Ana viu uma luz acender no interior da sua casa.
Mesmo com medo foi entrando, afinal de contas podia ser sei lá o que.
Assim que adentrou pela porta de vidro pela sua sala, ficou intacta, não... Não podia ser verdade.
Ele estava lá, com um enorme e lindo buque de Lírios acompanhado com um sorriso e os olhos brilhantes.

7° Delírios



A: Derik?!
Ele vem se aproximando.
D: Que saudades eu tava de você professora. (veio se aproximando)
Ana estava tão em choque, que nem deu tempo de desviar quando Derik a surpreendeu com um beijo.
Ana deu um longo e forte tapa na cara dele.
A: Como você se atreve Derik, depois de tudo!
D: O que foi que eu fiz?
A: O que foi que você fez? Como você ainda me pergunta isso? Você vai embora, não me da noticias por meses (já começando a chorar)me deixa plantada te esperando, e agora volta e vem me beijando como se nada tivesse acontecido!
D: Ana... (impressionado)
A: O que foi! (irritada e chorando)
D: Eu não achei que você fosse ficar desse jeito, não pensei que eu fosse tão importante assim para você.
A: Droga Derik, que DROGAH!
D: Mas agora eu estou aqui (se aproximando) e eu não vou mais deixar você.
A: Agora já não interessa mais Derik.
D: Como assim não interessa?
A: Eu estou casada!
Um silêncio...
D: Como?
A: É isso mesmo, e eu estou feliz. Se já não tínhamos nada, agora vamos continuar não tendo.
D: Como a gente não tinha nada Ana? (Segurando o braço dela) VOCÊ não tinha nada, eu... Eu tinha a mulher da minha vida nos meus braços, todas as segundas, quartas e sextas das 19h00min às 21h00min.
Ela se desmanchou por dentro com aquelas palavras. Não, não, Fabio era o homem da sua vida agora, e mesmo que Derik tivesse voltado nada mudaria o que está feito está feito!
D: Isso é para você! (Entregando o buquê)
A: Por favor, Derik...
D: Não vou insistir, aceite isso então como uma despedida.
Aquela palavra saindo da boca dele parecia ainda pior.
Despedida?Ele estava desistindo? Desistindo sem nem lutar? Mais que merda estava pensando? Ela estava casada, estava bem, queria que ele lutasse? Onde estava com a cabeça?
Ela pegou o buquê.
Ele abaixou a cabeça. Não, ele não estava... Oh meu Deus ele estava chorando?
A: Você esta chorando?
D: Claro que estou, eu perdi a única razão que eu tinha para viver aqui.
Ela também não conteve mais as lagrimas.
D: Deixa... Eu não vou mais te procurar, não vou mais fazer aula na sua escola. Não vou mais te perturbar professora.
Ana nada dizia, a garganta estava pesada, o nó que nela havia era enorme.
Ele saiu dali arrasado, e ela ficou ali arrasada. Chorava como uma criança, como doía, doía muito.
Porque ela não pediu mais explicações? Por quê?
Talvez por que soubesse que não tinha esse direito, eles não tinham nada, assim como ele também não tinha o direito de questiona-la sobre o seu casamento, e foi isso que ele fez, abaixou a cabeça e tentou aceitar o fato.
Só restava ela fazer o mesmo. Mais não podia chegar em casa naquele estado, os olhos estavam inchados demais.
Ligou para Carol, precisava desabafar...
C: Não, você não pode dirigir nesse estado Ana, eu estou indo te buscar te levo em casa.
A: Não precisa Carol, eu estou bem, eu sempre fico bem.
C: Ana...
A: Eu vou para casa... Eu tenho alguém que me ama, e se preocupa comigo me esperando.
C: Sabe que se precisar é só me chamar, não sabe?
A: Pode deixar amiga, qualquer coisa eu te ligo.
Ana nem sabe como conseguiu chegar a casa, se perguntassem que caminho ela tinha pegado nem saberia dizer, apenas seu corpo andava.
Assim que entrou em casa Fabio veio radiante...
F: Amor! Você não sabe o que aconteceu, meus filhos estão aqui em casa, vão ficar aqui um tempo, querem te conhecer, querem conviver mais comigo, Ana?
A:...
F: Você andou chorando?
A: Coisa boba.
F: Se te fez chorar não foi coisa boba...
A: Nada mesmo Fabio. Não se preocupa (dando um selinho nele) Você estava falando dos seus filhos é isso? Onde eles estão.
D: Pai ouvi um barulho de carro, é sua mulher?(descendo as escadas)
F: Amor, esse é meu Filho mais velho.
D: Amor?
A: Filho?
F: Ana?
D: Ana!(correndo para perto dela)
Ana desmaiou a palavra filho... Filho... Filho... Não saia da sua cabeça.
Mais que vida Madrasta.
Alguns minutos depois...
Ana foi acordando, estava deitada no sofá da sua casa, sua cabeça estava no colo de Fabio e na sua frente estava Derik, com a pior cara possível, os olhos dele também estavam inchados, com certeza também andou chorando.
A: Ai...
F: Filho, pega um copo de água para ela, talvez tenha sido a pressão.
D: Ta. (ainda em choque saiu para cozinha)
A: Ele é... Seu filho?
F: É... Tenho muito orgulho dele.
Ana ia enlouquecer.
Derik voltou, estava visivelmente preocupado em primeiro lugar com Ana que havia desmaiado, e em segundo lugar com a situação em si.
Mas que maldito mundo pequeno ein.
D: Esta melhor? (a olhando profundamente)
A: Estou. (tremendo com o copo na mão e o olhando também).
F: Vem, você precisa comer...
A: Eu não estou com fome.
F: Mas você não jantou e...
A: Fabio é quase meia noite, eu não vou conseguir comer nada agora...
D: Ela gosta de vitamina a noite.
F: Ann?
D: Digo, talvez ela prefira uma vitamina, já que esta de noite.
F: Você quer meu amor?
A: Talvez uma vitamina eu beba...
F: Vou fazer para você. (Fabio foi para cozinha)
Assim que Fabio saiu, Derik se aproximou de Ana falando baixou.
D: Porque não disse que tinha casado com o meu pai?
A: Será que é porque eu não sabia que ele era seu pai? (ironizando)
D: Como não Ana? Na ficha dos seus alunos não tem o nome dos pais não?
A: Por um acaso eu não fico procurando o parentesco que existe entre os meus alunos e os homens com quem me relaciono.
D: Ah sim... E agora?
A: E agora o que?
D: Como o que Ana? Essa situação não pode ficar assim...
A: Você não quer que eu me separe do meu marido porque eu descobri que ele é pai de um aluno que eu fiquei.
D: A você ficou? Então agora nós ficamos? Então você chorou e me bateu porque uma pessoa que você ficou foi embora?
A: Olha Derik você...
F: Aqui Amor! (chegando com a vitamina)
Ele entregou a vitamina para Ana, estava tão preocupado com aquele desmaio, que nem percebeu o clima tenso que estava em sua casa.
A: Obrigada.
Ana pegou a vitamina e com toda a dificuldade do mundo, ela conseguiu beber.
A: Querido, eu não estou muito bem, eu vou me deitar. Derik... Me desculpe, não consegui conversar com você direito, e pelo jeito nem com o seu irmão vou conseguir, me PERDOE (o olhando) eu espero que amanhã consigamos conversar melhor.
F: Filho, eu vou subir com ela.
A: Não! Fabio, por favor... Seu filho acabou de chegar de viagem, fica um pouco com ele.
F: Como você sabe?
A: Ele me disse enquanto você fazia a vitamina. (meio nervosa)
Ana subiu para o quarto e se trancou no banheiro.
A: Carol. (chorando)

8° Delírios

C: Eu estou chocada Ana, eu não acredito.
A: Eu não vou conseguir.
C: Mas Ana, você não disse que estava tudo bem, que já tinha superado o Derik?
A: Ah Carol, mas é diferente, ele esta aqui, no quarto ao lado do meu e do Fabio. É diferente.
C: Calma Ana, calma, deita, dorme... Amanhã é outro dia, você vai estar com a cabeça mais leve.
A: É talvez você tenha razão.
C: Eu vou te ver amanhã, melhor... Amanha depois do almoço vamos para chácara.
A: Tah.
C: Fechado, agora fica calma, dorme, amanhã nos vemos.
A: Tchau.
Ana tomou um longo banho e foi deitar. Talvez a ilusão de um novo dia fizesse acreditar que tudo não passaria de um sonho, ou melhor, um pesadelo.
Ana acordou naquela manhã se sentindo apertada, sufocada, foi abrindo os olhos e descobriu o por que.
Fabio a aninhava em seu peito, mas estava forte demais, estava até machucando.
Aos poucos ela foi se soltando dele...
Fez sua higiene e desceu fazer o café da manhã.
Quando ela chegou à cozinha, se deparou com uma coisa que a fez apenas observar.
Daniel estava dançando uma musica dos anos 80 em frente ao micro ondas, um pouco ele dançava outro pouco cantarolava, ela achou uma graça.
Quando ele percebeu que ela estava olhando, ele tomou um susto e parou na hora.
D: Nossa Dona Ana, desculpa, eu não vi que foi a senhora ai.
A: Que isso, não me chama de senhora, pode me chamar de você, nossa você dança muito bem, porque não faz aula?
D: Você acha? A não sei, sempre tomei isso como um hobby.
A: Seu irmão também dança muito bem. (sorrindo)
D: É, por falar nisso, que mundo, não é? Que diria que a professora do meu irmão ia ser a mulher do meu pai.
A: Você sabe?(assustada)
D:Sim, ele me disse, disse também que era muito apai..
F:Bom dia família!(se aproximando deles)
D:Bom dia Pai.
F:Nossa que musica é essa?
A:Linda não é?
F:Parada...(Indo em direção ao radio)Você que colocou Amor?
A: Foi..
D:Pai!Eu também gostei é diferente (olhando para Ana praticamente suplicando sua ajuda)
A: Fabio, você sabe que gosto de ouvir musicas assim, não mude, eu estou ouvindo.
Ana estava com o coração na boca, ele sabe? Sabe que Derik e ela mantinham certo relacionamento?
O que tanto Daniel sabia? Bom ele estava dizendo isso muito tranquilo, talvez não saiba muito mais.
F: Onde está o seu irmão?
Cada vez que Fabio chamava pelos filhos Ana tinha mais certeza de que aquilo tudo não era um maldito pesadelo.

D: Disse que ia conversar com uma amiga.
A: Humm, uma amiga?(meio incomodada)
D: É...
A: E você faz faculdade do que Daniel?
D: Eu faço faculdade de Engenharia Civil... (Enquanto tira seu chocolate quente do micro ondas)
F: Isso é ótimo não é meu amor? Ele já vai saber de tudo quando assumir as lojas.
D: É...
Ana percebeu algo diferente em Daniel sobre esse assunto, mas preferiu guardar para ela.
A: Fabio, eu vou sair com a Carol depois do almoço.
Ela disse isso até esperando um contra argumento, Fabio sabia que Carol não ia com a cara dele, e pensava que todas as vezes que as duas saiam era para Carol encher a cabeça de Ana contra Fabio.
F: Tá.
A: Tá?
F: Pode passar à tarde com a Carol, quer que eu te leve?
A: Não... (ainda desconfiada)
F: Tudo bem então, eu vou trocar de roupa, faz aquele cappuccino que só você sabe fazer para mim amor?
A: Ta...
Ana foi fazer o cappuccino.
Dan: O que foi? (percebendo a cara dela de paisagem)
A: Teu pai, ele sempre fica bravo quando vou passar à tarde com a Carol ainda mais em fim de semana, e dessa vez, tudo bem?
Dan: Ele é assim mesmo, sempre surpreendendo a gente.
A: E você? Qual é o problema com a musica? (Pegando as coisas para o cappuccino)
Dan: Você percebeu?
A: Não tinha como não perceber.
Dan: Ele não gosta, eu amo dançar, minha vontade era de fazer uma faculdade de dança, mas meu pai sempre foi contra.
A: Mas e o Derik, ele fazia aula de dança comigo, seu pai nunca disse nada?
Dan: O Derik sempre foi o rebelde, o que faz o que quer.
A: (sorrindo) É bem a cara dele mesmo. (sorrindo)(começa a fazer o cappuccino)
Dan: Eu não posso, ainda não me sustento. Não posso fazer o que eu quiser.
A: Peraí...
Dan: O Derik já tem o emprego dele, a casa dele, não deve satisfação a ninguém.
A: Se ele tem a casa dele, o emprego dele, porque ele está aqui?
Dan: Eu pedi, disse que só voltava para casa se ele viesse junto.
A: O que?
Dan: Eu sei que foi meio egoísta da minha parte, mas eu não consigo ainda sabe? (Já a voz embargada)
A: Daniel, tudo bem, não precisa ficar assim, eu sei que isso ainda é muito recente para vocês.
Dan: Obrigado Dona Ana.
A: Olha, na hora que teu pai descer, diz para ele que esta aqui o cappuccino.
Dan: Você não vai comer nada?
Ana pega uma maça e sai...
A: Isso aqui já serve.
Derik não voltou à manhã toda, depois do almoço Ana já ia saindo.
F: Amor?(indo atrás dela)
A: Eu prometo que eu não demoro Fabio.
F: Calma amor, eu não estou dizendo nada, pode ficar a tarde toda com a Carol, afinal de contas você não a vê a semana toda.
A: É... (o estranhando)
Ana dá um beijo no marido e sai.
Alguns minutos depois ela esta na sua chácara.
Ela abre os braços e respira fundo...
A: Aaaiii como eu amooooo esse cheirinho. (Chegando à porta de vidro)
C: Eu também. (sorrindo em direção a amiga)
D: Eu também gosto. (vindo atrás de Carol)
A: Derik? O que você ta fazendo aqui? Isso é invasão...
C: Calma Ana, eu o trouxe aqui.
A: Por quê?
C: Precisamos conversar, na verdade vocês precisam conversar, mas como eu sei que não vai dar certo os dois sozinhos eu achei melhor estar junto.
D: É... Ana eu não...
A: Shiiu Derik, eu ainda não tô suportando ouvir sua voz.
C: Calma os dois! Vem Ana, vamos sentar lá cozinha.
E assim fizeram... Os Três sentaram a mesa, e começaram.
A: Eu ainda não entendo o porquê dessa conversa.
C: Ana escuta o que o Derik tem para falar.
A: Não, primeiro me diz por que você foi para a Alemanha? O que teu pai pediu para você fazer?
D: Ele disse que eu precisava assinar uns papeis da herança da minha mãe, e depois ele me pediu para ver uns negócios da empresa lá e foi prolongando.
A: A... Foi por isso que você nem se despediu?
D: Ana, eu ia para já voltar em dois dias.
A:...
C: Mas ainda tem coisa estranha ai...
A: Essa conversa é inútil.
D: Não é não.
C: Eu também acho que não, e o dia em que eu liguei para você!?
D: Para mim?
C: É para você!
D: Eu não recebi ligação nenhuma sua Carol! (confuso)
C: Como não eu falei com você e tudo, depois a Ana falou com você, pediu para você vir aqui ficar com ela...
A: Chega Carol, isso não interessa mais, nada vai mudar.
D: Ficar? (a olhando embasbacado)
C: Interessa sim. Aqui, esse aqui não era o seu numero? (mostrando em seu celular)
D: Era, o numero lá de casa.
C: Então eu liguei para você. Está certo que eu estava meio bêbada, que podia ter caído na casa de outra pessoa, mas a Ana falou com você, e você disse para ela te esperar que você viria.
D: Eu não recebi essa ligação gente.
Ana começava a chorar.
A: Já disse que nada adianta.
D: Será que não foi o meu pai?
A: Cala a boca Derik, não vai querer agora que eu acredite que seu pai fez isso de propósito. Porque sabia que eu era a mulher que ele havia conhecido e que eu e você tínhamos alguma coisa?
D: Então agora nós tínhamos alguma coisa Ana? (levantando da mesa)
A: Não Derik, não se sinta culpado por ter me deixado uma madrugada inteira te esperando, você realmente não tinha obrigação nenhuma! Não, não tínhamos nada. (levantando também)
C: Espera gente.
A: Espera nada Carol! Ele ta certo, não tínhamos nada! Essa conversa nem tem porque existir.
C: Tá, então agora vocês vão conviver como Madrasta e Enteado, lindinhos, como uma família?
D: Eu só estou naquela casa por causa do meu irmão.
A: E eu, por que... Porque eu moro lá, porque eu AMO o meu marido, e sou feliz com ele.
Aquelas palavras saíram como um cuspe da boca de Ana e entraram como uma flecha no peito de Derik.
D: Então é assim Ana? Tudo bem, se para você esta tudo bem, para mim esta melhor ainda. Madrasta.
A: Não pense que isso vai mudar alguma coisa Derik.
C: Calma gente, ainda tem coisa que não encaixa ai.
A: Carol entenda uma coisa, mesmo que encaixe alguma coisa agora, nada vai mudar, eu estou casada com o Fabio, eu amo o meu marido, e tudo vai continuar como esta.
D: Você está diferente, virou outra pessoa, a Ana que eu conheço não é essa que esta na minha frente.
Carol concordava plenamente com o que Derik estava dizendo, a Ana que eles conheciam sumiu, essa nova Ana, mulher casada, centrada, que para tudo tinha que pensar antes de fazer, que avaliava demais as consequências era muito chata.
Mas estava decidido, seja lá o que tiveram ou deixaram de ter, Derik e Ana iam esquecer. E viveriam como Madrasta e Enteado.

Só uma coisa, Ana não sabia, que Derik como bom ele era bom, mais como ruim, ele era melhor ainda, e estava disposto a mostrar a ela, que ela estava enganando somente a ela mesma. Que aquela historia de casamento era para esquecê-lo, mas que não adiantou nada.
Era noite, Ana havia saindo a muitas horas de sua chácara, ela tinha passado em sua escola, pegou a ficha de Derik, realmente lá dizia que seu pai era Fabio, seu agora... Marido.



Aquilo estava acabando com ela, tudo girava talvez ela pudesse sumir, sair da cidade, largar tudo, fugir de tudo.
Deixou seu carro na escola e foi para casa a pé, queria pensar, será que seria possível? Bom... Caminhar poderia ajudar.
Não queria chorar... Só queria colocar a cabeça em ordem.
Ana estava perdida em seus pensamentos, quando começou a chover, a princípio uma chuva calma, mesmo assim ela resolveu continuar a pé, já que era uma chuvinha fraca e a sua escola não era tão longe assim da sua casa, mas não demorou muito e começou a cair o mundo.
Ela não conteve as lágrimas, aquela situação era desesperadora, e estava doendo mais do que ela podia imaginar.

9° Delírios



Tudo vinha de uma vez em sua cabeça, será que aquilo era algum tipo de aprovação, tava doendo... De um jeito que ela não queria por quem ela não devia.
Seu amor, seu verdadeiro amor havia voltado e ela não podia vive-lo.
Porque não disse tudo que tava sentindo antes, por quê? Será que se ela tivesse dito ele não teria ido para essa viagem?
O quanto será que ela era importante para ele, será que ele sentia o mesmo, ou aquilo era uma birra com o pai, uma aposta com os amigos.
E se fosse? Nada mudaria, ela já estava sofrendo por amor. E aquele era seu maior medo, sempre foi.
Ficou por longos minutos nessa tortura. Continuou andando em meio aquele dilúvio.
Não demorou muito um carro parou ao seu lado.
D: Entra aqui professora!(gritando de dentro do carro)
A: Não muito obrigada, eu estou bem.
D: Larga de ser teimosa, estou indo para o mesmo lugar que você.
A: Eu já tomei a chuva mesmo.
D: Isso eu vi, mas se continuar ai vai ficar doente, entra logo aqui Ana!
Ela resolveu aceitar. Nem ela sabe por quê.

Sentou ao lado dele, colocou o cinto, estava sem graça, pois estava molhando todo o carro, até que ela percebeu o que já imaginava que o olhar dele e a atenção não era para o carro dele, e sim para ela que estava com a roupa toda colada ao corpo.

Ficaram em silencio o caminho todo.
Assim que chegaram, nem Fabio e nem Daniel estavam.
A: Obrigada pela carona. (e começou a subir as escadas)
D: De nada professora. (sorrindo)
Ela respirou fundo e ignorou. Foi logo para um banho quente.
Após 20 minutos debaixo da água quente ela sai enrolada na toalha. Mas seus cabelos estão molhados e o secador esta no banheiro que fica no corredor.
Ela coloca a cabeça pela porta de seu quarto para ver se ele não esta por ali e sai correndo, como se fosse uma criança fazendo uma travessura.
Pegou o secador e voltou correndo, fechou a porta de seu quarto e quando se virou se deparou com Derik sorrindo para ela, e sem esperar qualquer reação dela, ele a agarra e a beija, ela não conseguiu, foi mais forte que ela retribuiu num longo e intenso beijo. As mãos dele começaram a passear pelo corpo dela, e quando ela percebeu a toalha já havia caído e estava nua, totalmente entregue aos braços dele. Ele a deitou na cama, e por cima dela começou a beijar sua boca, suas mãos percorrendo seu corpo com destreza, cada toque dele era um suspiro dela, seus lábios agora estavam nos seios dela, ela estava entregue e cheia de desejo.
Em êxtase só com o toque dele, Ana se esqueceu do mundo e entrou de corpo e alma, ele com seus lábios foi descendo e descendo...
Dan: ANA? (Batendo na porta)
Aquilo tirou Ana de seu Delírio, droga o que estava pensando? O que estava fazendo? Fabio não merecia se sentiu a pior pessoa do mundo.
Saiu o mais rápido possível da cama, meio empurrando Derik e procurando desesperadamente a toalha que já nem sabia mais onde estava.
Dan: Ana?(batendo de novo)
A: O-oque? O que foi? (se aproximando da porta)
Dan: Você sabe do Derik?
A: E-eu? Eu não por quê?
Dan: Porque o carro dele tá ai, mas eu não consigo achar ele, preciso conversar com ele.
A: Ele me deu uma carona até aqui, mas eu estava no banho agora meu querido, realmente não sei aonde ele foi.
Dan: Tudo bem.
A: Espera!
Dan: O que?
A: Seu pai já chegou?
Dan: Já, ele tinha me levado para ver algumas coisas na loja, esta guardando o carro agora.
A: A-a sim. Tchau então querido, vou terminar meu banho.
Dan: Claro, me desculpe.
Ana entrou em desespero.
A: Sai Derik, sai logo, o Fabio tá subindo.
D: E?
A: E? E o caramba garoto, sai daqui logo.
D: Por quê? Não acha melhor terminarmos o que já começamos? (se aproximando dela)
A: Não, não acho nada! Sai logo Derik! (o puxando para porta)
D: (rindo)
A: Para de rir.
D: Você ainda tem a minha Ana escondida aí. (sorrindo)
A: Derik, por favor.
D: Tá bom, eu tô indo. (levantou da cama super calmo de propósito)
Ana batia o pé inquieta na porta, ele deu uma corridinha até a porta a puxou num beijo e saiu como uma criança que acabou de esconder seu melhor brinquedo dos irmãos.
Um tempo depois Fabio entra em seu quarto, Ana tinha acabado de secar os cabelos.
Vestia uma camisa dele por cima de uma linda lingerie.
F: Meu amor, o que foi isso?
A: Isso o que?(sem entender)
F: O Derik acabou de dizer que você estava na chuva a caminho de casa...
A: Ah... Parei na escola arrumar algumas coisas e o carro não funcionava, eu vim a pé mesmo.
F: Porque não me ligou? Eu ia te buscar.
A: Eu... Eu...
F: Ana?
A: Estava sem sinal Fabio, talvez seja por causa da chuva.
F: Você vai ficar doente amor, vou te fazer um chá.
A: Não Fabio. (se afastando)
F: O que foi?
A: Não precisa.
F: Vem cá, depois tenho uma coisa para te mostrar.
A: Hum, olha que eu adoro surpresas. (sorrindo)
F: Mas antes você vai tomar um chá quente.
Um tempo depois.
F: Pronta? (a beijando)
A: Pronto. (sorrindo)
Ana pensava que tinha que esquecer aquilo, vai tentar seguir a vida como se nada tivesse acontecido.
Fabio voltou com uma gravata, passou em torno dos olhos de Ana, e começou a conduzi-la.
A: Nossa... Agora eu tô curiosa.
F: Espero que você goste.
A casa que Fabio tinha, não era bem uma casa, era mais uma mansão, tinham cômodos que Ana nem sabia para que servia, ela usava praticamente a metade da casa, tinha dias que nem ia a certos cômodos da casa.
Mas Fabio não deixava de ter um belo gosto.
Ana adorava andar descalça dentro daquela casa, o piso era frio, e com o calor que fazia em Sabertooh aquilo proporcionava uma sensação muito gostosa.
Ela percebeu algo diferente quando seus pés começaram a sentir que do piso frio o chão mudou para um solo amadeirado.
Fabio foi abrindo soltando aos poucos a gravata.
F: Seu... Todo seu amor...
Quando Ana abriu os olhos, não acreditou.
Era imenso, um Atelier para ela praticar a dança. Era muito espaçoso, tudo novo, duas paredes eram só espelhos, tinha barras para ela se alongar.
Seus discos preferidos ao lado de um aparelho de Vinil tinha o aparelho do mais moderno som, com CDs ao lado, e mais ao canto ela não acreditou.
A: Fabio! Eu não acredito!(com as mãos na boca)
F: É seu.
Um lindo piano ao canto. Ana tocava divinamente, a única coisa que Fabio não sabia era que Ana só tocava quando se lembrava do seu pequeno bebe.
Ela o abraçou carinhosamente e deu um longo beijo.
F: Gostou?(sorrindo)

10° Delírios


A: Se eu gostei? Eu amei Fabio! Sou tudo muito lindo, eu... Eu estou sem palavras para agradecer. (sorrindo)
F: Não precisa de palavras para agradecer, você pode me agradecer de outro jeito.
Fabio a segurou pela cintura e a beijou, um beijo demorado, e delicado, foram se beijando e andando por aquele imenso Atelier, até encostarem-se ao piano.
A: Eu juro que eu não queria estreá-lo assim Fabio. (sorrindo)
F: Mas você vai abrir essa exceção para o seu marido não vai?
A: Humm, não sei se esta merecendo não. (com o dedo na própria boca)
Fabio estava com as mãos na cintura de dela, e começou a tirar a camisa que ela estava usando, primeiro começou calmamente pelos botões, e ela ainda o beijando, ele a apertou contra o piano, ela colocou as duas mãos atrás se apoiando no piano, ela então estava até ficando mole, ele tirou toda a camisa dela, e depois tirou a própria calça, e ela foi tirando o cinto dele, depois foi abrindo a camisa.
Estavam só de peças intimas.
A: Fabio, espera...
Ela pegou a gravata que ele havia usado para tapar seus olhos e veio em direção a ele.
F: Ah jura que você vai tapar meus olhos também?Isso é injusto Amor.
A: Não, você vai poder ver, muito bem alias, mas não vai poder tocar. (amarrou o ultimo dos nós nos pulsos de Fabio)
F: Nossa Ana... (meio chocado) (sorrindo)
Ela o fez deitar no chão e começou certa massagem...
F: Se eu soubesse (se contorcendo)que esse seria o agradecimento, eu teria(gemendo baixo) feito isso antes.
A: (sorrindo) Seu bobo. (foi até a sua boca e o beijou novamente)
Ela continuou concentrada ali um bom tempo, voltou até ele e o beijou novamente.
Ele por sua vez estava sem forças para mais nada, Ana havia o explorado de todas as formas.
A: Ainda aguenta mais um pouco Fabio? (o provocando)
F: Ana... Me solta que eu te mostro.
Ela o soltou, e ele avançou nela, estava quase chegando ao Maximo do seu prazer e ia deixar Ana a ver navios, por isso avançou nela o mais rápido possível.
E por questão de segundos conseguiu satisfazê-la também, mas questão de segundos mesmo.
Estavam jogados no chão do novo Atelier de Ana, suados e rindo para o teto.
Era feliz sim, Ana gostava de Fabio, mas não da mesma forma que gostava de Derik, mas ainda precisaria de um bom tempo para que ela descobrisse isso por conta própria, porque não adiantava nada Carol falar e nem seu coração falar. Era cabeça dura que só.
Derik colocou na cabeça que Ana não tinha o direito de decidir a sua felicidade, e que ele mesmo iria provar para ela que é ele que ela ama, e não o seu pai.
Nem um dos dois queria tentar entender o que havia acontecido naquele dia do telefonema, Ana queria esquecer e seguir sua vida, Derik queria perturba-la até ela admitir. E mesmo ela sendo a mulher do pai dele, e outra ele pensava também que não era justo o pai casado com uma mulher que é apaixonada pelo filho o.O. (obs: Ah tá né Derik e seu sou o Bozo ¬¬”)
Passaram um fim de semana se evitando...
Era de manhã, Derik já estava tomando café quando Ana desceu só com a camisa de Fabio, assim que viu Derik sentado à mesa, lembrou que não moravam mais sozinhos e voltou no mesmo pé que veio, mas assim que estava chegando à escada...
D: Nossa... Assim você me mata professora.
A: Não sabia que você acordava tão cedo assim. (sem se virar na escada)
D: Você não sabe muita coisa a meu respeito professora.
A sorte é que ela estava de costas mesmo, porque ela ficou da cor de um tomate.
Ela subiu correndo as escadas e com uma das mãos segurava a ponta da camisa.
Derik levando a caneca de café na boca, sorrindo comentou consigo mesmo.
D: Como se eu não já não soubesse de cor e salteado esse corpo. (e bebeu o café)
Ana entrou correndo no quarto.
F: Que foi amor?
A: Ai que susto Fabio.
F: Desculpa, você que me assustou chegando correndo desse jeito. O que foi?
A: Ai olha como eu estou?!
F: Está linda! (Sorrindo malicioso)
A: Teus filhos tão ai Fabio! (com o rosto preocupado)
F: E o que tem?
A: E o que tem? (como quem diz “tá louco!”).
F: Ana, eles não tem maldade não, você é como a nova mãe deles!
Ana quis grudar no pescoço dele naquele momento, mas respirou fundo, bem fundo mesmo e disse.
A: É você tem razão. Então acho que vou fazer o seu café assim mesmo.
F: Tá... (todo despreocupado)
Tá? Tá? Ana não acreditava que Fabio tinha dito isso, ela estava quase nua, e ele diz tá?!
A: A, então é tá? Então tá!
Ela saiu do mesmo jeito que entrou no quarto e desceu.
Derik só observou ela descer as escadas novamente.
D: Ué professora? Desistiu de trocar de roupa? (a provocando)
A: É... Não estou nua, então não vejo problema algum. (ela começa a preparar o cappuccino de Fábio)
Derik levanta e vai levar a caneca na pia, e passa atrás dela.
D: É, concordo com você Ana, mas da próxima vez, troca a lingerie.
Ana fica novamente da cor de um tomate.
D: Essa mexe muito comigo... (sussurrando em seu ouvido)
Ela na mesma hora olhou por entre a gola da blusa e viu a lingerie, droga, era a que ela usou no dia em que ele dormiu na chácara.
Com o Maximo possível de calma que conseguiu, Ana tentou manter o controle.
D: Ah, só mais uma coisa, tem como você deixar de ser perfeita quando não estiver comigo? É que eu tenho medo de outra pessoa se apaixonar por você, já ta me enchendo muito ter que te livrar do meu pai seria muito cansativo ter mais um para eu espantar.
A: Derik...
D: Mas mesmo que isso aconteça, ele não irá conseguir te amar como eu te amo, é como comparar uma gota de água ao oceano inteiro. (sorrindo) Mas, por favor, entenda esse meu lado. (sorrindo)
Ele sorriu e saiu dali. E Foi para uma das Lojas de seu pai.
Derik estava trabalhando numa das lojas do pai, depois de muita insistência. Fabio só confiava nele para isso.
Daniel já estava na faculdade, precisou chegar mais cedo aquele dia para um trabalho que ia fazer.
Alguns minutos depois Fabio desceu pronto para o trabalho. Ana estava ouvindo Andrea Bocelli.
F: Nossa meu amor, isso é que eu chamo de começar um dia intenso. (Dando um beijo nela e parando em sua frente para que ela arrumasse sua gravata)
A: Já te disse o quanto você me excita quando usa essa gravata? (mordendo o lábio inferior enquanto termina o nó)
F: Não. (com a voz já toda se derretendo)
A: Então Fabio... Essa sua gravata... (dando um longo suspiro).
F: Para amor, eu preciso ir trabalhar.
A: Eu não estou fazendo nada Fabio. (sorrindo) Pronto.
Fabio se senta para tomar seu Cappuccino. (a olhando)
Ana estava cantarolando e dançando a musica, que há essa hora já não é mais Andrea Bocelli.
Ele bebia seu Cappuccino e observava a sua mulher dançar em frente o aparelho de torradas, como podia encanta-lo sem nem se esforçar.
Mal sabia que seu filho mais velho compartilhava da mesma opinião.
Os dias iam passando, Ana fazia o máximo para evitar Derik naquela casa, mas ele fazia completamente o oposto.
Era um dia de semana, ela estava arrumando as coisas para fechar a escola, quando Derik chega.
D: Oi professora! Nossa eu tava com saudade desse lugar.
Derik estava lindo, e não teve como não chamar a atenção de Ana, que logo fez questão de disfarçar.
Usava uma calça jeans preta, uma camisa social branca com uma textura diferente, sapato social, o cabelo bagunçado com gel, e ainda mastigava um chiclete, todo sexy, o perfume era dele, e ela conhecia muito bem, claro que ele fez aquilo de propósito.
A: O que você ta fazendo aqui?
D: Meu pai pediu para te buscar. (Se aproximando com as chaves do carro rodando entre os dedos)
A: O que? (incrédula)
D: É, seu carro está na manutenção, não é? Ele vinha te buscar, mas ele ficou preso nuns relatórios lá e pediu para eu vir te pegar, ops pegar não (sorrindo) te levar para casa.
A: Não precisa Derik, eu vou de taxi. (guardando as fichas de inscrição com força)
D: Para que? Estou indo para o mesmo lugar que você professora.
A: Não precisa.
D: Ana é o seguinte, meu pai me mata se você não chegar lá comigo, sem dizer que ele vai querer saber o porquê, você não liga que eu conte que é porque transamos algumas vezes e agora você não consegue ficar perto de mim porque tem medo de não resistir?
A: Cala a boca garoto, claro que não é isso!


D: É o que então?
A: É... Nada Derik, nada! Vai, vamos logo então.
D: (sorrindo)
Ela fechou a escola e entrou no carro. Aquilo ia ser um prova de fogo, definitivamente não seria fácil.
Foram o caminho todo mudos, como se não tivessem nenhum assunto em comum...
Ela rezava para que nada acontecesse que ele não puxasse conversa, estava bom do jeito que estava.
Mas no meio do caminho ela foi surpreendida.
Ele parou o carro no acostamento, era uma rua meio deserta, ele virou de frente para ela e foi se aproximando, a respiração dela foi ficando acelerada demais, estava já ofegante, e ele veio se aproximando da boca dela.
Ana não acreditava que ele ia ter a coragem de fazer aquilo, poxa já tinham conversado sobre eles, ele disse que não ia perturbar. Na verdade ela tinha medo de não conseguir controlar isso sim. E não podia fazer isso com Fabio.
Assim que ele chegou frente a ela, olhos nos olhos e boca quase colada na dela ele disse:
D: Deixa eu coloco para você. (e sorriu, sabia que tinha provocado o efeito que queria).
Ela soltou o ar que havia segurado por tantos minutos.
A: Ann? (meio hipnotizada)
D: O cinto!
Ela se tocou, não havia colocado o cinto.
D: Me considero um ótimo motorista sabe professora, mas acidentes acontecem, e eu não quero que se machuque, entendeu bem?
Ana não dizia nada, ainda estava se recuperando do susto.
Seguiram o resto do caminho em silencio.
Assim que chegaram, Fabio já estava em casa, e aguardava eles na sala.
F: Nossa vocês demoraram. (indo em direção a Ana)
D: É que a Ana tava terminando de arrumar algumas fichas.
F: Oi meu amor. (beijando Ana)
Ana olha bem para cara de Derik e diz:
A: Senti sua falta hoje, vamos subir. (começou a beija-lo)
F: Amor... (meio sem jeito) Olha o Derik aqui.
A: Oh, me desculpe. (o provocando)
F: Você nem jantou, vamos comer, Zuleide preparou só coisa gostosa hoje.
A: Não estou com fome Fabio, vamos subir vai. (pendurada no pescoço de Fabio e olhando para Derik)
D: Pai, não se preocupe comigo, eu janto com o Daniel, pode ir... Se deitar. (olhando para Ana)
A: Obrigada Derik, você entende né?
D: Claro. Ah e pai?
F: O que?
D: Não vou dormir em casa hoje, ta? Tenho companhia, você entende não é? (sorrindo e olhando para Ana)
F: Mas não vá esquecer da...
D: Não vou esquecer a reunião não pai, pode ficar sossegado.
Ana a essa altura estava possessa por dentro, querendo com toda a força grudar no pescoço dele, mas respirou fundo e subiu para o quarto com o seu marido.
Assim que chegaram ao quarto, Ana desconversou toda aquela encenação de antes.
F: Ué, não quer mais?
A: Eu quero você Fabio, mas eu te quero de outro jeito hoje... (sorrindo para ele)
F: Você quer um carinho meu amor, é isso? (achando a coisa mais fofa do mundo)
Ela sorriu para ele.
F: Então vem aqui, eu te dou um carinho meu amor. (sorrindo)
Ela deitou no peito dele e ficaram assim por muito tempo.
F: Amor, espera um pouquinho. (tirando a cabeça dela de seu peito) Eu vou pegar um remédio para dor de cabeça.
A: O que foi? (preocupada)
F: Nada demais, acho que preciso ver meus óculos. (tomando os comprimidos)
A: Cuidado, se não passar vai ao medico ver isso Fabio.
F: Own meu amor está preocupada? (voltando para cama e ajeitando a cabeça dela em seu peito novamente)
A: Claro que eu fico.
F: Como foi seu dia hoje?
A: Ah foi calmo, os alunos estão pegando com mais facilidade os passos... Aí até a gente se diverte. (sorrindo)
Alguns minutos depois Ana ainda falava sobre os alunos e Fabio bocejando. O remédio que tomara para dor de cabeça dava muito sono.
Fabio estava quase dormindo, quando Ana resolveu conversar.
Mesmo com muito sono ele conversou com ela.
A: Fabio?
F: Humm
A: Porque foi que você tinha mandado o Derik para Alemanha mesmo?
F: A herança da minha falecida mulher...
A: Como assim?
F: Amor, eu... Como você pode perceber sou simples, embora eu seja muito rico eu não sou fútil, mas minha falecida mulher era, e muito.
A: Por isso ela tinha uma conta na Alemanha?
 

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